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MANUAL DO

ALMOXARIFADO
Manual de normas e procedimentos dos processos dos setores de almoxarifado

INSTITUTO FEDERAL
DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Bahia
MANUAL DO
ALMOXARIFADO
Manual de normas e procedimentos dos processos dos setores de almoxarifado

Salvador - BA, 2016


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA
Dezembro 2016

REITOR
Renato da Anunciação Filho

EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DESTE MANUAL

MEMBROS DA COMISSÃO DE ADEQUAÇÃO DO ALMOXARIFADO


Edielson Souza da Silva
Larissa Sauane Melquíades da Rocha Pereira
Patrícia Santos Costa

COLABORAÇÃO
Adilton Silva Gomes
Herick Leite Oliveira
Rivailda Silveira Nunes De Argollo
Vicente Cajueiro Miranda

PROJETO GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO


Diretoria de Gestão da Comunicação Institucional - DGCOM
MANUAL DO ALMOXARIFADO | IFBA
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Fases dos processos de recebimento e aceitação 14
Figura 2 - Fases do recebimento 14
Figura 3 - Processo de recebimento de materiais 15
Figura 4 - Esquema geral do procedimento para recebimento de materiais 17
Figura 5 - Fluxo do processo de recebimento e aceitação de materiais 18
Figura 6 - Check-list de notas fiscais 18
Figura 7 - Esquema das fases da aceitação 19
Figura 8 - Fases da regularização 20
Figura 9 - Esquema de conferência de materiais 22
Figura 10 - Fluxograma da rotina para aceitação de materiais 23
Figura 11 - Formulário de conferência técnica 24
Figura 12 - Planilha de controle de notas fiscais 25
Figura 13 - Unidades de armazenamento 26
Figura 14 - Processo de armazenamento de materiais 27
Figura 15 - Modelo ficha de prateleira 31
Figura 16 - Processo de distribuição de materiais 35
Figura 17 - Ficha de requisição de material 36

MANUAL DO ALMOXARIFADO | IFBA


LISTA DE SIGLAS
IFBA = Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia
DEPAT = Departamento de Patrimônio
IN = Instrução normativa
SEDAP = Secretaria de Administração Pública
CNPJ = Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica
NF = Nota fiscal
ex. = exemplo
cm = centímetros
RMA = Relatório Mensal de Almoxarifado
PDF = Formato Portátil de Documento
Q = Quantidade a ressuprir
c = Consumo Médio Mensal
em = Estoque Mínimo
EM = estoque máxino
Pp = ponto de pedido
T = tempo
I = intervalo
MANUAL DO ALMOXARIFADO | IFBA
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 9
1 INTRODUÇÃO 11
2 DEFINIÇÕES 12
2.1 Almoxarifado 12
2.2 Materiais 12
2.3 Material de consumo 12
2.4 Material permanente 12
2.5 Almoxarife 13
2.5.1 Objetivos do almoxarife 13
2.5.2 Principais funções do Almoxarife 13
2.6 Recebimento provisório 14
2.7 Recebimento definitivo 14
3 RECEBIMENTO 14
3.1 Recebimento e aceitação 14
3.2 Recebimento 14
3.2.1 Entrada de materiais 15
3.2.2 Conferência quantitativa 16
3.2.3 Rotina para recebimento de materiais 17
3.3 Aceitação 19
3.3.1 Conferência qualitativa 19
3.3.2 Regularização 19
3.3.2.1 Liberação para pagamento ao fornecedor 20
3.3.2.2 Liberação parcial do pagamento ao fornecedor 20
3.3.2.3 Devolução de material ao fornecedor 21

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3.3.2.4 Reclamação de falta de material ao fornecedor 21
3.3.2.5 Entrada do material no estoque 21
3.4 Rotinas para aceitação de materiais 22
3.5 Planilha de controle de notas fiscais 25
4 ARMAZENAMENTO 26
4.1 Setores consumidores de materiais 26
4.2 Subdivisões da unidade de armazenamento 26
4.2.1 Área de recebimento 26
4.2.2 Área de estocagem 26
4.2.2.1 Circulação principal 27
4.2.2.2 Corredores de acesso 27
4.2.2.3 Corredores de segurança 27
4.2.2.4 Áreas de estoque 27
4.2.3 Área de distribuição 27
4.3 Fases da armazenagem dos materiais 27
4.3.1 Verificação das condições de proteção e armazenamento 27
4.3.1.1 Segurança na armazenagem 27
4.3.1.2 Medida de segurança 27
4.3.2 Identificação do material 29
4.3.2.1 Descrição 29
4.3.2.2 Codificação 29
4.3.3 Guarda na localização adequada 29
4.3.4 Informação da localização física 31
4.3.4.1 Ficha de prateleira do material 31
4.3.5 Contabilização do material 32
4.3.6 Cadastro no catálogo de materiais 32
4.4 Itens ociosos 33
5 CONTROLE DE ESTOQUE 33
5.1 Conceito 33
5.2 Renovação de estoque 33
5.3 Fórmulas 34
6 DISTRIBUIÇÃO 35
6.1 Rotinas para distribuição de materiais 35
6.2 Requisição de materiais do almoxarifado 35
MANUAL DO ALMOXARIFADO | IFBA

6.3 Responsabilidades do solicitante 37


6.4 Entrega do material 37
6.4.1 Cuidados básicos na distribuição de materiais 37
6.4.2 Equipamentos e utensílios recomendados para auxílio na distribuição 37
6.5 Solicitação de materiais pelo setor de almoxarifado 37
7 LEGISLAÇÃO 38
8 DISPOSIÇÕES GERAIS 38
APRESENTAÇÃO
A Comissão de Adequação do Almoxarifado, instituída pela Portaria 416, de 02/03/2015,
assumiu a missão de implementar todas as recomendações apontadas no Relatório Final
de Auditoria nº 024/2014.

O Manual do Almoxarifado do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia


(IFBA) apresenta descrições, conceitos e orientações de procedimentos pertinentes aos
serviços de responsabilidade do Almoxarifado e foi elaborado para atender às recomen-
dações do Relatório Final de Auditoria nº 024/2014, conforme constatação 01: “Não há,
no setor, manual de rotinas/procedimentos formalmente elaborado” e bem como a reco-
mendação para “que se crie o manual de rotinas/procedimentos referentes às atividades
intrínsecas do Almoxarifado”.

A Comissão de Adequação do Almoxarifado, em diligência junto ao Departamento de Pa-


trimônio (Depat), identificou a existência do “Manual de Almoxarifado 2015”, que serviu de
parâmetro para a elaboração do presente documento.

Espera-se que as informações disponibilizadas no Manual possam colaborar na padroniza-


ção e sistematização de melhores práticas nos setores de almoxarifado.

MANUAL DO ALMOXARIFADO | IFBA


7
1 INTRODUÇÃO

A Administração Pública é regida por princípios constitucionais, os quais são responsáveis pela
organização e estruturação da administração, além de preceituar os requisitos básicos para uma
administração de qualidade.

A Emenda Constitucional nº 19/1998 propõe mudança de paradigma da administração pública


e possibilidade de avanços para a gestão pública. Uma das principais inovações desta reforma
é a incorporação expressa do princípio da eficiência: “Art 37- A administração pública direta e
indireta de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.

No contexto atual, a Administração Pública, regida por tais princípios, busca por meios de ge-
renciamento de ações e indicadores, atingir melhores resultados em prol da eficiência e eficácia
da gestão, garantindo aos usuários uma maior segurança na praxis administrativas. Com este
objetivo, faz-se necessária a elaboração de normas e procedimentos que orientem as práticas e
rotinas no serviço público. Assim, a Comissão de Adequação do Almoxarifado, com a finalidade
de atender às recomendações do Relatório Final de Auditória, atualizou o manual existente no
setor de Almoxarifado, considerando documentos e rotinas existentes praticadas pelo setor.

