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UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA DE MAPUTO

Técnicas de Expressão em Língua Portuguesa

O RESUMO

OBJECTIVOS:
Caro estudante, ao chegar no final desta Unidade Temática, você deverá ser capaz de:
• Reconhecer as regras de produção de um resumo: redução, generalização, apagamento,
integração e constituição;
• Constituir planos para a redução de textos;
• Produzir resumo de qualquer tipo de texto.

Conceito de Resumo

Na sue dia-a dia, como estudante, muitas vezes é confrontado com a necessidade de ter
que ler uma infinidade de textos e de tipologias diversificadas. Nalgumas dessas vezes, há
necessidade de se retirar o máximo de informação dos textos lidos sem, contudo, fazer a
sua transcrição integral: para tal há que se recorrer ao resumo.

Vamos tomar como ponto de partida o seguinte texto:

Origem do Direito
Direito é um fenômeno de origem natural que está directamente associado ao
relacionamento de seres vivos com interesses conflitantes. Não se trata de um fenómeno
restrito à espécie humana, mas que abrange os seres vivos, em geral; sendo consequência das
relações entre interesses antagonicos desde o surgimento da vida até os tempos de hoje. É o
resultado da combinação de determinados elementos.
Não se chega a essa constatação buscando-se o significado etimológico da palavra direito,
mas sim analisando o objecto, o facto ao qual ela se refere. Tal facto é a regulamentação das
condutas dos indivíduos em permitidas ou proibidas, ou seja, regulamentação de acções; e
como toda acção é efectuada no sentido de satisfazer a um interesse, pode dizer-se que o facto
ao qual a palavra direito se refere é a regulamentação de interesses.
Partindo dessa análise pode-se elaborar um conceito básico que caracterize a essência do
processo de formação do direito: direito é o fenômeno natural onde um indivíduo faz prevalecer
seu interesse sobre o de outro mediante a utilização de meio adequado. Resumidamente, pode
dizer-se que é interesse protegido por meio adequado. O conceito mais longo traz embutido em
si referências aos três elementos que associados compõem o processo de formação do
fenómeno jurídico, pluralidade de indivíduos, conflito de interesses e confronto de meios.
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Para que o fenómeno do direito possa acontecer é necessária a existência de dois ou mais
indivíduos, por isso um indivíduo isolado é incapaz de estabelecer uma relação jurídica.
A necessidade da pluralidade de indivíduos pode ser suprida não só pela vida em
sociedade, o relacionamento eventual de indivíduos não associados também pode ocasionar o
desenvolvimento desse fenômeno.
Assim, predador e presa não participam de uma mesma sociedade, no entanto, entre eles
se estabelece uma relação de direito à vida. Da mesma forma, dois indivíduos podem disputar a
propriedade absoluta de um território e, mesmo sem formar uma sociedade entre si, estabelecer
entre eles uma relação de direito à propriedade. O mesmo ocorreria se em vez de dois
indivíduos se tratasse de dois povos.
Percebe-se com isso que o direito pode surgir dentro de uma sociedade ou fora dela, seja
entre sociedades distintas, seja entre um indivíduo e uma sociedade a qual ele não pertence, ou
ainda, entre indivíduos não associados que eventualmente se relacionem. Pluralidade de
indivíduos não é sinónimo de meio social, é apenas indicativo da necessidade do
relacionamento de dois ou mais indivíduos para que o fenómeno do direito aconteça.

Interesse é a intenção de obter benefício a partir de algo. É o interesse, como núcleo do


