A sincronia estuda a língua em um determinado momento, sem considerar a evolução no tempo. A diacronia analisa a evolução da língua ao longo do tempo histórico, observando como as palavras e estruturas mudam com o passar dos anos. Saussure introduziu essa dicotomia entre sincronia e diacronia e influenciou o pensamento estruturalista, embora alguns linguistas atualmente questionem certos aspectos de sua abordagem.
Descrição original:
Texto escrito sobre sincronia e diacrônica para fins acadêmicos
A sincronia estuda a língua em um determinado momento, sem considerar a evolução no tempo. A diacronia analisa a evolução da língua ao longo do tempo histórico, observando como as palavras e estruturas mudam com o passar dos anos. Saussure introduziu essa dicotomia entre sincronia e diacronia e influenciou o pensamento estruturalista, embora alguns linguistas atualmente questionem certos aspectos de sua abordagem.
A sincronia estuda a língua em um determinado momento, sem considerar a evolução no tempo. A diacronia analisa a evolução da língua ao longo do tempo histórico, observando como as palavras e estruturas mudam com o passar dos anos. Saussure introduziu essa dicotomia entre sincronia e diacronia e influenciou o pensamento estruturalista, embora alguns linguistas atualmente questionem certos aspectos de sua abordagem.
Para falar de diacronia e sincronia, se faz necessário habituar-se no âmbito
da linguística. A linguística é a ciência que faz estudo das línguas naturais, os sistemas de signos e códigos que representam as principais formas de comunicação humana, a fim de investigar e analisar o funcionamento da linguagem através da língua falada por meio de 13 específicas áreas: Fonética, Fonologia, Morfologia, Sintaxe, Semântica, Sociolinguística, Pragmática, Análise do Discurso, Análise de Conversação, Linguística Textual e Histórica, Psicolinguística e Neurolinguística. A ciência denominada por Linguística obteve origem no início do século XIX, quando o suíço Ferdinand de Saussure, defensor estruturalista, teve seu livro publicado pelos seus alunos, Curso de Linguística Geral, no início do século XX. Saussure é responsável por 4 pares de estudos que se opõem, chamados de dicotomias saussurrianas: Língua e Fala, Sincronia e Diacronia, Significante e Significado, Paradigma e Sintagma. A sincronia tem origem de simultâneo e tempo, ou seja, este estudo relata como a língua se comporta através da estrutura, chegando à conclusão que não é preciso usar o tempo histórico para defini-la, pois o tempo não é considerado um fator essencial para que este estudo aconteça, para Saussure, a língua é estática, pois não se estuda a evolução da mesma, apresenta a língua como um sistema fechado, que carrega consigo sua regularidade e homogeneidade, própria de uma determinada época. O linguista trata a sincronia como um eixo de simultaneidades, ou seja, deve-se estudar as relações coexistentes, que podem ser estudadas num determinado momento, seja no momento do presente, ou em um momento passado, um estado específico da língua. A diacronia é o estudo que se baseia na evolução, ou seja, o principal fator influenciador é o tempo histórico, a mutação que a língua sofre quando o tempo histórico se envolve, ou seja, a diacronia é conhecida como um estudo de sucessividades, o estudo da língua ou da palavra desde o seu momento inicial até o seu presente momento, verificando toda a sucessão ou evolução encontrada mediante ao tempo histórico comparativo. Saussure foi muito acolhido pelos linguistas norte-americano, pois eles também concordavam com o pensamento estruturalista, deslanchando todo o pensamento neogramático, que via o tempo histórico como um fato que influenciava de forma exacerbada a transformação da palavra. O linguista faz uma comparação da sincronia e o jogo de xadrez, ele se apoia ao tabuleiro e fala sobre cada peça e cada movimento exercido no jogo, ele compara isso ao estado da língua, cada movimento é um estado específico da mesma, dependendo do lugar em que se encontra, ela tem um determinado valor. Atualmente, há quem refute o pensamento do linguista suíço, trazendo como base o estruturalismo, pois desde que a estrutura da língua ou palavra esteja de acordo com o pensamento estruturalista está correto, vindo a calhar aí a relação de sentido estabelecida nessa estrutura, um exemplo disso é a estruturação da frase em: sujeito + verbo + complemento = O menino andou triste; sujeito + verbo + complemento = A casa andou triste; Ao se tratar da estruturação, está correto, mas quando se trata da relação semântica da frase, não há harmonia de significado. É notório a evolução da língua quando se fala do tempo, ou seja, a diacronia, um exemplo muito usado é o pronome de tratamento “vossa mercê”, ao longo do tempo essa forma de tratar uma autoridade foi mudando, sendo atualizada de acordo com o tempo histórico, passou a ser “vosmercê”, seguindo a linha diacrônica em busca da atualização ou renovação do termo, passou-se a chamar somente “mercê”, logo em seguida, somente “você” e ao chocar-se com a linguagem “internetês”, passou a chamar somente “vc”, sendo assim muito perceptível a comparação de um tempo passado com o tempo presente, o projeto de sucessividade do pronome, ou da lígua ou palavra. Portanto, ser um linguista não significa ser dotado de outras línguas, mas sim, o poder de averiguira, verificar, investigar toda a procedência, toda a situação que faz com que a língua, a linguagem se transforme ou não, é de suma importância saber a situação da língua e todos os seus precedentes fatores que a mudam, seja o tempo histórico ou seja um fato que seja explicado como valor da língua.