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A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO MORAL PARA FORMAÇÃO DOS

ALUNOS

INTRODUÇÃO

O tema precisa ser discutido no sentido de que se fomentem debates a


esse respeito e se encontre caminhos pelos quais se consiga atrair as crianças
e os adolescentes, em fim, o alunado, e ver resgatados seus valores em alguns
casos, e em outros ensinando novos valores.
Diante da sociedade atual, faz-se necessário uma metodologia de ensino que
haja de maneira preventiva, na educação de valores éticos e morais, na
formação consciente do indivíduo que reflete ética e moralmente diante de
situações conflituantes, que exijam dele uma gama de princípios e valores que
norteiem suas decisões.
É sabido que todo indivíduo, todo aluno, recebe inicialmente uma
educação informal, e muitas vezes, esta é completada e continuada pela
escola que assume o papel da educação formal, com conceitos e saberes
técnicos, científicos, históricos, matemáticos. Diante desta informação faz-se
de total importância perceber-se a necessidade desta educação em ter a
preocupação de inserir no seu currículo a educação de valores éticos e morais,
de maneira interdisciplinar. Sempre suscitando discussões e reflexões, que de
maneira livre e aberta levará o aluno a refletir o seu papel na sociedade e as
contribuições que lhe serão exigidas como futuro executor ativo de sua
cidadania.
Sabe-se de problemas e circunstâncias vividos pela sociedade, todos os
dias nos telejornais, jornais, revistas e demais meios de comunicação,
problemas muitas vezes gerados pela falta de educação preventiva que
desperte o cidadão, no caso mais especificamente a criança e o adolescente
para o que realmente importa.
Ao longo do século XX iniciamos a busca plena da felicidade e
associamos a ela o prazer e a liberdade. O que esquecemos foi de nos
alertarmos para alguns pontos como: a responsabilidade, o desprendimento em
alguns setores para assumirmos nossa liberdade e o prazer individual.
Pesquisas revelam que as maiorias dos adolescentes hoje não aceitam seus
corpos, sua situação financeira e não possuem saúde emocional, são frágeis
emocionalmente. Valores algumas vezes deturpados por brinquedos, filmes e
modismos aos quais eles têm acesso sem um cuidado e uma atenção mais
especial dos seus pais e educadores.
Ao longo do século XX iniciamos a busca plena da felicidade e
associamos a ela o prazer e a liberdade. O que esquecemos foi de nos
alertarmos para alguns pontos como: a responsabilidade, o desprendimento em
alguns setores para assumirmos nossa liberdade e o prazer individual.
Pesquisas revelam que as maiorias dos adolescentes hoje não aceitam seus
corpos, sua situação financeira e não possuem saúde emocional, são frágeis
emocionalmente. Valores algumas vezes deturpados por brinquedos, filmes e
modismos aos quais eles têm acesso sem um cuidado e uma atenção mais
especial dos seus pais e educadores.
É necessário que tenhamos a preocupação de transmitir valores tanto na
educação formal quanto de maneira informal às crianças e aos adolescentes
para que eles cresçam e se desenvolvam seguros emocionais e socialmente.
Tomem decisões, busquem sua felicidade e a felicidade coletiva, tenham saúde
mental e exerçam mais a frente, o papel de educadores das futuras gerações
transmitindo os valores que lhes forem ensinados de maneira que respeitem a
subjetividade do indivíduo e mantenham o ritmo de crescimento saudável à
sociedade e verdadeiramente sejam pessoas livres e felizes.
Para tanto, conta-se com a ação educativa formal da escola, uma
preocupação de todos para uma reorganização da sociedade, resgate dos
valores nas famílias e o restabelecimento dos papéis educacionais, citados
acima mediante os seus segmentos, para que assumam sua responsabilidade
e contribuam para a formação de crianças, adolescentes, jovens e futuros
adultos. É responsabilidade da escola, da família e da sociedade como um
todo. Cabe a cada um exercer o seu papel com responsabilidade, conscientes
de sua importância.
Os processos educativos são decisivos nos rumos e conquistas de uma
sociedade. Esta é uma convicção incontestável que deve incentivar o
compromisso de todos com o ensino. Cuidar da educação é tarefa da família,
particularmente das instituições educacionais, mas também dos clubes
recreativos, empresas, institutos, prefeituras, igrejas, meios de comunicação e
até dos organizadores de uma simples festa popular, realizada na rua de um
bairro.
A condição determinante dos processos educativos é uma compreensão
que deve ser assumida em sentido de alerta, permanentemente, motivando
avaliações constantes em todas as instâncias. Assim, são desenvolvidas
dinâmicas que qualificam pessoas e os diferentes segmentos da sociedade.
Uma preparação necessária para exercícios profissionais e cidadãos com
resultados mais efetivos, que são sustentáculos da justiça e da paz.
É verdade que os processos educativos em curso, na sociedade, nas
instituições e instâncias todas, estão atendendo necessidades e criando novas
condições. Em se considerando a conjuntura econômica atual na sociedade
brasileira, as oportunidades de avanços e desenvolvimentos, não se pode
deixar escapar esse horizonte promissor. Em qualquer tempo, para cada um e
para o conjunto da sociedade também, valha como advertência aquele velho e
sábio ditado: “cavalo arreado só passa uma vez”.
Oportunidades perdidas trazem atrasos e prejuízos. Muitos são até
irreparáveis. É necessário ouvir sempre os analistas e críticos quanto às
consequências de descompassos nos processos educacionais, como
retrocessos culturais e o alto preço pago por defasagens na infraestrutura.
Devemos ouvi-los, também, para saber o que se pode ganhar a partir do
desenvolvimento da educação, seja no campo econômico, cultural e social. O
exercício de escuta é indispensável para que a crítica e o debate de ideias
impulsionem posturas e comprometimentos mais adequados.
É exatamente devido à falta desse necessário embate de ideias, do
melhor conhecimento e tratamento da realidade que a sociedade brasileira
sofre com as carências no conjunto dos seus processos educativos. No Brasil,
onde esses processos são qualificados – graças a Deus, neste cenário de
deficit, temos exemplos exitosos –, o rendimento é notável, metas são
alcançadas e passos largos são dados no desenvolvimento e nas conquistas. É
preciso avolumar o coro das vozes que estão repetindo a antífona de que é
preciso investimento e maior qualificação nos processos educativos. Caso
contrário, nossa sociedade não vai acompanhar, nos diferentes âmbitos, a
rapidez, a multiplicidade e as exigências próprias desse terceiro milênio
VALORES ÉTICOS E MORAIS

