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FORMAÇÃO DOS

ESTADOS
MODERNOS
França, Espanha, Portugal e Inglaterra
ESPANHA
Reconquista

Com a expansão do Califado Omíada no século VII a


península ibérica acabou ficando sob controle muçulmano.

Após alguns séculos, com o enfraquecimento islâmico na


região e fragmentação do seu território em vários estados,
reinos cristãos do norte começaram aquilo que chamariam
de 'Reconquista".

Longe de uma guerra única, a reconquista foi um longo


processo de oito séculos, envolvendo conflitos e até mesmo
alianças entre vários reinos cristãos e islâmicos da região.

Conforme o território dos reinos cristãos crescia, se


estabelecia um maior controle central do estado para adaptar
a vida local - seja convertendo a população islâmica,
mudando suas relações com a terra e atribuindo autoridade
para aristocratas cristãos.
ESPANHA
Castela e Aragão - Os Reis Católicos

Durante os séculos da reconquista dois reinos se destacaram e,


por meio de alianças, casamentos e expansão, adquiriram um
crescente poder. Eram eles Castela e Aragão.

No final do século XV Isabel I de Castella e Fernando II de


Aragão se casam. Apesar do matrimonio não ter dissolvido os
dois reinos, esse momento costuma demarcar, simbolicamente,
a centralização do estado nas figuras reais  e o nascimento de
uma "Espanha".

Nomeados pelo papa de "Reis Católicos" por terem encerrado os


oito séculos de reconquista, Isabel e Fernando estabelecem o
Tribunal do Santo Ofício da Inquisição, ajudando a legitimar o
poder monárquico pelo catolicismo. Também, por volta desse
período, a Igreja Católica concede para Espanha e Portugal o
"Direito de Padroado", permitindo que os reis da península
ibérica administrassem as atividades e instituições religiosas
dos seus territórios.
ESPANHA
Guerra de Sucessão Espanhola
Unificação Completa & Concentração de Poder

Apesar da centralização do poder nas figuras reais desde o fim


do século XV (e de terem quase sempre os mesmos reis),
Aragão e Castela ainda não eram uma unica coroa. Seus reis
eram reis de Castela e Aragão, mas ainda podia haver diferenças
(até legais) dentro de cada reino.

Dois séculos depois (séc. XVIII), após trocas de dinastias e


diversos acontecimentos, uma guerra pelo trono eclode quando
o Carlos II (rei de castela, aragão e territórios ultramarinos)
morre sem deixar herdeiros .

Ao fim do conflito, Filipe V da casa Bourbon (a mesma da França


naquela época) saí vitorioso, se fazendo Rei de Espanha e
concentrando um enorme poder e autoridade. Marca, nesse
Filipe V, Rei de Espanha
momento, o auge do "absolutismo espanhol".
França
O começo de um grande reino

Sob o reinado de Luís VI (da Casa


Capeto), entre 1108 e 1137, a
França deu seus primeiros passos
para a consolidação, nas gerações
futuras da família real, de um
Estado poderoso, detentor do
monopólio econômico e político da
região.
França
A Dinastia Valois

Na passagem do feudalismo para este estado


absolutista ocorriam muitas disputas de
território entre as Casas, onde, ao longo do
tempo, ia-se eliminando dinastias inteiras;
Luís XI conquistou, em 1470, o poderoso
ducado de Borgonha, fortalecendo a dinastia
Valois como a Casa mais poderosa da França;
Em 1515 o Rei Francisco I, também da dinastia
Valois, enfraqueceu o poder político dos
parlamentos e dos Estados-Gerais, que reunia
os 3 estamentos: realeza, clero e "povo"
França
A Dinastia Bourbon e o apogeu

Com a onda protestante, guerras religiosas começaram a


popular a França e assim dizimaram a Dinastia Valois.
Surge então os Bourbon, família real provinda de Navarro,
Espanha, na figura de Henrique IV da França;
O rei Henrique IV permitiu o culto protestante na França,
acabando, desta forma, com as guerras e conseguindo o
apoio de ricos burgueses protestantes.
No século XVII, durante o Reinado de Luís XVIII, o Ministro
Richilieu ganha a Guerra dos Trinta Anos contra os
Habsburgos da Áustria. Isso dá à França um enorme poder
bélico e econômico. Estavam lançadas as bases para a
formação do "Estado absolutista".
França
Rei-Sol: "O Estado sou eu!"