O presente manual tem por escopo estabelecer procedimentos padronizados e fortalecer os


controles internos, os quais possibilitam alcançar a eficiência desejada no desenvolvimento dos
serviços prestados pelo Almoxarifado mediante orientação, informações e técnicas que possam
enriquecer e atualizar a gestão com as desejáveis condições de operacionalidade. Todavia, por
se tratar de um instrumento dinâmico, é necessária sua constante atualização, de forma a com-
patibilizá-lo às mudanças ocorridas na Administração Pública.

1 - INTRODUÇÃO
9
2 DEFINIÇÕES Observação
A classificação da despesa para aquisição de
material e os parâmetros a seguir podem ser
2.1 Almoxarifado usados para distinguir o material permanen-
te do material de consumo. Um material é
O Almoxarifado é o local destinado à guar-
considerado de consumo caso atenda a um
da, localização, segurança e preservação do
dos critérios a seguir:
material adquirido, adequado à sua natureza,
a fim de suprir as necessidades operacionais • critério da durabilidade: se em uso nor-
dos setores integrantes da estrutura organi- mal perde ou tem reduzidas as suas condi-
zacional do IFBA e seus campi. ções de funcionamento, no prazo máximo
de dois anos;
2.2 Materiais • critério da fragilidade: se sua estrutura for
Designação genérica de equipamentos, com- quebradiça, deformável ou danificável, ca-
ponentes, sobressalentes, acessórios, veículos racterizando sua irrecuperabilidade e perda
em geral, matérias-primas e outros itens em- de sua identidade ou funcionalidade;
pregados ou passíveis de emprego nas ati- • critério da perecibilidade: se está sujeito
vidades das organizações públicas federais, a modificações (químicas ou físicas) ou se
independente de qualquer fator, bem como, deteriora ou perde sua característica pelo
aquele oriundo de demolição ou desmonta- uso normal;
gem, aparas, acondicionamentos, embalagens • critério da incorporabilidade: se está des-
e resíduos economicamente aproveitáveis. tinado a incorporação a outro bem e não
2.3 Material de consumo pode ser retirado sem prejuízo das carac-
terísticas físicas e funcionais do principal.
Aquele que, em razão de seu uso corrente e
Pode ser utilizado para a constituição de no-
da definição da Lei nº 4.320/1964, perde nor-
vos bens, melhoria ou adições complemen-
malmente sua identidade física e/ou tem sua
tares de bens em utilização (sendo classifi-
utilização limitada a dois anos. (Manual de
cado como 4.4.90.30), ou para a reposição
Contabilidade Aplicada ao Setor Público)
de peças para manutenção do seu uso nor-
2.4 Material permanente mal que contenham a mesma configuração
2 - DEFINIÇÕES

Aquele que, em razão de seu uso corrente, (sendo classificado como 3.3.90.30);
não perde a sua identidade física, e/ou tem • critério da transformabilidade: se foi ad-
uma durabilidade superior a dois anos. quirido para fim de transformação.
10
2.5 Almoxarife de compra (Nota de Empenho e Nota Fis-
Servidor lotado no setor de almoxarifado. O cal) ou equivalentes;
servidor deverá possuir uma visão sistêmica • receber, conferir, armazenar e registrar os
sobre a atividade do almoxarifado e sua im- materiais em estoque, desde que com-
portância dentro da atividade meio do Insti- prados pelo IFBA;
tuto. É necessário que o servidor adote uma • registrar, em sistema próprio, as notas fis-
postura negociadora e flexível pela interface cais dos materiais recebidos;
que desenvolve com fornecedores e todos os • encaminhar ao Departamento de Conta-
servidores, visão apurada de custos e capaci- bilidade e Finanças as notas fiscais para
dade de desenvolver processos de gestão que pagamento;
melhorem o desempenho da área, respeitan- • elaborar estatísticas de consumo por ma-
teriais e centros de custos para previsão
do as normas aplicáveis ao setor, auxiliando na
das compras;
melhoria de desempenho e na redução dos
• elaborar balancetes dos materiais exis-
custos, exercendo papel importante no alcan-
tentes e outros relatórios solicitados;
ce de metas. Os colaboradores que trabalham
• preservar a qualidade e as quantidades
no Almoxarifado devem ser organizados e dis-
dos materiais estocados;
ciplinados, já que o almoxarifado exige mais
• viabilizar o inventário anual dos materiais
do que o simples manuseio dos materiais.
estocados;
2.5.1 Objetivos do almoxarife • garantir que as instalações estejam ade-
• Assegurar que o material esteja armazena- quadas para movimentação e retiradas
do em local seguro e na quantidade ideal dos materiais visando um atendimento
de suprimento; ágil e eficiente;
• sanar divergências de inventário e perdas • organizar e manter atualizado o registro
de qualquer natureza; de estoque do material existente;
• preservar a qualidade e as quantidades • propor políticas e diretrizes relativas a es-
exatas e toques e programação de aquisição, e o
• observar a adequação das instalações e fornecimento de material de expediente;
se os recursos de movimentação e dis-
• estabelecer normas de armazenamento
tribuição são suficientes para um atendi-
dos materiais estocados;
mento rápido e eficiente.
• estabelecer as necessidades de aquisição

2 - DEFINIÇÕES
2.5.2 Principais funções do almoxarife dos materiais de consumo para fins de re-
• Receber e conferir os materiais adquiridos posição de estoque, bem como solicitar
ou cedidos de acordo com o documento sua aquisição.
11
2.6 Recebimento provisório
3 RECEBIMENTO
É o ato da entrega de um bem ao órgão no
local previamente designado para efeito de
3.1 Recebimento e aceitação
posterior verificação de conformidade do
material com a especificação, não importan- As atividades de recebimento e aceitação
do em sua aceitação definitiva. abrangem desde a recepção do material na
entrega pelo fornecedor até a entrada nos
2.7 Recebimento definitivo estoques. A função de recebimento e aceita-
O material será recebido após verificação da ção de materiais compõe um sistema global
qualidade e quantidade e consequente acei- integrado com as áreas de contabilidade e
tação. compras, e é caracterizada como uma inter-
face entre o atendimento do pedido pelo
fornecedor e os estoques físico e contábil. O
recebimento e aceitação compreendem as
seguintes fases:

Entrada de Conferência Conferência


Regularização
materiais quantitativa qualitativa

Figura 1 – Fases dos processos de recebimento e aceitação

3.2 Recebimento
O recebimento é o ato pelo qual o material
adquirido é entregue no local previamente
designado, geralmente o Almoxarifado. Inde-
pendentemente do local físico que o material
for recebido, todo o registro de entrada e dis-
tribuição de material deverá ser de respon-
sabilidade do Almoxarifado. O recebimento
compreende duas etapas:
3 - RECEBIMENTO

Entrada de materiais Conferência quantitativa

Figura 2 – Fases do recebimento

12
3.2.1 Entrada de materiais bimento de materiais deve ser informado ao
Consiste na recepção do entregador do ma- setor de compras, a todos os fornecedores e
terial. A Figura 3, exibida abaixo, representa aos responsáveis pela entrada de pessoas ex-
o início do processo de recebimento. ternas nas dependências do campus (agente
de portaria, vigilante, etc.).
Entrada de materiais O setor de compras deverá informar sobre os
empenhos e seus respectivos responsáveis
todas as vezes que for efetivada uma nova
Recepção dos Correios/veículos
transportadores compra de material na instituição.

São considerados documentos hábeis para o


Triagem da documentação suporte recebimento de materiais ou equipamentos:
para o recebimento
• Nota Fiscal, Fatura e Nota Fiscal/Fatura;
Constatação se a compra, objeto da
• Termo de Cessão, Doação;
NF em análise, foi autorizada • Declaração exarada no processo relativo à
permuta;
Constatação da compra autorizada • Guia de Remessa de Material ou Nota de
está no prazo da entrega contratual Transferência;
• Guia de Produção.
Cadastramento na pilha de controle
das notas fiscais referentes às
compras autorizadas Nesses documentos
constarão obrigatoriamente:
Figura 3 - Processo de recebimento de materiais descrição do material, quantidade,
unidade de medida e valor.
Para o bom funcionamento e organização do
setor, é fundamental que seja estabelecido o
Em caso de recebimento de bens com nota
horário e dia para o recebimento de material.
fiscal será necessária a impressão da sua au-
Recomenda-se que o recebimento seja reali-
tenticidade, que deve ser obtida através do
zado entre os dias úteis, trinta minutos após
site Portal da Nota Fiscal.

