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Muitos tem como personalidade mais influente e importante Helena Blavatsky, uma das
fundadoras da Sociedade Teosófica.
Índice
[esconder]
1Origens do nome
2Conceitos básicos
3Literatura
4A Teosofia na prática
5Influência
6Polêmicas
7A Teosofia no Brasil
8Referências
9Ver também
10Ligações externas
O nome teosofia aparece no terceiro século da nossa era, cunhado por Amônio Sacas,
fundador da Escola Eclética deAlexandria e pai do Neoplatonismo. Seu conceito porém
existe há mais tempo. Diógenes Laércio comenta que ele já era conhecido antes
da Dinastia Ptolomaica do Egito e nomeia como seu formulador
um hierofante chamado Pot Amum. NaIdade Média, Jacob Boehme era conhecido como
um teosofista, e o termo novamente foi utilizado nos Anais Teosóficos da Sociedade de
Philadelphia, publicado em 1697, encontrando ainda correspondência na filosofia hindu,
onde “teosofia” equivale a Brahma-Vidya, conhecimento divino. A palavra ganhou
notoriedade a partir da fundação da Sociedade Teosófica por Helena Petrovna Blavatsky e
outros, em 1875.
A Teosofia diz que a fonte de todo mal é a ignorância. O conhecimento, segundo prega, é
ilimitado, mas se bem que sua totalidade esteja além do alcance de qualquer ser
individual, é em vasta medida acessível a todos através de um longo processo de
evolução, aprendizado e aperfeiçoamento, que necessariamente exige múltiplas
encarnações, e continua até mesmo para regiões e idades onde a encarnação deixa de
ser compulsória e a vida progride de beatitude em beatitude. A Teosofia é uma doutrina
essencialmente otimista, pois refuta qualquer condenação eterna e não nega o mundo,
ainda que declare que este que vemos e tocamos não é o único nem o maior, mais feliz ou
mais desejável, e prevê para todos os seres sem exceção um progresso constante e um
destino glorioso e absolutamente feliz. Como todas as grandes doutrinas espirituais, a
Teosofia exalta o bem, a paz, o amor, o altruísmo, e promove a cessação da pobreza, da
ignorância, da opressão, das discórdias e desigualdades.
Literatura[editar | editar código-fonte]
Helena Blavatsky.
Blavatsky foi uma escritora prolífica e incandescente, e sua memória para fontes raras e
mesmo desconhecidas no ocidente era notoriamente prodigiosa. Contudo, de acordo com
a autora, muitas vezes foram usados meios esotéricos para a composição dos textos, não
podendo ela reivindicar a verdadeira autoria de grande parte do que havia escrito.[7] De
qualquer forma, quando A Doutrina Secreta apareceu, como uma continuação, ampliação
e aprofundamento de material já abordado em Ísis sem Véu, foi imediatamente
reconhecida como uma obra-prima por inúmeros luminares da Europa, e é a pedra angular
da Teosofia contemporânea. O texto é um debate filosófico monumental, onde a autora
cita uma profusão inacreditável de fontes e esgrime com estonteante erudição argumentos
históricos, antropológicos, arqueológicos, mitológicos, filosóficos, biológicos, químicos,
hermenêuticos, filológicos e muitos outros, contra as superstições insensatas travestidas
de dogmas das religiões, demonstrando a raiz comum a todos os credos, e tecendo duros
ataques a todo formalismo religioso vazio e a toda fé cega, mas reconhecendo o valor de
todas as Igrejas como instituições divinas e caminhos válidos para o aperfeiçoamento
pessoal e coletivo, sendo possuidoras de parcelas importantes da Verdade Única.
Seguiram-se outros escritos, e dentre eles merece destaque A Voz do Silêncio (1889),
uma pungente e exaltada descrição do íngreme mas glorioso Caminho que leva
à santidade, ao mesmo tempo que é um manual prático para aspirantes.
Influência[editar | editar código-fonte]
A Teosofia teve um papel fundamental e revolucionário na evolução do pensamento
contemporâneo do ocidente. No contexto intelectual e espiritual da época em que
apareceu, embora jamais tenha reivindicado para si o status de nova religião, a Teosofia
como exposta por Blavatsky representou na prática a proclamação de um
novo Evangelho universal, combatendo a forte tendência materialista da ciência em rápido
desenvolvimento, e que estava a esvaziar, com os novos conhecimentos que trazia à luz
sobre o mundo manifesto, as instituições religiosas que continuavam a pregar suas
histórias piedosas mas irracionais, as quais começavam a se tornar um estorvo para o
futuro desenvolvimento da raça humana, com perigo de uma perda generalizada da fé.
