Você está na página 1de 40

GRUPOS/GRUPOS OPERATIVOS

Arlindo da Silva Lourenço


ALGUNS AUTORES IMPORTANTES PARA
A ABORDAGEM GRUPAL

Joseph H. Pratt (1905) - Criação da


psicoterapia de grupo em programa
de assistência a doentes de
tuberculose (Boston-EUA). Tinha o
propósito educacional de ensinar aos
pacientes a melhor maneira de cuidar
de si próprios e da doença. Sua ação
tinha como base estratégias de
persuasão e reeducação emocional em
um processo que foi levando à
identificação com o médico e permitiu
reconhecer a função “continente do
grupo” (de acolhimento), por isto
serviu de embasamento para
organizações prestigiosas com o AA
(Alcoólicos Anônimos).
Freud: “As perspectivas futuras da
terapêutica psicanalítica” (1910), “Totem
e tabu” (1913), “O futuro de uma ilusão”
(1927) e “Mal-estar na civilização
(Cultura)” (1930). Em “Psicologia das
Massas e análise do ego” (1921), o autor
revisa temas da psicologia das multidões
e também aborda as lideranças e grupos
artificiais (igreja e exército, já que
nesses grupos prevalece a ilusão de que
há uma cabeça que ama todos da mesma
maneira – Cristo e um Comandante). Para
isto toma como referência os processos
identificatórios e formula uma
compreensão para a ação das forças de
coesão e de desagregação dos grupos.
“La oposición entre psicología individual y psicología
social o de las masas, que a primera vista quizá nos
parezca muy sustancial, pierde buena parte de su
nitidez si se la considera más a fondo. Es verdad que
la psicología individual se ciñe (adere) al ser humano
singular y estudia los caminos por los cuales busca
alcanzar la satisfacción de sus mociones pulsionales.
Pero sólo rara vez, bajo determinadas condiciones de
excepción, puede prescindir de los vínculos de este
individuo con otros. En la vida anímica del individuo, el
otro cuenta, con total regularidad, como modelo, como
objeto, como auxiliar y como enemigo, y por eso desde
el comienzo mismo la psicología individual es
simultáneamente psicología social en este sentido más
lato, pero enteramente legítimo” (Freud, S. Psicología
de las masas y análisis del yo, 1921).
• JACOB LEVY Moreno (1930)
– Introdução da expressão
“Terapia de grupos” e
criador da técnica grupal do
Psicodrama.
• Kurt Lewin (1936) - Criador
da expressão “Dinâmica de
grupo” e estudioso da
estrutura psicológica das
maiorias e minorias, com
importante formulação sobre
a formação de papéis sociais.
• S. H. Foulkes (1948) -
Prática da psicoterapia
psicanalítica de grupo com
enfoque gestáltico.
• Pichon Rivière (1940): Grupo
Operativo aplicado com
variações técnicas permite
estudar os fenômenos que
surgem no campo dos grupos
como meio de operar em uma
tarefa objetiva, terapêutica
ou de ensino-aprendizagem.
• Wilfred R. Bion (1940): O
campo grupal se movimenta
em dois eixos:
1 – Manifesto, voltado para
a execução de uma tarefa.
2 – Latente, com ativismo
de pulsões e fantasias
inconscientes.
Ignácio Martin-Baró (Nasceu em 7 de
novembro de 1942, em Valladolid,
Espanha. Foi assassinado em 16 de
novembro de 1989, em El Salvador):
Retoma a concepção de grupo presente no
trabalho de Sílvia Lane, quando considera
os aspectos pessoais, as características
grupais, a vivência subjetiva e realidade
objetiva e o caráter histórico do grupo.
Na perspectiva da psicologia social,
segundo o autor, é muito relevante a
análise do papel do poder na vida
cotidiana, no dia-a-dia das pessoas; a
categoria atividade ganha uma dimensão
importante no processo grupal, como
ponto de partida para o desenvolvimento
das outras dimensões inseparáveis desse
processo.
Segundo Martin-Baró, “o grupo tem
sempre uma dimensão de realidade
referida a seus membros e uma
dimensão mais estrutural, referida à
sociedade em que se produz. Ambas
dimensões, a pessoal e a estrutural,
estão intrinsecamente ligadas entre
si” (MARTÍN-BARÓ, 1989, p. 207).