3 - RECEBIMENTO
o começo do horário administrativo e trinta
minutos antes o término do horário adminis- As divergências e irregularidades insanáveis,
trativo do campus, respeitando-se o horário constatadas em relação às condições de con-
de almoço do almoxarife. O horário de rece- trato (compras não autorizadas, entrega fora
13
do prazo, autenticidade não autorizada da É necessário que o recebedor do material
nota fiscal etc.) devem motivar a recusa do abra todos os volumes e verifique se há algu-
recebimento, anotando-se no canhoto da ma avaria ou problema que possa ser visual-
Nota Fiscal as circunstâncias que motivaram mente identificado. Se no ato do recebimen-
a recusa, bem como nos documentos do to, o recebedor verificar que houve danos nas
transportador e comunicar imediatamente embalagens, deverá escrever ou carimbar no
à empresa que licitou com o IFBA. Deve-se canhoto da nota fiscal e no recibo do frete
também tirar uma cópia do documento no “Embalagem danificada. Sujeito à conferên-
qual foi anotado o motivo da recusa de rece- cia pelo solicitante e possível indenização”.
bimento e solicitar o ciente do entregador. Caso o dano seja no produto, o almoxarife
deverá recusar o recebimento.
Após o recebimento provisório, cabe ao res-
ponsável pelo almoxarifado controlar a mo- Para efeito de descarga do material no Almo-
vimentação da nota fiscal através de planilha xarifado, a recepção é voltada para a confe-
eletrônica, bem como comunicar ao requisi- rência de volumes, confrontando-se a nota
tante, via e-mail institucional, a chegada do fiscal com o documento que ensejou o rece-
material para posterior atesto. bimento da mercadoria (nota de empenho,
documento de doação, etc.).
O almoxarifado do Instituto não se destina
a receber bens de propriedade pessoal dos Os materiais que passaram por essa primeira
servidores e colaboradores, portanto fica ex- etapa devem ser encaminhados ao Almoxari-
pressamente proibido o recebimento de ma- fado. Há possibilidade da nota fiscal apresen-
teriais que não se destinam ao uso do IFBA. tada ao almoxarife pertencer a uma empresa
que intermedeia a aquisição entre o IFBA e o
3.2.2 Conferência quantitativa fornecedor final, nesse caso, deverá ser pro-
Consiste em verificar se a quantidade de vo- videnciada nota fiscal correta imediatamente
lumes declarada pelo fornecedor na nota fis- junto ao fornecedor final.
cal ou documento equivalente corresponde
efetivamente à recebida. Para itens que tenham validade determinada,
é necessário observar se esta não está vencida.
O exame prévio para constatação das ava-
3 - RECEBIMENTO

rias é feito através da análise da disposição


das cargas, da observação das embalagens,
quanto a evidências de quebras, umidade,
dentre outros danos.
14
3.2.3 Rotina para recebimento de materiais

INÍCIO DO RECEBIMENTO:
CONFERIR A NOTA DE EMPENHO COM A NOTA FISCAL ENVIADA PELO FORNECEDOR
• Receber o material apenas se o valor da nota fiscal for igual ou menor do que o valor total da nota de empenho.
• Atentar-se com relação ao tipo de empenho: ordinário ou global. Quando ordinário, a entrega é feita na sua
totalidade; se global, a entrega poderá ser parcial.
• Verificar a nota fiscal de acordo com os itens do check-list.
• Observação sobre o frete: como o frete não é “a pagar”, a via do recibo do frete não fica no Instituto, sendo vi-
ável, no caso da transportadora, não deixar documento de transporte, tirar uma cópia do referido documento.
• No momento do recebimento, verificar a autenticidade da nota fiscal através do site Portal da Nota Fiscal
Eletrônica.

DESCARREGAMENTO DO MATERIAL
• O recebdor deve acompanhar o descarregamento, indicar o local adequado para acondicionar o material, con-
ferir a quantidade de volumes entregues de acordo com o recibo do frete.
• No ato do recebimento, se o recebedor verificar que houve danos nas embalagens, deverá escrever ou
carimbar no verso do recibo do frete: “Embalagem danificada. Sujeito à conferência pelo solicitante e possível
indenização.”
• Verificar se os materiais estão dentro da validade.

FINALIZAÇÃO DO RECEBIMENTO DO MATERIAL


• Depois de acompanhado e conferido toda a entrega do mateiral, o recebedor deve carimbar no canhoto da
nota fiscal: “A aceitação do material depende de exame qualitatitvo conforme a IN 205/88/SEDAP”.
• O almoxarife deve ainda datar, anotar a hora de chegada e saída e assinar a nota fiscal “Recebido pelo Almoxa-
rifado” sempre que possível na frente da nota, além de carimbar com o carimbo de identiicação do responsável
e assinar.

3 - RECEBIMENTO
• Finalizar o recebimento assinando e carimbando o canhoto da nota fiscal.

Figura 4 - Esquema geral do procedimento para recebimento de materiais

15
INÍCIO

Almoxarife recebe uma via da nota de empenho e


faz o lançamento para controle
* Verificar NF
com Check-list
(apresentado a
A nota fiscal seguir, na figura 6).
NÃO confere com a nota de SIM Conferir quanti-
empenho? dade de volumes,
condições das
embalagens.
Material em
NÃO Verificar autenti-
bom estado*?
cidade da NF no
site www.nfe.gov.
Recusa o recebimento
br (verificar se ex-
Finaliza o recebimento assinando iste mais alguma
o canhoto da NF ou equivalente condição deter-
FIM minante para não
recebimento do
FIM material).

Figura 5 - Fluxo do processo de recebimento e aceitação de materiais


3 - RECEBIMENTO

Figura 6 - Check-list de notas fiscais


16
3.3 Aceitação atesto de materiais” para que o requisitante
A aceitação consiste na operação segundo a entenda o que é o procedimento e atestar
qual se declara que o material recebido satis- a nota fiscal, o qual será encaminhado por
faz às especificações contratadas. e-mail ao requisitante.

Poderá ser dispensado do recebimento pro- O setor de almoxarifado protocolará duas


visório os alimentos perecíveis e alimentação vias da nota fiscal ou equivalente e entrega-
preparada. rá ao requisitante ou similar para que sejam
datadas, assinadas e carimbadas nos casos
Conferência qualitativa Regularização em que o material recebido esteja de acordo
com o que foi comprado.
Figura 7 – Esquema das fases da aceitação
Os casos de desconformidade entre o que foi
3.3.1 Conferência qualitativa solicitado (comprado) e o material recebido são
A conferência qualitativa deve preferencial- de responsabilidade do requisitante ou equiva-
mente ser feita pelo servidor que solicitou o lente e deve ser comunicado através de e-mail
material, por um servidor que tenha conhe- institucional ou memorando ao setor de almo-
cimento técnico ou por comissão especial- xarifado, discriminando as discrepâncias de for-
mente designada para esse fim, observado o ma detalhada, se possível, com fotos.
disposto no parágrafo 8º do artigo 15 da Lei
de licitações. A comissão terá preferencial- Para compras que ensejem notas fiscais cujo
mente um membro que faça parte do setor valor seja de grande vulto (acima do valor de
de almoxarifado. compra que possa ser dispensável a licitação)
será obrigatória o preenchimento do formu-
Cabe ao responsável pelo almoxarifado soli- lário de conferência técnica (Figura 2) por
citar a presença do requisitante do material parte da comissão especialmente designada
através de memorando ou e-mail institucio- para este fim.
nal. Na convocação devem constar: número
do empenho, número, valor e empresa da 3.3.2 Regularização
nota fiscal, descrição resumida dos materiais Caracteriza-se pelo controle do processo de
e o prazo para a conferência que será de no recebimento e aceitação, pela confirmação
máximo 72 horas úteis. Caso o requisitante da conferência qualitativa e quantitativa por