Sua linguagem moderna traduziu e atualizou para o homem de hoje uma série de
conceitos importantes da espiritualidade antiga que já estavam obscurecidos e fossilizados
pela poeira secular das sucessivas más interpretações, e por isso tornados inaceitáveis à
nova mentalidade que surgia e que iniciava a questionar as bases da fé em múltiplos
aspectos, a partir da desafiadora massa de evidências e conclusões, dificilmente
contestável, produzida pelos cientistas. O conhecimento que expôs e a forma em que o fez
operou uma poda radical nas intrincadas e tortuosas excrescências conceituais que faziam
definhar a árvore das religiões do ocidente, tornando mais uma vez claro, nítido e atraente
o tronco vivo, o que para muitos foi motivo de um reacender da devoção perdida, mas ora
em novas bases.
Com sua abordagem lógica, positiva, ética e científica da natureza, do divino, do homem,
da vida, do misticismo e dos fenômenos ocultos, exerceu grande influência em estadistas
como Gandhi. É de se frisar, contudo, que Gandhi nunca considerou a possibilidade de
aceitar-se como membro da Sociedade Teosófica, negando todos os convites feitos. Ao
dar-se conta das críticas severas e fundamentadas que a Teosofia tinha já desde sua
origem, Gandhi deixou claro que, de forma alguma, se renderia associar seu nome a esta
sociedade. A Teosofia também influenciou artistas como Mondrian,Scriabin e Yeats. Além
disso, deu subsídios a Igrejas progressistas como a Igreja Católica Liberal, originou um
sem-número de escolas, dissidências e derivações mais ou menos inspiradas, e deu um
impulso ao renascimento de cultos arcaicos ou à fundação de outros de tom futurista que
são encontráveis na cultura ocidental de hoje, como os movimentosWicca e New Age.
Polêmicas[editar | editar código-fonte]
A Teosofia recebeu muitas críticas em sua origem, numa polêmica que se estende aos
dias de hoje, questionando tanto a doutrina como o caráter controverso de sua principal
divulgadora, Helena Blavatsky, e do seu colaborador Charles Leadbeater.[9]
O casal Coulomb foi um dos primeiros detratores de Blavatsky, acusando-a de ser uma
embusteira. Outro dos críticos foiRichard Hodgson, autor de um relatório sobre o caso
Coulomb, onde ratificava as acusações contra ela. Também foi suspeita de ser uma
agente do governo russo. Contudo, tais ataques foram mais tarde reavaliados por outros
autores como Adlai Waterman e Vernon Harrison, e suas conclusões revelaram que os
argumentos e provas levantados contra Blavatsky eram tão duvidosos quanto suas
alegadas fraudes, estando longe de adotarem uma postura imparcial e científica.[10] [11] Os
escritos de Blavatsky também foram acusados de racistas, denegrindo etnias como
os árabes eaborígenes. Porém estas opiniões aparentemente são baseadas na leitura
descontextualizada de certos trechos, e devem ser entendidas com um grão de sal, no
panorama mais amplo da teleologia Teosófica, onde é pregada a evolução das formas de
vida, necessariamente incluindo estágios primitivos e outros mais avançados. Ela jamais
defendeu, por exemplo, coisas como "limpezas étnicas", mas não se pode dissimular o
fato de que tais argumentos podem ter sido tendenciosamente usados por outros para
apoiar movimentos de fato racistas e genocidas como o Nazismo. Peter
Washington escreveu recentemente um livro de crítica de grande repercussão
intitulado Madame Blavatsky's Baboon: Theosophy and the Emergence of the Western
Guru, mas foram detectados diversos erros e omissões significativos no texto e o uso de
fontes de segunda e terceira mão, contribuindo para perpetuar inverdades já esclarecidas
mas, por outro lado, também para renovar o interesse pela matéria[12]
Leadbeater foi o foco de um escândalo sexual envolvendo jovens pupilos que o obrigou à
renúncia de suas funções na Sociedade Teosófica, mas aparentemente tudo teria sido um
mal-entendido, o simples resultado da educação sexual clara e objetiva que dava a eles e
que incluía a recomendação da prática da masturbação em casos específicos, quando a
natureza do jovem era excessivamente passional e a fim de evitar que ele se entregasse a
