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Livro Leya 2020 PDF
Livro Leya 2020 PDF
Carlos Portela
Fernanda Braguez
Margarida Ferreira
Rogério Nogueira
ATUAL ECOMPLETO
De acordo com
Aprendizagens Essenciais
Explicação de todos os conteúdos
Teste diagnóstico
com feedback online imediato
LeYa EoucAçAo
-INDICE Física 10.º Ano
Domínio 1
Energia e sua conservação
Química 10.º Ano 1.1 Energia e movimentos 86
1.1.1 Sistema mecânico redutível
Domínio 1 a uma partícula. Energia e tipos
Elementos químicos e sua organização fundamentais de energia. Potência 86
Massa e tamanho dos átomos 6 1.1.2 Energia interna 91
1.1
1.1.3 Transferências de energia por ação de
1.1.1 Tamanho dos átomos 8
forças. Trabalho de uma força constante 91
1.1.2 Massa isotópica e massa atómica 1.1.4 Teorema da Energia Cinética 97
relativa média 11 1.1.5 Moviment o num p lano inclinado:
1.1.3 Quantidade de matéria e massa molar 12 variação da energia c inética
e distância percorrida {AL 1.1) 98
1.1.4 Volume e número de moléculas
1.1.6 Forças conservativas e não
de uma gota de água {AL 1.1) 14
conservativas 99
1.2 Energia dos eletrões nos átomos 16
1.1.7 Trabalho do peso e energia potencial
1.2.1 Espetros contínuos e descontínuos 16 gravítica 99
1.2.2 O modelo atómico de Bohr 19 1.1.8 Energia mecânica, forças conservativas
e conservação da energia mecânica 101
1.2.3 Transições eletrónicas 19
1.1.9 Forças não conservativas, variação da
1.2.4 Quantização da energia 20 energia mecânica, dissipação de energia
1.2.5 Espetro do átomo de hidrogénio 21 e rendimento 103
1.2.6 Energia de remoção eletrónica 24 1.1.10 Movimento vertical de queda e ressalto
de uma bola: transformações
1.2 .7 Modelo quântico do átomo 25
e transferências de energia {AL 1.2) 105
1.2 .8 Configuração eletrón ica de átomos 27 1.2 Energia e fenómenos elétricos 106
1.2.9 Teste de chama {AL 1.2) 29 1.2.1 Energia elétrica e correntes elétricas 106
1.3 Tabela Periódica 30 1.2 .2 Grandezas elétricas: diferença de potencial
elétrico e corrente elétrica. Corrente
1.3.1 Evolução histórica da
contínua e corrente alternada 107
Tabela Periódica 30
1.2.3 Grandeza elétrica: resistência elétrica
1.3.2 Estrutura da Tabela Periódica: de um condutor 109
grupos, períodos e blocos 30 1.2 .4 Energia transferida para um componente
1.3 .3 Elementos representativos de um circuito elétrico. Efeito Joule 110
e de transição 31 1.2.5 Balanço energético num circuito 112
1.3.4 Famílias de metais e não-metais 31 1.2.6 Características de uma pilha {AL 2.1) 113
1.2.7 Associações de componentes elétricos
1.3 .5 Propriedades periódicas dos elementos
em série e em paralelo 114
representativos 32
1.3 Energia, fenómenos térmicos e radiação 116
1.3 .6 Densidade relativa de metais {AL 1.3) 36 1.3 .1 Sistema termodinâmico. Temperatura
Questões propostas 38 e equil íbrio té rmico 116
1.3.2 Radiação e irradiância. Painéis fotovoltaicos 119
Domínio 2 1.3.3 Radiação e potência elétrica de um painel
Propriedades e transformações da matéria fotovoltaico {AL 3.1) 120
2.1 Ligação química 50 1.3.4 Condução térmica e convecção térmica.
2.1.1 Tipos de ligação química 51 Transferências de energia como calor
2.1.2 Ligação covalente 52 num coletor solar 122
2 .1.3 Ligações intermoleculares 59 1.3.5 A radiação solar e os coletores solares 122
2.2 Gases e dispersões 61 1.3.6 Primeira Lei da Termodinâmica:
2.2.1 Lei de Avogadro, volume molar transferências de energia e conservação
e massa volúmica 61 da energia 124
2.2.2 Composição quantitativa 1.3.7 Aquecimento e arrefecimento de sistemas:
de soluções 63 capacidade térmica mássica 125
2 .2 .3 Diluição de soluções aquosas 1.3.8 Capacidade térmica mássica {AL 3.2) 126
(AL 2.2 e AL 2.3) 65 1.3.9 Aquecimento e mudanças de estado:
2.3 Transformações químicas 67 variação das entalpias de fusão e de
2 .3 .1 Energia de ligação e reações vapoMzação 127
químicas 68 1.3.10 Balanço energético num sistema
2.3.2 Reações fotoquímicas na atmosfera 71 termodin âmico {AL 3.3) 128
2.3.3 Reação fotoquímica {AL 2.4) 75 1.3 .11 Segunda lei da termodinâmica: degradação
de energia e rendimento 128
Questões propostas 76
Questões propostas 130
Física 11.º Ano Química 11.º Ano
Domínio 1 Domínio 1
Mecânica Equilíbrio químico
1.1 Tempo, posição e velocidade 152 1.1 Aspetos quantitativos das reações químicas 240
1.1.1 Posição, deslocamento, distância 1.1.1 Reações químicas 240
percorrida e sentido do movimento 152 1.1.2 Reagent e limitante e em excesso 242
1.1.2 Velocidade 154 1.1.3 Rendim ento de uma reação química 244
1.1.3 Ve locidade em gráficos posição-tempo 1.1.4 «Química verde» 245
e gráficos velocidade-tempo, para 1.1.5 Sín tese do ácido acetilsalicílico (AL 1.1) 247
movimentos reti líneos 155 1.2 Equilíbrio químico e extensão das reações 249
1.2 Interações e seus efeitos 159 1.2.1 Rea ções incompletas e equilíbrio
1.2.1 As quatro interações fundamentais na químico 249
natureza 159 1.2 .2 Extensão das reações químicas 252
1.2 .2 Terceira Lei de Newton 160 1.2.3 Fatores que alteram o equilíbrio químico 256
1.2 .3 Lei da gravitação universal 161 1.2 .4 Efeito da concentração no equilíbrio
1.2.4 Efeito das forças sobre a velocidade: químico (AL 1.2) 260
a aceleração 163 Questões propostas 262
1.2.5 Segunda Lei de Newton 165
1.2 .6 Queda livre (AL 1.1) 167 Domínio 2
1.2.7 Primeira Lei de Newton 168 Reações em sistemas aquosos
1.3 Forças e movimentos 169 2.1 Re ações ácido-base 274
1.3.1 Movimentos uniformemente variados 169 2.1.1 Defi nição de ácido e de base 274
1.3.2 Forças nos movimentos retilíneo s 2.1.2 Acidez e basicidade das soluções 276
acelerado e uniforme (AL 1.2) 172 2.1.3 Autoionização da água 278
1.3 .3 Mov imento uniformement e retardado: 2.1.4 Ácidos e bases em solução aquosa 281
velocidade e d eslocamento (AL 1.3) 174 2 .1.5 Constantes d e acidez 283
1.3 .4 Queda na vertical com efeito 2.1.6 Força relativa de ácido s e bases 285
de resistência do ar aprec iável 176 2.1.7 Titulação ácido-base (AL 2.2) 288
1.3 .5 Movimento circular uniforme 178 2.1.8 Acidez e basicidade em soluções
Questões propostas 180 aquosas de sais 293
2.1.9 Aspetos amb ientais das reações
Domínio 2 ácido-base 295
Ondas e eletromagnetismo 2.2 Reações de oxidação-redução 297
2.2 .1 Caracterização das reações de oxidação-
2.1 Sinais e ondas 190
-redução 297
2.1.1 Sinais. Ondas: transversais e longitudinais,
2 .2.2 Força relativa dos oxidantes e redutores 301
mecânicas e eletromagnéticas 190
2 .2.3 Série eletroquímica (AL 2.3) 305
2.1.2 Periodicidade temporal e espacial de uma
2.3 Soluções e equilíbrio de solubilidade 306
onda. Ondas harmónicas e complexas 192
2 .3.1 Mineralização d as águas 306
2 .1.3 O so m como onda de pressão 196
2.3.2 Solubilidade de sais em água 307
2.1.4 Sons puros, intensidade e frequência; 2.3.3 Equilíbri o químico e solubilidade de sais 310
sons complexos. Espetro sonoro 197 2.3.4 Alteração da solubilidade dos sais 312
2.1.5 Microfone e altifalante 197 2.3.5 Temperatura e solubilidade de um
2.1.6 Características do som (AL 1.1) 198 soluto sólido em água (AL 2.4) 314
2 .1.7 Velocidade do som (AL 1.2) 201 2.3.6 Desmineralização de águas e processos de
2.2 Eletromagnetismo 203 precipitação 315
2.2.1 Campos magnéticos 203
Questões propostas 318
2.2.2 Campos elétricos 206
Prova-modelo 1 332
2.2 .3 Fluxo do campo magnético 208
Prova-modelo 2 338
2.2.4 Indução eletromagnética e Lei de
Prova-modelo 3 344
Faraday 210
Prova-modelo 4 350
2.2.5 Aplicações da Lei de Faraday 212
Soluções 356
2 .3 Ondas e letrom agnéticas 214
Anexos 383
2.3.1 Orige m e produção de ondas
eletromag néticas 214
2.3.2 Fenómenos ondulatórios
2.3.3 Reflexão de ondas
2.3.4 Refração de ondas
2.3.5 Reflexão total e fibras óticas
215
216
217
220
IAII auladigital
Aprender é incrível.
2.3.6 Ondas: absorção, reflexão, refração
e reflexão total (AL 3.1) 221 ✓ TESTE DIAGNÓSTICO
2.3.7 Difração de ondas 223
2.3.8 Comprimento de onda e difração ✓ SIMULADOR DE EXAMES
(AL 3.2) 224
✓ EXAMES E RESOLUÇÕES
2.3.9 Efeito Doppler e expansão
do Universo 225
Acesso em www. leyaeducacao.com
Questões propostas 228
Química
10.0 Ano
oornínio 1
Elementos C\uímicos e sua organização
oornínio 2
Propriedades e transtorrnações da matéria
QUÍMICA 10.0 Ano
Domínio 1
Elementos químicos e a sua organização
A Química estuda a matéria e as transformações que esta pode sofrer. A matéria é tudo o que
tem massa e ocupa espaço. A maior parte da matéria dos planetas é constituída por átomos.
Os átomos dos diferentes elementos (já identificados 118) são ca racterizados por um número
atómico, Z , que é o número de protões existent es no núcleo, sendo responsáveis pela carga
elétrica nuclear.
protões: 13 protões: 13
3
Átomo de alumínio, A€, (Z = 13) { Ião alumínio, Af • {
eletrões: 13 eletrões: 10
6
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
protões: 16 protões: 16
Átomo de enxofre, S, (Z = 16) { Ião su lfureto, s-2
{
eletrões: 16 eletrões: 18
Cada um dos elementos tem, em reg ra, vários isótopos - átomos do mesmo element o
que diferem no número de neutrões e, conseq uentemente, na massa. Chama-se número de
massa, A , ao número total de pa rtículas no núcleo atóm ico, que correponde à soma do núme-
ro de protões co m o número de neutrões.
1. A tabela seg uinte contém informação relativa a várias espécies q uímicas designadas
por letras de A a G. As letras não representam símbolos de elementos químicos.
B
(a)
19
8
20
8
18
o
(e)
(b)
(d)
mi
e (e) (f) (g) (h) ~~c3+
D 8 8 (i) -2 (j)
F 26 30 (o) o (p)
1.1 Indique a informação que deve substituir as letras de (a) a (t), de modo a completa r
a t abela.
1.2 Indique, justificando, as espécies quím icas que são isótopos do mesmo elemento.
1.3 Conclua , justifica ndo, quantos elementos químicos estão representados na tabela.
& 1.1 (a) 8; (e) 26; (i) 10; (m) 8; (q) 35;
(b) 1: A; (f) 30; (j) ': 0 2- ; (n) O; (r) 45;
(c) +1; (g) 23; (k) 8; (o) 26; (s) 36;
(d) ~: s +; (h) +3; (1) 10; (p) ~: F; (t) -1.
7
QUÍMICA 10.0 Ano
Raio de um átomo de carbono 0,000 000 000 070 7,O x 10·11 10-10
Como as ordens de grandeza das diferentes estruturas na natureza podem ser tão variadas,
usam-se frequentemente múltiplos e submúltiplos das unidades SI.
fixo
p ico p 10-12
nano n 10-9
.UI
o
1i
:s
E
micro
mili
µ
m
10-6
10-3
.0
::,
C/1 centi e 10-2
deci d 10-1
deca da 101
hecto h 102
UI
o quilo k 103
1i
E
, ::, mega M 106
:i:
giga G 109
t era T 1012
A escolha da esca la, em cada caso, está relacionada com a ordem de grandeza.
8
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua o rganização
M+i+ii·i·it¾Hli·I
2. As figuras representam várias estruturas e as respetivas dimensões.
75 n m 1 nm 102 pm
víru s molécula de g licose átomo de hidrogénio
2.1 Indique as ordens de grandeza de cada uma das dimensões expressas em metros.
2.3 A s dimen sões do vírus e do áto mo de hidrog énio, quand o comparadas co m a di-
mensão da molécula de glicose, são , respetivamente,
(A) 100 v ezes maior e 100 vezes menor. (C) 75 vezes maior e 10 vezes menor.
(B) 75 vezes menor e 100 v ezes maior. (D) 100 vezes menor e 10 vezes maior.
a 2.1 Sol : 1,40 Gm = 1,40 x 109 m; ser humano: 170 cm = 1,70 x 10º m;
bola de golfe: 42 mm = 4 ,2 x 10- 2 m; fio de cabelo: 100 µm = 1,00 x 10-4 m;
vírus: 75 nm = 7,5 X 10-s m; molé cula de glicose: 1 nm = 1 X 10- 9 m;
átomo de hidrogénio: 102 pm = 10-10 m .
d vírus 75 nm . _ , , .
2.3 (C). _d______ = - - - = 75 ⇒ a dtmensao do v ,rus e 75 v e zes maior
molécula de glicose 1 nm
do que a dimensão d a molé cula de glicose.
9
QUÍMICA 10.0 Ano
l+Ml·i·ii+Hli·I
3. O pentacena, C 2 2 Hw é um hidrocarboneto de grande importância, pois pode ser
utilizado na produ ção de dispositivos eletrónicos.
10
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
tj 3.1 (B). Lida com estruturas de dimensões entre 100 nm (0,1 micrómetros) e 0,1 nm.
O tamanho das células é da ordem do micrómetro que é a milésima parte de
um milímetro.
1
A massa-padrão que se utiliza é a massa correspondente a da massa do átomo de car-
12
bono-12.
A massa atómica relativa média, A,, de um elemento químico é calcu lada a partir das massas
isotópicas relativas e respetivas abundâncias dos seus isótopos naturais.
11
QUÍMICA 10.0 Ano
4 . O clo ro ocorre em amostras terrestres como uma mistura de dois isót opos, ~~e.e e ~~ce.
As massas atómicas desses isótopos, determinadas experimentalmente, e as respe-
tivas abundâncias relativas apresentam-se na tabela seguinte:
34,968 75,53
36,956 24,47
4.2 Exp lique a proximidade do va lor da massa atómica re lativa do cloro ao va lor da
massa isotópica do cloro-35.
4.2 A massa atómica relativa média do cloro é 35,454 e está mais próxima da
massa do isótopo mais abundante, o cloro-35, pois o seu valor resulta da
média ponderada das massas isotópicas, tendo maior contributo a massa do
isótopo mais abundante.
A quantidade de matéria, n, é uma grandeza fís ica usada para re lacionar porções de substân-
cias, em termos macroscópicos, com as unidades estruturais (átomos, moléculas ou iões) do
domínio do submicroscópico. A unidade de quantidade de matéria no SI é a mole (símbolo mol).
No SI, 1 mol é a quantidade de matéria que contém 6,02 x 10 23 entidades (átomos, moléculas
ou outras partículas). Este número designa-se por número de Avogadro, em homenagem ao
cientista italiano Amedeo Avogad ro.
A constante de Avogadro, NA= 6 ,02 x 1023 moI-1, é o número de entidades por mole de uma
determinada subst ância (a unidade SI é mol-1). Entre o número de entidades, N , presentes numa
dada amostra e a quantidade de matéria, n, dessa amostra, pode estabelecer-se a seguinte
relação: N = n x NA, em que a constante de Avogadro, NA, é a consta nte de proporcionalidade.
12
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
A Fig. 1.5 apresenta amostras de substâncias cuja quantidade de matéria, presente em cada
uma, é uma mole de átomos.
1 mol de átomos de enxofre: 32, 1 g
1 mol de átomos 1 mol de átomos
de carbono: 12,0 g de ferro: 55,9 g
Entre a massa, m, de uma amostra de uma dada substância e a quantidade de matéria, n, dessa
amostra, pode estabelecer-se a seguinte relação: m =n x M.
13
QUÍMICA 10.0 Ano
Cálculo do valor de x:
O número de moléculas numa gota de ág ua pode ser estimado se for medido o vo lume de uma
gota de água e também a sua massa. Para uma maior precisão, faz-se uma medição indireta a
partir do volume e da massa de muitas gotas.
l+i%i·i·l1+Hli·I
7. Para medir o volume e a ma ssa de uma gota de ág ua e determinar o número de mo-
léculas de água nela existentes, um grupo de alunos realizou uma atividade com a
seg uinte seq uência de procedimentos:
1. Encher uma bureta com água e acertar até ao nível do zero na escala.
li. Colocar um gobelé em cima da balança digital.
Ili. Tran sferir 100 gotas de ág ua da bureta para o gobelé.
IV. Registar o volu me das 100 gotas de ág ua e a massa respetiva.
14
DOMÍNIO 1 Elementos quím icos e a sua organização
7.1 A figura mostra parte da escala da bureta que foi utilizada, pelo grupo
de alunos, para medir o volume de água (100 gotas) vertido. Aten-
dendo à incerteza de leitura e ao número adequado de algarismos
significativos, o volume de 100 gotas de água é
7.2 A massa das 100 gotas de água medida pelos alunos foi 5,09 g.
a) Quanto s algarismos significativos apresenta o resultado da mediçã o?
b) Apresente o resultado da mediçã o com a respetiva incerteza de leitura.
7.4 O número de moléculas de água (M(H 2 O) = 18,02 g mol-1) que existem numa gota
pode ser determin ado a partir da exp ressão
18,02 5,09
--X 6 02 X 10 23 --X 6 02 X 10 23
100 ' 18,02 '
(A) N= (C) N=
5,09 100
(8) N=
18,02
--X
5,09
6 02
'
100
X 1023
(D) N=
18,02
- - x 5,09
100
6,02 X 1023
mi
7.5 Indique as ordens de gran deza do número de moléculas de água de uma gota
e do volume dessa got a.
& 7.1 (8). O volume das gotas de água foi medido com uma bureta, um instrumento
analógico. Neste tipo de instrumentos, considera-se a incerteza de leitura igual
a metade do valor da menor divisão da escala. Neste caso, a menor divisão da
escala é 0,1 ml, pelo que a incerteza de leitura será metade, ou seja, 0,05 ml.
A figura mostra o nível mais baixo do menisco entre os valores 5,6 ml e 5,7 ml.
7.5 N.º de moléculas de uma gota de água: 1,70 x 1021 - ordem de grandeza 1021•
Volume de uma gota: 5,65 x 10-2 ml - ordem de grandeza 10-1 ml.
15
QUÍMICA 10.0 Ano
A luz também pode ser detetada em quantidades discretas (bem definidas), como partículas,
pelo que as radiações eletromagnéticas podem igualmente ser descritas como sendo forma-
das por fotões. Os fotões são os corpúscu los da luz: a cada fotão corresponde um mínimo
de energia, que é diferente consoante a frequência da radiação.
Espetro eletromagnético
16
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
Na luz visível, a energia por fotão e a frequência da radiação aumentam de acordo com
a seguinte sequência: vermelho, cor de laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta (Fig. 1.7).
Radiofrequências
1Q-32 1Q-24
Micro-ondas
•
Infravermelho
10-22
(IV)
i l
2,5 X
Visível
10-17
Raios X Radiação gama (-y)
1Q-15 10-10
M+i%i·i·it4Hli·I
8. As lâmpadas de vapor de sódio, usadas em iluminação pública, têm uma luz amarela
característica devido à presença do elemento sódio.
8 .1 A luz emitida por uma lâmpada de luz ultravioleta, comparada com a luz emitida
pela lâmpada de vapor de sódio, tem _ _ frequência e fotões de _ _ energia.
(A) maior ... menor. (B) menor ... menor. (C) maior ... maior. (D) menor ... maior.
& 8.1 (C). A energia dos fotões da luz ultravioleta é maior do que a dos fotões da
luz amarela. Quanto maior é a energia de um fotão, maior é a frequência da
radiação respetiva, pois a energia de cada fotão é diretamente proporcional
à frequência da radiação respetiva.
8.2 Representando f a frequência: 'iu < 'iv < 'i < 'ii·
17
QUÍMICA 10.0 Ano
Espetro de absorção: espetro obtido depois de a luz emitida por uma fonte atravessar uma
subst ância. Este espetro contém apenas as radiações da luz incidente que não foram absorv i-
das na substâ ncia. Corresponde à subtração de bandas ou riscas do espetro da luz incidente
na substância. No visível, o espetro de absorção de uma substância resulta da absorção
seletiva de radiações v isíve is pela substância: podem observar-se riscas negras num fundo
colorido.
ESPETROS
ESPETROS ESPETROS
DE EMISSÃO DE ABSORÇÃO
1 7
contínuos descontínuos descontínuos
1
Espetro solar com as riscas
de Fraunhofer
(riscas de absorção)
Corpo Lâmpada de Lâmpadas Lâmpada
incandescente incandescência de vapor de sódio fluorescente
usadas em
iluminação pública
-
1 l l
l+l%i·i·l1+Hli·I
9. A principal técnica uti lizada no estudo da composição dos corpos ce lestes é a es-
petroscopia . Parte da radiação emitida pelas estrelas é absorvida pelo gás q ue as
rodeia. Se esse gás não existisse, os espetros produzidos se riam semelhantes ao de
um sólido inca ndescente, desprezando a influência da atm osfera terrestre.
Con sidere os espetros seg uintes.
1. 2. III 3.
18
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
9 .2 Espetro 3. Espetro obtido depois de parte da luz emitida pela estrela ser ab-
sorvida pelo gás que a rodeia.
O estudo dos espetros descontínuos dos átomos co nduziu ao conhecimento das energias
dos eletrões nos átomos.
O hidrog é nio, o elemento químico mais simples e abundante no Universo, existente e m gran-
de quantidade nas estrelas, origina um espetro de riscas, bem definidas (Fig. 1.9 ).
1
Infravermelho visível Ultravioleta
O espetro de absorção resu lta da absorção de radiação pelo eletrão no átomo de hidrogénio:
o eletrão transita de um estado de menor energia para um de maior energia (excitação) por
absorção de um fotão. O espetro de emissão resulta do processo oposto (desexc itação) com
emissão de um fotão (Fig.1.10).
Radiaçã~ . • _
Eletrão
.; ·.
Excitação Desexcitação
19
QUÍMICA 10.0 Ano
O eletrão no átomo apenas pode apresentar certos va lores de energia que correspondem a
pat amares energéticos - níveis de energia, n. O estado de menor energia é o estado fun-
damental q ue, no átomo de hidrogénio, ocorre quando o eletrão ocupa o nível 1, n = 1. Os
estados de energia superior ao fu ndamental designa m-se estados excitados (para o eletrão
do át omo H, níveis 2, 3, ...).
Uma das ideias funda mentais do modelo atómico de Bohr é a quantização da energia do ele-
trão no átomo , ou seja, o eletrão do átomo não pode existi r em qualquer estado de energia.
Só são permitidos alguns estados com valores de energia bem definidos.
Considera-se que um eletrão em repouso fora da ação do núcleo (n = 00 ) possui um va lor nulo
de energ ia (valor máximo); enquanto o eletrão se mantiver sob a ação do núcleo, os seus
possíveis valores de energ ia são negativos.
Quanto mais negativo for o valo r da energia, menor é a energia do eletrão , menor é o nível de
energia ocupado e menor é a distância do eletrão ao núcleo.
Um eletrão transita de um nível de energ ia para outro sem nunca ter va lores inte rmédios en-
tre esses dois níveis - níveis discretos ou descontínuos de energia.
1
10.1 As tra nsições indicadas na figura:
a) correspondem a uma excitação ou desexcitação?
b) origina m um espetro at ómico de emissão ou de absor-
E, t,
ção?
10.2 A energia de um fotão envolvido na transição entre o nível 5 e o nível 2 é dada por:
20
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
(B)
li 111
(D)
11 1
Frequência Frequência
10.4 Exp lique porque é que a quantização da energia do eletrão no átomo permi-
tiu explicar os espetros atómicos de riscas, como o do átomo de hidrogénio.
& 10.1 a) Desexcitação. O eletrão transita de um estado de maior energia para es-
tados de menor energia (a energia do eletrão diminui).
b) Espetro de emissão. Numa transição de desexcitação o átomo perde
energia, emitindo um fotão.
10.2 (C). A opção B não pode ser considerada, pois conduz a um valor negativo
e a energia do fotão não pode ser negativa.
10.3 (B) . As três transições para o nível 1 envolveram maiores variações de ener-
gia do eletrão, pelo que as radiações emitidas são as de maior energia, logo
de maior frequência.
10.4 O facto de as riscas espetrais corresponderem a radiações de frequências
características e bem definidas mostram que o eletrão só pode sofrer varia-
ções de energia bem definidas, iguais ou simétricas às energias dos fotões
daquelas frequências. Assim, a energia do eletrão no átomo não pode ter
um valor arbitrário, assumindo apenas os valores compatíveis com aquelas
variações de energia. Diz-se, por isso, que a energia está quantizada.
Lyman (UV)
Às vá rias séries de riscas resultantes de transições descenden-
tes associam-se os nomes de quem as estudou pela primeira Estado
fundamental 11
vez: Ly man (transições para n = 1, emissão de radiação UV), 2,18 X 10 - 18
Balmer (transições para n = 2, emissão de radiação na zona do Fig. 1.11 Níveis de energ ia e transições eletrónicas para
o átomo de hidrogénio.
visível e do ultravioleta próximo) e Paschen (trans ições para
n = 3, emissão de radiação infravermelha), entre outros, de
acordo com a Fig. 1.11 .
21
QUÍMICA 10.0 Ano
E / 1Q -19 J n
11. A figura ao lado mostra alg umas transições ele-
trónicas possíveis, do átomo de hidrogénio. o 00
-0,87 1
5
-1,36 4
11.1 Indique a transição eletrónica a que corres- - 2,42 1D 3
ponde a emissão de radiação de maior ener- e
- 5,45 ~
2
gia.
12. Um átomo de hi drogénio excitado emite energia, muitas vezes sob a forma de luz
visível, porque
(A) o eletrão foi ejetado do átomo.
(B) o eletrão transita para um nível de menor energia.
(C) a e nerg ia do e letrão no átomo está quantizada.
(O) o e letrão tran sita para um níve l de maior e nerg ia.
22
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
Os e letrões dos átomos de cada e lemento químico têm um conjunto de valores de e nerg ia
q ue os caracteriza, pe lo que as transições eletrónicas que poderão ocorrer são diferentes de
elemento pa ra ele mento. Assim, as energias das radiações emitidas, o u absorvidas, são di-
ferentes de ele mento pa ra elemento, ou seja, são caracte rísticas de cada e leme nto q uímico.
13.3 Conclua. justifica ndo, qual das duas riscas, D1 ou D2, do espet ro de emissão do
sód io apresenta maior energ ia por fotão.
13.2 É o espetro X, por ser o único que tem duas riscas próximas na zona amarela
do espetro na mesma posição que as riscas D1 e D2 do espetro solar.
13.3 Na radiação visível, a energia por fotão aumenta do vermelho para o vio-
leta, pois a frequência da radiação aumenta nesse sentido. As duas riscas
situam-se na zona do amarelo, no entanto, a risca D2 está mais próxima da
extremidade violeta do espetro e, por isso, tem maior energia por fotão.
23
QUÍMICA 10.0 Ano
Em síntese:
• a energ ia de cada fotão incidente deve exceder a energia mínima necessária (energia
de remoção) para a remoção desse eletrão;
• se os eletrões tiverem energ ias diferentes, haverá tantos va lores de energia de remoção
quantos os estados de energia para os eletrões;
• os eletrões com maior energ ia de remoção são os que ocupam estados de menor ener-
gia (em média mais próximos do núcleo, logo, sujeitos a maior atra ção nuclear do que
os eletrões do último nível de energia - nível de valência).
Verifica-se que eletrões de átomos de elementos diferentes têm valores de energia diferen-
tes. Esses va lores de energia dos eletrões podem distribuir-se por níveis e subníveis.
347 345 37 35 33 31 29 4 2 o
Energia de remoção / MJ mo1- 1
Fig. 1.14 Espetro fotoe létrónico do p otáss io.
Por análise da abcissa e da altura de cada pico nos espetros fotoeletrónicos, conseg ue-se
determinar as energias relativas dos subníveis eletrónicos ocupados e o nú mero re lativo de
eletrões em cada subnível, respetivamente.
24
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
14.2 Conc lu a.j ustifica ndo, qu al é o va lor de energia de remoção do eletrão de maior
e nerg ia de um átomo de potássio.
A teoria que explica o comportamento dos átomos é a Mecânica Quântica. De acordo com a
Mecânica Quântica, não é possível associar uma trajetória aos eletrões, mas é possível definir
regiões , em redo r do núcleo, de maior e de menor proba bi lidade de encontrar o eletrão.
Designa-se por orbital atómica a função matemática que des- Fig. 1.15 Representação da
probabilidade de encontrar
creve o modo como a probabilidade de encontrar cada eletrão
o e letrão numa d ada regiã o
va ria em redor do núcl eo (o termo orbital atómica t ambém pode em t orno do núcleo do
átomo de hidrogénio:
se r usado para desig nar a região, em redor do núcleo, onde o
1- nuvem eletrónica; li -
eletrão se pode encontrar). curva de probabi li dade.
Níveis e subníveis
Os espetros fotoeletrónicos dos átomos polieletrónicos são uma das evidências da existência
de subníveis de energia com va lores muito próximos. Estes dados permitem estabelecer uma
estrutura eletrónica por níve is e sub níveis de energia.
25
QUÍMICA 10.0 Ano
Orbitais
Cada orbital está associada a um valor de energia do eletrão. As orbitais dos subníveis s, p,
d, f, têm formas diferentes: as do subnível s apresentam simetria esférica, existindo uma por
cada nível de energia; as do subnível p, quando existe, são bilobulares (dois lóbulos simétri-
cos em relação ao núcleo atómico) e são sempre três por cada nível de energia. As orbitais do
subnível d, quando existe, são sempre cinco por cada nível de energia (Fig. 1.16).
Spin Resultado
da experiência
26
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
Princípio de Exclusão de Pauli: cada orbital atómica com porta no máximo 2 eletrões, os
quais têm necessariamente estados de spin diferentes, spin a e spin ~ -
Da análise dos espetros fotoeletrónicos, como, por exemplo, do fósforo (Fig. 1.19) e do potássio
(Fig. 1.14), ve rifica-se que um dos subníveis (subníve l p ) compo rta mais de 2 eletrões, podendo
atin gir um máximo de 6 eletrões.
(J)
Q)
13,5
•e
Q)
ã5
Q)
u
o
> 1,06
~
~
18,7 1,95
e
Q)
208
E
·::J
z
27
QUÍMICA 10.0 Ano
O átomo de carbono apresenta dois eletrões no subnível 2p, sendo este constituído por três
orbitais com a mesma energia; neste caso, a configuração eletrónica do carbono deve aten-
der também à maximização do número de eletrões desemparelhados (Fig. 1.22).
2p I i I i ~: ~ l_n--'----1----'------'~
~ ~
~ ~
Fig. 1.22 Diagrama de distribu ição eletrónica do carbono (Z = 6).
6
e- 1s2 2s2 2pX1 2p1y 2pº.
Z
A informação a retirar desta configuração é que o carbono tem 4 eletrões de valência (eletrões
do último nível de energia) que se distribuem por 3 orbitais atómicas de valência (25, 2pxe 2p)-
1+1%1·1·11=+ili·I
15. Considere o átomo de fósforo (15 P} e as configurações eletrónicas seguintes:
(A) 152 25 2 2p6 352 3p 2X 3p1y 3pºZ (C) 152 252 2p 5 35 2 3p1X 3p1y 3p2Z
(8) 152 251 2p 6 35 3 3p1X 3py1 3p1Z (D) 15 2 25 2 2p6 35 2 3pX1 3p1y 3p1Z
& 15.1 (D). Segue o Princípio da Construção, não viola o Princípio da Exclusão de
Pauli e maximiza o número de eletrões desemparelhados (orbitais 3p).
15.2 (A) e (C). A configuração (A) não maximiza o número de eletrões desempa-
relhados. A configuração (C) não segue o Princípio da Construção.
15.3 (8). Viola o Princípio da Exclusão de Pauli. As orbitais do tipos comportam
no máximo 2 eletrões.
28
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
16. Num espet áculo foram usados quatro foguetes de fogo de artifício colorido, conten-
do as seguintes substâncias adicionadas à pólvora:
• 1.º foguete: sal cujo elemento metálico pertence ao grupo dos metais alcalinoterrosos;
• 2.0 foguete: sal cujo elemento metálico é um metal de transição;
• 3. 0 foguete: NaC€;
• 4.º foguet e: sal cujo elemento metálico pertence ao 2.º período.
16.3 Como os sais usados nos foguetes só diferem no catião, as cores que se
observarão resultam da emissão de luz pelos átomos dos metais.
29
QUÍMICA 10.0 Ano
No século XIX, ainda antes de se conhecer a existência dos eletrões e dos protões, os quími-
cos criaram a Tabela Periódica ordenando os elementos de acordo com as massas atómicas.
Newlands verificou que as propriedades dos elementos se repetiam de oito em oito: Lei das
Oitavas (1864).
Alguns anos mais tarde, Dmitri Mendeleev, em 1869, e Lothar Meyer, em 1870, apresentaram,
independentemente, uma tabela dos elementos baseada nas regularidades das proprieda-
des das substâncias respetivas, o que permitiu prever a existência de novos elementos. Em
1913, Henry Moseley demonstrou que a carga do núcleo de um átomo é característica do ele-
mento químico e pode exprimir-se por um número inteiro, o número atómico. Os elementos
passaram a ser ordenados segundo os números atómicos crescentes.
Atualmente, a Tabela Periódica é constituída por 118 elementos distribuídos em 7 linhas hori-
zontais (períodos) e 18 co lunas verticais (grupos).
As configurações eletrónicas dos átomos dos elementos permitem explicar a repetição das
propriedades físicas e químicas das respetivas substâncias elementares.
Atendendo ao tipo de orbitais dos eletrões de valência dos átomos dos elementos no esta-
do fundamental , estes podem ser agrupados em quatro blocos: o blocos (configuração de
valência nsx) engloba os elementos dos grupos 1 e 2 e o hélio; o bloco p (orbitais de va lên-
cia tipo p em preenchimento) engloba os elementos dos grupos 13 a 18 (exceto o hélio); o
bloco d (configuração de va lência ncf< (n + 1) sY) engloba os elementos dos grupos 3 a 12;
o bloco f (lantanoides e actinoides) com orbitais f parcialmente preenchidas {Fig. 1.24).
18
13 14 15 16 17 1s
2 2p
3 3 4 5 6 7 8 9 101112 3p
3d 4p
4d
5d ••••
••••
5p
6p
7 6d
•
4f
5f
7p
30
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
M+i+ii·l·it4Hli·I
17. Considere as configurações eletrónicas apresentadas na tabela (as letras X, Y, Z e W
não correspondem a símbolos químicos).
& (C). Y não é um elemento de transição porque não pertence ao bloco d da Tabela
Periódica, ou seja , não tem eletrões de valência distribuídos por orbitais d.
O elemento Z tem os eletrões distribuídos por dois níveis de energia, o que per-
mite localizá-lo no 2. 0 período; como tem 4 eletrões de valência distribuídos por
orbitais p , é um elemento do bloco p .
O elemento W localiza-se no grupo 18 (tem 8 eletrões de valência), o que permite
cl assificá-lo como um gás nobre. Localiza-se no 2.º período, uma vez que os ele-
trões estão distribuídos por dois níveis de energia.
O elemento X tem 1 eletrão de valência e o Y tem 2, o que permite localizá-los nos
grupos 1 e 2, respetivamente.
31
QUÍMICA 10.0 Ano
Não se deve confu ndir elemento com substância elementar. Por exemplo, ao elemento po-
tássio, K, corresponde a substância elementar potássio, que é um metal formado por muitos
átomos de potássio. Ao mesmo elemento também podem corresponder subst âncias elemen-
tares diferentes. Ao elemento oxigén io, O, por exemplo, correspondem várias substâncias
elementares, tais como o di-oxigénio, 0 2 , e o o zono, 0 3 . A mbas são gasosas à temperatura
ambiente e à pressão atmosférica normal.
Elem entos e substâncias elementares têm características diferentes. Ass im, fala-se de confi-
guração eletrónica, raio atómico e energia de ionização do elemento, mas não da substân-
cia elementar. Fala-se d o estado físico, ponto de fusão, ponto de ebulição e densidade da
substância elementar, mas não do elemento.
O raio atómico (u ma medida do ta manho dos átomos) e a energia de ionização são duas pro-
priedades fu ndamentais dos elementos, diretamente relacionadas com a estrutura eletrón ica
dos átomos . Estas propriedades variam de forma regular ao longo de grupos e períodos da
Tabela Periódica, pelo que se designam por propriedades periódicas.
Raio atómico
O tamanho dos átomos é determin ado pela nuvem eletrónica, sendo o raio at ómico uma me-
dida do tamanho dessa nuvem (Fig. 1.21).
De um modo geral, o raio atómico aumenta ao longo do grupo e d iminui ao longo do período
(Fig. 1.28).
2 13 14 15 16 17 18
H He
.j .j
37 31
Ne
Li B B _g) ~
152 112 85 77 75 73 72 71
Na Mg AC Si p s ~ A
186 160 143 118 110 103 100 98
K Ca Ga Ge As Se fü K~
ln Sn Sb Te Xe
248 215 167 140 140 142 133 131
TI Pb At Rn
265 222 170 146 150 168 (140) (141)
32
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
Num mesmo grupo (i gual config uração eletrónica de va lência), co m o aumento do número
atómico (Z), os eletrões de valência ficam, em média, mais afastados do núcleo, uma vez
que há preenchimento de mais níveis de energia.
Num mesmo período (eletrões distribuídos pelo mesmo número de níveis de energia), à medi-
da que o número atómico, Z , aumenta, ou sej a, à medida que a carga nuclear aumenta, os
eletrões vão ser mais atraídos pelo núcleo; como o número de eletrões de va lência aumenta,
a repulsão entre eles t ambém aument a. No entanto, o fator predominante é o da atração ao
núcleo (a umento da carga nuclear) e por conseguinte os eletrões fica m mais próximos do núcleo.
Energia de ionização
Energia de ionização, E;, re laciona-se com a energia mínima necessária para extrair um ele-
trão de um átomo no est ado fu ndamental, isolado e em f ase gasosa.
X (g) ~ x• (g) + e -
Verifica-se que, de um modo geral, a energia de ionização diminui ao longo do grupo e au-
menta ao longo do período {Fig. 1.29}.
Para os elementos do mesmo grupo, com o aumento do número atómico, Z , os eletrões deva-
lência vão ficando cada vez com maior energia, pois aumenta o número de níveis de energia
preenchidos, sendo necessária menos energia para os remover (Fig. 1.30}.
n ~ oo - - ~ - - -
E(n = 2) n=3
J =
---.e---- E,(n 3)
n =2 ----e.t'.----
Fig. 1.30 Num mesmo grupo, é necessária menos energia
para remover o eletrão mais exterior de n = 3 do q ue para
remover o eletrão mais exterior de n = 2.
Para os elementos do mesmo período, à medida que a carga nuclear aumenta, os eletrões
de valência vão sendo mais atraídos pelo núcleo, aument ando a energia necessária para os
remover.
33
QUÍMICA 10.0 Ano
18. O su lfato de alumínio, A-€2 (SO4 ) 3 , utilizado no t ratamento de águas e de efl uentes
industriais, é constituído por alumínio, A-€, enxofre, S, e oxigénio, O.
Tendo em consideração as configurações elet rónicas desses átomos no estado
fundamental, explique porq ue é que:
& 18.1 13Af - 1s2 2s2 2p6 3s2 3p1 ; 16S - 1s2 2s2 2p 6 3s 2 3p4 • Os eletrões mais ener-
géticos (eletrões de valência) dos átomos de alumínio e de enxofre, no estado
fundamental, encontram-se no mesmo nível de energia (n = 3). Sendo a carga
nuclear do átomo de alumínio (+13) inferior à do átomo de enxofre (+16), a força de
atração exercida pelo núcleo do átomo de alumínio sobre os eletrões de valência
respetivos é menor do que a força exercida pelo núcleo do átomo de enxofre
sobre os eletrões de valência respetivos. Assim, será necessário fornecer menos
energia para remover um dos eletrões de valência mais energéticos do átomo de
alumínio do que para remover um dos eletrões de valência mais energéticos do
átomo de enxofre.
18.2 8 0 -1s2 2s 2 2p4 ; 16S -1s 2 2s 2 2p6 3s2 3p4 • O oxigénio e o enxofre apresentam
o mesmo número de eletrões de valência (6). Os eletrões de valência do átomo
de oxigénio encontram-se no nível n = 2, enquanto os do átomo de enxofre se
encontram no nível n = 3 (mais níveis de energia preenchidos). Assim, os eletrões
de valência do átomo de oxigénio encontram-se, em média, mais próximos do
núcleo respetivo do que os do átomo de enxofre, pelo que o raio atómico do oxi-
génio é menor do que o raio atómico do enxofre.
Como se explica que os metais tenham tendência para formar iões positivos e os não-metais
iões negativos?
Os metais apresentam, em geral, baixas energias de ionização. Assim, tendem a perder ele-
trões, origi nando iões pos itivos. Os metais dos grupos 1 (metais alca linos) e 2 (metais alca li-
noterrosos) são os que têm as menores energias de ionização, pe lo que são muito reativos,
perdendo faci lmente eletrões e dando origem a iões positivos muito estáveis.
34
DOMÍNI01 Elementos químicos e a sua organização
Os átomos dos gases nobres são muito estáveis, ou seja, não formam facilmente iões nem
se ligam fa cilmente a outros átomos, pois têm os se us níveis eletrónicos t ota lmente preenchi-
dos. Assim , as respetivas substâncias elementares são t ambém muito estáveis, e monoatómi-
cas , pelo que também só muito dificilmente reagem com outras substâncias.
M·M¼l+l1+%!N
19. As figuras mostram a variação da energia de ionização (A) com o número atómico
e va riação do raio atómico (B) para os 20 primeiros elementos químicos da Tabela
Periódica.
A B
EJ eV
H He
25 .J ,J
37 31
20 Ne
Li B _§) 19 <.Q) f)
15 152 1 12 85 77 75 73 72 71
Na Mg At Si p s 0 A
rn6 160 143 118 110 103 100 98
5
K K Ca
o
5 15 20 z 227 197 Valores em picómetros (pm)
35
QUÍMICA 10.0 Ano
A massa volúmica (ou densidade), p , define-se como o quociente entre a massa, m, de uma
amostra da substância e o seu vo lume, V, sendo constante para cada substância, nas mesmas
m
condições de pressão e temperatu ra: p = v·
A densidade relativa, d, de uma substância, grandeza adimensional, é igual ao quociente entre
a sua massa volúmica , p, e a massa volúmica de outra substância, considerada como referência .
Para sólidos e líquidos, a substância de referência é a água, à temperatura de 4 ºC.
d = Psubstância
P referência
A 4 ºC, a massa volúmica da água é 1,000 g cm-3 , por isso, a densidade relativa de um sólido ou
líquido é numericamente igual à massa vo lúmica respetiva, expressa em g cm-3 .
A densidade relativa pode ser ca lculada pelo quociente entre a massa de um certo volume de
substância e a massa de igual volume de água, a 4 ºC:
msubstância
d= P substãncia = V m substância
págua a 4 ºC mágua a 4 º C m água a 4° C
V
A densidade relativa de materiais no estado sól ido pode determinar-se utilizando um picnóme-
tro de só lidos (Fig. 1.31).
m m"
20. Numa aula de laboratório distribuíram-se aos alun os pequenos objetos metálicos.
Um grupo de alunos resolveu determinar a densidade relativa do material metálico
por picnometria. Os ensaios foram feitos à temperatura de 20 ºC. A tabela seguinte
apresenta os reg istos efetuados pelo gru po de alunos.
Despreze a var iação da densidade da água com a temperatura.
água ,lg
17,377 97,104 95,146
36
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
A lumínio 2,70
Ferro 7,86
Cob re 8,9 2
m sólido
17,376
d= ⇒ d= - - =8870
m agua
. 1,959 '
20.2 A densidade relativa do metal, a 20 ºC, é 8 ,870, o que significa que a sua
massa volúmica é 8,870 vezes maior do que a massa volúmica da água.
20.3 Comparando a densidade relativa medida com a dos objetos, por maior
proximidade, conclui-se que, provavelmente, o material constituinte dos ob-
jetos será o cobre.
37
QUÍMICA 10.• Ano
Questões propostas
w 17 18 17
X 12 14 10
y 17 20 18
(A) X é um anião.
(8) o número de massa de X é 26.
(C) W e Y são átomos do mesmo elemento.
(D) Y é um catião.
2. Uma amostra de silício contém 2 ,5 x 1025 átomos. Destes, 2,3 x 1025 são do isótopo Si- 28,
1,2 X 1024 de Si-29 e 8 X 1023 de Si-30.
Qual dos valores seguintes poderá representar a massa atómica relativa média do silício?
(A) 28,1
(8) 29,0
(C) 29,5
(D) 30,1
3. O boro apresenta dois isótopos naturais, '~B e ~B. de massas isotópicas, respetivamente,
10,0129 e 11,0093. A abundância relativa do boro- 10 é 19,78%.
3.2 A massa calculada não é a média aritmética das massas isotópicas porque
(A) há um erro experimental na determinação da massa atómica relativa média do boro.
(8) na Natu reza, o boro resulta da mistura de dois isótopos com abundâncias relativas
diferentes.
(C) no núcleo do átomo existem outras pa rtículas além dos neutrões e protões.
(D) a massa atómica relativa média indica o número de vezes que a massa de um átomo
é maior do que a massa-padrão.
4. A s massas isotópicas do lítio-6 e lítio-7 são, respetivamente, 6,0151 e 7,0160. A m assa ató-
mica relativa média do lítio é 6,941.
(A) 70,2%
(8) 92,5%
(C) 7,5%
(D) 50%
38
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
5. O elemento gálio, Ga, tem dois isótopos naturais estáveis, o gálio-69 e o gálio-71, como
mostra o seu espetro de massa.
~ 68,925580
~ 60,11
o
i5.
•O
õ 70,924700
-~ 39,89
ro
õ
e
<(Ú
-o
e
~
.o
<(
67 68 69 70 71 72 73
Massa isotópica
5.1 Atendendo à abun dância nat ural de cada isótopo, numa amostra de 10 000 átomos de
gálio, quantos são de gálio-69?
6. Desde que, em 1959, Richard Feynman lançou as primeiras ideias de criação de objetos
e equipamentos minúsculos para executarem tarefas então impossíveis até que, em 1981,
Eric Drexler lançou o seu projeto de manipulação molecular falando pela primeira vez em
nanotecnologia, percorreu-se um longo caminho a um ritmo avassalador.
7. A fim de compreender o mundo das nanotecnologias, precisamos ter uma ideia das unida-
des das dimensões envolvidas. Um milímetro é um milésimo de um metro e um micrómetro
é um milionésimo de um metro, mas todos estes ainda são enormes em comparação com
a escala nanométrica. Um nanómetro (nm) é um milésimo de um milionésimo de um me-
tro, e uma dezena de milionésimo da espessura de um cabelo humano.
Apresente a espessura de um cabelo humano em notação científica e na unidade SI de
base.
39
QUÍMICA 10.• Ano
Questões propostas
9.1 Com base na esca la da fi g ura, estime o diâmetro aproximado da molécula de hexabenzo-
coroneno na unidade de base do SI.
10.1 A expressão que perm ite determinar o número de molécu las em 1,0 kg de TNT é
10.3 Dete rmin e a relação entre as massas de carbono e nitrogénio numa amost ra de TNT.
11. O pentóxido de vanádio, V 2 0 5 , é um composto usado como corante nas indústrias da ce-
râmica e do vidro, e apresenta propriedades catalíticas importantes em muitos processos
industriais.
(A) 1 : 4: 4.
(8) 5 : 1 : 1.
(C) 8: 2 : 1.
(D) 5 : 2 : 2.
40
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
13.2 Supondo que o quocient e e ntre o número de átomos de níquel na superfície e o número
de át omos de xénon utili zados no logótipo é 6,8 x 10 5 , determin e a massa de níquel no
logótipo.
14. Já existe, graças à nanotecnologia, um vidro com fun ção de autolimpeza. Isso é possível
devido à existência de uma camada ultrafina de óxido de titânio, Ti0 2 , aplicada no lado
exterior do vidro.
Determine a espessura de uma camada ultrafina de Ti0 2 , de densidade 4,23 g cm-3 , unifor-
memente distribuído num vidro de 50 cm x 100 cm, contendo 6,02 x 10 20 átomos de titânio.
15. Um grupo de alunos transferiu de uma bureta um certo número de gotas de água para um
gobelé que se encontrava sobre uma balança digital. A massa de água registada foi 9,542 g.
A figura mostra a posição do nível de água na bureta usada antes e após a transferência
referida.
15.5 Um outro grupo de alunos, para o mesmo número de gotas, e usando a mesma buret a,
obteve a massa de 9,5 g numa balança digita l. Este valor perm ite concluir que este gru-
po de alunos usou uma ba lança ______ e o va lo r medido pode est ar compreen-
dido entre _ _ _ _ __
41
QUÍMICA 10.• Ano
Questões propostas
16. Os espetros podem ser de emissão ou de absorção, consoante resultem da luz emitida
por uma amostra ou obtidos depois de a luz emitida por uma fonte atravessar a amostra.
Considere os espetros seguintes:
(A)
1 li
(B)
---
111111 1
111111
16.2 O carbono e o tu ngsténio são alguns dos materiais usados no fil amento de lâm padas
inca ndescentes. Os espetros A e B poderão corresponder à radiação emitida por fil a-
ment os de lâmpadas incandescentes?
17. Luz não é só a luz visível. Os raios gama, os raios X , os raios ultravioleta, os infravermelhos,
as micro-ondas e as ondas de rádio também são luz. Os diferentes tipos de luz designam-se
por radiações eletromagnéticas.
li Ili IV
17.1 As radiações que est ão associadas às situações ilustra das nas figuras são
(A) 1: raios gama; li: infravermelhos; Ili: ondas de rádio; IV: micro -o ndas.
(B) 1: raios X; li: infrave rmel hos; Ili: visível; IV: micro-ondas.
(C) 1: raios X; li: u ltravioleta; Ili: v isível; IV: infravermel hos.
(D) 1: raios gama; li: ultravioleta;III: ondas de rád io; IV: infravermelhos.
17.2 Coloq ue as ra diações ilust radas nas figuras por ordem crescente de energia dos fotões
respetivos.
18. Em 1913, Niels Bohr apresentou um novo modelo para o átomo. Qual das seguintes afirma-
ções é uma das características do modelo de Bohr?
42
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
19. O espetro de emissão do hidrogénio ató mico apresenta riscas de frequências bem definidas
que correspondem à emissão de quantidades discretas de energia. Explique como é que
este facto conduziu ao modelo atómico de Bohr.
22. Uma amostra de um sal desconhecido foi submetida ao aquecimento por uma chama para
se obter o seu espetro de emissão na região do visível.
Cálcio
(A) A ene rgia fornec ida pela chama à amostra excita os átomos de modo que os seus
eletrões transitem de níveis de maior energia para níveis de menor energia.
(8) O sa l testado deverá te r uma cor az ulada, pois há um p redomínio de riscas azuis no
espetro d e emissão da amostra.
(C) A risca vermel ha do espetro de emissão resu lta de uma desexcitação dos eletrões
dos átomos da amostra de menor d iferença energética do que a associada à emis-
são das riscas azuis.
(D) Qua ndo os eletrões dos átomos da amostra regressam ao est ado fu ndamental,
ced em mais ene rgia do que a forn ecida pela c hama na excitação desses eletrões.
43
QUÍMICA 10.• Ano
Questões propostas
23. A figura representa as quatro riscas de menor energia do espetro de emissão do átomo de
hidrogénio na região do visível.
A B C D
1.1. 1 . .1 J 1
Frequência
23.1 Concl ua entre que níveis de energia ocorre a tra nsição eletrón ica responsável pela
risca des ignada por D.
A presente, num text o estruturado e com linguagem científica adeq uada , a fundamenta-
ção da concl usão solicitada.
23.2 Os espetros das estrelas, na região do visível , apresentam -se como uma faixa luminosa
contínua contendo riscas negras em todas as co res do arco-íris. Essas riscas revelam a
composição química das camadas superficiais das estrelas.
Ex plique como é possíve l concluir, a partir do espetro de uma estrela, se há hidrogénio
nas ca madas superficiais dessa estre la.
24. No teste de cham a realizam-se vários ensaios com diferentes sais. Na tabela que se segue
indicam-se as cores das chamas associadas a alguns sais.
Na queim a destes sais pode ser utilizado o equipamento esquem atizado na figura.
25. A espetroscopia fotoeletrónica (PES) é uma das técnicas que permite determinar a energia
de remoção de eletrões dos átomos e, a partir delas, a energia dos eletrões no átomo.
A figura seguinte mostra o espetro fotoeletrónico simulado para um dado el emento quími-
co. O espetro contém informaçã o relativa a todos o s eletrões d e um átomo do elemento.
(/)
Q)
•e
Q)
ãi
Q)
D
~ A B e o E
~
~
zº · +-'l'--'l'-- - - - - - - - - - -"'+'------------'i.......,,.,<-
0,58 1,09 7,19
/
{
12, 1
!
15, 1
Energia de remoção / MJ moI- 1
44
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
25.1 Por quantos subníveis de energia se encontram distribuídos os eletrões nos átomos
desse elemento?
25.4 Conclua,justificando, sobre quantas orbitais são ocupadas pelos eletrões responsáveis
pelo pico C.
25.5 Os eletrões responsáveis pelo p ico E apresent am uma maior energia de remoção porque
700 600 500 400 300 700 600 500 400 300
Energia de remoção / eV Energia de remoção / eV
26.1 Conclua, justificando, em qual dos element os, nitrogénio o u oxigénio, um eletrão 1s
tem maior energia.
26.2 A aná lise destes espetros do nitrogénio e do oxigénio permite conc luir que
27. Cada um dos diagramas 1, li e Ili mostra uma distribuição de 3 eletrões em 3 orbitais 3p.
li Ili
i i i i! i ii i
45
QUÍMICA 10.º Ano
Questões propostas
28. A fun ção que representa a distribuição no espaço de um eletrão no modelo quântico do
átomo designa-se por orbital.
(A) (8) (C)
28.1 Associe a cada uma das re-
z
presentações A, B e C às orbi-
tais s, p e d.
28.3 Os iões ma is estáveis de um elemento químico têm a configuração eletrónica [He] 2s2 2p6 .
É possível q ue o número atómico desse elemento seja _ _ _ _ _ e os seus iões mais
estáveis sejam _ _ _ __
Tabela Periódica
29. Observe a representação da Tabela Periódica e considere apenas o s elementos que nela
const am. Indique:
30. Relat iv am ente à disposição dos elementos químicos na Tabela Periódica, é incorreto afir-
mar que
31. Na tabela apresentam-se alg umas informações relativ as aos elementos químicos X, Y e Z
(as letras não correspondem a símbolos químico s).
46
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
31.2 Pode conclu ir-se que os átomos do elemento Y, no est ado fu ndamental, apresentam
(A) 4 eletrões de valê ncia. (C) 4 subn íveis de e nergia ocupados.
(B) 4 eletrões no sub nível mais exte rno. (D) 4 níveis de energia ocupados.
32. A figura apresenta o diagrama de energia das orbitais de valência dos átomos dos elemen-
tos X e Y no estado fundamental.
32.1 Conclua. j ustifica ndo, q ual dos eleme ntos, X ou Y, apresenta maior
l
Ilp l _l _!
v
energia de ionização.
33. Primo Levi, autor de uma autobiografia intitulada A Tabela Periódica, escreveu que o zinco
«(...) não estimula a nossa imaginação, é cinza e os seus sais não têm cor, não é tóxico e
não produz reações coloridas; em suma é um metal sem graça.»
- ..
34.2 A tabela seguinte apresenta algum as p ropriedades do sódio e do potássio.
- Sódio
Potássio
Configuração
eletrónica
[Ne]3s1
[A r]4s 1
98
63
Massa volúmica /
g cm-a
0,97
0,86
180
220
Energia de ionização
/ kJ mor-1
495,7
418,6
34.3 Interprete a formação dos iões mais estáveis dos metais alcali nos.
47
QUÍMICA 10.• Ano
Questões propostas
35. Qual das representações seguintes traduz a variação do raio atómico em função do número
atómico?
(A) (C)
He
Ne
(B) (D)
F
K
Kr
36.2 Exp lique a ten dência do aumento da energia de ionização. Aprese nte, num texto es-
truturado e com linguagem cie ntífi ca adequada, a explicação sol icitada.
48
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
37. Para procederem à identificação da subst ância que constitui um fio metálico encontrado
no laboratório, um grupo de alunos recorreu à picnometria para determinar a densidade do
metal. A tabela apresenta os registos efetuados pelos alunos. Considere que a densidade
da água é 1,00 g /cm 3 e despreze a sua variação com a temperatura.
---
Ensaios
Descrição
Massa do picn ómetro +água+ fio metálico no exterior, m' / g 66,07 65,80 66,01
Massa do picnómetro + água+ fio metálico no interior, m" / g 62,22 61,98 62 ,27
49
QUÍMICA 10.0 Ano
Domínio 2
Propriedades e transformações da matéria
As propriedades das moléculas e dos materiais são determinadas pelo tipo de átomos, pela
energia das ligações e pela geometria das moléculas.
A energia associada à interação entre os átomos va ria com a distância entre os núcleos. Com
a aproximação, o aumento das atrações fa z diminuir a energia e o aumento das repulsões
faz aumentar a energ ia. Quando essa energia atinge um valor mínimo, há uma distância
ca racterística, a distância de equilíbrio, para a q ual se estabelece uma ligação química. Nes-
ta situação, a energia de um conju nto de átomos ligados é menor do que a energia desses
átomos separados.
50
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
Ligação covalente
Estas ligações ocorrem, geralmente, entre átomos de element os não-metálicos. Est e tipo de
ligação é caracterizado por uma partilha localizada de eletrões de valência entre dois áto-
mos e dá origem a substâncias cuj as unidades estruturais são moléculas (por exemplo, CO )
ou estrutu ras gigantes de átomos (por exemplo, o diamante).
Ligação iónica
Ligação metálica
Eletrões de valência
Este tipo de ligação ocorre entre átomos de metais.
Os metais possuem eletrões de va lência pouco atraí-
dos ao núcleo (baixas energias de ionização), pelo que
facilmente se libertam da ação do seu átomo de ori-
gem, deslocando-se mais ou menos livremente entre
os cernes atómicos (núcleos e eletrões mais interio-
res), originando uma nuvem de ca rga elétrica negativa
que abrange toda a rede do cristal metálico (Fig. 2.4).
Na ligação metálica há uma partilha de eletrões de Cerne do átomo - catião
(núcleo e eletrões interiores)
va lência deslocalizados por todos os átomos.
Fig. 2 .4 Eletrões de valência deslocalizados
Sendo as ligações químicas de natureza essencial- numa ligação metálica.
51
QUÍMICA 10.0 Ano
1.2 Que semelhanças e diferenças se podem encontrar nas ligações entre os áto-
mos de oxigénio e hidrogénio no peróxido de hidrogénio, Hp 2 , e entre os áto-
mos de alumínio, no alumínio metálico?
t) 1.1 a) Ligação iónica. Este tipo de ligação ocorre, em geral, entre átomos de
metais e não-metais. O potássio (grupo 1) é um metal e o iodo (grupo 17) é
um não-metal.
b) Ligação covalente. Este tipo de ligação ocorre, geralmente, entre átomos
de elementos não-metálicos. O hidrogénio (grupo 1) é um não-metal e o
oxigénio (grupo 16) é um não-metal.
c) Ligação metálica. Este tipo de ligação ocorre entre átomos de metais.
O alumínio (grupo 13) é um metal.
1.2 Nos dois casos, há uma partilha significativa de eletrões entre os átomos
envolvidos nas ligações. No entanto, enquanto em H 2 0 2 a ligação entre os
átomos de O e de H se caracteriza por uma partilha localizada dos eletrões
de valência entre os dois átomos, no alumínio metálico a ligação resulta da
partilha dos eletrões de valência deslocalizados por todos os átomos, origi-
nando uma nuvem de carga elétrica negativa que abrange toda a rede do
cristal metálico.
Na ligação entre dois átomos numa molécula, cada um dos átomos experimenta alterações.
As pri ncipais alterações ocorrem com os eletrões de va lência, ao nível das suas energias e
das orbitais que descrevem o comportamento desses eletrões (orbitais moleculares).
Estruturas de lewis
• O símbolo químico representa o cerne do átomo.
• Os pontos(·) e cruzes (x) à volta do símbolo químico representam eletrões de va lência.
• Um traço entre os símbolos representa um par de eletrões.
52
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
•• •• •• • • p pares
H• + •H -----+ H: H ou H- H : F • + • F : -----+ : F: F : ou : F - F: não-
•• •• •• •• -ligantes
\__ par ligante. / '----. par ligante /
H°
(\ ..
•o •
(\
•H-----> H -0-H
..
V .. V ••
•(\, .o:----+
. .()0. .. .. . (\, . (\, • [\, [\, f\. •• ••
:o· '\) .. .. ..
:o - o:----+ o = o .. .. :o·
••
.e·
'\J •
.o:----+ :o
'\J ••
- e - ..o:----+ ..o = e = ..o
•• íj
Fig. 2.7 Ligação cova lente dupla na molécula de 0 2 • Fig. 2.8 Ligações covalentes duplas na molécula de C02 •
•(\, . [\, .
'N -\j.~
J'i.N'
' N' v •N
·. •·• ----> ·. N' .J
'N - ~
. ~ . -= .
~ 'N N'
A energia de ligação e o comprimento de ligação são dois parâmetros que permitem ca racte-
rizar a ligação covale nte. A molécula é mais estável do que os seus átomos separados, pelo
que a formação de uma ligação química envolve libertação de energia. A energia de ligação
é a energia média que é necessário fornecer à molécula para quebrar a ligação e separar
esses átomos. Relação entre energia de ligação e reatividade das moléculas H 2 , 0 2 e N2 :
H-H
1
436
O=O 498
N =N 944
Quanto maior for a energia de ligação, mais energia se liberta quando a ligação se forma ,
pelo que a molécula é mais estável. A ligação é mais forte, pois será necessária mais energia
para a quebra r. Quanto mais estável é uma molécula, menos reativa ela é.
Em fun ção dos dados da t abela, a molécula N2 é a mais estável, o que j ustifica a pequena rea-
tividade da substância elementar nitrogénio em comparação com as substâncias element ares
oxigénio e hidrogénio.
53
QUÍMICA 10.0 Ano
Quando os átomos envo lv idos na ligação são dos mesmos elementos, o comprim ento da
ligação simples é maior do que o comp rimento da ligação dupla e este é maior do que o da
ligação tripla (por exemplo, a ligação C-N é mais comprida do que a ligação C=N e esta mais
comp rida do que a ligação C=N). Pa ra átomos dos mesmos elementos, a um maior compri-
mento de ligação corresponde uma menor energia de ligação.
2. Considere as mol éculas de nitrogé nio, N 2 , hidra zina , N 2 H 4 , e diazeno (di imida), N 2 H 2 :
2.1 Escreva as fórmulas de est rutura de Lewis para cada molécula.
2.2 Qual das moléc ulas possu i a ligação n itrogén io-nitrogén io mais curta?
2.3 Em qual das moléculas a ligação nitrogénio-nitrogé nio tem menor energia?
7
N: 1s2 2s2 2pX1 2pY1 2p Z1 ⇒ 5 eletrões de valência (os do nível 2)
1
H: 1s1 ⇒ 1 eletrão de valência
2 x 5 = 10 eletrões de valência para distribuir em N2
(2 x 5) + (4 x 1) = 14 eletrões de valência para distribuir em N 2 H 4
(2 x 5) + (2 x 1) = 12 eletrões de valência para distribuir em N2 H 2
3.º passo: desenhar uma ligação covalente simples entre o átomo central e
cada um dos átomos à sua volta. Completar os octetos dos átomos ligados
ao átomo central - exceto para o átomo de hidrogénio, cuja camada de va-
lência fica completa com 2 eletrões. Os eletrões que não estiverem envolvi-
dos nas ligações devem ser representados como pares não-ligantes.
Se o átomo central tiver menos do que 8 eletrões, colocam-se ligações du-
plas ou triplas entre ele e os átomos vizinhos, utilizando os pares não-ligan-
tes destes, de modo a completar o octeto do átomo central.
H
1
54
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
Geometria molecular
A geometria molecular é o arranjo tridimensional dos átomos numa molécula. A esse arranjo
espacial corresponde um estado de energia mínima para a molécula, portanto, estabilidade
máxima.
Pode-se prever a geometria de uma molécula a partir do con hecimento do número de ele-
trões de valência à volta do átomo central , na sua estrutura de Lewis, usando o modelo da
repulsão dos pares eletrónicos de valência.
Numa molécula poliatómica, em que há duas ou mais ligações entre o átomo central e os
átomos que o rodeiam, a repulsão entre os pares de eletrões ligantes, entre os ligantes e
os não-ligantes e entre os não-ligantes faz com que estes fiquem o mais afastados possível
uns dos outros. A geometria da molécula co rresponderá ao arranjo espacial em que aquelas
repulsões são mínimas.
Em geral, é maior a repulsão entre pares de eletrões não-ligantes do que entre um par não-
-ligante e um par ligante. Por sua vez, a repulsão entre um par não-l igante e um par ligante é
maior do que entre dois pares ligantes.
• •• •
A B e • D
~:_·/ .
~
·_ .. '-
Q= C=O
Fig. 2.10 Geo metrias: linear (A); tetraédrica (B); piramidal t rigonal (C); angular (D).
55
QUÍMICA 10.0 Ano
i+i%i·l·l1+Hli·I
3 . Preveja a geometria molecular de cada uma das moléculas seguintes, baseando-se
no modelo da repulsão dos pares eletrónicos de valência:
A densidade de carga elét rica negativa, associada à nuvem eletrónica, pode ser rep resentada
por co res: a densidade aumenta do violeta para o vermelho.
li
As ligações entre átomos do mesmo elemento são,
em geral, apoiares, pois os eletrões envolvidos
na ligação são igualmente partilhados por ambos
os núcleos, e, conseq uentemente, a distribuição
de carga elétrica entre os átomos é simétrica
{Fig. 2.11 - 1). As ligações entre átomos de elemen-
tos diferent es são, em geral, polares, pois a partilha
..
H - F:
dos eletrões envolv idos na ligação pelos dois Fig. 2.11 1: distribuição simétrica de ca rga em F 2 •
li: distribuição assimétrica de carga em HF.
núcleos é desigual, e, conseq uentemente, a distri-
buição de carga elétrica entre os átomos é assi-
métrica {Fig. 2 .11 - 11).
A polaridade de moléculas com um único átomo cent ral pode prever-se a partir da análise da
distribuição de carga elétrica em torno do átomo central. Assim, uma molécula poliatómica
formada por ligações polares será:
56
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
• polar se a d istribuição de ca rga em torno do átomo central for assimétrica, por exemplo,
H2 0 e NH 3 (Fig. 2 .12);
1+1%1·1·it4Hffi+M
4. Conclua, co m base nas estrut uras de Lewis e na geometria molecular, sobre a po lari-
dade das moléculas SiCt'4 (tet racloret o de silício) e PCt'3 (tricloret o de fósforo).
• saturados: designam -se po r alcanos (todas as ligações ent re os átomos de ca rbono são
simples);
designam-se por alcenos se há uma o u ma is ligações duplas entre os
• insaturados: átomos de carbo no;
{
designam-se po r alcinos se há uma ou mais ligações trip las ent re os
átomos de ca rbo no.
57
QUÍMICA 10.0 Ano
5 . O etano, C2 H6 , o eteno, C 2 H 4 , e o
etino, C2 H2 , são três hidrocarbone-
tos constituídos por dois átomos
de ca rbono, diferindo no tipo de
ligação C-C. A figura apresenta
I"º·'pm
modelos moleculares e os compri-
mentos da ligação C-C em cada
um dos referidos compostos.
5.1 Expl ique, com base na informação apresentada, a relação dos diferentes compri-
mentos da ligação entre os átomos de carbono nos três hidrocarbonetos.
5 .2 Justifique uma ordenação dos três compostos por ordem cre scente de energia
da ligação entre os átomos de carbono.
Grupo funcional: grupo de átomos presentes na molécula, ligados de forma específica, que
conferem propriedades químicas características aos compostos respetivos e que indentificam
o composto orgânico.
58
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
Ligações de hidrogénio
As ligações de hidrogénio são as mais int ensas das interações in-
termoleculares, mas menos intensas do que uma ligaçã o cova len-
te ou iónica. Estas ligações ocorrem quando um átomo de hidro-
génio ligado cova lentemente a um átomo de uma mol écula, de um
elemento com grande tendência para atrair eletrões (F, O ou N), é
atraído por um par de eletrões não-ligantes no átomo de F, O ou N Fig. 2 .13 Ligações de hidrogén io entre
de outra molécula. As ligações de hidrogénio representam-se por moléculas de água.
59
QUÍMICA 10.0 Ano
Estes três tipos de interações designam-se por forças de van der Waals. Considerando mo-
léculas de tamanhos semelhantes, as ligações entre moléculas polares são as mais intensas
e as de London são as mais fracas. As forças de London estão sempre presentes, mesmo no
caso das moléculas polares, coexistindo com as outras forças de van der Waals.
i+i+ii·l·IHHll·I
7. Tensioativos são substâncias cujas
10
moléculas são constituídas por uma
,. - - - - - - - - - - - - - I
,: J CH
parte apoiar (hidrofóbica) e uma parte 1~ / 2
7.1 ldentifique,justificando, a parte da molécula que tem afinidade pelo óleo e a que
tem afinidade pela água.
~ 7.1 O óleo é uma mistura de hidrocarbonetos, logo apoiar. Assim, estabelece, pre-
ferencialmente, interações intermoleculares com a parte apoiar da molécula
(a longa cadeia carbonada), assinalada a laranja. Por sua vez, a água, polar,
estabelece interações intermoleculares com a parte polar da molécula, assi-
nalada a verde.
60
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
f') As moléculas da acetona são polares, pelo que as ligações intermoleculares pre-
dominantes são ligações de van der Waals do tipo dipolo-dipolo. As moléculas
do propan-1-ol também são polares, mas, devido à presença de um átomo de hi-
drogénio ligado a um átomo de oxigénio, estabelecem-se ligações de hidrogénio.
Estas ligações são mais intensas do que as dipolo-dipolo, o que justifica o ponto
de ebulição mais elevado do propan-1-ol.
li ~
ratura , o vo lume ocupado por um gás (ideal)
é diretamente proporcional à sua quantida-
de de matéria (Fig. 2.11).
n
V V8 V p e T constantes
-n =constante {::> - n = nA - _A_
8 Fig. 2.17 Lei de Avogadro.
61
QUÍMICA 10.0 Ano
A pressões não muito elevadas e a tempe raturas não muito baixas, o volume molar é (pratica-
mente) o mesmo para qual quer gás nas mesmas condições de pressão e temperatura.
Há sempre o mesmo número de moléculas numa mole de qualquer gás: 6 ,02 x 1023 moléculas.
Em condições PTN (pressão e temperatura normais, 1 atm e O ºC, respetivame nte), 1 mol de
qualquer gás ocupa o volu me de 22,4 dm 3 (Vm = 22,4 dm 3 mol-1) .
Massa volúmica de um gás: pode ser determinada a partir do quociente ent re a massa molar
e o vol um e molar.
