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PROJETO INTERDISCIPLINAR APLICADO A GESTÃO DE


RECURSOS HUMANOS II

Relatório Final

Polo Vila dos Remédios – Osasco

2015
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Alunos:

Fabio Marques de Moraes Ra: 1690325548

Rogerio de Oliveira Alves Ra: 2833319778

Marcia Alves Ferreira Ra: 1701278332

João Carlos Dionizio Simões Ra: 1056534377

TUTOR PRESENCIAL: Danilo Correia Alves

TUTOR ONLINE: Thais Ramalho Chaves


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Resumo.

Em tempos modernos, de tecnologia e progresso, muitas vezes se esquece do mais importante,


o lugar em que vivemos e o que causamos consciente ou inconscientemente ao meio
ambiente. Mais importante que isso é a mudança dos hábitos, a educação neste sentido desde
cedo, para que no futuro cuidar do meio ambiente faça parte do dia a dia naturalmente, sem a
necessidade de cobranças morais e financeiras, que se cuide do que é nosso e para todos nós.

A implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) deve começar pelo


comprometimento da alta administração da organização, que deverá definir o sistema, os
recursos financeiros que serão dedicados, designará o coordenador, treinará a equipe,
elaborará um cronograma base e lançará o sistema a fim da implementação.

O objetivo deste estudo é a identificação dos possíveis problemas na empresa Strong Fit
Refeições e Lanches Ltda em relação a desperdício de água, energia, descarte incorreto de
lixo e por fim a apresentação e implantação de um Sistema de Gestão Ambiental eficiente
com orientações para reduzir os impactos ambientais e a conscientização geral de
colaboradores e clientes, quanto à importância da questão ambiental no dia a dia não só de
empresas, mas em casa também.

A empresa Strong Fit é uma rede de Fast Food, fundada em 2008, com matriz localizada à
Rua: Júlio Conceição, 354 no bairro Bom Retiro em São Paulo e tem esse nome porque
pertence a três amigas que resolveram se unir e começaram esse empreendimento.

As sócias são: Maria Bergaman (Gerente Administrativo/Financeiro), Barbara Lemos


(Gerente Operacional), Silvana da Silva Neves (Gerente Comercial e Marketing), todas em
sua formação tiveram conhecimento das boas práticas para um desenvolvimento mais
sustentável, porém ainda precisam de orientação para mudar os hábitos da empresa e seus
colaboradores, a fim de observar as vantagens morais e financeiras dessa mudança e nós
vamos ajudá-las.
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1. Sumário.
Capa............................................................................................................................................1
Contra Capa................................................................................................................................2
1. Resumo....................................................................................................................................3
2. Sumário...................................................................................................................................4
3. Introdução...............................................................................................................................6
4. Contextualização.....................................................................................................................7
5. Fundamentação Teórica..........................................................................................................7
6. Analise e Interpretação dos dados..........................................................................................8
6.1. Fluxograma Inicial...............................................................................................................9
6.2. Tabela dos Custos de Mão de Obra...................................................................................10
6.3. Tabela de Estimativa Custos Fixos Mensais......................................................................10
6.4. Tabela com Resumo de Custos Principais.........................................................................10
7. Desenvolvimento e Implementação do SGA (Sistema de Gestão Ambiental) ....................11
7.1. Objetivos e Estratégias.......................................................................................................11
7.2. Pontos Principais da Palestra de Educação Ambiental......................................................13
7.3. Comunicado Interno..........................................................................................................14
8. Resultados Alcançados.........................................................................................................15
8.1. Tabela de Gasto Inicial......................................................................................................15
8.2. Tabela Estimativa de Gastos Próximos Seis Meses...........................................................15
8.3. Tabela Estimativa de Gastos Próximos Três Anos............................................................16
8.4. Tabela de Custos dos Materiais para Implantação do SGA...............................................16
8.5. Fluxograma Final...............................................................................................................17
9. Referências Bibliográficas....................................................................................................18
10. Anexos............................................................................................................................... 20
10.1. Ilustração de alguns materiais......................................................................................... 20
Figura 1.................................................................................................................................... 20
Figura 2................................................................................................................................... 20
Figura 3.....................................................................................................................................21
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Figura 4.................................................................................................................................... 21
Figura 5.................................................................................................................................... 21
10.2. Receita do Sabão.............................................................................................................22
10.3. Ilustração Utilizada na Palestra...................................................................................... 22
Figura 6.....................................................................................................................................22
Figura 7.....................................................................................................................................22
Figura 8.....................................................................................................................................23
Figura 9.....................................................................................................................................23
Figura 10.................................................................................................................................. 23
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3. Introdução.