3 - RECEBIMENTO
não compareça nesse período, o almoxarife meio da assinatura no carimbo de atesto de
fica facultado a recusar o material. É necessá- materiais ou laudo de inspeção técnica, e pela
ria a leitura do documento “Orientações para confrontação das quantidades conferidas e
17
faturadas. Caso o requisitante ateste a nota O envio das notas fiscais para o setor financei-
fiscal, ela será devolvida para o setor de almo- ro dependerá de calendário previamente esti-
xarifado e doravante seja constatada alguma pulado e acordado entre o setor de almoxari-
irregularidade com o material ocasionado por fado e o setor financeiro. As notas fiscais que
omissão no momento da conferência qualita- tiverem suas pendencias sanadas após a data
tiva, cabe ao requisitante entrar em contato limite acordada entre os setores citados serão
com o fornecedor. O processo de regulariza- computadas para controle de estoque e en-
ção poderá dar origem a uma ou mais das se- viadas para pagamento no mês subsequente.
guintes situações:
Ocorrerá a liberação para pagamento quan-
do não houver pendências relacionadas à
Regularização nota fiscal e ao empenho. Somente ocorrerá
a liberação parcial para pagamento quando
Liberação de pagamento ao fornecedor o empenho for global e a nota fiscal estiver
sem pendências.
Liberação parcial de pgamento ao fornecedor 3.3.2.2 Liberação parcial do pagamento
ao fornecedor
Devolução de material ao fornecedor O pagamento parcial do empenho global ou
estimativo ocorrerá quando o fornecedor en-
Reclamação de falta ao fornecedor
viar parte do material descrito no empenho
juntamente com a respectiva nota fiscal. Se
Entrada do material no estoque
o valor e a descrição da nota fiscal estiverem
Figura 8 – Fases da regularização de acordo com o material recebido e sem ne-
nhuma pendência, o setor de almoxarifado
3.3.2.1 Liberação para pagamento
ao fornecedor poderá proceder ao pagamento.
As notas fiscais cujo empenho tenha como O pagamento parcial do empenho ordinário
elemento de despesa subitens de consumo ocorrerá quando o fornecedor expressar por
serão enviadas diretamente ao setor finan- escrito que não tem interesse em entregar o
ceiro. As notas fiscais referentes a bens per- material empenhado na sua totalidade e o va-
3 - RECEBIMENTO

manentes serão protocoladas para o setor de lor da nota fiscal estiver de acordo com o ma-
patrimônio e este estabelecerá os procedi- terial que foi entregue sem pendências. Nesse
mentos necessários para encaminhar as no- caso, uma via da nota fiscal será arquivada jun-
tas fiscais para o setor financeiro. tamente com o empenho, conhecimento de
18
transporte (via de frete) e o formulário de confe- necedor, onde é indicado o endereço e forma
rência técnica, quando for o caso. A outra via da de envio (recolhimento por parte da empresa
nota fiscal será encaminhada ao setor financei- ou transportadora, envio pelos correios, etc).
ro apensada obrigatoriamente da autorização
É vedado o pagamento do frete por parte do
de autenticidade da nota fiscal. Os outros docu-
IFBA na devolução de mercadorias quando
mentos como declaração do Simples Nacional,
a parte motivadora foi o fornecedor (peça já
nota de empenho, certidões negativas e outros
veio quebrada, defeito de fábrica, mal emba-
documentos não necessários a compor o arqui-
lada, etc).
vo do setor de almoxarifado serão apensados
se o fornecedor disponibilizar previamente. 3.3.2.4 Reclamação de falta de material
ao fornecedor
A empresa poderá corrigir a nota fiscal com
As pendências informadas pelo requisitante ou
o valor da mercadoria que está sem pendên-
equivalente serão encaminhadas ao fornecedor
cia, desde que o valor residual do empenho
ou por telefone ou por e-mail ou por ambos.
não ultrapasse 5% do valor total do empe-
nho, e expedir um documento confirman- Sempre que o setor de almoxarifado entrar em
do o conhecimento que poderá ter o valor contato com o fornecedor por telefone deve
residual do seu empenho cancelado. Nesse anotar as principais informações obtidas na
caso, cabe ao setor de almoxarifado informar conversa, bem como o horário, data e nome
o ocorrido aos setores de compras, contabili- do funcionário com quem se comunicou.
dade, financeiro e orçamento.
Caso acabe o prazo que o fornecedor deu
Não é de responsabilidade do setor de almo- para sanar as pendências ou, na falta do pra-
xarifado providenciar, junto ao fornecedor, zo, decorram dois meses após o primeiro
documentos como declaração do simples contato, deve-se encaminhar um relatório do
Nacional, nota de empenho, certidões nega- ocorrido ao setor de compras, para que esse
tivas e demais documentos necessários para tome as providências cabíveis.
os procedimentos de outros setores.
Para empenhos ordinários, as notas fiscais só
3.3.2.3 Devolução de material ao fornecedor serão liberadas para pagamento após o recebi-
O material em excesso ou com defeito será mento total dos materiais que foram comprados.

3 - RECEBIMENTO
devolvido ao fornecedor.
3.3.2.5 Entrada do material no estoque
A devolução de material se dá mediante au- A entrada do material no estoque consiste no
torização por escrito (e-mail, fax, carta) do for- registro detalhado dos materiais recebidos,
19
seus valores e quantidades e demais caracte- trole e acompanhamento de notas fiscais e
rísticas que o controle utilizado requerer. empenhos, bem como o encaminhamento
A entrada do material em estoque enseja a da referida nota fiscal para o setor responsá-
atualização da nota fiscal na planilha de con- vel pela execução financeira.

3.4 Rotinas para aceitação de materiais

O almoxarife deve enviar e-mail comunicando o responsável sobre o material ou equipamento disponível
a conferência. Se a nota fiscal for de grande vulto, o requisitante preencherá o formulário de conferência
técnica (figura 2).

O requistante deverá, se possível, retirar o material junto com as duas vias da nota fiscal e conferir se o mate-
rial está conforme o solicitado no setor de compras.

Se constatado alguma irregularidade no material recebido durante sua conferência, o almoxarife deve pro-
videnciar, junto ao fornecedor, sua resolução, estando o responsável pelo material ciente desse processo.
Em caso de devolução, o Almoxarife deve providenciar, em comum acordo com o fornecedor, o meio mais
eficiente para devolução do material.

Após a devida conferência do material estiver correto o almoxarife deve cadastrar os materiais com as carac-
terísticas que o controle utilizado solicitar.

Para os materiais de consumo, o setor de almoxarifado encaminhará a nota fiscal junto com sua respectiva
autenticidade para pagamento. Quando material for enquadrado como bem permanente, a nota fiscal junto
3 - RECEBIMENTO

com os documentos que a acompanham deve ser protocolada para a Divisão de Patrimônio

Figura 9 – Esquema de conferência de materiais

20
INÍCIO

Almoxarife identifica e solicita ao responsável a conferência do material

O responsável confere
NÃO o material quantitativamente e SIM
qualitativamente

CONSUMO PERMANENTE

Almoxarife entra em
contato com o fornecedor
para providenciar a reso- O responsável retira O responsável
lução da irregularidade o material mediante preenche o Formulário
encontrada protocolo de entrega Conferência Técnica

Em caso de devolução, Almoxarife lança a nota Almoxarife lança a nota


o almoxarife prepara o fiscal e realiza a baixa fiscal e realiza a baixa
documento de remessa e na relação de materiais na relação de materiais
embala o material pendentes de entrega pendentes de entrega

Almoxarife encaminha a
Aguarda a troca nota fiscal à Divisão de Almoxarife encaminha
do material Compras ou Financeiro todo o processo de com-
para pagamento pra, anexado a nota fiscal,
à Divisão de Patrimônio

Almoxarife arquiva
o restante do
processo de FIM
compra

3 - RECEBIMENTO
FIM
Figura 10 - Fluxograma da rotina para aceitação de materiais
21
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA
REITORIA/CAMPUS X
PRÓ-REITORIA DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO
DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO

FORMULÁRIO DE CONFERÊNCIA TÉCNICA

O pagamento da empresa discriminada abaixo somente será efetuado após a entrega deste
documento junto ao Setor de Almoxarifado (Devolver com Urgência).