Esse autor e Sílvia Lane preferem


referir-se a “processo grupal”, ao
fenômeno conhecido como grupo ou
dinâmica de grupo por outros
autores antes deles.
Pichon-Rivière, psiquiatra e psicanalista
argentino - suíço de nascimento - começa a
elaborar as suas teorias sobre grupos
terapêuticos a partir da década de 1940.
Ele a intitulou de "Grupos Operativos", onde
articula as teorias de Jacob Levy Moreno,
Kurt Lewin e as teorias psicanalíticas de
Sigmund Freud, Melanie Klein e Wilfred
Bion, além de outras áreas do conhecimento,
tais como a Sociologia e Antropologia.
Pichón-Rivière define da seguinte forma um grupo:
"conjunto restrito de pessoas ligadas no tempo e no
espaço, articuladas por sua mútua representação interna,
que se propõem, explícita ou implicitamente a uma tarefa,
interatuando para isto em uma rede de papeis, com o
estabelecimento de vínculos entre si e através de
complexos mecanismos de adjudicação e assunção de
papéis” (Adjudicação = entregar a outros o que é seu;
Assunção = assumir o que é dos outros para si)"
(AFONSO, 2000, p. 19).
GRUPO INTERNO é a reprodução ou recriação de
objetos, relações e vínculos relativos a experiências
passadas, geralmente associadas ao grupo primário
(família).
Seu método pode ser chamado de
"grupos centrados na tarefa“. Diz
Pichon-Rivière, em uma aula em
1970, citada por Osório (2003, p.
28): “Os grupos operativos se
definem como grupos centrados na
tarefa [...]”.
Os fundamentos da tarefa
grupal é superar e resolver
situações fixas e
estereotipadas, possibilitando
sua transformação em
situações flexíveis, que
permitam questionamentos,
favorecendo o debate e o
diálogo, numa lógica dialética.
O grupo, através da realização
de uma tarefa, irá transpor do
ponto "dilemático" para o
ponto "dialético".
É importante fazer a distinção entre
GRUPO e AGRUPAMENTO. Para ser
considerado um grupo, é preciso que
exista, entre as pessoas, uma interação
social e algum tipo de vínculo, "pode-se
dizer que a passagem da condição de um
agrupamento para a de um grupo,
consiste na transformação de"
interesses comuns" para a de "interesses
em comum“ (Zimerman, 1997, p. 28). Para
exemplificar um agrupamento, podemos
pensar numa fila de ônibus, onde as
pessoas estão com interesse comum de
pegar o ônibus, mas não possuem nenhum
vínculo entre si (Disponível em:
http://portalteses.icict.fiocruz.br/trans
f.php?id=00003403&lng=pt&nrm=iso&scr
ipt=thes_chap.
GRUPOS OPERATIVOS
Grupos centrados na tarefa (cura, se for terapêutico;
aquisição de conhecimentos, se for um grupo de aprendizagem)
e que preencham as condições dos 3 M:
-Motivação para a tarefa
-Mobilidade nos papéis a serem desempenhados e
disponibilidade para as
-Mudanças que se fazem necessárias

OBJETIVO DO GRUPO OPERATIVO:


Mobilizar um processo de mudança, que passa
fundamentalmente pela diminuição dos medos básicos da perda
e do ataque. Assim, fortalece o grupo, levando-o a uma
adaptação ativa à realidade, rompendo estereótipos,
redistribuindo papéis, elaborando lutos e vencendo a
resistência a mudanças.
Definição: Introduzido por Pichón-Riviére, visa a
organização de desejos e necessidades por meio do
Esquema Conceitual Operativo (ECRO), que leva em
consideração fatores conscientes e inconscientes
como determinantes de uma dinâmica dialética do
campo grupal e que se manifestam em três níveis:
Mente, Corpo e Mundo Exterior. No contexto
operativo do grupo a atividade do coordenador deve
ficar centrada na materialidade de uma tarefa a que
o vínculo grupal se propõe.

Os grupos operativos cobrem quatro campos:


1.Ensino-aprendizagem (aprender a aprender)

2.Institucionais (formação humanística)


3.Comunitários (integração e incentivo às
capacidades)

4.Terapêuticos (mútua ajuda em situações de


patologia)
São dois, os medos básicos com
que trabalhamos
permanentemente nos Grupos
Operativos: o medo à perda e o
medo ao ataque. O medo à perda
determina o que Melanie Klein
denominou de "ansiedades
depressivas", e o medo ao ataque,
ou as "ansiedades paranóides".
ESTRUTURA DOS GRUPOS:
Os grupos se compõem pela dinâmica dos 3 D:
- Depositado
- Depositário
- Depositante
O depositante é aquele que, não podendo assumir
determinada característica sua, a deposita (o
depositado) em alguém que é o depositário.