elemento conflito de interesses, que torna o direito um fenómeno que abrange os seres vivos
em geral, pois, de todos e somente deles, pode-se extrair sempre o interesse básico, nato, de
manterem-se vivos. É claro que esse interesse nato não é o único, muitos outros podem surgir
na vida dos indivíduos a partir das peculiaridades de cada espécie.
O fenómeno jurídico circula em torno de interesses, ou melhor, em torno do conflito de
interesses, que é o momento em que os indivíduos percebem que a efetivação do interesse de
um exclui a efetivação do interesse do outro. Esse conflito pode ocorrer sob duas perspectivas
distintas, a de um conflito de interesses convergentes ou a de um conflito de interesses
divergentes. É convergente quando os indivíduos têm o mesmo interesse sobre determinado
objecto, mas este só pode satisfaze a um deles. É o caso da disputa pela posse absoluta de um
território. O conflito torna-se divergente quando os indivíduos têm interesses opostos ou
diferentes sobre o mesmo objecto. O exemplo do relacionamento entre predador e presa
enquadra-se perfeitamente aqui - o objecto disputado é a vida da presa, ela apenas quer
mantê-la enquanto o predador, atacá-la.
Somente o conflito de interesses pode gerar direito, interesses comuns ou neutros não
desencadeiam tal processo, apenas promovem uma comunhão de interesses ou simplesmente
permanecem indiferentes.
Meios são recursos que os indivíduos utilizam na tentativa de satisfazer seus interesses.
Desta forma, confronto de meios é o momento em que os indivíduos utilizam, cada um, os
recursos dos quais dispõem para tentar fazer prevalecer seu interesse sobre o de outro.
Existem dois principais tipos de meios que os indivíduos podem utilizar, são eles a aptidão
física e a intelectual. A utilização desses recursos em maior ou em menor grau é determinada
pelas peculiaridades das espécies de cada indivíduo. A associação entre tais recursos também
é comum. Ressalte-se aqui que aptidão intelectual não é apenas a formulação de complexas
idéias, os raciocínios primários também se enquadram nessa referência.
Quando a presa apenas corre até que seu predador não consiga mais alcançá-la,
garantindo assim seu direito à vida, a aptidão física foi o meio adequado para proteger seu
interesse. Houve um confronto entre a aptidão física da presa e do predador e ela levou
vantagem. Se em vez de apenas correr a presa também se esconde por entender, mesmo que
primariamente, que desta forma se protegerá da investida de seu atacante, houve uma
associação dos meios aptidão física e intelectual. É a mesma associação feita pelo predador
que se esgueira por detrás de arbustos para surpreender sua vítima e obter maior sucesso na
satisfação de seu interesse. Essa associação de meios pode ser também observada quando na
disputa pela propriedade absoluta de um território um povo fabrica armamentos para facilitar o
combate ao adversário; unindo aptidão física e intelectual ele encontra o meio adequado pra
fazer prevalecer seus interesses.
A expressão meio adequado não designa relação de proporcionalidade entre recurso
utilizado e circunstância, não leva em conta questões de equilíbrio, indica apenas que o meio

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utilizado foi eficaz na salvaguarda de um interesse.

Os elementos citados nos itens anteriores são os responsáveis pelo surgimento do direito,
somente a combinação deles pode desencadear tal fenômeno. Assim, é preciso primeiro que
haja um relacionamento de indivíduos, mas isso não é o bastante, é necessário que eles
possuam entre si interesses conflitantes e que tentem impor seus interesses utilizando os
recursos de que dispõem, também não basta a tentativa, o confronto de meios, é preciso que
um dos interesses prevaleça, só aí é que o direito terá surgido, só então o fenômeno terá se
caracterizado.

In Considerações sobre Origem e Desenvolvimento do Direito,


Anderson Giovanne, (s/d), pps. 3-8.

Para muitos, quando se fala de resumo, há uma ideia errada de que o mesmo seja um
“cut and paste” (recorte e colagem) integral de passagens deste texto de origem (X = isso é
um dos passos de uma tomada de notas). O resumo é mais do que isso. Exige de quem o faz o
domínio de três capacidades essenciais: compreensão total da estrutura do texto a resumir,
compressão da informação e produção de um discurso com correcção. E, um dos
principais requisitos para que o resumo seja considerado de “bom”, é necessário que ele seja
fiél ao discurso e conteúdo do texto de base. [Não pretendemos com isto dizer que o resumo
deve ser uma cópia integral do texto de partida!]
Como pode estar a notar, o resumo é um exercício que constitui a simbiose entre a
síntese, objectividade, fidelidade e rigor.
No resumo de um texto, geralmente, faz-se a apresentação das ideias ou factos
essenciais desenvolvidos num outro, de forma abreviada e respeitando a ordem pela qual essas
informações são dispostas naquele texto de partida.

Em síntese diríamos que:


 O resumo de um texto é a sua reformulação, escrevendo-o
de forma mais reduzida, preservando com maior rigor o
essencial da informação que ele veicula.

Disto podemos depreender o seguinte: o resumo deve apresentar algumas qualidades


básicas e universais: a fidelidade ao conteúdo e sentido global do texto original, a
objectividade, a coerência, a coesão e a clareza
.