& (B). Segundo a Lei de Avogadro, volumes iguais de quaisquer gases contêm o
mesmo número de moléculas, quando medidos nas mesmas condições de pres-
são e temperatura. Assim, os três recipientes apresentam o mesmo número de
moléculas. No recipiente X há apenas moléculas de N2 , de massa molar 28,02 g
mo1-1• No recipiente Y, metade das moléculas são de N 2 e a outra metade são de
vapor de água, de massa molar 18,02 g mo1-1. Assim, mx > my. No recipiente Z, além
de moléculas de N2 existem moléculas de Cf 2 , de massa molar 70,90 g mol- 1•
Assim, m2 > mx.
62
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
Néon
Hélio
Metano
■ Nitrogénio (78,08%) Crípton
Oxigénio (20,95%) Hidrogénio
Árgon (0,93%) Óxido de diazoto
Dióxido de carbono (0,037%) Monóxido de carbono
Outros - - - - - - - - - - - - - < Xénon
Amoníaco
Monóxido de nitrogénio
Dióxido de nitrogénio
Fig. 2 .18 Composição média do ar da troposfera (sem considerar o vapor de água), em vo lume.
Se as substâncias emitidas ca usa rem prejuízos à qualidade de v ida dos seres v ivos, desig-
nam-se poluentes. São poluentes at mosféricos os seg uintes: óxidos de carbono (CO, CO),
óxidos de nitrogén io (NO, N0 2 e N2 0), óxidos de enxofre (S0 2 e SO), compostos orgânicos
vo láteis (metano, CFC, derivados do benzeno, etc.) e matéria pa rticulada (fumos, poei ras,
aerossóis, etc.).
Unidades
Definição Expressão matemática
Mais comuns
Quantidade de matéria
n soluto mol dm- 3
Concentração de soluto por unidade de e= - - - mol m- 3
Vsolução mol L-1
volume de solução
Percentagem Vo lume de soluto por %(V/V) = v solu1o X 100 Exprime-se em % (VI I/)
em volume volume de solução (x 100) Vsolução (adimensional)
63
QUÍMICA 10.0 Ano
~
~ 10.1 Vmalado = 20 x 300 cm =6000 cm •'
3 3
= 3,06 x 10-2 dm 3
m m
Pco = v co ⇒ 1,15 g/dm3= 3 06 X 10-2 dm3<=>
co •
<=> mco = 1,15 g/dm3 X 3,06 X 10-2 dm 3 = 3,5 X 10-2 g
64
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
12. Um grupo de alunos pretende preparar 50,0 ml de uma solução aquosa de perman-
ganato de potássio, KMnO 4 (M = 158,04 g mol-1), de concentração 0,0750 mal dm-3 .
Ao lado apresenta-se o permanganato de potássio e a balança utiliza- ----~
da para a medição da massa respetiva.
12.4 Descreva o procedimento experimental que deveria ser segu ido na prepara-
ção da solução de permanganato de potássio, referindo, sequencialmente,
três etapas principais envolvidas no procedimento, após a pesagem do so luto.
12.5 Outro grupo de alunos, ao finalizar a atividade, acertou o menisco pelo traço
de referência, retirando o excesso de solução com um conta-g otas. Conclua,
justificando, sobre o rigor da concentração da solu çã o preparada pelos alunos
e qual a atitude a tomar numa situação como esta.
65
QUÍMICA 10.0 Ano
1+1%i·l·ii4Hll·I
Q 12.1 a) Provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves. Muito tóxico para
os organismos aquáticos com efeitos duradouros. Pode agravar incêndios:
comburente.
b) Usar luvas de proteção.
12• 2 n KMn0 4 = e x V= O' 0750 mol dm- 3 x 50 ' O x 10- 3 dm 3 = 3 ' 750 x 10- 3 mol
m = n x M = 3 750 x 10- 3 mol x 158 04 g moI-1 = O 593 g
KMn04 ' ' '
12.4 Dissolver todo o KMnO4 com uma parte do solvente (água destilada), agitan-
do a solução com uma vareta de vidro. Transferir a solução para um balão
volumétrico de 50,0 ml com o auxílio de um funil. Adicionar água destilada
com um esguicho até ao traço de referência do balão volumétrico.
As soluções são muitas vezes preparadas por diluição de soluções mais concentradas. Uma
solução diluída pode ser preparada medindo um pequeno vo lume da solução concentrada e
adicionando solvente.
V solução diluída
l+i%1·i·il+Hll·I
13. O mesmo grupo de alunos que realizou a AL 2.2 preparou ainda, com rigor, a partir
da solução de permanganato de potássio (0,0750 mal dm- 3) inicialmente prepara-
da, 50,0 ml de uma solução de KMnO4 de concentração 0,0150 mal dm-3 .
13.1 Determine o volume da sol ução mais concentrada necessário para preparar o
volum e referido de solução diluída de permanganato de potássio.
13.2 O grupo de alunos dispunha de duas pipetas com igual capacidad e, sendo que
uma era vo lum étrica (± 0,02 ml) e a outra era graduada (± 0,05 ml).
Qual das pipetas permite a medição mais rigorosa do volume da solução mais
concentrada?
66
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
n KMn04 = c x V= O' 0150 mol dm-3 x 50' O x 10-3 dm 3 = 7' 500 x 10-4 mol
Determinação do volume da solução inicial (mais concentrada):
nKMn04 7,500 x 10-4 mol
esolução inicial = V ⇒ O 0750 mol dm-3 = ⇒
solução inicial ' V sotução in icial
H .. ..·o·
.. ..
1
H- C - H +
H
1
O= O
..
O= O
- ..
O= C = O .. +
H/ "-. H
H/
..
·o·
"-. H
Fig. 2 .19 Re ação de combu stão do metano. Há conservação do número total de átomos de cad a elemento químico.
67
QUÍMICA 10.0 Ano
A rutura de uma ligação é um processo que envo lve absorção de energia - processo en-
doenergético. Quando se forma uma nova ligação, há libertação de energia - processo
exoenergético.
Num sistema isolado, a energia interna permanece constante porque não há t rocas de ener-
gia nem de matéria com a vizinhança. Num sistema fechado, a energia interna diminui se o
sistema ceder energia à viz inhança e aumenta se o sistema receber energia da vizin hança.
Reação exotérmica - quando ocorre com libertação de energia por calor (a pressão e tem-
peratura constantes). Se a reação ocorresse em sistema isolado, a temperatura do sistema
aumentava , sinal de que a energia ci nética interna do sistema aumentava; como a energia in-
terna de um sistema isolado é constante, conclui-se que a energia potencial interna (e nergia
associada às lig ações entre os átomos) diminui.
Reação endotérmica - quando ocorre com absorção de energia por calor (a pressão e tem-
peratura constantes). Se a reação ocorresse em sistema isolado, a temperatura do sistema
diminuía, sinal de que a energia cinética interna do sistema diminuía; como a energia interna
de um sistema isolado é constant e, conclu i-se que a energia potencial interna (energia asso-
ciada às ligações entre os átomos) aument a.
A formação de amoníaco é um processo exot érm ico, pois a energ ia libertada na formação das
ligações no amoníaco é superior à energia necessária para romper as li gações das moléculas
de nitrogénio e hidrogénio (Fig. 2 .20).
N N
H H H H H H
Energia
E,eação= - 92 kJ mol·1
68
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
i+i%1·i·lt4H@+M
14. O diagrama seguinte representa o balanço energético na rutura/formação de liga-
ções numa dada reação química.
4 1
1
1
*1
1
1
1
1
1
1
..,
1
1
1
1 Produtos
1
1
1
:r
Reagentes
~ 14.1 Como a energia potencial dos produtos é maior do que a energia potencial
dos reagentes, se a reação ocorrer a temperatura constante, o sistema terá
que absorver energia por calor da vizinhança para que ocorra aquele aumen-
to de energia potencial. A reação é endotérmica.
14.2 (C). A energia interna de um sistema isolado mantém-se constante. Como a
energia potencial dos produtos é maior do que a dos reagentes, há aumento
da energia potencial interna. Logo, para que a energia interna se mantenha
constante, a energia cinética interna tem de diminuir, logo, a temperatura do
sistema diminui.
14.3 (D).
Variação de entalpia
A variação de entalpia padrão, /iH º, de uma reação corresponde à energia transferida, por
calor, para ou do exterior, quando a reação é rea lizada a pressão constante (10 5 Pa) e a tem-
perat ura constant e (25 ºC).
69
QUÍMICA 10.0 Ano
Numa reação exotérmica , o sistema cede energia, por calor, à vizinhança, por isso 6.H < O
(energia potencial associada às ligações entre os átomos diminui) (Fig. 2 .21).
Numa reação endotérmica , o sistema absorve energia, por calor, da vizinhança, por isso 6.H > O
(a energia potencial associada às ligações entre os átomos aumenta) (Fig. 2 .22).
<1l
ê>
Q)
Reagentes e Produtos
w
por exemplo, ... . · 7energia libertada por exemplo,
N, + 3 H, para o exterior CO + 3 H,
Fig. 2 .21 Variação de entalpia para uma reação Fig. 2.22 Va riação de entalpia para uma reação
exotérmica. endotérmica .
l+i%i·i·l1+Hli·I
15. Frequentemente, o principal objetivo de muitas reações químicas não é obter um
ou mais produtos de reação, mas sim aproveitar a energia posta em jogo nessas
reações.
15.1 Rela cione a va ri ação de entalpia padrão de uma reação com as transferências
de energia entre o sistema e a vizinhança.
15.3 Durante uma reação realizada a pressão constante, o sistema reacional re-
cebeu energia por calor da viz inh ança. A variação de entalpia do sistema é
positiva ou negativa? Como se classifica a reação?
Q 15.1 A variação de entalpia padrão, 6.H°, de uma reação é dada pela energia
transferida, por calor, entre o sistema e a vizinhança, a pressão constante
e a temperatura constante: se a energia absorvida por calor for Q, então
6.H° = Q; se a energia cedida por calor for O, então 6.H° = -O, a 25 ºC.
15.2 Não. A entalpia é uma propriedade do sistema reacional, pelo que a varia-
ção de entalpia só depende do estado inicial e final do sistema e não do
modo como este evolui.
15.3 Como o sistema recebeu calor, a reação é endotérmica. O calor transferido
a pressão constante corresponde à variação de entalpia, logo, 6.H > O (calor
absorvido).
70
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
Com base nos valores das energias de ligação da tabela, ca lcule a variação de en-
t alpia, t:.H , da reação de síntese do amoníaco e co mpare o resu ltado com o valo r
experimental (- 93 kJ/mol), a 25 ºC.
H-H
N= N + H-H - H-N-H H-N-H
1 1
H-H H H
Com base na equação química constrói-se a tabela seguinte:
71
QUÍMICA 10.0 Ano
Fotodissociação e fotoionização
Com base nos valores das energias de dissociação pode concluir-se que a molécula de ni-
trogénio, N2 , é a mais estável (lig ação mais forte), pois apresenta maior energia de ligação.
Pode ainda concluir-se que a ligação entre os átomos de oxigénio é mais forte na molécula
de oxigénio, 0 2 , do que na molécula de ozono, 0 3 , pelo que a molécula de oxigénio é ma is
estável do que a de ozono.
A fotoionização consiste na ion ização de át omos ou moléculas por ação da luz.
11H > O
Alguns dos processos de fotoionização ocorrem nas ca madas mais exteriores da atmosfera
(termosfera e mesosfera). As radiações solares que atingem essas camadas têm energia su-
fic iente para provocar a ionização das espécies aí existentes. Este processo envolve maior
energia do que a fotodissociação.
• 0 2 (g) - o; (g) + e- 11H = 1205 kJ mo1-1
• N2 (g) - N; (g) + e- 11H = 1495 kJ mo1-1
Radicais (radicais livres) são entidades (átomos, moléculas ou iões) em que os spins dos ele-
trões não estão t odos compensados, ou seja, cujas orbitais possuem eletrões desemparelhados.
Representam-se pelo símbo lo da espécie química segu ida de • e são, em geral, muito reativos.
Qualquer entidade com um número ímpar de eletrões é um radica l, uma vez que t em, neces-
sa riamente, pelo menos, um eletrão desemparelhado.
17.1 Mostre, com base nos valores apresentados, que na estratosfera apenas ocor-
rerá dissociação de uma das referid as mol éculas.
17.2 Escreva a equação química que traduz a dissociação que ocorre na estratosfera.
17.3 A dissociação do nitrogénio ocorrerá a uma altitude inferior, igua l ou superior à
da estratosfera? Justifique.
72
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
945 1000 J
~
X
17.1 A energia de dissociação de uma molécula de nitrogénio é ,x =
6 02 1023
, , , 498 X 1000 J
= 1,57 x 10-18 J e a de uma molecula de oxigenio e , x = 8,27 x 10- 19 J.
6 02 1023
Para ocorrer dissociação das moléculas presentes na estratosfera, as suas
energias de dissociação terão de estar compreendidas entre 6 ,6 x 10-19 J
e 9,9 x 10-19 J, o que apenas se verifica para a molécula de oxigénio.
Ozono estratosférico
Formação do ozono:
0 2
uv-c o·+ o· (absorção de energia necessária à quebra das
ligações oxigénio-oxigénio)
o· + 0 2
- 03 (libertação de energia)
Decomposição do ozono:
As moléculas de 0 3 , por sua vez, também podem absorver radia-
Fig. 2.25 Formação do ozono ção UV:
estratosférico.
03~ o· + 0 2
73
QUÍMICA 10.0 Ano
18. As equações seguintes traduzem algumas reações fotoqu ím icas que ocorrem na
atmosfera terrestre:
18.1 Classifique cada uma das reações considerando o processo ocorrido em cada
situação.
18.2 A frequ ência das radiações UV au menta na sequência UV-A, UV-B e UV-C.
A ionização de N2 necessita de _____ energia do que a ionização de
0 2 , prevendo-se assim que para ionizar N2 deverá ser necessário radiação
Reação de fotodissociação:
li - a energia da radiação solar absorvida foi suficiente para provocar a que-
bra de ligações entre os átomos da molécula, dando origem à formação de
radicais livres.
74
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da m atéria
Devido à sua inércia química, estes gases, após libertados na troposfera, duram o tempo sufi-
ciente para subirem até à estratosfera, onde ocorre a sua fotodissociação provocada pela ra-
diação UV - originando radicais livres. Por exemplo, para o CCf l dá-se a reação traduzida por:
Os átomos de cloro (um dos radicais livres formados) são extremamente reativos, reagindo
rapidamente com o ozono na estratosfera (Fig. 2.21).
CI ~
l
00 dõ /
l
CI O __, 00 CI
CD
Fig. 2.27 Esquema da dest ruição do o zono pelo c loro libertado pelos CFC.
No desenrolar desta ação eles de novo são gerados, podendo continuar a reagir com molé-
culas de ozono sucessivamente (reação em cadeia):
ce· + 0 ceo· + 0
3 - 2
ceo· + o· - ce· + 0 2
ce· + 0 3 - ...
A luz pode desencadear reações químicas. Materiais fotossensíveis são materiais que na pre-
sença da luz sofrem transformações químicas.
Se uma amostra de cloreto de prata for submetida a diferentes tipos de luz visível, verifica-se
que quanto mais energética for o tipo de radiação, mais intenso é o escurecimento.
No laboratório, o cloreto de prata pode ser obtido a partir da reação entre soluções aquosas de
nitrato de prata, AgN03 , e de cloreto de sódio, Nace, de acordo com a equação química seguinte:
75
QUÍMICA 10.• Ano
Questões propostas
Ligação química
a) a energia da ligação;
-436 ·
b) o com primento da ligação na r = 74
unida de SI de base, exp resso
em notação científica. H- H
1.2 Com base na aná lise do gráfico, pode afi rmar-se que
(A) a formação da ligação H-H co nfere ao sistema dos dois átomos menor estabilidade.
(B) na quebra de uma mole de ligações H-H liberta-se a ene rgia de 436 kJ.
(C) à med ida que a distância entre os átomos diminui, a energia pote ncial do sistema
diminui.
(D) para distâncias intern uclea res menores do que r 0 , a molécula de H 2 torn a-se menos
estável.
3. Um aluno, ao rever os seus apontamentos sobre estruturas de Lewis, verificou que repre-
sentara a molécula de acetaldeído, CH 3 CHO, pela fórmul a de Lewis seguinte.
H
..
:o:
1 1
H - C - C- H
li
H
3.1 Conclua, justificando, porque se trata de uma estrutu ra impossível , analisando a regra do
octeto.
76
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
5.2 Compare est a estrutu ra com a da molécula de água. A que conclusão chega?
5.3 O se lénio, Se, também pertence ao grupo do oxigénio e do enxofre. Que geometria prevê
para as moléculas de H 2 Se?
5.4 A energia média de ligação O-H na molécula de água é 463 kJ mo1-1, enqua nto a energia
média de ligação S-H na molécula de su lfureto de hidrogénio é 338 kJ mo1-1.
Qual das moléculas terá ma ior dificuldade em perder um ião hidrogénio, H+?
6. Os óxidos de nitrogénio ameaçam a camada de ozono que protege a Terra das radiações
UV mais energéticas.
6 .2 Quando, a partir de uma mole de NO (g) e a pressão constante , se formam uma mole de
átomos de nitrogénio e uma mole de átomos de oxigén io, ambos no estado gasoso, é
_ _ _ _ _ _ , como calor, uma energia de _ _ _ _ _ kJ.
H- ce H - Br H- 1
77
QUÍMICA 10.0 Ano
Questões propostas
(A) As ligações múltiplas entre áto mos de carbono apresentam maio res com primentos de
ligação do que as si mples.
(B) O carbono combi na-se com element os do grupo 17, formando compost os com geometria
p iramidal t rigonal.
(C) Uma ligação tripla carbono-carbono tem maior ene rgia de ligação do que uma ligação
dupla carbono-ca rbono.
(D) Na molécu la de met ano, CH 4 , há pares de eletrões de va lênc ia não part ilhados.
(E) Uma ligação cova lente t ripla entre dois át omos de carbono envolve a pa rti lh a de 6 eletrões.
(F) A ge ometria da molécula d e sulfu reto de carbono, CS2 , é linear.
CH 3 - C = CH 2
1
CH - CH 3
1
CH 3
Identifique o:
a) com post o de fórmula molecular C6 H12 ;
b) hidrocarboneto insaturado;
e) hidrocarboneto satu rado;
d) composto qu e cont ém o grupo carboxilo.
1. C(CH) 4
li. C4H,o
Ili. CH2 CHC(CH 3}3
IV. CH)C H) 4 CH 3
Conclua, j ustificando, qual dos compostos é insatu rado.
78
DOMÍNIO 2 Propriedades e transform ações da matéria
OH
OH º~ º"
HO OH
Vitamina A Vitamina e
Justifique o facto de o éter etilmetílico apresentar maior ponto de ebuliçã o, num texto
estruturado e com linguagem científica adequada.
79
QUÍMICA 10.0 Ano
Questões propostas
Gases e dispersões
15. Considere quatro amostras de diferentes gases, cujos volumes, medidos nas condições
normais de pressão e temperatura , são indicados na tabela .
Amostra li Ili IV
Gás Hp NO
15.1 O número t otal de át omos é igual nos recip ientes q ue contêm as amostras
15.2 A densidade do vapor de água à temperatura de 100 ºC e à pressão de 1 atm é 0,590 g/dm3 .
O vol ume ocupado por 1,81 x 10 24 moléculas de H 2 0 co ntidas numa amostra pura de
vapor de ág ua, nas condições de pressão e de temperatura referidas, é
1 81 X 10 24 X 0 590 (C)
24
1,81 x 10 x 18,02 dm 3 .
(A) ' ' d 3
18,02 X 6,02 X 10 23 m , 0,590 X 6,0 2 X 1023
16. Num recipiente de 3,00 dm 3 encontram-se 2,00 g de hélio, He. Se transferirmos o gás para
um recipiente de 3,70 dm 3 , determine a massa de hélio que se deve adicionar ao recipiente
para que se mantenham as mesmas condições de pressão e temperatura.
18. Considere uma mistura de poluentes atmosféricos cuja composição é a seguinte: 40 mol
de moléculas de NO, 716,8 L de S02 e 280,0 g de CO.
80
DOMÍNIO 2 Propriedades e transform ações da matéria
20. O hipoclorito de sódio, NaC-€O, tem diversas aplicações, como o tratamento de efluentes
domésticos e industriais, de água de piscinas e de águ a destinada ao consumo humano.
A figura representa três recipientes que contêm soluções aquosas (A, 8 e C) de hipoclorito
de sódio.
- -
A B
1.0 L 500 ml e
0,10 250
0,050 cm'
mol dm-3
rnol dm"
20.1 Det erm ine a massa de hipoclorito de sódio necessá ria à preparação da sol ução 8 .
20.2 Calcu le a concentração da solução C, sa be ndo que por ad ição de ág ua deu origem à
solução A.
20.3 Ca lcule o vol ume de água qu e se deve adiciona r à solução 8 para q ue a sua concen-
tração passe a ser 5,0 x 10- 3 mo l L- 1.
Transformações químicas
1 li
+
~l
?
.e
2 e (s)
* 1
1
1
0 2 (g)
~
..,..
?.e
2 NO(g)
1
1
1
1
E3 1 E3 1
[d [d
}I "'
2CO(g)
X
<
Ol N,O (g)
"'
++ 0 2 (g)
/\
81
QUÍMICA 10.0 Ano
Questões propostas
22.3 Determ in e a massa de metano necessária para produzir a energia de 1,78 x 104 kJ.
Ap resente todas as etapas de resolução.
23. A rea ção do metano na presença do cloro origina clorometano e cloreto de hidrogénio e
pode ser traduzida pela equação termoqu ímica:
+ +
23.1 Sabe ndo que as energias das ligações C-H, Ct'- Ct' e C-Cf são, respetivament e,
41 3 kJ mo1-1, 242 kJ mo 1-1 e 328 kJ mo1-1, a energia da ligação na molécula de cloreto
de hid rogénio é dada por
23.2 Prevej a, j ustifi ca ndo, o que aco nteceria à temperatura do sistema se a reação ocorres-
se num sistema isolado.
414
C=O 799
24.2 Ind ique, justificando, se a reação é endotérm ica
ou exotérmica. O=O 498
82
DOMÍNIO 2 Propriedades e transform ações da matéria
NO + 0 3 - N02 + 0 2
N0 2 + o· - NO + 0 2
25.1 Explique por que ra zão, em condições normais, a quantidade de o zono permanece
aproximadamente constante na est ratosfera.
25.2 Escreva a equação química que traduz a reação g lobal de decomposição do ozono
provocada pelo NO. Que função desempenha o NO neste processo?
(A) Os CFC são muito estáveis na troposfera; na estratosfera dissociam-se sob a ação da
radiação UV-C.
(C) O CCCl 2
aprese nta um maior poder destrutivo sobre a camada de ozo no do q ue o CCC3 F.
27. A formação do ozono na estratosfera pode ser ilustrada pelo esquema da figura seguinte.
83
FÍSICA 10.0 Ano
Domínio 1
Energia e sua conservação
A energia e a sua conservação são ideias centra is na in-
terpretação de f enómenos mecânicos, elétricos e térmicos. Fronteira~
-
(C)
A energia pode transferir-se entre sistemas físicos mas pode também sofrer tra nsform ações
num mesmo sist ema físico: a energia que se apresenta de uma forma converte-se noutra
forma de energia.
m = 10 kg
e~
m = 10 kg
86
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
Exist em dois tipos fundamentais de energia, a energia cinética, Ec, associada ao movimento
de partículas, e a energia potencial , EP, associada à interação entre partículas.
A energia é uma grandeza escalar (fica comp let amente caracterizada por um número e por
uma unidade). A unidade SI de energia é o joule (símbolo J).
Energia cinética, E,
Um corpo em movimento tem uma energia associada ao seu movimento: energia cinética , Ec.
A energia cinética de translação aumenta com a massa do corpo, m, e com o quadrado da
sua velocidade, v2 • A expressão mat emática que traduz essa relação (as unidades SI são as
indicadas) é:
J
joule
/
1
E =-m v2
e 2
kg
quilograma
,~ m s- 1
metro por segundo
V= 75 -
km
= 75
1000 m
X --- = 20 8 m S-1
Ili
h 3600 s '
1 1
E = - m v2 = - x 800 x 20 8 2 J = 17 x 105 J
e 2 2 ' '
87
FÍSICA 10.0 Ano
3. A energ ia cinética de um rapaz que corre a 18 km/ h é 750 J. Qual é a sua massa?
km 1000 m 1 1
v = 18 - = 18 x - - - = 5 O m s-1 • E = - m v2 ⇒ 750 = - m 5 0 2 <=>
h 3600 s ' ' e 2 2 '
750 X 2
<=> m = , kg = 60 kg
5 02
Energia potencial, EP
A ene rgia potencial resulta da interação de um corpo com outros corpos. Diz-se q ue a energia
potencial é uma energia armazenada, por não estar associada ao movimento mas poder provo-
car movimento, transformando-se em energia cin ética.
A expressão que indica as grandezas de que depende a energia potencial gravítica do sis-
tema corpo + Terra à superfície da Terra é:
E =m g h
/ p/ ~~
J kg m s- 2 m
joule quilograma metro por metro
segundo quadrado
• Energia potencial elástica: resu lta da interação elást ica, associada à deform ação dos
corpos (Fig. 1.6).
88
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
4.1 Qual era a energia potencia l elástica antes de a flecha ser disparada?
4.2 Se a flecha fosse dispa rada para cima, na vertical, a que altura che-
garia se toda a energia cinética fosse convertida em energia poten-
cial gravítica?
km 1000 m
Q 4.1 m = 50 g = 0,050 kg ; v = 234 h = 234 x = 65,0 m s- 1
3600 5
A energia cinética com que a flecha é disparada é:
1 1
Ec = m v2 = x 0,050 x 65,0 2 J = 106 J
2 2
Como a energia potencial elástica se converteu em energia cinética ,
a energia potencial elástica era EP = 1,1 x 102 J.
5. Atirou-se uma pedra para cima, na vertical. Considerando o sistema constituído pela
Terra e pela pedra, classifique como verdadeira ou falsa cada uma das afirmações
Ili
seguintes. Fundamente as suas respostas.
(A) Só depois da pedra atingir a altura máxima é que o sistema fica com energia
poten cia l.
(B) Logo depois de sair da mão, o sistema adquire a energia potencial que faz
subi r a pedra.
(C) Quando a pedra está a subir, a energia cinética diminui e transforma-se em
energia potencial gravítica.
(D) Durante a sub ida da pedra, existe apenas energia potencial gravítica.
(E) Durante a descida da pedra, existe energia potencial gravítica e energia cinética.
(F) Durante a subida, a energia potencial gravítica diminui e transforma-se em
energia ci nética.
Q (A) Falsa . A energia potencial gravítica vai aumentando à medida que a altura da
pedra aumenta.
(B) Falsa. Na subida, a energia cinética vai diminuindo e a energia potencial vai
aumentando.
(C) Verdadeira.
(D) Falsa. Desde que a pedra tenha velocidade tem energia cinética.
(E) Verdadeira.
(F) Falsa. A energia cinética diminui, transformando-se em energia potencial gra-
vítica (que aumenta).
89
FÍSICA 10.0 Ano
as suas respostas.
6.1 No nível A há energia potencial gravítica mas não há energia cinética, pois
inicialmente a bola estava parada. À medida que a bola vai caindo a sua ve-
locidade aumenta, pelo que adquire energia cinética e essa energia vai au-
mentando. Mas a energia potencial diminui, pois a altura em relação ao solo
vai diminuindo. Então, na queda há uma transformação de energia potencial
gravítica em energia cinética.
Potência, P
A potência é a grandeza físi ca que mede a rap idez com q ue a e nergia é transferida. A potência,
P, pode ca lcular-se pelo quociente entre a ene rgia transferida, E, e o intervalo de tempo que
levou a transferir, Lit.
J
E ~ ou le
W ---➔ P= -
watt M ~
s
segundo
1J
Um watt corresponde à transferência de um j oule por segundo: 1 W = ~ = 1 J s-1.
90
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
U = Ec (partículas)+ EP(partículas)
i+i%i·l·it4H@+M
7. Colocaram-se termómetros em quatro recipientes com água , como ilustra a figura.
A B e D
35ºC 35ºC 60 ºC 1
Ili
Pode conclu ir-se que
(A) os sistemas A e e têm a mesm a energia interna.
(8) a energia interna do sistema B é igual à do D.
(C) a energia interna do sistema B é maior do que a do sistema C.
(D) o sist ema com ma ior energia interna é o D.
& (D) . Entre dois sistemas, constituídos pela mesma substância, com a mesma tem-
peratura, casos de A e C e de B e D, tem mais energia interna o que tiver maior
número de partículas (maior massa). Entre dois sistemas com o mesmo número
de partículas (mesma massa), casos de A e B ou C e D, o que tiver maior tempe-
ratura tem mais energia interna.
Não é possível, com a informação do enunciado, comparar as energias internas
de B e C: B tem maior temperatura, mas C tem maior massa.
91
FÍSICA 10.0 Ano
A expressão que permite ca lcu lar o trabal ho, W, de uma força constante (Fig. 1.1) é:
W= F dcos 0
O traba lho é uma grandeza escalar, bastando para a sua ca racterização um número e uma
un idade. O trabalho positivo chama-se de trabalho potente e o trabalho negativo c hama-se
trabalho resistente.
A unidade SI de trabalho é o joule (J). Um j oule é o traba lho realizado por uma força constan-
te, de um newton, quando o deslocamento é de um metro, tendo a força e o deslocamento a
mesma direção e sentido (Fig. 1.8).
F F=1N F
d = 1m
:C·- • - ·· • · •• · • - -- - -- - -- - - - - -- - - - -- - - - ·- - - -- - - - ->:
A força F, representada a vermelho, que atua no ca ixote, é equivalente à soma de duas for-
ças, a azul co m a verde (Fig. 1.9 ). Estas duas forças são as componentes da força: a verde é a
componente da força paralela à direção do movimento; a azul é a component e da fo rça per-
pendicular ao desloca mento. O trabalho da força a azul é igua l ao produto da sua intensidade
pelo módulo do deslocamento e pelo cosseno de 90°. Como cos 90° = O, esta força real iza
um trabalho nulo. Ass im, só a força a verde é que irá realiza r trabalho. Esta componente da
força designa-se por componente eficaz da força, Fer
A compone nte escalar da fo rça eficaz na direção do movimento pode ser calculada pelo
produto da intensidade da força, F, pelo cosseno do ângulo entre a fo rça e o deslocamento,
F cos 0.
92
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
O t raba lho da força fé igual ao trabalho da compone nte eficaz dessa força.
Quando várias forças at uam num sistema que possua apenas movimento de translação, o
trabal ho tot al, W101• 1, ou seja, a soma dos t raba lhos rea lizados por cada uma das forças é igual
ao t rabalho que se ria real izado pela resultante das forças, W f resultante (Fig. 1.10).
Soma dos traba lh os rea lizados por cada uma das forças= Traba lho da resultante das fo rças Ili
Exemplo de uma força constante: peso de um corpo
P = 60 kg X 10 m s- 2 = 6,0 x 102 N.
O peso defi ne a vertica l e o se ntido descendente, pode ndo considerar-se igual à força graví-
tica que a Terra exerce sobre o corpo.
93
FÍSICA 10.0 Ano
8 . O ca ixote da figura, de massa 50 kg, é deslocado 6,0 m da pos ição (A) para a posi-
ção (B). As forças F e Fª têm intensidades iguais a 300 N e 50 N, respetiva mente.
B A
& - -
8.1 F : força gravítica (exercida pela Terra sobre o caixote); N: força normal (exer-
g -
cida pela superfície sobre o caixote); F: força de atrito (exercida pela superfí-
- a
cie sobre o caixote); F: força exercida pelo rapaz sobre o caixote.
94
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
Cosseno do
ângulo ( cos 0)
+1 positivo o negativo -1
Existindo força e também deslocamento, como será o trabalho se o ângulo entre a força e o
deslocamento va riar entre Oº e 180º?
Ângulo (0) 0= 0 ° 0 ° < 0 < 90° 0= 90° 90° < 0 < 180° 0= 180°
Direção
mesma mesma direção
e sentido de d ireção direção d ireção
força em relação
ao deslocamento
W, trabalho da
força constante
direção
e sentido
positivo
e máximo
oblíqua
positivo
perpendicular
nulo
oblíqua
negativo
e sentido
oposto
negativo
e máximo e m
Ili
módulo
95
FÍSICA 10.0 Ano
ti (C). Como a força exercida pelo fio é sempre perpendicular à trajetória do avião,
o trabalho desta força é nulo qualquer que seja a situação do movimento.
11.2 Qual é o trabalho realizado pela força exercida pelos fios d urante um quilómetro?
96
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
13. Um ca rro desceu um plano inclinado, ficando 15 m abaixo do níve l inicial. O traba-
lho do peso do carro no deslocamento foi de 7,5 x 104 J. A massa do carro era de
(A) 7,5 X 103 kg. (8) 5,0 X 103 kg. (C) 7,5 X 10 2 kg. (D) 5,0 X 102 kg.
A
(D). WFg = Fg AB cos 0 = m g AB cos 0
h
Mas como cos 0 = = , temos
AB h
- h
WF9 =mg AB = =mgh
AB ?
9
W F = 7, 5 x 104 J ·, g = 10 m s-2 ·, h = 15 m
9
7,5 X 104
WF = m g h ⇒ 7,5 x 10 4 = m x 10 x 15 ⇒ m = - - - - kg = 5,0 x 10 2 kg
9
10 X 15
Um corpo em movim e nto possui e nergia associad a a esse movimento - energia cinética. Se o
corpo estiver em repouso , portanto, com energia cinética nula, irá entrar em mov imento após
uma força atuar e realizar trabalho. A energia ci nética que o corpo adquire resulta do trabal ho
realizado pela força.
Se as variações de energia intern a forem desprezáveis, sempre que a energia cinética do cor-
po variar, a variação sofrida é igual ao traba lho realizado pela força. Se atuarem vá rias forças,
esta lei mantém-se vá lida. Esta igualdade é conhecida como Teorema da Energia Cinética,
Ili
ou Lei do Trabalho-Energia: a soma dos traba lhos realizados por todas as forças é igual à
variação da energia cinética do corpo.
1 1
LW = LlEe = Ee, final - Ee, .1mc1al
. . = -2 m v2final - 2 m v2inicial
Para um corpo apenas com movime nto de translação , a soma dos trabalhos realizados por
ca da força é igual ao trabal ho realizado pela res ultante das forças, WF,es Logo, WF,es = LlEc
14. Um automóvel, de massa 800 kg , atinge 100 km/ h, partindo do repouso, em 10,8 s.
Admita váli do o mod e lo da partícula materia l.
14.1 Determine a soma dos trabalhos das forças que atuam sobre o automóvel nos 10,8 s.
km 1000 m
(j 14.1 v = O· v1 = 100 -
' ' h
= 100 x - - - = 27 8 m s-1•
3600 s '
W 3 09 X 105 j
14.2 p = - = ' = 2,86 X 104 W
M 10,8 s
97
FÍSICA 10.0 Ano
15.1 Qual foi o trabalho realizado pelas forças que atuaram sobre o aspirador?
& 15.1 O trabalho total de todas as forças, W,, é igual à variação de energia cinética.
v. =o· v
1 ' f
= 2 ' o m s-1 ⇒ LW= !iE = (__!_
e 2
x s o x 2 0 2 - o) J =10 J
' '
15.2 O trabalho do peso e o da força normal são nulos, pois são duas forças per-
pendiculares ao deslocamento. A força de atrito faz um ângulo de 180° com
o deslocamento.
wp + WN + WFh + WFo =O+ O+ Fh x cos 30º x d - FC x d = (Fh x cos 30° - F) x d
é o trabalho total e igual à variação de energia cinética,
10 =(50 x cos 30° - 10) x d, vindo d =0,30 m =30 cm
A energia cinética do centro de massa de um carrinho que desce uma rampa aumenta com a
distância percorrida, pois na descida a ve locidade va i aumentando e, consequentemente, a
energia cinética também aumenta. A distância percorrida pode medir-se diretamente com uma
fita métrica. Para medir a energia cin ética num dado ponto do plano inclinado, deve medir-se a
massa do carrinho e a sua velocidade no instante em que o ca rrinho passa nesse ponto.
Cronómetro digital
98
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
Para medir experimentalmente a velocidade do ca rrinho quando passa num dado ponto, usa-se
uma célula fotoelétrica associada a um cronómetro digital. Se se colocar na parte superior do
ca rrinho uma tira opaca estreita, dividindo a sua largura pelo tempo de passagem dessa tira
em frent e à célula fotoelétrica, obter-se-á uma boa aproximação para o módulo da velocidade,
porque o intervalo de tempo medido va i ser pequeno.
Assim, mede-se a distância percorrida pelo carrinho at é um dado ponto e a energia cin ética do
carri nh o nesse ponto, repetindo o procedimento, pelo menos, para cinco pontos diferentes ao
longo do p lano inclinado. De segu ida, constrói-se um gráfico de pontos (diagrama de disper-
são) da variação da energia cinét ica, 11Ec, em fu nção da dist ância percorrida, d, sobre o plano.
Prevê-se que a energia cinética aumente proporcionalmente com a distânc ia percorrida, uma
11E
vez que Z:W = 11Ec ⇒ WF'res
. = 11Ee ⇒ Fres d cos Oº = 11Ee ⇒ _e=
d Fres = co nstant e (na descida are-
sultante das forças pode ser considerada constant e).
Força conservativa: o trabalho realizado por uma força conse rvativa entre quaisquer dois
pontos é sempre o mesmo, in dependentemente da t rajetória seg uida. Se a trajetória for fe-
chada, o trabalho realizado por uma força conservativa será nulo, pois as posições final e
inicial são as mesmas (o t raba lho é nulo, pois, por não depender da trajetória , tem de co incidir
Ili
com o traba lh o que seria realizado se o corpo se mantivesse em repouso na posição inicial).
Forças não conservativas: o trabalho realizado por uma força não conservat iva entre quais-
quer duas posições depende da trajetória seguida.
As forças de at rito e as forças de resistência do ar são forças não conservat ivas. Por exemplo,
se um corpo for atirado para cima (Fig. 1.14):
A energia pot encial gravítica é a energia de interação entre um corpo e a Terra (ou outro ast ro)
e a força gravít ica (ou peso do corpo) traduz a interação entre o corpo e a Terra. A energia
pot encial gravítica está relacionada com o traba lho da força gravít ica.
O t raba lh o realizado pela força gravítica exercida pela Terra sobre um corpo, no desloca-
mento desse corpo ent re dois pontos A e B, não depende do camin ho segu ido entre esses
pontos: diz-se que o peso é uma força conservativa e o seu trabalho é simétrico da variação
de energia potencial gravítica.
W pesa = - 11EP
w peso = -(Ep, final - Ep. inicial) = -(m g h final - mg h iniciall
99
FÍSICA 10.0 Ano
O nível de referência para a medida das alturas, h, é arbitrário, podendo tomar-se o valor nulo
para a altura mais baixa. Desta forma estabelece-se também o valor nulo para a energia potencial.
No percurso em que um corpo sobe e desce para a mesma altura de partida, Wpeso = O.
17. Por vezes usa-se uma prancha como plano inclinado para elevar objetos pesados.
17.1 Mostre que o trabalho realizado pe lo peso do
corpo, no deslocamento entre dois pont os, é o
mesmo quer se desloque o corpo através da ram-
pa quer se desloque horizon talmente o corpo e
depois se proceda à sua elevação na vert ical.
100
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
17.2 Como qualquer que seja a trajetória o trabalho realizado pelo peso é sempre
o mesmo, qual é a va ntagem de colocar uma prancha como plano inclinado?
AC h
cos 0 = --= = sin O'. = --=; 0 = 90° - O'.
AB AB
À soma da energia potencial, EP, com a energia cinética, Ec, dá-se o nome de energia mecânica:
Em =Ep + Ee
Quando num corpo apenas atuam forças conservativas (fc), o trabalho dessas forças é igual
ao simétrico da variação de energia potencial, W1c = -ó.EP, mas, atendendo ao Teorema da
Energ ia Cinética, este trabalho também é igual à variação de energia cinética, W1c = ó.Ec, en-
tão, verifica-se a igualdade ó.Ee =-ó.E p
ou ó.Ee + ó.Ep =O.
101
FÍSICA 10.0 Ano
Sempre que apenas existam forças conservativas (ou existindo forças não conservativas
realizando um trabalho nulo), a energia mecânica permanece constante no decurso do tem-
po, significando que a energia mecânica se conserva . A um certo aumento da energia ciné-
tica corresponde uma diminuição do mesmo valo r da energia potencial e vice-versa.
Entre quaisquer pontos A e B a ene rgia mecânica é constante, ou seja, conserva-se (Fig.1.16):
0
E ~
102
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
19.2 50 cm = 0,50 m
V2 =
900 - 300 ⇒ V = ✓-
900
-- -
300
- m s- 1 = 4,5 m s-1
B 30 B 30
Qu ando para além das forças con servativas (fc) também são exercidas forças não co nserva-
tivas (fnc), temos:
Como Wfc =-ó.Ep ' então Wfnc - ó.Ep = ó.Ee ⇒ Wfnc =ó.Ep + ó.Ee ou Wfnc = ó.Em = Em (final) - Em
Ili
(inicial)
Sempre que existirem forças não conservativas, o seu trabalho é igual à variação de ener-
gia mecânica. As fo rças não conservativas podem aumentar ou diminuir a energia mecânica,
real izando um trabalho positivo ou negativo.
As forças não conservativas que realizam sempre trabalho negativo são chamadas forças
dissipativas. É o caso das forças de atrito entre superfícies em movimento.
E. .
= -u_t,_I
17 Etotal
sendo E101ª1 toda a energia mecânica inicial disponível e Eúrn a que é aproveitada para o movi-
mento no final de um ce rto processo (como há sempre alguma energia dissipada, seg ue-se
que 17 < 1; quanto maior for a energia dissipada, menor será o rendimento); é usualmente
expresso em perce ntagem. O ren dimento pode tam bém ser ca lculado em termos da energia
P.
transferi da por unidade de tempo, ou sej a, da potência, 17 = ~ .
total
103
FÍSICA 10.0 Ano
& A energia inicial disponível é a energia mecânica, que é igual à diferença de ener-
gia potencial gravítica entre o ponto A e o ponto B, porque a energia cinética
inicial é nula.
. . . = Ep + Ee = m g h + O = 45
Em (1ntc1al) x 10 x (2 ' 5 - O' 5) J = 9 ' O x 10 2 J
Se 20% da energia se dissipar, a energia útil será 80% da energia disponível.
21. Um carrinho, largado no nível A, desce um plano com 20º de inclinação, encontran-
do depois um percurso plano e horizontal. No plano inclinado o atrito é desprezá-
vel, mas no percurso horizontal não o é.
1F)p
B e
21.1 Represente, num esquema, as forças que atuam sobre o carrinho a meio do
plano inclinado e na superfície horizontal.
& 21.1
P.
104
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
& 21.2 Com os dados fornecidos, esta questão pode resolver-se por dois métodos.
1.º método: pela conservação da energia mecânica:
Como a velocidade inicial é nula e tomando o nível mais baixo como a origem
para a energia potencial, a expressão fica
1 1
m g h. = - m v2 ⇒ 4 x 10 x 1 8 = - x 4 x v2 ⇒ v 1 = 6,0 m/ s.
1 2 f ' 2 f
2 m v8
Wtotal = !:::..Ee = _!__ 2 m v A ⇒ 72 = O' 5
_!__ v2f ⇒ v f = 6 ' O m/ s.
2 - 2 x 4 x
wF. = - F. d
Wfnc = !:::..Em = Eme - Em <=> WFa = O - Em <=> - Fa d = -Em <=> d = Ems
F =
8 8 8
a
72 J
Ili
=--=20m
36 N '
Quando uma bola é deixada cair na vertical, diminui a sua altura em relação ao solo e au-
menta a sua velocidade à medida que se aproxima dele. Assim , na descida vai diminuindo a
energia potencial gravítica do sistema bola + Terra e aum entando a energia cinética da bola.
Ao embater no so lo, a bola vai ressaltar, subin do na vertical até uma altura máxima. Nest e
movimento aumenta a energia potencial gravítica do sistema bola + Terra e diminui a energia
cinética da bola. Após ter alcançado a altura máxima, inverte o sentido do seu movimento e
reinicia a descida.
Na descida e na subida as forças dissipativas são desprezáveis. Assim, como durante a que-
da e a subida há conservação de energia mecânica, a energia potencial gravítica na altura
máxima é igual à energia cinética com que sa iu do solo, após uma dada colisão, e à energia
cinética com que irá chegar ao so lo, ant es da colisão seguinte.
Pode então ca lcula r-se a velocidade, v , com que chega ao solo após queda da altura h queda' ou
a altura máxima, h ,essa1to' após ini cia r a subida com a velocidade v.
v2
2 m v ⇒v
1
m g h queda= _!__ 2 2
= 2 g h queda ou -mv
2
2
=mgh ressalto ⇒ h
ressalto
=2-g-
Todavia, na colisão com a superfície há dissipação de energia, a qual é tanto maior quanto
menor for a elasticidade do par de materiais em colisão (bola - superfície de ressalto).
105
FÍSICA 10.0 Ano
Naturalmente, a altura máxima após cada ressalto vai sendo sucessivamente menor do que
a da anterior queda.
40
20
5 10 15 20 t/ s
A constante obtida é igual ao declive da reta que melhor se ajusta aos dados e xperimentais
e obtém-se a partir da equação de regressão linear.
106
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
Sob ação de uma força , os eletrões de condução na sua trajetória vão colid indo com os iões
da rede metálica. Apesar do movimento em ziguezague, os eletrões deslocam-se ao longo do
cond utor no mesmo sentido, (Fig. 1.20 B).
(8)
-F.
Fig. 1.20 Um gerador,
que origina forças
elétricas sobre os
eletrões de condução
criando uma corrente
elétrica, e o seu
Ili
símbolo esquemático.
Como os eletrões têm um deslocamento e há forças exercidas sobre eles, estas forças reali-
zam trabalho, ou seja, transferem energia, E, para os eletrões.
A energia, E, transferida por unidade de carga elétrica, Q , no deslocamento dessa carga entre
dois pontos, permite definir a diferença de potencial elétrico, U, entre esses pontos.
107
FÍSICA 10.0 Ano
O sentido do movimento dos eletrões, do polo negativo para o polo positivo, designa-se por
sentido real e o sentido oposto, do polo positivo para o polo negativo, designa-se por sentido
convencional.
As pilhas são geradores de corrente contínua e a rede de distribuição elétrica fornece uma
corrente alternada.
108
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
23.1 a carga elétrica que atravessa uma secção reta do filamento durante um minuto;
24. Uma carga O atravessa uma secção reta de um condutor A em 2 minutos e uma
carga 2 O atravessa a secção reta de um condutor Bem 3 minutos.
Qual é a relação entre as correntes elétricas, /A e /8 , nos condutores A e B, respe-
tivamente?
1 4 3
(B) /A =- /
3 B
(C) /A =-/
3 B (D) /A =- /
4 B
Q 1
& (D).
2 min 2 3
i = --- = -- = -
/8 20 2 4
3 min 3
109
FÍSICA 10.0 Ano
1-'l U 12V
~ (C). R = - , = 0,200 A = G0 Q
110
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
Um circuito percorrido por uma corrente eleva a sua temperatura até que a energia transfe-
rida para o ambiente, por calor, iguale o valo r da energia elétrica transferida para esse circui-
to. Posteriormente, a temperatura mantém-se constante. Num
radiador elétrico, a temperatura do filamento eleva-se até que
a energia transferida para o ambiente por unidade de tempo
iguale a potência dissipada, R 12.
Um díodo emissor de luz, conhecido pela sigla led (light emitting
diode, Fig. 1.21), é um dispositivo que emite luz, de forma muito efi-
Ili
ciente, quando a corrente elétrica o percorre num dado sentido. Fig. 1.27 LED de diferentes cores.
27. Quando ligado à rede de energia elétrica, que dispo nibiliza 230 V, um aquecedor
elétrico fornece a potência de 600 W.
27.1 Determin e:
a) o va lor da corrente elétrica que atravessa a resist ência do aquecedor;
b) a resistência elétrica do aquecedor;
e) a energia, em joules e em quilowatt-hora, que é libertada em trinta minutos
de funcionamento.
27.2 O aquecedor tem um comutador que permite ligar apenas metade da resis-
t ência. Com metade da resistência ligada, a potência disponibilizada
(A) diminui para metade. (C) aumenta quatro vezes.
(B) mantém-se. (D) aumenta para o dobro.
111
FÍSICA 10.0 Ano
28. Um co ndutor pura mente resistivo, A, é percorrido por uma corrente elétrica /.
Outro condutor t ambém puramente resistivo, B, co m metade da resistência, é per-
corrido por uma corrente 2/.
E
28.1 A relação entre as energias dissipadas, / , no mesmo intervalo de tempo, é
1 B
(A) 1. (B) 2 . (C)
2 . (D) 4.
u
28.2 A relação entre as diferenças de potencia l nos extremos das resistências, UA, é
1 B
(A) 1. (B) 2. (C)
2 . (D) 4.
De forma semelhante ao que se definiu como diferença de potencial elétrico, define-se uma
grandeza característica de um gerador, a força eletromotriz, e, como a energia disponibilizada
por um gerador, E9erador' por unidade de carga, O, que o atravessa.
E9
e= ~.tr (u nidade SI volt, símbolo V)
Um gerador tem uma força eletromotriz de um volt (1 V) se disponibiliza a energia de um j oule
(1 J) quando uma ca rga de um coulomb (1 C) o atravessa.
Egerador = e I Lit
Um gerador de tensão é caracterizado pela força eletromotriz, e, e pela resistência interna, r.
112
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
Sintetizando na tabela:
e=rl+U
U=e-rl
u
Ili
E
I
Fig. 1.29 Curva característica de uma pilha.
A curva ca racterística de uma pilha pode obter-se usando o ci rcuito esquematizado na Fig. 1.30.
R
Fig. 1.30 Esquema de ci rcuito para o btenção da curva característica de uma p ilha.
113
FÍSICA 10.0 Ano
4,0
29.1 Determine as características do gerador:
3,0
força eletromotriz e resistência interna.
2,0
29.2 Indique o que significa a força eletro- 1,0
motriz do gerador.
o 0,20 0,40 0,60 0,80
29.3 Conclua.justificando, qual deverá ser o // A
29.4 Calcule, para uma corrente de 0,40 A, a potência total posta em jogo no gera-
dor e a energia dissipada na resistência externa durante 5,0 min.
29.2 A força eletromotriz é a energia que o gerador fornece por unidade de car-
ga elétrica que o atravessa.
29.3 Se a resistência externa for muito maior do que a resistência interna do
gerador, a queda de tensão na resistência interna do gerador será muito
menor do que a tensão nos terminais da resistência externa. Assim, a ten-
são nos terminais da resistência externa será muito próxima da força eletro-
motriz do gerador.
29.4 P gerador = € f = 6,0 V X 0,40 A = 2,4 W; Eútil = LJ f M = 4,0 V X 0,40 A X 5,0 X 60 S =
2
= 4,8 X 10 j
Os componentes num circuito elétrico podem associar-se em série, em paralelo ou numa com-
binação dessas duas associações.
Se um dos component es de uma associação em séri e se danificar, não permitindo que nele
haja corrente elétrica, todos os componentes deixarão de funcionar.
Numa associação em paralelo, os terminais dos componentes são comuns. Por isso, a dife-
rença de potencial elétrico é a mesma para todos os componentes. A Fig. 1.32 mostra duas
resistências associadas em paralelo e os seus t erminais A e B comuns.
114
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
C·i1i4iH4it4+111·ti
30. Na porção do circuito esquematizado 2,0 n 1------1 3,o n
é aplicada uma diferença de potencial P Q
de 12,0 V entre os pontos PO.
7,00 ,___ ___, 3,o n
30.1 A corrente na resistência de 7 Q é
(A) 4,0 A. (B) 1,4 A. (C) 2,0 A. (D) 1,2 A.
(A) /2 > 1, > 13 (B) 1, > 12 > 13 (C) 12 > 1, e 12 < 13 (D) 1, = 12 > /3
~ (A). Verifica-se que /2 = 2/3 , porque /3 é uma parte de corrente de /2 que diverge
no nó com as duas resistências iguais em paralelo. A tensão, U, entre P e Q é a
mesma para os dois ramos:
. 4
U = 2 R 11 = R 12 + R /3 e conclui-se que /2 = /1•
3
115
FÍSICA 10.0 Ano
Se no estudo de um sistema físico for necessário ter em conta a sua variação de energia in-
terna, ele deixa de ser tratado como um sistema mecânico e passa a ser estudado como um
sistema termodinâmico. Estes sistemas são o foco da termodinâmica, que estuda os fenóme-
nos térmicos, portanto, aqueles em que é necessário ter em conta a temperatura. Sabemos
que a temperatura de um sistema se relaciona com a agitação das partículas que o constituem:
quanto maior for essa agitação, maior será a temperatura {Fig. 1.33).
A B
40 ºC 20 ºC
Fig. 1.33 A temperatura do sistema será maior quando fo r maior a agitação das partícu las.
Uma va riação de temperatura em kelvin {.!l T) é igual a uma va riação de tempe ratura e m graus
Celsius (M). Note-se que T ,é. t mas .!l T = M {Fig. 1.35).
116
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
100ºC
Ponto de ebulição da água
Escala Escala (à pressão de 1 atm)
Kelvin Celsius
373,15 K 100° e
273,15 K Oº C Oº C
Ponto de fusão do gelo
(à pressão de 1 atm)
No sécu lo XVIII, os físicos já tinham reconhecido que ao colocarem em contacto dois corpos a
temperaturas diferentes, o de maior temperatura ced ia energia ao de menor temperatura. Mas
pensavam que uma substância, que designa-
ram de ca lórico, passava do corpo quente para
o corpo frio. Essa ideia foi posta em causa por
Benjamin Thompson. Quando trabalhava numa
fábrica de armas observou a perfuração de ca-
Ili
nos de canhões: devido à fricção, as peças fica-
vam tão quentes que era necessário arrefecê-las
com água fria (Fig. 1.36)! A partir desta e de outras
observações, Thompson concluiu que o calor
não podia ser uma substância, devendo antes
Fig. 1.36 A perfuração de peças metálicas o rigina
ser um processo de transferência de energia.
o seu aquecimento.
Em meados do sécu lo XIX, a ideia de Thompson v iria a ser confirmada com a famosa expe-
riência de Joule, que usou uma montagem como a que se reproduz na Fig.1.37.
117
FÍSICA 10.0 Ano
As transferências de energia por ca lor podem ocorrer por processos físicos diferentes: condu-
ção térmica, convecção térmica e radiação (Fig. 1.38).
32. Jou le repetiu inúmeras vezes a experiência da eq uiva lência entre traba lho e ca lor,
introd uzindo variantes no método. Numa «repetição» de uma dessas variantes, um
grupo de estudantes utilizou um fio com uma resistência elét rica de 70 Q num vaso
calorimétrico com 1,0 kg de água. A temperatura inicial da água era 17 ºC e, quando
se fez passar po r esse fi o uma corrente elétrica de 0,80 A, a temperatura da água
aument ou para 32 ºC ao fi m de 2 5 minutos.
1 kcal é a energia necessária para elevar de 1 ºC a temperatura de 1 kg de água.
32.1 A energia é transferida do fio para a água como ______ por um pro-
cesso de _ _ _ _ __
(A) trabalho ... condução (C) calor ... cond ução
(8) trabalho ... convecção (D) ca lor ... co nvecção
32.2 Mostre que na experiência descrita o equivalente ao valor de 1,0 cal é 4,5 J.
Comece por determinar a energ ia transfe rida pelo fio para a água.
t) 32.1 (C). O fio aquece por efeito Joule, ficando a uma temperatura superior à da
água que está em contacto com ele. Assim , ocorre transferência de energia
como calor do fio para a água , por condução.
118
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
Para além de e mitirem, os corpos também absorvem radiação. A radiação v isível é totalmente
absorvida pelas superfícies pretas. O balanço entre as energias absorvida e emitida determina
a evolução da energia interna de um sistema.
A irradiâ ncia solar média no topo da atmosfera é 1,36 x 10 2 W m- 2 (v alor designado por cons-
tante solar): significa que cada metro quadrado do topo da atmosfera recebe, e m média, a
energia de 1,36 x 102 J por segundo. Na superfície terrestre, a irradiância é menor, pois há
absorção de radiação pela atmosfera.
119
FÍSICA 10.0 Ano
Os painéis devem estar colocados de modo a maximizar a irradiância solar incidente (no he-
misfério norte, orientados para Sul e com uma inclinação adequada à latitude do lugar). Veri-
fica-se que existe uma determinada diferença de potencial elétrico que maximiza a potência
elétrica fornecida por um painel fotovoltaico.
7J = E carga =; carga .
Era diação radiação
Nesta atividade não se mede a irradiância e apenas se pode avaliar as condições em que,
para uma dada irradiância, se tem o máximo de potência fornecida à resistência variável ou
verificar que ao diminuir-se a irradiância também diminui a potência fornecida pelo painel à
resistência. Assim , pode avaliar-se, para uma dada irradiância, as condições em que a potên-
cia fornecida pelo painel é máxima.
Para um painel fotovoltaico, e para uma dada irradiância, podem obter-se gráficos semelhan-
tes ao da Fig. 1.43 para a corrente, /, ou para a potência, P, fornecida pelo painel em função
da tensão, U, nos terminais da resistência. O gráfico P(U) permite determinar a tensão U máx
u
(ou a resistência Rmáx = máx ) que maximiza a potência elétrica fornecida pelo painel (não se
1max
determina o rendimento do painel, pois desconhece-se a potência da radiação nele incidente).
Tensão, U
120
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
33. O conjunto de painéis fotovoltaicos instalado numa exploração agrícola tem uma
área total de 350 m 2 e uma potência média de 2,0 kW. No local da exploração, a irra-
diância so lar média é 1600 kW h m-2 ano-1 e há, em média, 6,0 h de luz solar por dia.
33.1 Indique o significado físico do valo r da irradiância solar média neste local.
33.2 Apresente o valo r da irradiância solar média na unidade SI.
33.3 Qual é o rendimento médio do conjunto de painéis fotovoltaicos? Interprete o
val or encontrado.
E ,. . 48,0 kW h
O rendimento dos painéis é n = eetnca ⇒ n = - - - - - = 013· portanto
. ' Erad1açao
. . .' 383 kW h ' '
13% da energia incidente no painel é convertida em energia elétrica.
'
Ili
34. Variou-se a resistência de um circuito ali- S 400
mentado por uma célula fotovoltaica sobre ~ 350 '
' • • -.- - • -.-
,. '
' • - , • ••, . '
• • r - - 'r • - -', • • -,·
' • • ,'- • • ,' • -
: . :
•
~, ' ' : : : : :
' ' '
·
'
--
• •
·
'
-
e
~ 250
o
.. ' ' - • ·,-
' • - ,' . - • ,' - • • r • - • r' • - ·,·
• • -,- - • ·,· - - ·,· ' • • ,' - - · ,' • • - •' •
ções efetuadas, representou-se num gráfico o_ 200
a potência elétrica fornecida em função da 150 ---~' ---!-· -··:·
' -·:···:
' · · -- ·; ·· -~' - · ··r --·:·· --~---~-
· · -
resistência que a célula alimentava. O rendi- 100 ···:···: , , ·;·· : -- [· ·:· ··;·· : .. j--
mento máximo desta célula é cerca de 10%. 50 ,
, +
• • • •
' '
"I" • • ·:· -
' •
., • • - ~- - • , - •
34.3 Para a potência máxima, a célula fornece uma corrente elétrica de 0,21 A. Qual
deverá ser a tensão nos terminais da célula?
p e/étrica 0 ,35 W
34.3 p elétrica = LJ / <=> LJ = ⇒ LJ = 0,21 A = 1,7 V
121
FÍSICA 10.0 Ano
A condução térm ica e a convecção térmica são dois tipos de mecanismos de transferência de
energia como calor que só ocorrem através de um meio material.
M+i%1·1·14Hli·I
35. Descreva o modo como se processa o aquecimento da água numa panela com a
fonte de aqueciment o na sua base.
Nos coletores solares, a radiação é aproveitada para aquecimento de um flu ido. Existem diver-
sos tipos de co letores solares, sendo o mais comum o coletor plano (Fig. 1.46).
Placa coletora
Tubo de aquecimento
Cobertura
transparente
!--- --"--c7''--- -L--Material Fig. 1.46 Componentes de um
isolante
Caixa _ _..,_ _ _ _ _ __
coletor solar plano.
122
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
• placa coletora (normalm e nte metálica e pintada de negro), que absorve a radiação e à
qual estão soldados tubos cond utores, que aquecem por condução, por o nde circula o
fluido que va i aquecendo, gerando-se neste corre ntes de convecção;
• cobertura transparente (de vid ro ou acrílico), q ue provoca efeito de estufa (é tran sparen-
te à radia ção visível mas opaca à radiação infravermelh a);
• caixa com isolamento térmico, para minimizar as transferências de e nergia por calor, dar
rigidez ao conjunto e proteger o sistema dos agentes atmosféricos.
M+i%/·i·lt+HMHM
36. Num coletor sola r, a radiação solar absorvida é determinante para a energia útil
obtida. Um modo de diminuir as perdas de energia por radiação consiste na utili-
zação de superfícies seletivas que absorvem muito no visível mas emitem pouco
no infravermel ho.
36.1 Por que motivo a utilização de uma superfície seletiva diminui as perdas de
energia por radiação?
36.2 Indique outro modo v ulgarmente utilizado nos coletores sola res de diminuir as
perdas de energia por radiação.
& 36.1 A maior parte da radiação absorvida pelo coletor situa-se na região do visí-
vel, por isso pretende-se que a superfície seja boa absorsora nessa região
(uma elevada percentagem de radiação incidente deve ser absorvida). No
entanto, a maior parte da radiação emitida por essa superfície situa-se na
região do infravermelho e, como se procura minimizar as perdas de energia
do coletor, convém que a superfície seja má emissora no infravermelho.
123
FÍSICA 10.0 Ano
A energia interna é uma propriedade de um sistema. O calor e o trabalho, pelo contrário, não
são propriedades de um sistema, mas sim processos de transferir energia entre sistemas.
A Lei de Conservação da Energia pode ser traduzida, para um sistema termodinâmico, do se-
guinte modo: a energia interna, U, de um sistema isolado é constante no decurso do tempo
(a energia «não se cria nem se destrói»): a variação de energia interna é nula, tlU = O (sistema
isolado).
Se o volume do sistema diminuir (compressão), haverá trabalho realizado pela v izinhança so-
bre o sistema: W> O (se o sistema estiver iso lado termicamente, a sua energia interna aumenta).
124
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
37. Um gás está contido num cilindro com êmbolo móvel. O sistema está
isolado termica mente do exterior. O êmbolo desloca-se da posição
1 para a posição 2, sendo realizado sobre o sistema um trabalho de 1
500 J. Para esta transformação pode concluir-se que 2
Como existe trabalho realizado sobre o sistema, a sua energia interna aumenta.
O aumento de energia interna do gás traduz-se num aumento da energia cinética
das moléculas que o constituem e, portanto, da sua temperatura.
38. É fornecida ao ar de um balão a energia por calor de 3,0 x 104 kcal e ao aumentar o
volume do balão ele realiza um trabalho de 71 MJ. Determine a va riação de energia
interna do ar, para este processo. Considere que 1 ca l é igual a 4,18 J .
& Q = 3,0 x 104 kcal = 3,0 x 107 cal = 3,0 x 107 x 4,18
W= -71 MJ = -71 X
6
10 J = -7,1 X
7
10 J
J = 1,25 x 108 J
(Como o trabalho é realizado pelo sistema sobre a vizinhança, tem sinal negativo.)
Ili
Variação de energia interna: LlU = W + Q ⇒ LlU = (-7,1 x 107 + 1,25 x 108 ) J = 5,4 x 107 J
A va riação de temperatura de um sistema de- ~ 4500 ·· ······ ·· ···· ··· ·· ··· ·•···· ··· ····· ····· ···· ·•········· ···
, 4000
pende da energia transferi da entre o sistema
~ 3500
e a vizinhança, da massa do sistema e do ma- :::: 3000
0 2500
terial que o constitui. 2000 ..
1500
A capacidade térmica mássica, e, de um ma- 1000
500
terial é igual à energia que é necessário trans- o +---'-'----e-
Água Álcool Cobre Ferro Alumínio
ferir, como ca lor, por unidade de massa e por líquida etílico
unidade de va riação de temperatura (Fig.1.49):
Fig. 1.49 Calor a t ransferir a 1 kg de dife rentes
e= _ E_ (unidade SI: J kg-1 K-1) su bstâncias para que a sua temperatura aumente 1 K.
mt:.T
Se o corpo receber energia , E > O, a sua temperatura aumentará, Ll T > O; se o corpo ceder ener-
gia, E < O, a sua temperatura diminuirá, Ll T < O.
Para duas substâncias com a mesma massa, a de maior capacidad e térmica mássica necessita
de receber mais energia para o mesmo aumento de temperatura: E= me Ll T (o mesmo se aplica
quando a substância cede energia , diminuindo a sua temperatura).
125
FÍSICA 10.0 Ano
Se for fornecida a energia E a um material, sem que este mude de fase, ele sofre um aumento
de temperatura 6. T; portanto, a variação de temperatura depende da energ ia recebida. Sej a
m a massa de um bloco do material e e a capacidade térmica mássica , a equação que rela-
ciona essas duas grandezas é
6. T = - 1_ E ou T = - 1- E- T0 .
me me
Usando para aqueciment o do mat erial uma resistência elétrica, pode medir-se a corrente
elétrica , /, que a atravessa e a tensão elétrica, U, nos seus terminais. A potência fornecida
ca lcu la-se pelo produto destas duas grandezas. Usando um cro nómetro mede-se o intervalo
de tempo M , e determina-se a energia, E, fornecida.
E =U I M
Da equação T = - 1- E - T0 conclui-se que os declives das retas de ajuste aos gráficos T(E) de-
me
1
pendem da massa dos blocos e da capacidade térmica mássica do material e são iguais a - - .
me
Assim, se os blocos tiverem a mesma massa, tem menor capacidade térm ica mássica aquele
M+i%i·i·ii4Hli·I
39. A uma amostra de 250 g de cobre, inicialmente a 15 ºC, foram fornec idas 1382
ca l de energia por calor e a sua temperatura subiu até 75 ºC. Depois de aque-
cida, a amostra de cobre fo i colocada num recipiente com 250 g de água a
18 ºC. Despreze a massa do recip iente e cons idere-o isolado termicamente.
Considere 1 ca l = 4,18 J.
126
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
39.3 M agua
_ = 23 -18 = 5 ºC: a água aumentou a sua temperatura de 5 ºC.
!::i.tcobre = 23 - 75 = -52 ºC: o cobre diminuiu a sua temperatura de 52 ºC.
39.4 O calor recebido pela água é igual ao calor cedido pelo cobre, mas as varia-
ções de temperatura dependem ainda das capacidades térmicas mássicas
de cada um dos corpos (neste caso, a massa de água é igual à de cobre).
Uma capacidade térmica mássica elevada, como é o caso da água, cor-
responde a uma menor variação de temperatura para a mesma troca de
energia por calor (considerando massas iguais).
Pro pano 80
A energia qu e é necessário fornecer, por calor, a Metano 59
pressão constante, por unidade de massa de subs-
tância , para que ocorra a sua fusão, ou a sua vapori-
zação, designa-se por variação de enta lpia mássica
de fu são , Llhrusão' ou variação de entalpia mássica de
vaporização, Lihva ponzaç
. ão , respetivamente (unidade SI:
J kg- 1) . Assim , para uma mudança de estado:
Llh
mudança de estado
=Emudançamde estado ⇒ E mudança d e estado
=m Llh m udança d e estado
em que Emudançade estado representa a energia forn ecida por calor, a pressão constante, p ara que
a massa de uma determinada substância mude do estado sólido para o líquido (fusão) ou do
estado líquido para o estado gasoso (va poriza ção),
127
FÍSICA 10.0 Ano
-mágua cágua D.Tágua ::: m gelo cágua D.Táguadogelo + m gelo D.h <==>
<==> -mágua eágua (Tf - Ti água) ::: m gelo eágua Tf + m gelo D.h
A mesma relação pode ser utilizada para prever qual seria a temperatura final , Tfinai' conside-
rando o sistema gelo+ água isolado, se se conhecer a temperatura inicial da água, T1niciai água'
e a variação de entalpia mássica de fusão, 11h, da água.
40. Determine a energia que é necessário fornece r, por calor, a 2,5 kg de prata a 20 ºC
para a fundir completamente. Considere os seguintes dados relativos à prata:
e
prata
= 2 ' 3 x 102 J kg-1 ºC-1·' tfusão = 961 ºC e 11h fusão = 8 ' 8 x 104 J kg-1
~ Cálculo da energia, E1, para que a prata aumente a sua temperatura de 20 ºC para
961 ºC: E1 = m e M ⇒ E1 = 2,5 x 2,3 x 102 x (961 - 20) J = 5,41 x 105 J
Cálculo da energia, E2 , necessária para que a prata passe do estado sólido para o
líquido: E2 = m D.hfusão ⇒ E2 = 2,5 X 8,8 X 104 j = 2,20 X 10 5 j
Energia total necessária: E= E1 + E2 ⇒ E= (5,41 x 105 + 2,20 x 105 ) J = 7,6 x 10 5 J.
Considere dois corpos a temperaturas diferentes em contacto térmico: verifica-se que o mais
quente arrefece e o mais frio aquece, e não o contrário (Fig.1.s1). Esta mudança ocorre esponta-
neamente num determinado sentido e nunca em sentido oposto. Trata-se de uma transforma-
ção irreversível: não pode ocorrer em sentido oposto se não houver alteração da vizinhança.
Ta
-=""""==="--..l:{corpo mais frio)
Instante inicial (T. > T0 ) . Instante posterior: A arrefece e B aquece. Instante em que se atinge o equilíbrio térmico.
Fig. 1.51 Tra nsformação irreversível: a energ ia, por calor, transfere-se do corpo q uente para o frio e não ao contrário.
128
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
Numa máquina t érmica, como, por exemplo, as máquinas a vapor, uma determinada parte
da energia rece bida por calor é utilizada para a rea lização de trabalho (energia cedida às
diferentes peça s móveis do mecanismo da máquina). Mas, como existe sempre energia dissi-
pada, é impossível que num processo cíclico toda a energia fornecida ao sistema por calor
seja utilizada na realização de trabalho, pois existe sempre en ergia cedida ao ext erio r por
ca lor. Qualquer máquina t érmica tem rendimento inferior a 100%.
carvão
Ili
pulverizado
\
Ar l~1ttJ 1
Queimador Condensador
& (A) Verdadeira. A água não utiliza toda a energia recebida por calor para a reali-
zação de trabalho, pois existe sempre dissipação de energia para o ambiente
(energia cedida como calor).
(B) Falsa. Não existe nenhuma máquina térmica com rendimento igual a 100%.
(C) Falsa. Na central ocorre uma enorme diversidade de processos irreversíveis,
pelo que a energia útil (energia disponível para a realização de trabalho) di-
minui.
(D) Verdadeira. A energia degrada-se e, por isso, a quantidade de energia útil
disponibilizada na turbina é sempre menor do que a energia útil presente
inicialmente.
129
FÍSICA 10.0 Ano
Questões propostas
Energia e movimentos
1. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
2.1 Quando a força tem sentido contrário ao do deslocamento, o traba lho da força _ _ _ __
2.3 Quando o âng ulo de uma força resistente com o deslocamento diminui, a energia trans-
ferida por ação dessa força _ _ _ __
2v V
m 2m
Num deslocamento de 100 m , num plano horizontal, a intensidade da força de tensão exer-
cida pelo cabo manteve-se 2,00 x 103 N.
130
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
4.3 Determ ine o trabal ho rea lizado pela força exerci da pe lo cabo durante aquele desloca-
mento.
4.4 Classifi que como verdadei ra (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
(A) O traba lh o da força de atrito é menor do que o da fo rça exercida pelo cabo.
(B) A energia cinética do carro é igual ao trabalho da força exercida pelo cabo.
(C) É nula a so ma dos trabal hos de toda s as forças sobre o carro.
(D) O trabalho da força de atrito é -1 ,9 x 10 5 J.
(E) Se o ângulo entre a força exercida pelo cabo e a horizontal diminuísse, esta força rea-
lizaria um trabalho menor.
5. No laboratório, um grupo de alunos largou um carrinho de uma posição de uma rampa e me-
diu a velocidade com que ele chegou a outra posi ção. Para isso, colocaram sobre o carrinho
um pino , de 9,40 mm de largura, e mediram o seu tempo de passagem com um cronómetro
digital ligado a uma fotocélula.
'%7,
5.1 Para uma certa distância perco rrida, os alunos med iram os tempos de interrupção do feixe
da fo tocél ula, em três ensaios realizados nas mesmas co nd ições, registados na tabela
seg uinte.