Requisitante: Setor:

Material: Quantidade:

Empresa:

Nota fiscal: CNPJ:

Valor total da NF: Data de emissão da NF:

Data da emissão: ___/___/_____

Foram conferidas as mercadorias constantes no Empenho nº _______________ os quais se


encontram:
( ) de acordo com as especificações técnicas solicitadas, bem como em condições normais de
funcionamento.
( ) em desacordo com especificações técnicas solicitadas pelo (s) motivo (s) a seguir:

Preencher o quadro abaixo após o laudo técnico

Conferido por:
Matrícula SIAPE:
Setor: __________________________
Data: Assinatura

Para uso exclusivo do Almoxarifado


3 - RECEBIMENTO

Planilha deve ser editada do Word

26

Figura 11 – Formulário de conferência técnica


22
3.5 Planilha de controle de notas fiscais
A planilha de acompanhamento de notas A planilha de controle de notas deverá con-
fiscais é de preenchimento obrigatório e ex- ter dados que permita aos usuários internos
clusivo do setor de Almoxarifado e deve ser e externos do almoxarifado a identificação
observada a partir do recebimento provisório individual de cada nota fiscal. Os dados a se-
até a entrega da nota fiscal para o setor de rem preenchidos serão os itens descritos na
execução financeira. Figura 12.

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA


REITORIA/CAMPUS X
PRÓ-REITORIA DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO
DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO
Coordenação de Almoxarifado e Patrimônio

CONTROLE DE NOTAS FISCAIS

Data em que a
Data de Número Valor Data de Descrição Setor em Observações
Número NF esteve
chegada do total da emissão sucinta do Nome do que a NF sobre
Empresa CNPJ da NF ou disponível para
do empenho NF ou da NF ou material requisitante se eventuais
similar atesto do
material ou similar similar similar recebido encontra divergências.
requisitante

Para uso exclusivo do Almoxarifado


Planilha deve ser editada do Excel

3 - RECEBIMENTO
Figura 12 – Planilha de controle de Notas Fiscais 28

23
4 ARMAZENAMENTO

É a execução de um conjunto de métodos e 4.2 Subdivisões da unidade


técnicas de guarda, preservação e disposição de armazenamento:
racional do material nos setores e unidades
de estocagem. Área de Área de
Área
Área de
de estocagem
estocagem
recebimento distribuição
A armazenagem dos materiais no Almoxari-
fado obedece a cuidados especiais, que de- • Circulação principal
vem ser definidos no sistema de instalação • Corredores de acesso
• Corredores de segurança
e no layout adotado, proporcionando con- • Área de estoque
dições físicas que preservem a qualidade
Figura 13 – Unidades de armazenamento
dos materiais, objetivando a ocupação ple-
na do local de armazenamento e a ordena- 4.2.1 Área de recebimento
ção da arrumação. É parte da área de armazenagem destinada ao
recebimento, conferência e identificação dos
materiais. Sua localização será, preferencialmen-
É terminantemente proibida a guarda, ainda te, próxima à porta principal do Almoxarifado
que seja provisória, de material que não seja ou da instalação da unidade armazenadora e
de propriedade ou destinada ao IFBA. separada fisicamente das demais áreas do almo-
xarifado através de painéis/divisórias/paredes/
estantes etc., devendo ser dotada de estrados
4.1 Setores consumidores de materiais
(palets) para acomodação dos materiais até a
São os setores da Reitoria/Campus aptos a sua remoção para a área de estocagem.
solicitar materiais ao Almoxarifado. Os se-
tores consumidores de materiais deverão 4.2.2 Área de estocagem
ser cadastrados previamente no Almoxari- Parte da área de armazenagem destinada
exclusivamente ao estoque, arrumação e lo-
4 - ARMAZENAMENTO

fado e servirão como centro de custos para


apuração, controle e análise dos bens for- calização dos materiais, compreendendo: cir-
necidos, bem como ao planejamento de culação principal, corredores de acesso e de
novas aquisições. segurança, zonas de estoque e áreas livres.

24
4.2.2.1 Circulação principal 4.2.3 Área de distribuição
Localiza-se na frente da instalação da unidade É parte da área de armazenagem destinada à
armazenadora, atravessando-a em linha reta expedição dos materiais. Sua localização será,
até a porta, parede ou cerca oposta. Sua largura de preferência, próxima à porta principal e
é estabelecida em função das necessidades de afastada da área de recebimento, e separada
movimentação dos materiais, sendo limitada fisicamente das demais áreas através de pai-
ao mínimo indispensável de 50 centímetros, néis, divisórias, paredes, etc.
sem prejuízo da circulação dos equipamentos.
4.3 Fases da armazenagem dos materiais
4.2.2.2 Corredores de acesso
Áreas de circulação localizadas entre as áreas de Recebimento do material finalizado

estocagem e/ou áreas livres, destinadas à movi-


mentação do material e ao trânsito de pessoas. 1 - Identificação do material

Verificação das condições de


proteção e armazenamento
4.2.2.3 Corredores de segurança
2 - Guarda da localização adequada
Áreas de circulação localizadas entre as pare-
des ou cercas da instalação de unidade arma-
3 - Informação da localização física
zenadora e as áreas de estocagem ou áreas (ficha de prateleira)
livres, destinadas, basicamente, a atender às
necessidades de segurança. Devem ter no 4 - Contabilização do material
mínimo 50 centímetros de largura.
5 - Cadastro o catálogo de materiais
4.2.2.4 Áreas de estoque
Espaços decorrentes da divisão de uma área de Figura 14 – Processo de armazenamento de materiais
estocagem, destinados a definir a localização
do material nas unidades de estocagem e/ou 4.3.1 Verificação das condições de
áreas livres, podendo ser: ABERTOS (para ma- proteção e armazenamento
terial de alta rotatividade ou que não requeira Cabe ao responsável pelo almoxarifado veri-
condições especiais de segurança e/ou preser- ficar constantemente as condições físicas da
vação) e FECHADOS (delimitados por paredes e unidade armazenadora de materiais. Haven-

