a) A problemática do(s) autor(es) que o(s) motivaram a escrever o artigo:
Explicar o fenômeno do conhecer. Considerando como ponto de partida o conhecedor/observador, com suas experiências.
b) Objetivos a serem alcançados pela escritura do artigo;
Explicar o observador observando. Explanar sobre a explicação na linguagem. Compreender o ser vivo o seu funcionamento, também a extensão dessa compreensão para o âmbito social humano
c) Pelo menos 03 (três) argumentos de sustento à reflexão usados pelo autor
no desenvolvimento da reflexão; A linguagem se fundamenta nas emoções e é a base para a convivência humana. As emoções e a linguagem são a base para o fazer cientifico. O ser vivo tem como característica a organização, produzindo a si mesmo constantemente. Por exemplo, a renovação das células, e quando ocorre a perda da organização, tem-se a morte. Na objetividade entre parênteses, a realidade é uma proposição explicativa Na objetividade sem parênteses, a verdade não aprece como uma proposição explicativa. Na objetividade entre parênteses, há tantas realidades quantos domínios explicativos, e todas são consideradas legítimas. Não seriam formas diferentes da mesma realidade, não são visões diferentes da mesma realidade. Neste caso, se tenho uma discordância com outra pessoa, essa outra pessoa está num domínio de realidade diferente do meu. Já na objetividade sem parênteses ocorre a tolerância. A palavra tolerar faz referência à negação do oculto, adiado por um instante. Exemplos citados pelo autor: discussões ideológicas, discussões políticas... O que está em outra ideologia está errado, e por isso é negado. Quando falamos em objetividade entre parênteses a situação é distinta. Neste caso, eu sei que o outro está em um domínio de realidade diferente do meu, que é igualmente válido, ainda que não me agrade. Então no caminho da objetividade entre parênteses tudo é legítimo. Com isso, não há tolerância, mas sim respeito. O respeito é diferente da tolerância, porque o tolerância implica na negação do outro, e o respeito implica em se fazer responsável pelas emoções frente ao outro, sem negá-lo. Quando assumimos a biologia, abre-se um espaço de convivência fundado no compreender a natureza biológica, no entender que não podemos distinguir entre ilusão e percepção. Aceitamos um caminho explicativo ou outro, implicitamente. Por exemplo, na amizade um não tolera o outro, aceita-o. No namoro do casal, um não tolera o outro, aceita-o. No caminho explicativo da objetividade sem parênteses, há uma realidade independente do observador, ou seja, "é assim", "é independente de mim" ou "de ti", portanto, deve ser aceita. Porém, no outro caminho, o da objetividade entre parênteses, uma afirmação cognitiva é válida apenas no contexto das coerências que a constituem como válida. Nesse caminho há muitas realidades. Há tantas realidades – todas diferentes, mas igualmente legítimas – quantos domínios de coerências operacionais explicativas, quantos modos de reformular a experiência, quantos domínios cognitivos pudermos trazer à mão. Se há discordância entre o explicador e outra pessoa é porque essa outra pessoa está em um domínio de realidade diferente daquele do observador, porém igualmente legítimo. Isso significa que as distintas realidades que aparecem nesse caminho não são visões distintas da mesma realidade. O que para Maturana, não é o mesmo que dizer que a realidade não existe. No caminho explicativo de objetividade sem parênteses o explicador não é responsável pela validade do que diz porque a realidade é independente dele. Portanto, a negação do outro é responsabilidade desse outro. O outro nega a si mesmo. Porém, no caminho explicativo da objetividade entre parênteses o outro pode estar em um domínio de realidade diferente daquele do explicador que é igualmente válido, ainda que não lhe agrade. O outro pode, então, ser negado não porque esteja equivocado mas porque está em um domínio de realidade que não agrada ao primeiro. Pode também haver aceitação e respeito ao domínio de realidade do outro. Esse é um fato fundamental para as relações humanas.
d) A partir de um considerando, extraído da temática de cada artigo, elaborar
um questionamento profundo e investigativo propondo continuidade das reflexões. Considerando que há diferentes realidades, todas legítimas, o que para Maturana, não é o mesmo que dizer que a realidade não existe. Como o professor pode explicar diferentes questões, para pessoas de diferentes domínios de realidade, sendo que ele encontra-se em outra realidade?