Ensaio ti ms
19,0
2 18,9
3 18,7
5.2 Os va lores obtidos para a d istância percorrida pelo carrin ho e para as energias ci néticas
correspond entes estão reg istados na t abela.
0,800 0,171
0,700 0,148
0,600 0 ,126
0,500 0,10 5
0,400 0,083
131
FÍSICA 10.0 Ano
Questões propostas
5.3 Um outro grupo de alunos realizou a experiência com uma rampa mais inclinada.
Qual dos esboços de gráficos da energia cinética, Ec, do carrinho em fun ção da distância
pe rcorrida, d , pode representar os resu ltados da inclinação inicial (com pont os assinala-
dos) e da rampa mais inclinada?
d d d d
5.4 Um outro grupo de alunos executou a experiê ncia colocando uma sobrecarga sobre o
carrinho.
Qual dos esboços de gráficos da energia cinética, Ec, do carrinho em função da distância
pe rcorrida, d, pode represent ar os resultados da massa inicial (com po ntos assina lados) e
com sobrecarga (sem pontos assina lados)?
d d d d
6.1 Determine, para o ponto A, a energia potencial gravítica do sistema esquiador (com equi-
pamento) + Terra.
6.3 A partir do Teorema da Energia Cinética, prove que a relação entre a distância percorrida,
d , na encosta e o módulo da ve loci dade , v, é dada por: v2 = 20 sin 20° d
6.4 Ao chegar a 8, o esqu iador incli na os esquis, originando um atrito não desprezável.
Se chegar a C com uma ve locidade de 36 km/ h, depois de percorrer uma distância de
30 m, qual será a intensidade da força de atrito (considerando-a constante)?
7.4 O módu lo da velocidade do automóvel aumenta quantas vezes quando a sua energia ciné-
tica duplica?
132
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
8.1 Qual foi o trabal ho rea lizado pela força exercida pelo atlet a na elevação dos halteres7
8 .2 Calcule a potência usa da naquela elevação.
9. Um elevador tem uma cabina de 450 kg e transporta duas pessoas, uma com 80 kg e outra
com 70 kg . O elevador começou a subir e parou 20 m mais acima, tendo-se verificado que
o rendimento na transferência de energia pelos cabos para o sistema cabina + pessoas foi
de 95%.
10.2 Sendo PMe PAas potências e WM e WA os traba lhos reali zados pelo Manuel e pelo António,
respetivamente, ve rifica-se
11. Um coqueiro tem 5,5 m de altura em relação ao chão. A cabeça de um macaco, sentado
debaixo do coqueiro, está a 0,50 m do solo. Um coco, de massa 250 g, desprende-se do
coqueiro e atinge a cabeça do macaco com uma energia cinética de 9,0 J.
133
FÍSICA 10.0 Ano
Questões propostas
13. Um avião a jato com uma massa de 10,0 x 103 kg percorreu 1000 m numa pista retilínea até
conseguir descolar. Suponha que durante esse percurso a resultante das forças que estive-
ram aplicadas no avião teve intensidade 1,67 x 104 N e que o avião é redutível ao centro de
massa.
13.1 Ca lcule a soma dos tra balhos das forças que atua ram no avião.
13.2 Determine o módu lo da velocidade adq uirida pelo avião no momento da descolagem.
14. Um camião de brinquedo, de massa 1,4 kg, desce uma calha inclinada, tendo uma velocidade de
0,60 m s- 1 no ponto P, que está a uma altura de 1,5 m acima do nível QR. Quando o camião
alcança o ponto Q, tem uma velocidade de 3 ,0 m s-1.
14.2 Ca lcule o trabal ho realizado pela força de atrito no cam ião no movimento de P a O.
14.3 O ca mião vai parar e m S, que dista 126 cm de O. Determine a intensidade da fo rça de
atrito, considera da constante, que atuo u no ca mião no troço OS. A presente todas as
etapas da resol ução.
J"
1
134
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
15.2 Os gráficos A, B, C e D representam os valores das energias cinética (E), potencial elás-
tica (EP) e potencial g ravítica (f P9 ).
A B e o
15.3 Esti me o módu lo da velocidade do atleta antes do salto, no instante imediatamente antes
de o atleta toca r com a va ra no chão. Considere desprezável a massa da vara.
16. Um ciclista consome parte das suas reservas energéticas para fazer um dado percurso. Seja
P a potência em esforço máximo que o seu corpo disponibiliza e 85 kg a soma da sua massa
com a da bicicleta.
16.1 Qual é a energia mínima que o seu organismo tem de fornecer pa ra o seu cent ro de
massa ser elevado 20 m acima da sua posição inicial?
16.3 Se fi zer em esforço máximo um percurso de 1000 m em trajeto pla no, ou os mesmos
1000 m numa su bida com um desnível de 20 m, em qual dos casos terá o ciclista de
despender mais ene rgia? J ustifique.
16.4 Se a potência em esforço máximo é a mesma nas duas corridas, como pode a e ne rgia
despendida va riar?
17. Um esquiador desliza numa montanha. A sua energia cinética em função do tempo, durante
uma parte do trajeto, está representada no gráfico seguinte. Despreze o atrito.
18. Um carro desportivo, com 1,10 x 103 kg de massa, tem um motor que desenvolve uma potência
de 3,5 x 105 W. No processo de transformação em energia cinética de translação, o rendimento
é de 30%.
18.1 Dete rmin e o trabalho út il quando no arranque até atin gir 100 km /h.
13 5
FÍSICA 10.0 Ano
Questões propostas
19. O Daniel e o seu irmão André estão parados num escorrega, nas posições mostradas na figura.
O Daniel tem o dobro da massa do André e a altura a que ele está, acima do solo, é metade
da altura a que está o irm ão.
Os dois começam a escorregar no mesmo instante. Despreze as forças de atrito.
André
~ Daniel
h
h
2
V
Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
20. Um carrinho , de massa m , é largado numa rampa, 34 cm acima do solo. Os gráficos mos-
tram como variaram as suas energias potencial gravítica e cinética ao longo da distância,
d , percorrida na rampa .
.' .''
- - - , - - - -,- - - - - - - ,- - - .,. - - - .
.. f/ J ---.----,-·-· · ··- .. ----.-
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+ • + I + •
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2 ' O --·j----:----:---j----~
'
'
2 ,0 .. ;....,. ... :···j····,.-·:
: ' : :
1,0
50 100 d I cm 50 100 d I cm
20.1 Partindo da análise dos gráficos , conclua sobre o trabalho das forças não conservativas.
20.2 Comente a afirmação: «Neste movimento ho uve conse rvação d e energia.»
20.3 Determ ine a intensidade da result ante das forças de atrito, F. , considera ndo-a constant e.
20.4 Represente o ca rrin ho a meio da rampa e esquematize o diagrama de forças que sobre
ele atuam nesse instante.
20.5 Sendo 0 o ângulo entre a rampa e o so lo, a intensidad e da resultante das forças que
atua no carrinho é
(A) m g si n 0. (8) m g sin 0 - F•. (C) m g cos 0- F •. (D) m g - F. si n 0.
21. Para investigar, com base em considerações energéticas, o movimento vertical de queda
e d e ressalto de uma bola, um grupo de alunos d eixou cair uma bola de basquetebol de
alturas diferentes. As alturas atingidas no primeiro ressalto foram medidas com uma fita
métrica, cuja menor divisão é um milímetro. Para cada altura de qued a repetiram três vezes
a medição da altura de ressalto.
136
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
Conclua, j ustif icando, para qual das d uas bolas, a de ténis ou a de voleibol, a percenta-
gem de energia d issipada é maior.
22. Uma secção de um condutor é atravessad a por uma carga elétrica de 1,8 C por cada se-
gundo que decorre. A grandeza física associada a esta descrição é
(A) o am pere. (8) o volt. (C) a tensão elétrica. (D) a corrente elétrica.
23. A diferença de potencial elétrico, ou tensão elétrica, entre dois pontos A e B de um circuito,
define-se como o trabalho realizado pelas forças elétricas
(A) sobre as cargas e létricas que atravessam uma secção transversal desse troço.
(8) sobre os eletrões que circulam entre A e B.
(C) por cada eletrão que circula entre A e B.
(D) sobre as ca rgas elétricas entre A e B, por uni dade de carga.
25. Num material condutor, uma secção transversal é atravessada por um carga elétrica de 6 C du-
rante 3 s e, simultaneamente e no mesmo intervalo de tempo, por outra carga elétrica de -6 C,
mas em sentido oposto. Conclua, justificando, qual é a corrente elétrica que um amperímetro
ligado a esse condutor deveria medir.
137
FÍSICA 10.0 Ano
Questões propostas
26.1 Indique o tipo de corrente elétrica que os comp utadores usam no seu f uncionamento.
26.2 A grandeza corrente elétrica num condutor defin e-se co mo
(A) o trabal ho rea lizado pelas forças elétricas sobre as ca rgas elétricas entre dois pon-
tos do con dutor.
(8) a ca rga elétrica que atravessa uma secção reta do condutor po r unidade de tempo.
(C) a ca rga elétrica que circula entre dois po ntos do condutor num intervalo de tempo.
(D) o movi me nto orientado das cargas elétricas no condut or.
26.3 Exist em diferenças entre a corrente e létrica q ue é disponibili zada pela rede elétrica e a
que usam os computadores. Distinga os dois tipos de corrente elétrica.
26.4 Na sua ca rga máxima, a bateria de um comp utador fica com a energia de 432 kJ . Es-
t ando o computador desligado e a bateria sem carga, calcule o tempo, em horas, que
o carregador demora a repor a ca rga máxima. A presente todas a etapas d e reso lução.
(8) Podem construir-se mais facil mente leds das ma is variadas cores.
(C) Podem co nstrui r-se leds muit o pequen os.
(O) O efeito Jou le não se aplica aos leds.
27.2 Indiq ue o led que te m uma maior resistênc ia para uma co rrente d e 20 mA.
27.3 Para que o led não se queim e, normalmente a corrente
não deve ultrapassar os 2 0 mA e, para isso, utiliza-se uma
resistência limitadora da corrente.
O esquema do circuito da fig ura mostra um led b ranco,
uma pilha de 9 V e uma resistência que limita a corrente a
20 mA. Ca lcule o valor da resist ência. R
Apresente todas as etapas de resolução.
28. Dois aquecedores, X e Y, de potências 1,0 kW e 2,0 kW, respetivamente, são ligados num
apartamento. A diferença de potencial elétrico nas instalações domésticas é 230 V.
138
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
28.5 Conclua, justificando, como variaria a potência dissipada nos aquecedores se fossem
levados pa ra os Estados Unidos da América , onde a tensão elétrica da rede doméstica
é de 120 V. Considere, por simplicidade, que as resistências elétricas dos aquecedores
se mantêm constantes.
29.3 Ordene por ordem decrescente as potências dissipadas por efeito Joule em cada uma
das resistências.
Apresente todos os cá lcu los efetuados.
139
FÍSICA 10.0 Ano
Questões propostas
33.2 Se a resistência interna do gerador não for desprezável, q uando se fecha o interrupt or
a tensão registada no voltímetro V 1 _ _ _ _ e a registada e m V 2 _ _ __
bateria de 24 V.
L y A
34.2 Quando o inte rruptor, Y, está abert o, o am pe- X
rímetro regist a 1,5 A e a potência dissipada na
lâmpada de filamento incandescente, L, é 18 W.
Determine a res istência:
~---1 s,on
a) da lâmpada;
b) interna da bateria.
34.3 Quando o interrupt or, Y, está fechado, o amperímetro re gista 2,0 A. Ad mita qu e a resis-
tência da lâmpada se mantém constante. Determ ine:
a) a te nsão registada no voltímetro.
b) a resist ênc ia X.
e) a energia transferida para a lâmpada em 2 min.
140
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
v+v +V
(A) t: = 1 2 3
.
R
(B) v1= v2e v1< V 3
.
37.1 Q ual das montagens seg uintes pe rmite estudar as caracte- 27,5 8,54
141
FÍSICA 10.0 Ano
Questões propostas
37.2 Usando os valores obtidos, elabore o gráfico U(n e encontre a reta de ajuste.
Apresente, na sua folha de respostas, um esboço de gráfico, a equação da reta de ajuste
e, a partir dela, refira quais são a força eletromotriz da pilha e a sua resistênc ia interna.
37.3 Indique como se pode medir diretamente a força eletromotriz de uma pilha.
38. As figuras seguintes apresentam a mesma situação: uma com radiação visível e outra com
radiação infravermelha.
38.1 Explique o facto de a mão do homem ser visível na figura da direita, mas invisível na da
esquerda.
38.3 Na figura da direita, o homem apa rece com os ócu los escuros porque as lentes
_ _ _ _ _ _ muito pouca radiação _ _ _ _ __
(A) absorvem ... visível (C) emitem ... visível
(B) absorvem ... infravermelha (D) emitem ... infravermelha.
39. Três corpos de massa igual, um de madeira (M), um de porcelana (P) e outro de alumínio
(A), são colocados num forno mantido a temperatura constante.
39.1 Após se ter atingido o equilíbrio térmico, a relação entre as temperaturas da madeira
(TM), da porcelana (TP) e do alumínio (TA) será
(A) TM= Tp = TA. (C) TM< Tp< TA.
40. No século XVIII, os físicos já tinham reconhecido que, ao colocarem em contacto dois cor-
pos a temperaturas diferentes, o de maior temperatura cedia energia ao de menor tempe-
ratura. Mas pensavam que, nesse processo, uma substância, invisível e sem peso, passava
do corpo quente para o corpo frio (teoria do calórico).
142
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
40.2 Cons ide re uma experiência semel hante à de Joule que possa rea lizar com o seguinte
material: tubo de cart ão ci líndrico de 1,0 m de com primento, fechado numa extremidade
e com uma t am pa na outra, esferas de ch umbo, termó metro e ba lança.
a) Descreva a expe riê ncia que realizaria te ndo po r obj etivo o estabe lecime nto da rela-
ção entre calor e trabalho, explic ita ndo as medições qu e deveriam ser realiz adas.
b) Exp lique os fund amentos teó ricos do mét odo uti liza do nesta experiência.
e) Para poder calcular, com base nesta experiência, o valor de uma ca loria em joules, é
necessário con hecer para além da variação de te mperatura das esferas de chumbo,
um dado sobre o chumbo. Conclua que d ado sobre o chum bo seria necessá rio.
Ap resente, num texto estruturado e com linguagem cient ífica adeq uada, a conclusão
sol icitada.
41. Montou-se um circuito com um painel fotovoltaico, um amperímetro e uma resistência va-
riável à qual se associa um voltímetro. Iluminou-se o painel com uma lâmpada fi xa a uma
certa distância e com incidência perpendicular. Variou-se a resistência e , com base nas
medidas do amperímetro e do voltímetro, elaborou-se o gráfico da potência fornecida à
resistência em função da diferença de potencial elétrico fornecida pelo painel que se re-
produz na figura seguinte.
Célula fotovoltaica
s 20 .,.-----.,.-----.,-....--.,.------.,.------.,.------.,.--------,-----,
~ 18 ·····•
Q 16
14
12
rrrr · ,· · ·,· -- ·· ·· ··r··r··,·-!··
o
o 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 UIV
(A) (C)
,-------1 A t-----,
(B) (D)
,-------1 A t-----, ,-------1 V >----.
143
FÍSICA 10.0 Ano
Questões propostas
41.2 Apresente a leitura que teria sido realizada no am perímetro para uma diferença de po-
tencial elétrico de 0,68 V.
41.3 Para q ue valores de diferença de potencia l elétrico o pai ne l fornece a potê ncia de 10 mW?
41.4 Determine a resistência elétrica na situação em qu e o rendiment o do painel é máximo.
42. Pretende-se dimensionar um painel fotovoltaico para alimentar um sistema elétrico cuja
potência é 500 W e que funciona, em média, 4,0 horas por dia. No local da instalação, a
irradiância, considerando apenas as horas de sol, tem um valor médio de 320 W m- 2 e há,
em média, 8 ,0 horas de sol por dia.
42.1 Indique o sign ificado físico do valor médio da irradiância solar no local da in stalação
fot ovo ltaica.
42.2 Qua l é o va lor médio da irradiância solar neste local em kW h m- 2 ano- 1?
42.3 A energia da radiação solar que incide, por unidade de t empo, num a determinada área
do pa in el não de pende
(A) da inclinação do painel relativamente à incidência da luz solar.
(B) do ti po de células fotovoltaicas utilizadas no painel.
(C) da hora do d ia.
(D) das con dições metereo lógicas.
42.4 Dete rmine o valor mínimo que a área do pa inel deverá ter, adm itindo que o seu rendi-
mento é, em média, 12%.
43. Nas regiões perto de grandes massas de águ a, mares ou lagos, ocorrem deslocações de
ar, tal como se mostra nas figuras . Estes movimentos contribuem para a moderação da
temperatura nessas regiões. As temperaturas do ar junto à água durante o dia e durante a
noite são muito próximas.
A B
TA ~'
~ -< - - - - - - - • - - • - .. -
~
144
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
44. Se colocarmos um pouco de álcool sobre a pele temos uma sensação de frio, porque o
álcool
(A) encontra-se a uma temperatu ra inferior à da pele.
(8) fornece ene rgia, como ca lor, à pele.
(C) abso rve energia, como calor, da pele.
(D) encontra-se a uma tem peratura superior à da pele.
45.4 Qual d everia ter si do a variação d e temperatura da amostra de hélio se o reci piente
co ntivesse 100 g de hélio, ma ntendo-se const antes o traba lh o real izado e o calor?
46. Um sistema gasoso é aquecido da temperatura T; até à temperatura T1 mediante dois pro-
cessos diferentes: no primeiro, o trabalho realizado é nulo, absorvendo 420 J de energia
por calor; no segundo, há trocas de energia por trabalho, absorvendo 500 J de energia
por calor.
Pode con cluir-se que, no primeiro processo, a temperatura do sistema _ _ _ _ _ e que,
no segundo processo, a variação de energia interna do sistema é do que
soo J .
(A) aument a ... maior
(8) aumenta ... menor
(C) diminui ... maior
(D) diminui ... menor
145
FÍSICA 10.0 Ano
Questões propostas
47. Num coletor solar aproveita-se a radiação solar para o aquecimento de água. A figura é um
esquema dos principais componentes de um tipo de coletor solar:
Placa coletara
Tubo de aquecimento
Cobertura
transparente
r--~---,,~---i.--Material
isolante
Caixa _ _...,_ _ _ _ _ ___,,
Para uma irradiância solar de 8,0 W dm- 2 e uma área de absorção de energia igual a 10 m2 ,
verificou-se que 50 kg de água aqueceram de 25 ºC para 80 ºC numa hora.
48. Uma pessoa em repouso cede energia para o ambiente a uma taxa aproximada de 180 W.
Suponha que seis pessoas fi cam presas num elevador durante cinco minutos.
Dados: e., = 1,0 X 103 J kg- 1 0 c-1 e P., = 1,2 g dm- 3 •
48.1 Qua l é a energia total libertada pelas pessoas nesse intervalo de tempo7
48.2 Se toda essa energia fosse absorvida pelos 6,0 m3 de ar contidos no e levador, q ual
seria o aumento de temperatura do ar? Desp re ze a energ ia emitida pelo ar naqueles
cin co mi nutos.
49. A mesma energia é fornecida, por calor, a dois corpos M e N, sendo a massa de Mo triplo da
massa de N. Como resultado, esses corpos apresentam a mesma variação de temperatura.
Qual é a relação entre as capacidades térmicas mássicas, cM e cN, das substâncias que os
constituem?
50. Um bloco de alumínio X recebeu uma energia E por calor e a sua temperatura aumentou de
30 ºC para 150 ºC.
50.1 Se ao bloco de alumínio X tivesse sido fornecida uma energia 2E, q ual seria a sua va-
riação d e temperatura?
(A) 60 ºC (8) 240 °C (C) 270 ºC (D) 300 ºC
146
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
-
51. Um objeto metálico, de 95 g de massa, foi colocado num Capacidade térmica
recipiente com água em ebulição, à pressão normal, o mássica / J kg-1 0 c-1
tempo necessário para ficar em equilíbrio térmico com
A lumínio 9,0 X 10 2
a água. De seguida foi transferido para outro recipiente,
com 200 g de água a 10 ºC. A temperatura final do objeto Cobre 3,9 X 10 2
51.3 Indiq ue um motivo que possa ter contribuído para esse erro.
52. A figura mostra um tanque cilíndrico de água cuja área da base é A = 4,0 m2
4,0 m 2 , havendo uma camada de gelo de espessura L na superfície da Ar
água. O ar em contacto com o gelo está a uma temperatura r., = -15 ºC,
enquanto a temperatura da água em contacto com o gelo é Tágua = 0,0 ºC.
Gelo
A variação de entalpia mássica de fusão da água é 3,34 x 105 J kg- 1 e a
densidade do gelo é 0,90 g cm-3 • Agua
53. Aqueceu-se uma amostra de 800 g de água num recipiente com uma resistência elétrica ,
no fundo, de potência 400 W. A água encontrava-se inicialmente a 18,2 ºC e após 14 minu-
tos e 50 segundos atinge a temperatura de 100 ºC, entrando em ebulição.
A capacidade térmica mássica da água líquida é 4 ,18 x 103 J kg-1 0 c-1 e a sua variação de
entalpia mássica de vaporização é 2,26 x 106 J kg-1•
53.1 Qual é o mecanismo de transferência de energia por ca lor que se p rete nde aproveita r
colocando a resistência de aquecime nto no fundo do rec ipiente?
147
FÍSICA 10.0 Ano
Questões propostas
54. Numa central termoelétrica, a combustão do carvão é utilizada para aquecer a água, que
se transforma em vapor. A alta pressão do vapor de água é utilizada para mover as pás
giratórias de uma turbina.
Considere que o calor produzido na combustão do carvão durante uma hora é Q , o traba-
lho realizado pelas forças exercidas na turbina é W e a energia elétrica produzida é E.
Para a situação descrita, qual é a expressã o verdadeira?
(A) Q = W= E (8) Q > W> E (C) Q = W > E (D) Q < W < E
55. Um bloco de 2,0 kg de gelo a -20 ºC foi Água em diferentes Capacidade térmica
aquecido até se transformar completamente estados mássica / J kg-1 0 c-1
em vapor de água a 120 ºC. Todas as trans-
Gelo 2 ,0 5 X 10 3
formações ocorreram a pressão constante.
Água líquida 4,18 X 103
Considere que a variação de entalpia m ássi-
ca de fusão da água é 3 ,34 x 105 J kg- 1 e a de Vapor de água 2,08 X 10 3
vaporização é 2,26 x 106 J kg- 1•
55.1 Relacione a energia absorvida pe lo sistema na fusão com a e nergia de vapori zação.
55.2 Qua l é o estado físico da ág ua em q ue para a mesma energia fornecida, como calor,
a va riação de tem perat ura é maior?
55.3 Qual dos gráfi cos seguinte s re p resenta corret ame nte a variação de te mpe ratu ra do
sistema com a e nergia forneci da?
(A) (C)
TlºC 120 - - - -.- - - - --' - - - . - - - --' - - - -- - - -- - - - - -' - - - --' - - . --' - - . TlºC 120 - - - ··-- - - --' --- -. - - ---' - - - --' - - - -' -- - - -' - - ---' -- - ---- -
100
'
' ' 1 '
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60
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- 20 ··········· ····· .... , ... :............ L.E:
(8) (O)
Tl º C 120
100
- - - ··• - - -
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--. - - - .' - - --' - - - --·' - - - --- - - -- - - --. - - - --
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Tl º C 120 -- •··· -- - --- -----
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' ' . ' . 40 ····:····ô····;····;· •· ····:····;·· · ·:·····:····;
+ ' • ' ' ' ' • 1 '
Energia
Qua l dos materia is, d a a most ra M ou d a N, tem m aior cap acidade térmica m ássica?
Justifique.
148
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
57. Um grupo de alunos realizou uma experiência adicionando 30,0 g de gelo em pequenos
pedaços, à temperatura de 0,0 ºC, a 260,0 g de água líquida, a 20,0 ºC. Verificaram que
a água líquida, resultante da mistura, atingiu o equilíbrio térmico quando a temperatura
estabilizou a 11,0 ºC. Com base nos resultados obtidos experimentalmente, os alunos esta-
beleceram o balanço energético do sistema.
57.4 Para a água , encontraram numa tabela: /:ihrusão = 3,34 x 105 J kg-1.
Comparando este valor com o que foi obtido pelos alunos, conc luíram que o sistema
água+ gelo não era isolado. Conclua.j ustificando, em que sentido terá ocorrido a trans-
ferência de e nergia do sistema água+ gelo com o exterior.
Apresente todas as etapas de resolução.
59. No interior de um bloco de alumínio, de massa 1,100 kg , um grupo de alunos colocou uma
resistência elétrica que ligou a um circuito. Um amperímetro indicou 2,6 A na resistência e
um voltímetro indicou 7,5 V nos seus terminais. Usando um cronómetro e um termómetro
obtiveram os valores indicados na tabel a para a temperatura do bloco de alumínio em seis
instantes diferentes. Admita que toda a energia fornecida contribuiu para o aumento de
temperatura do cilindro de alumínio.
Míi◄IBI
O 18,7
60 19,8
120 21,1
180 22,3
240 23,4
300 24,5
149
Física
11.ºAno
FÍSICA 11.0 Ano
Domínio 1
Mecânica
30
1.1 Tempo, posição e velocidade z
P(x, y, z)
1.1.1 Posição, deslocamento, distância percorrida •
e sentido do movimento o y
X
Movimentos retilíneos e gráficos posição-tempo
20
Para estudar o movimento pode usar-se coordenadas
cartesianas. Estas coordenadas resultam de um refe-
rencial com três eixos orientados, com uma origem co-
mum (O) e perpendiculares entre si. Neste referencial ,
a localização de um ponto, ou a sua posição, é dada
pelas coordenadas cartesianas x, y e z (Fig.1.1). Se uma
l: _~
o
10
partícula (ou o centro de massa de um corpo) se des-
locar num plano, é suficiente o uso de dois eixos (duas P(x) X
Trajetórias Características
152
DOMÍNIO 1 Mecânica
o x, ------+ x2
Sentido do movimento
Ili
o t--'----<~--+~~ ~ - - + - -,H-~ - + - ~ - - - >
1.1 Indique qual é o tipo de trajetória. 2,0 : 4 ,o : 12_,o :
···•···:· ..:··t·: .···:··:·.. : tis
1.2 Em que instante o carro passa pela
-40
•
:
- ·:· - - . - . ~ - - -:- . - ~ .. -:- -
' ' ' • '
'
•
:
+
'
••
. ~. . ~ .. ·:· - . ~
' ••
,_ ~ • • '. .. • ' - - .. • ~ • • • _,_ • • J - • '• • - . . . . . ~
1.5 Comente a frase: «Entre 2 se 4 s, o deslocamento foi nulo mas existiu movimento.»
& 1.1 A trajetória foi retilínea (foi necessária apenas uma coordenada de posição).
1.2 No instante 6,0 s.
1.3 [O, 1] s ➔ M = x 1 - x0 = (20 - 20) cm = O cm;
[3, 6] s ➔ M = x 6 - x 3 = (O - 60) cm = -60 cm;
[8, 11] s ➔ M = x 11 - X8 = [40 - (-40)] cm= 80 cm.
153
FÍSICA 11.0 Ano
& (O) Como as posições final e inicial coincidem, o deslocamento é nulo. No en-
tanto, foram percorridos 10 km num sentido e 10 km no outro, o que dá um
espaço percorrido de 20 km.
1.1.2 Velocidade
Na Fig. 1.4 as velocidades in dicadas para o avião são todas diferentes, embora em alguns
casos o velocímetro possa indicar o mesmo va lor - o que significa que têm o mesmo módulo.
vm
= t'!,.f (traduz o modo como o deslocamento varia por unidade de tempo).
M
No caso de um movimento retilíneo, a componente escalar da veloci-
dade média, v , é dada pela expressão: v = ó.X
m m ó.t Fig. 1.5 Velocidade
média e deslocamento.
154
DOMÍNIO 1 Mecânica
(A) [O, 1] s ... 6 m (B) [O, 1] s ... 3 m (C) [3, 5] s ... 6 m (D) [3, 5] s ... 3 m
A componente escalar da velocidade média é igual ao declive da reta que passa pelos
pontos (t, x) nos instantes considerados.
Se os interva los de tempo diminuírem até próximo de zero, a reta cujo declive dá a componen-
te escalar da velocidade média passará por um ponto no gráfico e por outro imediatamente a
seg uir. No limite, quando o interva lo de tempo tende para zero, esta reta é tangente ao gráfico.
O declive da reta tangente ao gráfico x(t) dá a componente escalar da velocidade num instante.
155
FÍSICA 11.0 Ano
Num gráfico v(t), a componente escalar do deslocamento é dada pela área entre a linha do
gráfico v(t) e o eixo dos tempos.
4. Um carro efetua uma manobra numa trajetória retilínea coincidente com um referen-
cial Ox. Na figura registaram-se algumas posições da situação e o gráfico mostra como
variou a posição em função do tempo.
F E o A C B
- 60 - 50 - 40 - 30 - 20 - 10 o 10 20 30 40 50 60 x l m
40
4.2 Pode afirmar-se que o carro 20
(A) se deslocou 30 m no sentido positivo. o >----1-:0 - -2-0_ ...,.__ _4_0 _ _5_
·0-t-/➔
s
50 m no sentido negativo.
(D) percorreu 120 m entre A e F.
156
DOMÍNIO 1 Mecânica
4.1 Usando v = xF - xA = (-
50 - 3 0) m = -1 6 m s-1.
m tF - tA (50 - O) S '
5.2 Em que in stante e em que posição ocorreu a inversão no sentido do movi mento?
5.3 Construa uma tabela dos va lores da velocidade a interva los de um segu nd o.
5.4 Com base nos dados obtidos, elabore o gráfico da velocidade em função do tempo.
Q 5.1
Obtém-se o gráfico 1.
Deve colocar-se x nas ordenadas e t nas abcissas.
Gráfico 1
157
FÍSICA 11.0 Ano
a 5.2 Existe inversão num máximo ou mínimo relativo da função x(t). O máximo
pode ser determinado do seguinte modo:
....._____
Gráfico 2 Gráfico 2
v:Bt•ii!
H=2 V=II
V/ m s-1 20 14 8 2 -4 -10
tis o 2 3 4 5
'
o
'
o
..'
O
..
1
'
158
DOMÍNIO 1 Mecânica
Todas as forças da Natureza podem ser agrupadas em quatro forças fundamentais que
atuam e ntre partículas a uma certa distância umas das outras:
Ili
• gravítica: força que os corpos com massa exercem uns sobre os outros; como é muito fraca,
é necessário ter pelo menos uma massa muito grande, como a de um planeta, para que se
possa detetar o seu efeito;
• eletromagnética: a força e létri ca, que as cargas e létricas exe rcem umas sobre as outras, e
a magnética, que as correntes e létr icas ou ímanes exercem uns sobre os outros;
• nuclear forte: responsável pela estabil idade nuclear, ou seja, a fo rça que une protões e
neutrões no interior do núcleo;
• nuclear fraca: responsável pela transformação de certos núcleos em que um neutrão se
transforma num protão, ou v ice-versa.
Destas forças, a gravít ica e a elétrica anu lam-se para uma distância infinita. Mas as forças
nuclear forte e fraca só se fazem sentir para distâncias inferiores ao tamanho do núcleo da
maioria dos átomos: diz-se que o seu a lcance é muito curto. Para partícu las fundamentais
pode associar-se uma intensidade re lativa às forças de interação ent re elas.
As forças designam-se por forças de contacto quando a ordem de grandeza das dimensões
dos co rpos que interagem é muito maior do que a ordem de grandeza das distâncias entre as
partículas responsáveis por essa interação.
159
FÍSICA 11.0 Ano
Gravítica Eletromagnética
h@iiil&N Nuclear fraca
Atração e repulsão
Atração entre Estabilida de
entre cargas Decaimento beta
massas nuclear
elétricas
:f
u antineutrino
~
Terra \
V neutrão n p protão
Lua
) e eletrão
i+i%1·i·IH1-ili·I
7. Todas as forças têm origem em quatro interações fundamentais.
7.1 Sobre as forças fundamentais pode afirmar-se que
(A) a menos intensa é a força nuclear fraca.
(B) as nucleares são de curto alcance.
(C) a nuclear forte é responsável pela interação entre os núcleos dos átomos na
molécula de hidrogénio, H2 .
(D) a força gravitacional não existe quando saímos da Terra para o espaço.
160
DOMÍNIO 1 Mecânica
A Terceira Lei de Newton, ou Lei da Ação-Reação, traduz a relação entre a ação e a reação:
Sempre que um co rpo A exerce uma força sobre um copo B, F AJB' est e também exerce
uma força sobre o corpo A de igual mód~lo e dir_;ção, F atA, mas de sentido oposto, ou
seja, F atA = - F AJa·
Quando um corpo cai para a Terra, esta exerce uma força sobre o
corpo, para baixo, mas o corpo também atrai a Terra, puxando-a
para cima (Fig. 1.10). Como as forças produzem efeito nos corpos ~
CM
em que atuam e as forças de um par ação-reação atuam sobre
corpos diferentes, o seu efeito sobre cada um dos corpos não
é nulo. Terra
Fig. 1.10 Interação Terra-corpo.
1+1%1·i·it4Hffi+M
8. Uma maçã está pousada sobre uma mesa.
8.1 Trace o diagrama de forças que atuam sobre a maçã, fazendo a legenda.
8.2 Represente e caracterize o par de cada uma das forças que atuam sobre a maçã.
& 8.1
N = força normal;
P = peso da maçã.
8 .2 A força normal N é a força que a mesa exerce sobre a maçã; o seu par é a
força N' = -N que a maçã exerce sobre a mesa, de direção vertical, sentido
para baixo e intensidade igual à da força normal.
O peso P é a força gravítica que a Terra
exerce sobre a maçã e o seu par é a força
P' = -P que a maçã exerce sobre a Ter-
ra, de direção vertical, sentido para cima
fJ
Ili
e intensidade igual à do peso.
A Lei da Gravitação Universal, formulada por Newton, diz que a força de atração gravítica
atua segundo a linha que une os ce ntros dos dois corpos, considerados pontuais, é direta-
mente proporcional às suas massas, M e m, e inversamente proporcional ao quadrado da
distância, r, entre os seus centros. A expressão matemática que traduz a sua intensidade é:
161
FÍSICA 11.0 Ano
. ..
Esta experiência imaginada permitiu a Newton concluir que e
(A) a força que faz cair uma bala de canhão tem a mesma na- D
tureza da força que mantém a Lua em órbita.
(B) é possível coloca r satélites em órbita da Terra.
(C) quanto maior for a velocidade da bala, menor será a força gravítica.
(D) para velocidades muito elevadas, a força de atração gravítica anula-se.
Q (A). Newton concluiu que a força que mantém a Lua em órbita tem a mesma
natureza que a força que faz os objetos cair. As diferentes trajetórias resultam
de diferentes velocidades. Mas em todas as trajetórias a Terra exerce uma força
gravítica sobre a bala que depende da distância entre o centro da Terra e a bala,
assim como das suas massas.
10. O raio da órbita da Lua em redor da Terra é igual a 60 raios da Terra , enquanto o
da Estação Espacial Internacional (EEI) é de 1,05 raios da Terra. A intensidade da
força exercida pela Terra sobre a Lua é de 2,0 x 10 20 N, enquanto a exercida sobre
6
a EEI é de 3,7 x 10 N.
10.1 Quantas vezes aumentaria a força exercida pela Terra sobre a Lua se a sua
trajetória fosse igual à da Estação Espacial Internacional?
10.3 Porque é que a força gravítica exercida pela Terra na Lua é muito maior do
que a exercida pela Terra na EEI?
Q 10.1 Pretende comparar-se a intensidade da força F' que a Terra exerceria sobre a
Lua se esta tivesse uma órbita de raio r' = 1,05 Rr com a intensidade da força
F que a Terra realmente exerce na Lua, cuja órbita tem de raio r = 60 Rr:
162
DOMÍNIO 1 Mecânica
(1 ,05 RT)2
10.3 Embora a EEI esteja 57 vezes mais próxima do centro da Terra do que a Lua,
a massa da Lua é cerca de 1017 vezes maior do que a d a EEI.
- V,
--->
t,
Fig. 1.13 M oviment o acele rad o .
->
V,
t,
V,
<-
t,
Fig. 1.14 Movimento retardad o .
<--
V,
t,
f
Ili
Os movimentos em que o módulo da ve locidade va ria dizem-se variados. Se o mó-
dulo da ve locidade for co nstante, o movimento diz-se uniforme. -
Se a resultante das forças não tiver a direção da velocidade, o movimento é curvilí-
neo. Neste caso, pode decompor-se a resultante das forças em duas direções
a com ponente perpendicular à velocidade (componente normal) faz variar a direção
da velocidade e a com ponente paralela à ve locidade (componente tangencial) fa z
(F1g. 1.1s):
I 0
-
F
F
"""""
-.
dº - Ó.V
ace 1eraçao me 1a = am= M
N ,
163
FÍSICA 11.0 Ano
Esta com ponente é positiva ou negativa consoante a acelação média apontar no sentido con-
vencionado como positivo ou negativo, respetiva mente (Flg. 1.11).
A B
~ A\Í=v;-v; v; ~
Av=v;-v, v;
-----+
➔ +- -----+
ã ã
X X
Fig. 1.17 Movim entos co m ac elera ção positiva (A) e negativa (B).
11.1 O automóvel
(A) nos primeiros 5 s des- 1,,
loca-se no sentido ne- E
:,.
30 - - - • • • • • · r • • • • • • • • · r · • • • • - • • • r - · • • • • · •••1• · • • • • • • • • •· · • • • • • • • • •
'
---- 25
' ' '
gativo com movimento ···• •··r··•·•·•••,-
' .'
···• . . . ,.. . . . . . . . . ,• . . . . . .
''
· ·•• · · ·
''
... .
20
retardado. 15
10
(8) t em movimento acele- 5
rado entre 5 s e 10 s. o
-5 ----- 20- ------ 25------- 30 t Is
(C) esteve parado entre os - 10
- 15
10 se os 15 s.
(D) invert e o sentido do movimento no instante 15 s.
164
DOMÍNIO 1 Mecânica
& 11.1 (8). O automóvel desloca-se no sentido positivo quando a componente esca-
lar da velocidade é positiva (entre O s e 5 s e 17 s a 30 s). Quando o módulo
da velocidade diminui (O s a 5 s e 15 s a 17 s) o movimento é retardado e é
acelerado quando aumenta (5 s a 10 s e 17 s a 30 s) sendo uniforme quando
é constante (10 s a 15 s). O sentido do movimento é invertido quando há mu-
dança do sinal da componente escalar da velocidade (nos instantes 5 se 17 s).
A resultante das forças que atuam num corpo, FR, tem sempre a mesma direção e sentido
da aceleração, ã, do seu centro de massa, sendo diretamente proporcional à aceleração.
Est e é o enunciado da Segunda Le i de Newton, o u Lei Fu ndament al da Din âmica, que se
pode exprimir pela seg uinte relação:
F=m
R
ã
F R
=Õ ⇒ ã=ô uniforme vé co nst ante
Movimento
retilíneo: • â e v t êm o mesmo sentido;
a direção
da velocidade
FR * ô<=> â * ô aev
variado
acelerado
• a e v têm o mesmo sinal;
165
FÍSICA 11.0 Ano
Nos movimentos retilíneos em que a força resultante é constante, a acelera ção também
o é. Isto significa que a variação de velocidade é diretamente proporcional ao interval o de
tempo . A taxa de varia çã o tempora l da velocidade é constante e os movimentos dizem-se
uniformemente variados (acelerados ou retardados).
12.1 Partindo dos diagramas de forças, expl ique por que mot ivo o bloco Q não tem
metade da acelera ção do bloco P, visto ter o dobro da massa.
12.2 Relac ione as intensidades das forças resu ltantes que atuam nos blocos P e O.
-- ¼···;
· -- ---,···r···,
' ' ' . · ' ·•··,'
· ;··
-- - -- -;'
. --- ---·---·-
' ' . --•---·
' '
'. ' •--
' '' '' .'
-- ' 1 ' '
---
'
'
- --- ---·- . ' .
············•
' '
a / ms 2 a / ms 2 a / ms 2 a / ms
12.3 A força de atrito atua na direção horizontal, que é também a direção da ace-
leração:
166
DOMÍNIO 1 Mecânica
a=a ó.V
= - = - 2_ _1
V - V
m M t2 - t,
los de tempo.
Ili
Fig. 1.21 Gráfico v(t) de queda livre.
167
FÍSICA 11.0 Ano
d 1 20 x 10-2 m d 1 20 x 10-2 m
13.2 v1 = M = ~ 83 x 10-3 s = 2 059 m s-1; v2 = M = ~ 44 x 10-3 s = 2,703 m s-1;
1 2 '
, 9,70 - 9,80 ,
13•3 O erro percentual e , x 100% = -1,02%. Este e um erro significa-
9 80
tivamente baixo o que traduz uma boa exatidão no resultado obtido.
13.4 Os valores obtidos pelos dois grupos de alunos, 9,70 m s- 2 e 9,41 m s- 2 , respe-
tivamente para as massas de 7,06 g e 110,05 g, são muito próximos. A diferen-
ça entre esses valores está dentro do erro do método experimental. Assim,
tendo por base os resultados, a aceleração gravítica não depende da massa.
Galileu (156 4-164 2) imaginou uma situação idea l em q ue um corpo deslizava n uma supe rfíc ie
horizo ntal sem atrito. Se ndo a fo rça resultante n ula, o movimento não pode ria ser ne m acele-
rado ne m reta rdado e a velocidade do co rpo d everia ser consta nte em módulo (movimento
u niforme) e em direção (moviment o retilíneo). Surge assim a Lei da Inércia:
Se a resultante das forças que atuam sobre um corpo for nula, a sua velocidade perma-
necerá constante.
Ao longo do tempo
Repouso: v= Ô
1 Vé co nst ante ~ v(t) = v i = õ - Repouso
Movimento: V.1 7'- Õ vé constante em módu lo e direção - Movimento retilíneo uniforme
168
DOMÍNIO 1 Mecânica
14. Um avião move-se co m veloc idade co nstante. Atuam sobre o avião quatro forças:
o seu peso, P, a força de sustentação, S, a resistência do ar, R, e a força de propul-
são, T, de acordo com a figura. Nesta situação ve rifica-se:
(C) T+ R=õ (D) p+ R=õ
-
m
..p
p
Desprezando a resistência do ar, um corpo deixa do ca ir ou lança-
do ve rtica lmente, à superfície da Terra, fica sujeito apenas à força
gravítica exercida pela Terra: diz-se que está em queda livre. O cor-
-
p
p
--=-- •p
-
po designa-se por grave e a aceleração adquirida designa-se por m
Para um corpo qualquer à superfície da Terra, a aceleração gravítica pode calcu lar-se a parti r
da Lei da Gravitação Universa l e da Segunda Lei de Newton:
5 97 X 10-24
Ili
Substituindo os va lores de G, m e R , obtém-se: g = 6,67 x 10- 11 x ' m s- 2 = 9,8 m s-2 •
T T (6 ,37 X 10 6 )2
Movimento retilíneo 1
a(t) = constante v(t) = v 0 + a t x(t) = x o + v o t + - at2 v 2 = v~+ 2 a l:ix
uniformemente variado 2
169
FÍSICA 11.0 Ano
15.1 Expl ique porque é que o martelo e a pena chegam ao mesmo tempo ao solo.
15.2 Com base nos dados, determine o va lor mais provável da aceleração gravíti-
ca na Lua.
15.3 Determine a velocidade do martelo após ter percorrido 50 cm, com base nas
equações x(t) e v(t) .
15.4 Considere que o astronauta atirava o martelo para cima, verticalmente, com
uma velocidade de 6 ,0 m/s, a partir de uma posição a 1,0 m de altura.
a) Qual seria a altura máxima atin gida?
b) Quanto tempo demoraria a chegar ao solo7
& 15.1 Na Lua não existe atmosfera, por isso, sobre ambos os corpos atua apenas a
força gravítica. Ora, a aceleração gravítica não depende da massa dos corpos.
X () V t + -1 at2
t =X 0+0 2
ç::} X = 1 + o - -21 g t2
j
X
2 ç:::> 2 ç:::>
v(t) = Vº + at v = O - 1,72 x t
ç:::>
l t=
V/1
m s = O'762 s
v = -1,72 x 0,762 m s-1 = -1,3 m s-1
Após ter percorrido 50 cm , tem uma velocidade de módulo 1,3 m s-1, direção
vertical e sentido para baixo.
170
DOMÍNIO 1 Mecânica
Ili
(B) O corpo Q atinge o solo antes por ser mais pesado.
(C) Os corpos R e Q atingem o solo com a mesma veloc idade.
(D) Os dois corpos apresentam a mesma aceleração.
16.2 Com base na informação do gráfico vl) para o corpo Q , calcu le a altura h.
'
171
FÍSICA 11.0 Ano
Nesta atividade um carrinho estará ligado por um fio, que passa na gola de uma roldana, a um
corpo suspenso que irá cair na vertical após o carrinho ter sido largado. O corpo suspe nso
irá ficar imobilizado no chão antes de o carrinho ter efetuado todo o seu movimento no plano
horizontal.
Enquanto o corpo suspenso ca i na vertical , o fio estará sob tensão e, na dire ção horizontal,
desprezando as forças de atrito, a resultante das forças que atuam sob re o ca rrinho é a
ten são, f, que é constante (o peso e a força normal an ulam-se, pois são perpendiculares
ao deslocamento). Portanto , até o corpo suspenso tocar no chão o carrinho te rá aceleração
constante. Depois, com o corpo que esteve suspenso já imobilizado no chão, a tensão sobre
o fio será nula. O carrinho, que vinha em movimento, deverá manter a velocidade (movimento
retilíneo uniforme), porque na horizontal não haverá forças (na verti ca l a resultante das forças
mantém-se nula).
172
DOMÍNIO 1 Mecânica
17. Um grupo de alunos colocou um carrinho, de massa 548,06 g, num plano horizontal
e ligou-o por um fio, que passou por uma roldana, a um corpo suspenso. Após lar-
garem o carrinho este moveu-se, embatendo o corpo suspenso no chão antes de
o carrinho terminar o seu movimento. Um sensor de movimento permitiu recolher
o gráfico velocidade-tempo, do mov imento do carrin ho, que a seguir se apresenta.
vim s-1
1,8
1,6 ••
1,4
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4 •
0,2 ••
0,0 • ••
0,00 0,50 1,00 1,50
tis
17.4 Os alunos concluíram que os atritos eram desprezáveis. Explique por que terão
assim conc luído, referindo a Lei em que se basearam.
17.5 Determine a intensidade da resultante das forças que atuaram sobre o carrinho
no instante 0,75 s. Apresente todas as etapas de resolução.
17.3 Entre 0,25 s e 1,0 s: Até ao instante 0,30 s e entre 1,00 s e 1,50 s:
ív
,;;
173
FÍSICA 11.0 Ano
& 17.4 Depois de o corpo suspenso ter embatido no chão, o carrinho apresentou
velocidade constante: o módulo da velocidade é constante e como o carri-
nho se move em linha reta, a direção da velocidade, tangente à trajetória,
também é constante. Tal só é possível se a resultante das forças for nula,
como diz a Primeira Lei de Newton (ou Lei da Inércia).
Nesta atividade estuda-se o movimento retardado, com aceleração constante, de um bloco num
plano horizontal, após ter descido uma rampa.
Das equações deste movimento uniformemente retardado, em que a veloc idade se anula de-
pois do bloco ter percorrido a distância & após ter a velocidade v
vt-..!. at
l & = 2
174
DOMÍNIO 1 Mecânica
zando num plano horizontal até parar. 18,15 0 ,158 0,496 0 ,246
Considere que, no plano horizontal, a resultante das forças de atrito que atuaram
sobre o bloco é constante.
18.1 Para uma das posições de largada do bloco, obteve-se para os tempos de pas-
sagem 10,79 ms, 10,35 ms e 10,39 ms e para as distâncias de travagem 0,470 m,
0,508 m e 0,503 m. Conclua, justificando, qual das medições, a do tempo de
passagem ou a da distância de travagem, foi a mais precisa.
175
FÍSICA 11.0 Ano
Existem muit as situações em que a resistência do ar não pode ser desprezada. A força de re-
sist ência do ar, i(, depende das d imensões, forma e o rientação do corpo, da natureza da sua
superfície e da sua velocidade em re lação ao ar. Aplica ndo a Segunda Lei de Newton, pode
escrever-se:
--+ - - - -+
F R =ma~ P +Rar =ma
Como a resist ência do ar aumenta com a velocidade, conclu i-se que sempre que a velocidade
va riar (â * Ô) a aceleração também varia, po rtanto, o movimento é variado não uniformemente.
Tome-se como exemp lo a queda de um paraq uedista (Fig. 1.26).
B I 1 .ª velocidade terminal
da, a sua veloc idade vai aumentando, po is ini-
cialmente JP J> J
de v ); como
ii., J (FR t em o mesmo sentido
a velocidade aumenta,
J .i?J também aumenta, até que a partir de um
certo momento irá equil ibrar o peso (P + R.,= Ô).
A partir desse instante, o paraquedista deixa
de ace le rar (â = Ô): diz-se que atingiu uma ve-
e locidade term inal e o seu movimento é retilí-
neo e uniforme;
D
2." velocidade terminal Fig. 1.26 As várias etapas no movimento de um paraquedista.
176
DOMÍNIO 1 Mecânica
19.3 No intervalo de tempo [t4 , t5] , a intensidade da resistência do ar que atua sobre o
paraquedista é dada pela expressão Rar = 25 v2 (SI), em que v é o módulo da velo-
Ili
cidade do paraquedista. Calcule o módulo da velocidade média do paraquedista
neste interva lo.
& 19.1 t, - C; t 2 - B; t3 - D; t4 - A; t5 - A.
De t, a t 2 a velocidade aumenta e, portanto, também aumenta a resistência
do ar. Em consequência, a força resultante diminui, mas aponta no sentido
do movimento, já que o movimento é acelerado. Em t 3 , o paraquedista di-
minui a sua velocidade, logo, a força resultante aponta no sentido oposto
ao movimento. De t4 a t5 , a velocidade é constante e, por isso, a força resul-
tante é nula.
19.2 (C). A aceleração corresponde ao declive da tangente ao gráfico v(t) que
diminui no intervalo [t,, t 2] . Como a aceleração não é constante, o movimento
é acelerado não uniformemente.
19.3 No intervalo [t4 , t 5], o movimento é retilíneo e uniforme, portanto, a resultan-
te das forças é nula:
- +R
P - =O - <=> m g - 25 v2 = O ⇒ v = ~- g = ~Ox1Q m s-1 = 6 O m s-1
ar 25 25 '
177
FÍSICA 11.0 Ano
No movimento circ ular uniforme, a ve locidade angular é const ante, Fig. 1_28 Âng ulo descrito
verificando-se que num período T o corpo dá uma volta, ou seja, no interva lo M = t0 - tA.
!18= 21T:
110 21T
W = w média = !1t ⇒ W =f (unidade SI: rad s- 1)
21T
Movimento 1 w=-=2 1r f v= wr
circular f= - T
T
uniforme
Constante Vari áveis mas constantes em módul o
178
DOMÍNIO 1 Mecânica
r e ~
✓
Como G m2r = a = w2 r, obtém-se w = G mr . Esta expressão mostra que a velocidade
angular do satélite depende do raio da órbita, logo, o mesmo acontece com o período.
Se o plano da órbita do satélite for o plano equatorial e a órbita for circular chama-se satélite
geoestacionário, uma vez que permanecerá imóvel em relação a um ponto da Terra.
20. Uma antena na Terra pode apontar numa direçã o fi xa e bem determinada para comu-
nicar com um satélite geostacionário. O satélite deve orbitar a uma altitude de cerca de
3,58 x 104 km no plano do equador terrestre.
Dados: m T (massa da Terra)= 5,97 x 1024 kg ; RT (raio da Terra)= 6,37 x 106 m.
20.1 Justifique o primeiro parágrafo do enunciado.
20.2 Calcule o módulo da velocidade angular do satélite.
20.3 Qual é o módulo da velocidade do satélite?
20.4 Mostre que, para a altitude indicada, o satélite é geoestacionário.
20.5 A acelera ção de um satélite geostacionário
(A) dep ende da massa do satélite. (C) depende da massa da Terra.
(B) é constante no decurso do tempo. (D) é perpendicular à força gravítica.
mrm
20.4 G - - =ma QG -mr =w2rqGm = (- - r 3 q 21r )
2
r2 e r2 T T
✓ 4 7T 2 ,3 4 7T 2 X (4,22 X 107 ) 3
q T= G mT = 6 ,67 x 10-11 x 5,97 x 1024 s = 8,52 x 104 s = 24 h
179
FÍSICA 11.0 Ano
Questões propostas
E 16
'- : : :
" 12 : : : . ----------------
..
.......... ,......... ,..... .
.-·--·-·'•··••--••··
. .
. --'
...................... ........ -.... --- ..' . . .. .'
4 ---- '
'
' .
'
'
. '
'
'
..
.. ....... .. . . . ... -~------ ~- ... .
' . ' '
------·------ · '··•····\-----•·'••--- -
3. de 5 s a 10 s Z. -14 m
4. de 8 s a 12 s W. 6m
3. 7,5 s Z. 4 m/s
4. 13,0 s W. 6 m/s
1.4 O atleta
(A) nos primeiros 3 s move-se com velocidade constante.
(8) de 3 s a 8 s, apresenta componente escalar, segundo Ox, do deslocamento igual a 16 m.
(C) no in stante 11,5 s inverte o sentido do seu movimento.
(D) passa três vezes pela posição x = 5 m.
180
DOMÍNIO 1 Mecânica
(A) (C)
(8) (D)
4. O Daniel brinca com um carrinho, que percorre uma pista composta por dois troços re-
tilíneos, P e R, e dois troços em forma de semicírculos, Q e S, como representado
na figura. O carrinho passa pelos troços P e Q mantendo o módulo da sua velocidade.
Em seguida, passa pelos troços R e S aumentando o módulo da sua velocidade.
A resultante das forças sobre o carrinho no troço Q _____ e no troço P _ _ _ __
5. Duas esferas com o mesmo volume, uma de madeira e a outra de chumbo, são deixadas
cair, simultaneamente, da mesma altura h e alcançam o solo ao mesmo tempo. Isto acontece
porque
(A) as duas esferas têm a mesma energia cinética quando alcançam o solo.
(8) a aceleração das esferas não depende da massa das esferas.
(C) à altura h, a energia potencial gravítica das duas esferas é igual.
(D) a força de resistência do ar não depende da massa das e sferas.
181
FÍSICA 11.0 Ano
Questões propostas
6. Dois corpos X e Y de massas mx e my, respetivamente, cujos centros estão situados a uma
distância d , exercem um sobre o outro uma força de atração gravítica de intensidade F.
6.1 A dist ância entre estes dois corpos para que a inte nsidade da força gravítica entre eles
passe a ser igual a 2F é
d d
(A) [2. (8) ~ - (C) /2 d (8) 2 2 d
6.2 Qual dos gráf icos pode tradu zi r a intensidade da força de atração g ravítica, F 9 , entre os
dois corpos em f unção da massa do corpo X, mx, sendo a massa de Y e a distância entre
os ce ntros dos dois co rpos constante?
(A} (8) (C) (D)
7. Um carrinho telecomandado, de massa 200 g, move-se numa pista retilínea, coincidente com
um referencial unidimensional, Ox. Admita que o carrinho pode ser representado pelo seu
centro de massa (modelo da partícula material) e que no instante t = O se encontra na origem
do referencial. Representa-se a seguir o gráfico da componente escalar da velocidade, vx,
desse carrinho, segundo o referencial Ox considerado, em função do tempo, t.
v,f m s-1
14,0
12,0
10,Q -, ............ ,.. .,., ., ....,... ,.... ,.
8,0
6,0
4,0
2,0
º·º t4"~hT"':::"="7"'"~~ h t c t"7i
-2,0 + .. ,...,....,....,.;,,,u.,... ,....... ,,.u.,u•., ... ,... ,. ..,,
-4,o _J· .. , ...,... ,....,.,., .. ,,.. ,,... ,... ,. :·:·•,, ...,..., ..."'
-6,0
7.3 Determine a intensidade da resultante das forças aplicadas sobre o carrinho no instante 13,0 s.
Apresente todas a etapas de resol ução.
7.4 No instante 8,0 s o carrinho ti nha percorrido 68,7 m. Dete rmine a coord enada de posição, x,
do carrinho, no instante 13,0 s.
Apresente todas a etapas d e resol ução.
182
DOMÍNIO 1 Mecânica
>- ~
s
7
ll
·1... Iª /
Tã
;·\
Nos vários ensaios realizados, abandonou-se uma esfera, com o diâmetro de 1,20 cm , sem-
pre da mesma posição inicial, a uma certa distância acima da célula fotoelétrica A.
Fixando a distância entre as duas células fotoelétricas, mediram-se o tempo, t3 , da diferen-
ça entre a média dos instantes de interrupção e de reposição do feixe de luz nas células
fotoel étricas B e A e os tempos t 1 e t 2 que a esfera demorou a passar em fre nte das células
A e B, respetivamente. Admita que a esfera caiu em queda livre.
8.2 Dividindo o diâmetro da esfera pelo interva lo de tempo que e la demora a interromper o
feixe de luz, determin a-se o módulo da velocidade média da esfera no intervalo de tempo
de interrupção do feixe de luz.
a) Justifiq ue o motivo pelo qual o valor da ve locidade média que se determina é igual ao
valor da velocidade no instante igual à média entre os instantes de interrupção e de
reposição do feixe de luz na cél ula fotoelétrica.
b) O cálc ulo da velocidade média pressupõe que a esfera interrompe o feixe de luz pelo
seu diâmetro. No ent anto, um erro experimental frequen te pode decorre r de a esfera
interromper, de facto, o feixe luminoso por uma dimensão inferior ao seu diâmetro.
Quando este e rro ocorre em B, o módulo da velocida de calc ulado em B é _ _ ao
verdadeiro, o que determi na um erro por _ _ no valor experimental do módulo da
aceleração gravítica (considerando que a velocidade em A é ap roximadamente nula).
(A) superior ... excesso
(8) superior ... defeito
(C) inferior ... excesso
(D) inferior ... defeito
8.3 Reg istaram-se para os tempos t2 e t3 respet ivamente 4,44 ms e 66,37 ms.
Considere 9,8 m s- 2 o valor de referência para o módulo da aceleraçã o gravítica .
Determ ine o valor experimental do módulo da aceleração gravítica e o erro pe rcentua l.
Aprese nte todas a etapas de resolução.
183
FÍSICA 11.0 Ano
Questões propostas
Forças e movimentos
9. A figura representa as sucessivas posições de uma bola que rola numa superfície horizontal
da direita para a esquerda, acabando por parar 4 ,0 s depois do início do seu movimento.
Trata-se de uma representação estroboscópica em que o intervalo de tempo entre posições
sucessivas é de 0,4 s.
~ ~
-7 o 5 xlm
9.2 Determine a componente escala r, segu ndo Ox, da velocidade média da bola no intervalo
de 0,0 s a 4,0 s.
9.3 A lei do movimento da bola no intervalo de tem po de 0,0 s a 4,0 s, expressa nas unidad es
SI de base, é
(A) x(t) = - 3 t + 5 . (B) x(t) = 3t - 5 . (C) x(t) = 0,75t2 - 6t + 5. (D) x(t) = - 0,7t2 + 6t + 5.
(A)
•
-7
fµ
e J
@
~
o
e.,
o
v
5
s,
xl m
., ~
(B) e e
-7 o 5 xl m
(C) Q ) fU @ ~J )1
-7 o' 5 xl m
(D) ft t )
@ ~) ) J vi ) )
-7 o 5 xl m
10. Uma bola de ténis, de 57 g, foi atirada verticalmente para cima, de um ponto a y
1,0 m de altura , em relação ao solo, com velocidade 110 • Atingiu uma altura máxima
de 4,2 m. Considere o referencial Oy com origem na posição inicial d a bola, repre-
sentado na figura e despreze a resistência do ar.
10.1 Caracte rize a resultante das forças que atuam sobre a bola ao atingir a altura
máxima.
184
DOMÍNIO 1 Mecânica
10.6 Seja m a massa da bola, mr a massa da Terra, RT o raio da Terra e G a co nstante de g ra-
v itação universal. O módulo da aceleração da bola é
Gm Gm Gmr m G
(A) - -r. (8) - -. (C) R2 . (D) - .
R2 R2 R2
T T T T
10.7 Qual dos seguintes gráficos posição-tempo descreve co rretamente o moviment o da bola
desde o inst ante inicial até atingir o solo?
)
t t'
11. Fez-se uma experiência em que se deixou cair uma bola de basquetebol, com uma mas-
sa de 620 g, de 0 ,78 m acima do solo. A bola ressaltou sucessivamente no solo. Com um
sensor e uma máquina de calcular gráfica obteve-se o gráfico da componente escalar da
velocidade, segundo Oy, em funçã o do tempo. Aos pontos A e B correspondem os valores
indicados na tabela.
"L, 4,0
E 3,0
';: 2,0
1,0
o.o ~
_ 1,0
- 2,0
- 3,0
...
B...
-3,40
0,47
2,82
- 4,0
11.2 Um al uno se lecionou apenas a região do gráfico entre o instante inicial e o instante
tA = 0,34 s. Utilizando uma reg ressão linear para o conjunto de dados selecionados,
obteve na máquina de calcu lar a equa ção y = -9,9x.
a) Indique quais as grandezas físicas correspondentes às variáveis x e y.
b) Expl iq ue o sign ificado físico do número - 9,9 que surge nesta eq uação.
e) Obte nh a a equa ção das posi ções , y(t) , da bola para os primei ros 0,34 s, considerando
a origem do referenc ial no solo.
11.3 Caracterize a resu ltante das forças que, em média, atu ou na bola no intervalo de tempo
de 0,34 s a 0,47 s.
11.4 Dos três diagramas de forças indicados, selecione o que descreve, corretamente, as for-
ças que, em média, atuam na bo la durante o contacto com o solo.
,
N li Ili
p p p
185
FÍSICA 11.0 Ano
Questões propostas
12. Um carrinho move-se segundo uma trajetória retilínea sobre um plano inclinado, como se apre-
senta na figura.
Considere que o carrinho pode ser representado pelo seu centro de massa (modelo da
partícula material). Admita que a componente escalar da posiçã o, x, do carrinho em relação
ao referencial unidimensional Ox indicado, varia com o tempo, t, de acordo com a e quação
expressa nas unidades de base do SI: x = 2,4 - 2,0t + 0,60t2 •
12.2 A componente esca lar, seg undo o referencial Ox considerado, da ve locidade, vx, expres-
sa e m m s-1, do carrinho varia com o tempo, t, expresso em s, de aco rdo com a equação
(A) vx = - 2 ,0 + 1,2t
(B) vx = 0,4 + 1,2t
(C) vx = - 2,0 + 0,60t
(O) vx = 0,4 + 0 ,60t
12.3 Em qual dos esquemas segu intes se encontram corretamente represe ntadas, no instan-
te t = 0,0 s, a velocidade, v,
e a aceleração, a~ do carrinho?
12.4 Em qual dos esquemas segu intes está representado um d iagra ma das forças q ue atuam
no ca rrinho?
12.5 Determine a distânc ia percorrida pelo carrinho no intervalo de tem po [0 ,0 ; 4,0] s, ut ilizan-
do as potencialidades gráficas da calcu ladora.
186
DOMÍNIO 1 Mecânica
13. Um automóvel, de massa 900 kg, desloca-se a 72 km/ h quando o condutor vê uma senhora
a atravessar uma passadeira para peões. Quando o condutor inicia a travagem , a passadei-
ra encontra-se a 25 m de distância. A força de atrito que atua sobre o automóvel durante a
travagem é constante e igual a 75% do seu peso. Considere que o movimento do automó-
vel se dá no sentido positivo do eixo Ox .
13.1 Qual das opções pode rep resentar, em relação ao eixo Ox, as co mponentes escalares
da acele ração e da veloc idade em fu nção do tempo d urant e a travagem?
V V
14. Na figura está representada uma calha que termina num troço horizontal. A superfície do
troço horizontal está revestida por um material rugoso.
1
B e
14.2 Determine a intensi dade da resultante das forças aplica das sobre o para lelepípedo
no troço horizontal. Use as equações do movimento e apresente t odas as etapas de
reso lução.
187
FÍSICA 11.0 Ano
Questões propostas
15.1 Qual dos seguintes g ráficos descreve, em relação a Oy, a co mponente escalar da resul-
tante das forças que atua sob re o paraq uedista em função do tem po?
15.4 Qual dos segu intes gráficos descreve co rret amente a altura do paraquedista em função
do tempo após este ter ati ngido a seg unda velocidade terminal?
y y y (C) y (D)
15.5 Qua ndo a acele ração do paraquedista é -4g, sen do g a aceleração gravítica, podemos
concluir que a intensidade da resistência do ar é
(A) m g. (8) 4 m g. (C) 5 m g. (D) 3 m g.
16. A Lua move-se em redor da Terra numa órbita elíptica, com um período de 27 dias e 8 ho-
ras. No entanto, a excentricidade da órbita da Lua é pequena e, por aproximação, conside-
re para as questões seguintes que a Lua descreve uma órbita circular, de raio 3 ,84 x 108 m .
16.2 A Lua está em queda livre tal como uma bola que se largue à superfíci e da Terra, com
resistê ncia do ar desprezável. Como a bola se encontra mais próximo do centro da Ter-
ra do que a Lua, a aceleração da bo la, de módulo 9,8 m s-2 , é muito maior do q ue a da
Lua. Mostre que o produto da aceleração gravítica pelo quadrado da dist ância ao cent ro
da Terra é o mesmo pa ra a Lua e para uma bola à superfíc ie da Terra. Co nsidere o raio
da Terra 6,37 x 10 6 m.
188
DOMÍNIO 1 Mecânica
17. Wernher von Braun escreveu, em 1952, que em dez ou quinze anos a NASA poderia colo-
car uma estação espacial a orbitar o planeta Terra, a 1730 km de altitude. Sugeriu que essa
esta ção espacial deveria completar uma rotação completa em 12 s. O raio médio da Terra
é 6370 km.
17.2 Qua l é o módulo da aceleração gravítica, na unidade SI, à altitude sugerida por von
Brau n para a colocação da estação espacial? A presente o resultado com dois algaris-
mos significativos.
17.3 von Braun sugeriu a rotação da estação espacial para criar na periferia interior da sua sec-
ção circular uma aceleração de módulo igual à ace leração gravítica na superfície da Terra.
Consi derando ape nas aquele movimento de rotação, qual deveria ser o raio da estação
para alca nça r aquele obj etivo?
47r2
(8 ) 12; X 10 m. 4 7f2 X 10 12 2
(A) 12 2 x 10 m. (C) - - - m . (D) 4-rr2 x 10 m.
7r2 12 2
(C)
8~
18.2 Explique o significado da seguinte afirmação: «Ambos os satélites estão em queda liv re.»
189
FÍSICA 11.0 Ano
Domínio 2
Ondas e eletromagnetismo
2.1 Sinais e ondas
2.1.1 Sinais. Ondas: transversais e longitudinais,
mecânicas e eletromagnéticas
Um sinal é uma perturbação, ou seja, uma alteração de uma propriedade física. Um sinal
mecânico é a alteração de uma propriedade física de um meio material (posição, densidade,
pressão, etc.), enquanto um sinal eletromagnético corresponde a propriedades (campos elé-
trico e magnético) não associadas necessariamente a um meio material.
A comunicação supõe que o sinal se propaga entre a fonte, ou emissor, que o produz, e o
recetor, que o recebe. Quando o sinal chega a um determinado ponto do espaço, já antes
perturbou outros pontos e irá ainda perturbar mais pontos. A esta propagação do sinal cha-
mamos onda. As ondas mecânicas (som, ondas sísmicas, tsunami, ondas numa corda, ondas
numa mola) necessitam de um meio material para se propagarem, enquanto as ondas eletro-
magnéticas não precisam de um meio material, propagam-se mesmo no vaz io.
__,/\""_______
1/\_ _ _ _ __
tremidade de uma corda esticada, gera-se um
sinal de curta duração (pulso) que se propaga
_
____ _____
ao longo da corda (Fig. 2 .1). Com a propagação
da perturbação (onda) há transferência de ener-
gia entre diferentes pontos do meio, sem que
haja transporte de matéria. Se o sinal for de lon-
ga duração, é gerada uma sequência de pulsos
______ ___ (\""
/\""
Fig. 2.1 Propagação de um si nal de curta duração
(Figs. 2.2 e 2.3). numa corda.
No caso das ondas numa corda , as partículas da corda oscilam perpendicularmente à d ireção
em que se dá a propagação, designando-se por ondas transversais (Figs. 2.2 e 2.4 da esquer-
da). Quando oscilamos a extrem idade de uma mola para a frent e e para trás, as partículas da
mola movem-se numa direção para lela à da propagação, designando-se, por isso, por ondas
longitudinais (Figs. 2.3 e 2.4 da direita). Neste caso, propaga-se na mola uma sucessão de
compressões e rarefações.
~ -~ •
~
- OOOQQ O IJD1lllll/J)_
,1 - 1
Fig. 2.2 Onda persistente t ransversal numa corda. Fig. 2 .3 Onda persistente longitudinal numa mola.
190
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
direção da propagação
i i direção da propagação
compressão rarefação
Quando um sina l se propaga num meio elástico, demora um ce rto t empo ll.t para avançar uma
ce rta distância s (Fig. 2.5). Assim, o módulo da veloc idade de pro pagação é dado por:
s
v=-
M
Perfil da corda
A ve locidade de propagação de uma onda mecâ- no instante t,
nica depende das caract erísticas do meio em q ue
a propagação ocorre e do facto de ser tra nsversal
ou longitudinal. Por exemplo, para um pulso numa Fig. 2.5 Propagaçã
mola, a velocidade de propagação vai depender
da massa da mola por unidade de comprimento
e da tensão na mola, assim co mo do facto de se
trat ar de uma onda transversal ou longitudinal.
l+i%i·i·i:+H@+M
1. Na fig ura vê-se o perfil de uma co rda em dois ins-
ta ntes t1 e t2 , na qual se propaga um sinal da direi-
ta para a esquerda a 10 m/s. Pode concluir-se que
4,0 cm
Perfil da corda
no instante t,
Ili
(A) no instante t1, o ponto P move-se para a es-
querda.
(8) no instante t2 , o ponto P move-se para baixo.
Perfil da corda
(C) lt1 - t) = 2,5 ms no instante t2
(D) t1 > t2
(8). É uma onda transversal , logo, o ponto P move-se numa direção perpendicu-
lar à da propagação, ou seja, na vertical. No instante t1 o ponto P move-se para
cima (a crista da onda aproxima-se de P), enquanto no instante t2 o ponto P se
move para baixo (a crista da onda afasta-se de P). t 2 é posterior a t1 , pois a onda
propaga-se para a esquerda.
v = ~ ⇒ 10 = 0,0 0 <=> M
4
= 4 O x 10-3 s = 4 O ms
M M ' '
191
FÍSICA 11.0 Ano
p • 5 a 7 km /s na crust a terrestre
Paralelos à direção de propagação
• ;:: 8 km/s no núcleo e manto da Te rra
Horizont ais e vertica is,
• 3 a 4 km/s na crusta terrestre
s perpendicu lares à direção
• ;:: 4,5 km/s no manto da Terra
de propagação
Horizontais, perpendicu lares
L • 2 a 4,5 km/ s na crusta terrestre
à d ireção de propagação
Paralelos e perpendiculares
R • 2 a 4,5 km/ s na crusta terrestre
à direção de propagação
Classifique co mo verdade ira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações segu intes.
1-À--\
f- A---1 --+
192
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
O comprimento de onda, À, é a dist ância mínima entre dois pontos com o mesmo afastamen-
to da posição de equilíbrio e o mesmo movimento de vibração, ou seja, a dist ância mín ima
entre dois pontos do espaço no mesmo estado de vibração.
193
FÍSICA 11.0 Ano
Assim, a intensidade de uma onda (energia transferida por unidade de tempo e por unidade
de área perpendicular à direção de propagação) é função crescente da amplitude da fonte
emissora e da frequência.
3.2 Admitindo que a veloc idade de propagação não depende da frequência da onda,
se o menino balançar o barco com maior frequência, mas com a mesma amplitude
(A) a distância entre duas cristas consecutivas va i au mentar.
(B) o período de vib ra ção do movimento do ponto P aumenta.
(C) a intensidade da onda que atinge o ponto P aumenta.
(D) a altura da crista da onda que atinge o ponto P aumenta.
16 s
3.1 A frequência da onda é f= = 1,6 Hz e a velocidade de propagação é v = M =
10 5
12 m , v 2,0 m s-1
= - - = 2,0 m s-1• Conclui-se que o comprimento de onda e À= -f = =
6,0 s 1,6 s-1
= 1,25 m.