Luís XIV assumiu o trono aos cinco anos, em 1643 e foi


tutelado por sua mãe, Ana d'Áustria e o cardeal Mazarino,
sendo este último fundamental para a construção do poder
de Luís ao abafar rebeliões da nobreza francesa contra seu
Rei.
Luís XIV criou comissões de finanças, justiça e polícia em
cada província, todas estas submetidas não aos nobres de
cada local, mas ao poder central do Rei, fortalecendo, desta
forma, seu poder em todo o território.
Em 1685 revogou a lei que permitia o protestantismo e
expulsou os Hunguenotes, contando, assim, com o apoio
da Igreja Católica no controle da população.
França
Versalhes e a dominação pelo poder simbólico

Em 1660 Luís XIV transferiu toda sua corte de Paris para Versalhes. O palácio, que tem 700
hectares de extensão e cerca de 700 quartos, serviu não apenas como residência oficial do
Rei, mas também como um inteligente artefato de dominação da nobreza.
Luís XIV levou os nobres mais importantes para morarem em Versalhes, o que ao ser
travestido de mais alta honraria, também os colocava sob o controle total do Rei contra
insurreições possíveis destes nobres.
O Rei-Sol também criou um complexo sistema de etiqueta, que hierarquizava seus súditos
concedendo-lhes algumas honras como assisti-lo comer, por exemplo. Isso fazia com que
os nobres disputassem a atenção do Rei, desarticulando qualquer possibilidade de traições.
Versalhes, tornava-se assim, um grande jogo de xadrez, onde ninguém era confiável e onde
os Rei tudo sabia.
Guilherme I, o Conquistador

Inglaterra
Os reinos anglo-saxões e a unificação inglesa

Até 1066 a Inglaterra era composta por 7 reinos anglo-


saxões, sendo o principal deles o de Wessex. Os anglo-
saxões eram povos originados por uma mistura entre
bretões (celtas) e saxões (germânicos).

Em 1066 o último rei anglo-saxão, Haroldo II, foi derrotado


pelo rei normando Guilherme I, o Conquistador. Ele iniciou
um processo de fortalecimento da monarquia inglesa,
criando condados e estabelecendo sheriffs.
Inglaterra
Common Law, Magna Carta e o Parlamento

Depois de Guilherme I, assume o trono inglês Henrique II, que estabelece a Common
Law, um conjunto de leis para toda a Inglaterra que enfraquecia direitos da nobreza.

Após um envolvimento falho nas cruzadas e em guerras com a França, a monarquia


inglesa perde forças nos embates com a nobreza e o Rei João, o Sem Terra, assina a
Magna Carta em 1215. Ela estabelece a construção de um Conselho composto de
nobres e membros do clero, que tem o poder de aprovar ou vetar leis e tributos
propostos pelo rei. Este conselho depois se transforma no Parlamento, em um
sistema bicameral, com a Câmara dos Lordes de um lado e a Câmara dos Comuns
de outro.
Inglaterra
Dinastia Tudor (1485-1603)

A derrota na Guerra dos Cem Anos gera o enfraquecimento da nobreza e da


burguesia, ao mesmo tempo que cria uma disputa pelo trono inglês entre duas
casas: a dos Lancasters e a dos York. Esta disputa é lembrada como a Guerra das
Duas Rosas (1455 - 1485).

Dela  resulta o reinado de Henrique VII, que marca o início da Dinastia Tudor. Mas
são seus sucessores, Henrique VIII e Elizabeth I, os mais conhecidos deste período.
O primeiro rompeu seu casamento com Catarina de Aragão, da Espanha, e entrou em
conflito com o papado. Henrique VIII cria então o anglicanismo, doutrina religiosa
com ideias e rituais muito semelhantes aos a Igreja Católica, porém o lider religioso
máximo é o rei, não o papa. Já Elizabeth I ficou conhecida por construir o maior
exército naval da Europa no século XVI.
Henrique VIII Elizabeth I
Inglaterra
A dinastia Stuart (1603-1640) e a Revolução Inglesa

A curta dinastia Stuart teve somente dois reis: Jaime I e seu filho Carlos I. Ambos
tentaram transformar a Inglaterra em uma monarquia absolutista, mas fracassaram
pela forte oposição do Parlamento. Em 1629 Carlos I dissolve o Parlamento, acirrando
os conflitos até quem em 1639 estoura uma revolta contra o imposto conhecido como
ship money. Nesse período o rei estava investindo contra a Escócia, mas acaba
derrotado no conflito. Necessitando de apoio do Parlamento ele convoca-o em 1640, no
chamado Longo Parlamento. Assim se inicia a Revolução Inglesa, que pode ser divida
da seguinte forma:
A Grande Rebelião (1640-42);
Guerra Civil (1642-48);
República Cromwell (1649-58);
A Restauração (1660);
Revolução Gloriosa (1688).

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