A tendência atual é que as empresas façam do seu desempenho ambiental um fator


diferencial no mercado. O que significa, em alguns casos, adotar requisitos internos até mais
restritivos que os legalmente impostos no país.

A empresa analisada se localiza na região central de São Paulo, possuindo 28


funcionários, e apresenta um consumo alto de consumo de energia e água, bem como
desperdício de materiais que poderiam ser reciclados, também o descarte de correto do lixo
orgânico.

Temos algumas questões a serem respondidas para isso é importante conhecer o que
deve ser feito, definindo sua política de meio ambiente; elaborar o Plano de Ação para atender
aos requisitos de sua política ambiental; assegurar condições para o cumprimento dos
objetivos e metas ambientais e implementar as ferramentas de sustentação necessárias;
realizar avaliações qualitativas e quantitativas periódicas do desempenho ambiental da
empresa; revisar e aperfeiçoar a política do meio ambiente, os objetivos e metas ambientais e
as ações implementadas para garantir a melhoria contínua do desempenho ambiental da
empresa.
Em 1972 a ONU organizou a I Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente, que
resultou na criação de órgãos de proteção ambiental em diversos países. Durante muito tempo
estes órgãos se ocupavam apenas de fiscalizar o atendimento dos padrões ambientais
estabelecidos. Por sua vez as empresas potencialmente poluidoras estavam preocupadas
unicamente em atender à legislação ambiental. À medida que os problemas ambientais
ficaram mais evidentes e a ideia de qualidade total no setor produtivo ganhou consistência, se
percebeu que o controle de impactos ambientais só seria efetivo através de um Sistema de
Gestão Ambiental.
O Sistema de Gestão Ambiental, conforme a série ISO 14000, fundamenta-se na adoção
de ações preventivas à ocorrência de impactos adversos ao meio ambiente. Trata-se de
assumir uma postura pró-ativa com relação às questões ambientais.
Temos por objetivo neste projeto desenvolver um Sistema de Gestão Ambiental,
simples e eficaz, que em curto prazo demonstrará os primeiros benefícios para a empresa e
meio ambiente, e em longo prazo significará economia e mais competitividade com as demais
redes de fast food.
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4. Contextualização da Pesquisa.

Gestão Ambiental é o controle dos impactos ambientais provocados por uma atividade
empresarial qualquer. A implementação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) constitui
em uma estratégia para que o empresário, em processo contínuo, identifique oportunidades de
melhorias que reduzam os impactos das atividades de sua empresa sobre o meio ambiente,
conscientizando os colaboradores na melhoria continua e fazendo a escolha certa desde a
matéria prima ao produto final.
Diante dos problemas identificados no estudo durante nossas pesquisas, propomos à
empresa, inicialmente medidas que amenizem os impactos ambientais, criando para eles uma
forma de adequação ao desenvolvimento sustentável.
Podemos verificar já no inicio do desenvolvimento deste projeto, que o consumo de
energia elétrica e água são excessivos, bem como não existe o descarte correto de materiais
recicláveis e resíduos. Realizamos pesquisas de mercado que sempre demonstram uma
produtividade e aceitação no mercado, das empresas que possuem o SGA e a consciência do
desenvolvimento sustentável.
Fizemos a coleta dos dados necessários através de entrevistas com as gestoras e os
colaboradores, apontando as mudanças necessárias embasados em nosso projeto.