4 - ARMAZENAMENTO
teto, destinados à segurança e/ou preservação do comprometimento dessas, comunicar ao
de materiais, tais como: eletrodos, produtos setor responsável pela manutenção da Rei-
perecíveis, ferramentas, instrumentos de pre- toria/Campus para providências cabíveis no
cisão, material radioativo, produtos químicos, intuito de proteger a segurança dos materiais
hospitalares, cirúrgicos, farmacêuticos, etc.). e colaboradores.
25
4.3.1.1 Segurança na armazenagem e os detritos de combustível são causas fre-
São procedimentos promovidos sistematica- quentes de incêndio. A limpeza do almoxari-
mente pelos colaboradores do almoxarifado, fado devera obedecer a cronograma estipu-
da segurança e da limpeza, que englobam lado entre o almoxarife e o responsável pela
medidas para prevenir incêndios, furtos, rou- limpeza (limpeza simples duas vezes por se-
bos e acidentes pessoais, bem como medidas mana e a cada quinze dias limpeza pesada)1;
que assegurem o patrimônio. • Quando materiais estiverem estocados a
uma altura que exceder a 2 metros, obser-
Principais medidas: var a norma regulamentadora nº 35 do Mi-
• O acesso ao almoxarifado somente deverá ser nistério do Trabalho e Emprego;
permitido a pessoas autorizadas pela chefia; • As dedetizações periódicas tem o objetivo
• Os locais proibidos ao fumo deverão pos- de proteger o almoxarifado contra animais
suir letreiros informativos, posicionados em que possam ameaçar a integridade dos ma-
local de fácil visualização; teriais e dos colaboradores. É responsabili-
dade do almoxarife solicitar anualmente a
• As instalações do almoxarifado deverão ser
dedetização do almoxarifado.
dotadas de porta com trancas e/ou cadea-
dos e em se tratando de áreas descobertas
4.3.1.2 Medida de segurança
e galpões, de sistema de vigilância;
O Almoxarifado não deve encontrar-se em
• As instalações que possuírem áreas de ven-
estado de vulnerabilidade no tocante à segu-
tilação deverão ser protegidas com telas
rança patrimonial. É o setor responsável pela
metálicas de malha fina para impedir a en-
acomodação não apenas do estoque de ma-
trada de roedores, aves e outros animais;
terial de consumo, mas também pode abri-
• Os corredores, escadas, bem como saídas de gar materiais permanentes. Por isso, deve-se
emergência deverão possuir sinalização de assegurar a prevenção contra imprevistos,
advertência de fácil visualização e leitura; sendo prioridade requerer o mínimo de cau-
• Equipamentos de proteção individual, calça- tela com o patrimônio público, como instala-
dos de segurança, capacetes, luvas, etc., de- ção de câmeras e sinalização de segurança,
vem ser empregados quando houver possi- extintores de incêndio, etc.
bilidade de acidente;
4 - ARMAZENAMENTO

1 Limpeza simples – varrer e passar pano úmido no


• As instalações e os equipamentos elétricos de- chão 2 vezes por semana.
verão ter inspeção e manutenção periódicas; Limpeza pesada – varrer e passar o pano úmido
no chão, retirar os materiais em ordem das pratelei-
• A limpeza e arrumação são aspectos impor- ras e limpar (materiais e prateleiras) com pano úmido
tantes na prevenção contra o fogo, pois o lixo e vasculhar o teto a cada quinze dias.
26
4.3.2 Identificação do material 4.3.2.2 Codificação
Os critérios básicos para identificar o material A codificação do material consiste em meto-
são a descrição e a codificação. dizar o processo, sendo utilizada internamen-
4.3.2.1 Descrição te pelo setor de almoxarifado.
A descrição do material deve ser feita com A codificação de cada material será do tipo al-
base nas características físicas do material fanumérico, em que a letra inicial do item será
recebido e aceito. Isto porque a descrição do acrescida de três números que serão gerados
item na nota de empenho pode não coincidir numa sequência numérica crescente. Exemplo:
com a descrição que o almoxarifado utilize. açúcar cristal marca Coité, código A-001. O próxi-
mo item que o nome na descrição começa com
O material aceito deve ser catalogado de acor-
a letra “A” terá o código A-002, e assim por diante.
do com uma descrição que possibilite fácil iden-
tificação visual por parte dos usuários externos. A lista de codificação de materiais (Figura 1)
deverá estar sempre visível dentro do almo-
Na identificação deve conter obrigatoriamente:
xarifado e disponível para o servidor que au-
• unidade de fornecimento do material - o toriza a saída dos materiais. A codificação dos
almoxarife deve utilizar como unidade de itens será obrigatória no preenchimento da re-
fornecimento aquela na qual os usuários quisição de materiais, sendo atribuição do ser-
externos irão solicitar, devendo optar sem- vidor que autoriza o fornecimento do material
pre pela menor unidade. Ex.: no empenho, preenchê-la em local apropriado.
consta que o IFBA comprou canetas por
A lista com os códigos de cada material deve
caixas, cada caixa contém 50 unidades,
ser atualizada sempre que um novo material
porém o almoxarifado e os usuários cos-
estiver disponível para o fornecimento.
tumam solicitar o mínimo de 5 unidades.
Portanto, a unidade de fornecimento do 4.3.3 Guarda na localização adequada
material será de 5 unidades; A arrumação do material deve ser executada
• a descrição detalhada com especificação de levando em consideração aspectos a seguir
medidas – quanto mais informações a espe- elencados, assim como os dispositivos legais
concernentes à matéria:

4 - ARMAZENAMENTO
cificação tiver como largura, comprimento,
espessura, etc., melhor o usuário dos itens • deve ser evitado o contato direto do material
do almoxarifado poderá identificar o que re- com o piso e as paredes; para isso, utiliza-se
almente precisa; acessório de proteção (palets) e uma distân-
• marca dos materiais descritos. cia mínima de 50cm da parede, facilitando a
27
limpeza, a higiene e, consequentemente, a • conservação do material nas embalagens ori-
conservação dos mesmos; ginais, que somente deverão ser abertas ou
• materiais da mesma classe (exemplo: mate- removidas em ocasiões de fornecimento, ins-
rial hospitalar) devem ficar em local contí- peção e preservação em caso de vazamento;
guo, de modo a facilitar sua movimentação, • observância rigorosa da capacidade de car-
inspeção e rápida realização de inventário; ga dos pisos e das unidades de estocagem;
• arrumação dos estoques de materiais idênti- • estocagem do material, exclusivamente,
cos: devem ser organizados de acordo com a nos espaços úteis das unidades de estoca-
data de recebimento de cada um, de modo gem e áreas livres, mantendo livre a circula-
a permitir que os itens estocados há mais ção, os corredores de segurança, bem como
tempo sejam fornecidos prioritariamente os corredores de acesso às portas, unidades
(PEPS - Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair), de estocagem e extintores de incêndio;
combinando esse critério com o da validade • estocagem adequada do material solto em
do lote, assim o material com prazo de vali- escaninhos, por meio de empacotamen-
dade mais curto deve sair primeiro, visando to ou amarração uniforme, com marcação
minimizar produtos vencidos no estoque; externa dos dados de identificação afim de
• estocagem de material de movimentação evitar a sua contaminação;
constante localizar-se-á em corredores de • material pesado e de grande volume, fre-
fácil e rápido acesso, proporcionando eco- quentemente movimentado, deve ser estoca-
nomia de tempo e de mão-de-obra; do em local de fácil acesso e próximo à saída;
• estocagem de materiais volumosos estará • não deve haver material estocado nos cor-
disposto nas partes inferiores das unidades redores e áreas de circulação, as quais de-
de estocagem e os pesados sobre estrados, vem permanecer livres e bem iluminadas,
porta-estrados, engradados e porta-engra- de modo que o tráfego de pessoas e mate-
dados, eliminando-se riscos de acidentes rial possa fluir livremente;
ou avarias e facilitando as atividades de • o material deve ser empilhado de forma a
movimentação; não comprometer a segurança das pessoas
• uniformização do empilhamento do mate- ao redor, assim como a qualidade do pró-
4 - ARMAZENAMENTO

