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Operações

Unitárias:
Extração
Profª. Camila Ortiz Martinez
Extração

 Operação Unitária que envolve transferência de massa;

 Consiste em uma operação na qual um soluto ou um composto


presente em uma fase (líquida ou sólida) é transferido para um
solvente de extração;

 Força motriz = é dada pela diferença de concentração do soluto


entre as fases

 Uso: É uma opção de 2ª linha (+ etapas, + cara)

 O motivo pelo qual se escolhe dividir o processo em duas etapas é


que, muitas vezes, é mais viável, do que apenas a destilar a mistura
inicial
Aplicações

 Óleo de soja
 Aromatizantes e óleos essenciais (cravo-da-índia, gengibre, lúpulo, salsa,
baunilha, etc.)
 Café
 Chá
 Açúcar
 Cafeína

 SOLVENTES: água, solventes orgânicos (inflamáveis), dióxido de


carbono supercrítico (líquido, viscosidade, mto volátil, > 31ºC e 100 bar)
Extração Líquido-Líquido

 Separa 1 ou mais componentes de uma mistura líquida qdo não podem ser
economicamente separados por destilação
 Pouco voláteis (temp. mto alta e pressão mto baixa)
 Componentes a separar têm a mesma volatilidade (coluna mto altas)
 Comp. se decompõe na temp. usada
 Comp. menos volátil que se quer separar está presente em [] mto pq

CONCEITO: composto presente na solução é transferido para uma fase


líquida (orgânica ou inorgânica) = solvente

Soluto + diluentes Extrato + rafinado

Solvente (insolúvel no diluente, mas no soluto...)


Extração descontínua
 Indicada quando existe uma grande diferença de solubilidade do soluto
nos dois solventes
Extração contínua

 solvente orgânico passa


continuamente sobre a solução,
levando o soluto até o balão de
aquecimento (onde se concentra
devido a destilação)

 Processo útil para quando a diferença


de solubilidade do soluto em ambos os
solventes não é muito grande
Extração Líquido-Líquido

Classificação da extração:

 E. de substâncias indesejáveis: soluto = impureza (qual.)


 Extração dos componentes de enxofre nos derivados do petróleo

 E. de subs. nobre: soluto


Extração Líquido-Líquido

MECANISMO

 1) Mistura = contato = transferência


 2) Separação do refinado e extrato
 3) Recuperar o solvente do soluto: destilação

Esquema no quadro
Ciclo de extração

 De um estágio: modelo desenhado no quadro anteriormente


 Mistura + extração + decantação. Contínua ou descontínua

 De múltiplos estágios: sucessão de equip. de 1 estágio


 Destinar a solução a uma nova sequência de extrações = > extração,
refinado mais puro
 Contra corrente

Esquema no quadro

 Equipamento de múltiplos estágios: mtos estágios da figura acima são


incorporados
Extração líquido-líquido

 Exemplos: Extração de produtos sensíveis ao calor ou pouco voláteis


 Ácido acético removido de água
 Fase de desidratação do álcool utilizando solvente orgânico
 Desacidificação de óleo de macaúba para produção de biodiesel
 Extração do hexano residual do vapor gerado na purificação do óleo de
soja, indústria química e farmacêutica.

 Tipos de extratores: Torres de borbulhamento, torres de pratos


perfurados, torres agitadas, misturadores sedimentadores.
Tipos de Extratores – líquido-líquido

 Torres de pratos perfurados


Coluna de Pratos Perfurados
Coluna de discos Rotativos
Escolha do solvente

 Seletividade: facilidade (soluto)


 Recuperabilidade do solvente: fácil separação do composto de
interesse (< volatilidade, evitar perda do solvente, reutilização)
 Densidade: alta
 Tensão interfacial: nem mto elevada nem mto baixa
 Reatividade química nula
 Corrosividade nula
 Pressão de vapor baixa
 Custo
Extração sólido-líquido (lixiviação)

 Conceito: extração de um constituinte solúvel de um sólido

 Método é determinado:
 pela proporção de componentes solúveis
 pela sua distribuição no sólido
 pela natureza do sólido
 Pelo tamanho das partículas

 Se o soluto estiver distribuído uniforme/ete: entrará na camada


exterior primeiro, será progressivamente + difícil e a velocidade caíra
(estrutura porosa)

 Se o soluto estiver em grande quant.: estrutura pode quebrar-se


(acesso)
Extração sólido-líquido (lixiviação)

 Fases:
 1) Mudança de fase do soluto: dissolução
 2) Difusão por meio do solvente p/ exterior da partícula
 3) Transferência do soluto em contato com a partícula para o globo
principal da solução

