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ANSIEDADE, PÂNICO E COMPULSÕES

Café filosófico – Fernanda Pacheco Ferreira

- ter o diagnostico e ter uma causa “exterior” para seus sintomas parece ser
algo mais tranquilizador do que de fato tentar pensar o que essa
nomenclatura significa para aquele individuo.
- Medicalização de “patologias”
- Freud- luto é um trabalho, algo que precisa da introspecção e de se retrair
para viver o luto
-visão crítica em relação ao porquê dessa patologia, porque surgiu dessa
forma
-o que aumentou nos dias de hoje são as prescrição e pela busca desse
diagnóstico, além do maior numero de artigos científicos sobre, o que pode
ser sugerido enquanto aumento de ansiedade e depressão nos dias de hoje.
-pressão que temos para sermos normais e uma busca de algo inatingível –
busca de uma felicidade suprema, completude
- saúde: bem estar físico, mental e social – definição da OMS.
- frustração em não atingir isso, causando depressão, ansiedade e
insuficiência (ideia de que alguém é assim, mas não fui capaz de alcançar,
trazendo dor e sofrimento psíquico)
- ANSIEDADE
- Transtorno de pânico (neurose de angustia, Freud.) – inicio súbito, onde a
pessoa não é capaz de fazer a correlação entre esse surgimento e o motivo –
é algo inexplicável para a pessoa no momento. Depois: medo de sentir a
crise novamente, o sujeito se esquiva e se retrai cada vez por medo disso
acontecer novamente
- 3 teorias da neurose de angustia do Freud:
1. Excesso de excitação que não pôde ter um escoamento apropriado, não
pôde ser eliminado.
2. Recalque como mecanismo de defesa de tirar da consciência algo que
causa mau estar, é preciso tirar essa ideia da cs – não dar livre vasão a um
desejo por exemplo, causando mau estar
3. Ansiedade é um sinal que indica um perigo possível, um perigo iminente, e
tem uma função protetora, em pequenas doses, para você se preparar para o
perigo, não ser pego de surpresa, como o é na crise de pânico.
- a experiência subjacente a toda a expressão de angustia em Freud é como
uma experiência de desamparo, desproteção.
- A repetição dos ataques de pânico, são uma busca para tentar integrar de
alguma forma de tentar se aproximar de um vivido, de um sentimento que
não está encontrando algum lugar dentro de nós, mas isso é fracassado, elas
por si só não levam a uma integração desses sentimentos. – tentativa de
simbolização, busca para subjetivar esse desamparo.
- quando pensamos no paradigma da neurose freudiana, estamos pensando
no complexo de Édipo, que na mitologia foi quem realizou o desejo do incesto
e matou seu próprio pai para ficar com sua mãe. – renuncias do nosso desejo
e lidar com as consequências.
- Neurose, psicose e perversão como saída a essas renuncias do nosso
desejo e as consequências.
- neurose obsessiva x compulsões
- Obsessões : ideias, imagens, pensamentos que de alguma forma de impõe
no individuo contra sua vontade, causando incomodo, o sujeito sabe que
aquilo não faz sentido, é algo irracional, mas não consegue evitar essa
intrusão
- Compulsões: são como se fosse respostas à essas obsessões : são atos
mentais repetitivos, estereotipados, que também se impõe contra a vontade
do sujeito, mas ele não consegue evitar. (toxicomanias, anorexia, bulimia,
T.A, sexo, consumo de medicamentos lícitos)
- Narcisismo – constituição psíquica, constituição de identidade, limites do eu,
contorno, o que sou eu , o que é o outro. – AGUSTIAS de sensaçãoo de
aniquilamento, esvaziamento – angustias mais arcaicas (Winnicott)
-COMPULSÕES HOJE: questão narcísica, tricotilomania, compulsão em se
cortar – através da dor, é trazido um contorno, uma unidade (sensação de
existência, não passa pelo pensamento, são ações.)
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