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Exercício:
Tomando como a base a informação até disponível,, o que fariam se o professor de
Técnicas de Expressão de Lingua Portuguesa lhe pedisse que produza o resumo e o
texto “Origem
“ do Direito”?

Lembre-se
se que o resumo, como tal, tem as suas técnicas que devem ser respeitadas para que a
nossa actividade tenhaa o sucesso que dele esperamos, nomeadamente:
• Que tipo de resumo quero fazer?
• Como vou elaborar um resumo?
• Que método devo usar nessa elaboração do resumo?
• Que passos devo dar na elaboração desse resumo?

TIPOS DE RESUMO
Geralmente, quando elaboramos um resumo, temos um objectivo que pretendemos atingir.
Assim, de acordo com a sua finalidade o resumo pode ser:
1. Resumo crítico: este é um resumo
r redigido por um especialista, fazendo uma análise
crítica de um documento. Também chamado de resenha.. Quando analisa apenas
uma determinada edição entre várias, denomina-se
denomina recensão.
2. Resumo indicativo:
indicativo Este indica
ndica apenas os pontos principais do documento, não
apresentando dados qualitativos, quantitativos, etc. De modo geral, não dispensa a
consulta ao texto original.
3. Resumo informativo:
informativo é aquele que informa ao leitor as finalidades, a metodologia,
os resultados e as conclusões de um documento, de tal forma que se possa,
dispensar a consulta ao original.

Tem que, antes de mais nada, seleccionar o tipo de resumo. Já escolheu o tipo de resumo?

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COMO ELABORAR UM RESUMO?

Passemos a ver os procedimentos na produção de um resumo.


Muitos autores consideram a existência de três fases principais na elaboração de um
resumo. A fase preparatória (compreensão da estrutura «global» do texto), a fase operacional
(elaboração e redacção do resumo) e a fase final (revisão
são e redacção definitiva).

Em que consiste cada uma das fases da elaboração do resumo?


(a) Fase preparatória:
Nesta fase, faz-se
se a leitura global do texto de modo a apreender o seu conteúdo, seguida
de um levantamento das ideias ou factos essenciais (aqui, sublinham-se
sublinham ou marcam-se
as palavras, expressões ou frases-chaves
frases no texto original).
De seguida, subdivide-se
subdivide o texto em partes (podendo recorrer-se
se a vários critérios de
subdivisão do texto, tais como: temático, temporal, espacial,...),
espacial,...), atribui-se
atribui um título a
cada uma
ma das partes, destacam-se
destacam as palavras chave, sublinham-se
se os articuladores do
discurso (advérbios ou locuções
locuções de tempo ou de lugar, conjunções coordenativas e
subordinativas que indiquem oposição, adição, conclusão, alternância, causa/efeito,
semelhança, condição,...),
condição,...), palavras ou expressões que marcam a sequencialidade do
texto; esquematizam-se
se as ideias expostas e constrói-se
constrói se o plano de texto.

É necessário sublinhar aqui que para a compreensão do texto, Serafini (1994) propõe o
recurso a dois
is métodos principais a saber:

 O método analítico: que consiste na leitura do texto parágrafo por


parágrafo, prestando atenção às conjunções e aos conectores. O resumo
começa antes de se ter lido o texto na globalidade e reflecte fielmente a
redacção do texto de partida.
comparativo ou por guiões,, geralmente, usado por quem já
 O método comparativo:
possui informações sobre o assunto tratado no texto que está a resumir. O
texto é compreendido com base nas próprias expectativas, utilizando
vários registos que constituem
constituem a memória. Ao fazer o resumo, percorre-se
percorre
rapidamente o texto em questão, tendo presente algumas questões gerais
sobre o assunto, às quais procura-se
procura responder.

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 Sugiro, que execute apenas a primeira fase do seu resumo. Note que
o esse levantamento de ideias vai depender do que acha relevante.
Pode ser que o seu levantamento seja do meu!
 Para a melhor compreensão de algumas palavras do texto pode
consultar um dicionário.

