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Impostos

Os impostos em que os contabilistas devem saber (no minimo) com total dominio são:

 IRPS, significa Imposto Sobre o Rendimentos das Pessoas Singulares


 IRPC-Imposto Sobre o Rendimentos das Pessoas Colectivas
 IVA-Imposto Sobre o Valor Acrescentado

Contribuições para a Segurança Social (será estudado mais adiante) Ficam sujeitos a IRPS as pessoas
singulares que residam em território moçambicano, e as que, não residindo, tenham obtido aqui os seus
rendimentos. O IRPS devido pelas pessoas residentes em território moçambicano incide sobre a
totalidade dos seus rendimentos, incluindo os obtidos fora desse território

Nas transmissões de bens efecuadas entre sujeitos passivos localizados em diferentes paises, não
funciona a regra da origem mas sim a regra do destino, sendo as operações tributadas no pais onde os
bens são consumidos.

Imposto Sobre o Rendimentos das Pessoas Singulares

O imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares-IRPS é m imposto directo que incide sobe o valor
global anual dos rendimentos, mesmo quando provenientes de actos ilicitos.

Os rendimentos a que referimos acima provêm das categorias seguintes, depois de feitas as
correspondentes deduções e abatimentos:

 Primeira Categoria: rendimentos do trabalho dependente


 Segunda Categoria: rendimentos empresariais e profissionais
 Terceira Categoria: rendimentos de capitais e de mais-valias
 Quarta Categoria: rendimentos prediais
 Quinta Categoria: outros rendimentos

Ficam sujeitos a IRPS as pessoas singulares que residam em território moçambicano, e as que, não
residindo, tenham obtido aqui os seus rendimentos. O IRPS devido pelas pessoas residentes em
território moçambicano incide sobre a totalidade dos seus rendimentos, incluindo os obtidos fora desse
território

Nas transmissões de bens efecuadas entre sujeitos passivos localizados em diferentes paises, não
funciona a regra da origem mas sim a regra do destino, sendo as operações tributadas no pais onde os
bens são consumidos.

4.4.2.2 Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas Ver código de IRPC (CIRPC)
O imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas

IRPC é um imposto directo que incide sobre os rendimentos obtidos, mesmo quando provenientes de
actos ilicitos, no periodo de tributação, pelos respectivos sujeitos passivos, nos termos deste codigo

São sujeito passivo do IRPC, as sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, as cooperativas, as
empresas públicas e as demais pessoas colectivas de público ou privado, com sede efectiva em território
moçambicano.

O IRPC incide sobre o lucro dos sujeitos passivos que exerçam, a titulo principal, uma actividade de
natureza comercial, industrial ou agricola.

O IRPC é aplicado a todas empresas colectiva com sede ou direcção efectiva no pais mesmo se os
rendimentos forem obtidos fora do território nacional.

As taxas aplicáveis são de 32% para todas as actividades.

São tributados em 20% os rendimentos sujeitos a retenção na fonte.

Estão isentas de IRPC as entidades de bem público, social ou cultural, as associações de utilidade pública
que tenham por fim actividades cientificas, culturais ou de caridade e assistência e os rendimentos
directamente derivados do exercicio de actividades culturais, recreativas e desportivas

As cooperativas agrárias, de artesanato e culturais têm uma redução de 50% da taxa geral do IRPC

Este imposto é pago em três pagamentos por conta, com vencimento nos meses de Maio, Julho e
Setembro do próprio ano a que respeita o lucro tributável e remanescente (se houver), até ao termo do
prazo fixado para a apresentação da declaração periódica (31 de Maio).

As entidades que tiverem optado por um periodo anual de imposto diferente do estabelecido farão os
seus pagamento por conta nos meses de Julho, Setembro e Novembro do respectivo periodo de
tributação.

Imposto sobre valor acrescentado (IVA)

O IVA foi introduzido no sistema fiscal moçambicano através do Decreto nº 51/98, de 29 de Setembro,
que aprovou o código do imposto sobre o valor acrescentado.

