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QUÍMICA

PROCESSOS DE EXTRAÇÃO
 Como é cobrado em provas:
o Diferenciar as técnicas de extração, suas vantagens, desvantagens - Muito
Importante.
o Aplicações principais e limitações de cada uma.
o Diferenciar headspace estático x dinâmico.
o Saber calcular a quantidade de soluto que permanece após a extração.
o Correlacionar as técnicas de extração com as amostras forenses (ex. extração de
etanol por headspace) - Muito Importante.
o Saber o que é derivatização e quando é aplicada.
 Fontes:
o https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes?notebook_ids
%5B%5D=1844421
o https://drive.google.com/file/d/1KssJRtvgLY1e2ZJmLnz6hYTPRHdGIDjX/view?
usp=sharing
o https://drive.google.com/file/d/1MRpFDkiuxgs4-6v7aYbB16NtxHEobCic/view?
usp=sharing

Extração líquido-líquido
Na extração líquido-líquido ocorre a partição da amostra entre duas fases imiscíveis (orgânica
e aquosa). Pode-se iniciar o fracionamento de uma amostra através da partição por solventes
orgânicos de polaridade crescente ou através da partição ácido-base.

A extração líquido-líquido é uma técnica em que uma solução aquosa ou hidroalcoólica é


colocada em contato com um segundo solvente orgânico imiscível com o primeiro solvente, a
fim de realizar a transferência de um ou de mais de um soluto para o segundo solvente. A
eficiência da extração depende da afinidade do soluto (analito) pelo solvente de extração, da
razão das fases e do número de extrações.

 Extração contínua – processo útil para quando a diferença de solubilidade do soluto


em ambos os solventes não é muito grande (baixo valor de KD)
 Extração descontínua - indicada quando existe uma grande diferença de solubilidade
do soluto nos dois solventes (grande KD).

SOLVENTES
 Éter dietílico, tolueno, hexano – solventes que são menos densos que a água – sua
fase fica acima da fase aquosa.
 Clorofórmio, diclorometano e tetracloreto de carbono – são mais densos que a água –
sua fase fica abaixo da fase aquosa.
 Solvente deve ser volátil – vai evaporar e deixar o soluto, em etapa posterior; por isso
essa técnica não é útil para a extração de compostos voláteis.

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COEFICIENTE DE PARTIÇÃO (K)


O coeficiente de partição é a constante de equilíbrio para a reação.

[S] 2
K=
[ S] 1
Idealmente, a razão do soluto nas duas fases será uma constante e independente da
quantidade total dele, a uma dada temperatura.

( )
n
n V1
Fração restante na fase1=q =
V 1+ K .V 2
 N = número de extrações
 Fração restante na fase 1 = q
 V1 = volume do solvente 1 (fase aquosa)
 V2 = volume do solvente 2 (fase orgânica)
 K = coeficiente de partição
 A equação mostra que é mais eficiente fazer várias extrações com volumes pequenos,
do que apenas uma extração com grande volume.

Efeito salting-out - se o coeficiente de partição (k) for muito menor que 1, a extração simples
não será eficiente. Pode-se, em alguns casos aumentar esse coeficiente por adição de sais,
como cloreto de sódio, sulfato de sódio ou cloreto de amônio, à solução aquosa. A adição de
sais diminui consideravelmente a solubilidade da maior parte dos compostos orgânicos em
água. Isso porque diminui a disponibilidade das moléculas de água para solvatação dos
analitos (passam a solvatar preferencialmente os íons dissociados dos sais).

VANTAGENS
Vantagens: ser simples (na configuração mais comum usa-se um funil de separação) e pode
utilizar um grande número de solventes, puros e disponíveis comercialmente, os quais
fornecem uma ampla faixa de solubilidade e seletividade. Além disso, as proteínas presentes
nas amostras são desnaturadas, eliminando a contaminação da coluna cromatográfica.

DESVANTAGENS
Possui uma série de desvantagens, tais como:

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 As amostras com alta afinidade pela água são parcialmente extraídas pelo solvente
orgânico, resultando em perda do analito;
 Impurezas do solvente são concentradas junto com a amostra, implicando o uso de
solventes ultrapuros;
 Devido à sua natureza apolar, os lipídeos são facilmente coextraídos, constituindo os
principais interferentes quando esta técnica é empregada.
o Ou seja, na primeira extração com solvente tenho = analitos + impurezas
o Isto faz com que seja comum a necessidade de purificação adicional dos
extratos obtidos.
o No caso dos analitos de caráter ácido ou básico, esta purificação do extrato
pode ser alcançada com a extração dos analitos de volta para uma fase aquosa
de pH apropriado, sendo que a gordura permanece na camada orgânica;
 pH alcalino para analitos de caráter ácido
 pH ácido para analitos de caráter básico
o Isto feito, a camada orgânica com a gordura é desprezada e os valores de pH
da fase aquosa são ajustados para re-extração dos analitos para uma nova fase
orgânica = apenas analitos!
o A extração dos analitos de caráter neutro não sofre influência do pH e a
purificação do seu extrato não pode ser feita como descrito acima, já que eles
seriam descartados juntamente com a camada orgânica contendo gordura.
 Uma das formas de se evitar a obtenção de um extrato gorduroso para
este tipo de analito é a escolha de um solvente extrator adequado,
que apresente solubilidade suficiente para os analitos e no qual a
solubilidade dos lípides mais representativos não seja elevado.
 Isso é normalmente obtido empregando-se o solvente mais apolar que
é capaz de extrair os analitos de interesse.
 Outra alternativa seria promover o resfriamento do extrato a
temperaturas abaixo do ponto de fusão da gordura, de modo que esta
solidifique sem que o mesmo ocorra para o solvente extrator, onde os
analitos permanecem.
 Pode ocorrer a formação de emulsões, o que resulta em grande consumo de tempo;
o Limitação: o solvente não deve formar emulsões.
o Minimiza a eficiência da extração e frequentemente exige uma etapa de
centrifugação para que a camada orgânica possa ser recolhida.
o Pode ser prevenida utilizando-se um volume de solvente extrator muito
maior do que o volume de fase aquosa ou então aumentando-se a
concentração salina na fase aquosa.
o Caso não seja possível evitar a emulsão e ela seja recolhida junto com o
extrato, este deve ser filtrado através de papel de filtro contendo pequena
quantidade de sulfato de sódio anidro, que removerá a água do extrato.

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 Volumes relativamente grandes de amostras e de solventes são requeridos, gerando


problemas de descartes;
 Alguns solventes orgânicos são tóxicos;
 Decomposição de compostos instáveis termicamente, na etapa de pré-concentração;
o Solvente será evaporado (aumenta muito a temperatura)
 O processo é suscetível a erros e, relativamente, de difícil automação.
o Manual, demorado e tedioso.
 Solventes empregados devem ser imiscíveis com água.
 Várias substâncias apresentam, simultaneamente, grupos ácidos e básicos, de modo
que podem ser extraídas tanto no extrato ácido quanto no extrato básico, sendo
possível ainda que não sejam bem extraídas em nenhum dos dois.
 O emprego de solventes apolares limita esta técnica a analitos de polaridade baixa a
moderada

Apesar destas desvantagens, a ELL é considerada uma técnica clássica de preparação de


amostra e tem sido ainda muito utilizada em análises de diversos tipos de substâncias
presentes em fluidos biológicos, pois extratos bastante limpos podem ser obtidos com alta
seletividade para alguns analitos.

APLICAÇÕES DA ELL EM FLUIDOS BIOLÓGICOS


A escolha adequada do solvente orgânico e o ajuste de pH da amostra são necessários para
assegurar uma boa recuperação do analito. A extração de substâncias básicas é, normalmente,
realizada a pH maiores que 7 e a extração de substâncias ácidas é feita em pH menores que 5 .
Vários tipos de solventes orgânicos têm sido empregados na extração de drogas ácidas e
básicas presentes em amostras de fluidos biológicos, quanto maior a afinidade do analito pelo
solvente orgânico maior a recuperação.

 Geralmente, uma molécula neutra é mais solúvel na fase orgânica


 Moléculas carregadas são mais solúveis na solução aquosa
Maioria dos complexos que podem ser extraídos em solventes orgânicos são neutros.
Complexos carregados não são muito solúveis em solventes orgânicos. Uma maneira de
separar íons metálicos um do outro é complexar seletivamente um íon com um ligante
orgânico e extrai-lo no solvente orgânico.
O pH das extrações deve ser por volta de 2 unidade abaixo do
pKa (analitos ácidos) e 2 unidades acima (analitos básicos).
Isso garante que a ionização dos analitos básicos e ácidos seja
inferior a 1% (importante para a extração)

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ANÁLISE TOXICOLÓGICA SISTEMÁTICA


Amostra em meio aquoso
pH = 9 - 10

Extração com solvente


orgânico

FASE ORGÂNICA
FASE AQUOSA
analitos básicos ou neutros +
analitos ácidos
gorduras

Ajuste pH 3 - 4 Ajuste pH 3 - 4

Extração com solvente Extração com solvente


orgânico orgânico

FASE ORGÂNICA FASE AQUOSA FASE ORGÂNICA


analitos caráter neutro analitos caráter básico analitos caráter ácido

Ajuste do pH 9 - 10 FASE AQUOSA


Purificação por resfriamento
Extração com solvente
Coleta fase orgânica DESCARTE
orgânico

FASE AQUOSA
DESCARTE

COMPOSTOS ANFÓTEROS

Como solubilizar esse composto no solvente orgânico?

 Quando colocamos o solvente, esse composto se alinha na interface das duas


camadas, pois possui uma parte hidrofóbica e uma parte hidrofílica.
 Uma maneira de solubilizar o ânion no solvente orgânico é adicionar um cátion
orgânico na solução, com propriedades semelhantes. Esse cátion com um radical
apolar se associaria ao ânion do composto de interesse, permitindo que ele se dissolva
na fase orgânica.
 Um procedimento similar poderia ser usado para extrair complexos de metais na fase
orgânica – sais metálicos com ânions inorgânicos são geralmente solúveis em água.
o É possível adicionar um ligante relativamente hidrofóbico ao sistema.
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o Se esse ligante se complexar ao metal, então ele passa a ser solúvel no


solvente orgânico.

