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HISTÓRIA DA

MATEMÁTICA
THIAGO DE SOUZA
Prof.a Dra. Andressa Cesana
NUMERAÇÃO EGÍPCIA
Muitos dos registros da civilização egípcia chegaram aos
nossos dias em papiros, alguns deles de conteúdo
matemático. O papiro era produzido cortando-se em finas tiras
a parte interna do caule da planta de mesmo nome, planta
esta abundante no vale do rio Nilo. Essas tiras eram
sobrepostas e cruzadas, para em seguida serem prensadas,
formando folhas que, coladas a outras folhas, formavam uma
longa fita que depois era disposta em um rolo. Os papiros
eram grafados por escribas em escrita hierática, uma
simplificação da escrita hieroglífica mais adequada á escrita
corrente. Ambas eram compostas de símbolos, porém a
escrita hieroglífica tinha caráter pictórico e era mais usada em
monumentos.
O sistema de numeração egípcio, tão antigo quanto as
famosas pirâmides data de cerca de cinco mil anos atrás.
Foi preservado em papiros, ou em monumentos de pedra.
Os símbolos utilizados para representar os numerais faziam
parte do cotidiano dos egípcios.
O papiro de conteúdo matemático mais célebre ´e o Papiro de
Rhind, adquirido pelo egiptólogo escocês Alexander Rhind em
1858 e datado de cerca de 1650 a.C. Com mais de 5 m de
comprimento e 33 cm de largura, e possivelmente o melhor
registro da matemática egípcia. Foi copiado por um escriba de
nome Ahmes de um texto matemático mais antigo. Contém 84
problemas de geometria e de aritmética acompanhados de
soluções. Entre os problemas aritméticos, há estudos de
frações unitárias e de equações lineares e entre os problemas
de geometria, há o cálculo de volume de silos de base circular
e retangular e cálculo de áreas.
PAPIRO DE RHIND

Fonte:
https://goo.gl/images/c37eAY
Os egípcios interpretavam a fração somente como uma parte da
unidade. Por isso, utilizavam apenas as frações unitárias, isto é, com
numerador igual ao denominador.
1. Para escrever as frações unitárias, colocavam um sinal oval
alongado sobre o denominador. As outras frações eram expressas
através de uma soma de frações de numerador
2. Os egípcios não colocavam o sinal de adição “+” entre as frações,
porque os símbolos das operações ainda não tinham sido
inventados. No sistema de numeração egípcio, os símbolos
repetiam-se com muita frequência. Por isso, tanto os cálculos com
números inteiros quanto aqueles que envolviam números
fracionários eram muito complicados. Assim como os egípcios,
outros povos também criaram o seu próprio sistema de numeração.
Porém, na hora de efetuar os cálculos, em qualquer dos sistemas
empregados, as pessoas sempre tinha alguma dificuldade. Apenas
por volta do século III a.C. começou a se formar um sistema de
numeração bem mais prático e eficiente do que os outros criados até
então: o sistema de numeração romano
PROBLEMAS DE
DISTRIBUIÇÃO

Vários problemas do papiro de Rhind envolvem


a distribuição de alguma mercadoria, como pão
ou cerveja. Por exemplo. O problema 65
pergunta:
Exemplo de dividir 100 pães entre 10 homens,
inclusive um barqueiro, um capataz e um
porteiro, que recebem porções duplas. Qual a
parte de cada um ?
A solução:
Acrescente 3 ao número de homens por
aqueles com porção dupla; isso dá 13.
Multiplique 13 para obter 100; o resultado
é 7 2/3 1/39. Essa, então, é a razão para
sete homens, o barqueiro, o capataz e o
porteiro recebem porção dupla [=15 1/3
1/26 1/78].
Cada símbolo egípcio podia ser repetido até nove
vezes.
A posição do símbolo não importava.
Possuía um princípio aditivo: os valores dos
símbolos eram somados.
Possuía base 10: a mudança de símbolo ocorria
ao se completar 10 repetições.
Um modo de escrever o número 2012, por
exemplo, poderia ser esse:

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