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Football - Remate

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Índice

Introdução………………….3

A ação do remate………………….4

Considerações para o treino………………….5

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Introdução:
O remate é um gesto técnico de grande complexidade motora que necessita de
estar bem ajustado às variáveis do jogo, devendo realizar-se no local e momento
adequados, além de exigir um nível elevado de força explosiva.

Ao falarmos de remate no futebol estamos a falar implicitamente do seu objectivo, o


golo. É em função das situações que o remate se vai materializar nas diferentes
variantes do seu gesto técnico.
A capacidade motora Força, necessária para o movimento humano e, de uma forma
geral para a execução de toda e qualquer técnica desportiva, não aparece no
Futebol sob uma forma "pura", mas combinada com outras capacidades. Para
responder com eficácia às exigências e diferentes solicitações do jogo, o futebolista
necessita de uma notável capacidade de força explosiva, particularmente ao nível
dos membros inferiores. A capacidade de um jogador exercer força durante um jogo
de Futebol não depende somente da força dos músculos implicados no movimento,
mas é também influenciada pela capacidade de coordenar a acção dos músculos no
momento apropriado

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A ação de remate:

Segundo Bosco (1994), um jogador de alto nível imprime uma elevada velocidade à
bola, situando ao máximo as velocidades angulares do músculo e da perna, com
alterações contínuas de forças e de momentos, antes que o pé contacte com a bola,
havendo um recrutamento dos diferentes grupos musculares com uma
sincronização espaço-temporal que depende da capacidade individual, de decisão,
técnica pessoal e que destrinça um bom jogador de um medíocre.

O padrão de movimento da acção de remate é, geralmente, aceite como uma


ação encadeada de movimentos, nos quais, o segmento proximal (anca) inicia o
movimento, causando aos restantes segmentos distais ("coxa", "perna" e "pé"),
progressivamente, uma maior aceleração no momento que precede o impacto do pé
na bola (Lees & Nolan, 1998).

Os músculos da anca, tal como sustentou Narici et al. (1988), desempenham um


papel fundamental na acção de remate uma vez que o movimento, e a posterior
transferência do momento, se iniciam na anca.

É comummente aceite que os atletas que conseguem imprimir maior velocidade à


bola, são aqueles que transmitem maior força e/ou energia e/ou potência à bola.
Considerando o facto de se conseguir imprimir maior velocidade à bola com o pé
dominante. Dörge (2002) sugere que o membro inferior a que os jogadores
usualmente recorrem para rematar, é a aquele que apresenta uma melhor
coordenação intra e intermuscular. Assim, é de esperar que os jogadores
apresentem melhores resultados quando realizam a acção de remate com o
membro inferior dominante. Os melhores valores da eficácia mecânica e de precisão
do remate obtém-se quando a velocidade da bola alcança 80% da velocidade
máxima (Bosco, 1994).

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Considerações para o treino:
No futebolista, não há nenhum interesse em conseguir uma musculatura muito
desenvolvida nas pernas (hipertrofia), porque a partir de certo momento será
prejudicial à produção de força (Weineck, 1994).

Quadro 1. Frequência e número de séries por sessões de treino de força durante e depois do
período de treino da força.

Quadro 2. Caracterização dos diferentes aspectos da carga, no treino da força,


e respectivo efeito no treino.

● Todos os exercícios devem ser executados com um empenhamento máximo, caso


contrário tornam-se ineficazes;
● A velocidade de execução dos exercícios deve ser rápida. A intensidade é elevada e
preconiza-se a utilização de 4 - 6 séries de 5 - 10 repetições por treino; os intervalos
entre as repetições deverão situar-se entre 1.30 a 2 min., sendo conveniente uma
recuperação activa (por ex. alongamentos); os intervalos entre as séries deverão situar-
se entre os 2.30 -5 min., dependendo do nível de preparação do atleta;
● Após uma lesão não é conveniente solicitar os grupos musculares afetados pela
utilização de cargas que pela sua natureza apelem a esta forma de manifestação.
Importa reforçar os músculos afectados, primeiro com trabalho estático e só depois
dinâmico (Força Resistente antes da Força Rápida);
● Quanto mais trabalharmos a Força Rápida duma forma isolada, separando-a das
outras capacidades, mais poderemos elevar o seu nível, mas menos adaptada estará às
reais exigências do jogo de futebol. Deste modo, no período competitivo devemos

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trabalhar a Força rápida de uma forma integrada, associando-a à componente técnica,
utilizando formas de exercitação que se assemelhem o mais possível às exigências da
competição.

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