rial, observando-se que as pilhas devem ser prio material que pode vir a ser afetada em
formadas sempre do fundo para frente e da decorrência de excessiva pressão e da au-
esquerda para a direita do setor de estoca- sência de adequado arejamento;
gem, respeitando o limite máximo permiti- • material inflamável e material alimentício de-
do descrito nas embalagens ou caixas; vem ser estocados separadamente dos demais;
28
• a arrumação dos materiais (a face da em- • manter previamente separados por fração
balagem ou etiqueta) deve ser feita de de fornecimento aqueles materiais adqui-
modo a manter-se voltada
4.3.4 Informação para o lado
da Localização Física de ridos de difícil contagem (canetas, envelo-
acesso ao local de finalidade
Tem por armazenagem, detalhada a corretapes,
conten-
indicar de forma posiçãoparafusos, etc).
do material na área de estocagem,
através de informações referentes à identificação e localização.
do a marcação do item, permitindo a fácil 4.3.4 Informação da localização Física
e rápida leitura
4.3.4.1de identificação e das de-
Ficha de Prateleira do Material
Tem por finalidade indicar de forma detalha-
mais informações
A ficha deregistradas;
da a correta posição do material na área de
prateleira destina-se a controlar o material no próprio local em que está estocado. O seu uso
• quando o material precisar
evita a necessidade de ser empilhado,
realizar a contagem da real existência física em quantidade. Ela permanece junto
estocagem, através de informações referen-
deve-se atentar para a segurança e altura
ao material e é utilizada quando o mesmo tiver o seu saldo alterado (fornecido, devolvido, recebido).
tes à identificação e localização.
das pilhas, de modo a não afetar sua quali-
Os campos que deverão ser obrigatoriamente preenchidos: DATA, SALDO INICIAL, SAÍDA, SALDO
FINAL e ASSINATURA do servidor responsável pela retirar do material da prateleira. A entrada ou
dade pelo efeito da pressão decorrente, o 4.3.4.1 Ficha de prateleira do material
devolução de materiais também deverá ser observada no campo: ENTRADA.
arejamento Todo
(distância de 70cm aproxima- A ficha
e qualquer material que adentre ao almoxarifado deve de prateleira
ter a respectiva destina-se a controlar o
ficha de prateleira.
damente doCabe teto e de 50cm aproximada- material no próprio local em que está estoca-
ao responsável pelo almoxarifado gerar a ficha de prateleira de acordo com o modelo da figura 2,
mente das paredes);
apresentada a seguir. do. O seu uso evita a necessidade de realizar
Figura 15 – Modelo ficha de prateleira

PRÓ-REITORIA DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO


DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO
SETOR DE ALMOXARIFADO

FICHA DE PRATELEIRA

MATERIAL: ..............................................................
ESTANTE PRATELEIRA

SALDO
DATA SALDO INICIAL ENTRADA SAÍDA ASSINATURA
FINAL

4 - ARMAZENAMENTO
34
Figura 15 – Modelo ficha de prateleira
29
a contagem da real existência física em quan- A unidade de medida a ser utilizada será
tidade. Ela permanece junto ao material e é aquela que o almoxarifado fornecerá o mate-
utilizada quando esse tiver o seu saldo altera- rial. Exemplo: nota de empenho caneta mar-
do (fornecido, devolvido, recebido). ca X, caixa com 50 unidades com o valor de
R$ 25,00. O almoxarifado distribui as canetas
Os campos que deverão ser obrigatoriamen- por unidade, o valor a ser inserido no RMA
te preenchidos: DATA, SALDO INICIAL, SAÍDA, será: R$25,00 ÷ 50 unidades = R$0,50.
SALDO FINAL e ASSINATURA (do servidor res-
Cabe ao responsável pelo almoxarifado ali-
ponsável pela retirar do material da prateleira). mentar diariamente o Relatório Mensal do
A entrada ou devolução de materiais também Almoxarifado de acordo com as requisições
deverá ser observada no campo ENTRADA. atendidas.
Todo e qualquer material que adentre ao Os materiais recebidos através de doação
almoxarifado deve ter a respectiva ficha de deverão ser incorporados ao estoque físico
prateleira. e financeiro do Campus Reitoria. O setor de
almoxarifado deve comunicar ao setor de
Cabe ao responsável pelo almoxarifado gerar Contabilidade a variação do estoque, com in-
a ficha de prateleira de acordo com o modelo formações objetivas e seguras. Para cessões
da Figura 15. realizadas entre campus será possível fazer a
4.3.5 Contabilização do material transferência contábil, desde que o material
componha o estoque contábil do campus
Todo material que estiver em posse do almo-
que esteja doando o material.
xarifado de forma definitiva deve ser conta-
bilizado, ou seja, deve-se atribuir uma descri- 4.3.6 Cadastro no catálogo de materiais
ção, codificação e valor devido ao material. A O catálogo de material condensa todos os
contabilização é obrigatória, ainda que o ma- itens disponíveis no almoxarifado. Ele contém
terial tenha sido doado ao Campus Reitoria. os dados dos materiais, tais como: identifica-
ção com imagem, unidade de fornecimento
Na ausência de sistema informatizado para
controle do estoque, o almoxarife deverá e demais informações necessárias e específi-
utilizar para controle do estoque, o Relatório cas da instituição. Seu principal objetivo é a
4 - ARMAZENAMENTO

Mensal de Almoxarifado (RMA). Nessa fase, divulgação uniforme da linguagem e da pa-


deve-se cadastrar o material no RMA com a dronização das descrições nas requisições de
descrição feita com base no item 6.3.1 deste material, bem como servir de mostruário dos
manual e os valores constantes no empenho materiais de expediente que qualquer usuá-
do material. rio possa solicitar.
30
O documento supracitado terá divulgação
ampla e abrangente, disponibilização em
5 CONTROLE DE
meio eletrônico através do e-mail institucio- ESTOQUE
nal, sempre em formato PDF e deverá ser atu-
alizado no máximo a cada quatro meses, de-
vendo conter imagens de materiais idênticos
5.1 Conceito
ou similares aos que integram o almoxarifado,
bem como suas descrições devem ser feitas É através desse controle que a administração
de acordo com o item 6.3.1 deste manual. será capaz de prever o quanto será necessário
Obrigatoriamente deverá conter no catálogo comprar na próxima aquisição. Desse modo,
os seguintes dados: o controle deve ser feito de maneira diferen-
te para cada item de acordo com o grau de
• descrição de material;
importância, valor relativo, dificuldades no
• unidade de fornecimento;
ressuprimento.
• figura igual ou semelhante.
A distribuição dos materiais será feita obri- Esses controles podem ser:
gatoriamente a partir dos dados fornecidos • registro de pedidos de fornecimento (requi-
pelo catálogo de materiais. sições);
4.4 Itens ociosos • acompanhamento periódico;
Cabe ao almoxarife verificar constantemente • acompanhamento a cada movimentação.
os itens que estão ociosos no almoxarifado Quando os itens envolverem valores eleva-
através da análise das saídas do material nos úl-
dos ou de importância vital para a organiza-
timos 12 meses. Caso o material tenha mais de
ção, à medida que são requisitados, deve-se
12 meses sem movimentação, cabe ao almoxa-
rife, juntamente com seu superior hierárquico observar o Intervalo de Aquisição para que
decidir como será o desfazimento do material. não ocorram faltas e consequentemente rup-
tura do estoque.
5.2 Renovação de estoque

5 - CONTROLE DE ESTOQUE
O acompanhamento dos níveis de estoque
e as decisões de quando e quanto comprar,
deverão ocorrer em função da aplicação das
fórmulas constantes do subitem 7.3.

Os fatores de ressuprimento são definidos:


31
a) Consumo Médio Mensal (c) - média arit- emissão de um pedido de compra, visan-
mética do consumo nos últimos 12 meses; do recompletar o Estoque Máximo. Obtém-
b) Tempo de Aquisição (T) - período decorri- -se somando ao Estoque Mínimo o produto
do entre a emissão do pedido de compra e do Consumo Médio Mensal pelo Tempo de
o recebimento do material no Almoxarifado Aquisição;
(relativo sempre à unidade mês); g) Quantidade a Ressuprir (Q) - número de
c) Intervalo de Aquisição (I) - período com- unidades adquiridas para recompor o Estoque
preendido entre duas aquisições normais e Máximo. Obtém-se multiplicando o Consumo
sucessivas; Médio Mensal pelo Intervalo de Aquisição.
d) Estoque Mínimo ou de Segurança (Em) -
5.3 Fórmulas
é a menor quantidade de material a ser man-
tida em estoque capaz de atender a um con- As fórmulas aplicáveis à gerência de estoques
sumo superior ao estimado para um certo são:
período ou para atender a demanda normal a) Consumo Médio Mensal c = Consumo
em caso de entrega da nova aquisição. É apli- Anual
cável tão somente aos itens indispensáveis b) Estoque Mínimo Em = c x f
aos serviços do órgão ou entidade. Obtém-se c) Estoque Máximo EM = Em + c x I
multiplicando o consumo médio mensal por d) Ponto de Pedido Pp = Em + c x T
uma fração (f) do tempo de aquisição que e) Quantidade a Ressuprir Q = C x I
deve, em princípio, variar de 0,25 de T a 0,50
de T; Os parâmetros de revisão poderão ser redi-
e) Estoque Máximo (EM) - a maior quanti- mensionadas à vista dos resultados do con-
dade de material admissível em estoque, su- trole e corrigidas as distorções porventura
ficiente para o consumo em certo período, existentes nos estoques.
devendo-se considerar a área de armazena-
gem, disponibilidade financeira, imobilização
de recursos, intervalo e tempo de aquisição,
perecimento, obsoletismo etc. Obtém-se
5 - CONTROLE DE ESTOQUE