VERTICALIDADE E HORIZONTALIDADE:
A dinâmica dos 3 D surge pela noção de verticalidade e
horizontalidade. Aquele que, ao mesmo tempo enuncia algo de
si mesmo (verticalidade), também denuncia uma
característica ou problema grupal, (horizontalidade), como
produto da interação dos membros do grupo entre si, com o
líder e com a tarefa.
MOMENTOS DO GRUPO. O CAMINHAR DO GRUPO SE PROCESSA
EM TRÊS MOMENTOS DIFERENTES: PRÉ-TAREFA; TAREFA;
PROJETO (PRODUTO)

Uma PRÉ-TAREFA pode ser definida naquelas


atividades onde a presença dos medos básicos
(angústia de perda do conhecido – “ansiedade
depressiva” e o medo do ataque – “ansiedade
paranóide) constituem defesas ou resistência à
mudanças. Um situação que paralisa o
prosseguimento do grupo: o grupo foge e/ou evita a
tarefa, em função daqueles medos básicos. Seria o
contrário de uma postura do grupos em efetuar a
tarefa: a pré-tarefa seria uma impostura.
Uma TAREFA consiste na elaboração das
ansiedades. O grupo se centraliza na tarefa,
iniciando a elaboração e a superação dos
medos básicos que perturbam a aprendizagem.
Na passagem da pré-tarefa para a tarefa há
um salto por somação quantitativa, através do
qual se estabelece uma relação com o outro
(passagem da posição esquizoparanóide para a
posição depressiva e, daqui, para a ação). Já o
PROJETO seria aquelas estratégias e táticas
que o grupo utilizará para produzir a mudança,
ou o PRODUTO.
TEORIA DO VÍNCULO
Aprofunda a teoria psicanalítica das relações objetais de
Melanie Klein: todo vínculo é bi-corporal e tripessoal, ou
seja, entre dois corpos há um terceiro que interfere o
tempo todo: o ideal do ego (que se caracteriza como as
aspirações e ideais que o Ego pretende alcançar) ou o
superego (que se caracteriza como o conjunto das forças
morais inibidoras que se desenvolvem sob a influência da
educação durante o processo de socialização). Na
comunicação entre duas pessoas o terceiro ingressa
como sendo um ruído, prejudicando a comunicação
interpessoal.
O conceito de vínculo é sintetizador de
três elementos que são: o sentir, o
pensar e o atuar na aprendizagem.
Sintetizador porque Pichón inclue
neste processo do aprender, as
ansiedades, os medos e as angústias
que se dão na interação com os objetos.
O sentir se relaciona com o momento
sensível do conhecimento. O pensar
com o momento lógico e com a
conceitualização e o atuar com o
momento prático.
¢ Para o vínculo é necessário que as necessidades
sejam reciprocamente significativas, isto é,
estejam implicadas umas na outra. Para que o
vínculo surja é necessário que as necessidades
vividas como individuais, sejam reconhecidas
como comuns ou complementares. Implica, então,
no processo de reconhecimento do outro, em sua
necessidade, diferente da minha.
¢ Implica: redefinição dos objetivos individuais em
comum para que se possa satisfazer as
necessidades dos integrantes dessa estrutura
grupal.
¢ A construção de um grupo, enquanto estrutura
operativa, exige o descentramento.
PAPÉIS, VÍNCULOS E TÉRMINO

1. Papéis: No grupo temos a transferência do


desempenho de papéis por parte de cada
componente. É importante evitar que papéis
patológicos sejam exercidos sempre pelos
mesmos componentes, criando uma fixação
e estereotipia em torno destas atitudes.
Cabe ao coordenador identificar e intervir
nestas situações.
2. Vínculos: Importante observar como se
manifestam as diferentes formas de amar e
agredir e a interação entre ambas. O
conhecimento como forma de compreender
a circulação das verdades e mentiras e o
reconhecimento como forma de reconhecer
a necessidade de ser reconhecido de cada
componente.
3. Término: Saber terminar algo representa
um significativo crescimento mental (seja o
próprio grupo ou uma tarefa dentro dele). A
coordenação do grupo requer
fundamentação técnica que possibilite
definição de critérios de término e manejo
de situações relacionadas

.
PAPÉIS QUE CONSTITUEM UM GRUPO
Madalena Freire enfatiza os cinco papéis, que, segundo Pichón,
constituem um grupo:
1. Líder de mudança: é aquele que se encarrega de levar adiante as
tarefas, se arriscando diante do novo (o líder pode ser autocrático,
democrático, laissez-faire e demagógico).
2. Líder de resistência (Sabotador/bobo): puxa o grupo pra trás, freia
avanços, sabota tarefas e remete o grupo sempre à sua etapa inicial. Os
dois são necessários para o equilíbrio do grupo.