Extração em fase sólida


Hoje em dia a extração em fase sólida é uma das ferramentas mais poderosas e mais
empregadas para a extração e/ou pré-concentração de analitos presentes em matrizes
(aquosas, soro, plasma, urina). Na extração por fase sólida, o analista tem que primeiramente
selecionar o tipo de sorvente que vai ser utilizado na análise em questão, de acordo com as
características físico-químicas dos analitos de interesse.

Os princípios relacionados com as técnicas de EFS e ELL são semelhantes entre si e envolvem a
partição dos compostos de interesse entre duas fases. Na EFS o analito, para ser extraído, é
dividido entre a fase líquida, a qual está contida na fase sólida (sorvente) e o solvente de
eluição, como se fosse entre dois líquidos imiscíveis, similar ao que ocorre na ELL. O analito
terá menor ou maior afinidade pela fase líquida do sorvente, determinando assim o grau de
retenção deste analito. Posteriormente este analito é extraído por um solvente orgânico ao
qual ele tenha maior afinidade que na fase líquida do sorvente. Os mecanismos de retenção e
eluição dos analitos pela fase sólida ocorrem através de forças intermoleculares entre o analito
e a superfície da fase sólida.

Em geral, os procedimentos de EFS contêm 5 etapas: i) ativação do sorvente através da


passagem de um solvente que condicione a superfície do sólido, para deixar os sítios ativos
disponíveis; ii) remoção do solvente responsável pela ativação; iii) introdução da amostra,
quando ocorre a retenção do analito e às vezes de alguns interferentes; iv) limpeza da coluna
para retirar os interferentes menos retidos que o analito (geralmente utilizando água ou
tampão); v) eluição do analito do sorvente com um solvente apropriado.

i) Ativação = condicionamento = tem como objetivo fazer com que os sítios


extratores da fase sólida fiquem disponíveis para a interação com os componentes
da amostra. É feito pela passagem de solvente orgânico polar (ex. metanol)
seguido de água ou tampão.
ii) Aplicação da amostra – importante que o pH da amostra esteja adequado para
que os analitos estejam na forma que é melhor retida na fase sólida.
iii) Lavagem – emprega-se solução ou solvente capaz de remover da fase sólida
apenas os interferentes, o que usualmente consiste no emprego de água ou
tampão, aos quais pode ser adicionada pequena quantidade de solvente orgânico
polar.
iv) Eluição do analito com pequeno volume de solvente

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QUÍMICA

Dependendo do solvente de condicionamento e de eluição, os grupos mais frequentemente


usados como sorventes à base de sílica quimicamente ligada podem ser divididos em 3
categorias:

i) Fase reversa (FR) quando o sorvente é mais apolar que o solvente de eluição;
a. Nesse caso, a retenção do analito acontece principalmente devido às
interações de van der Waals não polares, entre as ligações C-H do analito com
os grupos funcionais do sorvente.
ii) Fase normal (FN) quando o sorvente é mais polar que o solvente de eluição e
a. Principais interações são entre os grupos polares do analito e da fase extratora
através de ligações de hidrogênio, interações pi-pi e dipolo-dipolo.
iii) Troca iônica (TI).
a. Interações eletrostáticas são as responsáveis pela extração seletiva do analito.
b. Trocadores para composto catiônico: ácido carboxílico ou sulfônico.
i. Ácido vai perder H+
ii. Então fica com carga negativa
iii. Atrai os compostos de carga positiva (cátions) = troca cátions
c. Trocadores para composto aniônico: trietilamino, amina quarternária, amino,
dimetilaminopropil.

MECANISMO
 Empregam membranas, pequenas colunas descartáveis na
forma de seringas ou cartuchos.
 Fase sólida extratora: composto orgânico hidrofóbico
recobrindo ou quimicamente ligado à sílica granulada.
o Compostos podem ser não-polares,
moderadamente polares ou apolares.

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o Os grupos funcionais ligados à fase sólida atraem os compostos hidrofóbicos


presentes na amostra por meio de interações de van der Waals e os extraem
da solução aquosa.
 As moléculas orgânicas são então extraídas da amostra e concentradas na fase sólida.
 Elas podem ser posteriormente desalojadas da FS por um solvente como o metanol.
 Componentes podem ser concentrados através da extração de um grande volume de
água e posterior remoção com um pequeno volume de solvente.
o Métodos de pré-concentração são frequentemente necessários para os
métodos analíticos de traços.
 Também pode ser utilizada dessorção térmica (não utiliza solventes) – uso limitado a
compostos voláteis e semivoláteis.