(b) Fase operacional:

Depois de ter feito a compreensão global do texto, segue-se a fase operacional, que
consiste na construção de um texto novo, tendo como base o texto lido. Aqui é
importante referir que o novo texto não deve ser a repetição de passagens do texto-base,
mas sim que seja um texto baseado naquele. De seguida, apresentamos alguns passos
que deverão ser dados.

i. Supressão: suprimem-se todas as palavras ou enunciados que se referem


a pormenores secundários. No resumo, não deve figurar qualquer
informação que se considere acessória e supérflua. Exclui-se a maioria
dos adjectivos e advérbios, do vocabulário e expressões redundantes,
comentários, exemplos, citações do texto de fonte. Reformulam-se as
frases interrogativas e as que ocorrem no discurso directo.

ii. Generalização: substitui-se um conjunto de vocábulos por outros


elementos mais gerais, que os incluem. Por exemplo, um texto (fora do
texto) como este: «nas bancadas do Estádio, os espectadores vestidos a
rigor, muitos trazem a cor vermelha, outros a amarela, alguns a cor
branca... há ainda os que trazem um azul ou o verde, porém, há quem
não se esqueceu de trazer o equipamento todo castanho, idêntico ao
que está a ser usado pela equipe forasteira...», pode ser substituido pelo
seguinte: «as bancadas do Estádio estão coloridas e com alguns
adeptos vestidos a rigor».

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iii. Selecção: muito próxima da supressão, consiste na supressão dos


elementos que exprimem o óbvio e normais no contexto em causa,
concentrando-se apenas no que é considerado importante.

iv. Construção/Integração: no resumo, faz-se a substituição de


determinadas frases ou expressões por outras de menor extensão, mas
com o mesmo sentido, recorrendo a sinonímia, conhecimento do mundo,
meronímia, hiperonímia, transformações que implicam redução de
paráfrases, de orações relativas aos adjectivos, de orações integrantes
às nominalizações...

(c) Fase Final:


A fase final corresponde à elaboração do resumo final, na sua forma definitiva. É nesta
fase, que se faz o resumo verdadeiramente dito. Aqui, quem faz o resumo deve pautar
por escolher um vocabulário rigoroso, que evite leituras ambíguas; deve usar uma
linguagem clara e consisa, no resumo não há espaço para emissão de opiniões pessoais,
nem para a repetição das frases do texto original.
Há que conferir uma boa articulação entre os parágrafos do novo texto.
O resumo não deve exceder 1/3 do texto original (caso, não se fixem os parâmetros).

Eis, em síntese, os passos que devem ser dados para a elaboração de um resumo:

i. Trabalho de análise de Texto


1. Ler o texto;
2. Sublinhar as palavras-chave para identificar a rede semântica (significado das
palavras ou/e interpretação de frases);
3. Identificar os articuladores do discurso e as relações que estabelecem entre si;
4. Identificar as ideias essenciais (as partes que constituem um texto); colocar
alíneas na margem e atribuir-lhe um título (de preferência nominal).

ii. O trabalho de organização


1. Distinguir o essencial do acessório;
2. Organizar a sequência estrutural de um texto

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iii. O trabalho de redacção


1. Respeitar a ordem por que o autor apresenta as ideias;
2. Evitar qualquer opinião pessoal ou comentário. O resumo deve ser impessoal;
3. Respeitar a extensão do resumo; se não forem indicadas as palavras ou as linhas
do resumo, este deverá ser um quarto do original;
4. Não usar expressões ou frases inteiras (citações) do texto base; pode usar-se a
rede semântica identificada, colocando aspas;
5. Não utilizar o diálogo;

iv. Regras
1. Supressão de repetições, de fórmulas, interjeições; de exemplos, citações …
2. Generalização: substituir alguns elementos, como palavras ou ideias, por outros
mais gerais;
3. Selecção: distinguir bem o essencial do acessório, suprimindo os elementos que
exprimam pormenores …;
4. Construção: manter tempos e pessoas, respeitar a ordem do texto, fazer tantos
parágrafos quantas as partes que contiver o plano (as alíneas, as ideias-chave
…), conservar a estrutura do texto de partida, ligar logicamente as frases
redigidas.

v. Técnicas
1. Substituir um grupo de palavras por uma única palavra:
1.1. Substituir um grupo de palavras por um nome;
1.2. Substituir um grupo de palavras por um adjectivo;
1.3. Substituir por verbo, advérbio, etc..
2. Substituir uma enumeração por ou vários termos englobantes;
3. Saber utilizar sinónimos;
4. Manter o sistema de enunciação (utilizar o mesmo sistema pronominal – manter
os mesmos pronomes pessoais;
5. Estabelecer as redes.
http://srec.azores.gov.pt/dre/sd/115152010600/depart/dcsh/resumo.pdf

O QUE EVITAR NO RESUMO?