5. Fundamentação Teórica.

Gestão Ambiental é o controle dos impactos ambientais provocados por uma atividade
empresarial qualquer, constitui uma estratégia para que o empresário, em processo contínuo a
curto ou longo prazo, modifique as condutas da empresa, visando sua contribuição na
preservação dos nossos recursos naturais e a diminuição dos impactos de suas atividades,
deste modo também é possível diminuir os custos e efetuar investimentos. O Sistema de
Gestão Ambiental (SGA) é fundamental para o cumprimento da legislação e benéfica para o
ambiente, trazendo vantagens para a organização como um todo.
O SGA representa a organização de procedimentos apropriados em direção à meta do
desenvolvimento sustentável e faz parte de um esforço integrado e contínuo de toda
organização, na busca pela excelência ambiental.
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Em todos os estudos e pesquisas que fizemos, encontramos dados que expõem a


dificuldade na implantação da mudança, tendo em vista que essa conscientização faz parte de
nossa cultura há pouco tempo. Nas escolas, ainda na alfabetização, se planta essa sementinha
da mudança em relação ao respeito que devemos ter com o meio ambiente, mas é necessário
que em casa também adotemos práticas mais sustentáveis.
É primordial para a preservação dos recursos naturais com a conscientização da
sociedade como um todo, para que no futuro sejam gestores e colaboradores mais conscientes.
Podemos citar Lucien Sauve (2002), a trama do meio ambiente é a trama da própria
vida, ali onde se encontram natureza e cultura; o meio ambiente é o cadinho em que se forjam
nossa identidade, nossas relações com os outros, nosso “ser-no-mundo”.
Também segundo Lucien Sauve, as pessoas que estão atuando na área da educação
ambiental têm gradualmente tomado consciência da riqueza e da amplitude do projeto
educativo que ajudaram a construir.
Nossa missão é de uma forma objetiva, apresentar soluções para a diminuição dos
impactos ambientais que a empresa Strong Fit Refeições e Lanches Ltda, hoje produz.

6. Análise e Interpretação dos Dados.

O levantamento de dados abrangeu a situação ambiental da empresa, essa metodologia


procurou integrar os princípios básicos da sustentabilidade no âmbito da ISSO 14001,
buscando desenvolver, dentre outros:

 Redução de custo de disposição de resíduos;


 Melhoria da imagem, da relação com os clientes, além de melhorar o relacionamento
com as autoridades reguladoras;
 Redução dos riscos de responsabilidade de despoluição;
 Redução do consumo de energia;
 Demonstração de comportamento ambiental esperado;
 Orientação para que essa organização possa atingir estratégias e vantagens
competitivas e sustentáveis através de um Sistema de Gestão Ambiental.

A empresa analisada se localiza na região central de São Paulo, possuindo 28


funcionários, tendo um valor médio por mês para pagamento de energia de R$ 1.270,00 e
para água de R$ 1.500,00.
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Não haviam pensado na importância da política ambiental, e não existia política de


meio ambiente. Desse modo identificamos as atividades que causavam impactos ao meio
ambiente, e assim, foi identificada a mudança ambiental aplicável.

O controle de ar condicionado, como também o controle das emissões de gases para


a atmosfera, bem como o controle da qualidade da água não eram realizados.

A água utilizada era lançada no corpo receptor da região e a gestão desse insumo
também não ocorria, todo o lixo gerado era recolhido pela empresa coletora e enviado
para aterros.

Não existia treinamento de funcionários nesse sentido de orientação sobre a


utilização de água, energia e descarte ideal do lixo, do mesmo modo que também não
havia um sistema formalizado de comunicação interna, nem documentações para dar
ciência aos colaboradores e sócios dos fatos e dados relativos a questões ambientais na
organização.

Ficou indiscutivelmente visível que esta organização necessitava incorporar à


variável ambiental no processo gerencial, nessa situação a organização corria riscos de
elevação dos gastos com multas, recuperação de áreas contaminadas, perda de mercado e
depreciação da imagem institucional.

