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TEMA
REALIZADO POR:
Observação
Participante
Entrevista
Não participante Teste e medida de atitudes e opiniões
Inquérito por questionário
Sabendo que a formulação das perguntas tem influência sobre o conteúdo das
respostas, deve ter-se todo o cuidado para não pré-fabricar o resultado.
O inquérito começou por ser realizado pelo Estado sob a forma de Censos da
população e com o objectivo de controlo político;
Depois, foi a vez dos Inquéritos sociais, promovidos pelas correntes filantrópicas e
socialistas dos países mais industrializados da Europa, com o objectivo de mostrar
através da fria “objectividade dos números”, retractar o estado de pobreza em que
viviam vastas camadas da população.
Nas primeiras décadas deste século, nasce nos E.U.A os Inquéritos de atitudes e
opinião,
ALGUMAS LIMITAÇÕES:
Acarreta DIFICULDADES:
Esta introdução aos “princípios do inquérito”, servirá para o leitor compreender por
que razão esta técnica é adequada ao estudo de grandes conjuntos de indivíduos, mas
tem grandes limitações quanto ao grau de profundidade da informação recolhida.
O inquérito por questionário segue, resumidamente, as seguintes fases de preparação
e realização:
Planeamento do inquérito;
Preparação do instrumento de recolha de dados (redacção do projecto do
questionário);
Estas fases mostram que, existe todo um processo desde o momento em que se
capta a informação até que seja analisada e representada.
Efectivamente, é a partir do momento em que o inquiridor enuncia a pergunta e
anota a resposta (já não literalmente como o inquirido respondeu, mas sim da forma que
parece mais ajustada àquilo que foi dito), desenrola-se um sem número de operações,
que passam por inquiridores, supervisores, codificadores, técnicos, etc, sendo certo que
se vai perdendo informação e, mais grave, acrescentado outra ao longo de cada
operação.
Sabendo que no questionário se distingue entre questões fechadas e questões
abertas, é às primeiras que se dirige a maioria das críticas quanto ao aspecto técnico,
pois as pessoas apenas escolhem a resposta que mais se adequa à sua, mas nunca será a
sua verdadeira resposta. Por outro lado, as questões abertas permitem uma resposta livre
e pessoal, mas apresentam numerosos inconvenientes para os realizadores de inquéritos,
pois podem dar origem a respostas embrulhadas, equívocas, contraditórias ou ilegíveis.
São também difíceis de apurar, em consequência da multiplicidade das respostas
possíveis.
Assim, a análise das respostas leva à filtragem de informação que faz com que, nem
sempre, no final, esta corresponda ou seja fiel à informação inicialmente transmitida ao
inquiridor.
Ter em conta a amostra da população, isto é, a definição de amostra deverá ser feita
em estreita ligação com os objectivos teóricos. Deste modo, podemos dirigir á
amostragem por áreas. As vantagens são os reduzidos custos e uma amostra mais
homogénea uma vez que os elementos de que compõem são escolhidos por grupos e
não individualmente.
Em suma, á primeira exige-se que permita definir relações nas distribuições dos
inquiridos por categorias e, á segunda, que descubra novas categorias
teoricamente existentes.
“Em suma, cada pergunta contém vários sentidos semânticos, suscita graus de
interesse diferenciados e pode resultar em alguma confusão ou, mesmo, em algumas
não-resposta. A ocorrência e intensidade destas contingências serão tanto mais
acentuadas quanto mais heterogénea for a população que constitui a amostra.”
INTERACÇÃO INQUIRIDOR/INQUÉRITO/INQUIRIDO
INQUIRIDOR
Um dos aspectos da situação, tal como é vivida pela pessoa inquirida, é o papel
que ela adopta ou pensa dever adoptar. Pode-se responder a um mesmo questionário,
enquanto trabalhador, pai de família ou eleitor. Conforme o caso, as respostas dadas
poderão não ser as mesmas. Estes diferentes papéis não são, evidentemente, específicos
da situação de inquérito, pois cada pessoa desempenha vários papéis e age, em cada
situação, de acordo com eles. A questão que se coloca quando se concebe o inquérito
não é, portanto, tentar eliminar o efeito do papel, mas saber qual dos papéis é o mais
pertinente para o problema tratado.
O papel em que se coloca uma pessoa inquirida é possivelmente determinado,
em parte, pela forma como é abordada pelo entrevistador.
As razões que levam alguém a aceitar uma entrevista ou a responder a um
questionário podem ser muito diversas, indo da timidez, que não permite uma recusa, ao
interesse científico, passando pelo desejo de ter um contacto pouco habitual e de dar a
sua opinião ou o orgulho de participar numa sondagem que talvez apareça no jornal. O
comportamento durante a aplicação do inquérito é, também ele, determinado por
diferentes objectivos. As pesquisas efectuadas nos últimos anos permitiram evidenciar
duas categorias de objectivos: uns ligados à relação com o entrevistador e os outros
respeitantes à utilização que, de acordo com a representação do sujeito, poderá ser feita
das suas respostas.
LINGUAGEM DO INQUÉRITO
Pelo agregar de teorias e dados durante a pesquisa acaba por ser a que mais
reifica o dado, pois as respostas surgem expostas em tabelas quantitativas que
dão a ilusão de serem completamente despidas de qualquer acção não-lógica.
Isto porque, uma vez lançado é como se um corte radical separasse o inquérito
da teoria que presidira ao seu nascimento. Os resultados são inalteráveis pela
função da realidade, correndo o risco de prejudicar a reunião e o tratamento
quantitativo dos dados.