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i. Introdução............................................................................................................................3
ii. Objectivos............................................................................................................................4
iii. Metodologia.....................................................................................................................4
1.1. Propriedade......................................................................................................................6
iv. Conclusão.......................................................................................................................16
v. Bibliografia........................................................................................................................17
i. Introdução
O presente trabalho aborda sobre a expressão analítica da razão harmónica e introdução ao
estudo das cónicas, onde As cónicas de Apolónio tinha sido uma das obras favoritas de
Fermat, mas os métodos analíticos modificaram seu ponto de vista. As cónicas chamaram
também a atenção de um outro homem, Girard Desargues, um arquitecto e engenheiro militar
de Lyon que, como resultado de seus estudos, chegou a escrever um livro cujas ideias derivam
da perspectiva na arte da Renascença. Mas até mesmo Descarte quando ouviu dizer sobre o
tratamento dado as seções cónicas sem usar álgebra ficou desanimado. Não parecia possível
dizer algo sobre as cónicas que fosse mais fácil sem o uso da álgebra. O prestígio da álgebra
era tal que por quase dois séculos a beleza da geometria projectiva passou despercebida.
Para o estudo das cónicas, de um ponto de vista sintético, sem o uso da álgebra, vários nomes
surgiram na história como Blaise Pascal, von Staudt e Jakob Steiner, dentre outros.
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ii. Objectivos
Geral:
Conhecer a expressão analítica da razão harmónica e as cónicas.
Específicos:
Utilizar as noções elementares de perspectiva para interpretar e representar cenários do
seu cotidiano;
Identificar a Perspectiva Cónica como aquela resultante de um Sistema Cónico de
projecção;
Perceber que a Perspectiva Cónica apresenta ponto(s) de fuga e é, por excelência, uma
representação artística;
Diferenciar as Perspectivas Cónicas em função do número de seus pontos de fuga;
Representar objectos em Perspectiva Cónica de um e dois pontos de fuga, utilizando,
para isto, instrumentos de traçado manual e computacional.
iii. Metodologia
Para a realização deste trabalho, foi preciso o uso da internet para a obtenção de certos
manuais citados na referência.
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1. Expressão analítica da razão harmónica
Em geometria projectiva, distâncias e ângulos não são preservados. O conceito métrico que é
preservado pelas transformações projectivas é a razão anarmónica.
P1 P 3 × P 2 P4
( P1 ; P 2 ; P3 ; P 4 ; ) =
P1 P 4 × P2 P3
Os quatro pontos estão na razão harmónica quando a razão anarmónica entre eles vale -1
Exemplos:
BDCE
( B ;C ; D; E )=
BECD
Orientando a recta BC no sentido de B para C, temos que BD e CD tem sinais opostos,
enquanto que BE e CE tem o mesmo sinal:
−|BD||CE|
( B ;C ; D; E )=
|BE|∨CD∨¿ ¿
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|BD|
Usando as propriedades das bissectrizes, ou seja, |CD| (e uma análoga
¿ AB∨¿= ¿
¿ AC ∨¿ ¿
com E no lugar de D):
−|BD||CE|
( B ;C ; D; E )= =−1
|BE||CD|
1.1. Propriedade
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Figura 1 – As seções cónicas.
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Figura 2 – O ponto no infinito da parábola Y = X 2
Por semelhante modo, uma hipérbole não encontra suas assíntotas a uma distância finita.
Embora expliquemos aos nossos alunos o significado desta aproximação assimptótica entre os
ramos da hipérbole e as assíntotas, é muito mais natural pensarmos que, em algum momento,
eles de fato se encontram.
A elipse não possui pontos no infinito, pois ao projectarmos uma elipse por projecção central,
obteremos outra elipse. Da mesma forma, uma circunferência, projecta uma elipse, daí
dizermos que a Geometria Projectiva não possui círculos.
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Figura 4 – Uma circunferência projecta uma elipse.
Dos exemplos apresentados acima podemos inferir outra propriedade invariante das seções e
muito importante para o desenho em perspectiva. A imagem de uma seção cónica por
projecção central é sempre uma seção cónica.
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para a hipérbole: (1 :0 :0) que será a intersecção com a assíntota 𝑌 = 0 e (0 : 1 : 0) que é a
intersecção com a assíntota 𝑋 = 0. Esta última situação é representada na figura a seguir.
Um dos poucos contemporâneos de Desargues que valorizou seu trabalho foi Blaise Pascal.
Procurando estender os resultados do famoso teorema de Desargues, em 1640, Pascal, então
com 16 anos, encontrou outro invariante da Geometria Projectiva: se um hexágono estiver
inscrito em uma cónica, as intersecções de seus pares de lados opostos serão pontos
colineares. Este resultado tornou-se tão célebre quanto o dos triângulos em perspectiva
(Desargues), e a recta que contém os três pontos passou a ser conhecida como recta de Pascal.