Vantagens
 Grande disponibilidade de materiais adsorventes
 Altas recuperações
 Menor consumo de solventes em relação à ELL
 Não exige que a fase extratora seja imiscível com o meio líquido da amostra
 Não há formação de emulsões e consequente perda na eficiência da extração

Desvantagens
 Cartuchos e discos extratores tornam a técnica mais cara
 Mais complicada quando realizada manualmente
 Grande geração de resíduos já que os cartuchos são utilizados uma única vez.

EXTRAÇÃO FORENSE DE SUBSTÂNCIAS DE CARÁTER BÁSICO


Em geral, nestes métodos a amostra é dispersa em meio ácido, com consequente protonação
das aminas destes analitos e retenção pela troca catiônica. Estas moléculas também
apresentam grupos de natureza apolar, que interagem com a cadeia C8 e aumentam a
retenção dos analitos (fase extratora do tipo misto – fase reversa e troca catiônica).

A etapa seguinte, de lavagem, emprega solventes polares ainda em meio ácido, seguida de
lavagem com o etanol. Isto permite eluir alguns interferentes de natureza lipídica sem remover
os analitos, que permanecem retidos na fase sólida sobretudo pelo par iônico formado com o
grupo sulfona.

Removidos os interferentes, os analitos são eluídos em solvente orgânico alcalinizado, que


facilita o rompimento das interações intermoleculares dos analitos simultaneamente com os
grupos C8 e sulfonas da fase extratora.

EXTRAÇÃO SOXHLET
 Extração sólido-líquido
 Realizada quando o composto desejado tem uma solubilidade limitada num
determinado solvente e as impurezas são insolúveis nesse mesmo solvente.

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 Durante cada ciclo, uma porção de composto não-volátil dissolve-se no solvente. Após
várias passagens do solvente pelo material sólido, o composto é concentrado no balão
de destilação.
 Após a extração, o solvente é removido, normalmente por recurso a um evaporador
rotativo. A porção não solúvel do sólido mantém-se no dedal, sendo depois
descartada.

Quando um composto orgânico é mais solúvel em água do que no solvente orgânico são
necessárias grandes quantidades de solvente orgânico para se extrair mesmo pequenas
quantidades da substância. Isto pode ser evitado pelo uso de um aparelho de extração
contínua, onde é necessária uma pequena quantidade de solvente.

Extrator Soxhlet realiza a extração de um sólido por um solvente quente.

Microextração em fase sólida


Técnica correlata, emprega uma fibra de sílica fundida recoberta com um polímero não-volátil
para extrair os analitos orgânicos diretamente de amostras aquosas ou do espaço livre
(headspace) sobre as amostras.

HEADSPACE
 A técnica de headspace é especialmente útil quando existe alguma incompatibilidade
entre a fibra e a matriz (presença de material particulado que pode danificar a fibra),
sendo bastante empregada na determinação de compostos voláteis por CG.
o Soluto dessorvido empregando aquecimento (dessorção térmica).
o Amostra: sólida ou aquosa

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QUÍMICA

O headspace é uma técnica excelente e sensível, utilizada para analisar compostos em baixas
concentrações. Nesta técnica, na qual o analito é, necessariamente, mais volátil que a matriz,
este volatiliza preferencialmente, podendo ser determinado sem os interferentes dos outros
componentes da amostra, através da análise do vapor desprendido do analito.

As variações mais conhecidas desta técnica incluem o método do headspace estático e o


método do headspace dinâmico (purge-and-trap).

 No modo estático, a amostra é armazenada e selada em um frasco hermético e os


analitos voláteis são coletados no headspace do frasco após equilíbrio de volatilização.
A técnica de Headspace estática envolve a introdução direta de um dado volume do
vapor concentrado acima da amostra de alimento, em uma coluna cromatográfica.
Este é considerado o método mais rápido e consome o menor tempo de extração; no
entanto, não permite a determinação de compostos com elevados pontos de
ebulição, apresentando também baixa sensibilidade.
o Extração não exaustiva.
o A amostragem é realizada após a existência do equilíbrio entre a concentração
de analitos presentes na amostra e na fase gasosa – depois de atingir o
equilíbrio a concentração do analito em ambas as fases não é alterada, já que
a velocidade do analito passando para a fase gasosa é igual a velocidade do
seu retorno para a amostra.
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QUÍMICA

 Extração manual. Para recolhimento da fase gasosa tem-se a


utilização da seringa gas-tight. Adicionalmente, recomenda-se o
aquecimento dessa seringa a fim de evitar a condensação de analitos e
solventes.
 Extração automática. Ao aumentar-se a pressão dentro do frasco
parte do vapor passa para uma linha de transferência aquecida que
injeta essa fase gasosa no cromatógrafo (CG).
o Analitos que têm baixo coeficiente de partição (K) tendem a migrar para a fase
gasosa independente do aquecimento, e por isso, sofrem menor influência da
temperatura.
o O controle da temperatura nessa situação tende a influenciar a solubilidade de
analitos que têm alto K (aqueles que são muito solúveis na matriz).
 Aumento da temperatura  fase gasosa é aumentada.


