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Poder Executivo

Ministério da Educação
Universidade Federal do Amazonas
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e Sustentabilidade na Amazônia

DISCIPLINA: QUESTÃO SOCIAL, ESTADO E CIDADANIA


PROFESSORAS: Marinez Cunha
Hamida Pinheiro
DISCENTE: Tereza Cristina Cardoso Costa

Filme: Daens – um grito de justiça

Perguntas
(cada questão vale 2,5)

1. Quais características são bem evidentes no processo de origem do capitalismo?


R: As fábricas com todo um maquinário sendo conduzindo pela força humana,
transformando a matéria em mercadoria gerando a acumulação de riquezas para os
donos das grandes industrial em contrapartida a presença do contrato de trabalho
assalariado ao qual homens, mulheres e crianças vendiam sua força de trabalho por
um valor mínimo em cifras. Logo haviam os donos das máquinas que detinham o
poder e o operário, formando a divisão de classe: o capitalista e o proletariado. O
capitalista e os seus pares detentores de toda a “sorte” tinham acesso aos lucros, a
vida política, a educação, entretenimento e cultura. Por outro lado, o operário
desprovido de educação, a parte dos processos políticos passava o dia e parte da
noite no trabalho massivo dentro das fábricas e o pouco tempo que lhe sobrava era
comum interagirem nos bares das cidades. Percebe-se também, que há um
processo de imigração para os grandes centros urbanos que possuem fábricas
dessa forma, há conflitos de dialetos dificultando em parte a organização dessa nova
classe de trabalhadores que surge com o capitalismo. Assim, para a formação do
capitalismo era essencial o lucro e para isso ser possível necessitava de produção
em larga escala de mercadoria, mas para que o salário pago aos operários não
onerasse esse os cofres do capitalista a mão de obra masculina considerada “mais
cara” era substituída pelo trabalho mulheres e crianças, o que antes era trabalho
complementar ao da produção familiar, nesse novo sistema esse operário é vítima
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de exploração e o que ganha não provê condições dignas de sobreviver, tornando o


pauperismo fundo para o progresso industrial.

2. Quais as expressões da questão social que aparecem no filme?


R: Dentre toas as expressões da questão social presente no filme o pauperismo e a
exploração da massa operária destacam-se como fio condutor para o enredo da
história. Ao retratar as condições precárias de vida dos moradores operários faz –se
necessário evidenciar o antagonismo e as lutas de classes presente em todo o
processo de formação do capitalismo, além das mazelas sociais gerada por este
novo sistema econômico. A substituição da força de trabalho masculina pelo
trabalho de mulheres e crianças, visando os gastos com salário, logo reflete em
desemprego de uma classe em idade ativa em detrimento da exploração da mão de
obra mais “barata”. A morte de crianças causada pela fome, pela falta de moradia,
pela intolerância política e por condições de trabalhos desumanos, também reflete o
caos desse período. A presença de diferentes dialetos no mesmo espaço social,
logo representa a saída de muitos operários de seu lugar de origem para os centros
urbanos que possuem fábricas a busca de trabalho. Os abusos e violências físicas,
emocional e sexual que ocorreram dentro das fábricas evidenciam o quanto o
Estado e os capitalistas eram omissos com a qualidade de vida e segurança dos
trabalhadores sem contar com as mortes ocasionadas dentro do ambiente trabalho.
O alcoolismo, ausência de condições de higiene, moradia precária, o analfabetismo
e as longas horas de trabalho anormal representavam a falta total de direitos
trabalhistas e sociais que moldavam aspectos relevantes e negativos desse
momento da história, gerando situações de revoltas e lutas por melhorias na
qualidade de trabalho e vida como um todo.

3. Qual o papel da Igreja na formação da sociedade capitalista?


R: A igreja era para os ricos e tinha como missão acalmar os ânimos dos operários e
menos favorecidos. As revoltas contra as com as condições de trabalho imposta
pelo sistema capitalista não eram bem vistas pela fé católica. Fato esse, bem
presente é quando o Padre Daens tentou junto a igreja e sua influência no jornal
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alarma a sociedade pelo caos que a cidade e os operários estavam enfrentando com
o processo de industrialização, mas seus superiores sob a influências dos políticos e
capitalista lhe deram ordens expressas que mudasse seu posicionamento frente
essa situação. Ele ainda, foi a instância maior dentro da igreja Católica, baseado na
encíclica papal que orientava sobre as condições de trabalho dos operários em troca
recebeu a ordem de voltar os seus sermões para o “vazio” com risco de ser expulso
da ordem Católica, caso desrespeitasse a orientação. A outra parte de destaque é
que a igreja possui um jornal católico, mas que o foco era agradar a classe burguesa
e, quanto aos pobres e operários cabia somente o papel de mantê-los calmos sem
revoltas, ou seja, em um processo de aceitação nas suas condições de miseráveis.
Dessa forma o papel do padre Daens é uma afronta dentro desse processo, tendo
em vista que a igreja e Estado andavam lado a lado com os capitalistas e
desfavorecendo a classe trabalhadora e pobres.

4. Qual a relação entre capitalismo e pobreza?


R: No capitalismo a pobreza é acentuada, o pobre não tem poder de decisão é
desprovido de bens de valores e possui unicamente sua força de trabalho. O seu
trabalho torna-se mercadoria desvalorizada. E por se ter tão pouco a ganhar com
essa mercadoria a exploração sobre a mão de obra gera riqueza para capitalista e
pobreza extrema aos operários e menos favorecidos. O capitalista não vê no pobre a
necessidade de ter além do que lhe é pago pelo seu trabalho formando uma posição
que não adianta dar de mais a essa classe subalterna porque eles não sabem
usufruir e no mais irão “beber” toda renda que tiverem acesso. Para o capitalismo a
pobreza é parte necessária desse processo, na medida que, por serrem
despossuídos de bens e matérias ficam estes sob o julgo do capitalismo e essas
amarras dificilmente se quebraram a não ser pela morte. Dessa feita ideias de cunho
socialista era tratada com severidade pelo Estado e igreja tendo como um fim único
caso tentassem melhorar as condições de vida dos operários e/ou pobres as
fábricas e todo o processo de geração de riquezas do capitalismo entrariam em
crise, logo quanto mais a população se tornasse pobre melhor seria para os donos
das fábricas, ou seja, sempre teriam uma mão de obra barata e necessária à sua
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disposição. Assim a relação entre capitalismo e pobreza podem ser considerados as


“faces de uma mesma moeda”.

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