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Autor: Anônimo
Fonte: http://www.fatima-apologetica.org/
Tradução: Carlos Martins Nabeto
Citaremos apenas alguns exemplos (já que [quase] todas as fontes pesquisadas apenas
se referem à inquisição católica e nenhuma a [inquisição] protestante):
- Henrique VIII mandou queimar milhares de católicos e anabatistas no séc. XVI (mas
foi sua filha católica, Maria, que acabou recebendo o título de "Maria, a
sanguinária"!).
- Um ato do Parlamento inglês decretou, em 1652, que: "Cada sacerdote romano deve
ser pendurado, decapitado e esquartejado; a seguir, deve ser queimado e sua cabeça
exposta em um poste em local público".
- "O teólogo protestante Meyfart descreve a tortura que ele mesmo presenciou: 'Um
espanhol e um italiano foram os que sofreram esta bestialidade e brutalidade. Nos
países católicos não se condena um assassino, um incestuoso ou um adúltero a mais
de uma hora de tortura. Porém, na Alemanha [protestante] a tortura é mantida por um
dia e uma noite inteira; às vezes, até por dois dias (...); outras vezes, até por
quatro dias e, após isto, é novamente iniciada (...) Esta é uma história exata e
horrível, que não pude presenciar sem também me estremecer".
- Erasmo [de Roterdan] ficou aterrorizado ao ver fiéis piedosos excitados por seus
pregadores protestantes: "[Eles] saem da igreja como possessos [do demônio], com a
ira e a raiva pintadas no rosto, como guerreiros animados por um general". O mesmo
Erasmo comenta em uma carta que escreveu para Pirkheimer: "Os ferreiros e operários
arrancaram as pinturas das igrejas e lançaram insultos contra as imagens dos santos
e até mesmo contra o crucifixo (...) Não restou nenhuma imagem nas igrejas nem nos
mosteiros (...) Tudo o que podia ser queimado foi lançado ao fogo e o restante foi
reduzido a cacos. Nada se salvou".
- Um fato que pareceria nunca ter ocorrido - se não tivesse sido tão bem
documentado - foi o "Saque de Roma". Até mesmo muitos católicos não sabem que tal
fato aconteceu. O que foi o Saque de Roma?
Eis mais alguns fatos [desse episódio] que a história de alguns "eruditos" se omite
covardemente:
- Os palácios foram destruídos por tiros de canhões com os seus habitantes dentro.
- Os crânios dos Apóstolos São João e Santo André serviram para os jogos
[esportivos] das tropas.
- Conta o Pe. Mexia: "Depois disso, sem diferenciar o sagrado e o profano, toda a
cidade foi roubada e saqueada, inexistindo qualquer casa ou templo que não foi
roubado ou algum homem que não foi preso e solto apenas após o resgate".
- Erasmo de Roterdan escreve sobre este episódio: "Roma não era apenas a fortaleza
da religião cristã, a sustentadora dos espíritos nobres e o mais sereno refúgio das
musas; era também a mãe de todos os povos. Isto porque, para muitos, Roma era a
mais querida, a mais doce, a mais benfeitora do que até seus próprios países. Na
verdade, o saque de Roma não foi apenas a queda desta cidade, mas também de todo o
mundo".
Ninguém fala deste horror brevemente expresso nas linhas acima. Mas basta consultar
qualquer livro honesto e transparente sobre a história documentada. O mundo se cala
- como se cala ainda perante o assassinato silencioso de milhares de católicos por
fundamentalistas muçulmanos, hindus, sikis etc, não excluindo os [assassinatos]
ocasionados pelo totalitarismo de [Fidel] Castro, o genocídio de Pol-Pot e a
pérfida perseguição [das autoridades da] China.
É [realmente] elegante falar mal da Igreja de Cristo, fundada por Ele mesmo e com
dois mil anos de história humana, como se apenas os católicos fossem os geradores
das notícias escandalosas, algumas vezes verdadeiras, mas outras vezes simplesmente
inexistentes...
[Iniciemos, observando que] uma das bases da Reforma Protestante - a [doutrina das]
indulgências - foi mal interpretada pelos reformadores ou pelo povo que não tinha
formação religiosa (basta fazer um estudo sincero e imparcial).
No ano de 1518, o Santo Padre o Papa Leão X emitiu uma Bula Pontifícia em que
esclarecia [a doutrina das] indulgências e o seu uso. Nesta [bula] eram rejeitados
muitos dos méritos que atribuíam [às indulgências]. As indulgências NÃO perdoavam
os pecados nem as culpas, mas apenas as penitências terrenas que a Igreja (não um
governante secular) havia imposto. Quanto a livrar as almas do Purgatório, o poder
do Papa se limitava às oraçães em que suplicava a Deus que aplicasse à alma de
certo defunto o excedente dos méritos de Cristo e dos Santos ("A Reforma na
Alemanha", Will Durant).
De nada adiantou [tal bula], pois a Reforma seguiu o seu curso. A maneira de pensar
dos Reformadores foi extremamente violenta e, muitas vezes, uma [verdadeira]
apologia ao crime.