Grande parte da sociedade jamais se preocupou em conceituar e definir


valores, eles foram sendo passados de geração a geração pelas famílias,
deixando a cargo dos estudiosos das ciências educacionais e filosóficas a
preocupação de um entendimento mais científico e uma problematização
melhor elaborada no que se refere à definição dos conceitos de valor, ética e
moral. 
Cada família educa seus filhos de acordo com os valores que recebe e
aperfeiçoa ao longo dos anos. Pois como já sabemos a sociedade e/ou grupos
sociais educam seus filhos, sejam eles crianças, jovens ou adolescentes, para
que seus costumes e sua cultura sejam eternizados e passados para as futuras
gerações.
Dentro da educação informal é até aceitável, o desconhecimento dos reais
conceitos científicos e filosóficos de valor, moral e ética, por que mesmo sem o
conhecimento e as definições filosóficas e educacionais destes princípios,
quase todas as famílias conseguem educar seus filhos e lhes transmitirem, o
que julgam necessário para o desenvolvimento sócio emocional dos mesmos.
Em contrapartida faz-se necessário que por parte dos educadores, e das
instituições escolares, aos quais competem à educação formal, estejam bem
definidos os conceitos e definições do que realmente são os valores, o que se
entende por moral e por ética assuntos já bastante falados, discutidos e
pensados por educadores, psicólogos e filósofos no sentido de se buscar
definições mais concretas que facilitassem o debate e o ensino destes
conceitos, com novas propostas e novas formas de se educar valores, a fim de
construir uma sociedade mais justa e mais harmoniosa.
Segundo Facundes (2001) a crise social em que a sociedade se encontra está
diretamente ligada aos valores que estão sendo perdidos e esquecidos por
aqueles a quem cabe a responsabilidade de transmiti-los e o desconhecimento
daqueles que deveriam estar aprendendo seja por ensino direto ou por
observação do comportamento do outro. Platão já dizia: - leva-se 50 anos para
se formar um homem.
Outro fator importante a ser discutido e repensado neste processo de
educação de valores, é que, para que uma pessoa possa exercer de fato aquilo
que ela aprendeu é necessário possuir a autonomia para desenvolver e colocar
a prova o que lhe foi ensinado. Para Lima (2005, p. 42,), uma criança que
obedece aos adultos apenas quando eles a estão vendo, são heterônomos, ou
seja, são aqueles que apenas obedecem às regras dos outros sem pensar no
porque da regra, em por que ela é importante para o seu bem estar e do outro.
Esse tipo de reprodução de valores não nos interessa, pois o indivíduo
crescerá com falhas de conduta moral e só obedecerá quando estiver sendo
observado e/ou vigiado.

