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SABER
20 de set de 2017
Compreender como classificar os diferentes graus de autismo pode ser um tanto quanto
complexo no Brasil. Portanto, a Neuroconecta buscará esclarecer esta questão para você.
Assim, conforme estabelece DSM-5, “Transtorno do espectro do autismo (TEA)” pode ser
medido com base na sua gravidade. Não há subtipos de diagnóstico (por exemplo,
transtorno de Asperger); O marcador de “gravidade” é baseado no grau de
comprometimento do distúrbio[3].
Com base nesta análise deve ser possível avaliar as habilidades de cada pessoa com
TEA, o que envolve a especificação de problemas de deficiência intelectual e linguagem. A
maioria dos indivíduos com TEA têm deficiências mentais de leve a moderada, com
deficiência linguística associada[1].
Diz respeito àqueles que apresentam um déficit considerado grave nas habilidades de
comunicação verbais e não verbais. Ou seja, não conseguem se comunicar sem contar
com suporte. Com isso apresentam dificuldade nas interações sociais e tem cognição
reduzida. Também possuem um perfil inflexível de comportamento, tendo dificuldade de
lidar com mudanças. Tendem ao isolamento social, se não estimulados.
Com suporte, pode ter dificuldade para se comunicar, mas não é um limitante para
interações sociais. Problemas de organização e planejamento impedem a independência.
É importante saber que, embora estejam estabelecidos desta forma (níveis 1, 2 e 3), ainda
não está bem claro de fato o que e sob quais circunstâncias pode ser compreendido o
significado de “suporte”. Por exemplo: algumas pessoas com TEA desenvolvem bem em
casa, mas precisam de ajuda na escola (onde as demandas são específicas e intensas).
Outras pessoas o contrário.
O sistema de saúde brasileiro utiliza como base para categorizar doenças a Classificação
Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, mais conhecida
pela sigla CID, que está em sua 10ª edição (CID-10).
Em relação ao TEA, o capítulo V (F80 a 89) da CID-10 trata dos transtornos mentais e
comportamentais, sendo categorizados da seguinte forma
Síndrome de Rett* – Indivíduos com esse transtorno são geralmente mulheres e podem
ter níveis de funcionalidade moderados ou baixos. A doença se desenvolve à medida que
a criança envelhece. A Síndrome de Rett caiu anteriormente sob o espectro de TEA, mas
agora está confirmada que a causa de Rett é genética e, portanto, não é mais enquadrada
como TEA.
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Sobre o autismo: O autismo é caracterizado por uma desordem cerebral que impacta no
desenvolvimento da pessoa, podendo interferir na forma como ela percebe o mundo ao
redor e interage com os outros, ocasionando desafios sociais, de comunicação (verbal ou
não) e comportamentais. Trata-se de uma condição crônica, de uma deficiência
neurológica, e não de uma doença. Devido à variedade de sintomas e sua complexidade,
esta condição é agora denominada “Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)”, conforme
expresso na quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais
(DSM-V) da Associação Americana de Psiquiatria. O material apresenta termos para
classificação e diagnóstico na área da saúde mental. Leia mais em “O que é autismo”
Referências:
[1] Rudy, LJ. Making Sense of the 3 Levels of Autism. What Are the Levels of Support
Now Included in an Autism Diagnosis?. Very Well. Disponível em <
https://www.verywell.com/what-are-the-three-levels-of-autism-260233> Acessado em 18 de
setembro de 2017,
[4] Weitlauf AS, Gotham KO, Vehorn AC, Warren ZE. Brief Report: DSM-5 “Levels of
Support:” A Comment on Discrepant Conceptualizations of Severity in ASD. Journal of
autism and developmental disorders. 2014;44(2):471-476. doi:10.1007/s10803-013-1882-z.
Disponível em <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3989992/> Acessado em 18
de setembro de 2017.
Lord C, Jones RM. Re-thinking the classification of autism spectrum disorders. Journal of
child psychology and psychiatry, and allied disciplines. 2012;53(5):490-509.
doi:10.1111/j.1469-7610.2012.02547.x. Disponível em
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3446247/> Acessado em 17 de setembro
de 2017.