relações sexuais impulsivas ou potencialmente prejudiciais.[13] Mas quando o caso veio à
tona, os hábitos de Leadbeater junto aos jovens, que incluíam o banho nu em conjunto, e
às vezes o uso de uma mesma cama para dormir, que eram coisas comuns e aceitáveis
mesmo na rigorosa e pudica sociedade vitoriana, foram interpretados como evidências de
perversão.[14] Posteriormente ele foi reabilitado na Sociedade Teosófica, já que a única
prova apresentada contra ele foi um bilhete anônimo datilografado, contendo uma frase
obscena - para a época. Os jovens acusadores não foram considerados de todo confiáveis
e possivelmente agiam movidos por vingança pessoal cuja origem não ficou clara.[15] Suas
obras escritas também sofreram ataques. Algumas de suas
pesquisas clarividentes resultaram em conclusões obviamente errôneas, como por
exemplo quando afirmou a existência de uma civilização em Marte. Mas o próprio autor
oferecia os seus livros neste campo como simples relatórios de pesquisas individuais que,
apesar do cuidado, podiam estar sujeitas a enganos, e que não constituíam doutrina, mas
sim sugestões e estímulo para pesquisas futuras por outros, que esperava serem mais
completas, precisas e confiáveis, e que poderiam ou não corroborar as suas conclusões.[16]
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Índice
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1Origem
2Objetivos
3Expansão
4O Selo da Sociedade
5Lema
6Membros notáveis da ST
7Presidentes da Sociedade Teosófica
8Referências
9Ver também
10Ligações externas
Origem[editar | editar código-fonte]
A Sociedade Teosófica (S.T.) surgiu a partir de uma primeira reunião em 7 de
setembro de 1875, na cidade de Nova Iorque, e teve sua primeira ata lavrada no dia
seguinte, tendo como principais fundadores Helena Blavatsky, o coronel Henry Olcott,
indicado seu primeiro presidente, e William Judge, primeiro secretário, num total de 16
membros fundadores. O discurso inaugural foi realizado pelo Presidente fundador Olcott
em 17 de novembro, data que é considerada oficial de fundação da S.T. Alguns anos após
a morte de Helena Blavatsky, uma das fundadoras e membro de mais influência,
ocorreram conflitos internos que desencadearam em alguns minúsculos grupos
dissidentes da sociedade. Por exemplo, a parte de dissidentes da Sociedade Teosófica
dos Estados Unidos tornou-se independente e foi dividida em duas. [1]
Objetivos[editar | editar código-fonte]
Os objetivos da Sociedade Teosófica hoje são:
A Sociedade não impõe nenhuma crença sobre seus membros, que se unem
espontaneamente pelo objetivo comum de buscar a Verdade e o desejo de aprender o
significado e propósito da existência, dedicando-se ao estudo, reflexão, pureza de vida e
serviço voluntário. Não há pré-requisitos nem limitações para qualquer um associar-se,
porém o candidato deve declarar se identificar com ao menos um dos objetivos da
sociedade[2] . A Sociedade enfatiza a liberdade de pensamento, de pesquisa e de debate.
Expansão[editar | editar código-fonte]
Em 1878 o cel. Olcott e Helena Blavatsky partiram para a Índia. Em 3 de abril de 1905 foi
estabelecida legalmente a sede internacional da S.T. no bairro de Adyar, na cidade
de Chennai.
Em seus anos de glória a Sociedade Teosófica era uma organização gigantesca, que
recebia respeito, admiração e apoio de pessoas em todo mundo. Onde notícias sobre a
Sociedade e seus membros frequentemente figuravam as páginas dos maiores jornais do
mundo, como o The New York Times.[1] [3]
Lema[editar | editar código-fonte]
O lema da Sociedade Teosófica, o qual foi traduzido do sânscrito Satyan nasti para
Dharmah é "Não há religião superior à Verdade". A palavra Dharma foi traduzida como
religião, mas também significa, entre outras coisas, doutrina, lei, dever, direito, justiça,
virtude. Assim, num sentido mais amplo, o lema da Sociedade Teosófica afirma que não
há dever ou doutrina superior à Verdade.[4] [5]
1. Henry Olcott (1875-1907)
2. Annie Besant (1907-1933)
3. George Arundale (1934-1945)
4. Curupumulage Jinarajadasa (1946-1953)
5. Sri Ram (1953-1973)
6. John Coats (1973-1979)
7. Radha Burnier (1980-2013)
8. Tim Boyd (2014 - presente)