O PAPEL DO PROFESSOR

Dentre as várias figuras que integram a escola, o professor é uma das


mais importantes, são eles que estão mais perto dos alunos e que convivem
mais diretamente com eles, o que lhes permite, com um pouco de
sensibilidade, conhecê-los e percebê-los melhor. A profissão de professor tem
uma implicação afetiva muito importante, já que ele se relaciona com os
alunos, as famílias e os colegas de trabalho. Cabe a eles ter em mente a
grandiosidade do valor que sua profissão exerce na vida de um aluno. Por isso
a prática educativa deve ser farta de decência, compromisso e pureza. Se o
professor resgatar o seu valor e perceber que ele não faz parte de uma
profissão em extinção e sim de que é protagonista de uma ação educativa, na
qual sua mediação é fundamental, ele (a) retorna sua posição no estado atual
das coisas e possibilitará que o mesmo se modifique. (BARBOSA. 2002, p. 63)
É a este profissional da educação que compete à responsabilidade de trabalhar
junto ao aluno para que ele adquira autonomia e desenvolva sua maturidade
sadiamente, enquanto cresce. O professor comprometido com a educação no
âmbito geral vê o aluno como um todo e o ajuda a resolver conflitos normais da
idade pelos quais todas as gerações passam nas fases de desenvolvimento da
infância, adolescência e juventude. Nesses momentos firmam-se laços afetivos
que ficaram marcados e impressos no emocional do aluno deixando claro para
ele que pode contar com a escola em que estuda e com o professor com quem
convive. É neste momento também que o professor tem a oportunidade de
fazer o aluno refletir sobre suas decisões seus comportamentos e suas
atitudes.

Visite: https://pedagogiaaopedaletra.com/a-importancia-da-educacao-de-
valores-para-a-formacao-moral-do-individuo/
RESUMO
O presente artigo intitulado a importância da educação moral na
formação dos alunos tem como objetivo geral, analisar a didática aplicada na
implantação do ensino moral educativo nas escolas a partir do
desenvolvimento do sujeito e sua participação na sociedade atual e como
objetivos específicos, identificar a importância do ensino da educação moral no
contexto educacional; proporcionar uma aprendizagem direcionada na
transmissão de conhecimentos e também na formação da criatividade,
entretenimento do aluno e podendo torná-lo mais autônomo; e possibilitar a
criação de novos esquemas mentais, visando a interação entre os alunos
compartilhando objetivos comuns no sentido de transformá-lo num aprendiz
participativo. Para utilização desta pesquisa utilizou-se o método de abordagem
dialética na qual afirma que nos ambientes de aprendizagem construtiva os
estudantes possuem mais responsabilidades sobre o gerenciamento de suas
tarefas e o papel do professor passa a ser também o de orientador, facilitador
ou mediador, além do método de população, amostra e instrumentos de
pesquisa em algumas instituições de ensino. Os materiais a serem utilizados
serão: questionário aberto e fechado, pesquisa de campo e entrevista em
escola pública.