6.1. Fluxograma Inicial.

Apresentamos as gestoras um fluxograma, representando a situação inicial.

COLABORADORES

ENTRADA SAÍDA

PRODUÇÃO DOS LANCHES E


LANCHES E REFEIÇÕES
REFEIÇÕES.
MATÉRIAS PRIMAS LIXO ORGÂNICO,
INSUMOS EMBALAGENS,

ÓLEO DE COCO
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Assim verificamos que os insumos, água e energia elétrica, não eram economizadas as
matérias primas não eram selecionadas pensando num planejamento de estoque, o lixo
orgânico produzido, as embalagens e o óleo utilizado na preparação eram descartados
incorretamente. Os colaboradores não tinham treinamento em relação ao controle de
utilização das matérias primas na produção dos lanches, bem como nenhuma orientação nas
praticas corretas do descarte de lixo geral.

Encontramos também nas tabelas a seguir, os gastos mensais anteriores a implantação


do SGA, em destaque os consumos de água, energia elétrica e matérias primas.

6.2. Tabela dos custos de Mão de Obra.

Estimativa dos custos com mão de obra


Função Salário Mensal Encargos Total Total Geral
Qtd Sociais
03 Gerente 6.200,00 682,00 6.882,00 20.646,00
02 Caixa 1.200,00 96,00 1.296,00 2.592,00
06 Ajud. Cozinha 950,00 76,00 1026,00 6.156,00
08 Atendentes 862,00 68,00 930,00 7.440,00
02 Supervisora 1.750,00 157,50 1.907,50 3.815,00
04 Faxineira 862,00 68,00 930,00 3.720,00
03 Moto Boy 1.500,00 135,00 1.635,00 4.905,00
Tota   R$49.274,00
l

6.3. Tabela de estimativa custos fixos mensais.

TABELA DE ESTIMATIVA MENSAL DE CUSTOS FIXOS


Item Descrição Custo Situação
01 Aluguel R$ 2.500,00 ok
02 Consumo de água R$1.500,00  ok 
03 Consumo de Energia elétrica R$ 1.270,00  ok 
04 Matérias primas e descartáveis R$ 3.599,00 ok
05 Custo Geral Colaboradores R$49.274,00  ok 
06 Brindes dos lanches R$ 1.000,00 ok 
07 Divulgação R$1.800,00  ok 
Tota
l   R$60.943,00   ok
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6.4 Tabela com resumo de custos principais.

Foco principal de redução de custos


Consumo de água R$1.500,00 
Consumo de energia elétrica R$1.270,00 
Matérias primas e
descartáveis R$ 3.599,00
Total inicial R$ 6.369,00

Um dos nossos objetivos, além da preocupação ambiental, é a redução dos custos para
incentivar P&D, pesquisa e desenvolvimento para conquista de mais competitividade e
motivação dos colaboradores.

7. Desenvolvimento e Implementação do SGA - Sistema de Gestão


Ambiental.

7.1 Objetivos e Estratégias.

Foi identificado que a organização possui alto uso recursos naturais, sem haver
controle inteligente do seu uso, desse modo foi proposta a meta de redução no consumo de
água e energia elétrica, também oferecemos solução para o descarte do óleo de cozinha e todo
o lixo produzido na organização.

Água: Em São Paulo, por exemplo, a Lei nº 13.276 de 2002, conhecida como “Lei das
Piscininhas”, obriga a construção de reservatórios para as águas coletadas em pisos ou
coberturas de novas ou reformadas construções a partir de 500 m2 de área impermeabilizada.
No caso de São Paulo a água captada pode ser infiltrada no solo ou utilizada para fins não
potáveis, sendo que uma hora após a chuva a água poderá ser direcionada para a rede pluvial.

