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PROF. ALI MOHAMAD JAHA (profalijaha@gmail.

com)

GRANDE REFORMA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL


PEC N.º 06/2019 - TEXTO APROVADO EM 23/10/2019

Prezado aluno(a), o grande dia chegou!

Após 8 meses tramitando entre Câmara e Senado, foi aprovada


a PEC n.º 06/2019, a Grande Reforma da Previdência Social, que,
provavelmente, será promulgada como Emenda Constitucional (EC)
n.º 103/2019 (se não publicarem nenhuma EC antes, obviamente).

Neste momento, noite/madrugada do dia 23/10/2019, data da


aprovação do texto final da famigerada PEC supramencionada, estou
em casa, com minha filhota no sofá vendo YouTube Kids (no meu
celular) e o Flamengo decidindo a segunda semifinal da Libertadores
com o Grêmio, trabalhando na atualização da minha obra.

Enfim, o trabalho não escolhe hora! =)

Este artigo não vem explicar, em detalhes, a PEC, mas sim trazer
linhas gerais do que vai acontecer dentro do nosso Direito
Previdenciário. O detalhamento, em breve, estará na minha obra. =)

Espero que gostem!

Bons Estudos! Fique com Deus!

Grande Abraço!

Prof. Ali Mohamad Jaha


Direito Previdenciário
Meus cursos:
https://www.3dconcursos.com.br/professor/Ali%20Mohamad

FUTURA EMENDA CONSTITUCIONAL N.º 103/2019

Vamos aos principais pontos:

- A competência para legislar sobre a previdência da policial civil e do


corpo de bombeiros, instituições estaduais ou distritais, ficou na órbita
da União, que legislará privativamente sobre o tema (Art. 22)

- O Art. 37 da CF/1988 veda a complementação de aposentadoria


acima do Teto do RGPS, exceto se o servidor seja participante de
previdência complementar devidamente regulamentada.

- O Art. 40, que trata do RPPS dos servidores públicos, foi altamente
modificado:
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- Alterou-se as regras de aposentadoria voluntária e por


incapacidade (regras mais rígidas: idade + tempo + outros
critérios).

- Como de costume, os RPPS não podem apresentar critério de


aposentadoria diferenciados, exceto para os servidores
deficientes, servidores policiais, servidores sujeitos a condições
especiais e servidores professores. Essas classes gozam de
critérios mais benéficos.

- O cálculo da pensão por morte não está mais na CF, e sim em


lei do respectivo ente federativo.

- O RGPS é obrigatório, de agora em diante, para os políticos


(ocupantes de mandato eletivo).

- A aposentadoria deixou de ser punição (oi?) para os magistrados e


membros do ministério público. Ainda são medidas de punição a
remoção e a disponibilidade.

- Agora, o servidor contribui regularmente com uma contribuição


ordinária e, excepcionalmente, com uma contribuição extraordinária,
no caso de déficit do sistema previdenciário. A exação extraordinária
deve vir acompanhada de outras medidas de equacionamento.

- O princípio da diversidade da base do financiamento ficou com a


redação mais específica e fechada.

- As alíquotas das contribuições ordinárias dos servidores agora são


progressivas, incidindo por faixas de valores.

- Não existe mais a possibilidade de novo parcelamento previdenciário


com mais de 60 parcelas.

- As regras de aposentadoria no RGPS ficaram mais rígidas e exigem


combinação do critério idade com o critério tempo, entre outros, a
depender do caso concreto.

- O sistema especial de inclusão previdenciária terá apenas alíquotas


diferenciadas e não mais alíquotas e carência.

- A previdência complementar do servidor agora pode ser ofertada por


entidade aberta ou fechada, antes era só fechada.

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- A arrecadação do PIS e do PASEP poderá ser utilizada para financiar


outras ações da previdência social, além do seguro desemprego e do
abono do PIS/PASEP.

- Quem cumpriu os requisitos para se aposentar, tanto no RGPS quanto


no RPPS, até a entrada em vigor da referida Emenda Constitucional,
irão se aposentar pela lei vigente na época em que cumpriu todos os
requisitos (Direito Adquirido).

- Foram criadas inúmeras regras de transição para aposentadoria para


o RGPS e para o RPPS. São regras mais brandas para quem estava na
ativa no momento da entrada em vigor da referida Emenda.

- O Instituto de Previdência dos Congressistas (Previdência dos


Políticos) está com sua adesão cancelada. Não entra mais ninguém.
Político agora é RGPS.

- O cálculo da pensão por morte, tanto no RGPS quanto no RPPS, será,


em regra, de uma cota de 50% da aposentadoria devida (ou a que
tinha direito no óbito) + cotas de 10% por dependente, chegando ao
máximo de 100%.

- Agora tem estatura constitucional: Salário família, auxílio reclusão e


abono do PIS/PASEP somente para pessoa de baixa renda.

- Adoção de alíquotas progressivas das contribuições dos empregados,


domésticos e avulsos do RPGS, incidindo por faixas de valores.

- Possibilidade de agrupar diversas competências onde o segurado


(RGPS) pagou sobre um salário de contribuição inferior a 1 salário
mínimo e contar para efeitos de aposentadoria.

- CSLL de 20% para os bancos de qualquer espécie.

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