- "Se Roma assim crê e ensina, conforme os papas e cardeais, francamente declaro
que o verdadeiro anticristo encontra-se entronizado no templo de Deus e governa em
Roma (a empurpurada Babilônia), sendo a Cúria a sinagoga de Satanás (...) Se a
fúria dos romanistas não cessar, não restará outro remédio senão os imperadores,
reis e príncipes reunidos com forças e armas atacarem a essa praga mundial,
resolvendo o assunto não mais com palavras, mas com a espada (...) Se castigamos os
ladrões com a forca, os assaltantes com a espada, OS HEREGES COM A FOGUEIRA, por
que não atacamos com armas, com maior razão, a esses mestres da perdição, a esses
cardeais, a esses papas, a todo esse ápice da Sodoma romana, que tem perpetuamente
corrompido a Igreja de Deus, lavando assim as nossas mãos em seu sangue?"
Em seu folheto "Contra a Horda dos Camponeses que Roubam e Assassinam", Lutero
dizia aos príncipes:
Em julho de 1525, Lutero escrevia em sua "Carta Aberta sobre o Livro contra os
Camponeses":
- "Se acreditam que esta resposta é demasiadamente dura e que seu único fim e
fazer-vos calar pela violência, respondo que isto é verdade. Um rebelde não merece
ser contestado pela razão porque não a aceita. Aquele que não quer escutar a
Palavra de Deus, que lhe fala com bondade, deve ouvir o algoz quando este chega com
o seu machado (...) Não quero ouvir nem saber nada sobre misericórdia".
- "Quem puder que atire-lhes enxofre e alcatrão; se alguém puder lançá-los no fogo
do inferno, tanto que melhor (...) E isto deve ser feito em honra de Nosso Senhor e
do Cristianismo. Sejam suas casas despedaçadas e destruídas (...) Sejam-lhes
confiscados seus livros de orações e talmudes, bem como toda a sua Bíblia. Proíba-
se seus rabinos de ensinar, sob pena de morte, de agora em diante. E se tudo isso
for pouco, que sejam expulsos do país como cães raivosos".
- “Não nego que no princípio todas as atitudes de Lutero não pareciam ser vãs, pois
a nenhum homem comprazia todos aqueles erros e imposturas que foram graduamente
acumulados no Cristianismo. Por isso eu esperava, junto com outros, que era
possível aplicar algum remédio a tão grandes males; porém, fui cruelmente enganado,
pois antes que se extirpassem os erros anteriores foram introduzidos muitos outros,
mais intoleráveis que, comparados com os outros, faziam estes parecer jogos de
crianças (...) As coisas chegaram a tal ponto que os defensores papistas parecem
virtuosos quando comparados com os evangélicos (...) Lutero, com sua língua
despudorada e incontrolável, deve ter enlouquecido ou ser inspirado por algum
espírito maligno".
- "Pessoas que persistem nas superstições do anticristo romano devem ser reprimidas
pela espada".
Em 1547, James Gruet se atreveu a publicar uma nota criticando Calvino e foi preso,
torturado no potro duas vezes por dia durante um mês e, finalmente, sentenciado à
morte por blasfêmia; seus pés foram pregados a uma estaca e sua cabeça foi cortada.
A inquisição luterana foi implantada com sede na Saxônia, com Melanchton como
presidente. No final de 1530, apresentou um documento em que defendia o direito de
repressão à espada contra os anabatistas; e Lutero acrescentou de próprio punho uma
nota em que dizia: "Isto é de meu agrado".
- Por ocasião da morte de Zwínglio (1531), Lutero afirmou: "Que bom que Zwínglio
morreu em campo de batalha! A que classe de triunfo e a que bem Deus conduziu os
seus negócios!", e também: "Zwínglio está morto e condenado por ser ladrão, rebelde
e levar outros a seguir os seus erros".
- Zwínglio não ficou atrás e dizia acerca de Lutero: "O demônio apoderou-se de
Lutero de tal modo que até nos faz crer que o possui por completo. Quando é visto
entre os seus seguidores, parece realmente que uma legião [de demônios] o possui".
- Ainda em Zurique, a Missa foi prescrita em 1525. A isto, seguiu-se a queima dos
mosteiros e a destruição em massa dos templos [católicos]. Os bispos de Constança,
Basiléia, Lausana e Genebra foram obrigados a abandonar suas cidades e o
território. Um observador contemporâneo, Willian Farel, escreveu: "Ao sermão de
João Calvino na antiga igreja de São Pedro seguiu-se desordens em que se destruíram
imagens, quadros e tesouros antigos das igrejas" (ou seja: novamente uma parte do
patrimônio histórico-cultural da Europa foi destruído, desta vez por instigação
direta ou indireta de João Calvino).
Poderíamos continuar falando, pois há muito material a respeito, porém, cremos que
bastam estes exemplos para demonstrar que a Reforma Protestante não foi pacifista,
nem foram os reformadores vítimas inocentes. A intolerância e a violência foram
parte integrante de suas vidas. (...)