Acredita-se que Pascal demonstrou inicialmente o teorema para hexágonos inscritos em
círculos usando teoremas da Geometria Euclidiana e o Teorema de Menelaus e ampliando
seus resultados para as cónicas. Contudo, esta prova teria se perdido. Alguns autores
consideram dois teoremas distintos: o hexágono inscrito em uma cónica e o hexágono inscrito
em uma circunferência. Aqui usaremos ideia semelhante a de Pascal. Vamos demonstrar o
teorema para um hexágono inscrito em uma circunferência. Este é um método recorrente na
Geometria Projectiva, “consiste em encontrar uma figura mais simples do que a original e
homóloga a ela, estudar as suas propriedades que são invariantes por projecções e seções e
assim obter propriedades da figura mais complexa” (HEFEZ, 1985).
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Não pudemos determinar o motivo pelo qual o teorema ficou conhecido como Hexagrama
Místico. Mas certamente há ligação entre esta denominação e a religiosidade fervorosa de
Pascal.
A seguir, enunciamos o Teorema de Menelaus para utilizarmos seu resultado na demonstração
do Teorema de Pascal.
Teorema 1. Teorema de Menelaus
Dado um triângulo 𝐴𝐵𝐶, e uma recta transversal que corta 𝐴𝐶, 𝐵𝐶 e 𝐴𝐵 nos pontos 𝐸, 𝐷 e
𝐹, respectivamente, então,
BF AE CD
∙ ∙ =1
AF EC DB
Inversamente, se 𝐸, 𝐷 e 𝐹 são pontos sobre os lados 𝐴𝐶, 𝐶𝐵 e 𝐴𝐵 do triângulo 𝐴𝐵𝐶 tais que
BF AE CD
∙ ∙ =1
AF EC DB
Então, 𝐸, 𝐷 e 𝐹 são colineares.
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Teorema 2. Hexagrama Místico de Pascal
Se um hexágono está inscrito numa cónica, então os pontos de intersecção dos três pares de
lados opostos são colineares e reciprocamente.
A figura 7 mostra a configuração do Teorema de Pascal na elipse e a figura 8 mostra o
teorema na hipérbole. Neste trabalho, seguindo a ideia de demonstração do próprio Pascal,
apresentaremos a demonstração para hexágonos inscritos em uma circunferência, uma vez
que, se o teorema for verdadeiro para hexágonos inscritos em círculos, como as cónicas são
projecções de círculos, ele será válido para hexágonos inscritos em cónicas (GARBI, 2006).
Demonstração. Consideremos o triângulo 𝑋𝑌 𝑍 determinado pelas rectas 𝐴𝐵, 𝐶𝐷, 𝐸𝐹. Os
pares de lados opostos 𝐵𝐶 e 𝐸𝐹, 𝐴𝐵 e 𝐸𝐷, 𝐴𝐹 e 𝐶𝐷, possuem pontos de intersecção 𝑃, 𝑅 e 𝑄,
respectivamente. devemos mostrar que 𝑃, 𝑅 e 𝑄 são colineares. Consideremos, agora, a recta
𝐶𝑃 que intersecta as rectas dos lados do triângulo 𝑋𝑌 𝑍, como na figura a seguir. Pelo
Teorema de Menelaus, podemos escrever:
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Figura 8 – O Teorema de Pascal na Hipérbole.
XP ZC YB
∙ ∙ =1
PZ CY BX
De maneira análoga, consideremos a recta 𝐷𝑅 que intersecta as rectas dos lados do triângulo
𝑋𝑌 𝑍, como na figura 61.
Aplicando o Teorema de Menelaus, obtemos:
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Figura 10 – 𝐷𝑅 é uma recta que interseccional as rectas que contém os lados de 𝑋𝑌 𝑍.
ZD YR XE
∙ ∙ =1
DY RX EZ
Finalmente, recta 𝐴𝑄 que intersecta as rectas dos lados do triângulo 𝑋𝑌 𝑍, como na figura 62.
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As igualdades referem-se, respectivamente, às potências dos pontos 𝑋, 𝑌 e 𝑍 em relação à circunferência dada.
Para maiores esclarecimentos sobre tais propriedades, recomendamos a leitura de A Rainha das Ciências
(GARBI, 2006)
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iv. Conclusão
No contexto escolar, a partir do que já foi feito até aqui, poderíamos retomar as discussões
sobre Geometrias Não-Euclidianas, estabelecendo o comparativo do postulado das paralelas
nas geometrias Euclidiana, Hiperbólica e Elíptica; da parte de traçados, poderia explorar as
projecções ortogonais de poliedros mais complexos, corpos redondos e objectos cotidianos;
na parte de transformações geométricas, poderia explorar o carácter projectivo das isometrias
e homotetias.
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v. Bibliografia
AUFFINGER, A. C., & VALENTIM, F. J. (2003). INTRODUÇÃO À GEOMETRIA
PROJETIVA. Vitória: Universidade Federal do Espírito Santo.
GARBI, G. G. (2006). A rainha das ciências: um passeio histórico pelo maravilhoso mundo
da matemática. São Paulo: Livraria da Física.
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