O IVA enquadra-se nos denominados impostos indirectos, isto é, os que recaem sobre o consumo de
bens e serviços, não incidindo propriamente sobre o valor acrescentado da empresa, entendido este
como tudo aquilo que esta adiciona aos bens e serviços adquiridos no exterior, mas sim sobre uma
simplificada daquele conceito, traduzida pela diferença entre o valor de vendas de bens ou serviços e
valor das compras que incorporam; trata-se duma diferença entre as entradas e as saidas.

“ O IVA é um imposto geral sobre os produtos e serviços que assegura uma igualidade de tributação ao
nivel do consumidor final entre os produtos criados no pais e os importados, e isto independentemente
da extensão dos circuitos de produção e de distribuição ou da natureza dos meios interveniente
Temos, assim, dois diplomas-base que regem o IVA

- O código do IVA (CIVA);

- O regime do IVA nas transacções intracomunitária (RIII).

O IVA é um imposto geral, que contrariamente sucede com os impostos especiais de consumo, índice
sobre a generalidade das despesas de consumo.

De acordo com o artigo 1ᵒ do código IVA estão sujeitos a este imposto:

 As transmissões de bens e as prestações de serviços efectuados a território nacional, a título


oneroso, por um sujeito passivam agindo como tal;
 As importações dos bens, ou seja, as aquisições efectuada a países não pertencentes a união
Europeia (países terceiros);
 As operações intracomunitárias efectuado no território nacional, tal como são definidos e
regulados RIII.

O IVA não é calculado directamente com base no valor acrescentado gerado pelas empresas, mas antes
através do chamado método indirecto subtractivo.

Indirecto- porque não exige a determinação do valor acrescentado;

Subtractivo- porque ao imposto das vendas e subtraído o imposto das aquisições.

O método adaptado para o cálculo do IVA a pagar admite as seguintes situações possíveis relativamente
a cada período:

1- IVA debitado a clientes = IVA debitado por fornecedores;


2- IVA debitado a clientes > IVA debitado por fornecedores;
3- IVA debitado a clientes < IVA debitado por fornecedores;
1- Situação neutra em termos de entrega de impostos;
2- Existe imposto a entrega ao estado;
3- Existe impostos a recuperar do estado.

Isenções

As isenções em IVA podem ser completas ou incompletas.

Completas- o sujeito passivo não liquida o imposto nas suas operações, mas deduz o imposto suportado
nas aquisições. É o que sucede mas vendas de bens para países comunitários ou países Terceiro.

Incompletas- o sujeito passivo não liquidam IVA. O que sucede em diversas’ prestações de serviços mas
também não pode deduzir o IVA suportado.
Valor tributável

O valor tributável consiste no valor dos bens e serviços sobre o qual o incidirá taxa do IVA. O valor
tributável das transmissões de bens e das prestações de serviços sujeitos a imposto corresponde ao
valor da contraprestação obtida ou a obter do adquirente, do destinatário ou de um terceiro.

No caso de autoconsumo ou operações gratuitas, cujo IVA seja total ou parcialmente deduzido na
aquisição, o valor tributável é constituído pelo preço de aquisição, dos bens ou de bens similares ou na
sua falta, pelo custo reportado a data da operação.

O valo tributável inclui:

 Os impostos, direitos, taxas e outras imposições com excepção do próprio IVA;


 As despesas acessórias de compra (transporte, embalagem, seguros, comissões, etc);
 As subvenções (subsídios) directamente conexas com o preço de cada operação.

Taxas

As taxas de imposto, que são definidas no artigo 18ᵒ do código do IVA variam:

 Conforme as operações são realizadas no continente ou nas regiões autónomas;


 Conforme a natureza da transacção.

IVA suportado nas aquisições de bens e serviços aspectos gerais

O IVA suportado corresponde ao imposto:

 Debitado pelos fornecedores de bens e de serviços igualmente sujeito passivo do imposto;


 Liquidado pelo serviço alfandegueiros relativamente a bens importados de países terceiro.
 Liquidado pela própria empresa relativamente a autoconsumo e operações gratuitas.

IVA dedutível

A conta 4.4.3.2. <<IVA dedutível>> é debitada pelo imposto suportada nas a1quisicos de bens e serviços
que for objecto de dedução ao imposto liquidado.