O projeto é a captação e armazenamento de água da chuva, que será reutilizada na limpeza do


ambiente interno e externo, bem como em descargas e chuveiros. Também a instalação de
arejadores nas torneiras da empresa, sem esse dispositivo as torneiras liberam até 22 litros de
água por minuto, com ele pode se economizar até 2 a 3 litros de água por minuto em cada
torneira. Assim redução do consumo e dos custos pode chegar a 50% do total.
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Energia Elétrica: Através das informações a respeito da geração e uso de energia elétrica
envolvendo questões ambientais, é possível direcionar as ações de forma a contribuir para a
construção do desenvolvimento sustentável. Evitar desperdício de energia, optar por
equipamentos energeticamente mais eficientes, reaproveitar ao máximo os materiais e preferir
produtos recicláveis, podem ser os primeiros hábitos para contribuirmos com a cultura do
consumo consciente na sociedade. Os equipamentos não serão substituídos neste primeiro
momento, enfatizamos em palestra a economia por conscientização e mudanças de hábitos.

Propomos a redução de 5% do consumo em seis meses, essas medidas concretizadas


trarão benefícios tanto para a manutenção dos recursos naturais, como também trará reflexos
positivamente econômicos para a empresa.

Reaproveitamento do óleo de Cozinha: Observamos que a empresa não possuía um sistema


de tratamento dos seus efluentes líquidos, neste caso o óleo de cozinha utilizado nas frituras.
Desse modo sugerimos o reaproveitamento transformando o mesmo em sabão, tendo em vista
que a empresa utiliza aproximadamente 14 litros de óleo por mês (dado que não havia sido
informado até a entrega do relatório parcial).

Como trata-se de uma micro empresa, com nossa orientação os próprios funcionários
farão a transformação desse efluente em sabão para uso na organização e consumo em suas
residências, com essa iniciativa de partilhar o sabão com os colaboradores, motivamos os
mesmos cada vez mais a colaborarem com a mudança. A meta é transformar cerca de 40% de
todo o óleo utilizado em sabão.

Tão importante quanto à preservação dos recursos naturais e o cuidado com o óleo de
cozinha, é a Coleta Seletiva de lixo.

Coleta Seletiva de Lixo: Os programas de coleta seletiva de lixo, basicamente consistem na


separação de materiais com a finalidade de encaminhá-los a empresas ou cooperativas, que
fazem a reciclagem correta e os colocam novamente em circulação. Desta forma são
preservadas inclusive, árvores que seriam desmatadas para fabricação do papel utilizado nos
descartáveis.

No primeiro momento, foi proposta a separação do lixo gerado pelo menos em


orgânico (proveniente do preparo e consumo dos alimentos) e lixo inorgânico (material
reciclável de embalagens), que será recolhido diariamente por um coletor de reciclagens
membro de uma cooperativa da região oeste de São Paulo, a Cooperativa Vira Lata que tem
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patrocínio de grandes empresas como o Banco do Brasil, Petrobrás e do próprio Governo


Federal e contam ainda com parceria do BNDES, da Editora Globo, Porto Seguro e agora com
a Strong Fit.

Desta forma a empresa contribuirá também com o aspecto social destes cooperados,
fornecendo o material reciclável sem ônus para a cooperativa e em contrapartida beneficiando
a população e o meio ambiente. Orientamos as sócias, assim que possível, a troca das lixeiras
no ambiente de preparação dos produtos e área de consumo dos mesmos, para os materiais
específicos Papel, Metal, Plástico e Orgânico. Elaboramos também uma palestra de orientação
para gestoras e colaboradores, bem como um comunicado oficial interno.

7.2 Pontos principais da Palestra de Educação Ambiental:

Depois de expormos todos estes pontos e orientarmos quanto às soluções, houve a


realização da primeira palestra de orientação aos colaboradores, com linguagem simples e
objetiva, convocamos todos a participarem desta importante mudança, que deve ocorrer não
só na empresa como em suas residências, disseminando assim a conscientização sócio
ambiental. Foram os seguintes tópicos:

 Economia de água e energia elétrica, para preservação dos recursos hídricos;


 Descarte correto de resíduos, evitando assim a contaminação do solo;
 Diminuição da emissão de gazes na atmosfera, prevenindo o aumento do buraco na
camada de ozônio e ajudando a manter a qualidade do ar.