3. Porta-Voz: é a chaminé por onde fluem as ansiedades e


reivindicações do grupo.
4. Bode expiatório: é aquele que assume os aspectos negativos do grupo;
todos os conteúdos latentes que provocam mal-estar, como culpa, medo,
vergonha.
5. Os silenciosos: são aqueles que fazem com que o resto do grupo se
sinta obrigado a falar, assumindo a dificuldade dos demais para
estabelecer a comunicação.
ECRO GRUPAL
¢ Esquema Conceitual, Referencial e Operativo. É
indicativo que a aprendizagem num grupo se estrutura
como um processo contínuo e com oscilações. A tarefa
que adquire prioridade em um grupo é a elaboração de
um 'esquema referencial comum’ como condição para o
"estabelecimento da comunicação".
ESQUEMA CONCEITUAL REFERENCIAL OPERATIVO
(ECRO)
Refere-se ao conjunto de experiências, conhecimentos e
afetos com que os indivíduos pensam e agem nos grupos, e se
fazem compreender entre si.

UNIDADES DE OPERAÇÃO DO ECRO:


O EXISTENTE: é a situação do grupo. Tanto o explícito quanto o
implícito da situação grupal.
A INTERPRETAÇÃO: é a compreensão do que existe e o
esclarecimento das dificuldades.
O EMERGENTE: é a resposta do grupo à interpretação. A
desestruturação de uma situação prévia e a reestruturação de um
novo ciclo.
CONE INVERTIDO
É um esquema de vetores que verifica a
operacionalidade no grupo. Este vetores
são:

¢ O PERTENCIMENTO
¢ A COMUNICAÇÃO
¢ A COOPERAÇÃO
¢ A APRENDIZAGEM
¢ A PERTINÊNCIA
¢ A TELE (conceito de Moreno que indica
a disposição positiva, ou negativa para
trabalhar a tarefa grupal; é a
aceitação ou a rejeição que os
integrantes têm espontaneamente em
relação aos demais.
VETORES DOS PROCESSOS DE INTERAÇÃO GRUPAL

1. Afiliação e pertença: é o maior ou menor grau de identificação dos


membros do grupo entre si e com a tarefa.

2. Cooperação: capacidade de ajudar-se mutuamente. Mede-se pelo


grau de eficácia real atingida na execução da tarefa.

3. Pertinência: capacidade de centrar-se na tarefa explícita e


implícita. É medida pela capacidade do grupo de romper
estereótipos, elaborar lutos, redistribuir papéis e vencer
resistências a mudanças.
VETORES DOS PROCESSOS DE INTERAÇÃO GRUPAL

4. Comunicação: são as modalidades e níveis de comunicação


existentes no grupo:

a) Nível oral: é a fase mais primitiva do grupo. Se mantém


dependente do líder, é voraz, queixoso e com atitude de
reprovação constante.

b) Nível anal: se alternam ciclos de expulsão e retenção, ou


seja, de desavenças e reconciliações. É uma fase mais
evoluída.

c) Nível genital: é o mais evoluído. Prevalece a capacidade de


identificação e o desejo de proteger o outro da
destruição, ou de reparação se o outro foi atacado.
VETORES DOS PROCESSOS DE INTERAÇÃO GRUPAL

5. Aprendizagem: se dá em dois momentos:

1º- Soma de informações de cada integrante do grupo.

2º- Desenvolvimento de condutas alternativas diante dos obstáculos


que se apresentam, rompendo formas arcaicas de comportamento.