O débito é feito por contrapartida da conta 4.4.3.1. <<IVA suportado>>, caso a empresa utilize esta
conta, quando da contabilização das aquisições ou directamente por contrapartida das contas de
terceiros ou de disponibilidades.

É creditada no final do mês ou no final do trimestre, se for este o período do imposto, por débito da
conta 4.4.3.5 <<IVA apuramento>>.
IVA não dedutível

O IVA não dedutível constitui um componente do custo de aquisição do bem ou serviço. Tratando-se da
aquisição de um bem imobilizado, o IVA é capitalizado com as restantes despesa de compra. Tratando-
se de um bem ou serviço a reconhecer como um gasto, o IVA também é um gasto.

IVA liquidado

Evidencia o débito ao Estado decorrente das vendas de bens ou prestações de serviços feitas pelo
sujeito passivo aos seus clientes, ou pelas suas aquisições, se caso disso, desde que tais operações
estejam sujeitas a efectiva tributação.

Esta conta é creditada pelo imposto liquidado nas facturas ou documentos equivalentes emitidos pelo
sujeito passivo, na generalidade dos casos na conta 4433-IVA liquidado: operações gerais. A
movimentação da conta 4433-Iva liquidado: autoconsumos e operações gratuitas está reservada para as
situações previstas no CIVA.

É debitada, para transferência do saldo, por contrapartida da conta 4435-IVA apuramento.

Operações gerais são todas as operações que não sejam autoconsumos ou operações gratuitas.

IVA LIQUIDADO

Evidencia o débito ao Estado decorrente das vendas de bens ou prestações de serviços feitas pelo
sujeito passivo aos seus clientes, ou pelas suas aquisições, se caso disso, desde que tais operações
estejam sujeitas a efectiva tributação.

Esta conta é creditada pelo imposto liquidado nas facturas ou documentos equivalentes emitidos pelo
sujeito passivo, na generalidade dos casos na conta 4433-IVA liquidado: operações gerais. A
movimentação da conta 4433-Iva liquidado: autoconsumos e operações gratuitas está reservada para as
situações previstas no CIVA.

É debitada, para transferência do saldo, por contrapartida da conta 4435-IVA apuramento.

Operações gerais Entende-se por operações gerais todas as operações que não sejam autoconsumos ou
operações gratuitas.

REGULARIZAÇÕES DO IVA

Regularizações mensais ou trimestrais Frequentemente, o valor tributavel das operações, assim como o
respectivo imposto, estão sujeitos a retificações. Para estas situações concorrem, entre outros, os
seguintes casos:
- Devolução de bens;

- A concessão de abatimentos ou descontos fora da factura;

- Invalidade, rescisão ou redução do contrato;

As regularizações mensais ou trimestrais, conforme o periodo de imposto, podem ser a favor do sujeito
passivo ou a favor do estado, conta 4434-IVA regularizações. Um exemplo de uma regularização a favor
do sujeito passivo é a que decorre de um desconto efectuado a um cliente. Ao reduzir o valor da
transacção, reduz-se o valor do imposto inicialmente liquidado. Uma regularização a favor do Estado é a
que pode resultar, por exemplo, da contabilização de uma nota de crédito de um fornecedor por
devolução de mercadorias. Inicialmente havia sido deduzido todo o IVA constante da factura; com a
devolução há que repôr (regularizar) a parte correspondente ao IVA deduzido.

IVA A RECUPERAR

Evidencia o montante do crédito de imposto sobre o Estado, no final de cada periodo de tributação. Esta
situação ocorre sempre que o montante do imposto a favor do sujeito passivo supere o valor do
imposto a favor do Estado.

Debita – se por contrapartida da conta 4435 – IVA apuramento, para transferência do saldo a favor do
sujeito passivo apurado nesta conta no fim do periodo de tributação.

Credita – se por contrapartida da contas 4439 – IVA reembolsos pedidos, se tiver sido pedida a
restituição ao Estado, ou 4435 – IVA apuramento, se tiver optado pelo reporte para o periodo de
tributação seguinte.

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