----
:,.,
xl m
194
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnet ismo
(A) (C)
E 0,06 E 0,06 · - - - ... , ..
-;:_o,04 -;:_ 0,04
0,02 0102 ···- ···- .. ....... .
0,00 - - - -.----+-,f-----f--++---#f-~.--+-1----1+ 0,00 - - - - -~ - - t -++--+---+--1+---t>
-0,02 -0,02
-0,04 -0,04 - - .. --- ... -- .. - . - - - - -
-0,06 .. --------------
' ' ' ··-· ' ......
' .. . .'
-0,06 . .....
(8) (D)
E 0,06 ~ .
E 0,06 . . . ...... ' . . . . ..' . . . .,. . . ... . . ... . . ....... - . . . . . . '
' .
.; .... ; .....;.... ., ....., .. .. .;..
-;:_ 0,04 -;:_ 0,04
.. ·'. . ..
0,02 0,02 -· .•.
& 4.1 (C). O perfil da onda mostra que num segundo existiram 4 oscilações com-
15
pletas, logo, 4 períodos. Então, o período é = 0,25 s.
4
0,8m
4.2 (A). Do perfil da corda, o comprimento de onda é À = - - = 0,4 m, e a velocidade
2
~ , S 2 X 0,8 m
d e propagaçao e v = M = , 1
1,6 m s- (num segundo avançou 1,6 m).
10 5
Nos gráficos C e D, o período é cerca de 0,5 s, por isso, são incorretos.
No perfil espacial da onda no instante t = 1,0 s, a elongação do ponto P
é positiva, por isso, o gráfico B também é incorreto.
10
Ili
equilíbrio, em função do tempo, t, numa região
onde se propaga uma onda sonora a 340 m s-1.
5.2 A distância mínima entre duas camadas de ar no mesmo est ado de vi bração é
____ e o produto do comprimento de onda pela frequência é _ _ __
(A) 10 nm ... 340 m s·1 (C) 0,68 m ... 340 m s·1
(8) 10 nm ... 5,0 m Hz (D) 0,68 m ... 5,0 m Hz
& 5.1 Para o período de 2,0 x 10-3 s, a onda tem uma frequência f= ~ = 500 Hz.
5.2 (C). A distância entre duas camadas no mesmo estado de vibração é o com-
195
FÍSICA 11.0 Ano
A 1
li 1111'1111111111 1111111111111111 1111111
e R e R e R e
À
Fig. 2.10 A - ca madas de ar na a usência de som; B - camadas de ar na presença de um som originado pela
v ibração de um diapasão (C = comp ressão e R = rarefação); C - gráfico da p ressão em função da posição.
Se a onda so nora fo r sinusoidal, a pressão num dado ponto do meio varia entre um va lor
máximo de pressão acima da pressão do meio em repouso (compressão máxima) e um va lor
mín imo abaixo dessa mesma pressão (rarefação máxima).
A amplitude de pressão é igual ao módulo da diferença entre o va lor máximo (ou mínimo) da
pressão e a pressão do meio em repouso.
196
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
2.1.4 Sons puros, intensidade e frequência; sons Frequência alta - som agudo (alto)
Se a frequência de uma onda sonora for elevada, o som é Fig. 2.11 Sons harmónicos (agudo e g rave).
de pressão.
A maioria dos sons são complexos, pois os seus sinais não são
sinusoidais. Um som complexo é a soma ou sobreposição
de vários sons puros, ou seja, de vários harmónicos {Fig. 2.13). Fig. 2 .12 Sons da mesma frequênc ia com
O número de harmónicos e a sua proporção nos sons emi- diferentes intens idades.
or·.. . . . . ..
,cu
~ • •
C=3ºharmórnco
'
,. • •
'
J •
f - 3J
e:- .:. ~ -
• : •
....
• •
o 20 20000 f / Hz
197
FÍSICA 11.0 Ano
J\I rn1,r
Fig. 2.16 Sinal sonoro com as m esmas Fig. 2.17 A o nda sonora p roduzid a pe la Fig. 2.18 Medição d ireta de
ca ract e rísti ca s d o sin al e létrico produ zid o. d iapasão é capt ada pelo microfone. um comprimento de onda.
6. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
(A) Em geral, os homens produzem sons de menor altura do que as mulheres.
(B) Os sons simples distinguem-se uns dos outros por três características: intensi-
dade, altura e timbre.
(C) A energia transportada por uma onda sonora por unidade de tempo depende
da amplitude da onda.
(D) Quando se aumenta o volume num rádio, aumenta-se a altura do som que el e
produz.
(E) Em geral, o som propaga-se mais rapidamente nos líquidos do que nos gases.
198
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
(F) O que nos permite distinguir a mesma nota musical tocada em in strumentos
diferentes é a frequência.
(G) A propriedade que distingue um som forte de um som fraco é a intensidade da
onda sonora.
(H) Na propagação do som ocorre transporte de energia sem que haja movimento
da matéria.
& Verdadeiras: (A), (C), (E) e (G). Falsas: (8), (D), (F) e (H).
O timbre é uma característica que permite distinguir sons complexos. Aumentar o
volume num rádio corresponde a aumentar a intensidade do som. A intensidade
do som é proporcional à energia da onda sonora e, portanto, à sua amplitude de
pressão. O que permite diferenciar a mesma nota em instrumentos diferentes é
o timbre. Na propagação do som não há transporte de matéria, mas esta vibra e,
portanto, movimenta-se.
7.3 O som produzido pelo cla rinete foi detetado por dois observadores: um perto
Ili
do clarinete, numa zona mais fria, e outro mais afastado do clarinete, junto a um
aquecedor. Na proximidade de cada um dos observadores, qual das segu intes
características da onda sonora tem o mesmo valo r?
(A) Frequência (C) Comprimento de onda
(8) Intensidade (D) Velocidade de propagação
& 7.1 O som é complexo, visto não se tratar de uma vibração sinusoidal.
7.2 O período do som pode ser obtido a partir do número de divisões no eixo ho-
rizontal (eixo dos tempos) compreendidas entre os dois picos do sinal. Esse
1
número é 7 + 3 x
5 = 7,6 (repare-se que cada divisão está subdividida em 5
partes iguais).
199
FÍSICA 11.0 Ano
8.2 No in sta nte t = O s, o ponto Q move-se no sentido ___ do eixo dos ___ .
(A) positivo ... xx (8) negativo ... xx (C) positivo ... yy (D) negativo ... yy
8.3 Qual das seguintes figuras pode represe ntar a mesma porção de corda pas-
sado um intervalo de tempo de um quarto de período após o instante t =Os?
(A) (C)
y y
R
X X
R
(8) (D)
y
s y p
X X
p s
8.2 (C). Todos os pontos da corda se movem na direção do eixo dos yy, perpen-
dicularmente à direção de propagação. Como, neste caso, a onda se propaga
da esquerda para a direita, todos os pontos vão executar, sucessivamente,
os movimentos dos pontos da corda que estão à sua esquerda, portanto, o
ponto Q irá subir (os valores de y dos pontos imediatamente à esquerda de
Q são maiores que o valor de y de Q no instante t = O s).
8.3 (A). Passado um quarto de período os pontos que tinham y = O estão na posi-
ção de afastamento máximo da posição de equilíbrio (y = ±A). Como o ponto R
irá subir (no instante t = O, os pontos à esquerda de R estão acima de R), pas-
sado um quarto de período estará na posição y = A , em que A é a amplitude.
200
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
Para determinar a ve locidade de propagação de um sinal sonoro no ar, pode, por exemplo,
determinar-se o tempo que um sinal sonoro produzido junto a uma extremidade de uma man-
gueira demora a ser detetado na outra extremidade (Fig. 2.19).
Pode também utilizar-se um sinal produzido num gerador a propagar-se do altifalante até
ao microfone: a medi ção da va riação do intervalo de tempo de desfasamento entre o sinal
produzido pelo gerador e o detetado pelo microfone em função da distância percorrida pelo
microfone permite determinar a velocidade de propagação do som (Fig. 2.20).
~
====~ Altitalante
Régu,
9.1 Explique por que razão ocorreu o registo de dois sinais e as menores amplitudes
no segu ndo sinal.
201
FÍSICA 11.0 Ano
& 9.1 Surgem dois sinais porque o sinal produzido junto à extremid ade A do tubo
é refletido na extremidade F, sendo captados pelo microfone em instantes
diferentes dado que o som demora um certo tempo a propagar-se de A até F
e, novamente, de F até A. O sinal refletido tem menor intensidade do que o
sinal original, o que implica menores amplitudes do sinal mais à direita, pois o
som propaga-se em todas as direções e o sinal refletido corresponde apenas
à reflexão do som que se propagou na direção do tubo. Além disso, parte do
som é absorvido na reflexão, assim como na propagação no interior do tubo.
9.2 A distância medida na imagem entre as origens dos dois sinais é 8,9 cm. Aos
1,0 cm correspondem 2,0 ms, portanto, o intervalo de tempo entre o sinal
20
• •
ongma 1 e o sina
• 1 re fl et1do
· e, ô.t = 8 ,9 cm x -•-ms- = 17,8 ms.
1,0 cm
2d 2 x 3 08 m
O módulo d a velocidade de propagação do som é v = -----.-t = '
il 17,8 X 10-3 5
= 3,5 X 10 m 5 - •
2 1
10.2 Qual das opções pode representar, um período e meio depois, a mesma região
do espaço e a mesma camada de ar?
(A) (C)
(8) (D)
202
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
10.3 Num ensaio li propaga-se nessa reg ião um out ro som de igual f requência, mas
menos intenso.
Comparando os dois ensaios, pode conclu ir-se que a amplitude das variações
de p ressão é _ _ _ _ _ e a distância entre uma compressão e a rarefação
adjacente é _ _ _ __
(A) menor no ensaio li ... menor no ensaio li (C) a mesma ... menor no ensa io li
(8) menor no ensaio li ... a mesma (D) a mesma ... a mesma
10.3 (8). Uma menor intensidade significa uma menor amplitude de pressão. Para
a mesma frequência, e para o mesmo meio, o comprimento de onda não se
altera, portanto, a distância entre uma compressão e a rarefação adjacente,
meio comprimento de onda, também não se altera.
2.2 Eletromagnetismo
2.2.1 Campos magnéticos
Um íma n em barra tem uma extremidade que atrai uma extrem idade de
Ili
s ..:3- - s ..:II
outro íman. Se um ou outro forem rodados 180°, deixa de existir atração
e passa a existir repul são (Fig. 2.21). Esta interação efetua-se à distância -IIIII s s ..:3-
e as extremidades dos íma nes chamam-se polos - polo norte (N) e polo - s ..:II IIIIIIII s -
sul (S). Os po los co m o mesmo nome repelem-se e os polos com nome Fig. 2.21 Interação entre ímanes.
diferente atraem-se.
Se um íman for div idido em partes, os po los não se sepa ram, resu ltando sim, dessa div i- s 111111m
são, novos ímanes mais pequenos (Fig. 2.22). O que caracteriza um íman é a existência nas ✓ l 'm
suas proxi midades de uma região onde se fazem sentir as propriedades magnéticas SN sm
que ele cria. Diz-se que nessa reg ião exist e um campo magnético. Fig. 2 .22 Os polos
de um íman não se
Para ca racterizar as propriedades magnéticas em cada ponto ut iliza-se a grandeza ve- separam.
torial ca mpo magnét ico (ou densidade de fl uxo magnético), representado por 8. A sua
unidade SI é o tesla (símbolo T).
Quando se deita limalha de ferro nas proximidades de um íma n, ela dispõe-se seg undo uma
certa geomet ria. A forma como a limalha se dispõe permite observar o espetro do campo
magnético. O campo também pode ser representado por linhas do campo magnético.
203
FÍSICA 11.0 Ano
\~/
/
~
s -
- '
(
/
/ la
1)))/ Iª
I
.i. .j. .i.
\ \\
' '-- -+ ....-
J~\
Fig. 2.23 Espetro magnético e linhas de campo magnético de um íman em barra.
Um campo magnético â tem , em geral, características diferentes de ponto para ponto, quer
seja na intensidade, na direção ou no sentido. No entanto, existem campos magnéticos que
são iguais em todos os pontos de uma dada região do espaço. Nesta situação tem-se um
campo uniforme e em toda essa região o campo tem a mesma intensidade, direção e senti-
do: as linhas de campo são segmentos de reta paralelos.
l+liil+iliHli·I
11. A figura mostra as linhas de um campo magnético de um íman em U.
Pode afirmar-se que
(A) o polo norte do íma n está na zona X.
~,---~___.
(B) o campo magnético em redor do íman é uni-
forme.
(C) as zonas X e Y do íman são polos do mesmo
nome.
(D) no zona li o campo é mais intenso do que na
zona Ili. ~ li
(j (D). Entre as armaduras do íman há uma zona onde as linhas de campo são
segmentos de reta paralelos: aí o campo é constante. As linhas de campo
saem do polo norte (Y) e fecham-se através do polo sul (X). Como na zona li
a densidade de linhas de campo é maior do que na zona Ili, então, na zona li o
campo é mais intenso.
204
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
12. Colocou-se uma agulha magnética numa zona onde há um campo magnético B ext uni-
forme. Após uns instantes, a agulha estabilizou numa dada posição. Qual dos esque-
mas representa correta mente as linhas do campo magnético existente nessa região?
----~ -- -- '-==- -- -- -- --
s-
s
s
s 11⇒ :
'
Bex, âex, Bext Bex,
O (D). Quando um íman é colocado numa região onde existe um campo magnético,
ele vai procurar alinhar-se com o campo magnético externo. A agulha magnética
assume uma posição paralela ao campo magnético externo e as linhas desse
campo «entram» no polo sul da agulha.
Concluiu-se que uma corrente elétrica também cria um campo magnético. Este campo
magnético aumenta com a cor rente elétrica, mas diminui com a dist ância a essa co rrente elé-
trica. A forma das linhas de campo magnético criado por uma corren te depende da geometria
da co rrente elétrica (Fig. 2.2s).
Ili
A B e
Fig. 2.25 Espetro magnético e linhas de campo magnético criados por uma corrente e létrica retilínea (A ), por uma
corrente elétrica circular (B) e por uma corrente elétrica que percorre várias espiras circulares paralelas (C).
205
FÍSICA 11.0 Ano
s -
~ (8). As interações entre ímanes, entre correntes elétricas e ímanes ou entre cor-
rentes elétricas são equivalentes, pois todas resultam das interações entre campos
magnéticos.
As agulhas magnéticas mostram que na situação I o polo norte da bobina da es-
querda se encontra na proximidade do polo sul da bobina da direita: existe atração.
A mesma orientação dos polos se verifica na interação entre a bobina e o íman.
F -F
<-
A uma dada distância da carga elétrica, o campo elétrico será tanto mais intenso quanto maior
for a ca rga elétrica que o cria.
206
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnet ismo
O campo elétrico num ponto é uma grandeza vetorial e é simbolizado por E. A unidade SI é o
vo lt por met ro (V m-1).
1 .,
. í/
1
•
o
T
....
O ca mpo elétrico num ponto manifesta-se através de uma ação sobre uma carga elétrica aí
colocada , o riginando-se uma força na direção do campo.
Carga elétrica colocada num campo elétrico Sentido da força sobre carga
14. Nas figuras estão representadas as linhas de cam po de duas distri buições de car-
gas elétricas, algumas posições e um vetor campo elétrico, Êr
Ili
li
+ + +
.,. y
P,•
Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações segu intes.
(A) 1e li representam dois cam pos elét ricos uniformes.
(8) Os campos elétricos em P1 e em P2 são iguais.
(C) Os campos elét ricos em P3 e em P4 são iguais.
(O) O campo elétrico em P4 tem o mesmo módulo que o campo em P5 .
(E) Uma carga elétrica negativa colocada em repou so em P2 ap roxima-se da placa
positiva.
(F) Uma ca rga elétrica positiva colocada em P3 move-se segu ndo a linha de campo
que passa nesse ponto.
207
FÍSICA 11.0 Ano
15. Selecione a opção em que se representa as linhas de campo elétrico de duas cargas
pontuais simétricas.
A B e D
.._., t )' '\ t
---: 1},-\, -~- ,..,~t"'- m~
,,.i '✓ +
l',l' +
""'tt; ,_.,,. i-1. ✓ .....,.\,~JJ,1 '\' f )'
-+- + ...... .
- .o "'' ! I ~o ~ -+-
✓
-;,J[; r. --.....,.
f) (8). As linhas de campo têm origem na carga positiva e terminam na carga nega-
tiva . Estas linhas são contínuas e entre as duas cargas o campo aponta da carga
positiva para a negativa.
Um campo magnético va riável cria um campo elétrico. No estudo da re lação entre est es dois
campos, é útil o conceito de fluxo do campo magnético (Fig. 2.2s).
sendo a o ângulo entre o vetor un itário n Fig. 2 .28 Fl uxo do ca mpo magnético.
208
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
Se fore m co locadas N espiras num campo magnético uniforme, o fluxo que atravessa as su-
perfícies delimitadas pelas N espiras será a soma dos fl uxos magnéticos através de cada uma
(Fig. 2.29). Se tiverem igual área A e se forem dispostas paralelamente umas às outras, como
numa bobina, o fluxo será N vezes o fluxo numa só espira:
l+iiii-i·it4Hli·I
16. Foram colocadas quatro espiras num campo magnético uniform e de módulo
5,0 x 10- 3 T. A espira menor, IV, tem uma área de 0,030 m2 . As espiras li e Ili t êm
igua l área. O fl uxo do campo magnético através da espira Ili é de 6,0 x 10- 4 Wb.
e __:?
6J a
16.4 A espira I tem o dobro da área da espira Ili. Significará isso que o fluxo do campo
magnético que a atravessa é o dobro do que se verifica para a espira Ili? Justifique.
& 16.1 <I> = B A cos a = B A cos Oº = B A = 5,0 x 10-3 T x 0 ,030 m2 = 1,5 x 10-4 Wb
cp 6,0 X 10-4
16.2 <I> = B A cos a = B A cos Oº = B A ⇒ A = = , x _ = m 2 = 0,12 m 2
8 5 0 10 3
16.3 <I> = T
<I> <I>
⇒ 7f
Ili
=
B A cos a
8
A cos Oº <=>
1 cos a
2 = - 1- ⇒ cos a = 0,5 logo, a= 60°
209
FÍSICA 11.0 Ano
.......-:: s s o
:::...--->
Fig. 2.30 Indução
J J
eletromagnética.
O módulo da fo rça eletromotriz indu zida, E; ou e;, num circu ito fec hado, é igual ao módulo
da variação do fluxo magnético que atravessa o circuito por unidade de tempo.
Então, só é criada uma força eletromotriz induzida se o fluxo do campo magnético através da
espira variar (Fig. 2.31). Como <P = B A cos a, existe variação de fluxo magnético se:
• varia r o campo magnético, em módulo ou em direção;
• varia ra área da espira sujeita ao campo magnético;
• mudar a orientação relativa entre o campo magnético e a espira (varia o cos a).
Fig. 2.31 Produção de corrente elétrica induzida. Mais linhas de campo a atravessar a espira representam
maior fluxo magnético.
A Lei de Faraday indica que a força eletromotriz induzida será tanto maior quanto mais rapi-
damente variar o fluxo do campo magnético.
210
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
& 17.1 O fluxo magnético através da bobina é <P = N B A cos a. Mas a área da bobina
sujeita ao campo magnético vai variar. Inicialmente a bobina está toda fora da
região onde existe o campo magnético, sendo aí o fluxo nulo; mas o fluxo vai
aumentar à medida que mais área da bobina ficar sujeita ao campo magnéti-
co. Como a bobina tem 10 cm de lado, haverá um intervalo de tempo em que
toda a área da bobina estará sujeita ao campo magnético uniforme. Neste in-
tervalo de tempo, o fluxo magnético é constante. Com a saída da bobina da re-
gião onde existe o campo magnético, o fluxo magnético diminui até se anular.
<P 0,10
O módulo do campo magnético é: B = NA = x , x _ T = 0,20 T
50 10 10 2
211
FÍSICA 11.0 Ano
212
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
Para diminuir as perdas de energia por efeito Joule no transporte da corrente elétrica das
centrais até aos locais de consumo, são usados transformadores que primeiro elevam a ten-
são elétrica e depois, perto dos locais de cons umo, por razões de segurança, outros transfor-
madores reduzem a tensão elétrica.
C+iMMii41-ili·ti
18. A figura representa esquematicamente o processo de produção, transporte e distri-
buição da energia elétrica desde a central até aos locais de consumo. As linhas de
transmissão, ou transporte, da energia elétrica são linhas de alta tensão e o consumo
faz-se em baixa tensão. Nas linhas de transporte da corrente elétrica parte da energia
é dissipada por efeito Joule.
Linhas de transmissão
Linhas de distribuição
,..,
,..
r
18.4 Num transformador, ao aplicar-se 230 V ao primário, com 500 espiras, obteve-
-se no secundário 150 V.
Ili
Determine o número de espiras do secundário. Admita que a tensão em cada
enrolamento é diretamente proporcional ao seu número de espiras.
213
FÍSICA 11.0 Ano
O som cria uma vibração da membrana, que provoca um movimento relativo en-
tre a bobina do microfone e o íman que existe no seu interior.
Este movimento faz variar o fluxo magnético na espira, o que, de acordo com a Lei
• 1 - 1
to de onda (Fig. 2.37). 3
Hertz verifi cou que sempre que uma bobi na era per-
corrida por corrente elétrica, variável no t empo, se
produziam descargas elétricas entre esferas ligadas
a essa bobina. Verificou, também, que ocorriam ou-
Fig. 2.37 Experiência de H ertz.
tras descargas num anel metálico colocado a uma 1 - A bobina de indução produz alta voltagem.
certa distância das esferas e a elas não ligado, com- 2 - A descarga elétrica produz ondas
e letromagnéticas.
provando a teoria de Maxwell. Assim, Hertz descobriu 3 - As o ndas e letromagnét icas criam corrente
a forma de produzir artificia lmente ondas de rádio. e létrica num anel metá lico (ressoador).
214
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
A ve locidade das ondas eletromagnét icas, com uma frequência det erminada pela oscilação
de uma carga elétrica, depende do meio material onde estas se propagam.
v = >,J
20. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afi rmações seg uintes.
(A) Faraday comprovo u experimentalmente a teoria de Maxwell.
(8) Faraday, ao descobrir a indução eletromagnética, abriu camin ho não só para
a prod ução de energia elétrica mas também para a produção de ondas eletro-
magnét icas.
(C) Através do se u t rabalho teórico, Maxwell unificou conceptua lmente a eletrici-
dade e o magnet ismo.
(D) Heinrich Hertz estabeleceu a p rimeira com unicação por ondas eletromag néticas
a longa distância.
(E) Foi Maxwell quem comprovou que as ondas de rádio e a luz são ambas ondas
eletromag néticas.
(F) As ondas eletromagnéticas permitem com unicação a longas distâncias po rque
são ondas longitud inais.
215
FÍSICA 11.0 Ano
A percent agem de cada fração da energ ia incidente depende da frequência da onda inciden-
te, da sua inclinação em re lação à supe rfície do material onde incide e do t ipo de mat eria l.
Po r exemplo, a fração da radiação solar incidente que é refletida pela Terra na atmosfera e na
superfície designa-se por albedo da Te rra. O albedo da Terra é ce rca de 30%, sendo os restan-
tes 70% da radiação solar absorvidos pela atmosfera (19%) e pela superfície do p laneta - terra
e mar - (51%). Contudo, o comportamento da atmosfera é diferente para d ifere ntes frequências.
A at mosfera terrestre absorve fu ndamentalmente a radiação y, a rad iaçã o X, alguns ultravio-
leta e alguma radiação infravermelha de maior energia, transmitindo nas regiões do visível e
das ondas de rádio, designadas, muito apropriadamente, por <~anelas atmosféricas».
O comportamento da at mosfera terrestre relativamente às radiações incidentes é de vital impor-
tância pa ra a existência de vida e as janelas atmosféricas permitem a comunicação com o Espaço.
Embora a luz seja uma onda, no âmbito da ótica geométrica e la é representada po r raios lu-
minosos. Um raio luminoso é uma linha reta com a direção e se ntido da propagação da luz.
Um feixe de luz é um conjunto de ra ios luminosos.
Q uando um feixe pa ralelo de luz incide num espelho (mat eria l muito polido), origina ra ios
refletidos para lelos. Esta reflexão especular, ou regular, é a q ue perm ite ver a imagem dos
objet os nos espe lhos (Fig. 2.39 da esq uerda).
Na reflexão difusa, ou difusão da luz, raios luminosos para lelos são refletidos e m direções
va riadas (Fig. 2.39 da direita). A reflexão permite-nos ver os objetos que nos rodeiam, apesar
de e les não emitirem luz visível.
Consoante o grau de pol imento das supe rfícies, a reflexão pode ser mais especu lar (ma ior po-
limento) o u mais difusa (menor po limento). As ondas mecânicas, como, po r exemplo, o som,
também podem sofrer reflexão especula r e difusa.
Raios
Raios refletidos Raios
Raios refletidos
incidentes incidentes
216
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
A reflexão de o ndas elet romag néticas é utilizada no radar (o ndas de rádio e micro-o ndas) e a
refl exão de o ndas sonoras (ultrassons) no sonar, ecografia, sensores de estacionamento, etc.
A frequência de uma onda só depende da fonte que o riginou a onda e não do meio o nde e la
se propaga. No entant o, a velocidade de propagação da o nda depende do meio.
Na reflexão, a velocidade de propagação da onda e o seu comprimento de onda não variam,
porque a onda é refletida pa ra o mesmo meio.
Contudo, devido à absorção de energia na superfície de reflexão, a onda refletida t e m, em
gera l, menor int e nsidade do que a incidente.
M+i%i·i·i4Hffi+M
21. Um espelho p lano, em posição inclinada, forma um
âng ulo de 60º co m o chão. Na fig ura está representa-
da uma pessoa a o lhar para um es pel ho e alg uns raios
refletidos no espel ho, que incidem nos seus o lhos.
21.1 O rdene os ra ios refletidos po r o rdem crescente
de âng ul o de reflexão.
21.2 Q ual é a amplitude do â ngulo de incidência do raio q ue dá origem ao raio
refletido 3?
21.3 O raio refletido que pe rmite que a pessoa vej a os se us sapatos é o ra io
(A) 1. (B) 2. (C) 3. (D) 4.
& 21.1 O ângulo de reflexão é o ângulo entre o raio refletido e a normal ao espelho,
por isso, quanto mais afastado da perpendicular ao espelho, maior será o
ângulo de reflexão. Ordenação crescente de ângulo de reflexão: 4 , 3, 2, 1.
21.2 O raio refletido 3 é horizontal,
por isso, faz 60º com o espelho,
tal como o chão. Assim, o ângu-
lo com a normal ao espelho é de
21.3 (D).
Ili
30º. Como o ângulo de incidência
é igual ao de reflexão, conclui-se
que a amplitude do primeiro é tam-
bém 30°.
217
FÍSICA 11.0 Ano
não só do meio material, como também da frequência da vid ros crown 1,5 a 1,6
luz que o atravessa. A variação do índ ice de refração com vidros flint 1,6 a 1,8
a frequênc ia é, em geral, pequena. d iamante 2,42
Por vezes é útil cons idera r o índice de refração de um meio 2 em relação a um meio 1, n 21 , que
é igual à razão entre o índice de refração do meio 2 e o do meio 1:
n2 v1
n 21 = - = -
n 1 v2
em que n, e n 2 são os índices de refração dos meios 1 e 2, Fig. 2.43 Refração (n 2 > n,).
respetivamente.
1+1%1·i·it4Hli·I
22. Um raio luminoso monocromático incide num prisma de vi-
dro, como se mostra na figura ao lado. O índice de refração
do vidro em relação ao ar é 1,5.
22.1 Determine as amplitudes dos ângulos a e {3. a:
22.2 De entre os raios indicados, A, B, C e D, indique.j usti- 1- - -
ficando, qual represe nta corretamente o ra io que sai 37º
do p risma de v idro.
218
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
(j 23.1 O meio 2 é mais refringente (n2 > n 1), já que o ângulo entre a direção de
propagação da onda refratada (transmitida) e a normal à interface entre os
dois meios é menor do que o ângulo entre a onda incidente e essa normal.
23.3 A onda refletida propaga-se no mesmo meio da onda incidente, por isso,
ambas têm o mesmo comprimento de onda.
A onda transmitida propaga-se num meio mais refringente (maior n), por
isso, a onda propaga-se mais lentamente (menor v), sendo, por essa razão,
menor o comprimento de onda da onda refratada:
(v, > v2 <=> v, T > v2 T <=> \efietida > )\transmitida) Em suma, \ ncident e = )\refletida> )\transmitida"
219
FÍSICA 11.0 Ano
·n :n :n :n
R
~ - ~ ...
R
''
Ar
R
Agua
I i
/f( r ,- ~,, __ ~
a 1m --.•
, i
~~
, : r
~'--~-~
a>a~
I /
Reflexão e refração Situação limite Reflexão total
Fig. 2.44 A reflexão tota l ocorre qua ndo deixa de ocorrer refração.
Se a luz se propagar de um meio 1, de índice de refração n1, para um meio 2, de índice de refra-
ção n 2, em que n1> n 2 , o ângulo limite é aquele para o qual o ângulo de refra ção seria de 90º:
n2
n, sin ªrim =n2 sin 90º <=> sin ª lim =n = n2,
1
220
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
24.2 (A). Se o raio, ao entrar na fibra, fizer um ângulo com o eixo da fibra maior
do que 0m, então, o ângulo de refração no núcleo será também maior do
que 0, Como o ângulo de incidência na superfície de separação núcleo-
-revestimento é complementar do ângulo de refração no núcleo, conclui-se
que este último será inferior ao ângulo limite 0, e o raio será refratado para
o revestimento, mas também é refletido.
Fibra ótica
..,, Oº
0m /
------,---- --- - - - ~ . ~ - - - . - - - - _, - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - .
Ili
Eixo da fibra
221
FÍSICA 11.0 Ano
25. Um feixe de luz laser, de comprimento de onda no ar igual a 650 nm, incide na face
plana de uma lente de acrílico, exatamente no centro dessa face. Na figura surge
desenhado um trajeto do feixe. Os alunos mediram para diversos ângulos de inci-
dência, 01, da luz na superfície de separação ar-acrílico, os correspondentes ângulos,
02 , entre o feixe de luz que sai do acrílico para o ar, na face semicircular, e a normal à
face plana da placa. Na tabela apresentam-se os resultados obtidos.
25.1 Na face plana da placa, o feixe de luz refrata-se aproxim ando-se da normal,
portanto o índice de refração do acrílico é _ _ _ _ _ do que o do ar e a ve lo-
cidade da luz no acrílico é _ _ _ _ _ do que no ar.
(A) maior ... maior (8) maior ... menor (C) menor ... maior (D) menor ... menor
25.2 Explique por que razão os fe ixes de luz incidente na superfície de separação
acrílico-ar e os de luz transmitidos para o ar têm a mesma direção.
25.3 Um feixe de luz que incida na superfície de separação ar-acrílico _ _ _ __
reflexão total pois o ar é _____ refringente do que o acrílico.
(A) pode sofrer ... menos (C) nunca sofre ... menos
(8) pode sofrer ... mais (D) nunca sofre ... mais
25.4 Determine o va lor mais provável do índice de refração do acrílico em relação
ao ar.
Utilize as potencialidades da máquina de ca lcular gráfica.
~ 25.1 (8). Na refração, quando o ângulo entre o feixe de luz e a normal à superfície
de separação entre os meios diminui, o índice de refração do segundo meio,
n, aumenta. O índice de refração de um meio, n =~em que c é a velocidade
V
222
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
25.3 (C). A reflexão total só pode ocorrer se o índice de refração do meio para o
qual a luz se refrataria for menor do que o índice de refração do meio onde
se propaga o feixe de luz incidente. Como o índice de refração do acrílico
é maior do que o do ar não pode ocorrer reflexão total.
Ili
2.3.7 Difração de ondas
A difração torna-se mais visível quando o obstáculo e o comprimento de onda têm dimensões
próximas (Fig. 2.49 e Fig. 2.so).
223
FÍSICA 11.0 Ano
Devido ao tamanho dos obstáculos que encontram à superfície da Terra, as ondas eletromag-
néticas de maior comprimento de onda (de ordem de grandeza maior do que 1 metro) são as
que melhor se difratam, enquanto as de menor comprimento de onda (por exemplo, as micro-
-ondas) praticamente não se difratam, o que exige que entre o emissor e o recetor não haja
obstáculos. Na difração não há mundaça de meio, logo o comprimento da onda mantém-se.
O comprimento de onda de um laser pode ser determinado a partir da relação entre o padrão
de difração e o espaçamento entre as fendas por onde passa a luz.
Quando um feixe de luz monocromática incide perpendicularmente numa rede de difração, esse
feixe é difratado, podendo observar-se um padrão de pontos luminosos num alvo onde se projeta
a luz difratada. O padrão caracteriza-se por apresentar máximos e mínimos de intensidade lumino-
sa, em posições bem definidas no alvo, como a Fig. 2.s1 exemplifica.
Alvo
ordem 3 (n = 3)
Rede de
difração ordem 2 (n = 2)
Luz ordem 1 (n = 1)
monocromática
~:--:::..-:._-_---"~---1 ordem O (n = O)
ordem 1 (n = 1)
ordem 2 (n = 2)
ordem 3 (n = 3)
Com uma rede de difração, a posição dos pontos luminosos no alvo pode ser determinada a
partir da expressão n À= d sin 0, sendo:
• n um número inteiro que indica a ordem do máximo: n = O (ordem O) para o ponto lumino-
so na direção perpendicular à rede, n = 1 (ordem 1) para os pontos luminosos mais próxi-
mos do ponto luminoso central (m áximo de primeira ordem), etc.;
224
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
26. Por que razão é a difração das ondas sonoras evidente no dia a dia, contrariamente
à difração da luz, que praticamente não se obse rva?
27. Uma rede de difração, com 5,0 mm de largura, tem 3000 ranhuras. Sobre a rede de
difração incidiu perpendicularmente um laser de 532 nm.
~ Smm_ x~
~ 27.1 A distância entre duas fendas consecutivas é - 1,7 10 mm.
3000
27.2 n = 1; n /\, = d sin e~ 532 X 10- 9 m =1,7 X 10-G m sin e ⇒ e= 18º.
Ili
as frequências do sinal recebido e do em itido. Todavia, reg istam-se diferenças entre as fre-
quências d as o ndas recebidas e emitidas quando entre a fonte emissora da onda e o recetor
há afastamento ou aproximação.
A este fenómeno, comum a todas as ondas, atribuiu-se o nome de efeito Doppler.
22 5
FÍSICA 11.0 Ano
Através da análise dos espetros da luz em itida por corpos celestes em movimento em relação
à Terra , o efeito Doppler permite medir a ve locidade desses co rpos. Se houver afastamento,
o espetro sofre globalmente um desvio para frequências menores, ou seja, deslocando-se
para o vermelho (redshift); se ocorrer aproximação, o desvio dá-se no sentido das frequências
maiores, ou seja, para o azul (blueshift) {Fig. 2.53).
A
Estrela
parada
B Estrela a
afastar-se
e Estrela a
aproximar-se
Fig. 2.53 Efeito Doppler devido a movi mento orbital de um sistema binário de estrelas.
& Estando o oscilador fixo seria de esperar que a frequência das ondas medidas no
ponto A e no ponto B fossem iguais à do próprio oscilador. Na figura observa-se que
as frentes de onda que chegam ao ponto A estão mais próximas do que as que che-
gam ao ponto B (o comprimento de onda das ondas que se propagam até A é menor
do que o comprimento de onda das ondas que se propagam até B). Assim, verifica-se
que ao medir-se a frequência das ondas no ponto A se encontrará um valor maior do
que a medição efetuada em B. Como há variação na frequência que é recebida, pode
concluir-se que o oscilador está em movimento, aproximando-se do ponto A.
226
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
29. Uma esta ção de rádio emite ondas médias na faixa de 1 MHz.
29.2 Estas ondas contornam facilmente obstáculos como casas, carros, árvores de-
vido ao fenómeno físico da
(A) reflexão.
(8) difração.
(C) refração.
(D) transmissão.
e 3,0 108 m
Ili
x
29.1 (D). À = - f = - - - - = 300 m
1 x 106 Hz
29.2 (8).
30. Uma rede de difração com 1,0 cm de largura tem 10 000 ranhuras paralelas. Um laser
vermelho, incidindo perpendicularmente à rede, sofre um desvio de 40,5º relativa-
mente a um máximo de primeira ordem.
10 X 102
30.1 n=1· n Ã=dsin 0<;:::;>Ã = ' msin405º ⇒ Ã =65x10-7 m
' 10000 ' '
30.2 A um laser verde corresponde um comprimento de onda menor do que ao
vermelho, por isso, tendo em conta a expressão para a rede de difração, as
amplitudes dos ângulos dos máximos irão diminuir (como À aumenta, sin e
também aumenta; ora, a um maior sin 0 corresponde um maior 0 - a função
seno é crescente no 1. 0 quadrante).
227
FÍSICA 11.0 Ano
Questões propostas
Sinais e ondas
2. Uma oscilação periódica origina, na superfície de um lago, ondas que inicialmente se pro-
pagam a 2,9 m/s e têm um comprimento de onda de 4 ,2 m. Na região menos funda do lago,
essas ondas passam a propagar-se a 1,8 m/s.
O comprimento de onda das ondas na região menos funda do lago é
(A) 0,38 m. (8) 1,4 m. (C) 2,6 m. (D) 6 ,8 m.
y / cm p
3. A figura representa, no instante t = O s, uma 6
(8) (D)
y / cm y / cm
6 .. . ........ , 6 .... .
3 3 .. .. .
oo
- 3 ......... .
4. Um estudante produz uma onda numa corda, cuja forma, no instante t = O s, se representa no
gráfico 1, no qual estão assinalados quatro pontos da corda: P, Q , R e S. A componente escalar y
da posição de um dos pontos assinalados no gráfico 1, em função do tempo t, está representada
no gráfico li. Considere que a onda se propaga no sentido positivo do eixo dos xx.
Gráfico 1 Gráfico li
y / cm y / cm
6 ...... .... , ...... 0 .. , .......... , ..... ...... , 6 -··· -···· ·•·· ...... . ...... .... ••-,•·· -···· ···,
' '
' '
3 3
oo x l cm
0 + -- - - t --1-- + - - ---+--- - + - - - - - - >
tis
-3 .... -3
-6 .......... ! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .' . . . . . . . . . . .
228
DOMÍNIO 1 Ondas e eletromagnetismo
(A) (C)
y / cm y / cm
6 6
3 3
o o
-3 -3
-6 -6
(B) (D)
y / cm y l cm
6 6
3 3
o o
-3 -3
-6 -6
5. Um agitador produz um sinal harmónico de amplitude 1,0 mm que se propaga numa tina de
ondas. Verifica-se que, num dado ponto da água , passam 300 cristas num minuto e que a
distância entre cristas sucessivas é 4 ,0 cm. Admita que as ondas que se propagam na água
são transversais.
No final da experiência , o agitador é desligado. Após esse instante, qual é o intervalo de
tempo necessário para que um ponto na superfície da água, situado a 20 cm do agitador,
fique em repouso?
6.1 Determine o número de vibrações com pletas executadas por uma camada de ar durante
o intervalo de tempo em que o Miguel assobia.
229
FÍSICA 11.0 Ano
Questões propostas
6.3 O assob io da Rita produ z uma onda sonora de frequência duas vezes maior do que o do
Migue l. Qual é o gráfico de p em função de x para esta segunda o nda sonora?
(A) (C)
p p
40 120 x/cm
(D)
X z Q w
V • • •
Máxima
pressão
•
T
M ínima
pressão
230
DOMÍNIO 1 Ondas e eletromagnetismo
nnonnnnnnnnnnon, 1
.A\fVVVVl/1/1/1/VV\fVVV .
l º I"" """
~°'-
V V VV V\/ \TVV
/ \ / \ / \ / \ / \ / \ / \ / \ / \ 1
1
B
9 .4 Qual é o nome dado à característica do som que permite ao ouvido humano distinguir os
sons correspondentes aos gráficos C e E?
Eletromagnetismo
10.3 Ordene as intensidades do campo elétrico nos pontos Y, P e W por ordem crescente.
231
FÍSICA 11.º Ano
Questões propostas
11.1 Ao estabelecer-se uma corrente elétrica, suficientemente intensa, no fio, a agulha d a bússola
(A) desvia-se e a esfera permanece na mesma posição.
(B) desvia-se e a esfera aproxima-se do fio.
(C) não se desvia e a esfe ra permanece na mesma posição.
(D) não se desvia e a esfera aproxima-se do fio.
11.2 Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações segu intes.
(A) Antes de se estabelecer uma corrente elétrica no fio, o campo magnético no ponto P
é nulo.
(B) Qua ndo o fio é percorrido por uma corrente elétrica , o campo magnético criado pela
corrente é mais intenso em P do que em Q.
(C) Os campos magnéticos criados pela corrente elétrica em P e em R são paralelos mas
têm sentidos opostos.
(D) Antes de se estabelecer uma corrente elétrica no fio, o campo magnético no ponto R
é paralelo ao eixo dos xx.
(E) A linha de campo magnético criado pela corrente elétrica, que passa no ponto R, é
uma reta paralela ao eixo dos yy.
(F) O campo magnético que se estabelece em redor do fi o, quando é estabelecida uma
corrente elétrica, não é uniforme.
S◊
co uniforme, vertical e paralelo ao eixo da bobina.
Esta bobina pode ser deslocad a horizontal ou verticalmen-
te ou, ainda, pode rodar em torno do eixo PQ da bobina ou R . . ,
da direção RS perpendicular a esse eixo. Considere que
a bobina, nos seus movimentos, permanece na região do
Q
campo.
12.2 Qual é a amplitud e do ângulo entre o eixo d a bobina PQ e as linhas de campo magnético
pa ra que o fluxo do cam po magnético que atravessa a bobina seja nulo?
232
DOMÍNIO 1 Ondas e eletromagnetismo
13. Uma bobina com 30 espiras, cada uma com a área de 5,0 x 10-4 m 2 , foi
colocada com o seu plano fazendo um ângulo de 60º com a direção \ 60°
\
de um campo magnético uniforme de 0,25 T. 1
, ' , \
' '
' ' '
\
'
1' '1
' 1 1 '
10 '1 1
1
' 1
1
'
1 '
'
1
'
-10
' 1
1
'
1
'
0,05
·v ·
'
'
1
•
1
1
'
'
0,10
'
1
'
1
1
'
'
'
1'
t/s
'
\ ' '\, \
'\,
- 20
\
',' \,
14. Na figura, que não está à escala , representa-se, de duas perspetivas diferentes, uma bobina
de secção quadrada, com 9,0 cm de lado e 200 espiras, forçada a mover-se com velocida-
de, v, constante, perpendicularmente à direção Bobina Bobina
de um campo magnético, B,uniforme.
A região onde existe o campo magnético tem lv 1
1
~
,.
uma altura, L, igual a 25,0 cm e o fluxo do cam- L
po magnético através da bobina varia de acordo íL -----'--4
1 ~ B
com o gráfico seguinte, desde a posição inicial, 1, ---+--+-> â
''
da bobina imediatamente acima da região consi-
derada, até à sua posição final, F, imediatamente
l ---.-.->
F~
F : :
abaixo dessa região. Considere que fora da re- ''
gião de largura L o campo magnético é nulo.
233
FÍSICA 11.0 Ano
Questões propostas
15. A diferença de potencial elétrico eficaz nas tomadas das nossas casas é 230 V em corrente
alternada. Essa diferença de potencial tem origem na produção de correntes elétricas ge-
radas em centrais elétricas.
15.1 No tra nsporte da corrente elétrica, das cent rais até aos locais de consumo, são usados
transformadores que primeiro elevam e depois reduzem a diferença de potencial elétrico.
(A) contínua ... const ante (C) alternada ... const ante
Ondas eletromagnéticas
16. Um dínamo de bicicleta é constituído por uma parte fixa, a bobina onde é gerada a corren-
te elétrica , e por uma parte móvel, na qual um íman permanente roda por transmissão do
movimento de rotação da roda da bicicleta.
Lâmpada
N~ S
Parte ~ an
234
DOMÍNIO 1 Ondas e eletromagnetismo
A experiência mais famosa de Faraday foi, de certo modo, o recíproco da experiência de Oersted.
O movimento da carga elétrica causa o magnetismo. Porque não haveria então o movimento
magnético de causar a eletricidade?
O dispositivo experimental consistiu num circuito, sem pilha, no qual existia uma bobina.
Fazendo um iman entrar e sair no interior da bobina, criava-se uma corrente elétrica no circuito,
detetada pelo ponteiro de um instrumento de medida adequado. (...)
Faraday não imaginou, porém, a transmissão de notícias à distância com luz invisível. Era areia
de mais para a camioneta dele. O vaivém dos eletrões num circuito adequado provoca, em certas
condições, ondas de rádio, a luz que, apesar de invisível, permite hoje escutar vozes e ver imagens
à distância.
Carlos Fiolhais, Física Divertida, Gradjva, Lisboa, 1991, pp. 127-128, 137
Escreva um texto estrutu rado e com linguagem científica adequada em que relacione as
experiências de Oersted, Faraday e Hertz, fazendo referência aos seg uintes tópicos:
• a principal co nclusão da experiência de Oersted;
• o processo de produção de correntes induzidas descoberto por Faraday;
• a confirm ação da teoria de Maxwell com a experiência de Hertz.
17. Numa experiência para verificar a lei de Snell-Descartes, um grupo de alunos trabalhou
com um ponteiro laser e uma placa paralelepipédica de um material X desconhecido.
Fizeram incidir a luz na fronteira ar-material X e mediram a,, a amplitude do ângulo de inci-
dência no ar, e a 2 , a amplitude do ângulo de refração no material X.
Registaram os seguintes dados:
17.1 Qual dos esquemas pode traduzir a situação descrita para um ângu lo de incidência de 40º?
47 . .; :. Ar 40/
~A Ar
~A
50/ Ar
: 28,9°
235
FÍSICA 11.0 Ano
Questões propostas
~
incidir na su perfície da água com o mesmo ângu lo 1,34
de in cidê ncia do raio 1
1,33
(A) o ângulo de refração será me no r do qu e 2 8,9 º.
~~~-------,-------
(B) o ângulo de reflexão será menor do que 40º.
400 500 600 700
(C) não é refratado, pois sofre reflexão tota l.
M nm
(D) sofre um desvio igual ao da luz laser ve rmelha.
19.3 Determi ne o índice de refração da casca, n 2 , para o qual o âng ulo crítico na interface
núcleo-casca é 80º.
19.4 Qua l é a ca ract erística da fibra ótica q ue mi nimiza a atenuação do sinal que se propaga
ao longo da fibra?
20. Uma onda sofre desvios ao encontrar obstáculos ou fendas, encurvando-se em torno deles.
Na figura seguinte esquematiza-se o que ocorre a três ondas quando encontram fendas de
diferentes tamanhos.
Onda 1 Onda li Onda Ili
236
DOMÍNIO 1 Ondas e eletromagnetismo
21. Duas antenas transmissoras, uma de rádio AM - 950 kHz e outra de rádio FM - 97,7 MHz, foram
instaladas no cimo de um monte. Entre as antenas e a casa da Maria há um prédio, como mostra
a figura. Na casa da Maria, a receção de rádio FM é fraca, mas a de rádio AM é boa.
21.1 Qual é o fenómeno, ca racterístico das ondas, que permite a receção do si nal na casa
da Maria?
21.2 Porq ue é que a em issão em AM é recebida em melhores condições do que a emissão
em FM?
22. A luz de um laser de comprimento de onda 650 nm incide numa rede de difração, o que
origina um padrão de difra ção num alvo a 50 cm da rede. No alvo, a distância entre os
máximos de segunda ordem e o centro é de 13,5 cm .
Considere a expressão nÀ = d sin B.
22.1 O padrão de d ifração pressupõe que a distância entre fen das e o compriment o de o nda
da luz são de ordens de g randeza ______ e os máximos desse padrão correspon-
dem aos pontos em que a luz proveniente das diversas fendas interfere _ _ _ _ __
(A) próximas ... co nstrutivamente
(B) próximas ... destrutivamente
(C) afastadas ... construtivam ente
(D) afast adas ... destrutivamente
237
Química
,, .º l~J,o
oornín\o 1
Equfübr\o quírn,co
0ornín\O 2
Reações ern sis\ernos aquosos
QUÍMICA 11.0 Ano
Domínio 1
Equilíbrio químico
1.1 Aspetos quantitativos das reações químicas
Uma reação química, por exemplo a formação da água resultante da reação entre o hidro-
génio e o oxigénio, pode ser representada com um modelo molecular em que cada átomo é
representado por uma esfera.
A nível molecular, cada duas moléculas de hidrogénio, H2 , reagem com uma molécula de
oxigénio, 0 2
, formando-se duas moléculas de água, H 2 O. Uma representação simbólica desta
reação, que usa as fórmulas de estrutura, é a que se segue:
Sabe-se que numa reação que ocorra em recipiente fechado, o número de átomos de cada
elemento químico e, consequentemente, a massa tot al, permanece constante. Esta conserva-
ção da massa durante uma reação química denomina-se Lei da Conservação da Massa (ou
Lei de Lavoisier) e está na base de uma outra represent ação simbólica: as equações químicas.
Uma equação química é uma representação simbó lica duma reação química. Para cada um
dos elementos químicos envolvidos numa reação química, tem-se que o número de áto-
mos nos reagentes deve ser igual ao número de átomos nos produtos da reação.
Numa equação química, os coeficientes estequiométricos são números que indicam a pro-
porção da quantidade de matéria em que os reagent es e os produtos intervêm na reação (são
omitidos na equação química quando são 1).
Coeficientes estequiométricos
H ➔ (2 x 2) = 4 H ➔ (2 x 2) = 4
Ü ➔ (1 X 2) = 2 Ü ➔ (2 X 1) = 2
A equação química também pode ser lida em termos de quantidade de matéria: 2 moles de
moléculas de hidrogénio, H 2 , reagem com 1 mole de moléculas de oxigénio, 0 2 , originando 2
moles de moléculas de água, H2 O.
240
DOMÍNIO 1 Equillbrio químico
Relações estequiométricas
A interpretação das reações quím icas permite, por exemplo, responder a questões do tipo
«Que quantidade de produto se poderá obter a parti r de determinadas quantidades de rea-
gentes?» ou «Que quantidades de reagentes se devem utilizar para obter uma quantidade
específica de p roduto?»
Por exempl o, como se pode prever a quantidade de amoníaco, NH 3 , que se pode produzir a
partir da reação de 2,0 mal de hidrogénio, H 2 , com nitrogénio, N)
241
QUÍMICA 11.0 Ano
2. Nas naves espaciais utiliza-se hidróxido de lítio, LiOH, sólido, para eliminar o dióxido
de carbono , CO2 , exalado pelos seus ocupantes. O hidróxido de lítio reage com o
dióxido de carbono gasoso, originando carbonato de lítio, Li 2CO3 , sólido, e água,
H 2 O, líquida.
1 mol CO2
⇒ n c 0 2 = (4,18 x 10- 2 mol LiOH) x mol LiOH = 2,09 x 10- 2 mol CO2 .
2
Cálculo do número de moléculas de CO 2 :
242
DOMÍNIO 1 Equillbrio químico
3.2 Determine o vol ume mínimo de ar, medido em condições PTN, necessário para a
produção da massa de NH 3 referida, sabendo que o N 2 utilizado neste processo
provém do ar atmosférico, cuja composição é 78% em volume de N2 .
243
QUÍMICA 11.0 Ano
M+iiil·i·itiHll·I
4. Em alguns países, o álcool utilizado como combustível para veículos motorizados é
constituído essencialmente por etanol. Na combustão completa do etanol, C2 H 5 0 H,
forma-se dióxido de carbono, C0 2 , e vapor de água, Hp.
e mc
2
HsoH x Mc2HsoH = 16,48 mol x 46,08 g moI-1 = 759,4 g
= nc
2
HsoH
Esta diferença tem diversas causas. Por exemplo, é possível que uma parte dos reagentes não
tenha reagido (reação incompleta), ou que tenha reagido de uma forma diferente da desejada,
em que se formam produtos diferentes do produto pretendido (ocorrendo então reações secun-
dárias). Por outro lado, nem sempre é possível recuperar todo o produto da mistura reacional.
O rendimento de uma reação relaciona a quantidade real de produto obtida com a quantida-
de teórica (calculada a partir da relação estequiométrica):
T)(%) = n ,ealdeproduto x 100%
n teórica de produto
O rendimento também pode calcular-se a partir da massa ou do vo lume (no caso de gases):
m V
T)(%) = real de produto X 100% 11(%) = real de produto X 100%
m teórica de produto v teórico de produto
244
DOMÍNIO 1 Equillbrio químico
NaCt' (aq) + NH 3 (aq) + CO 2 (g) + H 2 O (€) ➔ NaHCO 3 (s) + NH 4 Ct' (aq) (1)
Determine a massa de cloreto de sódio, NaCt', que deve ter sido utilizada para sin-
tetizar a referida amostra de carbonato de sódio.
A «química verde» está assoc iada a uma prática da Química com objetivos de obter a priori
proteção intencional do ambiente e da saúde humana. Centra-se em conceber, desenvolver
e aplicar produtos e processos químicos que impliquem a redução ou eliminação de subp ro-
dutos prejudiciais para a saúde humana e para o ambiente.
245
QUÍMICA 11.0 Ano
e+
Reagentes
--+
'
Produto desejado
1+1%1·1·114Hli·I
6. O titânio encontra a sua maior aplicação na indústria aeronáutica militar e espacial.
Apresentam-se a seg uir dois processos de extração do titânio, cujas reações globais
são traduzida por:
• processo Hunter:
Ti0 2 (s) + 2 ce (g) + e (s) + 4 Na (C) ➔ Ti (s) + co
2 2
(g) + 4 Nace (C)
• processo eletrolítico:
Ti0 2 (s) ➔ Ti (s) + 0 2 (g)
6.1 Compare a eficiência dos dois processos de produção do titânio com base na
economia atómica percentual, para cada uma das reações.
Processo eletrolítico:
m átomos de reagentes incorporados no produto desejado =
47,87
246
DOMÍNIO 1 Equillbrio químico
& 6.2 O produto secundário obtido no processo eletrolítico é o oxigénio que não é
perigoso e pode ser útil. No processo Hunter há maior produção de produtos
secundários e utiliza como reagente o cloro que é tóxico e não renovável.
A síntese do ácido acetilsalicílico pode ser feita a partir da reação entre o ácido salicílico e o
anidrido acético, na presença de ácido su lfúrico. A equação química que traduz a reação de
síntese do ácido acetilsalicílico é a seguinte:
- ctrny
H2 SO,
o
CH
3
Ácido salicílico Anidrido acético Ácido acetilsalicílico Ácido acético
C7 H6 0 3 C, H6 0 3 C9 H8 0, C2 H,0 2
(M = 138, 13 g mol- 1) (M = 102, 10 g mo1- 1) (M = 180,1 7 g mol- 1 )
7.4 Qua l foi o motivo que levou os alunos a secar os cristais dentro de um exsicador,
à temperatura ambiente?
7.5 Os alunos recorreram à fi ltração a pressão reduzida para separar os cristais ob-
tidos da mistura sobrenadante. Caso o grupo de alunos optasse pela filtração
por ação da gravidade e o mesmo tempo de secagem, que influência t eria esse
procedimento na medida do rendimento da síntese? Justifique.
247
QUÍMICA 11.0 Ano
f/ (%) =
mAAS obtido
. 4,55 g
X 100% = - - - X 100% = 70%
M AAS teórica 6 ,52 g
248
DOMÍNIO 1 Equillbrio químico
Em sist ema fechado, algumas reações, ao fim de um certo t empo, parecem «terminar»: a cor
deixa de va riar, acaba a libertação de gases, não se forma mais sólido, etc. Em va riadíssimos
casos, a reação aparentemente termina antes de pelo menos um dos reagentes pratica mente
se esgot ar, o que co nduz a uma mistura reac ional onde coexistem reagentes e produtos.
Se a reação fosse co mpleta, a cor castanha deveria atenuar-se progressivament e até fica r
incolor, pois no fi m o N2 0 4 deveria ser a única espécie presente no sistema reacional. No en-
tant o, o que se observa é que, a partir de certa altura, a tona lidade do sistema reacional deixa
de varia r e a co r observada é castan ho claro.
Conclu i-se assim q ue a reação é incompleta: termi na sem que o reage nte se esgote (existin-
do vá rios rea gentes, nenhum deles se esgota). A explicação para este facto é que, à medida
que se va i formando N2 0 4 , ocorre gradua lmente a reação inversa descrita por:
A estabilização da cor, ao fim de algum t empo, significa que as concentrações dos gases N0 2
e N 2 0 4 present es no sistema reaciona l não variam. O estado do sistema reacional em que as
concentrações de t odos os reagentes e prod utos deixam de variar com o t empo designa-se
por estado de equilíbrio químico.
249
QUÍMICA 11.0 Ano
Equilíbrio químico
Na síntese d e Haber, o amoníaco, NH 3 (g), produ zido na reação d iret a pode decompor-se em
nitrogénio, N2 (g), e hidrogénio, H2 (g), na reação inversa:
Dado que as concent rações dos reagentes e dos p rodutos não variam com o tempo, atinge-
-se o equ ilíbrio quím ico, daí se conc luir que as velocidades das rea ções d ireta e inversa são
iguais (Fig. 1.3).
o
,ro
?
e
Q)
ü
e
o
o
Fig. 1.2 Evolução das co ncentrações Fig. 1.3 Evolução das velocidades das
das espécies químicas ao longo do reações direta e inve rsa ao longo d o
tempo na reação de síntese tempo.
do amoníaco.
Q ua ndo to das as substâncias da mistura reacio nal se encont ram na mes ma fase, o equilíbrio
químico di z-se homogéneo.
Um sist e ma químico pode atingir vários estados de equilíbrio à mesma temperatura , depe n-
dendo das concentrações iniciais (Fig. 1.4 ) .
o Tempo o Tempo
Fig. 1.4 Evo lução temporal das co ncentrações d e H2 , N 2 e NH3 , partindo de situações em
que inicialmente existe apenas NH3 (A); inicia lmente todas as espécies estão presentes (B).
250
DOMÍNIO 1 Equillbrio químico
li Ili
o
«ll
o o
<(ll
o
<(ll
o e
~ ~ (ll
e e e e
~
(1) (1)
o o B
e e e
o o o
o o o
B
A
A
A
Tempo Tempo Tempo
251
QUÍMICA 11.0 Ano
Em geral, para uma reação química em equilíbrio homogéneo a uma determinada temperatu ra:
onde A, B, e, D... são as substâncias que pa rticipam na reação e a , b , e, d ... os coefic ientes es-
tequiométricos, há uma constante Kc para todos os estados de eq uíli brio a essa temperatura
e que é dada pela seguinte expressão algébrica:
O quociente entre o produto dos valores numéricos das concentrações dos produtos da rea-
ção no estado de equilíbrio, elevados aos respetivos coeficientes estequiométricos, e o produ-
to dos va lores numéricos das concentrações dos reagentes no estado de eq uilíbrio, elevados
aos respetivos coeficientes estequiométricos, é const ante, a uma determinada temperatura.
Kc é a constante de equilíbrio, em que o índice «c» significa que é expressa em função dos
va lores numéricos das co ncentrações, quando expressas em mal dm-3 . O índice «e» significa
que são va lores correspondentes a um estado de equilíbrio. Kc é adimensiona l.
Se a temperatura for mantida constante, verifica-se que as concentrações iniciais dos rea-
gentes e dos produtos não influenciam o valor da constante de equilíbrio. Quando se faz
va riar a temperatura do mesmo sistema reacional, verifica-se que o va lor da constante de
equilíbrio depende da temperatura do sistema reacional.
A constante de equilíbrio est á relacionada com a extensão das reações. Para a reação quí-
mica escrita acima, à t emperatura T:
252
DOMÍNIO 1 Equillbrio químico
Quanto mais extensa for uma reação, menos extensa será a sua reação inversa.
i+i%i·i·lt4Hffi+M
9. O sistema reacional seguinte foi submetido a diferentes temperaturas. Nos gráficos
A e B, apresenta-se a variação ao longo do tempo da concentração dos reagentes
e dos produtos da reação para duas temperaturas. Admita que a reação ocorre em
sistema fechado.
ik ----
A
li
Q)
o
e
o
ü
t*
Tempo Tempo
Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
(A) O gráfico A indica que há maior quantidade de produtos do que reagentes no
equilíbrio.
(8) A temperatura do sistema em B favoreceu mais a extensão da reação.
(C) As linhas a verde podem traduzir a variação ao longo do tempo da concentração
de CO + H2 0.
(D) O instante no gráfico A em que a concentração dos produtos é igual à concen-
tração dos reagentes corresponde ao instante em que se atinge o equilíbrio
químico.
(E) A partir dos instantes t (gráfico A) e t* (gráfico B), a reação direta deixa de ocorrer.
(F) As alterações de temperatura a que foi submetido o sistema reacional que con-
duziram aos gráficos A e B alteraram a constante de equilíbrio, Kc.
253
QUÍMICA 11.0 Ano
& 10.1 Para produzir a mesma quantidade de N0 2 é necessário utilizar menor quan-
tidade de N2 O 4 para a temperatura de 500 K. Como a constante de equilíbrio
mede a extensão das reações químicas, pode calcular-se Kc para as diferen-
tes temperaturas:
11. Uma reação crucial na produção industrial de ácido sulfúrico envolve a conversão
do dióxido de enxofre em trióxido de enxofre, qu e se pode traduzir por:
2 SO 2 (g) + 0 2 (g) ~ 2 SO 3 (g).
Introduziram-se 0,20 ma l de SO2 (g) e 0,20 mal de 0 2 (g), num reator de 1,6 L de
capacidade, à temperatura T. Depois de o sistema químico atingir o equilíbrio, veri-
fic o u-se que 80% da quantidade ini cial de SO 2 (g) tinha reagido.
Determ in e a constante de equilíbrio, Kc, da reação conside rada, à temperatura T.
254
DOMÍNIO 1 Equillbrio químico
• •
0,20 mo l 0,20 mol o
-2x - X + 2x
0,20- 2x 0 ,20-x 2x
Quociente da reação
Para saber se, num determinado instante e a uma determinada tempe ratura, um sistema está
ou não e m equilíbrio, determina-se o quociente da reação, Q c. Para uma reação química (sis-
tema homogéneo):
aA+bB+ ... ~cC+dD+ ...
o quociente da reação, Q c' exprime-se por uma relação idêntica à de K c, mas as concentra-
ções dos reage ntes e dos produtos da reação são as do estado do sistema nesse in sta nte,
que, geralmente, não é o de equilíbrio:
Se o sistema não está em equilíbrio, as velocida des das reações direta e inversa são diferen-
tes. Qual será o sentido dominante pa ra a reação até at ingir um novo estado d e eq uilíbrio?
255
QUÍMICA 11.0 Ano
2 (1,12 1Q- 3 ) 2
INH 3 1 X
12.1 Q = 29 5
e IN2lx IH2'3 (2,23 X 10- 2) (1,24 X 10- 2) 3 = •
12.2 Como Q c -;t. Kc, a reação não está em equilíbrio. O sistema evoluirá sempre
de maneira a tornar o valor de Q c mais próximo da constante de equilíbrio.
Neste caso, como Q c < Kc , Q c tende a aumentar, logo, a reação progride
no sentido de aumentar a concentração dos produtos e diminuir a concen-
tração dos reagentes, ou seja, o sentido dominante para a reação é o direto.
Quando se provoca uma determinada perturbação num sistema reacional em equilíb rio, o
sistema não fica, em geral, num estado de equilíbrio e vai ser favorecido um determinado
sentido da reação, de forma a atingir um novo estado de equilíbrio.
As perturbações que podem alterar o equilíbrio de um sistema reacional são as que se rela-
cionam com os fatores que afetam o quociente da reação ou a constante de equilíbrio:
Concentração
Para um sistema em equilíbrio um aumento da concentração dos reagentes (por exemplo, adi-
cionando reagentes a volum e constante) ou uma diminuição da conce ntração dos produtos
da reação (por exemplo, retirando produtos a vo lume constante) implica que Q c fique menor
do que Kc, o que fa vorece a formação de produtos (favorecimento da reação no sentido di-
reto: Q c aumentará at é igualar KJ Uma diminuição da concentração dos reagentes ou um
aumento da conce ntração dos produtos da reação origina o efeito oposto.
256
DOMÍNIO 1 Equillbrio químico
Pressão
A pressão de um gás, para a mesma temperatu ra, é t anto maior quanto maior for a quantidade
de matéria por unidade de volume.
Se a soma dos coeficientes estequiométricos das espécies reagentes no est ado gasoso for
igual à soma dos coeficientes esteq uiométricos dos prod utos no estado gasoso, a alteração
da pressão (por variação do volume) não infl uencia o estado de equilíb rio.
Temperatura
Verifica-se que, para uma reação exotérmica, a constante de equilíbrio diminui com o au-
mento da temperatura . Para uma reação endotérmica, a constante de equilíbrio aumenta
com o aumento da temperatura .
Princípio de Le Chãtelier
Princípio de Le Châtelier
Um sistema químico em equilíbrio, sujeito a alterações (de temperatura , pressão ou
concentração). tende a contrariar a perturbação que lhe foi imposta até atingir um novo
estado de equilíbrio.
A perturbação aumento de temperatura favorece o sentido da reação que ocorre com absor-
ção de energia, o sentido da reação endotérmica, at é se atingir um novo estado de equilíbrio.
257
QUÍMICA 11.0 Ano
13. Uma das principais etapas de produ ção do áci do su lfúrico é traduzida pela equação:
2 S0 2 (g) + 0 2
(g) ~ 2 S0 3 (g)
cocc 2
(g) ~ co (g) + cc 2
(g) ; t..H > o
O gráfico traduz a evolução, ao longo do tempo, das concentrações das espécies
envolvidas na reação de decomposição.
O)
E 0,14
"O
0, 12
o
E 0, 10
o 0,08
----
0,06
0,0 4
0,0 2
0,00
o 2 4 6 8 10 12 14 16 18
t / min
258
DOMÍNIO 1 Equillbrio químico
se a temperatura diminuir.
259
QUÍMICA 11.0 Ano
Temperaturas baixas: utilizam-se, pois, a reação direta é exot érm ica (aume nto da constante
de equilíbrio, ou seja, reação diret a mais ext ensa com a diminuição da temperatura).
Para aumentar a rapidez do processo utilizam-se catalisadores. Estes apenas permitem que
se atinja o equilíbrio mais rapidamente (a umentam a eficiência do processo), não havendo, no
ent anto, influência na extensão da reação.
Quando se mistura uma so lução que contém iões ferro(III), Fe 3• (Fig. 1.5), co m uma sol ução que
contém iões tiocianato, SCN- (Fig. 1.6}, forma-se o ião comp lexo tiocianato de ferro(III) , (FeSCN]2•.
Fig. 1.5 Solução aquosa de Fe(NO3 )3 • Fig. 1.6 Solução aquosa de KSCN.
A reação dá origem a um equilíbrio homogéneo, em fase líquida, traduzido pela equação química:
amarelo vermelho
A cor produzida pelo ião com plexo formado pode ser um indicador da posição de equilíbrio.
260
DOMÍNIO 1 Equillbrio químico
261
QUÍMICA 11.0 Ano
Questões propostas
1. Na produção industrial do ácido nítrico pelo processo de Ostwald, o primeiro passo consiste
na oxidação do amoníaco a óxido nítrico, na presença de um catalisador de platina. A figura
seguinte representa a reação com um modelo molecular.
N O
Pt
H + 9 --+ +
3 . O acetato de etilo, CH 3 COOC 2 H5 (M = 88,12 g mo1- 1) pode ser preparado a partir da reação
entre o etanol, C2 H 5 0H (M = 46,08 g mol-1), e o ácido acético, CH 3 COOH (M = 60,06 g mol- 1),
utilizando ácido sulfúrico como catalisador. Na reação também se p roduz água, H 2 0.
3.1 Escreva a equação química da reação, considerando que esta ocorre em meio aquoso.
3.2 Considere que se fizeram reagir 15,0 mL de etanol (p = 0,798 g cm-3 ) com igual vol ume de
ácido acético (p = 1,049 g cm-3 ). Determine:
a) a massa de reagente que fica por reagir se, na reação considerada, o reagente limitante
se esgotar;
b) o va lor máximo da massa de acetato de et ilo que pode ser preparado.
262
DOMÍNIO 1 Equilíbrio químico
4. Um dos processos de purificação do dióxido de titânio, TiO 2 , obtido a partir do minério rutilo,
é a cloração, que pode ser traduzida por:
4.2 Indique por que ra zão, no p rimei ro passo do p rocesso de p urificação do dióxi do de titâ-
nio, o carbono e o cloro são util izados em excesso.
5. Para eliminar o dióxido de carbono, CO2 , da atmosfera das naves espaciais, são utilizados
recipientes com hidróxido de lítio, LiOH. A reação que ocorre pode ser traduzida por:
5.1 Determine o volume máximo de dióxido de carbo no, medido em condições PTN, que
pode ser elim inado por 32 3 g de hidróxido de lítio.
5 .2 Na reação de 2,72 mol de CO2 com 8,3 5 mol de LiOH obtiveram-se 187 g de Li 2 CO 3 (s).
a) De aco rdo com a informação, conc lui-se que o LiO H é o reagente
e o rendi mento da rea ção é _ _ _ __
(A) em excesso ... 100%
(8) limitante ... 100%
(C) em excesso ... inferior a 100%
(D) limitante ... inferior a 100%
b) Admitindo que um dos reagentes se esgota e que as substâ ncias q ue reagem se trans-
formam totalme nte nos produtos da reação d ada, a massa de só lido prese nte no fina l
da reação seria
(A) 271 g.
(B) 2 57 g .
(C) 201 g.
(D) 187 g.
6. Jacques Charles ficou famoso por ter participado na con strução do primeiro balão com hi-
drogénio, em substituição do balão de ar quente. Para produzir o hidrogénio, com o qual o
balão foi cheio, Charles utilizou ferro metálico e ácido sulfúrico, de acordo com a equação:
6.2 o número d e ga rrafas de ácido sulfúrico, de concentração 18 mol dm-3 e com a capacida-
de 20,0 L, necessá rias ao enchiment o do balão.
263
QUÍMICA 11.0 Ano
Questões propostas
8. Nas modernas instala ções de produção de amoníaco, o hidrogénio é obtido a partir do me-
tano e do vapor de água.
9. O hidrogénio pode ser obtido laboratorial mente a partir da reação do alumínio, AC, com
ácido sulfúrico, H 2 S04 , de acordo com a seguinte equação química:
9.2 A 500 ml de solução aquosa d e ácido sulfú rico juntaram-se 15,14 g d e al umínio. No fina l
da reação verificou-se que fica ram por reagir 9,74 g de alumínio.
Calcule a concentração da solução de ácido sulfúrico, considerando que todo o ácido reagiu.
10. Nas centrais termoelétricas, o processo usado para minimizar a quantidade de dióx ido de
enxofre, S0 2 , libertado para a atmosfera consiste em usar o óxido de magnésio, MgO, para
fixar este poluente. Este processo é descrito pela equação:
Considere que numa central termoelétrica são, em média, libertadas para a atmosfera cerca
de 3000 toneladas de S02 por cada MW h de energia elétrica produzida.
10.1 Dete rmine a massa mínima de óxido de magnésio necessária pa ra remover o S0 2 pro-
duzido por cada MW h.
10.2 Calcule o vol ume mín imo de ar, medido e m condições PTN, que contém o oxigénio
necessário à remoção do S02 produzido.
Considere a percentagem, em volume, de 0 2 no ar 21%.
264
DOMÍNIO 1 Equilíbrio quím ico
11. Dissolveram-se 6,50 g de uma amostra de cloreto de sódio, NaCC, com 10% de impurezas
em 100 ml de água destilada. A esta solução adicionou-se uma solução de nitrato de pra-
ta , AgNO3, para que todo o ião cloreto, c C-, presente na solução inicial, precipitasse sob a
forma de cloreto de prata, AgCC:
12. O cianeto de hidrogénio, HCN, pode ser sintetizado através da reação do metano, CH 4 ,
com amoníaco, NH 3, e oxigénio, 0 2 • Nesta reação, que ocorre em fase gasosa, também se
produz água , H 2 O.
12.1 Escreva a equação quím ica da reação, consi dera ndo que esta ocorre em fase gasosa.
12.2 Considere que se fize ram reagir 175 kg de metano com igual massa de amoníaco e
oxigé nio em excesso. Determine:
a) o va lo r máximo da quantida de d e HCN que pode ser sintetiz ado;
b) a quantidade de reagente que fica por reagir q uando um dos reagentes é total mente
consumido.
