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Reações Coradas de

Aminoácidos e
Proteínas
Docente: Professor Doutor Trabalho realizado por:
José Eduardo Castanheiro
Joana Pimpão n.º 42606
Edvânia Leopoldo n.º 43672
Mirian de Deus n.º 43528
Cristiana Tomaz n.º 42739
Introdução
• Todas as proteínas presentes nos seres vivos são constituídas por aminoácidos, formando longas
cadeias e moléculas complexas que configuram as estruturas de todos os organismos vivos. Estas
estruturas apresentam características diferentes, sendo estas diferenças a principal razão para as
proteínas desempenharem diversas funções nos seres vivos.

• O aminoácido é um composto orgânico que apresenta na sua estrutura um grupo ácido (-COOH) e
um grupo amino (-NH2). Além disso, apresenta também um radical (-R) que será o responsável
pela diversidade dos diversos tipos de aminoácidos.
Introdução
• As proteínas podem ser caracterizadas através de diferentes propriedades tais como a carga
elétrica, a massa molar, a solubilidade, a afinidade a alguns compostos e através das reações de
precipitação e/ou coloração.

• Estas reações baseiam-se na presença de ligações peptídicas como também nas presença de
diferentes aminoácidos que constituem as proteínas, evidenciadas pela afinidade específica que
estas moléculas têm relativamente a alguns compostos.
Identificação Geral de Aminoácidos
Reação da Ninidrina

• O teste da ninidrina é um teste geral para aminoácidos, podendo ser usado, de uma forma
qualitativa, em geral, para detetar a presença de aminoácidos em meios de suporte para
cromatografia ou eletroforese, ou de uma forma quantitativa.

• A reação dos aminoácidos com a ninidrina


origina um composto de cor azulada com
exceção da prolina, que dá origem a um
composto de cor amarela.
Reações do Grupo R
Reação Xantoproteica

• Este teste identifica a presença de aminoácidos de cadeia lateral aromática (Phe, Tyr e Trp). As
proteínas que apresentam estes aminoácidos aromáticos também reagem, sofrendo primeiramente
precipitação devido a desnaturação, seguida do desenvolvimento da coloração amarela.
• A reação consiste da nitração do anel aromático,
formando o nitrocomposto amarelo. Em seguida
a adição de base transforma os nitrocompostos
formados em sais de coloração alaranjada.
Reações do Grupo R
Reação de Millon

• É um teste para compostos contendo monohidroxibenzeno (ou seja, com grupos fenólicos, como é o
caso da tirosina). Quando se aquece um composto que contém tirosina com o reagente de Millon,
observa-se a formação de um produto de coloração avermelhada. Explicado pela formação de um
fenolato de mercúrio por reação do grupo hidroxifenil da tirosina com o mercúrio do reagente.
Reações do Grupo R
Reação Glioxílica

• A reação glioxílica é um teste químico usado para detetar a presença de triptofano nas proteínas.
Uma solução de proteína é misturada com o reagente Hopkins Cole, que consiste em ácido
glioxílico. O ácido sulfúrico concentrado é adicionado lentamente para formar duas camadas. Um
anel roxo aparece entre as duas camadas se o teste for positivo para triptofano.
• Nitritos, nitratos e excesso de cloretos não
permitem que ocorra a reação.
Reações do Grupo R
Reação de Vogel

• Nesta reação ocorre entre iões de cobalto e iões azoteto. Verifica-se que a coloração violeta de
soluções aquosas pode passar a azul pela adição de álcool ou de acetona, de maneira
semelhante ao que ocorre na conhecida reação de VOGEL, entre iões tiociânicos e de cobalto.
Reações Caraterísticas de Proteínas
Reação do Biureto

• O reagente de biureto é um reagente analítico feito de cobre e hidróxido de sódio com um


complexante que estabiliza o cobre em solução. Este reagente de cor azul torna-se violeta na
presença de proteínas (mais especificamente, ao reagir com iões de sulfato de cobre), e muda
para rosa quando combinado com polipeptídeos de cadeia curta.