 Para se contornar estes pontos negativos, foi desenvolvida a técnica do headspace
dinâmica ou purge and trap, que envolve a purga dos voláteis da camada de
headspace com um gás inerte (nitrogênio ou hélio), seguida de captura destes voláteis
em material absorvente. A grande vantagem deste método é o isolamento e a
concentração de compostos voláteis e semi-voláteis, associados ao curto período de
isolamento, proporcionando aumento na sensibilidade. No modo dinâmico, um fluxo
de gás inerte é borbulhado na amostra e os analitos voláteis são transferidos para um
trap (armadilha) de coleta. O trap é aquecido e os voláteis são dessorvidos ou
liberados e, posteriormente, transferidos para o cromatógrafo a gás.
o Extração exaustiva (contínua)

EXTRAÇÃO DIRETA
 A extração direta é utilizada para compostos menos voláteis e
termossensíveis, sendo o modo mais empregado para análises por HPLC.

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QUÍMICA

O analito distribui-se entre a fibra e a fase líquida. Os analitos são posteriormente dessorvidos
termicamente na cabeça de um injetor de um cromatógrafo a gás. A fibra extratora é montada
em um suporte que se parece com uma seringa comum. Essa técnica combina a amostragem e
a pré-concentração em uma única etapa.

 Numa extração por SPME, as moléculas do analito têm de se deslocar da matriz e


penetrar no recobrimento e, para isto, resistências a transferências de massa devem
ser vencidas, até que se estabeleça um equilíbrio de partição (ou de adsorção) do
analito, entre a fibra o meio que a envolve. Portanto, a teoria de SPME baseia-se na
cinética de transferência de massa entre fases e na termodinâmica que descreve o
equilíbrio de partição do analito entre elas.
 Fibras de extração podem ser utilizadas várias vezes antes de serem descartadas
 Permite que a amostra seja analisada em replicata
 Não provoca a lise da ligação fármaco-proteína
 Baixo tempo de extração em comparação com ELL
 Diferentes recobrimentos poliméricos disponíveis comercialmente
 Não utiliza solvente orgânico, com exceção da dessorção liquida quando usar o HPLC,
em que uma pequena quantidade de solvente é colocada em contato com a fibra e
depois é injetado no instrumento (mas existem injetores próprios para SPME e HPLC
também).

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QUÍMICA

DERIVATIZAÇÃO
 O processo de derivatização/SPME de compostos polares em análogos menos polares
tem sido realizado para aumentar a sensibilidade e seletividade do método analítico
SPME/CG.
 A derivatização tem sido realizada diretamente na amostra (matriz) durante o
processo de extração por SPME ou no injetor no momento da exposição da fibra.

Microextração em filme fino


Essa técnica é derivada da SPME e sua sigla é TFME (do inglês Thin Film –
Microextraction). Os mesmos princípios da SPME são aplicados na TFME, sendo a única
diferença entre elas a geometria do suporte, enquanto na SPME é cilíndrica, na TFME é
retangular, formando uma película de filme fino. Com essa mudança de configuração, a
espessura da fase extratora é menor e a área superficial é maior, o que lhe confere uma
maior transferência de massa da amostra para a fase extratora. O tempo de extração
consequentemente é reduzido e há uma maior resistência do suporte, já que na SPME é um
fio de aço inoxidável. Há ainda a possibilidade da realização de extrações simultâneas com o
sistema de 96-well plate.

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QUÍMICA

SISTEMA 96-WELL PLATE


Muitas técnicas de preparo de amostras podem ser automatizadas ou
semiautomatizadas com a utilização de um sistema de amostragem consistindo de diversos
poços de amostragem, possibilitando a realização simultânea de extrações e, posteriormente,
dessorções em uma série de amostras. Os aparatos mais utilizados para esse fim são as placas
de amostragem contendo 96 poços (96-well plate) e uma escova metálica consistindo de 96
pinos de amostragem. Esses 96 pinos estão distribuídos em 8 pentes com 12 pinos. Cada pino
é recoberto com fita dupla-face e a fase extratora é aderida na superfície da cola, conforme
mostrado na figura abaixo. Após a confecção de todos os pentes, eles são colocados no
sistema para a realização das extrações em 96 amostras simultaneamente, aumentando a
frequência analítica.

Link para vídeo do procedimento de extração:

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QUÍMICA

https://drive.google.com/open?id=1Xzhx0VrTw2_gCLWrJ4JeuzZZdvECnAEe

Derivatização no preparo de amostra


Para realizar uma análise por cromatografia a gás é necessário que as substâncias sejam
suficientemente voláteis e termicamente estáveis.

No caso de substâncias de alta massa molar e/ou contendo grupos funcionais fortemente
polares, existe a necessidade de derivatização destas substâncias, antes de se proceder a
análises por sistemas de cromatografia a gás, acoplados ou não a analisadores de massas.

Mas o que é derivatização química de compostos?


A derivatização é uma reação química de modificação de compostos a fim de gerar novos
produtos com melhores propriedades cromatográficas. Para análises por cromatografia a gás,
moléculas contendo grupo funcionais como -COOH, -OH, -NH, -SH, são de grande preocupação
devido à sua capacidade de formar pontes de hidrogênio entre as moléculas. Isso leva a uma
baixa volatilidade, insuficiente estabilidade térmica, ou pode levar a interações com a fase
estacionária presente na coluna cromatográfica, resultando em uma baixa detectabilidade
e/ou diminuição da vida útil da coluna.