12.3 Se o rendimento da reação fosse 97,5%, qual seria a massa d e amoníaco necessá ria
para si ntetizar a mesma q uanti dade de HCN7
13. O ácido adípico, C6 H 10 O 4 , pode ser preparado fazendo reagir ciclo-hexeno, C 6 H 10 , com di-
crom ato de sódio, Na 2 Cr2 O 7 , em solução aquosa de ácido sulfúrico, H 2 5O4 • A reação global
pode ser traduzida pela equação:
3 c . H,o (C) + 4 Na, cr,o, (aq) + 16 H, so. (aq) ➔ 3 c . H,P. (aq) + 4 Cr, (50.)3 (aq) + 4 Na,so. (aq) + 16 H,O (C)
O rendimento global para este processo de prepara ção do ácido adípico é cerca de 70%.
13.1 Q ual é a massa de ciclo-hexe no necessá ria pa ra p repa rar 12,0 g de ácido adípico?
14.1 Calcule a massa de oxigénio obtida quando se p ro cessa a remoção de 24,0 g de vapor
de água.
265
QUÍMICA 11.0 Ano
Questões propostas
14.2 O projetist a de um submarino p rete nde ca lcular a massa de superóxi do de potássio que
deve ser uti li zada para remove r 100 L de C0 2 • Determin e a massa de K0 2 necessá ria,
considerando qu e a densidade do dióxido de ca rbono removido é 1,80 g dm -3 .
15. O dicromato de sódio, Na 2 Cr2 0 7 , pode ser preparado por reação do cromato de sódio,
Na 2 Cr04 , com água e dióxido de carbono:
15.2 Com base nos p ress upostos da «química verde», expliq ue porque se opta por usar um
excesso de ág ua e de dióxido de carbo no.
16. A reação entre o óxido de ferro(III), Fe2 0 3 , e o monóxido de carbono, CO, tem como produto
desejado o ferro metálico:
16.2 Comente a afirmação: «De aco rdo com os press upostos da "q uímica verde ", uma reação
que aprese nte elevada eficiê ncia é am bientalmente adeq uada.»
16.3 De aco rdo com os pressupostos da «quím ica verde», pa ra ava liar a eficiência de uma
reação q uímica tem de se ter em conta
(A) a rentabilização do processo em te rmos económicos.
(8) a maximi zação da incorporação dos reagent es no produto fina l.
(C) a utilização d e energias renováve is.
(D) apenas o rendimento da reação.
17. O hidrogénio, H2 , pode ser obtido por reformação catalítica de g ás natural (CHi
Um outro processo consiste em fazer passar o vapor de água através de carvão, como
mostra a equação seguinte:
17.1 Compare a eficiência dos dois processos com base na eco no mia atómica para cada uma
das reações.
26 6
DOMÍNIO 1 Equilíbrio químico
18. Um dos métodos de síntese de iodeto de hidrogénio, HI (g), utiliza a reação entre o iodo,
12 , e o hidrogénio, H 2 . Numa experiência, 0 ,1 00 mol de cada uma das substâncias, 12 e H2 ,
foram colocadas num recipiente fechado de 1,00 L de capacidade e a mistura foi aquecida
a 425 ºC. A figura representa a progressão da reação química com um modelo molecular.
lodo
Hidrogénio
Iodeto de hidrogénio
18.1 Concl ua.j ustificando com base na figura, que a reação de síntese do iodeto de hidrogé-
nio, nestas condições, é uma reação incomplet a.
18.2 Escreva a eq uação química que trad uz a reação de síntese do iodeto de hid rogénio.
(D) 1
2
é ig ual a zero.
18.4 Considere q ue, no equ ilíbrio, a quantid ade de 12 na mistu ra reaciona l é 0 ,021 mo l.
Determi ne a constante de eq uilíbrio da reação, à temperatura de 42 5 ºC.
18.5 Qua l das condiçõe s não é ne cessária pa ra se atingir um e st ado de equilíbrio químico?
(A) Tempe ratura constante.
(B) Massa do sistema constante.
(C) Sistema fechado .
(D) Concentrações iguais de reagentes e produt os.
'124,0
19. Um recipiente fechado, contendo amoníaco, NH 3 , foi sub- u
020,0
metido à t emperatura de 800 ºC, o que provocou a decom- E
--- 16,0
posição do amoníaco. O gráfico representa a evolução das ü
267
QUÍMICA 11.0 Ano
Questões propostas
19.5 Na tabe la seguinte estão reg istados os valores da const ant e de eq uilíbrio, Kc, da reação
de síntese do amoníaco, a d uas temperatu ras diferentes.
T/ºC
25 3,3 X 10 8
327 4,1
Com para ndo o sistema no eq uilíbrio às duas temperatu ras consideradas, a 327 ºC
a reação é mais exte nsa no sentido - - - - ~ sendo _____ a conversão de
reagentes em produt os.
(A) direto ... maior (C) direto ... menor
(8) inverso ... maior (D) inverso ... menor
20. A figura apresenta o esboço do gráfico que t raduz a evolução da concentração, ao longo
do tempo, das espécies X, Y e Z que intervêm numa reação química em fase gasosa , à
temperatura T.
268
DOMÍNIO 1 Equilíbrio químico
22.2 Após a alt eração ao estado de eq uilíbrio a que o siste ma foi su bmetido no instante t2 ,
as velocidades das reações d ireta e inversa aumentaram, o que permite concl uir que
o sistema foi sujeito
(A) à adição de um catalisador.
(B) à remoção de reagentes.
(C) à remoção de prod utos.
(D) ao aumento da temperatura.
23. Num recipiente f echado de 2,0 L de cap acidade foi introduzida, à temperatura de 250 ºC,
uma determinada quantidade de pentacloreto de fósforo, PC€ 5 (g). Ao fim de algum tempo,
estabelece-se o equilíbrio representado pela seguinte equação química:
6.H > O
23.1 Determi ne a quantidade inicial de PC€ 5 (g) colocado no recipiente, sa bendo que a qu an-
tidad e d e reagente no e quilíbrio, à temperat ura de 250 ºC, é de 5,76 x 10-3 mol.
23.2 Preveja, j ustifica ndo, como variará a compos ição da mistu ra reacional se ocorrer uma
diminuição da temperatu ra do sistema em equilíbrio.
269
QUÍMICA 11.0 Ano
Questões propostas
23.4 Qual o gráfico que traduz a variação das concentrações das espécies presentes na mis-
tura reacional, após a adição de um cata lisador, no instante t , ao sistema em equilíbrio?
24. A 400 ºC, a constante de equilíbrio, Kc, para a reação de síntese do amoníaco é 0,5.
24.1 Num rec ipiente fec hado de 2,0 dm 3 de capacidade foram introduzidos, à temperatura
de 400 ºC, 0,342 mol de N 2 , 1,260 mol de H2 e 0,546 mol de NH 3 .
Determine se na evolução do sistema para o equilíbrio há consumo ou formação de NH3 .
25. O iodeto de hidrogénio, HI, pode ser obtido da reação entre o hidrogénio, H 2 , e o iodo, 1,
2
traduzida pela equação química seguinte:
270
DOMÍNIO 1 Equilíbrio quím ico
::::;-
25.2 Considere que se introduziu num reator de 1,00 L uma
o =---+-----HI
mistura de iodeto de hidrogénio, iodo e hidrogén io
É. 5,0
em fase gasosa. O gráfico represe nta a evo lu ção ao o
,ro
o
longo do tem po das concentrações dessas substân- ~ 3 ,0
eQJ :=,,,,.,..+-- - - - 12
cias, à temperatu ra de 770 K. {)
g 1,0 c=--I-----H2
ü ~ - - -~ ------>
Tempo
25.3 Num determi nado instante, depois de atingi do o estado de equilíbrio, à tem pe rat ura de
500 K, remove u-se HI do sistema reacional.
Qual dos gráfi cos seg uintes representa a evol ução da conce ntração de HI, ao longo do
tempo, até ser ating ido um novo estado de equilíbrio?
7____
Tempo Tempo Tempo Tempo
Num recipiente fechado, mantido a temperatura constante, fez-se reagir nitrogénio, N2 (g),
e hidrogénio, H2 (g).
A reação química progrediu , tendo-se atingido, num dado instante, uma situação de
equilíbrio. Este equilíbrio foi depois perturbado por alterações feitas ao sistema reacional.
(8) (C)
"1
E
u
o
E
u
Ind ique o gráfico que melhor representa a evolução do sistema reaciona l após as per-
turbações seg uintes ao estado de equ ilíbrio.
1. Aumento da concentração do produto da reação.
li. Au mento da co nce ntração de um dos reage ntes.
Ili. Diminuição da concent ração do produto da reação.
IV. Di minuição da concentração de um reagente.
271
QUÍMICA 11.0 Ano
Questões propostas
~----A
-----e
Pressão
20 0 63,6
300 27,4
400 8,7
500 2,9
272
DOMÍNIO 1 Equilíbrio químico
28. Um grupo de alunos realizou um trabalho laboratorial em que utilizou o seguinte equilíbrio:
O efeito da concentração das espécies presentes no equilíbrio foi estudado usando uma
placa de microanálise (ver figura). A solução aquosa de [FeSCNJ2 + é vermelha.
O grupo de alunos colocou 3 gotas da mistura reacional em equilíbrio anteriormente
preparada em cada uma das células da coluna B e apenas numa célula da coluna A .
Posteriormente, foram feitas alterações à mistura reacional das células da coluna 8 .
Na figura seguinte apresentam-se os resultados dos testes realizados pelo grupo de alunos .
28.1 Exp lique a alteração observada na cor da mistura reac ional das células da coluna B
comparada com a do eq uilíbrio inicial (coluna A), em relação à adição de:
a) Fe(N 0) 3 (aq); b) Ag N0 3 (aq); e) NaF (s).
28.2 O g ráfico ao lado traduz a evolução, ao longo do tempo, das concentrações das espé-
cies envolvi das na reação de formação do tioc ianato de ferro(III) , após perturbação do
equilíbrio inicial do siste ma reac ional. '"'
Q ual fo i o fator que perturbou o sistema u
E
o Fe3+(aq)
em eq uilíbrio? E
.___
(A) A adição de Fe3 + (aq). ü
[FeSCNJ2+ (ªq)i
(B) A diminuição da concent ração de
[FeSC N]2+ (aq).
(C) O aumento da temperatura .
(D) A diminuição da temperatu ra.
Tempo
273
QUÍMICA 11.0 Ano
Domínio 2
Reações em sistemas aquosos
2.1 Reações ácido-base
2.1.1 Definição de ácido e de base
Evolução histórica
O termo «ácido» foi associado ao sabor azedo, enquant o «base» foi associado a materiais
amargos e escorregadios ao tato.
Antoine Laurent Lavoisier (século XVIII) supunha que todos os ácidos continham oxigénio.
Humphrey Davy (século XIX) demonstrou que existem substâncias ácidas sem oxigén io,
como, por exemplo, o ácido clorídrico, HCt' (aq). Assim, surg iu a ideia de que o pr incípio aci-
dificant e poderia ser atribuído ao hidrogénio.
Justus von Liebig (século XIX) cons iderou que todos os ácidos deveriam ser «compostos de
hidrogén io em que este pode ser facil mente substituído por um metal».
Svante August Arrhenius (século XIX) - teoria iónica - admitiu a existência de iões em solu-
ções aquosas, e propôs uma nova teoria:
• ácido: substância que contém hidrogénio e que, disso lvida em água, dá origem a iões
hidrogénio, H+;
• base: substância que contém O H e que, dissolvida em água, se dissocia produzindo iões
hidróxido, O H-.
• o ião W não existe livre em solução aquosa, pois estabelece ligação com a molécula de
água, Hp, origina ndo o ião hidrónio (ou oxón io), H3 O+;
+
H - 0: + H+ -+ H- 0 -H
1 1
H H
• não explicava por que razão o amoníaco, NH 3 (substância molecular), se comport ava
como uma base, nem a acidez e basicidade de soluções aquosas de sa is;
• aplicava-se apenas a reações em so lução aquosa e, por isso, não explicava o comporta-
mento de ácidos e bases noutros solventes ou em fase gasosa.
Ácido: espécie (molécula ou ião) com tendê ncia para ceder um ião hidrogénio (H •) a
outra espécie.
Base: espécie (molécula ou ião) com tendência para aceitar um ião hidrogénio (W).
274
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
i+i-bi+it4H!+M
1. Na teoria protónica de Br0nsted-Low ry
(A) o solvente é sempre a água.
(B) um ácido é a espécie que aceita um ião H•.
(C) a água é sempre a espécie ácida.
(D) a água pode aceitar iões H•.
Por exemplo, na reação do cloreto de hidrogénio com a água, esta comporta-se como uma
base de Br0nsted-Lowry (recetor de iões hidrogénio).
H +
1
H-01 H- 0 1 + IC-€1
1
1
H H
Cloreto de hidrogénio Água Ião oxónio Ião c loreto
A cedência de H+ pelo cloreto de hidrogénio implica a rutu ra da ligação H-Ce nas moléculas
de cloreto de hidrogénio, devido às interações com as moléculas de água que, por sua vez,
estabelecem uma ligação com o ião hidrogénio, originando o ião oxónio, H 3 0 •.
Num outro exemplo, na reação do amoníaco, NH 3 , com a água (reação incompleta), esta com-
porta-se como ácido de Br0nsted-Lowry, sendo o amoníaco o recetor de iões hidrogénio
(base de Br0nst ed-Lowry).
~
r
+
H
_,_
+ @-01
1
H-N-H ..-- H- N- H + [ IQ - H
1 1 1
H H H
Amoníaco Água Ião amónio Ião hidróxido
275
QUÍMICA 11.0 Ano
A cedênc ia de H• pela água resulta da rutura de uma ligação H-0 nas moléculas de água,
devido às interações com as moléc ulas de amoníaco, NH 3 , que, por sua vez , estabelecem
uma ligação co m o ião hidrogénio, H+, orig inando o ião amónio, NH; .
O pH , um conceito introduzido por S0rensen, fornece indicação sobre o maior ou menor grau
de acidez, ou de alca linidade, de soluções aquosas, ou sobre a sua neutralidade.
Soluções neutras
------ -------
o 2 3 4
Acidez crescente
5 6 7 8 9 10 11
Basicidade crescente
12 13 14
pH e concentração hidrogeniónica
Concentração de H3Q+
276
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
pH
: ==========~
Solução aquosa ácida
Água pura
Solução neutra
Solução aquosa alcalina
10-1 10 14
♦ Concentração de H 3Q+
277
QUÍMICA 11.0 Ano
(A) A água pura, a 25 ºC, tem pH = 7,0. Quanto maior for a concentração
hidrogeniónica, H 3O+ (aq), na solução, menor é o valor de pH. Se a água da
chuva tem menor valor de pH do que a água pura, logo, terá maior concen-
tração de Hp+(aq).
(B) [H3Q+]água pura= 10-pH = 10-7 mol dm- 3 ; [H3Q+]água domar= 10-pH = 10-s mol dm- 3
7
_ _ [H3Q+]á ua ura ( 10- )
Relaçao entre os valores das concentraçoes: H • g P = _ = 10.
[ 3
0 ] água do mar 10 8
(D) pH = 7 4 ⇒ [H o +] .
' 3
, , = 10-pH= 10- 7 .4 = 3 98 X 10- 0 mol dm- 3
agua de piscina '
A água no estado líq uido, quando quimicamente pura, apresent a uma pequena condutivida-
de elét rica, pelo que devem existir iões na água «pura». Estes iões resultam de uma reação
espontânea entre as moléculas de água (Fig. 2 .4 ), que orig ina iões Hp+ (aq), os iões hidrónio,
e iões O H- (aq), os iões hidróxido. Esta reação, de extensão muito reduzida, designa-se por
autoionização da água:
+ +
:o - H +
1
H
278
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
A constante de eq uilíbrio para a reação de aut oion ização da água é o produto iónico da água ,
Kw (a água, po r ser o solvente, não é considerada para o cálculo da constante de equilíb rio):
KW = IH3 0 •1 e IOH-1e
Na água pura, as concentrações do ião hidrónio e do ião hidróxido são sempre iguais; no enta n-
to, pa ra a maioria das soluções aquosas isso não se verifica. De qualquer modo, em qualquer
solução aquosa, verifica-se sempre que IH 3 0 •1e IOH-1e = Kw.
Qualquer solução aquosa com concentrações de H 3 Q • (aq) e oH- (aq) iguais é considerada
neutra (Fig. 2.5).
-
Solução Solução
ácida neutra alcalina
Fig. 2.5 Relação ent re a concentração de H3 0 +, a con centraçã o de O H- e o ca ráter químico de uma solução aquosa.
A relação entre as co ncent rações de H3 Q • e de OH- (Fig. 2.6), que é uma relação de proporc io-
nalidade inversa, em qualquer solução aquosa (diluída), pode traduz ir-se graficamente como se
apresenta a segu ir, por exemplo, para a tempe ratura de 25 ºC:
'"
E 6,0
"O [H30•] < [OH-] - Solução básica
o 5,0
E
o 4,0
2S 3,0 [H 30 •] = [OW] - Solução neutra
----
'oI 2,0
279
QUÍMICA 11.0 Ano
~ (D). pHamostraX = 6,0 ⇒ -log IH3O+1 = 6,0 ⇒ [H3O+lamostraX = 1,0 X 10-G mol dm- 3
ou [H3Q+ ]amostra X= 10-pH = 10-6 mol dm-3.
K 1 o X 10-14
Kw = IH3O+1. IOH-1. ⇒ IH3O+1 = 10~-1 = ~,o X 10-9 = 1,0 X 10-s ⇒ pHamostraY
= -log IHp+I = 5.
A amostra Y (pH = 5) tem menor pH do que a amostra X (pH = 6), logo, maior
acidez.
K 1 o X 10-14
[oH-Jamostra X= I_H O+
w_ = ' = 1 o x 10-s mol dm-3 ⇒ [OH-J < [OH-J
I 10-6 ' amostra Y amostra X
3
l+i%H-it4H®+M
4. Na água no estado líquido, algumas moléculas de
água, H 2 O, reagem entre si, originando iões H 3 O+
e iões OH-:
Temperatura / ºC
10
25
60
-2 ,9
1,0
9,6
X
X
10-lS
10-14
10-14
280
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aq uosos
(j 4. Verdadeiras: (A), (C), (E) e (H). Falsas: (8), (D), (F) e (G).
A água pura é constituída por moléculas de água e uma pequeníssima quan-
tidade de iões Hp+ e OH-, em que [Hp+] = [OH-], sendo pH = 7 a 25 ºC. Dos
valores tabelados, conclui-se que a reação de autoionização da água é endo-
térmica, pois a extensão da reação aumenta (aumento de KJ com o aumento
da temperatura. Deste modo, a elevação da temperatura provoca um aumento
da concentração dos iões H3 Q+ (aq) e OH- (aq), o que se traduz numa diminui-
ção do pH.
Cálculo de [OW] a 60 ºC e a 10 ºC:
Água pura ⇒ [Hp+] = [OH-],
[ oH-J m~ = ''I<=
V~w ,/2
V, 9 X 10-15 = 5 ,4 X 10-s mol dm-3
A concentração de OH- na água pura a 60 ºC é maior do que a 10 ºC.
Cálculo do pH a 10 ºC:
Água pura ⇒ [Hp+J =[OH-J = 5,4 x 10-s mol dm-3 ⇒ pH =-log lHp+l =7,3.
ção de ionização {Fig. 2.7 ), produzindo- Fig. 2.7 Ionização de Hc€ em solução aquosa.
se os iões oxón io e cloreto.
281
QUÍMICA 11.0 Ano
Bases que são compostos moleculares reagem com a água ionizando-se, como, por exemplo,
na ionização do amoníaco:
Algumas bases são compostos iónicos. Quando estas entram em contacto com a água, os
iões que já existem no composto separam-se: ocorre uma dissociação. As ligações existentes
entre os iões do sólido, que formavam a rede cristalina, quebram-se e os iões separados são
solvatados (hidrat ados) pelas molécu las do solvente (água), co mo, por exemplo, na dissocia-
ção do hidróxido de sódio (Fig. 2.8):
H O
NaOH (s) ~ Na• (aq) + OH- (aq)
Moléculas
Ião Na• de H,0
Ião Na•
rodeado por moléculas
de água (hidratado)
Base 2 ..._______,,..
Ácido 1 Base1
Diferença de um ião W
282
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
5. Alguns dos processos mais important es nos sistemas químicos e biológicos são reações
ácido-base em solução aquosa. As equações seguintes tradu zem alguns exemplos.
(A) H 2 CO 3 (a q) + Hp (€) ~ (aq) + (aq)
(8) NH3 (aq) + Hp (€) ~ (aq) + (aq)
(C) HCO; (a q) + Hp (€) ~ (aq) + (aq)
(D) F- (aq) + H2 O (f ) ~ (aq) + (aq)
A lei do equilíbrio químico aplica -se às reações entre um ácido, ou uma base, e a água. Em
soluções diluídas, a água, por ser o solvente, não é considerada pa ra o cálculo da constant e
de equilíb rio.
K = INH; le IOHt
b INH31e
Kb é a constante de equilíbrio e designa-se por constante de ionização da base, ou constante
de basicidade.
283
QUÍMICA 11.0 Ano
M+i%1·i·it4Hli·I
6 . Com o objetivo de determinar a constante de acidez do ácido acético, CH 3 COOH (aq),
a uma dada temperatura , um grupo de alunos preparou três soluções, X, Y e Z, com
conce ntrações diferentes e mediu o respetivo pH. Na tabela estão registados os
va lores obtidos.
X 0,50 2,54
y 0 ,10 2,88
z 0,050 3,03
6 .1 Determine o va lor da constante de acidez, K•. do ácido em estudo para cada uma
das soluções e compare-o com o valor tabelado, 1,75 x 10-s, nas condições em
que foi realizada a atividade.
6.3 Um outro grupo de alunos registou para cada uma das sol uções valores de pH
superiores aos previstos teorica mente, o que implica um va lor _ _ __ para
a quantidade de ácido ionizado, em relação ao va lor teórico, determinando um
erro por _ _ _ _ no va lor experimental da constante de acid ez.
& 6.1 A reação de ionização do ácido acético pode ser traduzida por:
CH3COOH (aq) + Hp (.f) ~ Hp· (aq) + CH3coo- (aq)
Atendendo à estequiometria da reação, 1 mol de H3O• é estequiometricamente
equivalente a 1 mol de CH 3 COO-, pelo que [CH 3 COO-J. = [H 3 O•J. =
=10-2-54 mol dm- 3 =0,002884 mol dm- 3 ; [CH 3 COOH]. =
= [CH 3 COOH]inicial - [CH 3 COOH]que reagiu = 0,50 - 0,002884 = 0,50 mol dm-3
Atendendo a que a reação de ionização é pouco extensa e ao valor da concen-
tração inicial, pode considerar-se [CH3 COOH]. = [CH 3COOH]iniciai
(IH 3 0 ·1)2
Cálculo da constante de equilíbrio: K = IH 30 ·1• x 1cH 3 coo-1
• = •
ª ICH 3 COOH l0 ICH 3 COOH l0
(1H 3 o •I )2 (10-2.88)2
Solução Y: K = e =- - - =17 X 10-5
ª ICH 3 CQOH l0 0,10 '
284
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
1H o+I )2 (1Q-3,o3)2
Solução Z: K = ( 3 e =~ - - = 17 X 10-s
ª JCH 3COOHJ. 0,050 '
6 .2 Os valores obtidos para a constante de acidez permitem concluir que, para a mes-
ma temperatura, o valor da constante de equilíbrio não depende da concentração
inicial do ácido.
Ácidos fortes: ácidos cuja reação de ionização em solução aquosa é muito extensa, ou sej a,
Kª é muito elevada.
A maior parte dos ácidos são ácidos fracos porque em solução aquosa estão parcialmente
ionizados.
A uma dada temperatura, a força do ácido pode ser medida pelo valor de K•. ou sej a, quant o
maior é o va lor de Kª, mais forte é o ácido e, nas mesmas condições, mais ext ensa é a sua
ionização e, consequentemente, maior é, para uma dada concentração do ácido, a concen-
tração de iões Hp + no equilíbrio.
Reação K. (a 25 ºC)
HF (aq) + Hp (€) ~ HP ' (aq) + F- (aq) 7,1 X 10-4
HN0 2 (aq) + H20 (€) ~ H30 ' (aq) + NO; (aq) 4,5 X 1Q-4
285
QUÍMICA 11.0 Ano
Bases fortes: bases que têm uma grande tendência para receber iões hidrogénio, H•.
O ião OH-, por exemplo, resultante da dissociação completa dos hidróxidos de metais alca li-
nos em solução aquosa, como NaOH e KOH, e o ião amideto, NH 2, são bases fortes.
Bases fracas: bases que têm pouca tendência para receber iões hidrogénio, H•. O amoníaco,
NH 3 , e o ião acet ato, CH3 Coo-, são exemplos de bases fracas.
A uma dada temperatura , a força da base pode ser medida pelo valor de Kb: quanto maior for
o va lor de Kb, mais forte é a base e mais extensa é a reação com a água; consequentemente,
para uma dada concent ração da base, é maior a concentração de iões O H- no equilíbrio.
[CNt [HP t
Ka = [HCN[e
[HCN[ [OH-[
CN- (aq) + Hp (f ) ~ HCN (aq) + OH- (aq) K = e e
b [CN-[ e
7.1 Classifique como verdadeira (V) ou fa lsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
(A) A ionização do ácido su lfuroso é mais extensa do que a do ácido nitroso.
(B) HNO 2 e H 2 SO 3 são dois ácid os igualmente fracos.
(C) Para soluções com igua l concentração inicial, o ácido su lfuroso apresenta me-
nor valor de pH.
(D) O ácido sulfuroso é o que apresenta a base conjugada mais forte.
(E) O valor da constante de basicidade da base conjugada do ácido nitroso
é 1,96 X 103 •
286
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
i.Pi%1·i·ifü+iffi+M
7.2 Entre as concentrações de Hp + em solu ção, provenientes da ioniza çã o de cada
um dos ácidos, verifica-se a relação
7.3 Uma solução aquosa de ácido sulfuroso tem pH igual a 1,47, a 25 ºC. Calcule a
concentração dessa soluçã o em ácido sulfuroso.
7.2 (8).
287
QUÍMICA 11.0 Ano
8.1 Numa solução aquosa de conce ntraçã o 0 ,26 mol dm-3 de metilamina, esta en-
contra-se 4,0% ionizada, a 25 ºC. Calcule:
a) o pH da solução; b) a constante de basicidade.
8.2 Explique porque é que para diminuir o cheiro desagradável que fica nas mãos
após o manuseio do peixe, é comum a utilização de limão.
Apresente num texto a explicação solicitada.
0/ (d CH NH · · d ) 4,0
- - -_ n CH3NH2ionizada -_ [CH3NH2] ionizada -_
4 0 10 e 3 2 ioniza a ⇒
' 100 nCH3NH2inicial [CH3NH2l inicial
[CH NH] .
3 2 ,omzada ⇒ [CH NH ] . .
0 ,26 3 2 Iomzada
= o'0104 mol dm-3
De acordo com a estequiometria da reação: [OH- J = [CH 3NH)ionizada = 0,0104 mol dm-3
K 10-14
IH 3 o •I = _ w_ = -- = 9 62 x 10-13 ⇒ pH = -log IH3 o •I = 12
IOH-I 0 ,0104 '
. . ICH 3NH; le X IOHt 0,0104 X 0,0104
b) Constante de bas1c1dade: Kb = ICH NH le =
0 , 26 _ 0 ,0104 = 4 ,3 x 10-4
3 2
Neutralização
Uma reação de neutralização é aquela que ocorre entre um ácido e uma base. As reações
de neutralização produzem um sal (co mposto iónico) e água.
Por exemplo, quando se mistura uma solução de HCC com uma solução de NaOH ocorre a
formação do sa l cloreto de sódio, NaCe (aq), e de água segundo a reação:
Mas em solução aquosa, o HCC (ácido forte) está totalmente ionizado e o NaOH está total-
mente dissociado (base forte OH} Assim, pode reescrever-se a equação:
288
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
Hp+ (aq) + ce- (aq) + Na+ (aq) + OH- (aq) Na+ (aq) + ce- (aq) + 2 Hp (t')
+ +
+
+
+
+
+
+
Na+ ce-
+ +
/
ce-
l+iiil·i·ihHli·I
9. Apó s a ingestão de alimentos calóricos, o organismo vê-se obrigado a produzir maior
quantidade de ácido clorídrico, HCt', presente no estômago para auxiliar a digestão.
Então, ocorre um aumento de acidez no estômago, a designada azia
9.1 É vulgar, nessas situaçõ es, tomarem-se medicamentos que se designam generi-
camente por antiácidos. Qual é a fun ção desse tipo de medicame ntos?
9.2 Um antiácido muito utiliza do no tratamento da azia tem com o princípio ativo o
hidróxido de alumínio, At'(OH) 3. A reação de neutralizaçã o da acid ez do estôma-
go pode ser traduzida por:
Q 9.1 O antiácido é uma base que tem a função de neutralizar o ácido em excesso
produzido no estômago.
9.2 a) Cálculo da quantidade de A t'(OHt
m 240 X 10- 3 g
3=-
n = A e (OHJ - - - - = O 003077 mol
Af(OHlJ M 78 01 g mol-1 '
Af (OH)3 '
289
QUÍMICA 11.0 Ano
Ponto de equivalência
A volumetria de ácido-base, ou titulação, como t ambém é conhecida, é uma técnica que ge-
ralment e se utiliza em estudos quantitativos de reações de neutralização ácido-base (Fig. 2.9).
Bureta
Titulante
- a sua concentração é conhecida;
- mede-se o seu volume no final -------------- · Pinça
da titulação (no ponto final). ~
<------- para buretas
Titulado
- o seu volume é conhecido;
- adiciona-se-lhe indicador; ~ Erlenmeyer
- calcula-se a sua concentração
no final da titulação.
Numa titulação, a adição gradua l do t itu lante é fe ita até ao ponto em que a reação química
ent re as duas soluções seja completa, ou seja, em que o ácido e a base fo ram adicionados na
proporção estequiométrica. No momento em que isto se verifica atinge-se o ponto de equiva-
lência, ou seja, o ponto em que não há excesso nem de ácido nem de base em solução. Nes-
se momento, tem-se uma sol ução aquosa do sal que se formou na reação de neut ralização.
Curva de titulação é o gráfico que represe nta a variação do valo r de pH da so lução resu ltante
da titulação (titulado) em fu nção do volume de t itu lante adicionado. O ponto de inflexão da
curva de t itu lação corresponde ao ponto de equivalência.
l+i%i·i·l1++ili·I
10. Um grupo de alunos, que est ava a traba lhar p 14,00
no laboratório, deparou-se com um frasco U)
~ 12,00
que apenas indicava cont er uma solução I
a. 10,00
aquosa de hidróxido de bário, Ba(OH)2 (aq).
8,00
Para determinar a concentração, decidiram
6,00
realizar uma titulação. Para tal, mediram
3,00
20,0 cm 3 da referida solução. Em seguida,
2,00
adicionaram, gota a gota, uma solução
aquosa de ácido clo rídrico, HCl', de concen- 0,00 ~ - - - - - - - - - - -
3
5º 10 15 20 25 30 V/cm3
t ração 0,050 mo! dm- .
10.1 Esc reva a equa ção química que traduz a reação entre a solução de hidróxido
de bário e a solução de ácido clorídrico.
290
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
10.2 Calcule:
a) a concentração da solução de hidróxido de bário;
b) o pH da solução de hidróxido de bário.
10.3 De acordo com a curva de titulação obtida, à solução inicial de Ba(OH) 2 foi adi-
cionado um volume total de 30,0 cm 3 de solução de HCe, pelo que o vol ume
total da solução resultante é 50,0 cm 3 .
Determine o pH da solução resultante.
K 10- 14
IH 3 0 · 1= _ w_ = - - -2 = 2 00 X 10-13 ⇒ pH = -log IH 0 ·1 = 12 7
IOH-1 5,00 X 10- , 3 ,
291
QUÍMICA 11.0 Ano
i+i%1·1·it4Hli·I
11. A figura representa o gráfico de dispersão dos resultados obtidos na atividade des-
crita anteriormente, realizada a 25 ºC.
(votum, pà)
9
• • • • • • • • • •
.,. ''
1
·.:
' (14,3; 6,9)
6
3
•
O 2 4 6 8 10 \2 14 16 1ê 20
volu~
292
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
Quando se mistura uma solução ácida com uma solução básica ocorre uma reação de neu-
tralização. O termo «neutralização» significa que as quantidades de ácido e de base são es-
tequiometricamente equiva lentes, mas tal não significa que a solução resultante (sal + água)
seja neutra. Exemp los:
•••
tJ ll 1<4
•••••
.1 4 .. •
•••••••• •••
••••••••
•••••••• 1
Fig. 2.11 Tira s de ind icador universal com pH = 4 (A) e pH = 7 (B).
•••••
••
O caráter das soluções de sais é interpretado com base nos va lores das constantes de acidez
ou basicidade dos iões do sal em solução, ou seja, na extensão da reação desses iões com
a água (reação de hidrólise). A extensão das reações dos iões do sal com a água, com a con-
sequente formação de iões OH- ou H 3 0+, determina o caráter ácido ou básico das soluções
aquosas de sais.
293
QUÍMICA 11.0 Ano
Em síntese:
• os catiões dos metais alcalinos (exceto o lítio) e alcalinoterrosos (exceto o berílio) não
sofrem hidrólise;
• qualquer catião cuja base conjugada é fraca sofre hidrólise, originando iões H3 0';
• qualquer anião cujo ácido conjugado é forte não sofre hidrólise;
• qualquer anião cujo ácido conjugado é fraco sofre hidrólise, originando iões OH-.
l+iiil·i·itiHll·I
12. Soluções ácidas, básicas ou neutras podem ser obtidas pela dissolução de sais em
água.
294
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
O aumento da acidez da chuva tem provocado, ao longo dos anos, a deterioração de cons-
truções de ca lcá rio e de mármore, a corrosão de objetos metálicos e também o aumento da
acidez dos cursos de água e de lagos. Este problema ambiental, caracterizado pela diminui-
ção do pH da água da chuva , é designado por «chuva ácida».
% % % %
70 70 70 70
60% 60%
60 60 60 60
50 50 50 50
40 40 40 40
30 25% 30 30 30
20
10
o .L
15% 20
10
o
20
10
o
20
10
o .---.
10%1 0%
se ~ •
Indústria Veículos Centrais elétricas Outros
Fig . 2 .12 Fontes antropogénicas de óxidos de enxofre e de nitrogénio: valores t ípicos em países desenvolvidos.
295
QUÍMICA 11.0 Ano
As chuvas ácidas são as principais responsáveis pelo Fig. 2.13 Monumento afetado pela c huva
áci da.
desgaste de mármores e calcários {Fig. 2 .13).
Estes são constituídos essencialmente por carbonato de cálcio, CaC0 3 , que ao reagir com
os ácidos liberta dióxido de carbono. Assim , a deterioração das construções de mármore e
calcário pode ser explicada pelo efeito da chuva ácida sobre o carbonato de cálcio, o qual se
traduz por:
Como o sulfato de cálcio, CaSO 4 , é moderadamente solúvel em água, o resultado desta rea-
ção é a dissolução do mármore e do calcário.
13. Para avaliar o impacto da precipitação atmosférica num meio urbano e altamente
industrializado, fez-se a recolha de um grande número de amostras de água da
chuva e mediu-se o pH. O valor médio obtido foi de 4,3, a 25 ºC.
13.1 Escreva as equações químicas que traduzem a acidificação da água da chuva
devido à presença de óxidos de nitrogénio, NOx, na atmosfera do referido meio.
13.2 Num meio rural, o valor médio obtido para o pH da água da chuva foi de 5,6,
a 25 ºC.
a) Compare, justificando, a concentração hidrogeniónica na água da chuva do
meio urbano e na água da chuva do meio rural.
b) Explique o facto de o valor obtido de pH para a água da chuva do meio rural
ser inferior a 7,0.
13.3 Um dos processos utilizados para minimizar a quantidade de dióxido de enxo-
fre libertado para a atmosfera consiste na injeção, na câmara de combustão de
uma central termoelétrica, de grandes quantidades de cal viva (CaO), produzin-
do sulfito de cálcio sólido, CaS0 3 .
Escreva a equação química que traduz a deposição do dióxido de enxofre sob
a forma de sulfito de cálcio.
296
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
• Oxidação sig nifica cedência de eletrões, o u seja, uma espécie oxida-se quando cede
eletrões;
• Redução sig nifica ganho de eletrões, ou seja, uma espécie reduz-se quando ganha
eletrões.
Numa reação de oxidação-redução uma espécie cede eletrões e, si multanea me nte, outra
recebe eletrões, sendo o número de eletrões cedidos igual ao número de eletrões recebidos,
de modo q ue a carga e létrica total permaneça constante.
297
QUÍMICA 11.0 Ano
A espécie que é oxidada é o ferro, Fe (s), pois sofre oxidação ao ceder eletrões, transformando-
-se no ião Fe2 • (aq), e a espécie que é reduzida é o ião cobre, Cu 2• (aq) , pois sofre redução ao
receber eletrões, transformando-se em cobre, Cu (s).
Oxidante e redutor
Para que uma espécie química seja oxidada (ceda eletrões) tem de coexistir com outra espé-
cie que provoque essa oxidação, a qual se designa por oxidante ao receber eletrões da outra
espécie. Do mesmo modo, para que uma espécie química seja reduzida (ganhe eletrões),
tem de reag ir com outra espécie que provoque essa redução, designando-se por redutor ao
ceder eletrões à outra espécie.
Fig. 2.15 Barra de zinco mergulhada numa solução aquosa de sulfato de cobre. Deposita-se cobre metálico sobre
a barra de zinco.
ou
A oxidação do zinco ocorre porq ue o ião cobre se reduz: o ião cobre é o agente oxidante
(recebe eletrões). A redução do ião cobre ocorre porque o zinco se oxida: o zinco é o agente
redutor (cede eletrões).
298
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
Número de oxidação
Por exemplo, na molécula de água existem ligações entre cada um dos átomos de hidrogénio
e o átomo de oxigénio. Em cada ligação, dois eletrões são partilhados entre o átomo de oxi-
génio e o átomo de hidrogénio, H:O:H.
Se se cons iderar que os eletrões da ligação são atri buídos unicament e a um dos átomos, e
tendo o oxigénio maior tendência para atrair eletrões do que o hidrogénio, o número de oxi-
dação de cada átomo de hidrogénio será +1, porq ue o eletrão de cada um deles será atribuído
ao oxigénio, assim, o número de oxidação do oxigénio será -2.
2. A soma dos números de oxidação de todos os átomos que constituem uma espécie quími-
ca é igual à carga elétrica dessa espécie: zero nas espécies moleculares e igual à carga do
ião nas espécies iónicas.
3 . O número de oxidação do hidrogénio quando se encontra combinado é +1 (sa lvo nos hidre-
tos metálicos, em que toma o va lor -1).
Muitos elementos apresent am vários números de oxidação (por exemplo, os metais de t ransi-
ção). Usa-se o termo estado de oxidação para referir a condição de uma espécie que ap resen-
ta um determinado número de ox idação. Assim, Fe 3• é um estado de oxidação do ferro com
número de oxidação +3; ce- é um estado de oxidação do cloro com número de oxida ção - 1.
Com base no conceito de número de oxidação, podem genera lizar-se os conce itos de oxida-
ção e redução:
As espéc ies oxidada e reduzida podem ainda definir-se com base no número de oxidação:
• espécie oxidada (ou redutor, porque permite que outra se reduza): espécie que contém
o elemento cujo número de oxidação aumenta;
• espécie reduzida (ou oxidante, porque permite que outra se oxide): espécie que contém
o elemento cujo número de oxidação diminui.
299
QUÍMICA 11.0 Ano
14.1 Em qual das espécies químicas represent adas no ciclo é que o nitrogénio apre-
senta maior número de oxidação?
14.2 Das etapas assinaladas pelas let ras A, B, C e D, indique as que traduzem a
oxidação do nitrogénio.
~ 14.1 NO;
N 2 ⇒ n.o.(N) = O; NO; ⇒ n.o.(N) + 2 x (-2) = -1 ⇒ n.o.(N) = +3
NH; ⇒ n.o.(N) + 4 x (+1) = +1 ⇒ n.o.(N) = -3; NO; ⇒ n.o.(N) + 3 x (-2) = -1 ⇒
⇒ n.o.(N) = + 5
A equação que traduz a reação globa l pode ser escrita a partir das duas semirreações, mas
essa equação global t em de esta r de acordo com a lei da conservação da massa e a lei da
conservação da carga, o que implica a igualdade do número de eletrões cedidos na oxida-
ção com o número de eletrões recebidos na redução.
300
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
M+hH-it¾Hli·I
15. O iodo, 12 , pode ser obtido a partir da reação entre cloro gasoso e uma solução de
iodeto de sódio, de acordo com a seguinte equação:
Cf2 (g) + 2 Nal (aq) - 2 NaCf (aq) + 12 (s)
15.3 A espécie oxidada é o ião iodeto, 1-; a espécie reduzida é o cloro, C-l\.
15.4 O número de oxidação do sódio não varia. Assim, o ião sódio, Na•, é espec-
tador e a equação química pode simplificar-se:
Semirreação de oxidação: 2 1- (aq) - 12 (s) + 2e-
Semirreação de redução: e-e (g) + 2e- -
2
2 ce- (aq)
Equação global: C€2 (g) + 2 1- (aq) - 2 ce- (aq) + 1 (s) 2
Reação ácido-metal
O metal é oxidado pelo ácido, formando-se o catião metálico; o ião W do ácido reduz -se para
formar H 2 •
301
QUÍMICA 11.0 Ano
Os metais apresentam diferenças quanto à facilidade com que se oxidam. Por exemplo, o
zinco metálico sofre oxidação em soluções aquosas do ião cobre(II), mas se se co locar uma
barra de cobre numa so lução contendo iões zinco não se observa nenhuma reação. Assim,
pode conc luir-se que o zinco cede eletrões (oxida-se) mais facilmente do que o cobre, pelo
que, nas mesmas condições, o zinco apresenta maior poder redutor do que o cobre.
O poder redutor de uma espécie química relaciona-se com a facilidade de ela ceder eletrões
(sofre oxidação) e o poder oxidante com a facilidade com que recebe eletrões (sofre redução).
Série eletroquímica
É possível listar os metais por ordem decrescente de facilidade de oxidação - série eletroquímica:
Semirreação de redução
Li++ e - ~ Li
<V
ero K• + e- ~K
-o
·x Ba 2• + 2e-
o
QJ
~Ba
s-o
:::J
-o Ca 2• + 2e- ~ Ca
o ~
Q.
Na•+ e - ~ Na QJ
o -o
-o o
o Mg 2• + 2e- ~ Mg Q.
ê:
(!)
o
-o
E A f 3+ + 3e- ~Af .8
:::J e:
~ (!)
V) Mn 2•+ 2e- ~ Mn E
o :::J
-~ ~
' íO Zn 2• + 2e- ~ Zn V)
aí "iõ
E Cr3• + 3e- ~Cr aí
V)
(!)
E
Fe 2• + 2e- V)
'ºo
V)
~ Fe o
-o
-o Co 2• + 2e- o
~ Co ,ro
o
,ro
V'
ro
V'
:::J
Ni 2• + 2e- ~ Ni -o
·x
-o o
~ Sn 2• + 2e- ~ Sn (!)
(!) -o
-o (!)
(!) Pb 2• + 2e- ~Pb -o
ro
-o
ro ~
2 H• + 2e- ~
-
~ H2 "ü
"ü ro
2 Cu 2• + 2e- ~ Cu ro
-o
ro
-o .8
.8 Ag• + e- ~ Ag e:
(!)
e:
E
Hg 2• + 2e-
(!)
E ~Hg :::J
:::J <t:
<t:
Pt 2• + 2e- ~ Pt
Au 3 • + 3e- ~ Au
A partir da tabela, é possível prever quais as espécies que reagem espontaneamente com ou-
tras, provocando a sua oxidação ou redução, como, por exemplo, prever qual a possibilidade
de um metal se oxidar na presença do ião H+, origi nando H2 •
Os metais têm, na maior parte dos casos, grandes poderes redutores, uma vez que facilmente
cedem eletrões.
302
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
16. Algumas evidências experimentais mostram que muitos metais são capazes de rea-
gir com os ácidos originando H2 (deslocamento de hidrogénio). Também um metal
num composto pode ser «deslocado» por outro met al no estado não combinado.
Considere que foram testados quatro metais, X, Y, W e Z, que apresentaram as
seguintes propriedades:
• X e Y deslocam o hidrogénio do ácido clorídrico;
• quando se adiciona Y a soluções aquosas de sais contendo os catiões dos outros
metais, formam-se X, W e Z metálicos;
• quando se adiciona Z a uma solução aquosa contendo iões W 2 +, estes são deslo-
cados da solução, ou seja , forma-se W metálico.
Quanto à reatividade dos metais X, Y, Z e W, pode estabelecer-se a re lação:
(A) X < W < Z < Y (8) Y < W < X < Z (C) W < Z < X < Y (D) Y < X < Z < W
& (C) . Apenas X e Y são capazes de reduzir o hidrog énio, deslocando-o do ácido
clorídrico, mas Y consegue reduzir X , W e Z, ou seja, tem maior poder redutor do
que X. Z apenas reduz W.
A corrosão é a oxidação não desejada de um metal. Esta diminui a duração de produtos me-
tálicos, principalmente de ferro e de aço, presentes em edifícios, pontes, navios, etc.
Tubo 1 Tubo2
17.1 Num dos tubos o prego de ferro reagiu
com a água. Identifique esse tubo.
303
QUÍMICA 11.0 Ano
17.2 Na experiência realizada pelos alunos, que metal poderia servir para enrolar
fios de Zn ou Cu de forma a permanecer inalterado?
fj 17.1 Tubo 2. No tubo 1, o zinco oxida-se porque tem maior poder redutor do que
o ferro. A água sofre redução, libertando hidrogénio, enquanto o ferro per-
manece como espectador. No tubo 2, o ferro tem maior poder redutor do
que o cobre, cedendo eletrões com maior facilidade à água. É o cobre que
permanece inalterado.
17.2 Qualquer um com maior poder oxidante (logo, menor poder redutor) do que
o do cobre. Por exemplo, a prata.
17.3 Tubo 1: Zn (s) + 2 Hp (t') - Zn (OH)2 (aq) + H 2 (g)
Tubo 2: Fe (s) + 2 Hp (t') - Fe(OH) 2 (aq) + H 2 (g)
A Fe Fe 2 • + 2 e- - Fe
B
c Sn Sn 2• + 2 e- - Sn
2
D Pb Pb • + 2 e- - Pb
Ag Cu H Pb Sn Fe Cr Zn A€ Mg Ca
mais reativo (maior poder redutor)
18.2 A proteção do cobre é tanto mais eficaz quanto maior for a capacidade do
metal presente na tinta para ceder eletrões. Com base na série eletroquími-
ca, verifica-se que o alumínio é, dos quatro metais, aquele que tem maior
poder redutor, logo, o que protegerá melhor o alambique da corrosão.
304
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
Com esta atividade, pretende-se compara r a tendência de diversos metais pa ra sere m oxida-
dos e dos respetivos iões para sere m reduzidos.
l+l+aH-itiHli·I
19. Considere a atividade AL 2.3 realizada por um grupo de alunos.
19.4 Conclua, com base nos resu ltados obtidos, sobre a possibilidade de algum dos
metais testados poder ser utilizado num recipiente que possa co nter qualquer
uma das soluções usadas.
~ 19.1 (B) . A forma e o tamanho das amostras de metal é uma das variáveis a con-
trolar.
19.2 a) Mg2 +. Não reagiu com nenhum dos metais, o que significa que é o que tem
menor capacidade para oxidar os metais utilizados e, consequentemente,
para sofrer redução, ou seja , para receber eletrões.
b) Cu 2 +. Reagiu com todos os metais, o que significa que é o que tem maior
capacidade para oxidar os metais utilizados e, consequentemente, para
sofrer redução, ou seja, para receber eletrões.
19.3 Mg > Zn > Pb > Cu
19.4 Apenas o cobre pode ser utilizado como recipiente para qualquer uma
das soluções usadas, pois seria o único dos metais utilizados a não sofrer
corrosão, uma vez que não reagiu com nenhum dos iões dos outros metais
presentes em solução.
305
QUÍMICA 11.0 Ano
Em cada quilograma de água do mar estão dissolvidos, em média, cerca de 35 g de sais, que
lhe conferem a salinidade, e dos quais o maioritário é o cloreto de sódio, Nace (Fig. 2 .20).
- Sódio (Na')
10,56g
- Sulfato (SOf )
2,649 g
\_ Magnésio (Mg2')
1 kg d e água do mar 1,27 g
Cálcio (Ca'') Hidrogenocarbonato (HCO;)
0,40g 0,1 4 g
As águas dos diferentes mares podem ser mais ou menos salgadas, mas a proporção em que
os vários solutos estão presentes mantém-se.
A água do mar é ligeiramente alcalina devido à dissolução do ião carbonato, co; -. O aumento
da concentração do dióxido de carbono na atmosfera tem contribuído para a diminuição do
pH dos oceanos.
As águas naturais doces também dissolve m muitos materiais, sendo a maioria sais minerais.
No entanto, também existem compostos moleculares dissolvidos, como a sílica, Si0 2, e gases,
como o nitrogénio, o oxigénio e o dióxido de carbono atmosféricos.
A composição destas águas depende da composição das rochas (origem geológica) por onde
passam e do tipo de materiais que arrastam e dissolvem na sua passagem (lixiviação). A mine-
ralização da água é a massa, em mg, do material inorgânico existente por litro de água (mg L-1).
20. Considerando Págua do mar = 1,03 g cm- 3 e com base na informação da Fig. 2.20 e do
texto conexo, pode concluir-se que
306
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
& (D). Os iões mais abundantes na água do mar são o cloreto e o sódio.
Cálculo da mineralização de 28 L de água do mar (28 x 103 cm 3 ):
1,03 g cm- 3 ⇒
p água do mar = m água do ma r = p á gua do mar X V= 1,03 g cm-3 X 28 X
3
10 cm
3
=
Solubilidade
Quanto à solubilidade em água, os sais podem classificar-se em muito solúveis, pouco solú-
veis e medianamente solúveis.
'
' '
' .'
1 '
' · KN03 Efeito da temperatura na solubilidade
' ' '
' ' .' '
'' '' . '
'
A solubilidade da maio ria dos sais aumenta co m a tem-
----
0
' ' ' '
peratura, ou seja, a dissolução em água é, em geral,
~ 150 ' ' ' '
(f) um processo endotérmico (Fig. 2 .21).
2!
Q)
307
QUÍMICA 11.0 Ano
Uma solução diz-se saturada quando, a uma dada temperatura, se atinge o seguinte equilíbrio:
dissolução
ou seja, uma solução saturada é uma solução em que o soluto dissolvido e o soluto por dis-
solver estão em equilíbrio (Fig. 2 .22).
Solução saturada
'\
'
Fig. 2.22 Formação de uma solução satura da.
A solução não saturada é uma solução em que a quantidade de soluto dissolvido, a uma
dada temperatura, é inferior à da respetiva solubilidade a essa mesma temperatura.
Uma solução que contém maior quantidade de soluto, para um certo volume, do que a exis-
tente numa solução saturada, diz-se sobressaturada. As soluções sobressaturadas não são,
em geral, estáveis e o soluto dissolvido em «excesso» tenderá a depositar-se na forma de
sólido, atingindo o sistema um estado de equilíbrio em que a solução fica saturada.
21. Com base nas informações da Fig. 2.21 e nos conhecimentos sobre solubilidade,
expressa em gramas de soluto por 100 g de solvente, classifique como verdadeira
(V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
(A) Até 70 ºC, o nitrato de potássio, KN03 , é o sal mais solúvel em água.
(B) O nitrato de sódio, NaN0 3 , é menos solúvel em água do que o nitrato de chum-
bo, Pb(N0) 2
, a qualquer temperatura.
(C) A 40 ºC, a solubilidade do cloreto de potássio, KCC, é maior do que a do cloreto
de sódio, NaCC.
308
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aq uosos
& Verdadeiras: (A), (D), (F) e (H). Falsas: (8), (C), (E) e (G).
A solubilidade do sulfato de cério a 20 ºC é 25 g/100 g de água e a 100 ºC
é muito menor. Como quando a temperatura aumenta a solubilidade diminui,
o aumento de temperatura não favorece a solubilização do sal, portanto,
a dissolução do sulfato de cério é um processo exotérmico.
A 100 ºC, a solubilidade da solução de nitrato de chumbo em água é
125 g/100 g de água, portanto, para 200 g de água seriam necessários
250 g de Pb(NO 3)2 para obter uma solução saturada.
A solubilidade do brometo de potássio em água, a 60 ºC, é 75 g. Se a esta temper-
atura se dissolverem 50 g de sal em 100 g de água, a solução obtida é não saturada.
A solubilidade do nitrato de potássio em água , a 50 ºC, é 75 g. Se se adicionarem
80 g de nitrato de potássio à água, à temperatura de 50 ºC, vão ficar cerca de 5 g
por dissolver. A presença de sal sólido indica que se verifica equilíbrio de solubili-
dade entre o soluto sólido e a solução saturada de so luto.
A dissolução do nitrato de sódio é um processo endotérmico, pelo que uma dimi-
nuição de temperatura não favorece a solubilização do sal, originando precipita-
ção. A 60 ºC, a massa de sal dissolvido era de 125 g; como a 40 ºC a massa de sal
que, no máximo, se pode dissolver é 100 g, isto significa que precipitarão cerca
de 25 g de nitrato de sódio quando se baixa a temperatura de 60 ºC para 40 ºC.
E
ratura . o 0,3
o
:::::
o
22.1 Determine a solubilidade do dióxido :i
o(/) 0,2
de carbono em água, a 12,5 ºC, em 9
Q)
mal dm-3 . D
"'
R 0,1
22.2 Indique uma consequência resu l- i5
:::,
o
tante do aumento da quantidade de (/)
5 1O 15 20 25 30 35 40 45 50 55
dióxido de carbono na água. Temperatura /ºC
m 0,2 g
n M 44,01 g mo1- 1
22.1 s c02 (12,5 ºC) = 0,2 g /100 ml Hp; s c02 =-V-= -V-=
0,100 dm 3
= 0,05 mol dm-3
22.2 O aumento da quantidade de CO 2 na água produz um aumento de acidez
e, consequentemente, uma diminuição do pH da água. A equação química
seguinte traduz esse aumento d e acidez:
2 Hp (C) + co2 (g) ~ H2CO3 (aq) + Hp (C) ~ HCO3 (aq) + Hp+ (aq)
3 09
QUÍMICA 11.0 Ano
Por exemplo, o equilíbrio que se estabelece, a uma dada temperatura numa so lução saturada
de su lfato de bário pode ser traduzido por:
Uma consta nte de equilíbrio, em gera l, depende apenas da temperatura e é uma medida
da extensão da dissolução do sal. Assim , pa ra a mesma estequiometria, quanto maior for o
produto de solubilidade de um dado sa l, a uma dada temperatura , maior será a concentração
dos iões na solução saturada.
A partir dos valores do produto de solubi lidade, é possível determinar, de uma forma aproxi-
mada, a solubilidade do sal em água. Assim, sendo s a solubi lidade do sal, tem-se, por exem-
plo, para o BaSO4 :
[Ba 2 •J =s e [S042 -J = s ⇒ Ks = s x s
Preveja para cada uma das so luções se são saturadas, não saturadas ou sobressa-
turadas.
310
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
O 24.1 À temperatura de 25 ºC, o sulfato de cálcio é o sal mais solúvel, pois é o que
apresenta maior solubilidade.
24.2 A concentração em massa de sal dissolvido para qualquer um dos sais é sem-
pre inferior à respetiva solubilidade em água, à temperatura de 25 ºC, pelo que
a amostra de água mineralizada não está saturada em relação a nenhum deles.
24.3 Cálculo da solubilidade, em mol dm- 3 :
9,8 x 10-4 g dm-3
M (Ca 3 (PO4 ) ) = 310,18 g moI- 1 ⇒ s(c (Po l l = ------
ª3 4 2 310,18 g moI- 1
= 3,16 x 10- 6 mol dm- 3
4 38 x 10-4 g dm-3
M (Cul) =190 45 g moI- 1 ⇒ s
' (Cul)
= ' 190,45 Q mol- 1
=2 30 x 10- 6 mol dm- 3
'
311
QUÍMICA 11.0 Ano
25. A solubilidade de hidróxido de ferro(II), Fe(OH) 2 , é 1,59 x 10-5 mol dm-3 , a 25 ºC.
H20
25.1 Fe(OH) 2 (s) ~ Fe2 + (aq) + 2 OH- (aq)
312
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
HO
CaF2 (s) ~ Ca 2 • (aq) + 2 F- (aq)
A solubilidade de um sal numa solu çã o que cont enha iões do mesmo sa l é menor do que a
solubilidade do mesmo sa l em água, à mesma t emperatura. O produto de solubilidade não
se altera.
26. Alguns métodos de diag nóstico ao estômago, por t écnica de raio X, obrigam
os pacientes a ingerir uma suspensão de sulfato de bário (K5 (BaSO 4) = 1,0 x 10-10 ,
a 25 ºC) preparada numa solução de sulfato de potássio, K2 SO 4 .
Considera ndo que os iões Ba2• são prejudiciais à saúde humana, pode concl uir-se que
(A) a con centra çã o de Ba 2 • numa so lução aquosa saturada de BaSO4 , a 25 ºC,
é 1,0 x 10- 10 mol dm- 3 •
(B) o produto de solubilidade do BaS0 4 em água é maior do que em soluçã o
aquosa de K2 S0 4 .
(C) a suspensão de BaS04 preparada numa solução de K2 S04 é menos prejudicial
para a saúde do que em solução aquosa.
(D) quando se ingere BaSO4 em pó, a acidez natura l do estômago faz diminuir a
concentração de iões Ba 2 •.
~ (C). A uma dada temperatura, o equilíbrio que se estabelece numa solução saturada
de sulfato de bário é dado pela equação:
cuja constante de solubilidade é Ks = IBa 2•1. 1s0;-1. e [Ba 2•J = [SO;-], pela estequi-
ometria da reação:
1,0 x 10-10 = [Ba 2 •]2 ⇒ [Ba 2 •J= V 1,0 x 10- 10 = 1,0 x 10- 5 mol dm- 3
313
QUÍMICA 11.0 Ano
1.º Pesar quatro amostras de nitrato de potássio, KNO 3 , de diferentes massas e transferir as
amostras para quatro tubos de ensaio.
4.º Retirar da água um tubo de cada vez e colocar dentro dele um sensor de temperatura.
Deixar arrefecer continuando a agitar, cuidadosamente, até se observar a formação dos
cristais. Registar o valor da temperatura.
314
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
& 27.1 Uma das variáveis a controlar é o volume de água adicionado a cada tubo.
27.2 (8).
m 240 g
_ = (140 + 100) g = 240 g ⇒
msoluçao _ =-p =-
Vsoluçao - ~ - =205 cm3
1,17 g cm-3
⇒
1,38 mol
⇒ s= = 6,73 mol dm-3
205 x 10- 3 dm3
e) T = 48 ºC ⇒ s = 80 g (KN03 )/100 g Hp
%(mi m)
m KNO3
=- - x 100 =- -80-g- - x 100 = 44%
m solução (80 + 100) g
315
QUÍMICA 11.0 Ano
M+liil·l·itiHll·I
28. A dureza da água é provocada pela exist ência de catiões metálicos, sendo os iões
cálcio, Ca 2+, e magnésio, Mg 2+, os mais import antes.
A dissolução do carbonato de cálcio, CaC03 , por ação de uma água contendo dióxido
de carbono, C0 2 , dissolvido pode ser traduzida por
Remoção de poluentes
A remoção de poluentes metálicos pode ser feita através de reações de precipitação de sais.
Uma reação de precipitação é uma reação que é caracterizada pela formação de um com-
posto insolúvel (precipit ado) que se separa da solução. Estas reações ocorrem, geralmente,
entre compostos iónicos.
Em prin cíp io, ocorrerá a formação de um precipitado sempre que as con centrações dos iões
do sal em solução conduzam à sobressaturação da solução nesse sa l, ou seja, sempre que o
quociente da reação Os correspondente ao equilíbrio de solubilidade desse sal seja maior do
que o respetivo produto de solubilidade, Ks.
316
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
1+1%i·i·ihHll·I
29. Numa tentativa de tratar a água de um pequeno lago, cujas análises químicas re-
velaram a presença de iões cálcio, Ca 2 +, e magnésio, Mg 2 +, nas conce ntrações de
3,5 x 10-4 mol dm-3 e 4,0 x 10-3 mol dm-3 , foram feitas adições de pequenas quanti-
dades de carbonato de sód io, Na 2 CO3 , no estado só lid o. Considere que a concen-
tração final de ião sódio na água do lago é de 2,0 x 10-4 mol dm- 3 e que a dissocia-
ção do Na 2 CO 3 foi comp leta.
29.1 Determ ine se este processo permite remover por decantação o cálcio e o
magnésio.
29.2 Calcule a concentração em ião carbonato necessária para o mag nésio
também precipitar.
Dados: Ks (CaCO) =8,7 x 10- 9 ; Ks (MgCO) =1,0 x 10- 5 _
H2 0
Na2 CO 3 (s) - 2 Na+(aq) + co;- (aq)
C + 2,0 X 1Q- 4
c 2- = ~ = - - - - = 1 O x 10-4 mol dm-3
003 2 2 '
Cálculo do quociente da reação para cada um dos possíveis equilíbrios de
solubilidade:
CaCO 3 (s) ~ ca 2+ (aq) + co;- (aq)
Q
s
= 1ca2 •11co32-1 = 3 ' 5 x 10-4 x 1' o x 10-4 = 3 ' 5 x 10-s > Ks ⇒ há formação de
precipitado de CaCOr
MgCO3 (s) ~ Mg 2• (aq) + co;- (aq)
Qs = IMg2 •11co;-1 = 4 ,0 X 10- 3 X 1,0 X 10-4 = 4,0 X 10-7 < Ks ⇒ não há formação
de precipitado de MgCO 3 •
Nas condições dadas, apenas se consegue remover por decantação os
iões cálcio na forma de CaCO3 •
10 X 10-s
29.2 Ks =IMg2•1e 1co32-1 e⇒ 1co32 -1 = 4,0
' X 10-3
2 5 x 10-3 ⇒ [Co 2-J
' 3 e
= 2' 5 x 10-3 mol dm-3
Para haver formação de precipitado de MgCO3 , [CO;-Je> 2,5 x 10-3 mol dm-3 •
317
QUÍMICA 11.0 Ano
Questões propostas
Reações ácido-base
1.2 Para as espécies H2 PO; e HCO; , escreva as equações químicas que traduzam o seu com-
portamento como:
a) base, reagindo numa solução aquosa de um ácido;
b) ácido, reagindo numa solução aquosa de uma base.
1.3 Identifique os pares conjugados ácido-base em cada uma das equações da questão 1.2.
2. A água quimicamente pura apresenta uma condutividade elétrica muito pequena, o que
significa não existirem somente moléculas H 2 O, mas também iões que só poderão resultar
da sua autoionização.
20 25 30 40 50
6,8 X 10-lS 1,0 X 10-14 1,5 X 10-14 2,9 X 10-14 5,5 X 10-14
pH 7,5
7,0
6,5
6,0
o 10 20 30 40 50 60
T /ºC
318
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
3.3 A co ncentração hidrogeniónica, [H30 •J, numa amostra pura de água _ _ _ à medida que
a temperatura diminui, _ _ _ alteração do caráter neutro da água.
(A) aumenta ... havendo
(8) diminui ... não havendo
(C) diminui ... havendo
(D) au me nta ... não havendo
Suco gástrico
Plasma sanguíneo
Suco pancreático
-- 1,5 - 3,0
7,4
7,8 - 8 ,0
4.2 Va lores de pH do plasma sanguíneo fora do intervalo 7,4 ± 0,4 podem ser leta is. Determine
a concentração máxima de H3 o+ (aq) no plasma sa nguíneo.
4.3 Uma das razões pela qual o pH do plasma sanguíneo é mantido praticamente constante
é o segui nte equ ilíbrio:
5 . O pH de uma solução aquosa de ácido clorídrico, HCf (aq), é 3,00. Considere que uma amos-
tra de 100 ml dessa solução foi diluída, passando a registar-se um valor de pH igual a 3 ,50.
O volume da amostra após a diluição é _ _ _ _ _ e a concentraçã o de iões H 3 0 • (aq) teve
um decréscimo de _ _ _ __
319
QUÍMICA 11.0 Ano
Questões propostas
HA=
HX HY HZ
7.1 A seq uê ncia que ordena os ácidos por ordem crescente de extensão da reação de ioni-
zação é
K0 = 1,78 x 10-s a 25 ºC
320
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
9.2 Com o obj etivo de dete rminar o va lor da constante de aci dez do áci do acético, um g rupo
de alunos começou por medir o pH de uma sol ução de ác ido acético de concentração
2,7 x 10- 3 mol dm- 3 . O valo r de pH obtido foi 3,70, a 2 5 ºC.
a) Determine a concentração de ácido acético não ioniza do.
b) Ca lcule o valor da constante de acidez.
e) Em medições repetidas, este grupo de alunos determinou semp re o mesmo valo r de Kª.
O va lor de Kª determinado pe lo g ru po d e alunos é _ _ _ _ _ tabelado, o que pode
j ustificar-se pela ocorrência de erros _ _ _ __
(A) igual ao ... aleatórios
(8) igual ao ... sistemáticos
(C) diferente do ... aleatórios
(D) d iferente do ... siste máticos
10.
A Câm ara Municipal de Gaia avançou hoje que o derrame de ácido clorídrico ocorrido na ma-
nhã de ontem na A29, após o despiste de um camião-cisterna, destruiu parte significativa da
vida no rio Febros. De acordo com a autarquia, foram derramadas quatro toneladas de ácido.
Num dia, a água do rio contava com um pH de 7,1, quase boa para ser bebida. Um dia depois
tinha acidez extrema de 3,2. Por isso, injetaram-se no rio milhares de m etros cúbicos de água
para ajudar a diluir o ácido, ao mesmo tempo que se realizaram centenas de análises.
10.2 Mostre que todo o ácido derramado pode ser neutralizado com a ad ição de 5,5 t de
carbonato de cálcio, de acordo com a equação:
11. No decorrer de uma titulação ácido-base mediram-se os valores de pH, a 25 ºC. O titula-
do tinha um valor de pH de 9 ,5 e a solu ção obtida apresentou pH igual a 4 ,5 quando se
atingiu o ponto de equivalência. Admita que apenas um dos iões do sal form ado sofre
hidrólise.
Na titulação considerada, o titulado é uma base _ _ _ _ _ e o titulante é um ácido
321
QUÍMICA 11.0 Ano
Questões propostas
12. No laboratório foi encontrado um fra sco com uma solu ção aquosa de ácido iodídrico,
HI (aq), um ácido forte, com uma etiqueta p arcialmente corroída , o que impossibilitou
conhecer a concentração da solução .
Com o objetivo de determinar a concentração da solução de HI (aq), procedeu-se
à titulação de 20,0 ml dessa solu ção com uma soluçã o padrão de hidróxido de sódio,
NaOH (aq), de concentração 1,00 x 10-2 mol dm-3 •
13. Titulou-se uma soluçã o contendo 0,181 g de um ácido monoprótico forte com uma solução
aquosa de hidróxido de potássio, KOH (aq), de concentração 0,150 mol dm-3 •
Na tabela seguinte estão registados os volumes gastos de titulante em três ensaios diferen-
tes, até ao ponto de equivalência da titulação de um mesmo volume V do ácido monoprótico.
Ensaio 1 2 3
3
Volume de titulante / cm 19,10 19,10 19,20
13.1 Qual é o valor mais p rovável do vol ume de titulante gasto na titu lação?
14. O estômago de uma pessoa, que sofre de indigestão ácida contém 75 ml de ácido clorídri-
co, HC-t' (aq), de con centraçã o 0,22 mol dm-3 •
Determine quantos comprimidos antiácido são necessários para neutralizar 90% do ácido
do estômago, considerando que cada comprimido contém 500 mg de CaCO 3 •
A reação que ocorre pode ser traduzida por:
15. O hidróxido de lítio, LiOH, pode ser utilizado no tratamento de gases de exaustão industrial.
Para neutralizar uma soluçã o aquosa de hidróxido de lítio, com pH = 12,20, foram usados
26,4 ml de uma soluçã o de HC-t' 0,100 mol dm- 3 , a 25 ºC.
15.2 Calc ule a massa de hidróxido de lítio que te ria de se utilizar para preparar 200 ml da
referida sol ução.
322
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
16. A figura mostra a curva da titulação de 12,50 ml de HC-€ com NaOH 0,025 mol dm- 3 •
pH
14 ........................ : ····· .. ····· .. :·
' ---·
'
''
'
'
'
''
'
'
Vermelho de metilo
O 1O 20 30 40 50 60 70 80
VNaOI-\ adicionado / ml
16.3 Determine:
a) a concentração da so lução de HC-€;
b) o pH da sol ução inicial;
c) o pH da solução obtida após adição de 10 ml de NaOH.
16.4 Explique a afirma ção: «O p H da sol ução obtida quando se ati nge o ponto de equivalên-
cia é 7.»
16.5 Com base na informação ap resentada na fi gura, explique a utilização labo rat orial de
qualquer um dos indicadores para este tipo de titu lação.
17. O pH de uma solução aquosa de fluoreto de potássio, KF (aq), a 25 ºC, é superior a 7, uma
vez que o _ _ _ _ _ sofre hidrólise, por ser o par conjugado de _ _ _ __
--- 4
7
Tabela 1
Vermelho
Cor-de-rosa
Lavanda
Solução (a 25°)
HC-€
NaO H
Tabela 2
Cor da solução na presença do indicador
A
B
e
10 Ve rd e D
13 Am arelo E
323
QUÍMICA 11.0 Ano
Questões propostas
19. Os óxidos responsáveis pela acidificação atmosférica podem ter na sua origem atividades
naturais ou antropogénicas. A figura apresenta as principais fontes emissoras de gases
poluentes, alguns dos quais estão na origem das chuvas ácidas.
Transfonnação química
N0 2 HN0 3 ----------
SO2 H2 sO.
.il ' 11 1
Residências Veículos
(A) Uma chuva q ue apresente u m va lor de pH igual a 6, a 25°, é cons iderada ácida.
(8) os veículos motorizados são a p rincipal fo nte de emissão de óxidos de enxofre.
(C) a fo rmação da ch uva mais ou me nos ácida depende não só da concentração do áci do
fo rmado, mas ta mbém do ti po de áci do.
(D) a ch uva ác ida é um fenóme no qu e ocorre apenas em zo nas o nd e são libertados óxidos
de enxofre para a atmosfera.
20.2 No início do século XXI, o pH méd io da ág ua do mar era 8,05. Estima-se que o p H po-
derá descer para 7,7 em 2100 se forem mantidas as taxas atuais de em issão de CO2 •
Dete rmine o aum ento percentual da concentração do ião oxónio na ág ua dos oceanos,
previsto para 2100, em re lação ao va lor atual.
Reações de oxidação-redução
21. O fosfato de amónio, (NH 4 ) 3 PO4 , é um componente importante dos fertilizantes agrícolas.
As reações envolvidas num dos processos de síntese do fosfato de amónio podem ser tra-
duzidas pelas seguintes equações químicas:
1. 2 Ca 3 (PO 4 ) 2 (s) + 6 SiO 2 (s) + 10 C (s) ➔ P4 (€) + 10 CO (g) + 6 CaSiO3 (s)
li. P4 (€) + 5 0 2 (g) + 6 Hp (€) ➔ 4 H 3 PO4 (€)
Ili. H3 PO 4 (€) + 3 NH 3 (€) ➔ (NH 4 ) 3 PO4 (s)
324
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
21.1 Verifique se cada uma das reações é de oxidação-redução, calcu lando a va riação dos
n úmeros de oxidação.
22. O brometo de alumínio, A-€Br3 , pode ser obtido a partir da reação entre o bromo e o alumí-
nio, traduzida pela equação química seguinte:
23. As baterias de níquel-cádmio (NiCd) são constituídas por um elétrodo positivo de dióxido
de níquel, Ni02 , um elétrodo negativo de cádmio metálico, Cd, e uma solução que permite
a transferência de eletrões. Quando esses constituintes entram em contacto ocorre a se-
guinte reaçã o:
Durante a descarga da bateria, a reação química evolui no sentido da formação dos hidróxi-
dos de cádmio e de níquel. Durante a carga, a reação evolui no sentido inverso, repondo os
constituintes originais.
23.1 Verifique que o processo de descarga da bateria é uma reação de oxi dação-redução.
23.2 Identifi que, pa ra o processo de ca rga de uma bat eria NiCd, os agentes redutor e ox i-
dante.
24.2 Escreva a equação química q ue traduz a reação ocorrida a parti r das semirreações de
oxidação e de redução.