Já faz parte de nossas vidas há algum tempo essa preocupação, não só em resolver o
problema em longo prazo, mas que essa orientação ultrapasse o local de trabalho e invada as
casas dos gestores, colaboradores e clientes. Abrimos espaço para sugestões, a melhoria deve
ser contínua e a empresa deve sempre estar disposta a ouvir seus colaboradores.

Ao final da palestra ensinamos como fazer o sabão de óleo de cozinha usado e


passamos a receita para que os colaboradores possam realizar esta tarefa se revezando, e que
também possam fazê-lo em casa se quiserem.

Como sugestão de premiação no alcance das diretrizes propostas, encontramos mais um


incentivo de reciclagem, os funcionários que trouxerem 10 latinhas de alumínio vazias podem
levar 01 l de suco para casa, este incentivo é para com o dinheiro das latinhas, a empresa
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comprar prêmios para sortear no final do ano, tudo em caráter informal, as sócias vão analisar
a sugestão.

Estabelecemos uma comunicação interna para deixar claros os objetivos e as novas


diretrizes que serão adotados pela empresa. Nele, de forma clara e com linguagem simples
explicamos a importância dessas medidas e do comprometimento de todos para o sucesso do
projeto.

7.3. Comunicado Interno.

São Paulo, 01 de dezembro de 2013.

Aos prezados colaboradores.


Na busca contínua pela melhoria, recebemos recentemente uma auditoria em relação à
implantação do SGA (Sistema de Gestão Ambiental). Com isso foram identificados alguns
pontos nos quais precisamos melhorar, são medidas em sua grande maioria simples e que
podemos utilizar no dia a dia também em nossos lares.
A seguir vão algumas dicas para colocarmos em prática o projeto que foi desenvolvido:
 O uso consciente de água com a utilização correta deste recurso tão necessário e
precioso é o fator mais importante, quando economizamos esse recurso natural
estamos pensando no futuro dos nossos filhos e do nosso planeta;
 A economia de energia elétrica, evita apagões e em longo prazo, proporcionará para a
empresa a possibilidade de investimentos nos colaboradores, relacionados com
capacitação e premiações de acordo com o desempenho e comprometimento;
 Em relação à coleta seletiva, á princípio, iremos utilizar os cestos de lixo que já temos,
identificando orgânico (proveniente do preparo e consumo dos alimentos) e lixo
inorgânico (material reciclável de embalagens), com o auxilio de uma cooperativa, que
fará a coleta diariamente do lixo inorgânico, estaremos todos juntos ajudando o meio
ambiente;
 Uma parte do óleo que utilizamos nas frituras será destinado, fabricação de sabão. À
mesma empresa que nos ajudou a identificar os problemas, vai nos ensinar a fabricar o
sabão, além de reduzir o impacto ambiental, poderemos utilizá-lo aqui e em nossas
residências, porque uma parte do sabão produzido vocês levaram para casa.
Contamos com a participação de vocês em mais essa etapa, lembrando que em longo
prazo o maior benefício será para todos nós, estamos estudando a viabilidade de convênios
com escolas que tenham cursos profissionalizantes. Pretendemos estabelecer convênios para
uma capacitação de qualidade para realizarmos o P&D Pesquisas e Desenvolvimento dos
nossos produtos, e faz parte também do projeto, após os primeiros meses elaborarmos um
sistema de premiação com relação à economia de água e energia, bem como o descarte
correto do lixo.
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Atenciosamente a Direção.

8. Resultados alcançados.

Após o primeiro mês de implantação, realizamos uma visita na empresa Strong Fit, e
foi gratificante ver o empenho de Gestoras e Colaboradores.