Em geral, essas reações de derivatização têm como objetivo: aumentar a volatilidade,


aumentar a estabilidade térmica e melhorar as propriedades cromatográficas dos compostos
de interesse para ensaios por GC e GC-MS.

Como sabemos, a cromatografia a gás é uma técnica analítica muito eficiente, prática e
teoricamente, de baixo custo, por isso, a opção de realizar ensaios por este meio.

Mesmo com tantos benefícios a derivatização é um processo que tende a ser evitado sempre
que possível, por serem vistos como demorados e custosos. Diversas razões contribuem para
impedir que o uso da derivatização seja mais difundido, um desses motivos é introduzir uma
etapa adicional ao preparo da amostra.

Entretanto temos a técnica de derivatização "on line" ou "in situ", que pode ser realizada sem
consumo de tempo adicional, pois a técnica envolve a adição do reagente na amostra líquida
ou a injeção simultânea do derivatizante no cromatógrafo.

Vejamos um exemplo desta técnica...

Ensaios de drogas de abuso: Metanfetamina e MDMA em urina

Preparação da amostra

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QUÍMICA

Derivatização "on line"


No caso destes estimulantes o grupo funcional alvo é a amina, a derivatização ocorre com o
uso de MBTFA (N-Metilbis-trifluoroacetamida), o agente derivatizante. A amostra é injetada,
vaporizada na porta de injeção e introduzida na cabeça da coluna capilar.

Após os componentes serem introduzidos na coluna capilar, o MBTFA é injetado. Os


componentes a serem analisados são derivados na coluna capilar antes de chegarem ao
detector de massas.

Em resumo, a técnica de derivatização "on line" oferece ao pesquisador um método rápido,


seguro, eficiente e de alta sensibilidade, evitando um aumento no tempo de preparo de
amostras para posterior ensaio por GC e/ou GC-MS.

Fonte: https://pt.linkedin.com/pulse/derivatiza%C3%A7%C3%A3o-de-compostos-org
%C3%A2nicos-para-posterior-mendon%C3%A7a-cunha-1f#:~:text=A%20derivatiza
%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20uma%20rea%C3%A7%C3%A3o,produtos%20com
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QUÍMICA

Questões Leilane
1) São vantagens da técnica de headspace dinâmico, em relação ao headspace estático,
exceto:

a) Maior sensibilidade

b) Extração não exaustiva

c) Isolamento e a concentração de compostos voláteis e semi-voláteis

d) Maior eficiência

Gabarito: B) no headspace dinâmico, a extração pode ser exaustiva (contínua)

Fonte:

2) Sobre as técnicas de extração e preparo de amostras, assinale a alternativa correta:

a) Na técnica de headspace, compostos apolares ou de polaridade média que possuem alto


valor de coeficiente de partição tendem a passar para a fase gasosa rapidamente; compostos
polares, como álcoois e ácidos carboxílicos ficam retidos preferencialmente na fase aquosa
devido aos seus baixos valores de coeficiente de partição.

b) Algumas das vantagens da extração em fase sólida, em relação à extração líquido-líquido


(ELL), é que ela não necessita de grandes necessidades de solventes, e não exige que a fase
extratora seja miscível com o meio líquido da amostra.

c) Um procedimento que pode ser usado na ELL para solubilizar complexos metálicos
hidrofílicos no solvente orgânico é adicionar um íon relativamente hidrofóbico que irá se
complexar com o metal, permitindo sua solubilização na fase orgânica.

d) Uma das desvantagens da ELL é que as amostras com baixa afinidade pela água são
parcialmente extraídas pelo solvente orgânico, resultando em perda do analito, problema este
que não pode ser contornado com o uso de maiores quantidades de solvente.

Gabarito: C

A) ERRADA. Coeficiente de partição em sistemas aquosos é representado pela fração líquida


sobre a fração gasosa (CL/CG); ou seja, a alternativa inverteu: compostos mais apolares têm
baixo K, e compostos polares têm alto K.

B) ERRADA. Na ELL, a fase extratora precisa ser IMISCÍVEL com a fase da amostra;

D) ERRADA. Amostras com ALTA afinidade pela água é que não são bem extraídas pelo
solvente orgânico.