• A intensidade da coloração violeta varia de acordo com a concentração de proteínas na amostra


analisada.
Reações Caraterísticas de Proteínas
Reação do Biureto
Reações Caraterísticas de Proteínas
Desnaturação pelo calor

• Este teste permite verificar a desnaturação das proteínas. As proteínas são polímeros de
aminoácidos unidos por ligações covalentes que formam cadeias polipeptídicas longas, levando a
uma conformação tridimensional específica, que é indispensável para a sua função biológica.

• Com o aumento da temperatura, ocorre a perda da estrutura tridimensional, que leva à perda da
função da proteína, designando -se por desnaturação, tornando -se insolúveis (inativa) pela
alteração da sua estrutura.
Reações Caraterísticas de Proteínas
Desnaturação pelo calor
Reações Caraterísticas de Proteínas
Precipitação por reagentes acídicos

• Esta reação possibilita a verificação da formação de precipitado por ácidos fortes. Quando a
proteína se encontra com o pH abaixo do ponto isoelétrico, as bases provenientes dos ácidos
fortes, têm na sua constituição iões negativos, combinam-se com proteínas que possuem
aminoácidos na forma de catiões, formando complexos insolúveis que, posteriormente
precipitam na solução.

• Como exemplo dessas bases são as bases derivadas do ácido tricloroacético e do ácido perclórico.
Reações Caraterísticas de Proteínas
Precipitação por reagentes acídicos

• Este teste permite a observação da precipitação por metais pesados, constituídos por iões positivos
tais como Hg2+, Pb2+ e Cu2+ . A adição destes metais pesados leva à formação de compostos
insolúveis com as proteínas, devido à sua dissociação e, posteriormente, libertação dos catiões.

• Estes ao reagirem com as cargas negativas de proteínas, principalmente se o pH estiver acima do


ponto isoelétrico da proteína, formam precipitados com mudança de cor, não sendo percetível essa
mudança em alguns casos.

• Este acontecimento deve -se ao facto de os sais serem insolúveis em água e, além disso, com a
quebra das ligações iónicas os aminoácidos hidrofóbicos ficam mais expostos ao meio aquoso.
Observação e Discussão de Resultados
Reação da Ninidrina

Adição de NaOH Adição de solução de Aquecimento dos tubos


Tubo
0,1M ninidrina (até à ferveura)

1 Ficou amarelo pouco


- Manteve-se amarelo
(solução de glicina) intenso

2 Ficou amarelo pouco


- Manteve-se amarelo
(solução de clara de ovo) intenso
Reação da Ninidrina

• Observação:

O tubo 1 adquiriu uma coloração amarelada, evidenciando resultado negativo do teste da


ninidrina, uma vez que a coloração prevista na solução deveria ser azul. O mesmo acontece com o
tubo 2.
Reação Xantoproteica

Adição de ácido nítrico Aquecimento dos tubos Adição de 2 mL de NaOH


Tubo
concentrado (até fervura) 10M
3
Ficou incolor Manteve-se incolor Ficou incolor
(solução de glicina)
4
Ficou amarelo Manteve-se amarelo Ficou alaranjado
(solução de tirosina)
5 Ficou amarelo pouco
Manteve-se amarelo Ficou alaranjado
(solução de clara de ovo) intenso
Reação Xantoproteica
• Observação:

Inicialmente a solução do tubo 3 adquiriu uma tonalidade amarelada sendo esta atenuada,
tornando-se incolor após a adição de 2 mL de NaOH 10M.

No tubo 4, inicialmente, a solução contida no tubo adquiriu uma cor amarelada tornando-se
alaranjada após a adição de NaOH 10M.

No tubo 5 aconteceu o mesmo que no tubo 4.


Reação de Millon

Aquecer em banho de Adicionar 5 gotas de


Adição de reagente
Tubo água em ebulição solução de nitrito de
Millon
(durante 10 minutos) sódio

6
Ficou incolor Manteve-se incolor Ficou incolor
(solução de glicina)
7 Mudou de cor para
Ficou incolor Manteve-se incolor
(solução de tirosina) vermelho
8 Mudou de cor para
(solução de clara de Ficou esbranquiçado Clara de ovo cozeu vermelho (pouco
ovo) intenso)
Reação de Millon

• Observação:

No tudo 6 não ocorreu qualquer tipo de alteração.