Na elaboração do resumo deve evitar-se:

a) O uso de símbolos e contrações que não sejam de uso corrente.


b) As abreviaturas e as siglas - quando absolutamente necessário, citá-las entre
parênteses e precedidas da explicação de seu significado, na primeira vez em que
aparecem.
c) O uso de fórmulas, equações, diagramas, etc., que não sejam absolutamente
necessários; quando seu emprego for imprescindível, defini-los na primeira vez que
aparecerem.
d) O uso de frases negativas, o uso indiscriminado de adjectivos, advérbios
neologismos e abuso de explicações.

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e) O uso de expressões como «O presente trabalho trata ...», «Nesta tese são
discutidos...», «O documento conclui que ...», «aparentemente é ...», etc.
f) O uso de informações ou afirmações que não figurem no documento original.
g) O recurso citações bibliográficas, tabelas, quadros, esquemas.

Faça a correcção destes problemas se ainda se verificam. Lembre-se


que, apesar um texto novo, o resumo deve ser fiel ao texto de
partida!

COMO VAI FAZER A AUTO AVALIAÇÃO DO RESUMO?


Está claro que, quando realizamos qualquer actividade na vida, primeiro temos que nos
sentir felizes de ter conseguido (minimamente) atingir os objectivos que procurávamos
alcançar, por isso, de seguida, está um quadro que poderá usar como grelha de autoavaliação
do resumo:

Aspectos a considerar sim não Não


observado
1. Referi apenas as ideias ou factos principais do texto original.
2. Omiti ou substituí as listas ou enumerações por designações mais gerais.
3. Evitei o uso de expressões explicativas do tipo: «ou seja, isto é, ...»
4. Respeitei a ordem das ideias do texto original.
5. Transformei o discurso directo em discurso indirecto
6. Excluí pormenores irrelevantes, exemplos, citações, pequenas histórias a
propósito.
7. Evitei copiar frases ou expressões do texto.
8. Articulei bem os parágrafos e as frases.
9. O texto resumido não excede 1/3 do número de linhas do texto original.

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EXERCÍCIO
Releia, mais uma vez, com bastante atenção o texto que «Origem do Direito» e, de seguida,
responda às questões colocadas.
1. Depois de ter lido, responda agora, ao questionário que se segue.
1.1. Defina o conceito “direito”, de acordo com o texto.
1.2. “Não se trata de um fenómeno restrito à espécie humana, mas que abrange os seres
vivos”.
1.2.1. Argumente a afirmação acima dada.
1.2.2. Qual é na essência o objecto de análise em direito?
1.2.3. Quando se diz que um indivíduo tem direitos sobre alguém?
1.3. O texto faz a alusão aos três conceitos necessários para que se forme o fenómeno
júrídico.
1.3.1. Quais são estes conceitos.
1.3.2. Explique os três conceitos, usando suas palavras.
1.4. Ao longo texto, o autor apresenta-nos, repeditamente, a figura de «predador e
presa».
1.4.1. Com que objectivo recorre a esta figura.
1.4.2. Por que motivo a existência da presa e do predador condiciona favoravelmente a
existência do Direito.
2. Produção de resumo:
2.1. Releia o texto e, sublinhe em cada parágrafo, a ideia principal.
2.2. Tomando em consideração a informação apresentada em cada parágrafo, apresente, à
margem, um pequeno título que sintetiza o conteúdo do mesmo.
2.3. Proceda, agora, ao reagrupamento das informações, tendo em conta a relação que as
informações dispostas em parágrafos diferentes estabelecem entre si.
2.4. Redija o resumo final, considerando apenas os aspectos relevante nele apresentados.
[O seu resumo não deverá exceder 1/4 do original (aproximadamente: 260 palavras)!]

Fontes:
COBRADO, José. Resumo de Texto – Ensino Secundário. Porto, Edições Asa. 2003.
SERAFINI, Maria Teresa. Como se Faz um Trabalho Escolar. 3ª edição. Lisboa, Editorial Presença, 1994.
< http://portuguesonline.no.sapo.pt/resumo.htm >, acessado aos 31/03/2009:
< www.brasilescola.com/redacao/resumo-texto.htm >, acessado aos 31/03/2009.
< http://srec.azores.gov.pt/dre/sd/115152010600/depart/dcsh/resumo.pdf >,acessado aos 26/08/2014.

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