Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
(2 Bim) Filosofia (Material e Avaliação)
(2 Bim) Filosofia (Material e Avaliação)
CIÊNCIAS HUMANAS
Imagem 1
Para Pensar:
Para você, o que seria a arché, ou
seja, o princípio das coisas?
Desafio Filosófico
1. Filósofo pré-socrático que afirmou que ‘os números’ eram a arché das coisas
2. “Ningúem entra duas vezes no mesmo rio”. Essa frase é atribuída a qual filósofo pré-
socrático?
3. Significa: substância primordial do universo; o princípio das coisas.
4. Explicação racional e sistemática das características do universo.
5. Doutrina segundo o qual a realidade está em contínuo mudança, em que nada é fixo,
nada é determinado; o real é por natureza dinâmico e sua essência é o movimento.
6. Escola pré-socrática que se caracteriza por buscar nos elementos da natureza física, o
princípio e a causa de todos os seres do universo.
7. Qual é a arché para Parmênides?
8. Qual é a arché para Tales de Mileto?
9. Considerando o pensamento de Parmênides, a essência das coisas se conhece pela
Verdade, que é a ________
10. Doutrina que considera o mundo regido por um princípio fundamental único.
11. Filósofo do período clássico. (Será estudado no próximo tópico)
12. Considerando o pensamento de Parmênides, a aparência das coisas se conhece pela
Opinião, que é a _______
13. Explicação sobre a origem do universo baseado nos mitos.
1. P
2. R
3. E
4. S
5. O
6. C
7. R
8. A
9. T
10. I
11. C
12. O
13. S
II. INTRODUÇÃO AO PERÍODO CLÁSSICO:
SÓCRATES E OS SOFISTAS *
Imagem 4
Sócrates e Hípias, o sofista
Considere as questões para a leitura e estudo do material a seguir e
anote suas respostas e reflexões no caderno.
1. Caracterize a democracia ateniense, a partir do debate em praça pública.
2. O homem é a media de todas as coisas” Que relação você pode estabelecer
entre essa frase de Protágoras e a conceção de verdade dos sofistas.
3. Quais as semelhanças e diferenças entre Sócrates e os sofistas?
4. Explique as fases do diálogo crítico de Sócrates com os seus interlocutores.
5. O que Sócrates fez para ser considerado um elemento perturbador da
democracia ateniense?
* Texto do livro didático: COTRIM, Gilberto; Mirna Fernandes. Fundamentos de filosofia. Saraiva Educação Ltda., São Paulo, 20 16. pgs: 218 a 221.
Democracia ateniense
O debate em praça pública
imortalizado nos
diálogos de Platão,
preocupar com a investigação de uma essência (da
Sócrates tornou-se virtude, da justiça, do bem etc.) a partir da qual a
um mestre e um própria realidade empírica pudesse ser avaliada.
exemplo da conduta
A pergunta fundamental de Sócrates era: qual é
ética até nossos
dias. Suas lições a essência do ser humano, ou o que o ser humano
expressam-se é essencialmente? Sua resposta apontava para a
em frases como: ideia de que o ser humano é sua alma, entendida
“Penso que não
ter necessidade é aqui como a sede da razão, o nosso eu consciente
coisa divina e ter as (que inclui a consciência intelectual e a consciência
menores necessidades moral), pois é o que nos distingue de todos os
possíveis é o que mais
se aproxima do divino”.
outros seres da natureza.
Por isso, o autoconhecimento era um dos pon-
nascido em Atenas, Sócrates (469-399 a.C.) é tos básicos da filosofia socrática. “Conhece-te a ti
tradicionalmente considerado um marco divisório mesmo”, frase inscrita no oráculo de Delfos, era
da história da filosofia grega. Por isso, como vimos a recomendação primordial feita por Sócrates a
antes, os filósofos que o antecederam são chama- seus discípulos.
dos de pré-socráticos e os que o sucederam, de
pós-socráticos. o próprio Sócrates, porém, não diálogo crítico
deixou nada escrito. o que se sabe dele e de seu
Como vimos antes, a filosofia de Sócrates
pensamento vem dos textos de seus discípulos e
era desenvolvida mediante o diálogo crítico (ou
de seus adversários.
dialética) com seus interlocutores, o qual pode
Sócrates era filho de um escultor e de uma par-
ser dividido em dois momentos básicos:
teira – dupla herança que o levou a buscar esculpir,
simbolicamente, uma representação autêntica do • refutação ou ironia – etapa em que o filósofo in-
ser humano e a ajudar seus discípulos a dar à luz terrogava seus interlocutores sobre aquilo que
suas próprias ideias (conforme vimos mais detida- pensavam saber, formulando-lhes perguntas e
mente no capítulo 3). procurando evidenciar suas contradições. Seu ob-
o estilo de vida de Sócrates assemelhava-se, jetivo era fazê-los tomar consciência profunda de
exteriormente, ao dos sofistas, embora não “ven- suas próprias respostas, das consequências que
desse” seus ensinamentos. Desenvolvia o saber poderiam ser tiradas de suas reflexões, muitas
filosófico em praças públicas conversando com vezes repletas de conceitos vagos e imprecisos;
os jovens, sempre dando demonstrações de que • maiêutica – etapa em que ele propunha aos
era preciso unir a vida concreta ao pensamento. discípulos uma nova série de questões, com o
unir o saber ao fazer, a consciência intelectual à objetivo de ajudá-los a conceber ou reconstruir
consciência prática ou moral. suas próprias ideias. Por isso, essa fase é chama-
tanto quanto os sofistas, Sócrates abandonou a da de maiêutica, termo que em grego significa
preocupação dos filósofos pré-socráticos em expli- “arte de trazer à luz”. (reveja a explicação deta-
car a natureza e concentrou-se na problemática lhada desse processo no capítulo 3.)