24.3 Mediu-se a massa do depósito removido depois de seco, tendo-se obtido 0,325 g.
Dete rmine a concentração da solução de sulfato de cobre após a reação. Co nsidere
desprezáveis as variações de vol ume da solução.
325
QUÍMICA 11.0 Ano
Questões propostas
Zn Fe Ni Cu Ag Pt Au
Pode concluir-se q ue
(A) a prata, a platina e o ouro são considerados meta is nobres pela sua facilidade em oxidar-
se.
(8) os metais com maio r faci lidade de oxidação são frequen teme nte encontra dos na nature-
za na forma de substâ ncias elementare s.
(C) à maior facilidade de um meta l sofrer corrosão corresponde uma maior dificuldade em
ceder eletrões.
(D) o zinco met álico é o mais reativo entre os metais aprese ntados.
26.2 Coloque por ordem cresce nte de poder red utor os metais Zn, Cu e Pb.
26.3 Exp lique, com base nos result ados apresentados, porque é que não se deve armaze nar
uma sol ução d e Pb(NO 3) 2 num reci piente de zinco, mas j á será possível fazê-lo num
recipiente de cobre.
27. Um parafuso de níquel enroscado numa porca de cobre foi colocado numa solu ção de
ácido clorídrico. Passado algum tempo, observou-se a libertação de bolhas gasosas e a
solução ficou esverdeada.
Cu H Pb Sn Ni
27.1 Explique as evidências expe rimenta is observa das com base na informação forneci da.
27.2 Escreva a eq uação química que tra duz a reação que ocorreu a partir das sem irreações
de oxidação e de redução.
326
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
28.2 Uma das possíveis causas da presença dos iões hidrogenocarbonato, HCO3, na água
do mar é a dissolução do dióxido de carbono atmosférico. Escreva as eq uações quí-
micas q ue traduzem a forma ção desses iões a partir da dissolução do CO 2 na água do
ma r.
peratura.
_J
E
. .. .. . .. .
8,0 . . . . --~ ..........................
29.1 Determ ine a massa de sal que pode p re-
8
cipita r quando 40 ml d e um solução sa-
turada a 80 ºC é arrefeci da até 20 ºC.
30. O sulfato de prata , Ag 2 SO4 , é o principal responsável pela cor castanha-amarelada que as
radiografias apresentam quando a sua revelação não é executada nas melhores condi-
ções. À temperatura de 25 ºC, a constante do produto de solubilid ade do sulfato de prata
em água é 1,7 x 10-s.
À temperatura de 25 ºC, a solubilidade do sulfato de prata em água é
(A) me no r do que numa solução de sulfat o de cobre.
(8) igual ao quadrado da concentração do ião sulfato em solução saturada.
(C) me nor do que a concentração do ião prata na solução saturada.
(D) igual a 0,032 mol dm- 3 .
32 7
QUÍMICA 11.0 Ano
Questões propostas
32.2 A adição de algumas gotas de solução de fluoreto de potássio, KF (aq), a uma solução
sat urada de fluoreto de magnésio, irá originar
(A) um aumento da concentração dos iões F- e uma diminuição da concentração dos
iões Mg 2 +.
(8) um aumento da concentração dos iões F-, permanecendo constante a concentra-
ção dos iões Mg 2+.
(C) uma diminuição das concentrações dos iões F- e Mg 2+.
(O) um aumento das concentrações dos iões F- e Mg 2 +.
32.3 Adicionaram-se 200,0 ml de uma solução de Mg(N0)2 3,0 x 10- 3 mal dm- 3 a 100,0 ml
de uma solução NaF 2,0 x 10- 3 mal dm- 3 . Preveja, com base no va lor do quociente da
reação, se poderá ocorrer precipitação de MgF2 •
32.4 A 18 ºC, a concentração de Mg 2+ numa solução saturada de MgF2 é 1,21 x 10- 3 mal dm- 3 .
Prevej a se a dissolução do fl uoreto de magnésio em água é um processo endotérmico
ou exotérmico.
328
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
33. A contaminação da água com vários poluentes é, em grande parte, de origem antropo-
génica. Os efluentes aquosos de uma determinada indústria contêm iões de níquel, Ni 2+
que são um exemplo dos referidos poluentes. Considere que os iões níquel permanecem
nesses efluentes na forma de hidróxido de níquel e que a concentraçã o desses iões, na
solução saturad a, é 5,8 x 10-6 mol dm-3 •
33.1 Escreva a equação química q ue tra duz o e quilíbrio de sol ubilidade do hidróxido de
níquel em água.
33.2 Mostre que, nas condições referidas, o produto de solubi lidade do hidróxido de níquel
é 7,8 X 10 - 16•
33.3 Um dos processos de remoção dos iões níquel dos efl uentes industriais consiste na
utilização de um agent e precipitante. Conside re que o agente precipitante é o hidróxi-
do de sódio.
a) Refira, j ustificando, com base no Pri ncípio de Le Châte lier, de que modo a adição de
NaO H (aq) contribui pa ra a remoção dos iões níquel da sol ução.
b) Suponha que 990 L dos efl uentes foram tratados com 10 L de so lu ção de NaOH (aq)
0,5 0 mol dm-3 , antes de serem libe rtados no ambiente.
Determin e a concentra ção em iões Ni2 + q ue perma neceram na so lução resu ltante,
coment ando o resultado.
329
Provas-modelo
Física e Química A
Física e Química A
Prova-modelo de exame 1
GRUPOI
(A) emissão ... maior (8) absorção ... maior (C) emissão ... menor (D) absorção ... menor
(A) G e H ... visível (8) G e H ... ultravioleta (C) B e E ... v isível (D) B e E ... ultravioleta
GRUPO li
2. Qual das expressões traduz o número de átomos em 3,0 dm 3 da mistura a 19 ºC e à pressão de 2 atm?
6,02 X 10 23 X 2
(A) (C) 0,25 X 6,02 X 10 23 X 2
0,25
6,02 X 1023 X 4
(B) (D) 0,25 X 6,02 X 1023 X 4
0,25
3. Determine a massa volúm ica da mistura nas condições de pressão e de temperatura dadas.
Apresente todas as etapas da resolução.
332
PROVA-MODELO DE EXAME 1
4 . A reação entre o hidrogénio e o oxigénio pode ser representada pela equação seguinte:
2 H 2 (g) + 0 2 (g) ➔ 2 H2 O (g)
Esta reação, à pressão de 1 bar e a 25 ºC, liberta 286 kJ por ca lor, por cada mole de água formada.
A expressão que relaciona as energias de ligação de reagentes e produtos é
(A) 2 E(H-H) + E(O=O) - 2 E(O-H) = -286 kJ. (C) 2 E(O-H) - 2 E(H-H) - E(O=O) = -286 kJ.
(8) 2 E(H-H) + E(O=O) - 4 E(O-H) = -2 x 286 kJ. (D) 4 E(O-H) - 2 E(H-H) - E(O=O) = -2 x 286 kJ.
GRUPO Ili
A água do mar tem dissolvidas várias substâncias, sendo o sa l maioritário o clo reto de sódio, NaCf .
1. Para uma água do mar com salinidade de 35 g/kg, os valores comuns das percentagens em massa dos
iões clo reto, ce-, e sódio, Na+, são 1,94% e 1,08%, respetivamente. Existem ainda, por quilograma de
22
água, cerca de 6,23 x 10 iões de outras espécies.
1.1 Determine o quociente entre a quantidade de iões cloret o e a quantidade total de iões da água do
mar considerada.
Apresente todas as etapas de resolução.
1.2 Explique porque é que o raio atómico do sódio é maior do que o raio atómico do cloro.
Tenha em consideração as config urações eletrónicas destes átomos, no estado fundamental.
O gráfico permite conc luir que ·----,- -- -- r-··-,-· ·- -•- · --· r· ·-· ,
' ''
'
' ..' ''
'
(A) uma solução contendo 36 g de KNO 3 (aq) por 60 g de água, O: 100 ---··:-··i<~o3 . ·r··-·•--·;
~ ~ 80 .. , ... , ----:- --- -..... :
a 40 ºC, est á insaturada. ~ o
nS 60
(8) a disso lução do Na 2 5O 4 °10H 2 O (s) é exotérmica. .2 ......
O - 40
(fJ m
(C) uma so lução cont endo 50 g de Na 2 5O4 (aq) por 150 g de água, .9 20 --·-: -ãicf 16i-iA·- --:··-- 1
a 80 ºC, está insat urada.
20 40 60 80 100
(D) a dissolução do Na 2 5O4 (s) é endotérmica. Temperatura / ºC
333
Física e Química A
4 . O ácido sulfídrico, H2 S (aq), é um ácido cuja ionização ocorre em duas etapas sucessivas: a segunda
etapa, por ser muito menos extensa do que a primeira, pode ser desprezada. A primeira etapa de ioni-
zação pode ser traduzida por:
Considere uma amost ra de 250 cm3 de uma solução de ácido sulfíd rico, de concentração 0,10 mo! dm-3 .
Despreze a variação da concentração de H 2 S (aq) em resultado da sua ionização.
Determine quantos iões Hp• (aq) existem em solução por cada ião OH- (aq).
Apresente todas as etapas de resolução.
(C) a 50 ºC, a concentração de H3 0 • (aq) na água quimicamente pura é maior do que a concentração
de o H- (aq).
6 . A análise de uma amostra de água do mar revelou a presença de algumas espécies químicas, nomeada-
mente iões sódio (Na•), iões cloreto (Ct'-), iões sulfat o (SOt ), dióxido de carbono (COiJ e oxigénio (OJ
(B) na molécula de 0 2
há quatro eletrões de valência partilhados e oito não partilhados.
(C) no sulfato de sódio por cada ião Na• há dois iões sot.
GRUPO IV
1. A uma altura de 80 m, um helicópt ero, em repouso em relação ao solo, larga uma ca ixa. No instante em
que a ca ixa in icia a queda o se u paraquedas encontra -se já aberto.
Durante a queda, na vertical, sobre o sist ema caixa + paraquedas, de massa 60 kg , atua uma força de
resistência do ar de intensidade F., = b v, em que b é uma constante e v é o módulo da velocidade do
sistema. Quando o sistema atinge a velocidade de módulo 7,5 m s-1 passa a mover-se com velocidade
co nstante.
1.1 Determine o módulo da aceleração do sistema caixa + paraquedas no instante em que a sua velo-
cidade é 20 km/h.
(A) -4,8 X 104 J. (8) - 1,7 X 10 3 J. (C) -4,6 X 104 J. (D) -1,1 X 10 3 J.
2. De uma vara nda de um prédio, a uma altura h, uma bola é lançada verticalmente para cima, a 6,0 m s-1.
Simultaneamente, do mesmo nível, um vaso cai, acidentalmente, partindo do repouso, atingindo o solo
decorridos 2,0 s.
Considere um referencial Oy vertical, com origem na varanda, e sentido positivo de cima para baixo.
334
PROVA-MODELO DE EXAME 1
2.1 Qual dos esquemas pode representar a velocidade, v, e a resultante das forças, FR, que atuam na
bola , imediatamente após o seu lançamento?
FR FR
v v
v v
FR
FR
2 .2 Qual dos esboços de gráfico pode representar a energia cinética, Ec, da bola em função do tempo, t?
2 .3 Qua l dos esboços de gráfico pode representar a energia potencial gravítica, f pg' do sistema
vaso + Terra em função do tempo, t?
2.4 Determine quanto tempo após o vaso ter chegado ao so lo a bola atingirá o solo.
Apresente todas as etapas de resolução.
GRUPO V
(A) o sistema corpo suspenso + Terra ... à resist ência por calor
335
Física e Química A
3. Qual é o gráfico que relaciona a potência, P, dissipada num condutor por efeito Joule, com a tensão
elétrica , U, aos seus terminais? Admita que a resistência elétrica do condutor permanece co nstante.
GRUPO VI
1. Um anel metálico, de raio r, rola sobre uma mesa com ve locidade const ante, passando, sucessivamente,
pelas posições P, Q, R, S e T, como representado na figura.
--+ 000000
00@00
p Q R s T
Na reg ião indicada pela parte sombreada a azul na fig ura existe um ca mpo magnético uniforme, de in-
tensidade 8 , perpendicular ao plano do anel e que aponta para fora da página.
1.1 Se o fluxo do campo magnético através do anel no ponto Q for igual a $ , qual será o fluxo do campo
magnético no ponto R?
1.3 Qual é o gráfico que pode representar corretamente o módulo do fluxo magnético através do anel
ao longo do percu rso PQRST?
:--
I""'"""' ........
X
- .- ''
'
336
PROVA-MODELO DE EX AME 1
2. A luz de um laser incide na superfície de sepa ração meio 1-meio 2, apresentando dois comportamentos
diferentes, A e B, como mostra a figura (que não está à escala).
Comparando os módulos da ve locidade de propagação da luz nos meios 1 e 2, verifica-se que é 1,5
vezes maior no meio 2.
Na situação A, a amplitude do ângulo de incidência é 20º.
A B i
''
''
'
meio2 :' meio2
meio 1 !rr{eio l
0:3 : 0:4
'
'''
''
2.1 Determine, para a situação A, a amplitude do ângulo que o f eixe refrat ado faz com a superfície de
separação dos dois meios.
Apresente todas as etapas de resolução.
2.2 Para determinados ângulos de incidência a luz passa a ter o comportamento apresentado na situa-
ção B. Expliq ue as cond ições necessárias pa ra que ocorra o fenómeno representado na situação B.
Apresente, num texto estruturado e com linguagem científica adequada, a explicação solicitada.
FIM
1111 1. 2. 3.
Item
Cotação (em pontos)
18
6 6 6
1. 2. 3. 4.
li 28
6 6 10 6
1.1 1.2 2. 3. 4. 5. 6.
Ili 54
10 10 6 6 10 6 6
1.1 1.2 2.1 2.2 2.3 2.4
IV 44
10 6 6 6 6 10
1. 2. 3.
V 22
6 10 6
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2
VI 34
6 6 6 6 10
Total 200
337
Física e Química A
Prova-modelo de exame 2
GRUPO 1
Árgon 0,93
1. A expressão que traduz o teor de CO 2 na atmosfera terrestre, expresso em partes por milhão, em vo-
lume é
41 X 10-2 X 10 6 41 X 10-2 41 X 10-2 X 10 2
(A) 4,1 X 10- 2 X 106 (8) , 102 (D) , 106
(C) 1~2 X 106
(A) 0,35 mol (8) 0,70 mol (C) 2,9 mol (D) 5,7 mol
3. Numa respiração normal, um adulto inspira cerca de 0,500 dm 3 de ar. À pressão normal e a uma tempe-
ratura de 25 ºC, esse volume contém 2,58 x 10 21 moléculas de oxigénio.
Determine o volume molar de um gás nessas condições de pressão e temperatura. Apresente todas as
etapas de resolução.
6,67%
(A) as ligações múltiplas entre átomos de carbono apresentam maiores comprimentos de ligação do
que as simples.
(8) uma ligação dupla carbono-carbono tem maior energia de ligação do que uma ligação tripla
carbono-carbono.
GRUPO li
Nos gases de escape dos automóveis existem diversos poluentes. Para eliminar estes contaminantes utili-
zam-se conversores catalíticos. Estes dispositivos têm a função de converter os gases poluentes, entre eles
os óxidos de nitrogénio, NOx, e o monóxido de carbono, CO, em nitrogénio, N 2 , e dióxido de carbono, CO 2 .
338
PROVA-MODELO DE EXAME 2
(C) a energia envolvida na quebra das ligações nos reagentes é igual à energia envolvida na forma-
ção das ligações nos produtos da reação.
(D) a energia envolvida na quebra das ligações nos reagentes é superior à energia envolvida na for-
mação das ligações nos produtos da reação.
1.2 Considere que num recipiente fechado contendo inicialmente 6,0 mal de monóxido de carbono e
4,0 mal de monóxido de nitrogénio, o equilíbrio foi estabelecido, a uma dada temperatura , quando
85% de monóxido de nitrogénio foi consumido.
A quantidade total de gases no equilíbrio é
(A) 5,10 mal. (8) 3,40 mal. (C) 5,70 mol. (D) 8,3 mal.
(A) +2 ... oxidante (8) -2 ... oxidante (C) +2 ... redutor (D) -2 ... redutor
2. À saída do escape, o monóxido de nitrogénio, NO, contacta com o ar atmosférico, sendo rapidamente
oxidado a NO 2 :
2 NO (g) + 0 2 (g) ➔ 2 NO 2 (g)
Fez-se reagir uma amostra de 50,0 L de ar, contaminada com 30,0 mg L-1 de NO, com 1,8 dm 3 de oxigé-
nio, 0 2 , tendo-se obtido 0,112 dm 3 de NO 2 .
Determine o rendimento do processo de conversão do NO em NO 2 . Considere que os volumes foram
medidos em condições PTN.
GRUPO Ili
O dióxido de enxofre reage com o oxigénio, originando trióxido de enxofre, de acordo com a equação
química seguinte:
339
Física e Química A
500
9,8
1,0
1,7
X
X
10 25
10 12
10 6
700 X
3. Os óxidos de enxofre reagem com a água da chuva originando ácido sulfuroso, H 2 S0 3 (aq), e ácido
su lfúrico, H 2 SO 4 (aq). As primeiras etapas de ionização desses ácidos podem ser traduzidas por:
K = 16 x 10- 2 a 25 ºC
ª1 ' '
K = 1 3 x 10 3 a 25 ºC
ª1 ' '
3.1 Comparando, em termos das respetivas ordens de grandeza, a força do ácido sulfúrico com a fo rça
do ácido sulfuroso, conclu i-se que o ácido sulfúrico é cerca de
(A) 103 vezes mais forte. (C) 103 vezes mais fraco.
3.2 A base conjugada do ácido sulfú rico é _ _ _ _ _ do que a base conjugada do ácido sulfuroso,
pois t em _ _ _ _ _ const ante de basicidade.
(A) mais forte ... menor (C) mais fraca ... maior
(8) mais forte ... maior (D) mais fraca ... menor
GRUPO IV
Dois esquiadores, 1 e 2, com a mesma massa, descem dois percursos diferentes, como se mostra na figura
(que não está à escala): o esquiador 1 desloca-se no percurso ABC, enqua nto o esquiador 2 faz o percurso
DEF.
Esquiador 1 Esquiador 2
A D
24m
12 m
e
·-----------------------•-+••---------------- -·· ·* ··
Tome o nível dos esquis nos pontos C e F como referência para a energia potencial gravítica.
Considere que ambos os esquiadores iniciam a descida a partir do repouso e que no fin al do percurso as
energias mecânicas são 90% e 80% das energias mecânicas iniciais, respetivamente para o esquiador 1
e para o esquiador 2.
Considere que os esquiadores podem ser representados pelo seu centro de massa (modelo da partícula
material).
340
PROVA-MODELO DE EXAME 2
1. Na descida, entre as posições iniciais e finais , as variações de energia potencial gravítica dos sistemas
esquiador+ Terra são _ _ _ _ _ e o trabalho realizado pela força gravítica que atua sobre o esquia-
dor 1 é _ _ _ _ _ realizado pela força gravítica que atua sobre o esquiador 2.
(A) positivas ... maior do que o (C) negativas ... maior do que o
2. Qual dos esboços de gráfico seguintes poderá traduzir a energia mecânica, Em, dos esquiadores 1 e 2
em fun ção da altura, h 7
(A) (8) (C) (D)
o h o h o h o h
3. Para percursos na região retilínea da descida, com um mesmo desnível D.h, é maior a variação de velo-
cidade do esquiador 2, podendo concluir-se que para o esquiador 2 é maior, em módulo,
(C) a soma dos trabalhos realizados pelas forças que nele atuam.
(D) a soma dos trabalhos realizados pelas forças de atrito que nele atuam.
4. Considere que o troço retilíneo onde se inclui o ponto E faz um ângulo de 30º com a horizontal.
A intensidade da resultante das forças de atrito que atuam sobre o esquiador 2, ao passar em E, é 12%
da intensidade da força normal que a rampa exerce sobre esse esquiador.
Determine, com base na Segunda Lei de Newton, o módulo da aceleração do esquiador 2 na posição E.
Apresente todas as etapas de resolução.
5. Admita que no troço retilíneo da descida é constante a resultante das forças que atua sobre o esquia-
dor 1 e que o movimento se inicia no instante t = O.
Qual das expressões seguintes poderia traduzir a distância percorrida, d , pelo esquiador 1, na descida,
em função do tempo, t, estando essas grandezas expressas nas unidades de base do SI?
GRUPO V
341
Física e Química A
(A) Ox ... positivo (B) Oy ... positivo (C) Ox ... negativo (D) Oy ... negativo
2. Uma bobina com 800 espiras circulares, de raio 10 cm, roda com velocidade angular constante numa
região em que existe um campo magnético, 8 -, constante. A figura seguinte representa o gráfico do fluxo
do campo magnético, <1>m' através da bobina em função do tempo, t , no intervalo de tempo [O; 200] ms.
<I> / Wb
0,200
0,150
0, 100
0,050
0,000
t/ m s
- 0,050
- 0, 100
- 0, 150
- 0,200
(A) 125 ms ... 100 ms (B) 50 ms ... 75 ms (C) 125 ms ... 75 ms (D) 50 ms ... 100 ms
GRUPO VI
1. Na figura representa-se, no instante t = O, uma porção de uma mola elástica , na qual se propaga uma
onda periódica de período T, no sentido de A para 1.
- ~
ABC E F
oorpa~
H 1
3
1.2 Qual das figuras pode representar a mesma porção da mola no instante t = T?
4
(A) amxxm oooaxmmxm oooaxmmxxm
1 1 1 1 1 1 1
(D) ooooooamomxmoooOOlJüJiiill)()orr
1 1 1 1 1 1
342
PROVA- MODELO DE EXAME 2
2 . Em alguns automóveis existe um sist ema automático, esquematizado na figura seguinte, que aciona o
lim pa para-brisas quando cai água sobre o vidro.
••
Emissor Emissor
de IV de IV
O dispositivo contém um emissor de infravermelhos (IV) e um det etor para essa radiação. A radiação
emitida pelo emissor propaga-se do ar para o vidro e, se não existir água sob re o vidro, grande pa rte
da radiação passa do vidro para o ar no detetor atingin do-o. Se existir água sobre o v idro, uma grande
parte da radi ação não atinge o detetor, e as escovas são ativadas.
2.1 Quando não há água sobre o vidro, a radiação IV emitida, que atinge o detetor, sofre, sequencial-
mente, os seguintes fenómenos:
2 .2 Para q ue este sistema fun cio ne, é necessá rio que o ângulo de inci-
dência da radiação IV na superfície exterior do pa ra-brisas estej a com-
preendido num determinado interva lo.
Determine, co m base nos índices de refração apresentados na t abela,
esse interva lo de amplitudes do ângulo de incidência.
-- Vid ro
Água
1,49
1,33
FIM
1111 1. 2. 3.
Item
Cotação (em pontos)
4 .1 4.2
34
6 6 10 6 6
1.1 1.2 1.3 2.
li 28
6 6 6 10
1.1 1.2 2. 3.1 3.2
Ili 38
10 10 6 6 6
1. 2. 3. 4. 5. 6.
IV 44
6 6 6 10 6 10
1.1 1.2 2 .1 2.2
V 28
6 6 6 10
1.1 1.2 2 .1 2.2
VI 28
6 6 6 10
Total 200
343
Física e Química A
Prova-modelo de exame 3
GRUPOI
No co ncurso CanSat cada eq uipa concorrente aprese nta um proj eto e constrói um pequeno satélite
(cansat) que desempenhará uma missão científico-tecnológ ica. Um fog uete transporta o cansat e larga-o no
po nto mais alto da sua t raj etória. Depois, o cansat desce preso por um fio a um paraq uedas. Durante todo o
percurso comun ica com a est ação de base e é possível conhecer a sua altitude em função do tempo.
De acordo com o regulamento do concu rso, a ve locidade de descida deve situar-se entre 8 m s-1 e 11 m s-1.
Conside re que o cansat pode ser representado pe lo seu centro de massa (modelo da partícula material) e
admita que t em um movimento aproxi madament e ve rtical.
1. Os gráficos segu intes apresentam, para um cansat co m a massa de 3 50 g, a altitude em função do t em-
po, t, para todo o movim ento, e o módulo da ve locidade, v, em fu nção do tempo, t , para os pr imeiros 17 s.
altitude / m v i m s~1
1200
/. 140
{'
1000
I ' 120
800
600
" "~ I'\.. 100
80
400
"' 60
40
200
o
o 20 40 60 80 "" "'
100 120 140
t/ s
20
1.1 Para os pri meiros 4 s de movime nto, o movimento do foguete foi ____ e a aceleração _ _ __
(A) u niforme ... é co nstante (C) uniforme ... não é const ante
1.3 Co nc lua, j ustifica ndo, qual foi , no inst ante 60 s, a intensidade da força exercida no cansat pelo fio
que o ligava ao paraquedas.
1.4 Qual dos esboços de gráfico seg uintes pode representar, durante a descida, a energ ia mecânica, Em,
do sistema cansat + Terra , em função da altura, h, em relação ao solo?
Considere o so lo como nível de referência da energia potencia l gravít ica.
o h o h o h o h
344
PROVA-MODELO DE EXAME 3
2. O cansat deve ser capaz de suportar uma força resultante que origine uma aceleração até 20g, ou
seja, uma força 20 vezes maior do que a força gravítica nele exercida. Para testar aquele limite de
aceleração, uma equipa considerou a hipótese de o fi xar a uma plataforma giratória, descrevendo um
movimento circu lar uniforme num plano horizontal.
2.1 Quando o cansat descreve um movimento circu lar uniforme, qual dos diagramas seguintes repre-
sent a corretamente a resultante das forças, F, aplicadas no cansat?
~
'
1
[t3 ):i 1
ll'
FR \
):i 1 :□-, 1
1
~ ~
:□-, 1
(A) inferior ... menor (8) superior ... igual (C) inferior ... igual (D) superior... menor
3. As comun icações do cansat com a estação de base usam ondas eletromagnéticas de frequência
433 MHz. Para o dimensionamento das antenas é necessário con hecer o compr imento de onda dessas
ondas. Qua l é o comprimento de onda dessas ondas?
Apresente o resultado na unidade SI de base, com três algarismos significativos.
GRUPO li
Do estudo experimental de uma célu la fotovoltaica , com a área de 34 cm 2 , e de duas célu las idênticas,
associadas em paralelo ou em série, obtiveram-se os gráficos, da potência, P, fornecida em função da
tensão elétrica, U, nos seus terminais, quando a irradiância era 170 W m- 2 , que se apresentam na figura
seguinte.
.• .-·-~ ~.
180 ·-
160
1
19'" •• t-
+ +t 1 1
·~
1
~
140
1- J •
' 1
.~~
1 1
'
---
120
100
,, 4
1t•
•
.~
1
1
.j.
1
~- -1-1-
.,. -·~
._"'-, L-
•I I • 1 1
i~
80 - 1- - 1-1-
• , ..+- -
60
- -i.t j-- 1-
t - - 1-1-
40 W'- .
-~·1---+
t- 1-
WI - 1
1
1-
+- -- 1-1-
20
o
0,0
• 0,5
1- -r
1,0
rr 1,5
t -
2,0 2,5
+ t -
3,0
1-
3,5
U JV
345
Física e Química A
2. Considere um dispositivo que funciona com uma corrente elétrica de 67 mA, ligado diretamente aos
t erm inais da associação de duas célu las. Indique qual é o tipo de associação adequado.
3. Com as célu las estudadas, pretende-se construir um sistema de alimentação de um sat élite com uma
potência máxima de 10 W. Considere que o satélite orbita numa região de irradiância solar 1400 W m- 2 ,
a luz solar incide sempre perpendicularmente aos painéis e o rendimento máximo das célu las se man-
t ém consta nte.
Determine o número mínimo de cé lulas necessárias.
Apresente todas as etapas de resolução.
GRUPO Ili
Há diversos satélites que monitorizam as condições meteorológicas e registam dados do clima usando
feixes de radiação eletromagnética, por exemplo para medir o nível dos oceanos.
1. Os satélites meteorológicos medem a velocidade dos ventos com base no efeito Doppler (diminuição
da frequência quando a fonte e o recetor se afastam e aumento da frequência quando a fonte e o rece-
tor se aproximam). Estes sat élites emitem um feixe laser de frequência bem determ inada. Após o feixe
entrar em contacto com as camadas de ar volta a ser recebido no satélite.
O feixe recebido pelo sat élite resulta da _ _ _ _ _ do feixe emitido e tem frequência _ _ _ __
do feixe emitido.
2. Um satélite emite uma onda eletromagnética que se propaga de um meio, 1, para outro, 2, diminuindo
o comprimento de onda de 40 cm para 30 cm.
Pode conclu ir-se que a velocidade de propagação no meio 1 é _ _ _ _ _ do que no meio 2, se ndo
o índice de refração do meio 1 em rela ção ao meio 2 _ _ _ __
. 4 . 3 4 3
(A) maior ... (8) maior ... (C) menor ... (D) menor ...
3 4 3 4
3. Os satélites têm registado uma subida do nível médio do mar. Considere que recebem a mesma energia
iguais massas de ar, água e gelo, e que não ocorrem mudanças de estado físico.
X 10 j kg- 0 c- • e = 2 ' 4 X 103 j kg-1 0 c-1·' ear = 100 X 10 j kg- 0 c-
3 1 1 3 1 1
e.agua lrqu1da
. . = 418
' ' gelo '
A sequên cia que traduz uma ordem crescent e das variações de tempe ratura é
(A) gelo, água e ar. (8) água, gelo e ar. (C) ar, gelo e água. (D) água, gelo e ar.
GRUPO IV
Na in dústria siderúrgica, a extração de ferro a partir do minério de ferro hematite, Fe 2 0 3 , é feita num alto-
-forno. As reações químicas que aí ocorrem podem ser traduzidas pela reação global:
346
PROVA-MODELO DE EXAME 3
1. Ca lcule a massa de ferro prod uzido a partir de 10 0 toneladas de hematite, com 30% (mi m ) de impurezas.
Apresente t odas a et apas de resolução.
2 . A água de um lago, em contacto com o ar, dissolve dióxido de ca rbono, CO 2 • O dióxido de carbono
reage com a água, como é traduzido pela equação seg uinte:
Qual dos gráficos pode representar a va riação das percentagens de HCO 3(aq) e co 2
(aq) em função do
pH numa solução resultante da dissolução do dióxido de ca rbono?
V
(A) (8) (C) (D)
,;_jr ~"
* *
10 0
ON
o
\_
o
b(")
§?
100
oO
*
N o
oI
~ M
*
* + - - - --=e.+*
O+=- - - - + 100 o 100 0 +---=---+ 100
O pH 14 0 pH 14 O pH 14
3. Uma amostra de água, recolhida no referido lago, apresenta uma concentração de 2,0 mol dm-3 em CO 2
dissolvido. Adm itindo que apenas 0,0 5% do CO 2 se transforma em hidrogenoca rbonato, HCO3, deter-
min e o pH da amostra de água do lago.
GRUPO V
2 . Con cl ua, sobre o que se poderá ve rificar quanto à solubilização das referidas subst âncias, quando se
adicionam 0,1 mol de cada uma das substâncias a 1,0 dm 3 de água quimicamente pura, a 2 5 ºC.
GRUPO VI
1. O néon foi o pri meiro elemento para o qual se demonstro u a existência de isótopos estáveis: em 1913,
por aplicação da técnica da espetrometria de massa, fo i revelada a existência de Ne-2 0 e Ne-22. O ter-
ceiro isótopo estável, Ne-21, foi det etado mais tarde.
347
Física e Química A
preendida no intervalo _ _ _ __
(A) 9,25% ... (19,9; 20,4] (C) 9,25% ... (20,9; 21,4]
(8) 22% ... (19,9; 20,4] (D) 22% ... [20,9; 21,4]
21,991385
y •·-•-••---•---·
0,27% ···-·········-
19 20 21 22 23
Massas isotópicas
--P------,f---//-__,,__,_+---.L.......f-'---
84 82 4 2
Energ ia de remoção / MJ moI - 1
(C) o espetro D pode corresponder ao espetro de em issão de um elemento existente numa estrela.
(D) o espetro C obtém-se quando os átomos do respetivo elemento emitem fotões no visíve l.
(A) MgF 2 . .. moléculas (8) MgF 2 ... iões (C) Mgl ... moléculas (D) Mg 2 F ... iões
348
PROVA-MODELO DE EXAME 3
3.3 Comparando os átomos de fl úor e cloro, tem maior energia de ionização o _ _ _ _ _ e maior raio
atómico o _ _ _ __
(A) flúor ... flúor (8) flúor ... cloro (C) cloro ... fl úor (D) cloro ... cloro
GRUPO VII
Um aluno preparou 1,0 L de uma solução aquosa com 15,0 g dm-3 de NaOH. Em seguida, transferiu
250 ml dessa solução para um balão volumétrico de 500 ml e adicionou-lh e água destilada até ao traço
de referência do balão vo lumétrico.
2. Um outro aluno retirou o excesso de so lução com um conta-gotas para acertar o menisco da solução
preparada pelo traço de referência. Conclua, justificando, sobre o rigor da concentração da solução
preparada pelo aluno e qual a atitude a tomar numa situação como esta.
(C) Não deixar entrar em contacto com o ar e lavar as mãos após o manuseamento.
(D) Manter fora do alcance das crianças e não entrar em contacto com os olhos, a pele ou a roupa.
FIM
- 1.1
6
1.
1.2
10
2.
1.3
10
3.
1.4
6
Item
Cotação (em pontos)
2.1
6
2.2
10
2.3
6
3.
6
60
li 22
6 6 10
1. 2. 3.
111 18
6 6 6
1. 2. 3.
IV 26
10 6 10
1. 2.
V 16
6 10
1.1 1.2 2. 3.1 3.2 3.3
VI 36
6 6 6 6 6 6
1. 2. 3.
VII 22
6 10 6
Total 200
349
Física e Química A
Prova-modelo de exame 4
GRUPOI
I/ A
Na figura representam -se os gráficos da corrente 2,5
~ t t +
+
2,0
com 100 cm 2 de área, em função da tensão, U, nos
=tJ-H-+- t =! f ~
w dt.:w=
seus terminais, para duas irradiâncias, 200 W m-2 1,5
li -t- 1-t-
-1\-
2 t-
e 1000 W m- . Nos pontos P e Q, assinalados nos -1-
1 1
~
1-H---i-r
+t-+ t- ~
+
1. A energia que incidiu na cé lula ao fim de 5 h,
0,5
t+i +- 200W m·2 - ~ Q J_
0,4
~
0,5
\ 0,6
(A) 20 kW h. (8) 0,20 kW h. U/ V
GRUPO li
e
y
1. O circuito da figura é constituído por um gerador, de re- E, r
X
sistência interna r, uma associação de três resistências R,
elétricas, R,, R2 e R3 , sendo R, uma resistência variável,
e um comutador C que permite estabelecer uma liga-
E
ção no ponto X ou no ponto Y. Instalaram-se ainda um G
voltímetro e um amperímetro. O valor da resistência
R3 é triplo do da resistência R2 •
Considere desprezáveis as resistências dos fios de ligação e dos contactos.
1.1 O comutador C é ligado ao ponto X e varia-se o valor da resistência R,. Qual dos esboços de gráfico
pode representar a co rrente elétrica, /, em função da resistência elétrica, R,?
o R, o R, o R, o R,
1.2 Liga-se o comutador ao ponto Y e regula-se R, para que fique com o mesmo va lor de R2 (R, = RJ
No voltímetro regista-se 8,4 V e no amperímetro 0,24 A.
350
PROVA- MODELO DE EXAME 4
1.2.2 Nestas condições, o rendimento da pilha é 93%. Pode concluir-se que a força eletromotriz da
pilha é _ _ _ _ _ a sua resistência interna é _ _ _ __
(A) 8,4 V ... 2,5 Q (8) 8,4 V ... 0,6 Q (C) 9,0 V ... 0,6 Q (D) 9,0 V ... 2,5 Q
2. Montou-se um circuito com duas bobin as circu lares iguais, B1 e B2 , ligadas em série e com
os seus centros alinhados na vertical. Um íman foi largado verticalmente sobre o eixo das
duas bobinas, como mostra a figura. Entre B, e B2 a velocidade do íma n aumenta. 1
:e::
Num osci loscópio ligado nos terminais XY reg istou-se a força eletromotriz induzida, E, no
circuito.
Qual dos gráficos pode traduzir o módulo do sinal obtido no osciloscópio, IEI, em fun ção
do t empo de queda, t?
(A) (C)
le1J\J\ J\J\ t
(8) (D)
2. Determine a ve locidade de propagação das ondas na água da tina, a partir dos reg istos do osciloscópio
e da imagem da onda gerada.
Apresente todas as etapas de resolução.
3 . Se a base de tempo do osc iloscópio for alterada para 10,0 ms por div isão, mantendo-se o sinal produ-
zido pelo gerador, a frequência das ondas na água _____ e o comprimento de onda _ _ _ __
(8) altera-se ... mantém-se const ante (D) mantém-se constante ... mantém-se constante
351
Física e Química A
(A) menor ... 24º (8) maior ... 24º (C) menor ... 30º (D) maior... 30º
GRUPO IV
Um carro, de massa 1000 kg, deslocava-se a 80 km h-1 quando entrou numa superfície plana gelada. Para
parar, mantendo-se sempre na mesma superfície, percorreu uma distância de 186 m, em linha reta.
Considere a variação de entalpia mássica de fusão da água 3,34 x 105 J kg-1.
1. Admitindo que toda a energia dissipada na travagem do carro se transferia para o gelo a O º C, e que não
existiam outras transferências de energia, qual seria a massa de gelo que fundiria?
2. Determine a intensidade da resultante das forças de atrito, F., que atuaram sobre o carro. Comece por
calcular a aceleração do carro partindo das equações x(t) e v(t). Considere um referencial unidimensio-
nal Ox com direção e sentido do movimento.
Apresente todas as etapas de resolução.
3. Se a superfície gelada fosse inclinada, o ca rro, usando igualmente dos travões, também acaba ria por
parar após ter ficado a uma determinada altura acima do nível inicial. Compare as distâncias percorridas
na travagem no plano inclinado e no plano horizontal. Considere que a intensidade da resultante das
forças de atrito é a mesma nos dois planos.
Apresente, num texto estruturado e com linguagem científica adequada, a fundamentação da compa-
ração solicitada.
4. Se a resultante das forças de atrito na superfície plana gelada fosse nula, o módulo da velocidade do
carro, depois de ter percorrido 186 m, seria _ _ _ _ _ 80 km h-1, e as forças que atuam sobre o carro ,
nesse percurso, _ _ _ __
(8) maior do que ... não se anulariam (D) igual a ... não se anulariam
GRUPO V
Considere a reação, em fase gasosa, em que as espécies químicas A e B se transformam nas espécies, C e D.
A figura apresenta o gráfico das concentra ções, e, ao longo do tempo, das espécies A, B, C e D, a uma
dada temperatura.
352
PROVA-MODELO OE EXAME 4
e / mol dm'
3,0
=W
-
2,5 ' -1- -+ r---f- ~
:±l___,,d?
-'-
li. -1-1- Ll:I
2,0 1 1
~-
,..::, ~
r=l-
- - - -
>-
-A
1,5
->- /
,
j__~
-
- --
~
•2 • -- ffl-
/ F ------l-, ('
1,0
~
/ t--+-
+- B
0,5 +++-+
0,0 -
1D -++ ~ -f---+-
Tempo
(A) 1 mal A : 5 mal B (8) 2 mal A : 3 mal B (C) 3 mal A : 2 mal B (D) 3 mal A : 1 mal B
2. Considere que a variação de entalpia da reação considerada é positiva. Conclua como varia rá a compo-
sição do sistema em equilíbrio quando a sua temperatura diminui, a volume consta nte.
Apresente, num texto estruturado e com linguagem científica adequada, a fundamentação da conclu-
são solicitada.
3 . Para a reação considerada, a constante de equilíbrio, a uma determinada temperatu ra, _____ se
aumentarem as concentrações iniciais de A (g) e B (g) e _____ se aumentarem as conce ntrações
iniciais de C (g) e D (g).
GRUPO VI
A densidade relativa do estanho foi determinada experimentalmente por picnometria de sólidos. O proce-
dimento experimental incluiu as pesagens 1, li e 111, efetuadas a 20 ºC, que estão representadas na figura.
-+ -+
32,41 g l8 208,06 g l8
li Ili
Massa da amostra de esta nho Massa do picnómetro com água Massa do picnómetro com a amostra
m, = 32,41 g m,= 208,06 g de estanho e com água
me = 235,97 g
1. Qual das expressões permite calcu lar a densidade relativa do estanho, à t emperatura de 20 ºC?
32,41 32,41
(A) 235,97 - 208,06 (C) (208,06 - 32,41) + 235,97
32,41 32,41
(8) (D) - - - -
(208,06 + 32,41) - 235,97 235,97 - 32,41
353
Física e Química A
(A) precisão ... superior (8) precisão ... inferior (C) exatidão ... superior (D) exatidão ... inferior
GRUPO VII
(A) o chumbo tem maior tendência para ceder eletrões do que a prata.
(C) o catião Cu 2 + (aq) tem menor poder oxidant e do que o catião Pb 2 + (aq).
(D) o catião Pb 2+ (aq) tem maior tendência para captar elet rões do que o catião Ag+ (aq).
3. Para rest aura r o brilho de uma lâmina de cobre recoberta com uma camada de óxido de cobre( II),
CuO (s), a lâmina, de massa 2,572 g, foi aquecida numa câmara com hidrogénio gasoso, H2 (g). Neste
processo químico ocorreu a redução completa do catião e formou-se vapor de água, apresent ando a
lâmina, no fina l, a massa de 2,552 g. Admita que o metal formado permanece na lâmina.
3.1 Antes do restauro, a percentagem em massa de óxido de cobre( II) p resente na lâmina era
3.2 Conclua, justificando com base na va riação do número de oxidação, que o processo de restauro do
brilho da lâmina traduz uma reação de oxidaçã o-redução. Comece por escrever a equação quím ica
que traduz a reação entre o óxido de cobre (li), CuO (s), e o hidrogénio, H2 (g).
GRUPO VIII
O equilíbrio que se estabelece entre o fluoreto de chumbo, PbF 2 (s), e os iões resultantes da sua dissolu-
ção em água pode ser traduzido por:
354
PROVA- MODELO OE EXAME 4
LJ Clg,arnl
1. Na figura est ão represent adas duas soluções saturadas de fluoreto de li
2. Considere que se dissolveu fl uoreto de chumbo em água até a solução ficar satu rada, a 25,0 ºC. Qual é
a concentração de iões F- (aq) nessa solução?
(A) 4,2 x 10-4 mal dm-3 (B) 8,4 x 10-4 mal dm-3 (C) 1,1 x 10-2 mal dm-3 (D) 5,6 x 10-3 mal dm-3
3. A solubi lidade do fluoreto de chumbo altera-se numa solução aquosa de nitrato de chumbo,
Pb(NO) 2 (aq), um sal muito solúvel. Conclua, justificando, se a solubilidade do fluoreto de chumbo
naquela solução é maior ou menor do que em água.
4 . Suponha que se pretende precipitar fluoreto de chumbo a partir de uma solução contendo iões Pb 2 • ,
de concentração 1,50 x 10-3 mal dm-3 , utilizando ácido fluorídrico, HF, de concentração 0 ,10 mal dm-3 ,
que se mantém constante ao longo da reação.
A constante de acidez do ácido fluoríd rico é Kª = 6,8 x 10-4 , a 25 ºC.
Determine o va lor de pH necessário para que o fluoreto de chumbo possa precipitar.
FIM
Ili 1. 2.
Item
Cotação (em pontos)
16
6 10
1.1 1.2.1 1.2.2 2.
li 24
6 6 6 6
1. 2. 3. 4.
Ili 28
6 10 6 6
1. 2. 3. 4.
IV 32
6 10 10 6
1. 2. 3.
V 22
6 10 6
1. 2. 3.
VI 18
6 6 6
1. 2. 3.1 3.2
VII 28
6 6 6 10
1. 2. 3. 4.
VIII 32
6 6 10 10
Total 200
355
QUIMICA 10.º ANO
Domínio 1 11.1 Composição qualitativa: o pentóxido de vanádio é constituí-
do pelos e lementos oxigénio e vanádio.
1.1 Massa e tamanho dos átomos (QP. pág. 38)
Composição q uant itativa: uma molécula de pentóxido de vanádio
1. (B) . Número de massa de X= número de p rotões+ número de é constituída por 2 átomos de vanádio e 5 átomos de oxigénio.
neutrões = 12 + 14 = 26.
5 24 23
2. (A) . A (Si)= 2,3 x 10' x 28 + 1,2 x 10 x 29 + 8 x 10 x 30 = 2 81
11.2 (A). M(V20 5) = 181,88 g moI-1; ~ = 5 x 16 ,00 g = 0,4399
mv 181 ,88 g
' 2 ,5 x 1025 ' 205
103
3.1 B-10 ➔ 19,78% e B-11 ➔ (100 -19,78)% = 80,22% 11.3 n = .!!!... = 2 ·3 x g = 12,6 mol V,O 5
M 181,88 g mol· 1
A (B) = 19 ,78 x 10 0129 + 80 ,22 x 11 0093 = 10 81 1 mol de V 20 5 cont ém 2 mol d e vanádio, nv = 2 x 12,6 mol =
' 100 ' 100 ' ,
3.2 (B). = 25 molde V.
4 . (B). 12. (D) . n = 19,7 oo g = 0 ,10 mol
Au 196,97 g mol- \
Ar(Li-6) x %abundãndarelatNa + Ar{Li-l) x %abundância relativa
A ,(Li) =
100 n = 4 ,316 g = 0,04 mol 2 ·540 g
n =
= 0,04 mol
Ag 107,87 g mol· ' 63,55 g moI-1 cu
⇒ 6 ,941 = 6 ,0151 Y + 7,0160 (100 - y) ⇒ y = 7,5 ➔ 7,5%
º·º:
X X
N
Ga-ll
= 39,89 x 4 318 x 1022 = 172 x 1022 átomos
100 ' '
14. n . = n = N r, =
r,o, n N•
6 2 x 102º•º = 1 00 x 10-3 mol
6,02 x 1023 mol-1 '
M(Ti0 2) = 79,87 g moI· 1
6.1 A nanotecnologia é a tecnologia à nanoescala, que consis-
te na manipulação da matéria à escala atómica e molecular, de m = n x M = 1,00 x 10-3 mol x 79,87 g moI-1 = 7,99 x 10- 2 g
modo a construir novas moléculas e novos materiais. p = _111__ ⇒ V = 7,99 x 10-2 g ~ V = 1 89 x 10-2 cm3
V 4,23 g cm- 3 '
6.2 Med icina e robótica.
V = e x / x a ⇒ 1,89 x 10- 2cm 3= 50 cm x 100 cm x a ⇒ a = 3,8 x 10--6 cm =
7. 1 nm = 10
x 0 ⇒ 1 x 10- 9 m = 10
x0 ⇒ = 3,8 x 10--a m = 38 nm
1000 000 cabelo 1000 000 cabelo
⇒ 0cabelo = 1 X 10-4 m
15.1 As incertezas de leitura são 0,001 g, pa ra a balança,
e 0,05 m l , pa ra a bureta.
8.1 0. = 3 ,6 cm x 1 x 10- 10 m = 1,2 x 10-10 m
atomo 3 ,0 cm 15.2 V= (9,50 - 0,25) m l = 9,25 ml
15.3 M (H2O) = 18,02 g moI- 1 nH = _111__ = 9 ,542 g = 0,5295 mol
r= 0á1omo = 1,2 X 10-10 m = 60 X 10-tt m 2° M 18,02 g mol- 1
2 2 '
NH20 = n x N • = 0 ,5295 mol x 6,02 x 10 moléculas moI- 1 = 3 ,19 x 10 23
23
A ordem de grandeza do raio atómico é 10- 10 m.
moléculas
8.2 (C). 0,úcleo = 1 x 10--6 x 1 x 10-9 m = 1 x 10- 15 m 3•19 x 1023 moléculas
número de gotas= = 220 gotas
0,úcleo = 1 X 10-\5 m = 8 X 10 -6 = 10-5 1,45 x 10 21 moléculas/gota
0ãtomo 1,2 X 10-\0 m 15.4 Se o número de gotas transferido foi superior ao número
9.1 0 = 3 ,o cm x 5 x 10- 10 m = 1,4 x 10- 9 m de gotas contado, o volume ca lc ulado, 9 ,25 ml, corresponde-
molécula 11 cm rá a um maior número de gotas e o volume de cada got a será
9.2 A escala ~ostra q ue 5 A na realidade corresponde a 1,1 cm na menor, o u sej a, a determinação do volume de cada gota foi feita
imagem, o u seja, 1,1 cm na imagem ~ 5 x 10--a cm na realidade, pelo por excesso (o valor medid o é maior do q ue o va lor verdadei ro).
q ue o fator de ampliação é 1•1 cm = 2 ,2 x 10 7= 22 000 000.
5 x 10-• cm 15.5 (8). Como as balanças são digitais as incertezas de leitura são
Conclui-se que a imagem está ampliada 22 milhões de vezes. 0,1 g e 0,001 g. A de menor incerteza de leitura é menos precisa.
O valor medido está comp ree ndido no intervalo [(9,5 - 0,1);
10.1 (B). M(C7H5 (NO,))= (7 x 12,01 + 5 x 1,01 + 3 x (14,01 + 2 x 16,00)) (9,5 + 0,1)] g .
g mol-1 = 22715 g moI-1· N = n N = !!!.. N =
' '
1
kg x
• M •
·º
227,15 x 10-' kg
X 6 ,02 X 1023 1.2 Energia dos eletrões nos átomos (QP, pág. 42)
10.2 Cálculo da quantidade de TNT: 16.1 A - e spetro de emissão descontínuo: apresenta algumas ris-
N= n x N• ⇒ 3,6 x 10 24 = n x 6 ,02 x 1023 ⇒ n = 5 ,98 molde TN T cas coloridas, sepa radas por largas zonas escuras. B - espetro
de abso rção descont ínuo: ap resenta riscas negras num fundo
Cálculo da massa de h idrogénio:
colorido.
1 mol de TNT contém 5 mol de átomos de hidrogénio
16.2 Não, os filamentos são materia is só lidos à tempe ratura a m -
mhld,ogénlo = 5,98 mol x 5 x 1,0 1 g moI- 1= 30 g biente e os espetros de sólidos incandescentes apresentam-se
10.3 A proporção entre as massas de ca rbo no e de n itrogénio como espet ros de emissão contínuos, contêm uma gama ininte r-
na amostra é caracte rística da substância não dependendo da rupta de radiações ou cores.
massa da amost ra. Assim, para u ma mole de moléculas:
17.1 (C).
m(C) = n(C) x M(C) = 7 mol x 12,01 g moI-1 =
2 000 17.2 IV < Ili < li < 1
m(N) n(N) x M(N) 3 mol x 14,01 g moI-1 '
356
18. (B). um conjunto de riscas característico associado a um ce rto elemento.
19. Segundo Bohr, o eletrão do átomo de hidrogénio movimenta-se A cor violeta do potássio resulta da sobreposição de riscas no
em torno do núcleo descrevendo órbitas fixas e enquanto perma- visível com maior energia (maior frequência), pelo que uma com-
nece numa determinada órbita não absorve nem emite energia. bustão pouco energética pode não ser suficiente para promover a
A cada uma dessas órbitas está associado um determinado valor excitação eletrónica dificultando a sua identificação.
de energia, pelo que só são permitidos determinados valores de 24.3 A desexcitação dos eletrões nas amostras em análise deve
energia bem definidos para o eletrão. O eletrão pode transitar de situar-se na zona do visível, pelo que apenas podem ser anali-
um nível de energia para outro se absorver ou emitir radiação de sados os elementos cujos átomos emitam no visível, o u porque
energia igual ao módulo d a diferença de energia entre os níveis as colorações observadas podem ser provenientes de impurezas
em q ue se dá a transição. Assim, cada risca no espetro de emissão presentes na amostra.
resulta da transição do eletrão de um nível para outro de menor 24.4 Nocivo ou irritante. Deve ser evitado o contacto com o corpo
energia, correspondendo a energia de cada risca a um valor bem humano, assim como a inalação da substância.
definido: a diferença de energia entre o nível de maior energia e o
25.1 5 subníveis. Cada pico corresponde a um subnível.
de menor em que se deu a transição.
25.2 (C). Os eletrões do átomo distribuem-se por 5 subníveis, 1s,
20. Transição A n = 1 ➔ n = 2
2s, 2p, 3s e 3p. As letras A, B e C correspondem aos 3 picos de
!'.E= E, - E,= E2 - E1= -5,45 X 10-19 - (-21,8 X 10-"') = 1,64 X 10-18 J
menor energia de remoção, ou seja, ao subnível ocupado por ele-
Transição B n = 1 ➔ n = 3 trões mais energéticos, 3p, 3s e 2p, respetivamente.
!'.E = E,- E,= E3 -E1 = -2,42 X 10- 19 - (-21,8 X 10- 19) = 1,94 X 10-18J
25.3 1s2 2s 2 2p6 3s' 3p 1 ➔ Z = 13 ➔ Elemento alumínio, símbolo Ae.
Apenas a transição B correspo nde à absorção do fotão f 2 .
25.4 Num espetro fotoeletrónico, a altura de cada pico é propor-
21.1 Uma risca negra no espetro de absorção do átomo de hidro- cional ao número de e letrões em cada nível ou subnível de ener-
génio resulta de uma transição eletrónica de um nível inferior para gia. O pico C apresenta um número relativo de eletrões que é o
outro nível superior de energia. Uma risca negra na zona vermelha triplo dos picos B, De E e estes um número que é duplo do pico A.
do espetro corresponde a uma risca vermelha no espetro de emis- Ass im, o pico C representa um subnível ocupado com 6 eletrões.
são. Esta risca resulta da transição de um nível superior de energia Como cada orbital só comporta no máximo 2 eletrões, então os
para o nível 2. Sendo a menos energética da série do visível, sig- eletrões do pico C distribuem-se por 3 orbitais (degeneradas).
nifica que corresponde a uma transição de n = 3 ➔ n = 2. A risca
25.5 (B). Como é necessário maior energia para remover os ele-
negra no espetro de absorção e a risca colorida no espetro de
trões do pico E, concl ui-se q ue estes são os q ue têm menor
emissão, na mesma posição, correspondem à mesma diferença
energia, portanto, os que, em média, estão mais perto do núcleo.
energética, portanto, a risca negra corresponde a uma transição
Como esses eletrões têm menor energia, pode concluir-se que o
de n = 2 ➔ n = 3.
efeito da maior atração pelo núcleo, resultado da maior proximida-
21.2 !'.Eeietroo = E1- E,= E1- E3= de ao núcleo, predomina sobre a maior repulsão entre eletrões.
= -2,18 X 10-18 - (-2,42 X 10-19) = -1,94 X 10-!8J
26.1 Da análise dos espetros fotoe letrónicos, ve rifica-se que é ne-
!'.E,otão = l!'.Ee,etrool = 1,94 x 10-18 J cessário mais energia para remover um eletrão do subnível 1s ao
22.1 No espetro do sal desconhecido não existem riscas com as oxigénio do que ao nitrogénio. Quanto maior for a energia neces-
mesmas energias das riscas do espetro do lítio nem com as mes- sária para remover um eletrão, menor será a energia do eletrão.
mas energias das riscas do espetro do cálcio. Como a posição das Ass im, concl ui-se que o eletrão com maior energia é o eletrão 1s
riscas é característica de cada elemento químico, co nclui-se que a do átomo de nitrogénio.
amostra não contém nenhum destes dois elementos. 26.2 (C).
22.2 (C) . A rad iação de cor vermelha tem menor energia por fotão 27. (B).
do que a de cor azul. A cor do sal res ulta da absorção seletiva da 28.1 A: p; B: s; C: d.
luz visível e não das cores do seu espetro de emissão.
28.2 No nível de energia n = 3, há 3 subníveis de energia: 3s, 3p
23.1 Só as transições eletrónicas de níveis de energia superiores e 3d. O subnível s comporta no máximo 2 eletrões, pelo que se
(n > 2) para o níve l de energia n = 2, podem corresponder à emis- pode associar a este subnível uma orbital. O subnível p comporta
são de rad iação na região do visível. As quatro riscas de menor no máximo 6 eletrões, pelo que se pode associar a este subní-
energia da região considerada correspondem às transições dos vel 3 orbitais. O subnível d comporta no máximo 10 eletrões, pelo
níveis n = 3, n = 4, n = 5 e n = 6 para o nível n = 2. A transição que se pode associar a este subnível 5 orbitais. Ass im, ao nível de
eletrónica responsável pela risca D corresponde à risca de maior energia n = 3 correspondem 9 orbitais.
frequência e consequentemente de maior energia, ou seja, à tran-
sição do nível n = 6 para o nível n = 2.
28.3 (C).
357
32.3 (D). O átomo Y forma o ião estável Y' , cedendo o único ele- 38.4 (A). A densidade relativa estabelece uma relação entre a mas-
trão de valência. O átomo X para ficar estável tende a receber 2 sa volúmica de uma substância e a massa volúmica do padrão
eletrões que preenchem completamente o nível de valência, for- considerado. A massa volúmica, a uma determinada temperatu-
mando o Ião x2 -. O compost o formado é Y 2 X. ra, é uma propriedade característica das substâncias, pelo que a
33.l Substância elementa r. A cor, a toxicidade e a reatividade são densidade relativa deverá ser a mesma independentemente da
algumas das propriedades da substância elementar. massa da amostra.
38.5 A presença de bolhas de ar no picnómetro, após entrada do
33.2 E = 906 .4 x 10' J = 1,51 x 10-1• J
6,02 X 1023 metal, faz com que a massa m 111 seja menor do que se apenas se
tivesse introduzido o metal, pelo que, de acordo com a expressão
34.l W. Ao longo de um mesmo período da Tabela Periódica, o
d= mamostra m
metal alcalino é o que apresenta menor energia de Ionização. amostra
) o denominador da fração anterior
m agua desk>Cada (m,+ mil -mu,
34.2 Elemento sódio: configuração eletrónica ([Ne]3s'), ralo atómi- será maior. Assim, o resultado experimental obtido para a densida-
co (180 pm) e energia de ionização (495,7 kJ mol- 1). de relativa será menor do que o esperado e o erro será por defeito.
Substância elementar potássio: ponto de fusão (63 ºC) e massa
volúmlca (0,86 g cm-3). Domínio 2
34.3 Os metais alcalinos têm baixas energias de Ionização, pelo 2.1 Ligação química (QP, pág. 76)
que são multo reativos, perdendo facilmente o seu eletrão de va-
lência, transformando-se em iões monopositivos, multo estáveis. 1.1 a) E0gaçao = 436 kJ mol-'. b) Comprimento de ligação H-H:
35. (8). O ralo atómico aumenta ao longo do grupo e diminui ao r0 = 74 pm = 74 x 10- 12 m = 7,4 x 10- 11 m.
longo do período. Os e lementos dos metais alcalinos são os que 1.2 (D). Para distâncias lnternucleares mui to pequenas, as forças
aprese ntam maior ralo no período respetivo. repulsivas (entre núcleos e entre eletrões) são predominantes, ve-
36.l (C). , E: 1s2 2s2 2p; 2p~ 2p; Nível de valência: n = 2; orbitais do rificando-se um aumento brusco da energia do sistema e conse-
nível de va lê ncia (quatro): 2s, 2p., 2p, e 2p, ; eletrões de valência quente diminuição da estabilidade da molécula.
(cinco): 2 na orbital 2s e 3 nas orbitais 2p. 2 . (D). Y é um gás nobre, X é um halogéneo (grupo 17), Z é um metal
36.2 Os eletrões de valência dos átomos do elemento C até ao alcalino (grupo 1) e W é um halogéneo, pois pertence ao mesmo
elemento E, no estado fundamental, encontram-se no mesmo ní- grupo de X. Z estabelece ligação metálica com outros átomos de Z,
vel de energia (n = 2). Sendo a carga nuclear do átomo do ele- partilhando eletrões deslocalizados por todos os átomos. X estabe-
mento C (+5) inferior à do átomo de D (+6) e de E (+7), as forças lece ligação com Z formando o composto iónico ZX.
atrativas exercidas pelos núcleos dos átomos de C, D e E sobre 3.1 Como o número de eletrões de valência representados na mo-
os seus eletrões de valência são sucessivamente maiores. Assim, lécula (20) é superior ao total de eletrões de valência dos átomos
será necessária menos energia para remover um dos eletrões de envolvidos nas ligações (18), esta fórmula de estrutura é impossível.
valência mais energéticos do átomo de C do que para remover um Segundo a regra do octeto, os átomos ligam-se partilhando eletrões
dos eletrões de valência mais energéticos do átomo de D. Esta ener- de modo que cada um fique com 8 eletrões de valência (no caso do
gia, por sua vez, é menor do que a necessária para remover um dos hidrogénio são apenas 2). A estrutura representada mostra 1 átomo
eletrões de valência mais energéticos do átomo de E. de hidrogénio, com dupla ligação, a partilhar 4 eletrões de valência,
36.3 (A) o átomo de carbono do grupo CH3 ficou com 10 eletrões de valên-
cia, enquanto o átomo de carbono ligado ao oxigénio ficou apenas
37.l Cálculo do valor mais provável de m 110:
com 6 eletrões de valência.
m= 10,02 + 10.05 + 10.01 10•03 g.
3 3.2 H O:
1 li
Cálculo do va lor mais provável de m': H -C-C- H
1
m' = 66,07 + 65,80 + 66,01 = 65,96 g. H
3
Cálculo do valor mais provável de m": 4.1 PH3 co, OF2 cce2 F2
m" = 62,22 + 61,98 + 62,27 = 62,22 g. :ce:
3 1
Cálculo da densidade do metal: H -P-H :o1 - F: .. /e' f.:
1
•• :ce I
d = __
m_ = 10,03 g = 2 ,68 _ H : F: : F:
m' - m" (65,96 - 62,22) g
2,68 -2,70 4.2
37.2 Erro(%) = - - ~ - x 100 = -0,74%.
2,70 a) N.º eletrões
6 8 4 8
37.3 O erro percentual é muito pequeno, logo, o resultado obtido ligantes
tem grande exatidão. b) N. 0 eletrões 8 16 24
não-ligantes 2
37.4 A secagem inadequada do picnómetro e a formação de bo- Piramidal
e) Geometria trigonal Linear Angular Tetraédrica
lhas de ar no interior do picnómetro.
38.l d = mª"""'trª m amostra 15,94 g
magua deSk>cada (m,+m 11)-m111 [(15,84 + 56,29) - 70,79] g 5.1 :s - H
1
15,94 g
11,9. H
1,34 g
38.2 o chumbo é 11,9 vezes mais denso do que a água líquida a 5.2 Têm a mesma geometria. O sulfureto de hidrogénio apresenta
16,o · c. uma estrutura de Lewis semelhante à da água, H 2 0, pois o enxofre,
valor experimental - valor de referência S, é do mesmo grupo do oxigénio (6 eletrões de valência). Assim, na
38· 3 Erro(%) = valor de referência 1
x 00% = molécula de H 2 S o átomo central (S) tem duas ligações covalentes
11,9 - 11,4 simples e dois pares não-ligantes, pelo que a repulsão mínima entre
---- x 100% = 4,4%. A exatidão pode considerar-se eleva- os quatro pares de eletrões pressupõe uma geometria angular.
11,4
da, pois o erro percentual é peq ueno. 5.3 Geometria angular.
3 58
5.4 H2O. Quanto maior for a en ergia d e ligação, mais energia se de dispersão de London. As moléculas de éter e tilmetílíco apre-
liberta quando a ligação se forma, pelo que mais estável é a molé- sentam tamanho semelhante ao das de metilpropano, mas são
cula. Mais forte é a ligação, pois mais energia será necessária para polares devido à presença do átomo de oxigénio, pelo que as li-
a quebrar. Quanto mais estável é uma molécula, menos reativa é. gações intermoleculares predominantes são ligações de van der
Deste modo, será a molécula de água que terá maior difi culdade Waals do tipo dipolo-dipolo. Estas ligações são mais intensas do
em perder um átomo de hidrogénio, H. que as forças de dispersão de London. Para «vencer» uma maior
6.1 (B). A ligação N-O na molécula de NO apresenta uma maior atração intermolecular é necessário , em média, uma maior energia
energia de ligação, pelo que é uma ligação mais forte, o que im- cinética molecular, logo uma maior temperatura, o que justifica um
plica um maior número de eletrões partilhados e um menor com- maior ponto de ebulição para o éter etilmetílico.
primento de ligação.
2.2 Gases e dispersões (QP, pág. 80)
6.2 (C). A quebra de uma ligação química envolve sempre a ab-
sorção de energia. A fo rmação de 1 mel de átomos de N e 1 mel 15.l (D). Segundo a Lei de Avogadro, volumes iguais de quaisquer
de átomos de O a part ir de 1 mel de moléculas de NO implica a gases {ideais) contêm o mesmo número de moléculas quando me-
quebra de 1 mel de ligações NO e, assim, a absorção de 632 kJ. didos nas mesmas condições de p ressão e temperatura. Assim, os
7. As zonas vermelhas e azuis representam zonas de alta e bai- recipientes I e li apresentam o mesmo número de moléculas, tal
xa densidade e letrónica, respetivamente. Assim , a molécula que como os recipientes Ili e IV. O número de moléculas no recipiente
apresenta uma maior assimetria na distribuição de carga elétrica 1 é o dobro das contidas no recipiente IV. Cada molécula de H 2O
em torno dos átomos envolvidos na ligação é a de HCe, apresen- é formada por três átomos e nquanto a molécula C2H 4 é formada
tando então maior polaridade. A molécula de HI é a que apresenta por 6 átomos, pelo que se pode concluir que o número total de
uma menor assimetria na distribuição de carga em torno dos áto- átomos é igual nos rec ipientes I e IV.
mos envolvidos na ligação, por isso apresenta menor polaridade. N
-x M
8. Nas duas moléculas (CH4 e CH 3Ce) existem 4 ligações cova-
15_2 (C). V=.!!!_ = n x M = !'..!,__ = N x M =
le ntes simples, pelo que a repulsão mínima entre os 4 pares de p p p p X NA
eletrões pressupõe uma geometria tetraédrica. Assim, apesar de 1,81 x 1024 x 18,02 g moI- 1
as ligações C ::11 serem polares, a molécula de CH4 é apoiar, pois 0,590 g dm- 3 x 6,02 x 10 23 moI-1
a geometria da molécula conduz a uma distribuição simétrica de
carga em torno do átomo centra l. Ainda que haja menor densida- 16. n = .!!!_ =
He M
2
Ἴ
9 = 0,5000 mel
4 00 g moI-1
de elet rónica junto aos átomos de hidrogénio, a posição simét rica , V ~
desses quatro átomos no espaço anula essa assimetria local. Na Segundo a Le i de Avogadro, -n = constante,
3 3
n,
molécula de CH3Ce, a presença do átomo de cloro gera uma as- ~ 3,00 dm = 3,70 dm ~ n = 0 ,6167 mel.
0,5000 mel n2 2
simetria de ca rga na molécula do clorometano (evidenciada pela
diferença d e cor no mapa de potencial eletrostático). Conclui-se, An =(0,6167 - 0,500) mel =0,1167 mel a adicionar
assim, que a molécula é polar.
mHeaad!CIOna, = n x M = 0,1167 mel x 4,00 g moI-1 = 0,467 g
9. Verdadeiras: (C), (E) e (F). Falsas: (A), (B) e (D).
17.l A equação da reta de ajuste ao gráfico do vol ume, V, em fun-
10.l a) 1; b) I; e) Ili; d) 11 ção da quantidade de matéria, n, é V= 20,7 n + (-0,030). O declive
10.2 Ili. Nos hidrocarbonetos sat urados a fórm ula geral é C"H 2n, 2.
Em 1, li e IV os átomos de carbono e de hidrogénio são, respetiva-
desta reta, ~V
un
= V-
n- 0
°, coincide com o volume molar (constante
mente, 5 e 12, 4 e 10, e 6 e 14, portanto, estes compostos são todos de proporcionalidade da função V = l(n)). A ordenada na origem
saturados, pois, para n átomos de carbono existem (2n + 2) átomos é desprezável e resulta de incertezas de medição. Logo,
de hidrogénio. Em Ili há 6 átomos de carbono e 12 de hidrogénio, Vm= 20,7 dm3 moI-1 = 21 dm3 moI-1•
logo, Ili não é um hidrocarboneto saturado de cadeia aberta. Pela mN n x MN MN
17.2 M(N,) = 28,02 g moI-1 ; PN2= ~ 2 = - -~2 = ~ 2 =
análise da fórmula dada, conclui-se que não pode ser de cadeia VN2 n x Vm Vm
fechada. Assim, Ili é um hidrocarboneto insaturado. = 28,02 g moI-1 =1,35 g dm-3
20,71 dm3 moI-1
11. (D).
12. 1 - Grupo formi lo (grupo carbonilo terminal}; 3 - grupo hidroxilo; 18.1 VNO = nNo x Vm~ VN 0 = 40 mel x 22,4 dm3 moI-1 = 9,0 x 10 2 dm 3
4 - grupo amino; 5 - grupo carbonilo. Vso2 = 716,8 dm3
280 0 9
13.l Vitamina C. A vitamina C apresenta uma estrutura molecular · x 22 4 d m 3 moI-1 =
28,01 g moI-1 '
com vários grupos OH, logo é uma molécula polar. Os sumos de fruta
são misturas nas quais o principal componente é a água, um solven-
te polar. Assim, poderão estabelecer-se interações intermoleculares Vco < V502 < VNO ⇒ N moléculas de CO < N mOléculas de so2 < N moléculas de NO
entre as moléculas de vitamina C e as moléculas de água do mesmo de acordo com a Lei de Avogad ro.
tipo das existentes entre as moléculas de vitami na C, pelo que é a Mso2 64,07 g mol-1 _
mais indicada para ser utilizada como aditivo num sumo de fruta. 18.2 Pso2 = -V:- 22 ,4 dm3 mel-' - 2,860 g dm
_
3
13.2 Vitamina A. As manteigas são misturas em que os principais d = P502 = 2,860 g dm- 3 =
2 33
co nstituintes são gorduras, que apresentam uma estrutura mole- P., 1,23 g dm-3 '
moléculas de gordura e as de vitamina A do mesmo tipo das exis- M[(NH,) 2CO] = 60,07 g moI-1
tentes entre as mol éculas d e vitamina A, pelo que esta é a mais m,o,uto = n x M =7,50 x 10-4 mel x 60,07 g moI-1 =0,0451 g
indicada para ser utilizada como aditivo numa manteiga.
p = mso,uçào ⇒ 1 05 g cm-3 = m ⇒m = 26 3 g
14. As moléculas do metilpropano são apoiares, pelo que as inte- solução V soluçâo • 2 5.o em 3 soluçâo '
359
V11'°'"1'° 81 ~ V 500 cm3 25.2 ~ + o, ➔ + o,
- •- - = 10 O cm3
~2
19.2 a) f = =
vi (solução A) 1(solução A) 5 Nó,+ o· ➔,Nó+ 0 2
03 + o· ➔ 202
b) v,estantedeso1uç,0A = (25,0 -10,0) cm3 = 15,0 cm 3
O NO funciona como catalisador da decomposição do ozono. uma
V,oluçlloC = (15,Q + 30,Q) Cm3 = 45,Q cm 3 vez que não é co nsumido na rea ção.
f= v l(soluç,oC) ⇒ f= 45,Q Cm3 = 3 ⇒ f= _s_ ⇒ 26. (C). A quebra da ligação C-Ce, nos CFC envolve menos e ner-
vi (restantedesoluçâoA) 15 ,0 Cm 3 Cf gia do que a quebra da ligação C-F, daí que a fotodissociação dos
clorofluorocarbonetos forme com maior facil idade radicais cloro
0,030 mol dm- 3
⇒ c, = = 0,010 mol dm-3 do que radica is fiúor. Assim , o CF2ce 2 pode libertar dois radicais e
3
o CFCC3 três. Como estes radicais livres são muito reativos, quan-
20.1 V8 = 500 ml = 0,500 dm3; M (NaCCO) = 74,44 g moI- 1
tos mais existirem dispersos pela troposfera ou estratosfera, maior
c=!!__
V ⇒ n=c x V = o,050 mol dm- x o,500 dm = 0 ,025 mol de Naceo
3 3 é a quantidade de ozono que pode ser destruído.
mNac,o = n x M = 0,025 mol x 74,44 g mol- 1 = 1,9 g 21. 0 2 ~ 0 · + 0 · ; 0·+0 2 ➔ 03 .
360
6.1 E = m g h = 70 x 10 x 20 J = 1,4 x 10 4 J
P 1 1 16.2 Na subida: W = P x t ⇒ P = '!1...Il...!2 = 850 W.