somando ao Estoque Mínimo o produto do


Consumo Médio Mensal pelo intervalo de
Aquisição;
f) Ponto de Pedido (Pp) - nível de estoque
que, ao ser atingido, determina imediata
32
6 DISTRIBUIÇÃO 6.2 Requisição de materiais do almoxarifado
É o documento pelo qual os usuários requisi-
tam os materiais no Almoxarifado.
A requisição de materiais é um pedido oficial,
É o processo pelo qual se faz chegar o mate-
pormenorizado, do setor que vai consumir o
rial solicitado em perfeitas condições ao usu-
material. Ao receber uma requisição, o almo-
ário. A distribuição de material pelas diversas
xarife terá que preliminarmente efetuar as se-
unidades integrantes da estrutura organiza-
guintes conferências:
cional da Instituição deve ser feita mediante
“Requisição de material” (Figura 17) devida- • verificar se o setor emitiu a requisição den-
tro dos padrões previamente definidos no
mente preenchida pelo usuário.
documento “Orientação para requisição de
6.1 Rotinas para distribuição de materiais materiais”
O almoxarife, após receber a requisição de • constatar se as quantidades pedidas estão nor-
materiais (por email) e imprimi-la ou recebê- mais e dentro das possibilidades do estoque.
-la impressa do requisitante, procederá com Toda RM tem que ser objetiva, oferecendo
as seguintes ações: ao usuário, Almoxarifado e a Contabilidade
todos os dados necessários para um perfeito
Verificar se o solicitante preencheu adequadamente a controle dos materiais e dos gastos. Os itens
Requisição de Materiais (RM)
de preenchimento obrigatório do usuário es-
tão contidos nas “Orientações para pedido de
Proceder o registro: codificação e ficha de prateleira material de expediente” e a sua não obediên-
cia deve ensejar a recusa do fornecimento do
Preencher a requisição no que couber ao almoxarifado material. A entrega dos materiais se fará me-
diante a assinatura, carimbo e data de recebi-
Separar e embalar o material previamente escolhido mento do servidor lotado no setor solicitante.
Quando o almoxarife receber a requisição de
Entregar o material ao solicitante materiais, deve fornecer no máximo a quanti-
dade solicitada pelo requisitante.
Solicitante data e assina a Requisição de Materiais (RM)

6 - DISTRIBUIÇÃO
As requisições de materiais devem ser arqui-
vadas pelo setor de Almoxarifado de forma
Arquivar a Requisição de Materiais (RM)
cronológica por data de recebimento em
Figura 16 – Processo de distribuição de materiais pasta exclusiva para esses documentos.
33
6 - DISTRIBUIÇÃO

Figura 17 – Ficha de requisição de material


34
O documento “Orientações para requisição ficados, o material poderá ser retirado pelo
de material” deve ser distribuído para todos solicitante no próprio almoxarifado.
os setores, pois o preenchimento das requisi- 6.4.1 Cuidados básicos na
ções de materiais deverá obedecer às instru- distribuição de materiais:
ções contidas no documento supracitado. • Separar os pedidos por setor
• agrupar os materiais por mesma família por
6.3 Responsabilidades do solicitante
Requisição de Materiais;
• Realizar as solicitações somente ao respon- • embalar produtos sujeitos a danos no transporte;
sável pelo almoxarifado ou ao seu substituto; • observar os limites de carga de cada equipa-
• preencher corretamente a requisição; mento e das caixas;
• solicitar a quantidade considerável para o • quando necessário, utilizar lacre plástico
consumo; de segurança para garantir a inviolabilida-
• fazer o levantamento do quantitativo ne- de dos volumes distribuídos.
cessário ao consumo do seu setor;
6.4.2 Equipamentos e utensílios recomen-
• respeitar o prazo de distribuição estabele-
dados para auxílio na distribuição:
cido pelo Almoxarifado;
• Caixas abertas;
• receber os materiais e distribuí-los dentro
• caixas fechadas com lacre de segurança;
do setor; • paletes retornáveis;
• entrar imediatamente em contato com setor • engradados;
de Almoxarifado quando verificar qualquer • equipamentos de Proteção Individual: lu-
divergência no material e/ou requisição; vas, capacetes, botas de segurança, etc.;
• arquivar de forma segura, organizada e • carrinho de carga;
cronológica as requisições de solicitação • paleteira manual e/ou elétrica.
para possíveis consultas, prestações de
6.5 Solicitação de materiais pelo
contas, auditorias e planejamentos.
setor de almoxarifado
6.4 Entrega do material Atendendo ao princípio da segregação de
O almoxarifado deve proceder à entrega do funções (princípio básico de controle interno
material de forma ordenada e previamente essencial para a sua efetividade), quando o
estabelecida em cronograma, providenciando setor de almoxarifado precisar requerer ma-
para que sejam efetuadas a conferência e assi- teriais, a requisição deverá ser preenchida

6 - DISTRIBUIÇÃO
natura de recebimento no ato de entrega. pelo responsável pelo Almoxarifado e a auto-
rização de saída (assinatura e carimbo do res-
Nos casos de natureza “Urgente”, “Emergên- ponsável pelo almoxarifado) será feita pelo
cia” ou “Extraordinária”, devidamente justi- superior imediato do chefe do almoxarifado.
35
7 LEGISLAÇÃO 8 DISPOSIÇÕES
GERAIS
A administração de Almoxarifados de órgãos Este Manual poderá sofrer alterações a qual-
públicos federais é regida pela Instrução Nor- quer momento, assim que verificadas ne-
mativa nº 205, de 08 de abril de 1988, que cessidades de melhoramento e aperfeiço-
tem como objetivo racionalizar, com minimi- amento nas atividades desenvolvidas nos
zação de custos, o uso de material através de Almoxarifados do IFBA.
técnicas modernas que atualizam e enrique-
Complementa este Manual a Instrução Nor-
cem essa gestão com as desejáveis condições
mativa nº 205, de 08 de abril de 1988.
de operacionalidade no emprego do mate-
rial nas diversas atividades (Lei 8.666/86 em Este Manual considera a Lei nº 8.112 de 11 de
especial seus artigos 15, 67, 69, 73, 74, 76 e 92). dezembro de 1990, que dispõe sobre o regime
jurídico dos servidores públicos da União, das
É importante salientar que toda operação (re-
autarquias e das fundações públicas federais.
cebimento, armazenagem e distribuição) rea-
lizada pelo almoxarifado deve estar cercada Considera também o Decreto nº 1.171 de 22
de documentação própria. de junho de 1994, que aprova o Código de
Ética do Servidor Público Civil do Poder Exe-
cutivo Federal.

Os casos não previstos e/ou descritos nes-


te Manual deverão ser discutidos junto à
Comissão de Adequação do Almoxarifado.
Esclarecimentos e informações adicionais
poderão ser obtidos diretamente com a pre-
MANUAL DO ALMOXARIFADO | IFBA

sidente da comissão supracitada pelo e-mail


almoxarifado-reitoria@ifba.edu.br

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MANUAL DO
ALMOXARIFADO
Manual de normas e procedimentos
dos processos dos setores de almoxarifado

INSTITUTO FEDERAL
DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Bahia

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