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Para definir qual o melhor processo a ser utilizado, esses materiais, quer sejam,
instrumentais cirúrgicos, peças de equipamentos, etc., são classificados em:
Artigos não críticos: Artigos que entram em contato apenas com a pele íntegra
do paciente. Estes artigos devem ser submetidos a desinfecção de baixo nível ou
apenas limpeza mecânica com água e sabão para remoção da matéria orgânica.
Ex. estetoscópio, termômetro, esfigmomanômetro,etc.
Artigos semi-críticos: Artigos que entram em contato com a pele íntegra ou
com mucosas íntegras. Estes artigos devem ser submetidos a desinfecção de alto
nível. Ex. Equipamentos de anestesia gasosa, terapia respiratória, inaloterapia,
instrumentos de fibra óptica, etc.
Artigos críticos: Artigos que penetram a pele e mucosa, atingindo os tecidos
subepiteliais e o sistema vascular, bem como todos os que estejam diretamente
conectados com este sistema. Estes artigos devem ser esterilizados. Ex.
instrumental cirúrgico, cateteres cardíacos, laparoscópios, implantes, agulhas,
etc.
Os artigos semicríticos são aqueles que entram em contato com mucosas integras ou
pele lesada. Exemplo: circuitos de terapia respiratória, endoscópios, tubos
endotraqueais.
Os artigos não críticos são aqueles que entram em contato apenas com a pele íntegra
do paciente ou não entram em contato com ele. Exemplo: o material usado para
higienização, termômetro, esfigmomanómetro, oxímetro de pulso, comadre, papagaio,
entre outros.
A fórmula geral para fazer uma solução diluída a partir de um preparado comercial de
uma determinada concentração é a seguinte: partes totais de água = [% concentrado / %
diluído] – 1. Por exemplo, para fazer uma solução diluída de cloro a 5%, a partir de
alvejante doméstico líquido concentrado a 5% = [5,0% / 0,5%] –1 = 10 – 1 = 9 partes de
água; portanto adicione uma parte de alvejante concentrado a nove partes de água.
Se for usado cloro em pó seco, disponível comercialmente, use a seguinte fórmula para
calcular a quantidade (em gramas) de pó seco necessário para fazer a solução de cloro a
0,5%: Gramas/litro = [% diluído / % concentrado] x 1.000. Por exemplo, para fazer uma
solução de cloro diluído a 0,5% a partir de pó seco de hipoclorito de cálcio a 35% = [0,5
% / 35 %] x 1.000 = 14,2 g. Assim, adicione 14,2 g de pó seco a 1 litro de água ou 142
g a 10 litros de água. Os instrumentos não devem ser deixados no alvejante diluído por
mais de 10 minutos e devem ser limpos em água fervida imediatamente depois da
descontaminação para evitar a descoloração e a corrosão do metal.
Estes são tratados brevemente e são descritos os métodos usados para esterilizar
diferentes instrumentos na prática de enfermagem:
Descontaminação
A descontaminação consiste de uma série de passos para tornar inócua a manipulação
de um instrumento ou dispositivo médico ao reduzir sua contaminação com
microorganismos ou outras substâncias nocivas. Em geral, esses procedimentos são
realizados pelo pessoal de enfermagem, técnico ou de limpeza, e a descontaminação
protege esses profissionais da infecção inadvertida. Se esses procedimentos são
realizados de modo adequado, a descontaminação dos instrumentos fica assegurada
antes da manipulação para a limpeza. Este passo inativa a maioria dos microorganismos,
como o vírus da hepatite B e HIV. Outro processamento é necessário para assegurar que
o objeto esteja limpo e depois esterilizado.
Limpeza
A limpeza é um passo crucial de tornar os instrumentos inócuos e descontaminados. A
limpeza manual enérgica com água corrente e sabão líquido ou detergente elimina o
material biológico como sangue, secreções orgânicas e resíduos teciduais. Os
instrumentos devem ser limpos o quanto antes depois do uso. Quando se deixa material
biológico, este pode atcuar como um meio propício para proliferação de
microorganismos residuais, protegendo-os dos efeitos da desinfecção e esterilização.
Meios de esterilização
Os Instrumentos que são considerados “críticos” (instrumentos que são introduzidos nos
tecidos corporais estéreis ou no sistema vascular saca-bocados de biopsia, instrumentos
cirúrgicos, ponta do eletrocautério, espéculos vaginais) requerem esterilização antes de
serem reutilizados. Dois meios de esterilização são:
Esterilização química
A esterilização química pela imersão em glutaraldeído a 2-4% por 8 a 10 horas ou em
formaldeído a 8% por 24 horas é uma opção à esterilização a vapor. Ela requer a
manipulação especial com luvas e, assim, os instrumentos esterilizados devem ser
enxaguados com a água estéril antes do uso, já que esses produtos químicos deixam
resíduos nos instrumentos. O glutaraldeído é muito caro, enquanto o formaldeído é mais
irritante para a pele, pulmões e olhos. A esterilização a vapor é preferida à esterilização
química.
Identificação os Produtos
Os materiais a serem esterilizados devem conter o nome do material, tipo de
esterilização, lote da esterilização, a data de validade da esterilização, nome do
responsável pelo empacotamento;
Cada ciclo de esterilização deve manter um registro com o lote, o conteúdo do lote,
temperatura e tempo de esterilização, nome do operador, resultado do teste biológico e
do indicador químico obtido e qualquer intercorrência.
Monitoração Mecânica
A monitoração mecânica consiste no controle e registro de parâmetros tempo,
temperatura e pressão durante a esterilização e na manutenção do equipamento e dos
aparelhos de registro (manômetros e termômetros).
Indicadores Químicos
Os indicadores químicos são fitas de papel impregnadas com uma tinta termocrômica
que mudam de cor quando expostas à temperatura elevada por certo tempo. Elas podem
apenas indicar a exposição ou não ao calor (indicadores específicos de temperatura) ou
ainda indicar a ação de diferentes componentes como tempo, temperatura e vapor
(integradores).
Devem ser colocados indicadores externos nos pacotes a serem esterilizados. Essa
prática indica apenas se o material passou ou não pelo processo de esterilização.
Um outro teste químico utilizado é o Teste de Bowie-Dick. Este método testa a eficácia
do sistema de vácuo na autoclave de pré-vácuo. Para sua realização faz-se um pacote
com campos empilhados um sobre o outro formando uma pilha de 25 a 28 cm de altura,
no meio desta pilha coloca-se um papel com fitas de autoclave ou fitas zebradas coladas
em forma de cruzes, cobrindo toda a superfície do papel. O pacote deve ser colocado
acima ao dreno da autoclave, com esta vazia. Processa-se então um ciclo a 132 ˚C por 3
a 4 minutos. Se as fitas não apresentarem homogeneidade na coloração indica que
ocorreu a formação de bolhas de ar e deve ser feita a revisão do equipamento. Este teste
deve ser realizado todos os dias, antes da primeira carga ser processada.
Indicadores Biológicos
A utilização destes indicadores permite a comprovação da eficiência da esterilização,
uma vez que o crescimento de microrganismos após a aplicação do processo é
diretamente testado.
Artigos não críticos: Artigos que entram em contato apenas com a pele íntegra do
paciente. Estes artigos devem ser submetidos a desinfecção de baixo nível ou apenas
limpeza mecânica com água e sabão para remoção da matéria orgânica. Ex.
estetoscópio, termômetro, esfigmomanômetro,