 As etapas 2 e 3 podem limitar a velocidade

 Alguns casos: soluto em bolsas isoladas impermeáveis ao solvente


(triturar)

 Se o sólido tiver estrutura celular: veloc. + baixa (paredes =


resistência)
 Extração de açúcar de beterraba: paredes impedem extração de
compostos indesejáveis (fatias compridas)
Mecanismo:

1 2

3
Extração sólido-líquido (lixiviação)

 A escolha do equipamento dependerá dos fatores que determinam a


velocidade

 Se difusão pela estrutura é lenta: material de pqno tamanho

 Se difusão da superfície para o globo é lenta: elevado grau de


agitação do fluido
Fatores que influenciam a velocidade de extração

Dimensão da partícula:
 < partícula: > área interfacial = > vel. = < distância
 Material mto fino:
 circulação do líquido pode ser impedida
 Mais difícil: separação das partículas e escoamento do resíduo
 Gama de tamanhos deve ser estreita = mesmo tempo de extração
 Fino: ode alojar-se dentro das partículas >s e impedir o fluxo

Solvente
 Bom solvente seletivo
 Viscosidade
 Usa-se inicial/ete solvente puro
 Qdo a extração prossegue:
 [ ] soluto vai aumentar e vel. diminuir (visc.)
Fatores que influenciam a velocidade de extração

Temperatura:
 > temp.: > solubilidade e > veloc.
 > temp.: > coeficiente de difusão
 Limite superior da temp.: ação de enzimas
 < 100ºC
 Extração de componentes indesejáveis
 E danificações dos componentes químicos e físicos do material extraído

Agitação do fluido
 Aumenta a difusão turbilhonar
 Transf. p/ globo
 Part. finas: evita sedimentação e melhor uso da superfície interfacial

Tempo
Uso

 Indústria farmacêutica (muitos produtos são obtidos por lixiviação de


raízes de plantas, talos e folhas)

 Extração do óleo de soja, usando hexano como solvente


Equipamentos

 Lixiviação em leitos fixos: Este equipamento é utilizado na indústria de


açúcar de beterraba, na extração de produtos farmacêuticos a partir
de casca e sementes
Equipamentos

Lixiviação com camas móveis: vários tipos


 Lixiviar em fase contracorrente, em que a cama ou o estágio é móvel e
não fixo.
 Óleo de sementes vegetais, como algodão, amendoim e soja.
 No processo:
 Remover a casca das sementes
 Secos e esmagados em flocos com rolos
 Compressão
 Os solventes são geralmente produtos derivados petróleo, tais como o
hexano
 A solução final de micelas de solventes conter alguns sólidos finos em
suspensão
(a) Tipo caçamba extrator Bollman
(b) Tipo Hildebrant
Equipamentos

 Lixiviação agitada do sólido:


 Fases em contra corrente
 O solvente é adicionado à primeira fase
 Alimentos sólidos entram na última fase, onde entram em contato com o
solvente da fase anterior, para passar para o sedimentador.
 Os raspadores: lento rotativo
 Os sólidos ainda contem alguns líquidos que é bombeado como uma
suspensão para o próximo tanque

ultimo
Absorção e dessorção de gases

 Absorção: componente solúvel do gás para um líquido


 Gás borbulhado ou passa por cima da corrente líquida (superfície):
 Coluna ou recheio ou cair de uma bandeja para a outra (fluxo gás)
Ex: borbulho de hidrogênio através do óleo (solidificação), e CO2 em
bebida

 Dessorção: gás transferido do líquido para a fase gasosa ( ≠a de [ ] )


 Desodorização de óleos e gorduras
 Remoção de aromas indesejáveis da nata antes de produzir a manteiga

 Contato e Tempo
Adsorção

 Constituinte de um fluido (gás ou líquido) p uma fase sólida

 Recuperação do composto de interesse

 Usualmente: forças físicas

 Ex: adsorção de vapores orgânicos pelo carvão

 Indústria: leito fixo adsorvente, descontínuo


Adsorção (métodos especiais)

 Peneiras moleculares
 Separação por:
 Dimensões moleculares
 Polaridade
 Saturação de ligações carbônicas
 Úteis na secagem de gases e líquidos

 Retenção de solutos por:


 Troca iônica (água ultrapura, recuperação de antibióticos de mostos)
 Clatratação: clatrato atrai e retém moléculas com forma particular
(propriedades quase idênticas)

CAROS em reação ao carvão e sílica gel (uso qdo necessário)

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