Fontes: Química Analítica (Harris)

https://chem.libretexts.org/?title=Under_Construction/Chromedia/
01Gas_Chromotography_(GC)/Gas_Chromotography:_In_Practice/
02Gas_Chromatography:_Injection_techniques_and_principles/21Dynamic_headspace_
%26_purge-and-trap

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QUÍMICA

3) No laboratório de Química Forense, foi recebida uma amostra de urina para análise de
Cannabis. Assinale a alternativa que indica o procedimento mais adequado para a extração do
composto pesquisado:

Dados: 11-nor-9-carboxi-delta-tetrahidrocanabidiol, conjugado com ácido glicurônico.

pKa do 11-nor-9-carboxi-delta-tetrahidrocanabidiol = 4.21

a) Hidrólise química ou enzimática, seguido de extração em meio ácido com um solvente


orgânico, evaporação e reconstituição do extrato para injeção no equipamento.

b) Hidrólise química ou enzimática, seguido de acidificação e extração com solvente orgânico,


descarte da fase orgânica; ajuste do pH para 9 – 10 e extração com solvente orgânico, descarte
da fase aquosa e secagem do extrato.

c) Extração direta em meio ácido com um solvente orgânico, descarte da fase aquosa; hidrólise
química ou enzimática, re-extração com solvente orgânico, descarte da fase aquosa e secagem
do extrato.

d) Hidrólise química ou enzimática, seguido de extração em meio básico com um solvente


orgânico; descarte da fase aquosa, ajuste do pH para 3 – 4 e extração com solvente orgânico,
seguido de descarte da fase aquosa e secagem do extrato.

Gabarito: A) Primeiro deve-se efetuar a hidrólise para retirar o ácido glicurônico conjugado
junto com o metabólito. Analito de caráter ácido (vide pKa), extraído em pH ácido assim se
encontrará na forma molecular, mais solúvel no solvente orgânico.

B) ERRADA. Se descartar a fase orgânica, descarta o analito!

C) ERRADA. Hidrólise enzimática tem que ser antes.

D) ERRADO. Se o meio estiver básico, o composto ficará na forma iônica sendo retido na fase
aquosa. Descarte da fase aquosa = descarto o analito.

Fonte: Toxicologia Forense – Marcos Passagli.

Questões
A escolha da metodologia adequada para a extração de metabólitos secundários ou especiais,
biologicamente ativos, é dependente da natureza química da substância de interesse. Assinale
a opção que relaciona os métodos mais adequados para extração de substâncias voláteis de
um vegetal: fluido supercrítico, microextração em fase sólida, hidrodestilação em aparelho de
Clevenger.

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QUÍMICA

Os métodos de extração a quente são sempre mais rápidos do que os realizados à temperatura
ambiente. CORRETA.

A extração líquido-líquido é um procedimento econômico, que gera pouco rejeito (solvente a


ser descartável), mas é limitada a amostras termicamente estáveis, capazes de resistir à
temperatura de ebulição do solvente. ERRADO. Gera muito rejeito!

A extração líquido-líquido será mais eficiente se conduzida em uma ou duas etapas,


empregando um volume grande de solvente, do que se efetuada em várias vezes, utilizando
pequenas quantidades de solvente. ERRADO. Será mais eficiente se efetuada em várias etapas.

Na extração em fase sólida, o analito tem de ser capaz de ficar inicialmente aí retido, mas
também tem de ser capaz de ser extraído posteriormente por algum solvente com o qual
tenha afinidade. CORRETA.

Na extração em fase sólida, o analito deve sofrer a partição entre a fase sólida e a fase líquida,
de forma que o analito presente na fase líquida possa ser amostrado e, por exemplo, injetado
diretamente em um cromatógrafo gasoso. ERRADO. Analito na fase sólida que será amostrado.

A microextração em fase sólida combina pouca manipulação da amostra com elevada


reprodutibilidade, o que garante o caráter quantitativo dessa técnica. ERRADO. Garante o
caráter qualitativo da técnica.

Em uma amostra onde havia suspeita de conter derivados anfetamínicos, a extração líquido-
líquido foi a escolha para a separação destas substâncias. As condições adequadas para a
eficiência desta extração, que partiu de uma solução aquosa contendo os analitos de interesse,
incluiu ajuste do pH da solução com KOH 5M e extração das anfetaminas com éter. Como as
anfetaminas são compostos básicos, se utilizarmos uma fase ácida, a molécula ioniza.
Portanto, para manter a lipofilicidade da molécula, deve ser utilizado um composto que
mantenha a mistura básica. Das opções apresentadas, só temos o KOH. Quanto mais apolar o
solvente, mais imiscível com a água ele será e maior a migração do analito apolar para a fase
orgânica. Já definimos que o ajuste do pH será feito com KOH. Entre os solventes disponíveis
para essa opção, temos o Éter e o Metanol. Entretanto, o metanol é um solvente polar, então
por esse motivo o solvente de escolha é o éter.