222 Unidade 3 A filosofia na hist—ria
Um corruptor da juventude?
Sócrates não dava importância à condição socioeconômica de seus discípulos. Dialogava com ricos e
pobres, cidadãos e escravos. o que importava eram as qualidades interiores de cada pessoa, condições
indispensáveis ao processo de autoconhecimento.
Como não fazia distinção entre seus interlocutores e questionava tudo, incluindo crenças e valores
comuns, foi considerado uma ameaça social, um subversivo. interessado na prática da virtude e na busca
da verdade, contrariava os valores dominantes da sociedade ateniense. Por isso, recebeu a acusação de
ser injusto com os deuses da cidade e de corromper a juventude. no final do processo foi condenado a
beber cicuta (veneno mortal extraído de uma planta de mesmo nome).
Diante dos juízes, Sócrates assumiu uma postura altaneira e imperturbável, de quem nada teme.
Permanecia absolutamente em paz com sua própria consciência.
Algum de vós poderia talvez altercar-me: “Sócrates, não te envergonhas de haveres exercido tal atividade,
que agora coloca em risco tua vida?” Eu responderia a este: “Não falas bem se pensas que alguém, tendo a
capacidade de fazer algum bem, mesmo sendo pequeno, deva calcular os riscos de vida ou de morte e não
deva olhar o injusto e se pratica as ações de homem honesto e corajoso ou de infame e mau.
Estás enganado, se pensas que um homem de bem deve ficar pesando, ao praticar seus atos, sobre as
possibilidades de vida ou de morte. O homem de valor moral deve considerar apenas, em seus atos, se eles
são justos ou injustos, corajosos ou covardes. (Platão, Apologia de S—crates, p. 80).
Por último, Sócrates dirigiu as seguintes palavras aos que o haviam absolvido:
Bem, é chegada a hora de partirmos, eu para a morte, vós para a vida. Quem segue melhor destino, se eu,
se vós, é segredo para todos, exceto para a divindade. (p. 97.)
Foi assim que Sócrates procurou caracterizar sua vida. Construiu uma personalidade corajosa,
guiando sua conduta pelo critério de justiça que encontrou como correto. Viveu conforme sua própria
consciência. Morreu sem ter renunciado a seus mais caros valores morais.
JACqueS-louiS DAViD/the MetroPolitAn MuSeuM oF Art, noVA york
A morte de Sócrates
(1787) – Jacques-
-louis Davi.
na prisão, o filósofo
conversa com seus
discípulos sobre o
tema da imortalidade
da alma e estende
a mão para a taça
com o líquido mortal.
Sócrates “ensinou
que o que chamamos
´alma` é semelhante
à mente consciente e
que devemos tentar
ser tão bons quanto
nos for possível, em
imitação da perfeição
divina”. (Brodi,
Sócrates y el camino
hacia la iluminación,
p. 20; tradução nossa.)
ConexõeS
1. Comente as palavras de Sócrates durante seu julgamento, relacionando-as com sua filosofia e posicio-
nando-se a respeito. Você acredita que sua atitude é um exemplo a ser seguido?
Imagem 6
Para Refletir!!!
Aproveite e faça sua anotações no caderno.
COTRIM, Gilberto; Mirna Fernandes. Fundamentos de filosofia. Saraiva Educação Ltda., São Paulo, 2016.
Links acessados
Filosofia Africana:
https://arteref.com/filosofia/a-filosofia-africana-que-voce-precisa-
conhecer/#:~:text=Omoregbe%20define%20um%20fil%C3%B3sofo%20como,que%20exista%20uma%20tradi%C3%A7
%C3%A3o%20filos%C3%B3fica – acessado em 01/12/2020.
Vídeos:
Filosofia da Educação: Sócrates
https://www.youtube.com/watch?v=mQiQqPsQ4Bs – acessado em 08/09/2018
Imagens:
Imagem 1: http://tecnologiaeducacional.info/eter/linha-do-tempo/
Imagem 2. https://acasadevidro.com/filosofia-africana-feminismo-negro-bibliotecas-digitais-ampliam-o-acesso-as-
melhores-obras-sobre-estes-temas/
Imagem 3. https://guiadoestudante.abril.com.br/especiais/os-filosofos-pre-socraticos/
Imagem 4. https://ensaiosflutuantes.wordpress.com/2014/04/27/introducao-a-etica-de-socrates/
Imagem 5. https://www.pinterest.pt/pin/453878468687500692/
Imagem 6. https://www.youtube.com/watch?v=xrBcJsrnrSw