Quando aquecido o tubo 7 observou-se que houve uma coloração avermelhada, devido ao
facto do aquecimento dos fenóis presentes na tirosina provocar nitração dos mesmos, tendo havido
desnaturação da proteína.
No tubo 8 também adquiriu uma coloração avermelhada
menos intensa devido à presença da baixa concentração de tirosina
presente na clara de ovo.
Reação Glioxílica

Adicionar 2 mL de ácido acético Adicionar 2 mL de ácido


Tubo
glacial sulfúrico
9
Ficou incolor Aqueceu o tubo
(solução de glicina)
10
Ficou incolor Aqueceu o tubo
(solução de triptofano)
11
Ficou incolor Aqueceu o tubo
(solução de clara de ovo)
Reação Glioxílica

• Observação:

No tubo 9 não sofre qualquer transformação pela ausência do triptofano.

No tubo 10 adquiriu uma coloração castanha o que não corresponde à realidade, uma vez
que deveria obter uma coloração arroxeada devido à presença de triptofano na proteína.

O tubo 11 não adquiriu uma coloração muito percetível


devido à baixa concentração de triptofano presente na solução,
contudo a pouca coloração obtida também não correspondia com a
reação pretendida.
Reação de Vogel

Adicionar 2 gotas de
Adição de 2mL de NaOH Levar à fervura durante 5
Tubo solução saturada de
10M minutos
acetato de chumbo
12
Ficou incolor Manteve-se incolor Ficou incolor
(solução de glicina)
13
(solução saturada de Ficou incolor Manteve-se incolor Ficou incolor
cisteína)
Castanho (camada
14
Ficou incolor Manteve-se incolor superior) e incolor
(solução de clara de ovo)
(camada inferior)
Reação de Vogel

• Observação:

No tubo 12 e 13 não existe qualquer tipo de reação devido à falta de iões de acetato.

No tubo 14 a solução ficou com duas camadas distintas (incolor na camada inferior e
castanho na camada superior).
Reação do biureto

Adição de sulfato de
Tubo Adição de NaOH
cobre

15
Ficou azul Ficou azul (intenso)
(solução de glicina 1 g/L)

16
Ficou esbranquiçado Ficou roxo
(solução de clara de ovo)
Reação do biureto

• Observação:

No tubo 15 não sofreu qualquer transformação pela ausência de ião de sulfato de cobre
na proteína.

No tubo 16 adquiriu uma coloração roxa o que comprova a existência do ião de sulfato de
cobre na proteína.
Desnaturação pelo calor

Aquecer em água
Tubo fervente durante 10
minutos
17
Ficou incolor
(solução de clara de ovo)

• Observação:

No tubo 17 não ocorreu a desnaturação da proteína da clara de


ovo devido ao aumento da temperatura obtendo assim resultado negativo
à reação.
Precipitação por Reagentes Acídicos

Adição de ácido Adição de ácido


Tubo
tricloroacético a 10% perclórico 1M
18
Ficou esbranquiçado -
(solução de clara de ovo)
19
- Ficou esbranquiçado
(solução de clara ovo)

• Observação:

Em ambos os tubos ocorreu formação de precipitado nas


soluções adquirindo uma cor esbranquiçada.
Precipitação por Metais Pesados

Adição de sulfato de Adição de acetato de Adição de nitrato de


Tubo
cobre 0,1M chumbo mercúrio 0,1M
20
(solução de clara de Ficou azul - -
ovo)
21
(solução de clara de - Ficou esbranquiçado -
ovo)
22
Ficou com tonalidade
(solução de clara de - -
branca
ovo)
Precipitação por metais pesados

• Observação:

Nos tubos 21 e 22 é possível comprovar que a mudança de cor não foi muito percetível,
mas no tubo 20 observou-se tons de azul refletindo assim toda a explicação anterior que ocorreu na
reação.
Conclusão
• Neste trabalho laboratorial não se atingiu o objetivo pretendido, dado que a coloração obtida de
certas soluções não era a que se esperava devido à falta de afinidade dos aminoácidos e
proteínas com o meio envolvente. A falha desses resultados pode dever-se à contaminação das
pipetas, solução mal preparada e possíveis más condições dos reagentes.

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