INTRODUÇÃO
O emprego do ensino da educação moral nas escolas tem grande
relevância no cenário político brasileiro. Contudo, há uma enorme preocupação
quanto à qualidade deste ensino em função de sua contribuição no processo
de ensino-aprendizagem.
O artigo relacionado à educação moral nas escolas está voltado a
prática de seus recursos para o exercício de atividades, contribuindo como
ferramenta no auxílio do processo ensino-aprendizagem. Desta forma o uso
deste dispositivo usado na educação possibilitará na ampliação das
potencialidades do aluno e também na capacitação dos professores no sentido
de proporcionar um ensino de qualidade no que diz respeito à formação moral
do cidadão. O tema escolhido deverá estar relacionado ao currículo e também
ao programa de disciplina escolar por ser de grande relevância na formulação
de suas atividades uma vez que o ponto chave desta proposta é a
interdisciplinaridade através das bases das inteligências múltiplas. Neste
sentido, torna-se de fundamental importância na promoção de possibilidades
de atitudes e idéias inovadoras para o professor e também ao aluno, embora
seja necessário que o educador elabore um planejamento no sentido de obter
conhecimento direcionado ao assunto da educação moral e posteriormente
poder aplicar na sala de aula.
O objetivo deste artigo é investigar qual a importância da educação
moral na formação do cidadão diante da atual situação política do país. Espera-
se por meio desta investigação, poder levantar dados suficientes que permitem
compreender os principais motivos considerados pelos alunos como os
responsáveis pelos atos de corrupção no país e sua permanência no contexto
sociopolítico econômico e mesmo sua abrangência na vida em geral.
Junto à problemática existe a grande demanda de pessoas que se
apresentam de forma inversamente proporcional ao reduzido número de
políticos, influenciando negativamente na vida e no trabalho da população
brasileira.
Apresenta-se como um recorte de realidade social de pessoas inseridas
no contexto moral. O interesse em estudar este tema surgiu da observação da
realidade social diante da situação da crise econômica.
Tais fatos tornaram-se motivo de nossa investigação e ao mesmo
tempo, despertou o questionamento que aqui pretendemos desenvolver: qual a
importância da educação moral na formação do cidadão diante da atual
situação política do país.
O tema teve como delimitação, o trabalho com temas educativos
relacionados à educação moral no ensino médio e como questões norteadoras
investigar se é possível num país onde a corrupção ganha destaque em todos
os meios de comunicação ter o ensino da educação moral como ferramenta de
apoio na formação do cidadão? Para tanto, define-se como objetivo geral:
analisar a didática aplicada na implantação do ensino moral educativo nas
escolas a partir do desenvolvimento do sujeito e sua participação na sociedade
actual.E como objetivos específicos: identificar a importância do ensino da
educação moral no contexto educacional; proporcionar uma aprendizagem
direcionada na transmissão de conhecimentos e também na formação da
criatividade, entretenimento do aluno e podendo torná-lo mais autônomo; e
possibilitar a criação de novos esquemas mentais, visando a interação entre os
alunos compartilhando objetivos comuns no sentido de transformá-lo num
aprendiz participativo.
O método de abordagem utilizado para a realização foi o dialético na
qual Campos (2001) afirma que nos ambientes de aprendizagem construtiva os
estudantes possuem mais responsabilidades sobre o gerenciamento de suas
tarefas e o papel do professor passa a ser também o de orientador, facilitador
ou mediador, além do método de população, amostra e instrumentos de
pesquisa em algumas instituições de ensino. Foram realizadas pesquisas
bibliográficas em livros e consultas em artigo da internet.