6.2 E + E = E + E ⇒ -2 m v2A + m g h = -2 m v28 + m g h 8 20 s
CA PA C5 Ps A
16.3 Na subida tem de fornecer mais energia, pois em relação ao
com vA = O, e h 8 = Ovem v8 = 20 m/s
6.3 W = P sin 20º d = m g sin 20° d =
⇒2 g sin 20º d = v2 ⇒ v2 = 20 sin 20° d
+ m (v2 - v!) ⇒
percurso plano aumenta a energia potencial gravítica.
16.4 Se a potência é a mesma mas a energia é maior, o tempo em
que e la é fornecida tem de aumentar.
1
6.4 WF, = -F, d = m (v~ - v~). vc = 36 km/ h = 10 m/s. F, = 350 N 17. (8). Maior velocidade implica maior energ ia cinética (ponto R)
2 que, por sua vez, implica menor energia potencial gravítica (a ener-
7.1 w = F CDS 0 ° d = E,= 1,6 X 103 J
1 gia mecânica é constante), logo, menor altura.
7.2 /'iEc = m (v;- ~ ) e v, = 1,9 m/s
2 18.1 v1 = O e v, = (100/3,6) m s- 1 = 27,8 m s-1;
7.3 W = F' cos 0 ° d = 2 F cos 0 ° d = 2 Ecr 1 1
W = t;.E = - m v2 - - m v 2 = 4 2 x 105 J
u c 2 '2 ,, W
7.4 Se a energia cinética aumentou para o dobro, a velocidade au-
18.2 Pu = 0,3 x 35 x 104 W; W = P x M ⇒ M= p = 4 ,0 S
mentou de um fator ✓
2.
19. Verdadeiras: (8) e (E). Falsas: (A), (C), (D) e (F).
8.1 W = t;.EP= m g h = 213 x 10 x 2,20 J = 4,7 x 103 J
20.1 Em, = E0 , + Ec, = 2,0 J ; Em, = E0 , + Ecr = 1,5 J. A energia mecânica
8.2 p =_É___= (4,69 X 103 / 1,3) W = 3,6 X 103 W diminui, logo, o trabalho das forças não conservativas é negativo
t
9.1 wp = -!;,Ep = -m g !;.h = -600 x 10 x 20 J = -1,2 x 10 5 J pois é igual à variação de energia mecânica.
9.2 A energia aumentou 1,2 x 105 J. 20.2 A energia conserva-se, mas transforma-se ou transfere-se.
E 1 2 x 105 J Neste caso, a energia mecânica transformou-se em energia inter-
9.3 17 = ~ x 100% =- - - x 100% = 95%; O cabo rea lizou o
' -E na do carrinho e do exterior, por ação de forças dissipativas, neste
forn rorn W caso, forças de at rito.
trabalho de 1,2 x 105 J/ 0,95 = 1,26 x 105 J; Fm= d = 6,3 x 103 N.
20.3 d = 1,00 m ; wF, = !'!.Em = /'iEP + /'iEC= -0,5 J ;
10.1 Sendo constante a velocidade, não há variação de energia F, d cos 180° = -0,5 J ; F, = 0,5 N
cinética. Apenas varia a energia potencial, para ambas as situações, 20.4
com igual valor. O Manuel apenas utilizaria mais e ne rgia se existisse
atrito entre o plano e a mala. Como o atrito é desprezável, ambos
utilizam a mesma e nergia.
10.2 (A). A energia transferida é a mesma no mesmo tempo.
20.5 (8).
11.1 a) we= -t;.E0 = + m g (h, - h,) = 0,25 x 10 x (5,5 - 0,5) J = 12 ,5 J
⇒ m = (2/(10 x 0,34)) kg = 0,59 kg
20.6 Ep, = 2,0 = m g h,
b) WFresist =!;.Em= t;.Ep + t;.Ec = (-12,5 + 9) J = -3,5 J
1
11.2 E dlSSI = -WFress = 3,5 J 20.7 Ec = - m v ⇒ 1,5 = 0 ,5 x 0,59 x v2 ⇒ v = 2 ,3 m s- 1
2
2
11.3 (8). Ec = + 9 J e EP = - 12,5 J 21.1 Sendo uma rég ua com menor div isão 1 mm, a incerteza de lei-
1 tura é 0,5 mm.
12.1 Em,= 2 m v~+ m g h,; Em,= 0,9 X Em,.
1 21.2 Os módulos dos desvios são d, = I0,883 - 0,8871m = 0,004 m,
2 2 2
E
mr
= -
2 mvt +mghr ; v t =0,9 x v 1 +2g x(0,9h1 -h,) d 2 = I0,883 - 0,8771 m = 0,006 m e d 3 = I0,883 - 0,8841m = 0,001 m
v, = 1,5 m/s; h, = 4 m; h, = O m ⇒ v, = 8,6 m/ s . 100061
e o desvio percentual da altura de ressalto e - ' - - x 100 = 0,7%.
0,833
12.2 Depois de abandonar o escorrega, a energia mantém-se 21.3 (D). Os módulos dos desvios são d, = I0,7 04 - 0,7071m = 0,003 m,
constante. Em, = 0,9 x Em,; v; = 0,9 x v~ + 2 g x (0,9 h , - h,) d 2 = I0,704 - 0,6981 m = 0,006 m e d 3 = I0,704 - 0,7061 m = 0,002 m
v, = 1,5 m/s; h, = 4,0 m; h, = -2,0 m ⇒ v, = 11 m/ s e a medida é (0,7 04 ± 0,006) m.
21.4
+
7
13.1 W = F CDS 0 ° d = 1,67 x 10 J
hressatto/m Queda e ressalto
13.2 W = /'iEc = m v; ; 1,67 x 10 = 0,5 x 10,0 x 10 v; ⇒ v, = 57,8 m/s
7 3 1,000
0,900
14.1 Effip = J_
2
m v 2t + m g h 1 = (0,5 x 1,4 x 0 ,6 2 + 1,4 x 10 x 1,5) J = 21 J 0,800
0,700
E
mo
= J_
2
m v 2 + m g h, = (0,5 x 1,4 x 3 2 + 1,4 x 10 x O) J
1
= 6,3 J. 0,600
0,500
Emp > Em . Não é conservada. 0,400 y ~ 0,591x -0,004
0
0,300
14.2 WFreslst = t;.Em = t;.EP + t;.Ee = -15 J 0,200
14.3 WFresist = /'iEm = /'iEp + /'iEe =- 6,3 J = -Fa d ⇒ F = (6,3/1,26) N = 5,0 N 0,100
a 0,000 +--~--~--~-~--~-~--~-~
0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000 1.200 1.400 1,600
15.1 Inicialmente, o conj unto atleta + vara tem energia cinética
hqueda/m
e energia potencial gravítica em relação ao so lo. Esta energia,
com a deformação da vara, transforma-se em energia potencial Da regressão lin ear, indicada no gráfico, h,essal1o = 0,591hquecta - 0,004.
e lástica e depois em energia cinética e pote ncial gravítica, quan- 21.5 As energias mecânicas antes e após a colisão com o solo são
do a vara retoma a sua forma inicial. A energia cinética diminui iguais às energias potenciais gravít icas na alt ura de q ueda e na
na sub ida, aumentando a energia pote nci al gravítica. Na descida, altura máxima de ressalto, respetivamente, visto nessas posições
a e nergia potencial gravítica transforma-se em energ ia cinética. ser nula a energia cinética . Como a e ne rgia potencial gravítica é
15.2 1- C; li - A; Ili - D; IV - B. diretamente proporcional à altura , na eq uação h,essano = m hquecta•
15.3 (J_ 2
m v 2 + m g h) x
' ,
80
100
=
2 r
J_
m v 2 + m g h ; v = O m/s;
r r
o declive, m, corresponde à fração da energ ia que não se dissipa na
colisão da bola com o solo (co nsiderando desprezável a ordenada
na origem). Sendo esse declive de 0,550 para a bola de voleibol
h,= 4,9 m; h, = 0,9 m ⇒ v, = 10 m/s
e de 0,461 para a de ténis , conclui-se que na bola de voleibol há
16.1 A energia que o organismo tem de fornecer é igual à variação menos dissipação de energia, logo, menor percentagem de energia
de ene rgia potencial gravítica. E= m g h = 1,7 x 104 J. dissipada na col isão.
361
1.2 Energia e fenómenos elétricos (QP. pág. 137) 32.2 A resistência do condutor C pode ser determinada a partir
22. (O). A corrente elétrica é a grandeza física que corresponde à do gráfico: Rc = !!_ = _1SJ__',/__ = 100 Q. A energia fornecida pelo
I 0,200 A U
carga elétrica por unidade de tempo que atravessa uma seção de gerador é a dissipada na resistência: E = Pl!.t = Ull!.t = u ~ f!.t =
um condutor. W~ R
; Q X (15 X 60) S; 9,0 X 102 J.
23. (O). Ver definição de diferença de potencial elétrico. 100
24.1 o = 1 x M = 0,200 A x 30 x 60 s = 360 c 33.1 (O). Num gerador ideal, há sempre a mesma tensão aos seus
360 termi nais. Assim, o voltímetro V 1 indica sempre o mesmo va lor.
24.2 N = c =2 ,24 x 1021 eletrões Com o interruptor aberto, o voltímetro V 2 indica metade do V 1• Ao
1,61 X 10-19 C
25. O efeito do movimento de cargas elétricas positivas num fechar-se o interruptor, a corrente em cada resistência em paralelo
sentido é o mesmo das cargas simétricas (negativas) em senti- é metade da co rrente na outra resistência. Assim, diminuindo a
do contrário. 6 C movendo-se num sentido e -6 C movendo-se corrente também diminui a tensão, a qual é a mesma para as duas
no sentido contrário equivale a 12 C a mover-se num só sentido. resistências em paralelo.
12 33.2 (A). Admitindo que a tensão aos terminais do gerador se
A corrente elétrica que seria medida era I = _Q__ = C = 4 A.
l!.t 3s mantinha constante, conc luir-se-ia q ue a corrente fornecida
26.1 Corrente contínua. pelo gerador iria aumentar, pois, antes de se fecha r o interrupto r
26.2 (B). Esta é a definição da grandeza corrente elétrica.
u, =RI+ RI= 2 RI e depois u, =RI' + R /' = 3 RI' (comparando as 2 2
26.3 A rede de energia elétrica disponibiliza corrente alternada.
Nesta, o valor da corrente varia periodicamente, tomando também expressões, conclui-se que I < /' < 21). Ora, a tensão aos termi nais
periodicamente valores negativos e positivos, consoante o senti- de um gerador com resistênc ia interna , r , diminui se a corrente
do do movimento dos eletrões de condução. A tensão da rede aumentar (U' = E - ri'). Assim , ao fechar-se o interruptor, a leitura
portuguesa é de 230 V (tensão eficaz) com frequência de 50 Hz. do voltímetro V, diminui. A leitura do voltímetro V 2 passa de U2 = RI
/'
De modo diferente, os computadores utilizam corrente contínua. para u; = R . Embora ao fechar-se o interruptor a corrente no
2
Nesta, os eletrões movem-se sempre no mesmo sentido e o valor
ramo principal aumente, /' > I, não chega a duplicar, por isso, a
da corrente é constante.
leitura do voltímetro V2 diminui (u; < U,).
26.4 P = UI= 19 V x 316 A= 60 w· E = Pl!.t ➔ !!.t = .É_ = • x
4 32 1 5
' ' P 60W
J= º 34.1 Uma força eletromotriz de 24 V significa que por cada unida-
= 7200 s = 2,0 h de de carga (1 C) que atravessa a bateria é fornecida uma energia
27.1 (A). O led é um componente de elevada eficiência luminosa. de 24 J.
18 W
27.2 O led branco. Para o mesmo va lor de corrente é necessária 34.2 a) p = R /2 ~ 18 W = R(1 ,5 A)2 , resultando R = ( _ A)' = 8,0 Q.
15
uma maior diferença de potencial e létrico. b ) A potência fornecida ao circuito é E I - r/2 = PL + R/2 ou
27.3 A tensão aos terminais do led é 3,5 V. A tensão aos terminais 24 V x 1,5 A- r(1 ,5 A) 2 = 18 W + 6,0 Q x (1,5 A)2 , resolvendo, segue-se
da resistê ncia é U = (9 - 3,5) V= 5,5 V. A resistênc ia limitadora vale r= 2 ,0 Q .
R = !!_ = 5.5 V = 275 Q = 2 8 x 10 2 Q. 34.3 a) E - ri= U =24 V - 2,0 Q x 2,0 A= 20 V. b) A t ensão aos ter-
I 20 x 10- 3 A ' minais da lâmpada é U = 8,0 Q x 2,0 A= 16 V, logo, aos extremos
28.1 Significa que a energia transferida para um certo recetor, por da resistência X e da de 6 ,0 Q há 20 V - 16 V = 4 V. A corrente na
trabal ho das forças elétricas, é 230 J por cada unidade de carga resistência X é I = 2,0 A - ~ = 1,3 A. A resistência X é R = ~ =
elétrica que o atravessa. 6Q 1,3A
362
daí ser possível ver a imagem da radiação Infravermelha emitida Para produzir esta energia elétrica, é necessário que a energia da
pela mão do homem. 2 00
radiação seja E = Éll!!l. = • kW h 16,7 kW h. Para receber esta
38.2 (A). lu, 1) 0,12
energia da radiação, durante um dia, é necessária uma área
38.3 (B). Os óculos, embora transparentes à radiação visível, são
opacos ao infravermel ho. A=~= 16,7 kW h = 6 5 m2.
E, M 0,320 kW m-2 x 8,0 h '
39.l (A). A temperatura é a propriedade comum dos corpos que es-
tão em equilíbrio térm ico. 43.l O calor é transferido pelo movimento de porções de ar (con-
vecção térmica): movimento ascendente e descendente de partes
39.2 (A). A energia interna depende da temperatura, da massa do
do fluido. Em geral, as partes mais quentes sobem e as mais frias
sistema e da natureza das substâncias que o constituem. O calor
descem, pois as mais quentes são menos densas.
não é uma propriedade de um sistema (corpo).
43.2 Quer o mar, quer a terra absorvem energia da radiação. Du-
40.l Thompson observou que, na perfuração de canhões, as peças,
rante o dia a terra aquece mais do que o mar, pois a água tem ele-
devido à fricção, ficavam tão quentes que era necessário arrefecê-
vada capacidade térmica mássica e parte da energia absorvida é
-las com água fria, que chegava mesmo a ferver.
utilizada em processos de evaporação; em consequência, junto à
Joule montou um sistema que girava no interior de um vaso calori-
terra o ar fica mais quente, logo, menos denso e com menor pres-
métrico contendo água, enquanto um corpo caía por ação da força
são do q ue junto ao mar. O ar move-se das pressões mais altas para
gravítica (transferência de energia por trabalho). Esta transferência
as mais baixas. À noite acontece o contrário, pois o mar arrefece
de energia, num sistema isolado termicamente, provocou um au-
mais lentamente do que a terra.
mento de temperatura.
Estas experiências permitiram conclu ir que o calor não podia ser 43.3 TA= 23 ºC, T8 = 19 ºC, Te = 15 ºC, T0 = 18 ºC.
uma substância, devendo antes ser um processo de transferência 44. (C). As sensações de frio ou de quente são originadas pela
de energia. transferência de energia, por ca lor, do corpo para a vizi nhança ou
40.2 a) Com o tubo de cartão na vertical, com ambas as extremida- da viz inhança para o corpo, respetivamente. O álcool ao evaporar
de fechadas com um material isolante e com as esferas de chumbo absorve energia da pele, daí a sensação d e frio (a vaporização
no seu interior, inverter rapidamente o tubo de modo que as esferas ocorre com absorção de energia).
caiam na vertical, repetindo, sucessivamente, estas inversões. 45.l t,U=Q+ W=-14 kJ +36 kJ = 22 kJ.
Medições a realizar: temperatura inicial das esferas, massa das es-
45.2 Significa que, apesar de haver variação de temperatura do
feras colocadas no interior do tubo, comprimento do tubo, número
recipiente, a va riação de energia que lhe corresponde é despre-
de inversões e temperatura final das esferas.
zável face à energia transferida para o hélio.
b) O trabalho realizado pela força gravítica durante a queda das
45.3 (D). A mesma variação de temperatura implica a mesma varia-
esferas faz aumentar a sua energia cinética. Esta energia é dissi-
ção de energia interna, como W = O, segue-se que O= t,U = 22 kJ.
pada na colisão das esferas com a extremidade inferior do tubo: a
energia cinética das esferas converte-se em energia interna das 45.4 A variação de temperatu ra é M = __§__ , portanto, para a mesma
me
esferas. Ass im, desprezando as transferências de energia para o
energia recebida é inversamente proporcional à massa da amostra.
ar e para o próprio tubo, o trabalho realizado pela força gravítica
é igual à variação da energia interna das esferas, o que permite Assim M' = __!!l____ M= ~ x 276 ºC = 414 ºC.
' m' 100 g ' '
determinar a equivalência entre trabalho e calor.
46. (B). Em ambos os processos o sistema absorve energia e a
e) Seria necessário conhecer a capac idade térmica mássica do
sua temperatura aumenta igualmente. Sendo os estados iniciais
chumbo expressa em calorias por unidade de massa e por unida-
e finais os mesmos, a variação de energia interna é a mesma nos
de de variação de tem peratura. O conhecimento da capacidade
dois processos. Conclui-se que no segundo processo, o sistema
térmica mássica e da variação de temperatura permite determinar
deve ter transferido uma energia, por trabalho, de 80 J, para a
a energia ganha pelas esferas de chumbo, expressa em calorias
vizinhança (420 J = 500 J - 80 J).
por quilograma. Essa energia resulta do trabalho realizado pela
força gravítica na queda das esferas, expresso emjoules. Da igual- 47.l O preto absorve toda a radiação visível nele incid ente. Ora,
dade dessas energias determina-se o equivalente de uma caloria a maior percentagem da energia solar incidente na Terra situa-
em joule. -se na região do visíve l. A radiação emitida, por ser na região do
41.l (C). O amperímetro liga-se em série e o voltímetro em paralelo infravermelho, tende a ficar retida no coletor, sendo reabsorvida
com a célula fotovoltaica. pela placa.
41.2 Para uma diferença de potencial de 0,68 V, a potência forneci- 47.2 O vidro é transparente à maior parte da rad iação incidente.já
P 15 X 10- 3 w que nessa radiação predomina a visível, maximizando, por isso, a
da pela célula é 15 mW. Portanto, a corrente é 1= - = - - - - entrada de luz visível. A placa coletora emite sobretudo no infra-
= 2,2 x 10-2 A. U 0,68 V
vermelho. Como o vidro é relativamente opaco ao infravermelho,
41.3 0,44 V e 1,16 V. as perdas de energia por radiação são minimizadas.
41.4 A potência é máxima, 17 mW, para uma diferença de potencial 47.3 E= cm t,T= 4,18 x 103 x 50 x (80 - 25) J = 1,15 x 10 7 J
R= -
u = -
u = -
u
2
= 47.4 E,u, = P M = E, AM = 8,0 X 2
10 X 10 X 3600 J = 2,88 X 10 7 J
elétrico de 0,92 V. A resistência elétrica é
1 p p
= o,92 v
2
17 X 1Q- 3 w
= 50 º· u 1J
= Éll!!l.
Eforn
X 100% = 1•15 X 10' j
2 ' 88 x 10 7 J
X 100% = 40%
42.l A energia da radiação que naquele local incide numa área de 48.l E = 6 x PM=6 x 180 W x 300 s = 3,24 x 105 J
1,0 m2, em cada segundo, é, em média, 320 J. 5
48 _2 M = _Q_ = _ E_ = 3,24 x 10 J
42.2 934 kW h m-2 ano-' (E = _E__ = 0 ,320 kW
1
x 8,0 h d- 365 d = c m c p V 1,0 x 103 J kg-• 0 c-1 x 1,2 kg m- 3 x 6,0 m 3
' AM 1,0 m2 x 1 ano = 45 ºC
= 934 kW h m-2 ano- 1) 49. (D). Sendo a energia e a va riação de temperatura ig uais, a ca-
42.3 (B) pacidade térmica mássica é inversamente proporcional à massa.
42.4 A energia elétrica utilizada pelo sistema elétrico, num dia, é 50.l (B).
E""' = P M = 0,500 kW x 4,0 h = 2,00 kWh. 50.2 (8).
363
51.l O = -O ~em !J.T = -em !J.T ~e=- c. m. tJ.T. menos energia, portanto para a mesma energia transferida haverá
metal agua m m m a a a m mm 11Tm maior variação de temperat ura).
e = _ 4,18 x 10 3 J kg-1 ·c-1 x 0,200 kg x (18 - 10) ·c =
55.3 (A). A energia necessária para a fusão é menor do que para
m 0,095 kg x (18 - 100) ·c
a vaporização. O declive do gráfico da tempe ratura em função da
2 1 1
= 8,6 x 10 J kg- ºC- Trata-se do alumínio.
• 1
energia é - - . Como a capacidade térmica mássica do gelo é
102 102
51.2 erro percentual = 8 '6 X - 90
'
X
x 100% = -4,4%
me
9,0 X 102 menor do que a da água líquida, o declive é maior quando a tem-
peratura é inferior a O ºC (maior variação de temperatura para a
51.3 O sistema metal + água não é isolado. Parte da energia ce-
mesma energia).
dida pelo metal é transferida para a vizinha nça (recipiente e ar).
Assim, a temperatura final do sistema é inferior à que seria de es- 56. A variação de temperatura, !J.T, de uma amostra de um material
perar se não ocorressem essas perdas. 1
relaciona-se com a energia recebida, E, por !J.T = - - E. Ass im,
52.1 (B). O sistema água + gelo transfere energia para o ar, por ca- me
num gráfico da variação de temperat ura em função da energia,
lor, uma vez que a temperatura do ar é inferior à da água. Portanto,
!J.T(E), o declive da reta é igual ao inverso do produto da massa, m ,
a energia interna desse sistema diminui. Ao ceder energia, a água
pela capacidade térmica mássica, e. Como as massas são iguais,
em contacto com o gelo vai congelando, ou seja, a espessura da
ao material de maior capacidade térmica mássica corresponde
camada de gelo vai aumentando. Todavia, a temperatura da água
uma reta de menor declive. Portanto, o material da amostra N é o
líquida em contacto com o gelo é sempre O ·c, pois esta é a tem-
de maior capacidade térmica mássica.
peratura de fusão da água. A superfície do gelo em contacto com
o ar deverá estar a -15 ·e. Assim, nem todo o gelo se encontra à 57.1 (D). Numa mudança de fase a temperatura mantém-se.
mesma temperatura. 57.2 Lei da conservação de energia.
52.2 A massa de gelo correspondente ao aumento de espessura é 57.3 E•gua = magua e !J.Tagua = 0,260 x 4,18 x 103 x (11 - 20) J = - 9,78 x
m = pV = 0,90 g cm- 3 x 4,0 x 104 cm 2 x 1,0 cm = 3,60 x 104 g =
X 10 3 j
= 36,0 kg.
Egelo = mgelO /',./]fusão+ mgelO C !J.Tagua do gelo = 0 ,0 3 0 kg tJ.h n,são + 0,03 0 x
A energia ced ida pela água é a necessária para a solidificação e
X 4 ,18 x 10 3
X {11 - O) J = 0,030 kg !J.hfusilo + 1,39 X 103 J
coincide com a energia que seria necessária para a fusão:
As variações de energia da água e da massa de gelo são simétri-
Esolldmcaçâo = m /',./]fusão= 36,0 kg x 3,34 x 10 5 J kg-1 = 1,20; 107 J.
cas: - E água = E ge10·
O tempo necessário para essa transferência é !J.t = solldincaçào
p 9,78 x 103 J = 0,030 kg /',./]fusão+ 1,39 x 103 J ; M,usão = 2,8 x 10 5 J kg-1
= ·
12
ºx
10
' J = 1 2 x 104 s = 3 3 h
1,0 X 103 j 5 - l ' ' • 57.4 Como a expressão de cálculo da entalpia mássica de fusão
do gelo é
53.1 O mecanismo de transferência de energia por calor que se
/',.h = m água e I/J, T águal - m gelO e /J, Tágua do gelO
pretende aproveitar é a convecção (como o aquecimento se dá no rusao m
fundo, a água aí aquece e sobe, por ficar menos densa, descendo gelO
a água mais fria , por ser mais densa - as correntes de convec- e o valo r encontrado é menor do que o tabelado, compreende-se
ção resultam da repetição destes movimentos de transporte de este resu ltado se, ao contrário do que se verificaria num sistema
matéria). isolado, o módulo da variação de temperatura da água for menor
e a variação de temperatura da água resultante do gelo for maior.
53.2 A energia dissipada na resistência elétrica até que a água
Assim, a temperatura final foi maior do que aquela que se verifica-
atinja os 100 ºC é E•"'"'"' = P /',.t = 400 W x (14 x 60 + 50) s = ria num sistema isolado e terá havido transferência de energia do
= 3,560 x 105 J . A energia absorvida pela água nesse intervalo de exterior para o sistema água + gelo.
tempo éE..,,.., =me !J.T= 0,800 kg x 4,18 x 103 J kg-1 •c-1 x (100 - 18,2)°C= 58. As variações de energia das duas massas de água são simétri-
= 2,74 x 105 J. O rendimento do processo de aquecimento é cas: - mag,a quente e !J.T•9 uaquente = mag,artta e !J.T, 9uarna;
= Eagua = 2,74 x 105 J = 077 -0,34 (Tf - 27) ºC = 0,20 {T, - 5) ºC; T, = 18,9 ºC.
17
EeléUka 3,560 x 105 J ' . 59. A potência elétrica fornecida pela resistência é P = U I =
53.3 {B). Evapomação = m /',./Jvapomaçào = 0,800 kg x 2,26 x 10 6 J kg-1• = (7,5 x 2 ,6) W = 19,5 W. A energia recebida pelo alumínio é dada
pela expressão P x t = m e !J.T ou m e T - m e T0 = P x t.
53.4 A energia elétrica que é necessário fornecer à resistência, por
Um gráfico T(t) tem um declive igual a ___f__
dia, é E.,e,nca = P /',.t= 0,400 kW x 5,0 h = 2,00 kW h. Para produzir esta me
energia elétrica é necessário que a energia da radiação incidente 27,0
Ee,.trtca 2 ,00 kW h µ
-._
no painel, por dia, seJa E,adiação = - - - = 0, 16,7 kW h. f-
25,0
11 12
E 0 23,0
Por dia, a energia da radiação por metro quadrado é •~ 1• =
21 ,0
= 0,320 kW m- 2 x 8,0 h = 2,56 kW h m- 2 • A ssim, a área do paine l y = 0,0 195x + 18,705
19 ,0
16 7
de verá ser A = • kW h = 6,5 m 2 . 17.0
2,56 kW h m- 2
54. (B). Existe sempre energia dissipada e transferência de energia 15,0
para a vizinhança (nos processos espontâneos verifica-se uma di- o 50 100 150 200 250 300
1/ S
minui ção de energia útil).
364
FÍSICA 11.ºANO tempo medido na interrupção de cada célula vai ser inferior ao
que deveria ser se fosse o d iâmetro da esfera a interromper o fe i-
Domínio 1 xe. Em vez da distância que efetiva mente foi percorrida divide-se
1.1 Tempo, posição e velocidade (QP. pág. 180) um valor maior de distância (o diâmetro da esfera) por um intervalo
de tempo menor do que o que deveria ocorrer se fosse o diâmetro
1.1 a) De 5 s a 7 s. b) De 4 s a 5 s e de 12 s a 14 s. e) De 8 s a 10 s. da esfera a interromper o feixe. Assim, o módulo da va riação de
d) De 8 s a 12 s ou de 2 s a 8 s ou de O s a 14 s, etc. (n um intervalo velocidade ca lculada va i ter um erro por excesso, e a mesma ten-
de tempo que inclua inversão de sentido).
dência no erro ocorre para o módulo da aceleração.
1.2 1-W; 2-Y; 3-Z; 4-X. 1.3 1-Z; 2-Y; 3-X; 4-W. 1.4 (D). 8.3 Os módulos das velocidades nos instantes médios de passa-
2. (B). A velocidade é a mesma no instante em que os declives das gem da esfera em frente às células fotoelétricas são:
tangentes aos dois gráficos x(t), o de A e o de B, são iguais.
1 20 x 10-2 m 1 20 x 10-2 m
3. (A). A componente escalar da velocidade num certo instante t v = ' = 2,06 m s· 1 e v = ' = 2,70 m s· '.
A 5,83 X 10- 3 5 S 4,44 X 10-3 5
é igual ao declive da reta tangente ao gráfico x(t) nesse instante.
o módulo da aceleração e, a= t.vIM = (2,66
1
7 0 - 2,06)m s-
Inicialmente, o declive da reta tangente ao gráfico x(t) é constante , x _ 964
, m s· 2 ·
37 10 3 5
e positivo, depois aumenta, passando a constante num pequeno 2
interva lo de tempo, e, a seguir, diminui até ocorrer inversão no sen- O erro percentual é (9 ,64 - 9 ,8 ) m s· x 100% = -2 ,0 %.
9,8 m s· 2
tido do movimento. Após a inversão, o declive é negativo e diminui
o seu módulo até se anular, quando a posição deixa de varia r.
1.3 Forças e movimentos (QP. pág. 184)
1.2 Interações e seus efeitos (QP. pág. 181) t.x -7-5
9.1 (C). 9.2 vm= Af = _
4 0
= -3 m s· 1
4. (D). 5. (B).
9.3 (C). A componente escalar da posição inicial é 5 m. a da veloci-
6.1 (A). A intensidade da força gravítica é inversamente proporcio-
dade inicial é negativa e a da aceleração é positiva (no movimento
nal ao quadrado da distância entre os corpos: quando a distância
retardado, a aceleração tem sentido oposto à velocidade).
diminui -J2 vezes, a intensidade da força aumenta -✓22 = 2 vezes
9.4 (A).
(F' = G m ,mv = 2 G m,my = 2 F ).
c;J d2
10.1 A força resultante é a força gravítica: d ireção vertical, sentido
negativo do eixo dos yy e intensidade lf'.I = m g = 0,057 x 10 N =
= 0,57 N.
6.2 (D). A intensidade da força é diretamente proporcional à massa 10.2a) y=.),'.o +vt+
o
_1_ at2 3 ,2 = 0 + V/ - 5 /2
de x· F = G m,my = G !!}_y_ m . 2 <=>
. d2 d2 X 0 = V 0 - 10 t
_ v, (8) x (13,0 - 8,0) s <=> x = ( 68,7 + 12,5 x 5 ) m = 100 m. IF 1 = m la 1 = m 11'.vl = 0,620 x 12 •82 - (-3 .40) I N = 48 N.
2 13 2 R m Â/ 0,47 - 0,34
11.4 Diagrama 1.
8.1 (B). O va lor mais provável é o valor médio, 5,83 ms, e a in-
e + L'.Ep = ( _1_ m vs - _1_ m vA ) + O ⇒
= L'.E 2 2
certeza absoluta de observação é igual ao maior desvio absoluto 11.5 L'.Em
2 2
(5,88 - 5,83) ms = 0 ,05 ms.
⇒ L'.E = _1_ X 0,620 X (2,822 - 3,402) = -1,12 J
8.2 a) Admitindo uma aceleração constante, a velocidade é dire- m 2
tamente proporcional ao tempo. Neste caso. a velocidade média Dissipou-se uma energia de 1,12 J .
entre dois instantes de um certo intervalo de tempo é igual à velo- 12.1 No instante t = 0,0 s, o ca rrinho encontra-se a 2,4 m da origem.
cidade no instante médio desse intervalo.
12.2 (A). A equação da componente escalar da posição, x, do
b) (A). Os módulos das velocidades determinam-se pelos quocien- carrinho traduz um movimento uniformemente variado, de
tes do diâmetro. d , da esfera pelos intervalos de tempo, por isso. equações gerais x = x 0 + v/ + 0,5 at2 e v = v0 + a t. sendo, então.
1 1 v0 = - 2,0 m s- 1 e a = 1,2 m s- 2 •
a variação de velocidade é L'.v = d ( - - - - - ) . O intervalo de
L'.t2 L'.t1
365
12.3 (D). No insta nte t = 0,0 s, em relação ao referenc ial Ox, a com- (o produto da acele ração gravítica pelo quadrado da distância ao
ponente escalar da velocidade é negativa e a da aceleração é centro da Terra, para a Lua e para uma bola à superfície da Terra,
positiva. é constante).
12.4 (B). Como a componente escalar da aceleração, segundo Ox, 17.1 (D). O satélite tem um movimento circu lar uniforme, sendo, re-
é positiva, a resultante das forças aponta também no sentido posi- lativa mente à trajetória, a velocidade tangente e a aceleração per-
tivo do eixo. Assim , para além do peso e da força normal há ainda pendicular, tal como a força que a Terra exerce nele.
uma força que tem a direção do eixo e o sentido positivo. 17.2 Sendo aceleração g ravítica à superfície da Terra 9 r e 9, à alti-
12.5 x/m 9r (rr +
tude do satélite, tem-se - = - -
h)
2
=
6
(6,37 x 10 + 1,73 x 10 )
6 2
::LllE
00
' 0,0 O, 1
I
0,2 0,3 ti 5 0,4
' '
9
9,
10 m s-2
= 174 logo 9 = - r =---=57ms- 2•
' ' 1,74 1,74 '
(T
47!2
17.3 (B). 9 = a = a:í'r = - - r ~ r = - - - m.
12 2 X 10
6,37 X 1Q6
e p 41!2
No instante 1,67 s a componente escalar da posição tem um míni- 18.1 (B). A força gravítica é centrípeta.
mo, 0,73 m, ocorrendo nesse instante uma inversão de sentido de
movimento. Aos 4,0 s a componente esca lar da posição é 4,0 m.
18.2 A única força a que estão suj eitos é a força gravítica.
A distância percorrida é a soma dos módulos dos deslocamentos 18.3 (D). A direção da velocidade varia. 18.4 (C).
em ambos os sentidos: d = (10,73 - 2,41+ 14,0 - 0,731) m = 4,9 m. 18.5 S8 , pois o seu período é igual ao período de rotação da Terra
13.1 (A). (24 horas), a sua órbita é circular no pla no do equador.
13.2 FR=ma ~F, =ma~-0.75m 9=ma~a=-0,7 59=-7,5 m s-2 18.6 F =ma ~GMrm' =m ai'r~ G~= (~ ) \ ~
75 2 9 , r2 s r2 T
13.3 { /V.= V 0 t + _1_ a t 2 { /V. = 20/ - • t
2 => 2 ~ ~r=
3 GM
_ _r T2 = constante x
3~
-vT 2 logo
V= V 0 + at O= 20 - 7,5 t 4 1!2 ' '
~
t,.x = (20 x 2,67 -
75
• x 2,672) m = 27 m
2
constante
constante x
x 1/f;,
;/f:
,3
F)
'\fü:;) = ~ = 1,593
{
t = 2,67 s
18.7 T = 24 h = 8,64 x 104 s ~ r=
t,.x > 25 m, portanto, a senhora é atropelada.
2 2
14.1 (D). A altura de A em relação ao troço horizontal é h = sin 30º x a = ai' r = (-2n) r = - - 4n- - x 4 23 x 10 7 m s-2 = O 22 m s- 2
x 0,40 m = 0,20 m. Usando a Lei de conservação de energia mecâ- T (8,64 x 104 ) 2 ' '
r
2 e3 respetivamente.
2 4
À 0 ,20 m
V2 ( ~(L 41!2 (L2 41!2 (L 47!2 (3,84 X 108 ) m 4.1 (A) . 4.2 (B) 4.3 v = - = - - = 0,33 m s- 1
T 0,60 s
9, º'L ºªe =7:_ = - -r-L - = ~ =---:;:, = [(27 x 24 + 8) x 60 x 60 s]2 =
t =~ t ~ 0 20 =
60 4
= 2,72 x 10-3 m s- 2, comparando-a com a aceleração gravítica à su- 5. T = S = 0 20 s· X= V 0,0 0 t => t = 1 0 S
300 ' ' T ' 0 ,20 '
9 _ 2,72 m X 10- 3 5-2
perfície da Terra , g _ , obtém-se ---'.::.í = - - - - - - 2,78 x 10-4 À 0,80 m t
r-ry 9,=r1 9,8 m 5 - 2 6.1 T = -· T = - - - -1 = 2 4 x 10-3 s· n =-= 21 x 103
1 v'
340 m s- ' ' T '
(a aceleração da Lua é - - - - " ' 3,6 x 10 3 vezes menor do que a 6.2 (A). O som no ar é uma onda longitudinal.
2 ,78 X 1Q-4
aceleração da bola à superfície da Terra). O quadrado do quociente da 6.3 (C). O comprimento d e onda é inversamente proporcional à fre-
2 quência.
3 84 10
distância Terra-Lua pelo raio da Terra é (!i.)'= ( • x ª m) "' 3,6 x 103. 7 . Verdadei ras: (C), (E) , (F), (G) e (H). Falsas: (A), (B) e (D).
rr 6,37 x 106 m
2 8.1 (B). O sinal A tem maior amplitude, logo, maior intensidade, e tem
Verificou-se que -9,º,
-'= -1- ~ - 9, -' = ( -(r) ~ 9 r 2 = 9 r 2
0
,
366
8.2 a) (D). Pontos no mesmo estado de vibração estão afastados de 15.1 a) Na linha de transporte, a potência d issipada por efeito Joule
múltiplos do comprimento de onda (o tempo que a onda demora a é dada por P = R P, sendo R a resistência da linha e/ a corrente elé-
propaga r-se entre eles é múltiplo do período} e estados de vibração trica que nela ci rcula. Para minimizar essa dissipação, diminui-se a
opostos estão afastados de múltiplos ímpares de meio comprimen- corrente. A potência fornecida à linha é dada por P = U /, assim, para
to de o nda (o tempo que a o nda demora a p ropagar-se entre eles é diminuir/ mantendo a potência fornecida, aumenta-se a te nsão elé-
a soma de um múltiplo do período com meio período). trica, U. Nos locais de consumo é necessário reduzir a tensão, dado
b) (C). Y é um ponto de pressão máxima e W é um ponto de pressão que seria extremamente perigoso util izar altas tensões.
mínima. A distância entre Y e W é um comprimento de onda e meio: b) (D). A corrente altern ada varia, logo, também o campo magnético
YW =~ À ⇒ À= 3._ YW. por ela criado e o fluxo desse campo, originando uma força eletro-
2 3 motriz no enrolamento secundário.
9.1 O microfone transforma um sinal mecânico (variação de pressão 15.2 A força eletromotriz induzida é igual, em módulo, à variação do
associada ao som) num sinal elétrico (corrente elétrica gerada pela fl uxo do ca mpo magnético por unidade de tempo. A va riação do fl u-
força eletromotriz induzida). xo é proporcional ao número de espiras, por isso, a relação entre as
9.2a) D. b) D e) F. 9.3 (C). 9.4 Timbre. tensões no primário e no secundário coincide com a relação entre
os números de espiras desses dois enrolamentos.
2.2 Eletromagnetismo (QP, pág. 231)
10.1 As linhas de campo emergem da carga O e convergem para
2.3 Ondas eletromagnéticas (QP, pág. 234)
a ca rga O'. Co mo as linhas de campo saem das cargas positivas 16.1 (A).
e entram nas cargas negativas, O é uma carga positiva e O' é uma 16.2 Foi Oersted quem descobriu, através de uma experiência,
carga negativa. que uma corrente elétrica produzia um ca mpo magnético. Faraday
10.2 Em O e H os campos elétricos têm a mesma direção e sentido descobriu que um campo magnético variável produzia uma força
(são tangentes à mesma linha de campo retilínea), mas as densi- eletromotriz induzida e uma corrente elétrica induzida num circuito.
dades de linhas de campo em O e H são diferentes. Logo, em O é Mas para produzir a corrente elétrica, o fluxo do ca mpo magnético
maior a intensidade do campo, e os campos diferem na intensidade. através de uma espira tem de ser variável. A corrente é ta nto mais
intensa quanto mais depressa variar o fluxo do campo magnético.
10.3 Ew < Ee < Ev· A intensidade do campo elétrico num ponto é pro-
Tendo Maxwell elaborado uma teoria de ondas eletromagnéticas,
porcional à densidade das linhas de campo.
foi Heinrich Hertz quem pela primeira vez, através de uma experiên-
11.1 (A). Uma corrente elétrica cria um ca mpo magnético. cia, de uma forma controlada, produziu ondas eletromagnéticas e,
11.2 Verdadeiras: (B), (C) e (F). Falsas: (A), (D) e (E}. logo de seguida, as detetou. Confirmou assim a teoria de Maxwell.
12.1 (D). Só existe corrente elétrica induzida se existir variação do 17.1 (C). Os ângulos de incidência e de refração são medidos em re-
fluxo do ca mpo magnético. lação à normal da superfície de separação ar-material X, respetiva-
12.2 90º. mente, com o raio incide nte e com o raio refratado . Como o ângulo
de refração é menor do q ue o de incidência, o raio aproxima-se da
13.1 (C). <I> = NBA cosa= 30 x 0,2 5 T x 2
5,0 x 10-4 m cos(90º - 60º) =
normal, assim os esquemas (B) e (O} podem ser logo eliminados.
= 3,2 X 10-3 Wb
Se o ângulo de incidência é 40º segue-se que o ângulo entre o raio
13.2 (D) . Qualquer uma das alterações indicadas nas alternativas incidente e a superfície de separação ar-materi al X é (90º - 40º) =
conduz ao aumento verificado na amplitude da força eletromotriz, = 50º, o que apenas se verifica na opção (C). Nessa o pção, o ângulo
mas apenas o aumento para o dobro da velocidade angular cond uz entre o raio refratado e a superfície de separação ar-material X é
a uma diminuição do período para metade. 64º, o que corresponde a um ângulo de refração de (90º - 64º) = 26º.
14.1 Nos primeiros 45 ms, a bobina está a entrar na região em que 17.2 Com base na lei de Snell-Descartes, n., sin a, = nx sin a 2 , e m
existe campo magnético. Assim, a área submetida ao campo mag- que n., e nx são os índices de refração do ar e do material X, respe-
nético vai aumentando e, em consequê ncia, também o fluxo mag- n
nético. No intervalo [4 5, 125] ms, a área sujeita ao ca mpo magnético tiva mente, segue-se que sin a 2 = -2é sin a,. Assim, o gráfico de sin a 2
nx
mantém-se constante e, também, o fluxo. Nos últimos 45 ms está a em função de sin a, permite obter o índice de refração do material
sair da região e m que existe campo magnético. Assim, a área sub- X, con hecido o índice de refração d o ar.
metida ao cam po magnético vai diminuindo e, em conseq uência,
também o fluxo magnético. sin a2
... . . -•
14.2 O campo magnético é perpendicular ao plano das espiras da
bobina, <l>M= N B A cos Oº. Considerando a situação em que a bo-
bina está completamente dentro do campo magnético, obtém-se
<l>M <l>M 0 162 Wb
0,60 ·
0,50 +--t---+--+-+--t--+-----1--c/ '~ -+---I
0,40
y = O, 707x - 0,02
J ·....,.,,
_,.--- -·
+---<----+-.....
B=~~~~ - - = - - - - - - = 010 T 0,30 +--t---+--+----+-,,.-+--+--+---+--+---<
N Aco s0º NA 2 200 x0,090 2 m 2 ' ·
0,20 _______ ,,--(_ -t- ----1--t---t--+--+
14.3 O módulo da força eletromotriz induzida é
IEI = IL'.<l>I = 10 - 0,1621Wb O,10 +--t--- .--+----+--+--+--+---+--+---<
[,,[/V
b
36
' M (170 - 125) ms = ' V. 0,00 +- =---+--+--+--+--+--+--+--+--+--4
0,00 O,1O 0,200,30 0,40 0,50 0,60 O, 70 0,80 0,90
14.4
sin a,
367
18.1 11 - reflexão; Ili - refração. 18.2 (C). 18.3 40,0°. 22.3 a) Na luz policromática estão p resentes diferentes comprimen-
18.4 ~ = sin 40,0 º 1,33 tos de onda (cores) e a separação entre máximos do pad rão de d ifra-
Vagua sin 28,9° ção varia com o comprimento de onda. Como os padrões de difração
de diferentes cores apresentam espaçamentos diferentes, ocorre
18.5 (A). A luz verde tem menor comprimento de onda do que a
separação das cores. b) O desvio será maior para a luz de maior com-
vermelha, logo, maior n e maior desvio (ângulo de refração menor).
primento de onda, a luz vermelha. e) Num prisma ocorre absorção
19.1 Para que possa ocorrer reflexão total, a luz, ao passar do meio 1 de certos comprimentos de onda da luz (o que não sucede na rede
para o meio 2, afasta-se da normal, pois n, > n 2. A partir de um certo de difração). A separação angular entre diferentes comprimentos de
ângulo, a luz deixa de passar de um meio de maior índice de refração, onda num prisma é pequena (a variação de n com À é pequena), en-
n,, para um de menor, n2 , ocorrendo então a desejada reflexão total. quanto numa rede de difração essa separação é muito maior.
19.2 (B). Para o ângulo crítico, i, o ângulo de refração é 90º, assim,
n, sin i = n 2 si n 90°, portanto, i = arcsin ( ~: )-
QUÍMICA 11.º ANO
A reflexão total ocorre sei> arcsin (~ ). como a+ i = 90°, conclui-se
o fenómeno subjacente é a reflexão do som. Em (B), audição do mH = nH M(H 2) = 15 mol x 2,02 g moI- 1= 30,3 g.
2 2
som da locomotiva através do solo, o fenómeno é a propagação do b) 1 mol de CH 4 é estequiometricamente equivalente a 1 mol de H 2O,
som no solo, sendo nesse meio a velocidade de propagação maior logo, 5 molde CH 4 reagem consumindo 5 molde H 2O.
do que no ar. Em (C), alteração da frequência devido ao movimen-
nH20excesso:::: nH20lnlclal - nHi()consumldo = 6 mal - 5 mal = 1 mal
to relativo da fonte e do recetor, trata-se de uma manifestação do
efeito Doppler. M(H 2O) = 18,02 g moI- 1; mH,O = 1 mol x 18,02 g moI-1= 18,02 g
ondas indicadas: À.AM= 316 m, À.,M = 3 m, por esta razão as ondas AM mcH,cooH = pcH3COOH x VcH,cooH = 1,049 g cm-3 x 15,0 cm3 = 15,74 g
são mais difratadas do que as FM. 11 97
n = • g = O 2598 mol
22.1 (A). A difração só é significativa se a dimensão do obstácu lo ou C2H50H 46,08 g moI-1 '
da fenda for de ordem de grandeza próximo da do comprimento de n = 15•74 g =O' 2621 mol
CH3COOH 60,06 g moI-1
onda. Nos máximos a intensidade da luz é maior, o que significa que
as ondas interferiram construtivamente. Determinar o reagente limitante: 1 mol de C2H 5OH é estequiome-
0,135 tricamente equivalente a 1 mol de CH3COOH, logo, 0,2598 molde
22.2 nÀ. = d sin 0 ⇒ 2 x 650 x 10- 9 m =d x -j), + _ ⇒
C2H 5OH reage consum indo 0,2598 mol de CH3COOH.
1352 0 502
⇒d = 5,0 x 10 -6 m, assim, o número de linhas por milímetro é nCH3COOHtrooca = 0,2598 mol < nCH,COOHd1spoa~el = 0,2621 mol ⇒
10 X 10 - 3 m
n= ' 200. ⇒ o CH 3COOH é o reagente em excesso e o C2H 5OH é o limitante.
5,0 X 10-G m
368
nCH3COOHe,cesso = (0,2621 - 0,2598) mel= 0,0023 mel 7. Cálculo da quantidade de matéria de cada reagente:
1,25 X 103g 2,75 X 103g
mCH3COOHe,cesso = nCH,COOH X M(CH3COOH) = n =------ 19,12 mel n50 = - - - - - 42,92 mel
zn 1 65,39 g moI- 2 1
64,07 g moI-
= 0,0023 mel x 60,06 g mel-'= 0,138 g
Determinar o reagente limitante:
b) 1 mel de C2H 5OH é estequiometricamente equivalente a 1 mel
1 mel de Zn é estequiometricamente equivalente a 2 mel de SO2,
de CH3COOC 2H 5 , logo, 0,2598 mel de C2H 5 OH produz 0,2598 mel
de CH3COOC 2H 5 ; M(CH3COOC 2H 5) = 88,12 g moI-1; mcH cooc H =
n50 = (19,12 mel Zn) x 2 mel 502 = 38,24 mel
3 25 2 1 mel Zn
0,2598 mel x 88,12 g moI-1 = 22,9 g.
nS02teóOCa = 38,24 mel < nso2 dSponf;eJ = 42,92 mel ⇒ o SO2 é o reagen-
4.1 Cálculo da quantidade de cada reagente: M(TiO,) = 236,38 g moI-1; te em excesso e o Zn é o limitante.
1188 X 107 g
m(TiO,) = 0,95 x 1,25 x 107 g = 1,188 x 10 7 g; n = ' , Cálculo d a massa de Na 2S2O4 produzida:
= 5,026 x 104 mel TiO2. 236,38 g mo1- 1 mel de Zn é estequiometricamente equivalente a 1 mel de
5 00 X 106 g Na2S,04, logo, 19 ,12 mel de Zn produz 19,12 mel de Na 2S,04.
M(C) = 12,01 g moI-1; n = ' = 4,163 x 105 mel C
12,01 g moI- 1 mNa25204 = nNa x M(Na 2S2O.) = 19,12 mel x 174,12 g moI- 1 = 3329 g
25204
Quantidade de dióxido de titânio para reagir com o carbono
Cálculo da massa de hidrossulfito comercial:
3 mel TiO2
existente: nr,o = 4,163 x 10 5 mel C x = 3 ,122 x 10 5 mel . % (m/m) = mdltlonllodesôdlo X 100 ⇒ 90,1 = 3329 g X 100 ⇒
2 4 mel c
mhldrossulflto de sódlO mhldrossumto de sôdlO
Como esta quantidade é maior do que a disponível, 5,026 x 104 mel,
⇒ m...,=mtodesôd1o = 3695 g = 3,70 kg
o TiO2 é o reagente limitante.
Cálculo da massa de Ti Ce4 obtida: 3 mel de TiO 2 é estequiometri- V 448 dm 3
8 . (D). ncH = - , = 20,00 mel
camente equivalente a 3 mel de Tice., logo, 5,026 x 104 mel TiO2 4 Vm 22,4 dm 3 moI-
produzem 5,026 x 10• mel de Tice•. M(Tice.) = 346,18 g moI-1; 756
n = m = g = 41 95 mel
m = 5,026 x 104 mel x 346,18 g moI-1 = 1,74 x 107 g. "2º M 18,02 g moI- 1 '
4.2 No primeiro passo do processo de purificação, o objetivo é 1 mel de CH 4 é estequiometricamente equivalente a 2 mel de
converter todo o TiO 2 presente na amostra em TiCC4. Assim, o H 2O, logo, 20,00 mel de CH 4 reagem com 40,00 mel de H2O ⇒
carbono e o cloro devem se r utilizados em excesso para que todo
⇒ n",0 teó<lca = 40,00 mel < n"2º dJSponlvel = 41,98 mel ⇒ a ág ua é
o TiO2, sendo o reagente limitante, reaja totalmente, transforman-
do-se em Tice 4. o reagent e em excesso. 1 mel de CH 4 é estequiometricamente
equivalente a 1 mel de CO2 e a 4 mel de H 2, logo, 20,00 mel de
5.1 Cálculo da quantidade de hidróxido de lítio: M(LiOH) =
323 g CH4 originam 20,00 mel de CO2 e 80,00 mel de H 2.
= 23 95 g moI-1· n = - - - ~ - = 13 49 mel
' ' 23,95 g moI -1 ' · m.guaemexcesso = n M = (41,95 - 40,00) mel x 18,02 g moI-1 = 35 g
Cálcu lo do volume de CO2 eliminado: N = n" NA= 80,0 mel x 6,02 x 10 23 moI-1 = 4,8 x 10 25 moléculas de H,.
2
. 1 mel co 2 75,6 g
nc02 = 13,49 mel LiOH x mel LiOH = 6,745 mel. 9.1 a) mM = 94,5 x 0,80 = 75,6 g; nM =
, = 2,80 mel
2 26,98 g mol-
O volume de CO2 eliminado, medido em condições PTN, é 2 mel de Ae é estequiometricamente equiva lente a 3 mel de H 2,
V= n Vm = 6,745 mel x 22,4 mel dm- 3 = 151 dm3. 3 mel H
1 mel co 2 n" = (2,80 mel A f ) x - - -02 = 4 ,20 mel H2
2 2 mel A1-
5.2 a) (C). nc02 (necessário) = 8,35 mel LiOH x mel LiOH
2 b) n" "'""'S1a = 4,2 mel ⇒ V" "'evisto = 4,2 mel x 22,4 dm3 moI-1 = 94,1 dm3
2 2
= 4,18 mel CO 2> nc02 (disponível)= 2,72 mel ⇒ o CO 2 é o reagente
V= ,,., v p,evJS10 = 0,60 X 94,1 dm3 = 56 dm 3
limitante, portanto, LiO H é o reagente em excesso.
Cálcu lo da massa de Li 2CO 3 teórica: 1 mel de CO2 é estequio- 9.2 Cálculo da quantidade de H 2SO4 consum ida:
metricamente equivalente a 1 mel de Li 2CO3, logo, 2 ,72 mel CO2 mA(que,eaglu = 15,14 g - 9 ,74 g = 5,40 g ;
produzem 2,72 mel de Li 2CO3. 5
M(Ae) = 26,98 g moI- 1 n = AO g = O 200 mel
M(Li 2CO3) = 73,89 g moI-1; m = 2,72 mel x 73,89 g moI-• = 201,0 g; ACgaS1o 26,98 g mol-1 '
369
90 5,85 g
11.1 mNact = 6,50 g x - - = 5,85 g; nNact 0,100 mol 14.3 (C). 4 mol de KO2 é estequiometricamente equivalente a 2 mol
100 58,44 g moI-1
de H2O e a 4 mol de co, .
1 mol de Nace é estequiometricamente equivalente a 1 mol
15.1 Cálculo da quantidade de cada reagente:
de ce- e a 1 mol de AgCC, logo, 0 ,100 mol de Nace produz
85 0
0 ,100 mol de Agce. n = • g 0 ,5248 mol
Na,c,o. 161,98 g moI-1
m = 0100 mol x 143 3 g moI- 1 = 14 3 g· 1J = 14•16 g x 100 = 99%
AgCt ' ' ' ' 14,3 g 11 0
100
11 •2 nNact -- ncr -- O'100 mo'1· c cr -- 0,100 mol
dm3
1 00
'
º·
1d -3
mo m
• g
nH,o = 18,02 g moI-1
= O 6104 mol
'
13.2 4 mol de Na,cr,O7 é estequiometricamente equivalente a m,otaJdeatomosno,neagentes = (12,01 + 1,01 x 4) + (1,01 x 2 + 16,00) = 34,07
3 molde C6 H10O 4, EA (%) = ~ x 100% = 17 8%
4 mol Na, cr, O 34,07 '
n""'°'°' -_ (0,117 mol C H.,O4) x -
6
- -~ ~ ~
3 mol C H O
7
0,156 mol Na2Cr2O1 ⇒
Processo por via de carvão:
6 10 4
⇒ 0,156 mol Na 2Cr2O 1 · 2 H2O m atomosdereagenteslncorporados noprodutodesejado =2 x (1 ,01 x 2) = 4,04
M (Na2cr2O,- 2 H2O) = 298,02 g moI- 1 m,otaldeátomosnos,eagentes = 12,01 + 2 x (1 ,0 1 x 2 + 16,00) = 48,05
m (Na2Cr2O 7· 2 H,O) = 298,02 g moi-' x 0 ,156 mol = 46,5 g 4 4
EA (%) = ,0 x 100% = 8 41%
14.1 Cálculo da quantidade de vapor de água removida: 48,05 '
_ _,_ _ 24,0 g Tendo em conta a economia atómica dos processos, conclui-se
M (H 2O ) - 18,02 g mol , nH - ---~- 1,332 mol
,O 18,02 g moI-1 que a reformação catalítica é o processo mais eficiente, pois tem
Cálculo da massa de 0 2 produzida: maior economia atómica.
2 mol de H2O é estequiometricamente equivalente a 3 mol de 0 2 17.2 O processo por reformação catalítica tem como subproduto
3 mol O 2 o monóxido de carbono , CO, substância com elevada toxicidade
n0 = (1,332 mol H2O) x =1,998 mol 0 2
2 2 mol H,O quando comparada com o dióxido de carbono produzido no pro-
M(O2) = 32,00 g moI- 1; m = 1,998 mol x 32,00 g moI-1 = 63,9 g cesso por via de carvão.
02
14.2 Cálculo da quantidade de CO2 a remover:
1.2 Equilíbrio químico e extensão das reações químicas
_ m co2 _ _ m co2 _
Pco, - ~ ⇒ 1,80 g dm 3 - dm3 ⇒ mco, - 180,0 g (QP. pág. 267)
co, 100
180,0 g 18.1 A fig ura mostra que a reação ocorreu em sistema fechado,
M (CO 2) = 44,01 g moI- 1 nco, = 44 ,01 g mol-' = 4 ,090 mol verificando-se que, inicialmente, havia iodo e hidrogénio e, quan-
Cálculo da massa de KO 2 necessária: 1 mol de co, é estequio- do a reação termina, estão presentes não só o produto da reação,
metricamente equivalente a 1 mol de KOH , logo, para remover HI, mas também os dois reagentes, H, e 12, ou seja, a reação ter-
mina sem que nenhum dos reagentes esgote. Assim, conclui-se
4,090 mol de CO2, é necessário 4,090 mol de KO H. Por outro
lado, 4 mol de KOH é estequiometricamente equivalente a que a reação é incompleta.
4 mol de KO 2, logo, para produzir 4,090 molde KOH, é necessário 18.2 H2 (g) + 12 (g) a=' 2 HI (g) 18.3 (C)
4,090 mol de KO 2. 18.4 De acordo com a estequiometria da reação, 1 mol de 12 reage
M (KO2) = 71,10 g moI-1; m. = 4,090 mol x 71,10 g moI- 1 = 291 g com 1 mol de H 2, originando 2 mol de HI.
02
370
b) Após a perturbação efetuada no instante 12, o quociente da
reação variou até atingir um valor constante, superior a 4,5
Inicio/ mol 0,100 0,100
(K, > 4,5). Deste modo a perturbação introduzida provocou um
Variação / mol -X - X +2x aumento da constante de equilíbrio, o que permite concluir que
Equilíbrio / mol 0 ,100 - X= 0,021 0,100 - X= 0,021 +2x
foi favorecida a reação no sentido direto. A reação no sentido
direto é endotérmlca (dissociação de X 2), ora de acordo com o
No estado de equilíbrio há 0,021 mol de 12, assim, Princípio de Le Châteller a reação endotérmica é favorecida por
0,100 mol - x = 0,021 ⇒ x = 0,079 mol um aumento de temperatura. Conclui-se, assim, que no instante 12
Logo, a quantidade de HI no equilíbrio é: a temperatura do sistema aumentou.
+ 2x = 2 x 0,079 mol = 0,158 mol 22.l (B). De acordo com o gráfico, o instante t, refere-se a uma
Cálculo da constante, dado que o volume do recipiente é 1,00 L, situação anterior ao equilíbrio químico, uma vez que a reação
K = __ 0_,1_5_82
__ = 57. direta se processa a maior velocidade do que a inversa, o que se
e 0,021 X 0,021 traduz numa maior transformação de reagentes em produtos e a
18.5 (D). Para um sistema atingir um estado de equilíbrio é necessário concentração do reagente Irá diminuir e as concentrações dos
que o sistema seja fechado e não se registem, macroscoplcamente. produtos irão aumentar. As concentrações relativas de reagentes
variações de propriedades físicas e químicas, o que acontece quan- e de produtos dependem do estado inicial e do valor da constan-
do as taxas temporais de va riação das concentrações dos reagen- te de equilíbrio. Como se desconhece o valor da constante de
tes e produtos forem simétricas, para uma dada tem peratura. equilíbrio nada se pode concluir sobre a comparação das concen-
trações de reagentes e de produtos, exceto no instante t = O em
19.l A ➔ H 2; B ➔
NH3; C ➔ N2. 19.2 (B).
que só há reagentes.
12 3 1
19.3 K =
'
4
x ·º
10,0 2
=69 1
'
•º 19.4 K', = _]__ =- - = 0,0145
K, 69,1
22.2 (D). A velocidade da reação direta aumentou mais do que a
inversa, o que não pode acontecer por consequência da ação de
19.5 (D). Num sistema em eq uilíbrio, a constante de equilíbrio mede
catalisadores, pois estes apenas permitem que se atinja o equi-
a extensão da reação. Quanto maior for a constante maior será a líbrio mais rapidamente, não havendo, no entanto, influência na
extensão da reação, ou seja, maior é a conversão de reagentes em
extensão da reação (durante um certo intervalo de tempo, a velo-
produtos, portanto, menor a conversão de produtos em reagentes.
cidade da reação direta vai ser maior do que a reação inversa).
1 1
K' =- =- - - =3 O x 10-9 para T = 25 •e- K' =O 24 para T = Como a reação é endotérmlca, um aumento de temperatura irá
e K, 3,0 x 108 ' ' e '
favorecer a reação no sentido direto, aumentando a velocidade
= 327 ·e. com que os reagentes se transformam em produtos infiuenciando
20.l (A). O gráfico mostra que a concentração da especIe Y a extensão da reação. A remoção de reagentes alteraria a velo-
diminui, desde o instante inicial até ao instante em que se atinge o cidade da reação direta (diminuindo-a) e a remoção de produtos
equilíbrio químico. Pelo contrário, as concentrações das espécies a da reação inversa {diminuindo-a), no entanto, a extensão da
X e Z aumentam nesse intervalo de tempo. Conclui-se. assim, reação não se alteraria.
que Y é reagente e X e Z são p rodutos da reação. Analisando 23.l De acordo com a estequiometria da reação, 1 mol de PCe5
quantitativamente o gráfico, verifica-se que a concentração de Y origina 1 mol de PCe3 e 1 mol de c e2.
diminuiu uma unidade arbitrária. As concentrações de X e de Z
aumentaram, respetivamente, 3 e 1 unidades. Assim, a estequio-
metria da reação é 1 mol de Y : 1 mol de Z : 3 mol de X. Inicio/ mol a
20.2 De acordo com a estequiometria da reação, Variação / mol -X +x +x
Equilíbrio / mol a-x +x +x
Inicio/ mol 2,0
X X
Variação / mol -X +x +3x IPCe3Ie X Ice2I. 2,0 2,0
X
K = - - - -- - ~ 1 80 = ~ x = 0,144 mol
Equilíbrio / mol 2,0- x +x +3x ' IPcesI. ' 5,76 x 10-3
2,0
Após a decomposição de 50% do componente Y, ficam Cálculo da quantidade Inicial de PCe5 :
50 3
nY= x 2,0 mol =1,0 mol, logo, 2,0 - x =1,0 mol ⇒ x =1,0 mol. [PCeJ = 5,76 x 10- mol = (a - 0,144) mol ⇒ a = O 150 mol
100 • 2,0 dm3 2,0 dm' '
De Z ficam em equilíbrio 1,0 mol e de X ficam 3,0 mol, o que, no 23.2 Do ponto de vista energético, o processo de decomposição
total, perfaz 5,0 mol de gases presentes no equilíbrio. do PCC5 é endotérmico (ti.H > O). De acordo com o Princípio de
21.l (D). De acordo com a fig ura li, verifica-se uma maior quan- Le Châtelier, a diminuição da temperatura do sistema altera o
tidade da espécie atómica, por isso, a reação favorecida com a estado de equilíbrio, provocando uma evolução do sistema no
perturbação foi a reaçã o direta (dissociação de X,). A dissociação sentido de contrariar a perturbação Imposta, ou seja, no sentido
de uma molécula dlatómica é um processo endotérmico, que da reação que liberta energia (reação exotérmica), que, neste
será favorecido por um aumento de temperatura. Não pod e ter caso, é a rea ção inversa. É, assim, de prever uma diminuição das
existido remoção de X2, nem adição de X, pois a quantidade tota l concentrações de PC e3 (g) e de ce2 (g) e um aumento da concen-
de átomos X no sistema manteve-se constante. O volume do tração de PCe5 (g).
recipiente é o mesmo. 23.3 Cálculo do quociente da reação no instante inicial:
21.2 a) (8). A partir do gráfico apresentado conclui-se que o siste- 0,600,70
ma químico se encontrava inicialmente em equilíbrio, uma vez que ~
2,O X
O, - - - - - - 2,1 ⇒ o, > K,. o sistema vai evoluir no sentido
o valor do quociente de reação é igual à constante de equilíbrio 0,10
(O,= K, = 4,5). No instante t, é aplicada ao sistema químico uma 2,0
perturbação que origina diminuição do quociente da reação. O
em que o, diminua, aproximando-se de K,, portanto, no sentido
sistema evolui até atingir um novo estado de equilíbrio, o, aumen-
de produzir PCe5 , o sentido inverso.
ta, aproximando-se de K,. Para que o, aumente é necessário que
a concentração do produto aumente e a do reagente diminua. Cálculo da concentração de PCe5 no equilíbrio:
Assim , o sistema vai evoluir no sentido da reação direta.
371
26.3 De acordo com os valores da tabela, a percentagem de
Inicio / mol
NH3(g) diminui à medida que a temperatura aumenta, significando
0,10 0,60 0.70
que um aumento de temperatura favorece a reação inversa. De
Variação / mol +x -X -X acordo com o Princípio de Le Châtelier, o aumento da tempera-
Equilíbrio / mol 0,10 + x 0,60 - X 0,70 - X tura favorece a reação endotérmica, concluindo-se. assim, que a
reação é exotérmica no sentido direto.
Como no equilíbrio há 0,687 mel de ce • 0,70 - x = 0,687 => 27.1 t = 200 ºC e p = 1000 atm
2
=> x = (0,70 - 0,687) mel = 0,013 mel 27.2 a) 40%; b) As condições Ideais na produção do amoníaco
seriam: pressões elevadas, porque a reação direta é acompa-
[PCf ] = (0,10 + 0,013) mel = O 057 mel dm-3
5
• 2,0 dm3 ' nhada de um decréscimo de quantidade de espécies no estado
gasoso, e temperaturas baixas, pois a reação direta é exotérmica
23.4 (C). Os cata lisadores utilizam-se para aumentar a rapidez das
(aumento da constante de equilíbrio, ou seja, reação direta mais
reações. Estes apenas permitem que se atinja o equilíbrio mais
extensa, com a diminuição da temperatura). Mas pressões eleva-
rapidamente, não havendo, no entanto, influência na extensão
das exigem custos elevados e a temperaturas baixas o amoníaco
da reação química. Uma vez que a reação Já se encontra num
é produzido multo lentamente. Como na indústria a escolha das
estado de equilíbrio, a adição de um catalisador não provocará
condições para a produção está dependente dos custos econó-
perturbação no sistema reacional, pelo que não há alteração nas
micos, é preferível obter rapidamente percentagens moderadas
24.1 o, = _
( o.526
__2_,_
o ___ = 1,1.
r
concentrações das espécies presentes nesse equilíbrio.
de amoníaco do que esperar multo tempo para obter percenta-
gens elevadas.
28.1 a) A adição de solução de Fe(NO,)3 implica um aumento da
0,342
( 2,0
)J X ( 0 ,126 ) concentração de Fe3' ; o sistema evoluirá no sentido do consumo
2,0 de Fe3' e SCN-, formando-se [FeSCN]2', até se estabelecer um
o, > K,, o sistema vai evoluir no sentido inverso, ou seja, no senti- novo estado de equilíbrio. Assim, a cor vermelha da solução será
do de consumo de NH 3. mais intensa comparada com a do equilíbrio inicial.
b) A adição de solução de AgNO3 Implica a diminuição da concen-
24.2 O aumento da quantidade de N2 (g) altera o estado de
tração de SCN-, pois os iões Ag' reagem com os iões tiocianato, de
equilíbrio, provocando uma evolução do sistema no sentido de
acordo com a seguinte equação: SCN- (aq) + Ag' (aq) a==>- AgSCN(s).
contrariar a perturbação imposta, ou seja, no sentido da reação
O sistema evoluirá no sentido da formação de Fe 3' e SCN-, con-
em que haja consumo de N2, o da reação direta, até se esta-
sumindo-se [FeSCN]2' , até se estabelecer um novo estado de
belecer um novo equilíbrio.
equilíbrio. Assim, a cor vermelha da solução será muito menos
24.3 (A) . De acordo com o Princípio de Le Châteiler, a diminuição intensa comparada com a do equilíbrio inicial.
da temperatura do sistema reacional favorece a reação exotér- e) A adição de NaF Irá diminuir a concentração de Fe3' , pois a
mica, neste caso, a reação direta (AH < O), ou seja, a reação de adição de NaF (s) à mistura reacional conduz à presença de iões
síntese do amoníaco. fluoreto, F-, em solução, que reagem com os iões Fe3', segundo
25.1 (C). A reação no sentido direto é exotérmica, pois os valores a equação: Fe 3' (aq) + 6F- (aq) a==>- [FeF6 f (aq). O sistema evoluirá
da constante de equilíbrio diminuem com o aumento da tempe- no sentido de formação de Fe3' e SCN-, consumindo-se [FeSCN]2' ,
ratura. De acordo com a estequiometria da reação (1 + 1 _, 2), a até se atingir um novo estado de equilíbrio. Assim, a cor vermelha
alteração da pressão não altera o estado de equilíbrio. A co nstan- da solução será menos Intensa comparada com a do equilíbrio
te de equilíbrio só depende da temperatura, pelo que o seu va lor inicial.
não se altera após a perturbação. 28.2 (C). Sendo o processo exotérmico, um aumento de temperatura
1 mel H2
25.2 Verificação do reagente limitante: nH2 = 3,0 mel 12 x - - - - do sistema altera o estado de equilíbrio, provocando uma evolução
1 mel 12
do sistema no sentido em que a reação absorve energia, ou seja,
= 3,0 mel H 2 > nH2 d JspoolVe, = 2,0 mel => o H 2 é o reagente limitante. no sentido inverso, e, consequentemente, aumenta a concentração
Cálculo da quantidade de HI que se formaria, de acordo com a de SCN- e de Fe3' , diminuindo a de [FeSCNJ", o que está de acordo
estequiometria da reação, a partir da quantidade de reagente com o gráfico.
2 mel HI
limitante: nH, = 2,0 mel H 2 x - - - - = 4,0 mel HI. 2.1 Reações ácido-base (QP, pág. 318)
1 mel H 2
Cálculo da quantidade real de HI que se forma. nas condições l,l a) HCN; H2so.; NH;; H,PO;; HCO, .
consideradas: nH, = (6,0 - 4,0) mel = 2,0 mel. b) OH-; oce-;HCO,; H,PO;.
, 2,0 mel 1.2 a) H2PO; (aq) + H,O' (aq) a=='- H3PO 4 (aq) + H,O (€)
Calculo do rendimento da reação: 17 = - - - x 100% = 50%.
4,0 mel
HCO, (aq) + H,O' (aq) a=='- H2CO3 (aq) + H2O (e)
25.3 (D) . A diminuição da concentração de HI (g) leva o sistema
b) H2PO; (aq) + OH- (aq) a==>- HPO ;- (aq) + H,0 (C)
a evoluir no sentido de produzir iodeto de hidrogénio até se
HCO, (aq) + OH- (aq) a=='- co ;- (aq) + H,O (f)
atingir um novo estado de equilíbrio. No entanto, o aumento da
q uantidade de HI (g), até se atingir um novo estado de equilíbrio, 1.3 H3PO/H2PO; e H,O'/H,O; H2PO;/ HPO;- e H2O / OH- .
é inferior à diminuição provocada no sistema reacional , pelo que H2CO/ HCO, e H,O' /H2O; HCO,Jco;- e H,0/OH-.
a concentração de HI (g) no novo estado de equilíbrio é inferior à
2.1 2 H,O (C} a==>- H,O' (aq) + OH- (aq)
do equilíbrio inicial.
26.1 1-, (B); li -, (A); Ili _, (C); IV _, (D). 2.2 (B). A autoionização da água quimicamente pura produz iguais
quantidades de H3O' e OH-, pelo que a água quimicamente pura
26.2 A - De acordo com o Princípio de Le Châteller, o aumento é neutra para qualquer temperatura. A reação no sentido direto é
da pressão favorece a reação que conduz a uma diminuição da endotérmica, pois os valores do Kw aumentam com o aumento da
pressão, ou seja, que conduz a uma diminuição da quantidade temperatura. Um maior valor de Kw implica maior concentração de
de gases. Neste caso, a reação que conduz a uma diminuição H,O' e OH- simultaneamente, pelo que o pH da água diminui.
da quantidade de gases é a reação direta, consequentemente, a
quantidade de produto aumenta. 2.3 Kw = IH,O'I• IOH-I0 = 5,5 x 10-14 , como [H3O1 = [OH-J,
IH3O'I 2= 5,5 x 10-1• => [H,O'l = 2,35 x 10- 1 mel dm-3 => pH = 6,6.