Todos têm feito o descarte correto dos resíduos e materiais; existem cartazes na área
interna e de alimentação, conscientizando sobre a importância e benefícios dessa mudança; já
fabricam, utilizam e distribuem entre os funcionários o sabão da reutilização do óleo de
cozinha; as lixeiras com a identificação dos materiais foram encomendadas; o coletor da
cooperativa tem cumprido sua parte e todos os dias vem buscar os materiais que estão
separados; o detergente que é utilizado agora é biodegradável; as lâmpadas comuns foram
traças pelas lâmpadas econômicas, que além de terem uma durabilidade maior vão reduzir o
consumo de energia em relação à luz; foram instalados os arejadores que logo contribuíram na
diminuição do consumo de água a cisterna para captação da água da chuva não foi
implantada. Ainda não é o esperado, mas temos certeza que em longo prazo a empresa
conseguirá atingir todas as meta; foi criada uma caixinha de sugestões para funcionários e
clientes buscando uma melhoria continua.

De acordo com nosso estudo fizemos algumas planilhas com dados do inicio, atuais e
numa perspectiva de longo prazo.

8.1 Tabela de Gasto Inicial.

Total de Gasto Inicial


Consumo de água R$1.500,00 
Consumo de Energia elétrica R$ 1.270,00 
Matérias primas e Descartáveis R$ 3.599,00
Total R$ 6.369,00

8.2 Tabela Estimativa de Gastos próximos seis meses.

Estimativa de redução em curto prazo próximos 6 meses.


Item Total Mês Total Dia Redução% Redução Total
Consumo de água 321,9 Lt 10,72 Lt 9,8 R$ 1.357,00
Consumo de Energia elétrica 2.393,28kw 79,78kw 5 R$ 826,50 
Matérias primas e Descartáveis R$ 3.599,00 R$ 119,97 2 R$ 3.572,02
Total       R$ 5.755,52
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Observamos na tabela 8.2 a estimativa de economia ao longo de seis meses, contando


com a conscientização dos colaboradores e os investimentos sugeridos.

No item matérias primas e descartáveis, teremos uma redução pequena, para que não
sejam comprometidos a qualidade dos produtos e o visual das embalagens que são
personalizadas com o logotipo da empresa e já possuíam material reciclável e são conhecidas
pelos clientes.

8.3 Estimativa nos próximos três anos.

Estimativa de redução nos próximos 3 anos.


Item Total 1º ano Total 2º ano Total 3º ano Redução Total
Consumo de água 13% 22% 27% R$ 990,61
Consumo de Energia elétrica 10% 12% 13% R$ 719,05
Matérias primas e Descartáveis 2,50% 3% 3,50% R$ 3.467,00
Estimativa de Redução de Gastos Total R$ 5.176,66

Obs.: É importante lembrar que os cálculos foram embasados nas medidas de redução de
custos que foram propostos e ainda levamos em conta possíveis reajustes nos fornecimentos
de água e energia elétrica, e manutenção de equipamentos.

Ainda assim temos representados na tabela reduções significativas para uma empresa de
Fast Food.

8.4 Custos dos materiais a serem implantados:

Custos para Implantação do Projeto SGA


Qtd
Material d Valor Un. Valor Total Subtotal
Arejador para torneira 6 R$ 12,64 R$ 75,84 R$ 105,84
Conj. De Coletores Seletivos 2 R$ 78,41 R$ 156,82 R$ 186,82
Separador de Folhas 2 R$ 130,00 R$ 260,00 R$ 260,00
Separador de fluxo 2 R$ 170,00 R$ 340,00 R$ 340,00
Cisterna 2000L 1 R$ 1.100,00 R$ 1.100,00 R$ 1.100,00
Bomba pressurizada Bosch 1 R$ 299,00 R$ 299,00 R$ 299,00
Tubo Tigre 100 mm 6 R$ 12,00 R$ 72,00 R$ 72,00
Sifão Ladrão 100mm 1 R$ 213,00 R$ 213,00 R$ 213,00
Mão de obra instalação 1 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 500,00
Custo total para instalação SGA   R$ 3.076,66
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8.5 Fluxograma Final.

ENTRADA SAÍDA
COLABORADORES, GESTORAS E

CLIENTES → COMPROMETIMENTO.