ÉTICA E CONHECIMENTO
Ao falar de um lugar - a escola, situada neste mundo -, compartilha com
as ideias de Freire sobre o processo de desumanização da sociedade, das
imensas desigualdades demandadas por uma lógica produtivista que vem nos
exigindo um cuidado para não cairmos na armadilha de processos de produção
da vida e da educação como se fora uma linha de produção em série.
Na educação que é Vida, especialmente, vivemos não apenas para um
tempo Cronos - medido -, precisamos trabalhar com um tempo Cairós -
cambiante, dançante, que nos permita maturar, amadurecer; precisamos viver /
trabalhar com equilíbrio entre esses tempos, para ter tempo de não nos
tornarmos predadores de nós mesmos.
Imersa nesse contexto e frente a estes desafios, as perguntas sobre
outro mundo possível e sobre outra escola se materializam: como mudar? Por
onde iniciar? Que é conhecimento? Qual a ideia de ciência hoje? Como
trabalhar com a avalanche de informações, transformando-a em
conhecimento? Para que e para quem esse conhecimento? Que ciência é
esta? Para que e para quem? Qual o papel da ética? O que é realmente
cidadania? Como trabalhar com práticas cidadãs?
Voltando à História, encontro no livro de Sousa Santos, um discurso
sobre as Ciências (1987, p. 7), as questões feitas por Rousseau em 1750, na
Academia de Dijon, ao receber um prêmio de mérito sobre sua obra:

O progresso das ciências e das artes contribuirá para purificar ou para


corromper nossos costumes? Há alguma relação entre a ciência e a virtude?
Há uma alguma razão de peso para substituirmos o conhecimento vulgar que
temos da natureza e da vida e que partilhamos com os homens e mulheres da
nossa sociedade pelo conhecimento científico produzido por poucos e
inacessível à maioria? Contribuirá a ciência para diminuir o fosso crescente em
nossa sociedade entre o que se é e o que se aparenta ser, o saber dizer e o
saber fazer, entre a teoria e a prática? Perguntas que ele responde, de modo
igualmente simples, com um redondo não.
.
ENSINO DA DISCIPLINA EDUCAÇÃO MORAL
Para que este modelo de ensino da educação moral possa ser utilizado
na escola é muito importante que a esta reflita sobre os benefícios que ele
poderá trazer tanto para as instituições como também ao professor, ao aluno e
a sociedade de um modo geral. Então, este instrumento educacional
proporciona ao sujeito a capacidade de executar, desenvolver e resolver
problemas, quando se relaciona com outras pessoas como enfatiza Piaget
(1932/1994) que o raciocínio moral tem inicio na infância e acompanha toda a
vida do ser humano passando por fases de transformações.
Dessa forma, pôde observar que o sujeito só será capaz de refletir sobre
determinados assuntos relacionados ao raciocínio moral após os cinco anos de
idade, quando ocorre uma interação cognitiva entre o afetivo e o social. A
criança passa a reconhecer e a respeitar o outro como ser humano e que isto
só ocorre quando entram em comum acordo social, alcançando assim, uma
verdadeira autonomia. Assim, Piaget passou a considerar que a relação entre
as pessoas na sociedade seria o ponto chave para se chegar a uma
consciência moral autônoma, no momento em que eles trocam opiniões
diferentes e passam a respeitar o outro com igualdade.
Dentro do contexto da educação moral Kohlberg (1964/1976/1992) ao
deixar sua contribuição, afirma que o raciocínio moral acontece através de três
fases seqüenciais organizadas de forma hierárquica. Quando ocorre a
interação social, o individuo passa a fazer uma reflexão sobre suas idéias e
tenta melhorá-las, no sentido de formular argumentos sólidos, num processo
cognitivo.
Diante desta perspectiva,Blatt (1975) resolve elaborar juntamente com
Kohlberg um trabalho de intervenção voltado para promoção do
desenvolvimento moral onde seria organizado um debate nas salas de aula
com o objetivo de fazer com que haja uma evolução de estágios morais,
utilizando temas relacionados à moral.
Assim, Biaggio (1997) afirma que o trabalho de intervenção de Blatt e
Kohlberg visa alcançar a educação moral pelo conflito cognitivo de opiniões
colocadas no debate de forma que o professor possa fazer uma crítica
construtiva às respostas morais de níveis inferiores dos alunos sem tratá-los
com desrespeito.
As pesquisas de Piaget e Kohlberg serviram de base para outras
pesquisas voltadas para a autonomia moral dos estudantes e para que fosse
criado nas escolas um ambiente democrático. Kohlberg (1992) afirma que
afetividade e cognição possuem uma base estrutural comum e paralela e que
os julgamentos morais não são puramente cognitivos, mas possuem
componentes afetivos e motivacionais.
Considerações finais
O presente artigo é de suma relevância para a sociedade porque coloca
em pauta a importância da educação moral na formação dos alunos em um
contexto em que a moralidade em variados aspectos ainda é insipiente. Tal fato
permite a compreensão do tipo de trabalho, focalizando assim a consciência
moral do ser humano que no caso contribui para o bem da população de modo
geral.
Assentada nas teias de relações construídas em estudos e pesquisas,
partilham-se afirmações de possibilidades de ação que têm muitas vozes de
professores em formação e de colegas, sem o caráter prescritivo e
salvacionista: a educação como práxis histórico-política, sociocultural e
existencial da pessoa humana necessita fazer escolhas, tomar decisões para
responder às demandas de caráter social presentes na escola. E essas
escolhas e decisões implicam valores éticos, morais, cívicos, políticos que
apontem para o direito de uma participação cidadã; a construção de uma
sociedade ética alternativa, capaz de manter as similaridades da humanidade
do ser humano e de assegurar a todos o acesso ao progresso científico e
tecnológico.
A educação moral e cívica no ensino médio exige uma sólida formação
científica, uma consistente produção tecnológica e uma base humanística que
sustente as finalidades ético-existenciais do ser humano para alimentar a
responsabilidade social da escola.
A possibilidade da energia criativa da escola na sua sobrevivência
histórica, atualmente manifesta em experimentação de novas arquiteturas de
currículos; da reorganização institucional frente a demandas sócio-históricas
atuais; da necessidade de outras práticas pedagógicas para gerações com
outras linguagens e saberes de mundo em acelerada compressão temporal
pode favorecer um modo diferenciado de viver as crises, produzindo novas
metáforas pedagógicas.
A explicitação das intencionalidades por parte dos gestores e integrantes
da comunidade escolar, no contexto de seu processo de reorganização,
possibilita a visibilidade de um projeto político-pedagógico que poderá se
constituir como base da organização do trabalho do professor, em diferentes
frentes de atuação.
A presença dos interrogantes, da dúvida sobre práticas, atitudes e
conhecimentos, no desenvolvimento do trabalho no cotidiano escolar, favorece
a formação de valores de dignidade humana em ato, sendo fonte inesgotável
para uma produção de sentidos para formação / transformação de pessoas,
condição marcante na construção de alternativas pedagógicas; experiências
promotoras de cidadania democrática como uma apropriação da realidade para
nela atuar com a consciência de que é processo não aprontado, que se
constitui em possibilidades de permanente processo de construção coletiva, em
que limites são demarcados e ultrapassados com responsabilidade e um
cuidado ético com o direito de ter direitos - direitos humanos de humana
condição.
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Autor
Carlos Gomes da Silva: [1] Pós-graduando Lato Sensuno ensino de
Filosofia para o Ensino Médio pelo Núcleo de Educação a Distância (NEAD) da
Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus “Heróis do Jenipapo”.
A EDIFICAÇÃO DA SOCIEDADE JUSTA DEPENDE DA
EDUCAÇÃO MORAL