372
3.1 De acord o com o gráfico o p H da amostra de água diminui 9.1 (A). A constante de equilíbrio é uma medida da extensão de
com o aumento da te mperatura, o que permit e concluir que, uma reação. Assi m, a reação de ionização do ácido acético, a 25
nessa amostra, a concentração hidrogeniónica, [H,01, aumenta ºC, é pouco extensa. Em sol uções básicas (pH > 7) há consumo de
com o aumento de temperatura. Numa amostra de água pura as H,O', pelo que, de acordo com o Princípio de Le Châtelier, é favo-
co ncentrações dos iões oxónio, Hp• (aq), e hidróxido, OW (aq), recida a reação de ionização do ácido acético e não a sua forma-
são iguais entre si. Consequentemente, a expressão do produto ção. No equilíbrio prevalece a espécie CH3COOH, pois a reação
iónico da água, Kw, pode ser escrita em função do valor numérico é pouco extensa no sentido direto. Consequen temente, é baixa a
da concentração de Hp• (aq): Kw = IH, O•1 IOH-1 = IH,0'12. Assim, concentração d e Hp•, d aí a baixa acidez do ácido acético.
um aumento da concentração hidrogeniónica, [H, o •J, implica um K 1,0 X 10- 14
aumento de Kw. Conclui-se que Kw aumenta com o aumento de Kb(CH 3Coo-) = / = x _ = 5,6 x 10- 10• Como Kb > Kw o ião
a 178
, 10 5
temperatura.
acetato sofre hidrólise de acordo com a equação
3.2 Va lor de pH a 45 ºC, pH = 6,7. CH3coo- (aq) + H,O (C) s='- CH3COOH (aq) + OH- (aq), pelo que
Cálculo da concentração hidrogeniónica na águ a, a essa tempe- as soluções de ião acetato são básicas (pH > 7).
ratura: [H, o •J= 10 -••1 mol dm-3 = 2 ,00 x 10-1 mol dm-3 .
9.2 a) De acordo com a estequiometria da reação , 1 mol d e
Cálculo de Kw, a essa temperatura: como em água pu ra [H, o •J =
CH 3COOH origina 1 mol de CH,coo- e 1 mol de Hp•.
= [OH-J, tem-se Kw = IHp •11OH-1= IHp •1 2 = (2,00 x 10-7)2 = 4 ,0 x 10-14_
3.3 (8). Com a diminuição da temperatura, o valor do pH aumenta
e a concentração hidrogeniónica, [Hp •J, dim inui, não havendo,
..
10-3
■!l!!·I·■
Início/ mol 2 ,7 X
373
12.1 HI (aq) + NaOH (aq) ➔ Nal (aq) + H,0 (e) 16.2 NaOH (aq) + HCf (aq) ➔ Na' (aq) + OH· (aq) + H' (aq) + ce- (aq}
12.2 O vol ume de titulante gasto até ao ponto de equivalência ➔ H,O (e)+ NaC f (aq)
é 15,30 ml. v ,n~lal = (23,30 ± 0,05) ml e v.na, = (38,60 ± 0,05) ml, 16.3 a) v,.u,an1enop.e = VNaOH(aq) = 50 ml; CNaQH = 0,025 mol dm· 3
tN = (38,60 - 23,30) ml = 15,30 mL.
nNaoH = e V = 0,025 mol dm· 3 x 0,050 dm 3= 1,25 x 10-3 mol
12.3 Volume de titulante (solução de NaOH) adicionado até ao De acordo com a equação química: 1 mol de HCf é estequlome-
ponto de equivalê ncia: Vsoi.NaoH = 15,30 ml. tricamente equivalente a 1 mol de NaOH, logo, 1,25 x 10- 3 mol de
Cálculo da quantidade de NaOH que reagiu: NaOH neutralizaram 1,25 x 10-3 mol de HCf.
nNaOH = CNaOH VSOI.NaOH = 1,00 X 10-2 mol dm·3 X 15,30 X 10-3 dm3 = e = 1,25 x 10-3 mol = 010 mol dm..a
= 1,530 x 10-< mol. HCt 0,0125 dm· 3 '
Cálculo da quantidade de HI que existia na solução titulada: de b) (HCf (aq)] = [H,0' (aq}] ⇒ pH = -log (0,10) = 1
acordo com a equação química, 1 mol de HI é estequlometrlca- e} nHCt1n1C1a1 = 0,10 mol dm· 3 x 0,0125 dm 3= 1,25 x 10- 3 mol
mente equivalente a 1 mol de NaOH, logo, 1,530 x 10·• mol de nNaoHad~lonado = 0 ,025 mol dm· 3 x 0,010 dm3 = 2,50 x 10-< mol
NaOH neutralizaram 1,530 x 10-• molde HI.
De acordo com a estequiometria da reação: 2,50 x 10-• mol de
Cálculo da concentração da solução de ácido Iodídrico:
NaOH neutralizam 2,50 x 10-< mol de HCf
nH, 1,530 x 10-< mol
e = - - = - - - -- - = 765 x 10-3 mol dm· 3 nHCtquenãoreagtt> = nHCtln~lal - nHCt quereaglu=
HI VSOIHI 20,0 x 10-3 dm 3 ' ·
= (1,25 x 10-3 - 2,50 x 10-<) mol = 1,00 x 10-3 mol ⇒ nH , =
V
_ (19,10 + 19,10 + 19,20) cm3 30
13.1 = 19,13 cm3. 100 x 10- 3 mol
3 = 100 x 10- 3 mol ⇒ (H3O']= - - ' - - -- - -
, (0,0125 + 0,010) dm 3
13.2 Cálcu lo do módulo do desvio de cada valor medido (em
relação ao valor mais provável): ld1I = 119,10 - 19,131 = 0,03 cm3; = 0,0444 mol dm· 3 => pH = -log 0,0444 = 1,4
ld 21= 119,10 - 19,131= 0,03 cm 3; ld31= 119,20 - 19,131= 0,07 cm3. 16.4 O ponto de equivalência atinge-se quando o ácido e a base
A incerteza absoluta de observação é dada pelo módulo do maior reagiram completamente, não havendo excesso nem d e ácido
desvio, ou seja, 0,07 cm3. nem de base em solução. Neste caso restam em solução os iões
13.3 Cálculo da quantidade de KOH (aq) adicionada até ao ponto Na' e ce-
que não reagem com a água e os iões provenientes
de equivalência da titulação: da autoionização da água, a 25 ·e. Assim, (H,O'l = [OH· ] =
Vso1.KoH = 19,13 cm 3; n.0H = c.0H VSOIKOH = 0,150 mol dm· 3 x 19,13 x
= 1,0 x 10-1 mol dm· 3 ⇒ pH = 7.
x 10- 3 dm3 = 2,870 x 10-3 mol. 16.5 Quer o vermelho de metllo quer a fenolftaleína mudam de cor
Cálculo da massa molar do ácido monoprótico em solução: na proximidade do ponto de equivalência, pois a zona de viragem
1 mol de ácido é estequiometricamente equivalente a 1 mol de do indicador está contida na região de variação brusca de pH.
KOH, uma vez que o ácido é monoprótico; assim, no ponto de 17. (D}. O caráter das soluções de sais é interpretado com base
equivalência, n"""'º = nKOH = 2,870 x 10- 3 mol. na extensão da rea ção desses iões com a água (reação de
m 0,181 g hidrólise). A dissociação do fluoreto de potássio em água pode
m = n M <=> M = - = - - - - ~- - = 63,1 g moI· 1. HO
n 2,870 x 10-3 mol ser traduzida por: KF (s) ~ K' (aq} + F (aq}. O ião K', catião
14. Cálcu lo da quantidade de HCf neutralizada: de um metal alcalino não sofre hidrólise (se o catião reagisse
com a água, o pH da solução seria inferior a 7), enquanto o
nHC1 "''ª' = cHct VS04.HCt = 0,22 mol dm·3 x 75 x 10- 3dm3 = 1,65 x 10-2 mol. anião F- reage com a água de acordo com a equação química
nHCt neutrallzaoo = 0,90 X 1,65 X 10- 2 mol = 1,49 X 10-2 mol F- (aq) + H,O (e)~ HF (aq) + OH· (aq), já que é a base conjugada
Cálculo do número de comprimidos: de um ácido fraco; os iões OH· formados são os responsáveis
de acordo com a equação química, 2 mol de HCf é estequiome- pelo caráter básico, pH > 7, da solução de fluoreto de potássio.
trlcamente equivalente a 1 mol de CaCO3, 18. A - Vermelho. Como o HCf é um ácido forte ioniza-se com-
1 mol caco ncace:, pletamente e a concentração hidrogeniónica em solução vai ser
- - -- - " -3- = - - - - - - ⇒ n = 745 x 10- 3 mol
2 mol HCf 1,49 x 10- 2 mol cace:, ' · elevada, consequentemente, terá um valor de pH baixo.
m cace:, = ncace:, M(CaCO:,) = 7,45 x 10- 3 mol x (40,08 + 12,01 + 3 x B - Amarelo. Como o NaOH se dissocia completamente, a con-
x 16,00) g moI·1= 0,746 g. centração de OH· (base forte) em solução vai ser elevada e, con-
0 ,746 g sequentemente, a concentração de H3O' vai ser pequena. Assim,
N.º de comprimidos = 1,5. o valor de pH será alto.
0 ' 500 g
C - Verde. O amoníaco é uma base fraca que se ioniza parcial-
15.1 LIOH (aq} + HCf (aq) ➔ uce (aq} + H2O (e) mente em solução aquosa. A concentração de OH· presente em
pHuoH(aq) = 12,20; [Hp •J = 10· PH= 10-12-20 mol dm· 3 = 6,310 x solução vai ser superior à da água quimicamente pura, conferin-
K 1 O x 10· 14 do-lhe um pH ligeiramen te superior a 7.
x 10· 13 mol dm-3· (OH·]= _ _ w_ = ' O 01585 mo l dm· 3
' [H30' ] 6,310 X 10· 13 ' D - Lavando. O Nace é um sal muito solúvel em água, disso-
nHct qumag,u = e V = 0,100 mol dm· 3 x 0,0264 dm3 = 2,64 x 10- 3 mol ciando-se completamente. Os Iões Na' são muito estáveis (Iões
1 mol de LIOH é estequiometricamente equivalente a 1 mol de espectadores) e não reagem com a água. Os iões ce-
são uma
HCf, logo, a quantidade de LiOH neutralizado foi 2,64 x 10·3 mol. base conjugada de um ácido forte, não tê m tendência a reagir
n 00H = n 0H. = 2,64 x 10- 3 mol, porque o LiOH está totalmente dis- com a água, assim, pH = 7.
sociado em solução aquosa. E - Cor-de-rosa. O NH 4 Cf é um sal muito solúvel em água, disso-
n1..,H 2 ,64 x 10- 3 mol
ciando-se completamente. Os iões ce-
não têm tendência para
V = - - = - ~- - - - - = O167 dm3 = 167 cm3 reagir com a água. O NH; é um ácido conjugado de uma base
LIOHlaqJ c,.,H 0,01585 mol dm· 3 '
fraca (NH3), tendo tendência para reagir com a água. Assim , a
15.2 (OH·] = 0 ,01585 mol dm· 3; M(LiOH) = 23,95 g moI· 1 solução deverá apresentar um pH Inferior a 7.
n0H. = e V = 0,01585 mol dm· 3 x 0,200 dm3 = 3,17 x 10- 3 mol 19. (C).
notr = nllOH = 3,17 x 10-3 mol ⇒ mllOH = 3,17 x 10..a mol x 23,95 g moI· 1= 20.1 Um aumento da concentração de CO 2 atmosférico aumenta
= 0,0759 g = 75,9 mg a quantidade de dióxido de carbono que se dissolve na água e,
consequentemente, aumenta a p rodução de ácido carbónico,
16.1 titulante ➔ NaOH; titu lado ➔ HCf
H2CO3. O ácido carbónico é um ácido fraco e reage com a água:
374
H2 CO3 (aq) + H2 O (t') a=' HCO; (aq) + H,O' (aq). Se aumentar a Cu (s). Assim, a concentração de catiões Cu 2• na solução diminui,
concentração de H2 CO3, altera-se o equilíbrio e o sistema reage tornando-se mais clara.
favorecendo a reação no sentido direto, produzindo H,O' . O aumen- 24.2 Semirreação de oxidação: Sn {s) -+ Sn 2 • (aq) + 2 e-
to da concentração de H,O' faz diminuir o pH da água do mar. Semirreação de redução: Cu 2 • (aq) + 2 e- -+ Cu (s)
20.2 (Hp•J.,••, = 10-"·º5 mol dm-3 = 8,91 x 10-• mol dm- 3 Equação de oxidação-redução: Sn (s) + Cu 2• (aq) -+ Sn2• (aq) + Cu (s)
(H3O' ]2100 = 10-1-1 mol dm-3 = 2,00 x 10-" mol dm- 3 24.3 Quantidade de cu 2• existente na solução inicial:
ncusa = nc02+ = C V= 0,10 mol dm- 3 x 0,250 dm 3 = 0,0250 mol
%(t.[H o ·J)= 2,00 x 10-" - 8,91 x 10-• x 100 = 124% 4
3 8,91 X 10- 9 Quantidade de cobre metálico formada:
m 0325 g .
nc = - = ' 0,00511 mol = nc0 2+ que reagiu
" M 63,55 g moI- 1
2.2 Reações de oxidação-redução (QP. pág. 324) Quantidade de iões cobre na solução final:
21.l nc 2+ nna, = 0,0250 mol - 0,00511 mol = 0,0199 mol
0
1. 2 Ca3(PO4) 2 (s) + 6 SiO2 (s) + 10 c (s) .... P4(f) + 10 co (g) + 6 CaSiO3 (s) Concentração da solução finai:
n.o. +2 +5 - 2 +4 - 2 o o +2 - 2 +2 +4 - 2
J J
c = nona, = 0,0199 mol = 0,080 mol dm_3
V 0,250 dm3
o~dação 25. (D). A corrosão de um metal consiste na sua oxidação espon-
redução
tânea em determinadas condições. Os metais com maior facili-
t.n.o. (C) = (2 - O)= +2 = ⇒ oxidação (aumenta o número de oxi- dade de oxidação, mais reativos, Zn e Fe, aparecem na natureza
dação, cede eletrões). na forma de óxidos (para o Fe) ou sulfuretos (para o Zn), ou seja,
t.n.o. (P) = (O - 5) = -5 = ⇒ redução (diminui o número de oxi- como substâncias compostas.
dação, ganha eletrões). 26.1 Forma e tamanho das barras metálicas, inexistência de oxi-
A variação dos números de oxidação Implica transferência de dação prévia nas barras metálicas, concentração e volume das
eletrões entre as espécies envolvidas, logo, a reação é de oxidação- soluções e tempo de reação.
-redução. 26.2 Zn> Pb> Cu
li, P. (t) + 5 o, (g) + 6 H,O (e) .... 4 H3Po. (C) 26.3 De acordo com os resultados da atividade, conclui-se que o
n.o. 0 o +1 -2 +1 +5 -2 zinco tem maior poder redutor do que o chumbo e que o chum-
bo tem maior poder redutor do que o cobre, pois o zinco sofreu
oxidaçao
redução
fJ' oxidação na solução de nitrato de chumbo e o chumbo oxidou-se
na solução de nitrato de cobre. Assim, o zinco sofre corrosão em
contacto com soluções que contenham iões Pb 2• ou cu 2•, pelo
t.n.o. (P) = (5 - O) = +5 oxidação (aumenta o número de oxidação,
que um recipiente de zinco não pode armazenar solu ções de
cede eletrões).
nitrato de chumbo. Como o chumbo tem maior poder redutor do
t.n.o. (O) = (-2 - O) = -2 redução {diminui o número de oxidação,
que o cobre, significa que os iões Pb2 • (menor poder oxidante do
ganha eletrões).
que os iões Cu 2• ) não têm capacidade para oxidar o cobre, pelo
A variação dos números de oxidação Implica transferência de
que soluções de nitrato de chumbo podem ser armazenadas em
eletrões entre as espécies envolvidas, logo, a reação é de oxi-
recipientes de cobre.
dação-redução.
27.1 O níquel tem maior poder redutor do que o hidrogénio, logo,
Ili. H3Po. (C) +3 NH3 (e) .... (NH4)3Po. (s)
este metal sofre oxidação, cedendo eletrões aos iões H', formando
n.o. +1 +5 - 2 -3 +1 - 3 +1 +S -2
H2 , que se liberta na forma de bolhas gasosas. O níquel, ao sofrer
A reação não é de oxidação-redução, pois não há variação dos oxidação, passa para a solução na forma de Ni2•(aq), sendo este
números de oxidação, ou seja, não há transferências de eletrões ião responsável pela cor esverdeada que a solução adquire. O
entre as espécies envolvidas. cobre, como tem menor poder redutor do que o hidrogénio, não
21.2 a) 1. Espécie oxidada: C; espécie reduzida: PO;-. li. Espécie sofre alteração.
oxidada: P4; espécie reduzida: 0 2. 27.2 Semirreação de redução: 2H' (aq) + 2 e--+ H 2 (g)
b) 1. Agente redutor: C (cede eletrões); agente oxidante: PO;- Semirreação de oxidação: NI (s) -+ Ni2 • (aq) + 2e-
(recebe eletrões). li. Agente redutor: P4 (cede eletrões); agente Equação da reação de oxidação-redução:
oxidante: 0 2 (recebe eletrões). Ni (s) + 2 H' (aq) -+ Ni2 • (aq) + H2 (g)
22.1 (C). O número de oxidação do Ae passa de O para +3, logo,
cede eletrões para o Br, cujo número de oxidação passa de O
para -1. 2.3 Soluções e equilíbrio de solubilidade (QP, pág. 327)
22.2 AC .... At ' + 3 e- semirreação de oxidação.
3
28.1 (B).
Br2 + 2e- .... 2 sr- semirreação de redução. n = 19,22 g
cr 35,45 g moI- 1
º· º
1 7 g
0,5422 mol; n""+ = - -- ~ - = o 4654 mol
22,99 g moI-1 '
23.1 Cd + NiO 2 + 2H,0 -+ Cd{OH)2 + Ni(OH)2 A quantidade d e c e- presente na água do mar é diferente da
O +4 +2 +2
quantidade de Na', o que significa que a contribuição para a pre-
~1- -+-___ o_xi_d a_ç_ã o~ j redução J sença de iões cloreto na água do mar não é apenas resultante da
dissolução de Nace.
%(mim) = mca2• x 100%; 0,40 g x 100% = 1,15%
23.2 O processo de carga corresponde à reação inversa. Neste m,_,os.,.. 34,65 g
processo, o hidróxido de cádmio reduz-se (o número de oxidação 34 65
do Cd diminui), logo, é o agente oxidante, enquanto o hidróxido m =e v= · g x 10dm3= 347g
totai ioes m
1 dm3
de níquel se oxida (o número de oxidação do Nl aumenta), logo, é A mineralização da água do mar resulta da dissolução de sais e
o agente redutor. da dissolução de CO 2•
24.1 (C). O Sn (s) tem maior poder redutor do que o cobre, sofre 28.2 CO 2 (g) + 2 H,0 (C) a=' H 2 CO3{aq) + H,0 (e) a=' HCO; (aq) +
oxidação ao ceder eletrões ao catião cu 2 • (aq), que se reduz a + H 30 + {aq)
375
29.1 A 80 ºC, 5 = 9,0 g de sal / 100 ml de H2O Prova-modelo 1 (pág. 330)
A 20 ºC, 5 = 6,0 g de sal / 100 ml de H,O
GRUPOI
m = 40 ml x (9 ,0 - 5 ,0) g = 1,2 g
sólldo que- precipita 100 ml 1. (C) . A variação de energia associada à transição eletrónica
29.2 (D) assinalada pela letra E é a diferença entre a energia do nível
30. (C). n = 1 e a energia do nível n = 4: [(-2,179 x 10-1• - (-0,136 x 10-'8 ))J] =
= 2,043 X 10-ts J.
Ks = IAg+I.,2IsO;-1. = (25)2 X 10- 5 =45 2 X 5 <=} 5 =0,016 mol dm-3
5 ⇒ 1,7 X
Na solução de sulfato de cobre a presença de um ião comum, 2. (B). Na trans ição F, a energia do eletrão aumenta, pelo que cor-
so:-,diminui a solubilidade do sal, Ag 2SO4 • responde a absorção de energia pelo átomo de hidrogénio. A
A concentração do ião prata é o dobro da solubilidade: [Ag'J. = 25. energia do fotão absorvido é igual à diferença de energia entre os
dois estados em que ocorre a transição, logo, maior diferença de
31. (A). As soluções aquosas saturadas de NaHCO 3 e Nace, à
energia significa que o fotão absorvido tem maior energia e, por-
temperatura de 40 ºC, contêm a mesma massa de sais dissolvi-
tanto, maior frequência.
dos. O sal NH4Ce é o que apresenta maior solubilidade para a
mesma temperatura. A dissolução dos sais é um processo endo- 3. (C). As transições B e E resu ltam de transições eletrónicas de ní-
térmico, pois é favorecida pelo aumento da temperatura. veis superiores de energia para o mesmo nível de energia (n = 1),
por isso, pertencem à mesma série. Estas duas transições são de
32.1 Cálculo da solubilidade do MgF2:
maior energia do que as transições G (infravermelho) e H (visível),
K, = IMg 2•I. IF-I.,2 = 5 x (25)2 ⇒ 6 ,4 x 10-9 =5 x 452 <=}
ocorrendo na região do ultravioleta.
3
<=} 5 = 1,17 x 10- mol dm-
3
Cálculo da concentração do ião F-: GRUPO li
[F-J. = 25 = 2 x 1,17 x 10-3 mol dm- 3 = 2,3 x 10- 3 mol dm-3
1. (A). A percentagem em volume de oxigénio na mistura é
32.2 (A). A adição de fluoreto de potáss io contribui para o 19,2
100%- 80,8% = 19,2%, ou seja, a proporção em volume de O 2é - -,
au mento da concentração dos iões F- na solução, alterando o 19 2 100
equ ilíbrio de solubilidade no sentido da precipitação de MgF, - - ' - x 106
100 1 92 X 105
(efeito do ião comum). A reação inversa é favorecida, pelo que a logo num milhão é ' isto é, 1,92 x 10 5 ppm.
106 106
concentração dos iões Mg 2• e F- diminui até se atingir um novo
equilíbrio. No entanto, a diminuição da concentração de F- é infe- 2. (C). Do gráfico conclui-se que em 3,0 dm 3 a quantidade de ma-
rior ao aumento provocado pela adição de fluoreto de potássio. téria total é 0,25 mol. Assim, naquele volume há, no total, 0,25 mol x
x 6 ,02 x 1023 moI-' moléculas. Como todas as moléculas são diató-
32.3 Cálculo da concentração de Mg 2+ na mistura:
micas, o número de átomos é 0,25 x 6 ,02 x 1023 x 2.
Mg(NO3)2 (s) ➔ Mg 2' (aq) + 2 NO; (aq)
nM 2, = nMg(NOJii = e V= 3,0 x 10- 3 mol dm-3 x 200 x 10-3 dm3 = 3. Como o volume é diretamente proporcional à quantidade de
9
matéria (a pressão e a temperatura são constantes) e a compos i-
= 6 00 x 10- 4 mol
', _ 6,00 x 10-4 mol _ x _ _3 ção da mistura é bem determinada, conc lui-se que a massa volú-
[M g 2 1sol çâo mistura - 3
3
3 - 2,00 10 mol dm mica não depende do volume. Para 6,0 dm 3, n,0,a1 = 0,50 mol.
u 300,0 x 10- dm
Cálculo da concentração de F- na solução mistura: Cálculo da quantidade de hidrogénio em 6 ,0 dm 3 da mistura ga-
NaF (s) ➔ Na' (aq) + F- (aq) sosa: dada a proporcionalidade com o volume,
n, =n_ =e V= 2,0 x 10-3 mol dm-3 x 100 x 10-3dm3 =2,00 x 10-4 mol n"2 = 0,808 x 0,50 mol = 0,404 mol.
2,00 x 10-4 mol Cálculo da quantidade de oxigénio em 6,0 dm3 da mistura gasosa:
[F-J,oluç,o mistura = 3 3 = 6,67 X 10-• mol dm-3 n02 = (0,50 - 0,404) mol = 0,096 mol.
300,0 x 10- dm
Cálculo da massa volúmica da mistura gasosa, nas cond ições de
Cálculo do quociente da reação:
pressão e tempe ratura consideradas:
o, = IMg2•I IF-I2 = 2,00 X 10- 3 X (6,67 X 10-4)2 = 1,3 X 10-11
o,< K, ⇒ a solução é insaturada, pelo que não ocorrerá precipi- p =
m
~ =
n"2 M"2 + no2 Mo2
tação do fluoreto de magnésio. mlStura Vmistura Vmistura
32.4 K, (18 ºC) = IMg 2•I.IF-I; = 1,21 X 10- 3 X (2 X 1,21 X 10- 3)2 = 0,404 mol x 2,02 g moI- 1 + 0,096 mol x 32,00 g moI-1
= 7,1 x 10- 9 > K, (25 ºC). A constante de equilíbrio diminui com o 6 ,0 dm3 = 0,65 g dm-3.
aumento da temperatura, o que significa que com o aumento de 4. (B). A energia libertada na formação de 2 moles de H,O cor-
temperatura o equilíbrio se desloca no sentido inverso (o da pre- responde, aproximadamente, à diferença entre a energia absorvi-
cipitação), pelo que, de acordo com o Princípio de Le Châtelier, a da na quebra de ligações nos reagentes (dissociar 2 moles de H 2
solubilização do sal é um processo exotérmico. e 1 mole de 0 2) e a energia cedida na formação de ligações nos
33.1 Ni(OH)2 (s) ,==>. Ni2' (aq) + 2 OH- (aq) produtos (o que para 2 moles de moléculas de H2O corresponde
33.2 K, = INi 2'I.IO H-l.,2 = 5,8 X 10-• X (2 X 5,8 X 10-6)2 = 7,8 X 10-t6 à formação de 4 moles de ligações O-H).
33.3 a) A adição de hidróxido de sódio contribui para o aumento GRUPO Ili
da concentração dos iões hidróxido na solução, alterando o equi-
líbrio de solubilidade no sentido da precipitação do hidróxido de
1.1 Cálculo das massas de iões cf-e Na+em 1 kg de água do mar:
1,94 1,08
níquel (efeito do ião comum) e assim diminuir a concentração dos mct_ = x 1000 g = 18,7 g; mNa' =- - - x 1000 g = 10,4 g.
iões níquel na solução; b) Cálculo da concentração de OH - adicio- 103 ,5 103,5
nado (despreza-se a contribuição dos iões hidróxido resu ltantes Cálculo das quantidades de cf-e Na+e dos restantes iões em 1 kg
do equilíbrio de solubilidade): 18,7 g
de água do mar: ncr = 0,5275 mol;
0,50 mol dm-3 x 10 dm3 35,45 g moI- 1
3 3
[OH-Jao1eionado = ( + ) dm3 - 5,00 x 10- mol dm- . 10,4 g N
990 10 n = - - - ~ - - 0,4524 mo l; n,estanteslÕeS =
Na' 22,99 g moI-l
= N
Cálculo da concentração de Ni2' : K, = INi2'I. IOH-I.,2 ⇒ 7,8 x 10- 1• = A
6,23 X 1022
= INi 2'I. x (5,00 x 10-3)2 ⇒ [Ni 21 = 3,1 x 10- 11 mol dm-3 • 6,02 x 1023 mol-' 0,1035 mol.
Devido ao efeito do ião comum , conseguiu -se red uzir substan-
cialmente a concentração dos iões níquel nos efluentes da referi- Cálculo da fração molar dos iões cf-:
da indústria. x = .!ls:L_ = 0 ,5275 mol
cc- n, ,,, 0,52
75
mol + 0 ,4524 mol + 0,1035 mol
= 0,487.
0
376
1.2 ,,Na: 1s2 2s2 2p6 3s 1; 17Cf: 1s2 2s 2 2p6 3s2 3p 5 . Os eletrões de 1.2 (C). A soma dos trabalhos real izados pela força gravítica e
valê ncia dos átomos de sódio e de cloro no estado fundamental pela força de resistênc ia do ar é igual à variação de energia ciné-
encontram-se no mesmo nível de energia (n = 3). Sendo a carga tica do sistema: W Fg
, + WF,.
, = !>.Ee ⇒ -t-.Epg + WFIH
, = t-.Ee ⇒ WFN
, =
nuclear do átomo de sódio (+11) inferior à do átomo de cloro (+17), a
força atrativa exercida pelo núcleo do átomo d e sódio sobre o seu = t-.Ee + t-.Epg ⇒ w, = [(_!.2_ x 50 x 7.5' -
Fa1
o) + (o - 50 x 10 x 80)] J =
eletrão de valência é menor do que a força atrativa exercida pelo
= 4,6 X 104 J.
núcleo do átomo de cloro sobre os seus eletrões de valê ncia, pelo
que o raio ató mico do sódio é maior do que o do cloro.
2.1 (D). A velocidade, v,
tem a direção e o sentido do movimento,
de baixo para cima (no inst ante considerado, a bola está a subir).
2. (C). 50 g de Na2SO4 (aq) por 150 g de água corresponde a
A única força que atua sobre a bola é a força gravítica (vertical e
100 g
50 g x - - - = 33 g de Na2SO4 (aq) por 100 g de água, como a sentido de cima para baixo).
150 g
solubilidade de Na2SO 4 (aq), a 80 ºC, é superior a esse valor, 2.2 (8). Como a aceleração, â, é consta nte, o módulo da velocida-
a solução está insaturada. 36 g de KNO3 (aq) por 60 g de água de, v, varia linearmente com o tempo, I, na subida e na descida:
100 g diminuindo na subida e aumentando na descida. Como a energia
corresponde a 36 g x - - - = 60 g de KNO 3 (aq) por 100 g de cinética, E,. é diretamente propo rcional ao q uadrado do módulo
60 g
água, como a solubilidade a 40 ºC é inferior a esse valor, a solução 1 2
está sobressaturada. A d issolução do Na2SO4 10H2O (s) é endotér-
da velocidade, E, =
2 mv , conclui-se que a energia cinética va riará
mica, uma vez que a sua solubilidade aumenta com a temperatura, com o quadrado do tempo, 12. O gráfico de E,(1) não é uma reta
enquanto a dissolução do Na 2SO4 (s) é exotérmica, uma vez que a 1
(neste caso, é uma parábola): E, = + al)2.
sua solubilidade diminui com a tempe ratura. 2 m(-v 0
3. (8). O produto de solubilidade é uma constante de equilíbrio 2.3 (8). Como o vaso cai, a sua altura , h , diminui com o tempo, 1.
que a uma mesma temperatura se mantém constante. A acidifi- Logo, a energia potencial gravítica, Epg = mgh, do sistema vaso +
cação do meio significa aumento da concentração de H3 O' (aq), + Terra , também diminui com o tempo, 1. A altura depende do qua-
portanto, a uma diminuição de pH, resu ltando num aumento da drado do tempo, pois o movimento é uniformemente acelerado,
concentração de Pb2' (aq). A concentração em s 2- (aq) é muito logo a Epg também irá varia r com o quadrado do tempo:
pequena, o que significa uma reação muito extensa no sentido da Epg = mg(h0 - 512) (o gráfico não é linear). Como a velocidade do
formação de HS- (aq), o sentido da reação inversa. vaso aumenta na queda, a taxa de variação temporal da altura au-
menta co m o tempo, logo, a taxa de variação tempo ral d a energia
4. A concentração de H2S (aq) não ionizado na solução é
potencial gravítica, módulo do declive do gráfico Epg(I), também
[H25 lnao 1<>n1Zado = [H2Sl,nK1a1 - [HS-J = [H2Sl,nK~1 = 0,10 mol dm-3 • aumenta com o tempo.
Cálcu lo da concentração de H3 O' (aq) na solução: de acordo com
IHs-I. IH,0'I0 2.4 A componente escalar da posição do vaso, Yvaso' em relação a
a estequiometria da reação [HS-] = [H,O'], logo, K. = ⇒ 1
IH 0 '12 1H2S1e Oy, em função do tempo, 1, é dada pela equação Yvaso = 2 (a
⇒ 1 3 x 10- = ~ ⇒ [H 0 1 = 114 x 10-4 mol dm- .
1 3 2 x 101
' 0j0 3 '
posição e a velocidade inicial do vaso são nulas). Ao atingir o solo,
Cálculo da concentração de OH- (aq) na solução: Kw= IH,O'I IOH-I ⇒
2,0 s depois de ter iniciado a queda, o vaso terá percorrido uma
⇒ 1,0 x 10- 1• = 1,14 x 10-• x IO H-I ⇒ [OH-J = 8,77 x 10- 11 mol dm- 3•
1
Em cada dm3 , a proporção entre o número de iões H3O' (aq) e o distância igual à sua altu ra inicial: Yvaso (2,0) = h ⇒ x 10 x 2,0 2 = h ⇒
número de iões OH- (aq) é dada pelo quociente das correspon-
2
⇒ h = 20,0 m. A componente escalar da posição, ybo,a' da bola em
NH o• nH o• 114 x 10-4
dentes quantidades: ____:z__ = ___:x:_ = ' 1,3 x 106 . Assim, 1
Now n ow 8,77 x 10-11 função do tempo, I , ao atingir o solo é ybo,a = -6,01 + x 1012
por cada ião o H- (aq) existem 1,3 milhões iões H,O' (aq).
2
(a componente escalar da velocidade inicial da bola é negativa,
5. (8). Como a autoionização é endotérmica, o aumento da tem- pois a bola é atirada para ci ma, e a componente escalar da acele-
peratura favorece a ionização, aumentando, simultaneamente, as ração é positiva , pois o sentido da aceleração é o da força g ravíti-
concentrações de H,O' (aq) e de O H- (aq). A um aumento da con-
ca, d e ci~a para baixo). Ao atingir o solo ybo,a = 20,0 m: 20,0 =
centração de H,O' (aq) corresponde uma diminuição do pH. Na
água quimicamente pura, a concentração de H,O' (aq) é sempre = -6,01 + X 1012 ⇒ 512 - 6,01- 20,0 = 0 ⇒ 1 = -1,49 5 O U 1= 2,69 5,
2
igual à concentração de O H- (aq), uma vez que sempre que se for- sendo 1;,, O, segue-se que a bola chega ao solo 2,69 s depois de
ma um ião H,O' (aq) forma-se também um ião OH- (aq). ter sido lançada, portanto , (2,69 - 2,0) s = 0,7 s depois do vaso.
6 . (8). No sulfato de sódio, Na 2SO4 , por cada ião sulfato, so;-. exis-
tem dois iões sódio, Na', de modo a que a carga tota l seja nula. GRUPO V
1. (8). O sistema corpo suspenso+ Terra cede energia ao gerador
O=O por trabalho , este, por sua vez, t ransfere-a para a resistência.
:o - H
1 2. O traba lho realizado pela força gravítica que atua no corpo nas
O= C = O H
30 quedas sucessivas é:
W = 30 x F d cos Oº= 30 x mgd cos Oº = 30 x 2,0 x 10 x 1,2 J = 720 J.
9
GRUPO IV A va riação de energia interna da água é: E = me!>. T = 0,080 x 4,18 x
1.1 Sobre o sistema atuam duas forças com a mesma direção e x 10 3 x (15,9 -15,0) = 3,0 x 10 2J. Portanto, o rendimento do processo
sentido oposto: a força gravítica, Fg, e a força de resistê ncia do ar,
3 0 X 10 2 j
f!.,.Quando o sistema se move a velocidade constante, a resultan- de aquecimento da água é ' J x 100% = 42%.
720
te das forças que nele atuam é nula: F• = O ⇒ F - F., = O ⇒ F., =
9
mg 60 kg x 10 m s-2 3. (D). A potência, P, dissipada numa resistência R é P = RI' =
= F ⇒ bv = mg ⇒ b = - - = - - - - ' ' - - - - - = 80 kg s- 1• Quando 2
g V 7,5 m s- 1 =R( ~ ) = ~
. Logo, se R for constante, P va ria com U'-: o gráfico
20 km 20 x 103 m
o sistema se move a - -h- = 5,56 m s- 1• o módulo da
de P(U) é uma parábola e o de P(U2} é uma reta que passa na
~
1
= 10 - - -- - - m s- 2 = 2.6 m s- 2 •
( 60
377
GRUPO VI Cálculo do volume molar: admitindo que o ar se comporta como
1.1 (A). Sendo constantes B e o ângulo entre o campo magnético e um gás ideal, segue-se que o volume molar de um gás nas condi-
a normal ao plano do anel (Oº), o fluxo do campo magnético é pro- ções de pressão e temperatura consideradas é:
3
porcional à área da superfície delimitada pelo anel em que o cam- V ; __!:'.'._ 0 ,5 00 dm 24,5 dm3 moI- 1.
po magnético não é nulo (a área em R é o dobro da área em Q). m n 2,041 x 10-2mo!
53 33
1.2 (B). A corrente elétrica induzida varia proporcionalmente à for- 4.1 (A). Em 100 g do composto há • g 3,33 mo! de O,
16,00 g moI- 1
ça eletromotriz induzida que, em módulo, é igual à taxa de varia-
40,00 g 6 ,67 g
ção temporal do fluxo do campo magnético através da superfície , ; 3,33 mo! de C e ; 6,60 mo! de H.
12,01 g mo 1- 1,01 g moI- 1
delimitada pelo anel: em Q e em S essa taxa é máxima (o anel está
A proporção em que os átomos se combinam no composto é
a entrar e a sair, respetivamente, da reg ião em que há um campo
3 ,33 3 ,33 6,60
magnético); em P, R e T não há variação do fluxo do campo mag- , ; 1 O, , ; 1C e , ; 2 H, ou múltiplos desta proporção.
nético, sendo, por isso, nula a força eletromotriz induzida. 3 33 3 33 3 33
1.3 (A). O fl uxo magnético é nulo fora da região sombreada visto 4.2 (D). Os compostos orgânicos são normalmente compostos mo-
que 8; Õ e é constante enquanto o anel está todo dentro dessa leculares em que os átomos de carbono estabelecem, entre si,
região, aumentando enquanto entra naquela região e d iminuindo ligações covalentes, ou sej a, ligações por partilha localizada de
ao sair. eletrões de valência. O número de eletrões partilhados por cada
3 átomo numa ligação carbono-carbono pode ser 1 (ligação sim-
2.1 Sabemos que v2 ; - v, e que ex, ; 20°. A amplitude do ângulo
2 ples), 2 ou 3 (ligações múltiplas). Nas ligações múltiplas (duplas ou
de refração, ex2, obtém-se da Lei de Snell-Descartes: n 2 sin a.2; triplas) entre átomos de carbono as forças atrativas são mais inten-
c c v sas, aproximando mais os núcleos dos átomos ligados, pelo que
; n, si n ex, <cc> - sin ex2 ; - sin ex <cc> sin ex ; ....:.2.. sin ex <cc> sin ex ; apresentam menores comprime ntos de ligação. À medida que o
3 v2 v1 1 2 v1 1 2
número de pares de eletrões ligantes aumenta a ligação fica mais
;
2
v, v, sin 20· ⇒ ex
2
; arcsin ( ~ sin 20·) ; 30,9º.
forte, pelo que a energia de ligação aumenta. Assim , a energia
de uma ligação dupla é menor do que a de uma ligação tripla.
O ângulo de refração é o ângulo entre o feixe refratado e a normal Nas moléculas de metano, CH4 , e de clorometa no, CH 3CC, existem
à superfície de separação dos dois meios, no ponto de incidência, 4 ligações cova lentes simples, pelo que a repulsão mínima entre
logo, a amplitude do ângulo entre esse feixe e a superfície de se- os 4 pares de eletrões pressupõe uma geometria tetraédrica. Mas
paração é (90º - 30,9º) ; 59º. a presença do átomo de cloro, ce,
gera uma assimetria de carga
na molécula do clorometano, pelo que a molécula é polar.
2.2 Na situação B, a luz ao incidir na fronteira dos dois meios não
é refratada para o meio 2, o que sugere ter ocorrido reflexão total. Metano: Clorometano:
Poderá ocorrer reflexão total se o ângulo de incidência for menor H H
1 ••
do que o ângulo de refração. Assim, quando aumenta o ângulo de 1
H-C-Cf :
H-C-H
incidência ocorrerá reflexão total se o feixe de luz que incida na 1 1
H H
fronteira segundo um ângulo de incidência, ex3 , for maior que o ân-
gulo de incidência que daria o rigem a um fe ixe refratado paralelo
GRUPO li
a essa fronteira, pois, nesse caso, o ângulo de refração atingiria
a amplitude máxima, 90°. Para que o ângulo de refração (meio 2) 1.1 (B). A reação é exotérmica (/1,.H < O), pelo que a energia liberta-
seja maior do que o ângulo de incidência (meio 1) é necessário da na formação das ligações nos produtos é maior do que a ener-
que o índice de refração do meio 2 seja menor do que o índice de gia absorvida na quebra das ligações dos reagentes. Se a reação
refração do meio 1, o que é equivalente à veloc idade de propaga- ocorrer em sistema isolado não há transferência de energia para o
ção da luz no meio 2 ser maior do que no meio 1. exterior. A energia cinética interna do sistema aumenta à custa da
diminuição da energia potencial interna (energia associada às liga-
Prova-modelo 2 (pág. 336) ções entre os átomos), mantendo-se constante a energia interna
do sistema. O aumento da energia cinética interna representa um
GRUPO! aumento da temperatura do sistema, uma vez que este é isolado.
1. (B). Se o teor de CO2 na atmosfera terrestre é 0,041% em vol ume,
x 4,0 mo! ; 3,40 mol ⇒ nNOno eq,lllb<lo ;
1.2 (D). nNOq,e ,eag'" ; 0 ,85
o mesmo teor expresso em partes por milhão, em volume, pode
; (4,0 - 3,40) mo! ; 0,600 mo!. De acordo com a estequiometria
ser obtido co nsiderando:
da reação, 2 mol de CO reagem com 2 mo! de NO para formar
0,041 dm 3 x 4,1 x 10- 2 x 106
100 dm3 ; 106 dm 3 ⇒ x 102 2 mo! de CO2 e 1 mo! de N2. Então, reagiram 3,40 mo! de NO com
3,40 mo! de CO e foram originadas 3,40 molde CO2e 1,70 mo! de N2.
2. (B). A percentagem, em volume, de N 2 no ar é 78%. Assim, ovo-
n co no eq,ulbno ; (6,0 - 3,40) mo! ; 2,60 mo!.
lume de N2 em 10 ,0 dm3 de ar, em condições PTN, seria
ntotaldegasesnoeqWllbílo ; (2,60 + 0,600 + 3,40 + 1,70) mo! ; 8 ,3 mo!.
VN 2 ; (
1~~ x 10,0 ) dm 3 ; 7,8 dm3. A quantidade de moléculas de 1.3 (A). N.º de oxidação do carbono na espécie CO: x + (- 2); o ⇒
⇒ x; +2. N.º de oxidação do carbono na espécie co2: x + 2 x (- 2) ;
, ~ 7,8dm3
N2 e nN2 ; Vm ; ,4 dm3 mo!-' ; 0,35 mo!, pelo que a quanti- ; O ⇒ x ; +4. Variação do número de oxidação do ca rbono:
22 +4 - (+2); +2 . OCO oxida-se, logo o NO atua como oxidante.
dade de átomos de nitrogénio é nN; 2nN2; 2 x 0,35 mo! ; 0,70 mo!.
2. Cálculo da quantidade de NO existe nte na amostra de ar:
3. Cálculo da quantidade de matéria de oxigénio em 0,500 dm 3: n ; ~ 50,0 L x (30,0 x 10-3) g L-1
2 58 X 1021 No MNo 30,01 g mo1-1 ;::; 0,0500 mol.
no2 ' ; 4,286 x 10-3 mo!.
6 •02 x 1023 moI-1 Cálculo da quantidade de 0 2:
Cálculo da quantidade total de moléculas no volume de ar inspi- ~ 1,8 dm3
rado : como a quantidade de matéria é, nas mesmas condições no2 ; V d _ ; 0,0804 mo!.
m 22 ,4 m3 mol 1
de pressão e temperatu ra, diretamente proporcional ao vol ume, a
Identificação do reagente limitante: de acordo com a estequiometria
quantidade total de moléculas, n,010,. obtém-se da proporção:
2 mol NO 0,0500 mo! NO
~_ 1 _ ~ _ 4,286 x 10-3mol da reação (2 mo! NO : 1 mo! 0 2) - - - - ------- ⇒
- - - , logo n, ia, -'------ 2,041 x 10- 2mo!. 1 molO2 X
no2 0,21 ° 0 ,21 0,21 ⇒ x ; 0,0250 mo! o,.
378
Como a quantidade de 0 2 utilizada (0,0804 mol) é superior à A intensidade da resultante das forças, F. , que atuam sobre
quantidade necessária para fazer reagir completamente 0,0500 o esquiador 2 é menor do que aquela que atua sobre o esquiador 1,
mol de NO, conclui-se que o oxigénio é o reagente em excesso. pois, F• = dLlE, (no esquiador 2 é menor o aumento da energia
Cálculo da quantidade de NO2 obtido:
0,112 dm3 cinética e é maior o módulo do deslocamento para o mesmo des-
nNo 0011do = - - - - - - = 0,00500 mol. nível .'lh). Sobre a Intensidade da resultante das forças de atrito, F0 ,
2 22,4 dm' moI- 1
0,00500 mol nada se pode concluir, pois, para o esquiador 2 é maior, em mó-
Cálculo do re ndimento da reação: 17= nºº""ª =0,10.
n preVlsta 0,0500 mol dulo, o trabalho realizado por essas forças, mas também é maior o
-W ·
GRUPO Ili deslocamento: F0 = --f'-·
1.1 Cálculo das quantidades de 0 2 e SO3 no equilíbrio: 4. A Segunda Lei de Newton para aquele troço do movimento é:
N+ P + if, = m ã. Como o movimento é retilíneo, a resultante das
EII forças que atuam na direção perpendicular ao movimento é nula:
Início / mol 0 ,32 0,17 N - P cos 30º = O <=) N = mg cos 0 ⇒ N = m x 10 x cos 30º = 8,66m.
F = 0,12N = 0,12 x 8,66m = 1,04m.
Variação / mol -2x -X +2x 0
Aplicando a Segunda Lei de Newton na direção do movimento,
Equilíbrio / mol 0,062 0 ,17 - X= 0,17 - 0 ,258 = 0,041 0 ,258 obtém-se: P sin 30º - F0 = ma <=) P sin 30º -1,04m =ma<=) m x 10 x
2 x sin 30º - 1,04m = m a <=) a = 4,0 m s- 2 .
0,32 mol - 2x = 0,062 mol => 2x = 0,258 mol. 5. {D). Sendo constante a componente tangencial da resultante
Cálculo da constante de equilíbrio da reação considerada, a 700 ·e: das forças , é também constante a componente tangencial da ace-
como o volume do recipiente é 1,00 L, as concentrações, em mol L-1, leração do esquiador. Assim, a distância percorrida será dada por
são numericamente iguais às quantidades de matéria. 1 1
uma expressão do tipo d = Vi + at2 = at2, dado que o es-
K = Iso3I; o,2532 = 4 2 x 102. 2 2
C Iso2 I; X 10 2 10 0,0622 X 0,041 ' quiador parte do repouso (v0 = O). Como o esquiador não está em
queda livre, a < 10 m s- 2, logo, d < 5,01 2.
1.2 Se a concentração de 0 2 {g) aumentar, o quociente da reação
6. A energia mecânica do sistema esquiador 1 + Terra na posi-
ISO 12
será menor do que a constante de equilíbrio, Oc = ISO,12 x IO,I < K,. ção A é E m A= mgh = m x 10 x 24. Em C a energia mecânica será
E mc = 0,90 x m x 10 x 24, o que permite determinar o módulo da
O sistema deixa de estar em equilíbrio, evoluindo de forma que o velocidade em C, pois para o nível de C a energia potencial é nula:
quociente da reação irá aumentar até igualar o valor da constante
de equilíbrio à temperatura de 700 ·c, sendo a reação direta favo-
~ mv2 = o 90 X m X 10 X 24 <=) v 2 = 2 X o 90 X 10 X 24 m2 s-2 =>
2 e ' e •
recida até se atingir um novo estado de equilíbrio. ⇒ vc = 21 m s-1.
2 . {D). A partir dos valores da tabela, à medida que a temperatura
GRUPO V
diminui a constante de equilíbrio, K,, da reação aumenta, o que
1.1 {A). As linhas de campo divergem das cargas positivas e con-
permite concluir que a reação direta é favorecida com a diminui-
vergem para as cargas negativas. O campo elétrico é tão mais ln-
ção da temperatura. Consequentemente a quantidade de produto
tenso quanto maior for a densidade de linhas de campo.
aumenta, logo o rendimento da reação deverá aumentar. De acor-
do com o Pri ncípio de Le Châtelier, uma diminuição da temperatu- 1.2 (C). A força elétrica tem a direção do campo elétrico {direção
ra favorece a reação exotérmica, pelo que a reação de formação tangen te à linha de campo elétrico), neste caso, a direção do eixo
de SO3 {g) {reação direta) será exotérmica. Ox. Como a carga é negativa, o sentido da força é o sentido opos-
3.1 (B). A força de um ácido, a uma determinada temperatura, está to ao da linha de campo, portanto, da direita para a esquerda (sen-
relacionada com a extensão da respetiva reação de Ionização, ou tido negativo do eixo dos xx).
seja, da capacidade de originar iões H3 O', podendo ser medida
2.1 {A). No instante tA a perpendicular ao plano das espiras é pa-
K {H SO) 103
pelo valor da constante de acidez. ª 2 4 = - - = 105. ralela ao campo magnético, logo, o módulo do fluxo do campo
K0{H 2 SO3) 10- 2 magnético é máximo, portanto, tA poderia corresponder a um dos
3.2 {D). A força de um ácido e da respetiva base conjugada estão seguintes Instantes: 25 ms, 75 ms, 125 ms, 175 ms. No instante 18
relacionadas pela expressão: K. x K0 = Kw, sendo que, a uma dada a perpendicular ao plano das espiras é perpendicular ao campo
temperatura, o produto iónico da água é constante. Assim, o ácido magnético, assim, o módulo do fluxo do campo magnético é nulo,
que tem maior constante de acidez {H 2SO4 ) terá uma base con- portanto, poderia corresponder a um dos seguintes instantes:
jugada mais fraca, ou seja, com menor constante de basicidade. O ms, 50 ms, 100 ms, 150 ms, 200 ms.
379
- em (A) o padrão é idêntico, logo deslocou-se de um múltiplo in- 2.2 F0 = 20F ⇒ ma=
20m g ⇒ a = 20g = 20 x 10 m s-2 = 200 m s-2 ;
9
teiro do comp rimento de onda e o instante poderá corresponder 200
f = 200 r.p.m . = s = 3,33 Hz; w = 2 1t f= 20,9 rad s-1; a = w2 r ç;
a um instante múltiplo inteiro do período; 60
ç=; 200 m s- = (20,9 rad s-1) 2 r ç; r = 0,46 m.
2
- em (B) o padrão está deslocado para a direita, aproximadamente
À T 2.3 (B). O módulo da veloc idade angular, w, é o mesmo para am-
de
4, logo poderá corresponder a um instante t = ou múlti-
4 bos os sensores, logo, o de trajetória com maior raio, U, tem tam-
p los inteiros desse instante; a r
bém maior aceleração (a = w2 r): _u = ___'!_ = 1,5. Sendo o quociente
- em (C) o padrão está deslocado de..?:_, logo poderá correspon- e ªo rp
T 2 dos raios das trajetórias inverso do quociente das massas, as in-
der a um instante t = - e aos seus múltip los inteiros; Fu muau m x 1,5a0
2 tensidades das forças são iguais: - = - - = - - - ~ = 1.
3À F0 m0a0 1,5m x a0
- em (D) o padrão está deslocado para a direita, de - , logo po-
4 e 3 x 108 m s-1
3T 3. 0,693 m; À= f = x Hz 0,693 m.
derá corresponde r a um instante t = - ou aos seus múltiplos 433 106
4
inteiros.
2.1 (A). Após se r emitida, a radiação sofre refração ao passar do ar GRUPO li
para o vidro, reflexão total na superfície ext erior do para-brisas e , 1. (C). A potência incidente no painel é
novamente, refração ao passar do vidro para ar, antes de atingir P,nc = E, X A = 170 w m- 2 X 34 X 10-• m 2 = 0,578 w = 578 mW
o detetor. , P 80 mW
e o rendimento e IJ = - - x 100% = - - - - x 100% = 14%.
2.2 Para que o sistema funcione adequadamente , é necessário P,nc 578 mW
que a luz sofra reflexão total na superfície exterior do para-brisas
2. Associação em série. Um painel fornece uma potência máxima
quando está seco. Assim , o ângulo de incidência na superfície de
de 80 mW para uma tensão de 1,20 V, ou sej a, a corrente elétrica é
separação vidro-ar deve ser superior a um ângulo limite 1, ª um i P 80 mW
. . 90º ⇒ C(um, = arCSln n., ) = arCSln. (~
. ( -n- 1,000 ) =
I = U = ,
1 20
V = 67 mA. Na associação em paralelo, a tensão
n ~dro Sln C(um, = n., Sln
vidro ' máxima é igual, mas a potência aumenta para o dobro, aumentan-
= 42,1°. Por outro lado, quando o para-brisas está molhado, a luz não do também a corrente. Na associação em série, a tensão máxima
deve sofrer reflexão total, sendo refratada do vidro para a água. aumenta para o dobro, mantendo-se a corrente elétri ca.
Para que não sofra reflexão total, o ângulo de incidência na superfí-
3. No satélite, a energia incidente num segundo na célu la aumenta
cie de separação vidro-ág ua deve ser inferior a um ângulo limite 2 , 1400 W m- 2
de um fator igual ao do aumento da irradiância: 8,24 =
ª um 2 : nvld(r~:; )ª um 2 = n"""" sin 90º ⇒ ª um 2 = arcsin ( ~:::) =
W m-2 •
170
Assim, a potência útil máxima aumentará também de um fator
= arcsin : = 63,2º. Conclui-se que para que o sistema funcio- igual P0111 = 8,24 x 80 x 10-3 W = 0,659 W. O número de células ne-
1 49 10 W
ne, a amplitude do ângulo de incidência deverá estar contida no cessárias é - - - - 15,2 ; dever-se-á optar por 15 células.
0,659 W
intervalo [42,1º, 63,2°].
GRUPO Ili
1. (B). O Efeito Doppler consiste na va riação da freq uência devida
Prova-modelo 3 (pág. 342)
ao movimento relativo entre emissor e recetor. Neste caso, as on-
GRUPOI das são refletidas nas camadas de ar e a frequência detetada será
l.l (D). No gráfico do módulo da velocidade em função do tempo, diferente devido ao movimento relativo dessas camadas de ar re-
v(t), verifica-se que, no intervalo de tempo [O, 4] s, a velocidade au- lativamente ao satélite.
menta, logo, trata-se de um movimento acelerado. Como o aumen- 2. (B). O com primento de onda é diretamente proporcional à velo-
to da velocidade não é o mesmo para iguais intervalos de tempo c idade de propagação e o índice de refração é inversamente pro-
(a linha no gráfico não é uma reta), a aceleração não é constante.
porcional à velocidade (_'.'.i_ = ~ ).
1.2 Na descida do cansat, entre aproximadamente 17 s e 122 s, o n2 v1
gráfico h{t) apresenta uma reta , o que significa uma veloc idade de 3 . (D). Se uma mesma massa receber a mesma energia, a variação
descida constante (o declive da tangente ao gráfico é sempre o de temperatura será inversamente proporcional à capacidade tér-
mesmo), e ig ual à velocidade média. Admitindo que um referencia l E
mica mássica: t, T = - -.
Ox, de sentido positivo de baixo para cima, a componente escalar me
tih (120 - 920) m
da veloc idade média, segundo Ox, é vm = =M ( _
110 35
)s GRUPO IV
1.4 (A). Na descida a v elocidade é consta nte, logo, també m a Cálculo da massa de ferro q ue é produzida: de acordo com a es-
1 tequiometria da reação, por reação de 1 mo! de Fe2O 3 obtém-se
energia ciné tica , Ec = mv2. Assim, a energia mecânica aumen-
2 1 mo! Fe O 4,383 x 105 mo! Fe O
ta com a energia potencial gravít ica (Epg = m g h}: Em= Ec + m g h 2 mo! de Fe, pelo que - - -- - - - - - - - -- - ⇒
2 mo! Fe n,e
(a energia mecânica aumenta linearmente com a altura; ao atingir
⇒ n,e = 8 ,766 x 105 mo! ⇒ m,. = 55,85 g moI- 1 x 8 ,766 x 105 mo! =
o solo, h = O, a energia mecânica é igual à energia cinét ica com
= 4 ,90 X 107 g = 49,0 (.
que o cansat chega ao solo}.
2. (C). Um aumento de pH implica a diminuição da concentração
2.1 (A). No movimento circular uniforme a resu ltante das forças é
de H,O' . A reação direta é favorecida, pelo que a concentração de
perpendicular à circunferência descrita e aponta para o centro da
CO 2 diminui e a concent ração de HCO; aumenta.
circunferência.
380
3. Cálculo da quantidade de CO2 que reagiu em 1,0 dm3 de solu- 3. (A). As afirmações (B), (C) e (D} são recomendações de prudência.
0,05
ção: nco = 2,0 mol x = 0,0010 mol.
2 100 Prova-modelo 4 (pág. 348)
Cálculo da quantidade de H3 O• que se formou, em 1,0 dm 3 de so-
lução, e do pH: da estequiometria da reação, 1 mol de CO2 origina GRUPOI
1 mol de H3O+, n H • = 0,0010 mol ⇒ [H 3O•J = 1,0 x 10- 3 mol dm- 3 ⇒ 1. (D} . E = E, A !'.t = 1 kW m-2 x 100 x 10-4 m2 x 5 h = 0,050 kW h.
1 30 1
⇒ pH = 3.
2. O rendimento estabelece-se pelo quociente entre a potência
GRUPO V útil, P" = U /, e a potência incidente na célula, P,nc = E, A. Do grá-
fico, verifica-se que as potências máximas úteis ocorrem ambas
1. (D). Verifica-se, a partir do gráfico, que o Fe(OH)3 (s) é muito solúvel
para tensões de 0,40 V, quando as correntes e létricas são 2,10 A e
em água para va lores de pH inferiores a 2, enquanto o AC(O H)3 (s)
0,40 A, respetivamente, para a maior e a menor irradiância. Assim,
é muito solúvel em água para valores de pH inferiores a 4. Assim,
PU 0,40 X 2,10 W
para va lores de pH entre 2 e 3 apenas precipitará o Fe(OH)3 • os rendimentos (17 = P,nc x 100) são: 7)1000 = x x _. W x
1000 100 10
2. A água quimicamente pura a 25 ·c tem pH = 7. Verifica-se, a 4
x 100% = 8,4% e 7) = 0,40 x 0, 0 W x 100% = 8 0%. A cé-
partir do gráfico, que para este pH, ambos os sais se tornam inso- 200 200 X 100 X 10-4 W '
lúveis. Conclui-se, assim, que não se verificará a solubilização de
lula apresenta um rendimento máximo praticamente igual para as
nenhuma das substâncias.
duas irradiâncias. A pequena diferença registada pode justificar-
-se pelas incertezas de leitura.
GRUPO VI
1.1 (A). A abundância Y é 100 - (90,48 + 0,27) = 9,25%. Se os isó- GRUPO li
topos Ne-20 e Ne-22 (os dois isótopos mais abundantes) tives-
1.1 (A). A corrente elétrica diminui quando aumenta a resistência
sem abundâncias semelhantes, a massa atómica re lativa média do
néon seria próxima de 21,0. Como o isótopo Ne-20 é muito mais elétrica, não se relacionando linearmente
€
(1 = _€_)·
R +r
A corrente
abundante do que o Ne-22, prevê-se que a massa atómica re lativa 1
tende para /=-,quando a resistência R, é muito grande, e para
média esteja mais próxima de 20 do que de 21. R,
1.2 (B). As energias presentes no espetro são as necessárias para I= 7€ quando a resistência R, se aproxima de zero.
remover 1,0 mol de eletrões do néon. Os eletrões da orbital 1s são
os que pertencem ao subnível de menor energia, sendo, por isso, 1.2.1 (B) . A diferença de potencial aumenta com a resistência e com
necessário mais energia para a sua remoção. a corrente elétrica. Como a corrente no ramo principal é igual à
2. (D) . Os espetros A e B co rrespondem a átomos do mesmo ele- soma das correntes nos ramos da derivação, a corrente elétrica
I em R, é maior do que em qualquer outra das duas resistências.
mento químico, pois as riscas de absorção, no A, aparecem nos
mesmos valores de frequência do espetro de emissão B. A risca (1) A diferença de potencial entre FG é a diferença de potencial nos
tem a cor azul e a risca (2) é cor de laranja. A energia associada à extremos da resistência R2= R,: u,G = R/2 = R,12< u., = R,J, porque a
emissão de fotões de radiação azul é superior à de fotões de ra- corrente elétrica / que atravessa R, é maior do que a corrente elé-
diação cor de laranja. O espetro C é um espetro de emissão (riscas trica /2 que atravessa R2 •
coloridas) e o espetro D é de absorção (riscas negras). As riscas U U 8,4 V €- U
1.2 .2 (D} .17=- ⇒ 1õ=-=-- = 9,0V.ComoU=€-r/ ⇒ r =--=
coloridas correspondem a transições eletrónicas de níveis supe- € T) 0,93 /
riores para níveis inferiores, por emissão de radiação. = (9,0 - 8,4) V = Q.
25
3.1 (D). As configurações eletrónicas são F - 1s2 2s2 2p5 ; Na - 0,24 A '
1s2 2s2 2p6 3s'; Mg - 1s2 2s2 2p6 3s 2 ; ce -
1s2 2s 2 2p63s2 3p5 • Os elemen- 2. (C). O módulo da força eletromotriz induzida é igual ao módulo
tos F e ce,
não-metais, pertencem ao grupo 17 e ao bloco p, pois, da variação do fluxo magnético por unidade de tempo. Quando o
no estado fundamental , os eletrões de valência mais energéticos íma n se aproxima da bobina aumenta o fluxo do campo magné-
estão em orbitais p, enquanto o Na (grupo 1) e o Mg (grupo 2) per- tico através da área das espiras, e quando se afasta ocorre uma
tencem ao terceiro período e ao blocos, pois, no estado fundamen- diminuição. Como o íman em queda aumenta a sua velocidade,
tal, os eletrões de valência mais energéticos estão em orbitais s. aquelas variações ocorrem mais depressa à medida que o íman
3.2 (B}. Fé do grupo 17 (sete eletrões de valência) e Mg é do grupo vai descendo, ou sej a, para valores maiores do tempo.
2 (dois eletrões de valência). F estabelece ligação com Mg forman- GRUPO Ili
do o composto iónico MgF 2, pelo que as unidades estruturais são
conjuntos de iões F- e Mg 2 • na proporção de 2:1.
1. (C). O gerador fornece sinais elétricos e as ondas na água são
mecânicas.
3.3 (B}. Os eletrões de valência de um átomo de cloro encontram-se
no nível n = 3, enquanto os eletrões de va lência de um átomo de 2. Tomando 5 ,5 períodos tem-se 5,5 T = ( 7 + ~ ) div
5
x 25
d1v
= ~
flúor encontram-se no nível n = 2. Os eletrões de valência do flúor
= 195 ms ➔ T = 35,5 ms. Tomando duas posições, por exemplo
são menos energéticos: é necessária mais energia para os remover.
1,00 cm e 3,00 cm, o espaço entre elas corresponde a 2,5 À, então
O raio atómico do cloro é superior ao do flúor, pois os eletrões dos
átomos de cloro distribuem-se por três níveis de energia, enquanto 1
2,00 cm À 0,80 x 10- 2 m
,-.= --- 080cm v=- = - - - - - 0,23ms- 1.
os dos átomos de flúor distribuem-se por dois níveis de energia. Con- 2,5 ' . T 35,5 x 10- 3 s
sequentemente, a nuvem eletrónica dos átomos de cloro é maior. 3. (D). Alterações apenas nos coma ndos do osciloscópio só pro-
duzem efeitos na visua lização dos sinais e não nas características
GRUPO VII físicas das ondas.
381
de energia potencial, pelo que também é simétrica da variação de 3.1 (B). m0 = (2,572 - 2,552) g = 0,020 g, a que corresponde a
Mcuo
energia cinética: -1';.E, = 0,5 x 1000 kg x ( :.~ m s-')2 = 2,47 x 10-s J. seguinte massa de óxido de cobre(II): mcuo = 0,020 x -----;;;,- =
o
1
-1';.E 2,47 x 10-5 J 79,55 g moI- mcuo
A massa de gelo que fundiria seria m = ~ = 3,34 x 10 s J kg-' = o 020 g x ----- = 0,099 g. %(CuO) = - - - x 100 =
' 16,00 g mol-l m ~ mlna
99
= 0,74 kg.
80 80
º•º
2,572 g
g X 100 = 3,8%.
2 X = v0 t-0 5at2 ➔ 186 = - - t-0,5at2 e v= v0 -at ➔ O =- - -at.
• ' 3,6 3,6 3.2 A equação química da reação de restauro do brilho da lâmina
Resolvendo o sistema das duas equações obtém-se a= 1,33 m s- 2 . e os números de oxidação dos diferentes átomos são
A res ultante das forças é a resultante das forças de atrito,
CuO (s) + H2 (g) ⇒ H,0 (g) + Cu (s)
F = F0 =ma= 1000 kg x 1,33 m s- 2 = 1,33 x 103 N ➔ 1,3 x 10 3 N . +2 - 2 O +1 - 2 O
3. Em ambos os casos, a soma dos trabalhos realizados pelas l';.n.o.(Cu) = O - (+2) = -2 e t';.n.o.(H) = +1 - O = +1. Verifica-se que o
forças que atuam no carro é a mesma, dado que a variação de
número de oxidação do cobre diminui, o que traduz a redução da
energia cinética é a mesma, pois, em ambos os casos, o carro
espécie CuO, enquanto o número de oxidação do hidrogénio au-
acaba por se imobilizar. Na subida do plano inclinado, para além
menta, o que traduz a oxidação da espécie H2 • Conclui-se, assim,
do traba lho das forças de atrito, a força gravítica também realiza
que o processo de restauro do brilho da lâmina traduz uma reação
trabalho , ambos do mesmo sinal (negativos). Ass im, o traba lho rea-
de oxidação-redução, pois há variação dos números de oxidação,
lizado pela resultante das forças de atrito seria menor, em módulo,
ou seja, há transferência de eletrões entre as espécies envolvidas.
no plano inclinado. Como o trabalho realizado pela resulta nte das
forças de atrito é diretamente proporcional ao deslocamento, a GRUPO VIII
distância percorrida no plano inclinado seria também menor.
1. (D). As soluções I e li estão saturadas, ou seja, a quantidade de
4. (C). Se as forças de atrito fossem nulas também seria nula a re- soluto dissolvida por unidade de volume é a mesma, pelo que a
sultante das forças, pelo que não haveria variação da ve locidade. concentração das duas soluções é igual. O fluoreto de chumbo
Assim, a velocidade seria constante. (soluto) adicionado à solução I dissolve-se e precipita ao mesmo
ritmo, atingindo-se assim, o equilíbrio entre o soluto d issolvido e
GRUPO V o soluto por dissolver, mantendo-se, por isso, a concentração da
1. (A). As concentrações iniciais de A e de 8 , respetivamente solução j á saturada.
2,0 mol dm-3 e 3,0 mol dm-3 , passam no equilíbrio para 1,5 mol dm-3
2. (C). K, = IPb2 ' I. F I; ~ K, = s x (2s) 2 = 4s 3 ⇒
e 0,5 mol dm-3 . Assim , por cada dm 3 , as quantidades das espécies
3 7
A e 8 diminuem - 0,5 mole -2,5 mol, respetivamente, o que per- ~ 171 X 10-
⇒5 =✓ = ' = 5,62 x 10-3 mol dm- 3
mite conclui r que a proporção em que as espécies A e 8 reagem 4 4
;
entre si é 1 mol A : 5 mol 8. [F-] = 2s = 2 x 5,62 x 10- 3 mol dm-3 = 1,1 x 10- 2 mol dm-3 .
2. Uma vez que a variação de entalpia do sistema é positiva, a rea- 3. O Pb(NO,)2 é um sal muito solúvel, pelo que se prevê que a
ção de formação das espécies C e D, ou seja, a reação direta, é concentração do ião Pb 2' (aq) sej a muito maior do que a solubili-
endotérmica, pelo que a reação inversa é exotérmica. De acordo dade de PbF2 • Assim , quando se adiciona PbF 2 a uma solução de
com o Princípio de Le Châtelier, uma diminuição da temperatura Pb(NO3) 2 (aq), a solubilidade do PbF2 será menor do que em água
favorece a reação exotérmica, que, neste caso, é a reação inversa. devido à presença em solução de iões Pb2 ' (aq), que, de acordo
Deste modo, se a temperatura diminuir as concentrações de C e D com o Princípio de Le Châtelier, irão favorecer a reação de preci-
irão diminuir e as concentrações de A e 8 irão aumentar. pitação.
3 . (A). O valor da constante de equilíbrio varia com a temperatura,
4. Cálculo da co ncentração de Ião F- (aq): K, = IPb2 •I. IF-I; ~
não dependendo da composição inicial do sistema.
7 1 X 10- 7
' mol dm- 3 =
GRUPO VI 1,50 X 10- 3
1. (B). A densidade relativa do estanho constituinte da amostra = 2,17 x 10 -2 mol dm- 3•
pode ser determinada pelo quociente entre a massa da amostra Cálculo da concentração hidrogeniónica e do pH da solução ne-
do metal de estanho (m.) e a massa de água de volume igual ao cessário para que o fluoreto de chumbo possa precipitar:
IF-I IH 0 ·1 2,17 x 10-2 x IH 0 ·1 •
volume daquela amostra. A massa de água de volume igual ao vo- K = e 3 e ~ 6,8 x 10-4 = - - - - - - - ⇒ [H O ] =
3
lume da amostra do metal (ou a massa de água deslocada) é dada • IHFI. 0,10
por [(m. + m8 ) - mel, = 3,13 x 10-3 mol dm- 3; pH = -loglH,O'I = - log (3,13 x 10- 3 ) = 2,5.
GRUPO VII
1. (A). Apenas a lâmina de chumbo cede eletrões ao Cu 2• (aq), logo,
o chumbo é o metal que apresenta maior poder redutor, e, conse-
quentemente, os iões Pb 2' (aq) têm menor poder oxidante, ou seja,
têm menor tendência para captar eletrões.
2. (C). Ocorre a redução dos iões Cu2• (aq) e forma-se um depósi-
to de cobre.
382
Anexos
Tabela de constantes
Capacidade térmica mássica da água líquida
Constante de Avogadro
Formulário
• Soluções
n
c=- X
A
=
V
1
E = - m v2 Epg =mgh Em = Ee + Ep
e 2
U= RI p = R 12 U =e -rl
• Mecânica
F =m Õ F = G m1 m2
g r2
• Ondas e eletromagnetismo
t:, <P
1 1
<Pm = B A cosa lc.l = - ~m
~
' M
e
n= -
v
383
w
00
~
1 18
1 2
H He
1,01 2 13 14 15 16 17 4,00
3 4 Número atómico 5 6 7 8 9 10
Li Be Elemento B c N o F Ne
6,94 9,01 Massa atómica relativa 10,81 12,01 14,01 16,00 19,00 20,18
11 12 13 14 15 16 17 18
Na Mg
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
AI Si p s CI Ar
22,99 24,31 26,98 28,09 30,97 32,06 35,45 39,95
19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
K Ca Se Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
39,10 40,08 44,96 47,87 50,94 52,00 54,94 55,85 58,93 58,69 63,55 65,38 69, 72 72,63 74,92 78,97 79,90 83,80
37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
Rb Sr V Zr Nb Mo Te Ru Rh Pd Ag Cd ln Sn Sb Te 1 Xe
85,47 87,62 88,91 91,22 92,91 95,95 101,07 102,91 106,42 107,87 112,41 114,82 118,71 121,76 127,60 126,90 131,29
55 56 57-71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
Cs Ba Lantanídeos Hf Ta w Re Os Ir Pt Au Hg TI Pb Bi Po At Rn
132,91 137,33 178,49 180,95 183,84 186,21 190,23 192,22 195,08 196,97 200,59 204,38 207,2 208,98
87 88 89-103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118
Fr Ra Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg Cn Nh FI Me Lv Ts Og
Act inideos
57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
138,91 140,12 140,91 144,24 150,36 151,96 157,25 158,93 162,50 164,93 167,26 168,93 173,05 174,97
Bom estudo.
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