I. A extração em fase sólida permite a realização simultânea dos processos de purificação


(clean-up) e pré-concentração do analito em matrizes complexas. CORRETA

II. Uma das desvantagens da extração líquido-líquido é a formação de emulsão. CORRETA

II. Na extração líquido-líquido, o coeficiente de partição é estabelecido entre a fase aquosa e a


fase orgânica e é influenciado pelo solvente extrator, pelo pH da fase aquosa e pela proporção
do volume das fases. CORRETA

IV. A extração em fase sólida apresenta baixa seletividade e alta sensibilidade. ERRADA.
Considero essa questão sendo errada pelo fato de que dependendo de qual fase estacionária é
utilizada a extração pode ter uma alta seletividade por determinado analito, tal como o uso de
trocadores catiônicos ou anônimos o uso de fase normal para realizar extração de compostos
polares e o uso de fase reversa para extrair compostos polares.
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QUÍMICA

A extração líquido-líquido é empregada nos processos de separação de um ou mais compostos


de uma mistura líquida, quando eles não podem ser separados por destilação de forma
economicamente viável. Essa operação NÃO é indicada quando o(s) componente(s)

a) mais volátil que se quer separar está presente em grande quantidade.????

b) têm aproximadamente o mesmo ponto de ebulição.

c) têm pontos de ebulição elevados. CORRETA – porque aí não serão instáveis na etapa de
pré-concentração (quando aquecer para evaporar o solvente)

d) são susceptíveis à decomposição térmica.

e) são pouco voláteis. CORRETA.

A extração de drogas vegetais em laboratório utilizando-se soxlet apresenta como vantagem a


reutilização de solvente aquecido, otimizando-se o processo de extração. CORRETA

A eliminação da cocaína e benzoilecgonina será maior se o pH urinário for ácido, enquanto que
para o metabólito (norcocaína) a eliminação é preferencial se o pH for alcalino. O pH para
extração da cocaína (benzoilecognonina) deve ser ajustado até 8,0 (o pH mais alto pode
hidrolisar a cocaína e a benzoilecgonina)

A extração sólido-líquido tem como força motriz a diferença de concentração dos compostos
químicos entre a fase sólida e a fase líquida. CORRETA. O analito terá menor ou maior
afinidade pela fase líquida do sorvente, determinando assim o grau de retenção deste analito.

Em relação ao processo de extração do agente tóxico, assinale a afirmativa incorreta.

a) A acetonitrila, a acetona e o metanol são utilizados para precipitar proteínas e separá-las


dos compostos orgânicos.

b) A extração em fase sólida se baseia no uso de uma matriz sólida, na qual a substância
pesquisada se liga à camada hidrofóbica constituída de grupamento alquila de cadeia longa.
CORRETA. (fase reversa)

c) A microextração em fase sólida é indicada para extração de THC e substâncias voláteis.

d) A extração em fase sólida é indicada para a extração de metais líquidos, como o mercúrio.
ERRADA. A extração em fase sólida é um pré-tratamento que amostra biológica,
principalmente sofre para passar por uma etapa posterior de analise em cromatografia,
normalmente, portanto, não é uma técnica utilizada para análise de metais, como o mercúrio.

e) A relativa lipofilicidade ou hidrofobicidade do fármaco é determinante na escolha do


solvente extrator. CORRETA.

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QUÍMICA

I. A extração em fase sólida (Solid Phase Extraction, SPE) é baseada no princípio de separação à
base de afinidade como cromatografia em fase líquida, consistindo na separação líquido-
sólido. CORRETA.

II. A SPE convencional oferece várias vantagens, destacando-se o consumo de menores


volumes de solventes em relação à extração líquido-líquido, o menor tempo de operação da
técnica, embora haja uma baixa recuperação dos analitos. ERRADO. Alta recuperação dos
analitos!

III. Tradicionalmente a SPE está disponível nos modos de fase normal, de fase reversa e de
troca iônica. No entanto, um dos formatos mais utilizados é o de fase reversa. CORRETA.

Em análises forenses e em outros ramos da toxicologia, a técnica de headspace é largamente


empregada para a extração de analitos voláteis. Sobre o procedimento para extração de
agentes tóxicos gasosos e voláteis utilizando está técnica, marque a alternativa correta:

a) Amostras sólidas não podem ser utilizadas para a análise por headspace. ERRADA – pode
sim. Amostras sólidas podem ser utilizadas para análise de headspace, desde que maceradas e
homogeneizadas para facilitar a volatilização dos analitos.

b) O headspace dinâmico permite que sejam extraídas substâncias na ordem de partes por
trilhão.

c) A quantidade de amostra não interfere na concentração do analito na fase gasosa.


ERRADA. A quantidade da amostra interfere na concentração do analito quando relacionada a
analitos que apresentam baixo coeficiente de partição, isto é, são pouco solúveis, já os analitos
com elevado coeficiente de partição o volume da amostra não interfere no processo de
extração.

d) A extração de voláteis por esta técnica permite atingir ótimo rendimento independente da
complexidade da amostra. ERRADA. A complexidade da amostra interfere não só no
coeficiente de partição (K), tal como no coeficiente de atividade e sensibilidade do headspace.
Caso a matriz tenha uma afinidade muito grande com o analito o processo de extração será
prejudicado, resultando numa diminuição do analito na fase gasosa.

e) O headspace estático apresenta maior sensibilidade do que o headspace dinâmico e é mais


indicado para amostras que possuem apenas traços da substância de interesse. ERRADA.
Dinâmico possui maior sensibilidade. O headspace dinâmico permite que seja extraído
compostos presentes nas matrizes por ordem por bilhão ou trilhão, em contrapartida o
headspace estático permite que seja extraído compostos por ordem por milhão.

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