Os processos educativos são decisivos nos rumos e conquistas de uma


sociedade. Esta é uma convicção incontestável que deve incentivar o
compromisso de todos com o ensino. Cuidar da educação é tarefa da família,
particularmente das instituições educacionais, mas também dos clubes
recreativos, empresas, institutos, prefeituras, igrejas, meios de comunicação e
até dos organizadores de uma simples festa popular, realizada na rua de um
bairro.
A condição determinante dos processos educativos é uma compreensão
que deve ser assumida em sentido de alerta, permanentemente, motivando
avaliações constantes em todas as instâncias. Assim, são desenvolvidas
dinâmicas que qualificam pessoas e os diferentes segmentos da sociedade.
Uma preparação necessária para exercícios profissionais e cidadãos com
resultados mais efetivos, que são sustentáculos da justiça e da paz.
É verdade que os processos educativos em curso, na sociedade, nas
instituições e instâncias todas, estão atendendo necessidades e criando novas
condições. Em se considerando a conjuntura econômica atual na sociedade
brasileira, as oportunidades de avanços e desenvolvimentos, não se pode
deixar escapar esse horizonte promissor. Em qualquer tempo, para cada um e
para o conjunto da sociedade também, valha como advertência aquele velho e
sábio ditado: “cavalo arreado só passa uma vez”.
Oportunidades perdidas trazem atrasos e prejuízos. Muitos são até
irreparáveis. É necessário ouvir sempre os analistas e críticos quanto às
consequências de descompassos nos processos educacionais, como
retrocessos culturais e o alto preço pago por defasagens na infraestrutura.
Devemos ouvi-los, também, para saber o que se pode ganhar a partir do
desenvolvimento da educação, seja no campo econômico, cultural e social. O
exercício de escuta é indispensável para que a crítica e o debate de ideias
impulsionem posturas e comprometimentos mais adequados.
É exatamente devido à falta desse necessário embate de ideias, do
melhor conhecimento e tratamento da realidade que a sociedade brasileira
sofre com as carências no conjunto dos seus processos educativos. No Brasil,
onde esses processos são qualificados – graças a Deus, neste cenário de
déficit, temos exemplos exitosos –, o rendimento é notável, metas são
alcançadas e passos largos são dados no desenvolvimento e nas conquistas. É
preciso avolumar o coro das vozes que estão repetindo a antífona de que é
preciso investimento e maior qualificação nos processos educativos. Caso
contrário, nossa sociedade não vai acompanhar, nos diferentes âmbitos, a
rapidez, a multiplicidade e as exigências próprias desse terceiro milênio.
Formação moral
Não se pode continuar a perder por falhas na educação. Nas dinâmicas
do cotidiano, são imensuráveis os prejuízos de cidadãos que mantêm uma
visão acanhada, pouco proativa, gerando uma espécie de malemolência e falta
de ousadia. O resultado é a incompetência para fazer frutificar o que se tem
como oportunidade, o que a natureza dá e o que a inteligência pode fazer.
Indispensável caminho para alavancar os processos educacionais na
sociedade é o investimento na formação moral de todo cidadão. Nesse sentido,
o contexto atual presenteia a sociedade brasileira com uma oportunidade
ímpar, para dar saltos qualitativos quanto à moralidade. O que está
acontecendo na Corte Suprema deve ser acompanhado e percebido como
esperança para superar dinâmicas de impunidade, aperfeiçoar funcionamentos
que extirpem a corrupção, nas suas mais intoleráveis situações.
É preciso estar atento para a relação deste e de outros processos com a
formação. Um autêntico desenvolvimento só pode ser completo se incluir a
educação moral. Por falta da moralidade, multiplicam-se os cenários contrários
ao bem e à verdade. A edificação da sociedade justa depende da educação
moral.
O QUE É EDUCAÇÃO MORAL
Há mais de dez anos lançamos o Projeto Educação Moral para
Formação do Homem, onde desenvolvemos uma filosofia espiritualizante da
educação, com a aplicação da Pedagogia da Sensibilidade para chegarmos à
Escola do Sentimento. A base do projeto e da filosofia é a educação moral do
ser. Em que consiste essa educação é o objeto deste texto.
Devemos esclarecer que entendemos o homem, seja ele criança, jovem
ou adulto, como um ser criado por Deus e dotado de potencialidades a serem
desenvolvidas pelo processo de educação, conforme entendimento do mestre
Pestalozzi, de quem colhemos maravilhosas inspirações. Essas
potencialidades, já o sabe a ciência, podem ser classificadas em dois grandes
grupos: a inteligência (ou cognitivo) e o emocional (ou sentimento). O homem é
dotado de inteligência e de sentimento, e hoje aprendemos com as pesquisas
psicológicas que não basta realizar o desenvolvimento congnitivo (da
inteligência). É necessário, igualmente, realizar o desenvolvimento emocional
do indivíduo. Aqui está a base da educação moral.
Desenvolver emocionalmente significa trabalhar para que o indivíduo
incorpore ao seu psiquismo as virtudes (que ainda muitos educadores
consideram uma palavra fora do vocabulário da pedagogia), ou, se quiserem,
os valores humanos que o façam uma pessoa honesta, solidária, cooperativa,
paciente, trabalhadora, persevernate, justa, ética, cidadã. Esse é o trabalho da
educação moral. E deixemos claro não se tratar de educação religiosa. A
educação moral nada tem a ver com a religião, com nenhuma doutrina
religiosa, por melhor que ela seja.
A educação moral, conforme escrevemos no livro "A Educação Moral e
Sua Aplicação na Família e Escola", que teve como primeira edição o título "O
Espírito da Educação", pode ser assim entendida:

"Entendemos a educação como sendo formadora da moral e da


inteligência do homem, em outras palavras, como sendo o elemento que
desenvolve toda a potencialidade existente no ser humano, por isso que
compreender a educação é saber direcionar o homem no mundo. Educar é
transformar. Educar é potencializar. Educar é trabalhar tanto a inteligência
quanto a moral, para que o homem saiba, através da moral, o que fazer da
inteligência. Compete à educação levar o homem para objetivos definidos em
sua vida, em que ele tome atitudes baseadas na sua plena consciência,
sabendo que não vive isolado ou apenas para si, mas numa coletividade, numa
sociedade organizada em que, se tem direitos, possui também deveres. A
educação do caráter gera responsabilidades. A educação moral gera seres
sensibilizados, com sentimento no coração, que irão buscar o desenvolvimento
da inteligência para o progresso comum"
Na educação moral.trabalhamos para que o indivíduo, na sua
singularidade, faça crescer seu senso moral diante de situações-desafio que o
fazem pensar e colocar-se no contexto da vida. Com sua criticidade aguçada,
saberá então dinstinguir o bem e o mal, para si e para os outros, sem discursos
falseadores.
Ainda em meu livro acima citado, escrevemos:
"Moral é a regra da boa conduta, da distinção que fazemos entre o que é
bom e o que é ruim, para nós e para os outros, utilizando um ensino milenar
daquele que se considerava Mestre: façamos aos outros somente o que
queremos eles nos façam. O homem moral se preocupa com o interior para
melhor equacionar o exterior. A cultura tem o valor que merece mas a
conquista de virtudes é primordial. Ele valoriza a alma antes que o corpo e
percebe este corpo como parte de si mesmo, que também deve ser cuidado
enquanto instrumento de crescimento para a alma. A educação moral irá
trabalhar com duas realidades essenciais: o bem e o mal, o que é bom e o que
é ruim na formação do caráter. Este nosso enunciado pode levar muitos
teóricos da educação julgarem ser necessário estabelecer o que deve ser
ensinado e o que não deve ser ensinado, mas não é isso o que estamos
propondo, mesmo porque tudo deve ser ensinado, ou melhor, tudo deve ser
facultado ao educando conhecer, ao mesmo tempo em que, exercitando suas
potencialidades morais e intelectuais, sob a orientação do educador, vai
separando o joio do trigo, entendendo o que lhe faz bem ao caráter e faz bem
para o próximo na sua conduta social".

Como a educação moral ainda é considerada uma novidade, e sua


implantação na escola vista como um mistério, pois não parece se encaixar no
que hoje se faz no processo ensino-aprendizagem, convidamos os leitores para
conhecer o Projeto Educação Moral para Formação do Homem, dando
posibilidade aos educadores de fazerem salutares reflexões, pois é
concordância geral que novos rumos precisam aclarar a educação, a práxis
educacional. O projeto está disponível em www.educacaomoral.org.br.

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