6. Tele: é a disposição positiva ou negativa para interagir com os


membros do grupo.
UTILIZANDO OS SEIS VETORES
1. PERTENCIMENTO: como cada membro se
implicou na atividade?
2. COMUNICAÇÃO: houve uma comunicação
aberta durante o desenvolvimento da atividade?
3. COOPERAÇÃO: houve manifestação de ajuda e
troca entre os indivíduos?
4. APRENDIZAGEM: os indivíduos avançaram na
compreensão do tema abordado?
5. TELE: houve uma disposição positiva dos
membros do grupo entre si (o clima grupal – qual
foi)?
6. PERTINÊNCIA: houve sensibilização, reflexão
e elaboração?
INTERPRETAÇÃO DO MOVIMENTO DO
GRUPO
Consiste em procurar fazer
explícito o implícito. Modelo
psicanalítico de tornar
consciente o inconsciente. Não
se analisa o vínculo com o
terapeuta e sim com a tarefa,
na qual o Coordenador, como
cada membro, estão igualmente
comprometidos. A finalidade
geral da interpretação é o
esclarecimento em termos das
ansiedades básicas: medos
primários que paralisam os
membros do grupo.
COORDENADOR

A intervenção do Coordenador de Grupos


Operativos se limita a sinalizar as dificuldades
que impedem ao grupo de enfrentar a tarefa. O
ECRO do Coordenador se sustenta em quatro
bases: estratégia, tática, técnica e logística. Ao
oferecer estes esquemas para o grupo se
questionarem, o grupo tentará decifrar as suas
dificuldades. O Coordenador não deve responder
às questões , mas para ajudar o grupo a
respondê-las. Ajuda os membros a parar,
verificar, refletir e concluir sobre o que paralisa
as atividades (angústias básicas).
¢ Estratégia é uma palavra com origem no termo
grego strategia, que
significa plano, método, manobras ou estratagemas usa
dos para alcançar um objetivo ou resultado específico.
¢ Tática é conhecido como o conjunto de métodos
utilizados para conseguir a realização de um objetivo.
Quase sempre o conceito de tática costuma-se
confundir com o de estratégia e é porque há uma linha
muito sutil de separação entre ambas. Para poder
utilizá-los corretamente e diferentemente como
costuma acontecer é útil saber que a principal diferença
é que a tática envolve uma ação mais específica, por
exemplo, a instâncias de um enfretamento militar,
reduzir a zero as forças militares rivais será a
estratégia e a tática é a ação realizada em um lugar
determinado, um ataque surpresa às instalações
militares, entre outros.
PAPEL DO (A) OBSERVADOR (A)
O (A) Observador (a) não é
participante do grupo. Auxilia ao
Coordenador (a) com as suas
anotações. Alguns pontos que devem
ser observados em um Grupo Operativo
são: o medo dominante; a extensão da
pré-tarefa; a comunicação pré-verbal e
a verbal; a aprendizagem; o clima grupal
(tele); os subgrupos (existência do
bode expiatório e as “panelinhas”); o
projeto grupal; os temas tratados e os
omitidos; os líderes e seus papéis;
observações gerais e encerramento do
grupo.
COMO TRABALHAR COM
GRUPOS ?

“Pode-se afirmar que a teoria


sem a técnica vai resvalar
para uma prática abstrata,
com uma intelectualização
acadêmica, enquanto a
técnica sem uma
fundamentação teórica corre
o risco de não ser mais do
que um agir intuitivo ou
passional” (David
Zimmermann, 1997).
CONCLUSÃO
Tomemos como referencial a
afirmação de MARTÍN-BARÓ (1989),
de que “O grupo tem sempre uma
dimensão de realidade referida a
seus membros e uma dimensão mais
estrutural, referida à sociedade em
que se produz. Ambas dimensões, a
pessoal e a estrutural, estão
intrinsecamente ligadas entre si”,
para concluir que a prática
profissional do psicólogo que atua
com grupos requer uma organização
técnica e crítica de suas abordagens.
E isto requer fundamentação teórica
e desenvolvimento de habilidades e
atitudes específicas.
REFERÊNCIAS

AFONSO, Lúcia (Org.). Oficinas em dinâmica de grupo na área


da saúde. Belo Horizonte: Campo Social, 2003.

BAREMBLITT, Gregório (Org.). Grupos: teoria e técnica. Rio de


Janeiro: Graal, 2. ed., 1986.

OSÓRIO, Luiz Carlos. Psicologia grupal: uma nova disciplina para o


advento de uma nova era. Porto Alegre: Artmed, 2003.

PICHON-RIVIÈRE, Enrique. O processo grupal. São Paulo:


Martins Fontes, 1982.

SAIDON, Osvaldo. Práticas grupais. Rio de Janeiro: Campus, 1983.


Disponível em: <http://www.continents.com/IMERGO.htm>. Acesso
em: 15 jun. 2003.

Você também pode gostar