MATÉRIAS PRIMAS LANCHES E

INSUMOS PRODUÇÃO DOS LANCHES E REFEIÇÕES

UTILIZADOS REFEIÇÕES.
LIXO
COM RESPEITO ORGÂNICO
AO MEIO AMBIENTE.
EMBALAGEN
S

ÓLEO DE
SOJA

SGA
LIXO ORGÂNICO → ATERRO

EMBALAGENS → COOPERATIVA DE
RECICLAGEM

ÓLEO DE SOJA →SABÃO

Com a representação do Fluxograma Final, vemos o SGA (Sistema de Gestão


Ambiental) funcionando, com a destinação correta do lixo como foi orientado.

Em destaque o comprometimento de todos, inclusive clientes nesse projeto, nas setas


maiores podemos ver em destaque que o lixo orgânico é encaminhado para o aterro;
embalagens em geral são recolhidas pela cooperativa e o óleo de cozinha utilizado na
fabricação de sabão.
18

9. Referências Bibliográficas:

http://www.bvsde.paho.org/bvsacd/cd48/7634.pdf

http://www.masterambiental.com.br/landing-pages/sistema-de-gestao-ambiental-regularize-
sua-empresa?gclid=CN_fmbP5gLsCFU5o7AodcWkAzQ

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_gest%C3%A3o_ambiental

ABNT. Grupo de Apoio à Normalização Ambiental. O Brasil e a futura série ISO 14000. Rio
de Janeiro, 1994.

ANDRADE, R. O. B.; TACHIZAWA, T.; CARVALHO, A. B. de. Gestão ambiental: enfoque


estratégico aplicado ao desenvolvimento sustentável. São Paulo: Markron Books, 2000.

CHRISTIE, I.; ROLFE, H.; LEGARD, R. Cleaner production in industry: integrating business
goals and environmental management. London: Policy Studies Institute, 1995.

DONAIRE, D. Gestão ambiental na empresa. São Paulo: Ed. Atlas, 1995.

GESTÃO AMBIENTAL: compromisso da empresa. Oito fascículos sobre Gestão Ambiental.


São Paulo: SEBRAE; IBAMA; Gazeta Mercantil/CNI/SESI/SENAI, 1996.

A gestão com livro aberto.


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fazer-sabao-com-oleo-de-cozinha-usado.html
20

http://pga.pgr.mpf.mp.br/praticas-sustentaveis/sabao

10. Anexos:

10.1 Ilustração de alguns dos materiais utilizados durante a implementação do SGA.

Figura 1: Arejador para torneira.


Fonte: Harvesting.

Figura 2: Conjunto de Coletores Seletivos, Vidro, Papel, Metal, Plástico e Resíduos


Orgânicos.
Fonte: Solixeiras e Buscapé.
21

Figura 4: Cisterna.
Figura 3: Separador de folhas.
22

Figura 5: Separador de Fluxo


Figuras 3,4 e 5 Fonte: Ecoracional.

10.2 Receita utilizada para ensinar os colaboradores durante a palestra.

Receita para fazer sabão a partir do óleo de cozinha

Material
5 litros de óleo de cozinha usado.
2 litros de água.
200 mililitros de amaciante ou 1xícara de sabão em pó.
1 quilo de soda cáustica em escama.
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Preparo
Coloque a soda em escamas no fundo de um balde cuidadosamente.
Coloque, com cuidado, a água fervendo.
Mexa até diluir todas as escamas da soda.
Adicione o óleo e mexa.
Adicione o amaciante ou sabão em pó e mexa novamente.
Jogue a mistura numa fôrma e espere secar.
Corte o sabão em barras.

Atenção: A soda cáustica pode causar queimaduras na pele. O ideal é usar luvas e utensílios
de madeira ou plástico para preparar a mistura.

Por: Irene Lôbo Fonte: Agência Brasil Globo

10.3. Ilustração utilizada na palestra.

Figura 6: Óleo de cozinha em uso. Figura7: Proibido jogar óleo no ralo.


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Figura 8 e 9: Materiais utilizados para fazer o sabão.

Figura 10: Ilustração do sabão depois de pronto.

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