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9º ANO

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Acredito que os filósofos voam como as águias e
não como pássaros pretos. É bem verdade que as
águias, por serem raras, oferecem pouca chance de
serem vistas e muito menos de serem ouvidas, e os
pássaros pretos, que voam em bando, param em
todos os cantos enchendo o céu de gritos e
rumores, tirando o sossego do mundo. "

(Galileu Galilei)
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Fonte: brasildesnudo.blogspot.com

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Apresentação

Caro aluno:

Em algum momento você já deve ter se perguntado por que que tem que estudar
filosofia, se isso não irá acrescentar nada de bom na sua vida, mas o objetivo de estudar
filosofia é de ter uma consciência mais crítica. Estar buscando o sentido da vida e também
a pensar observando os dois pontos de uma questão.

A filosofia consiste em você estar buscando a verdade e também no desvelar das


coisas, no questionamento fundamentado no pensamento racional. Para quem estuda,
filosofia é estar buscando uma mente critica sobre toda a realidade que está a sua volta.
Aprender Filosofia é aprender a olhar o mundo e os fatos com mais cuidado e mais
responsabilidade, procurando analisar os seus porquês.

Aprender Filosofia é aprender a analisar o comportamento social com mais


abrangência, procurando compreender as atitudes das pessoas e dos grupos, para poder
interferir no momento certo e da forma mais acertada, para alcançar os seus objetivos.

O caminho é simples e prático.

Os limites são os éticos, e devemos estar sempre dispostos a adotar mais


curiosidade, questionando, fazendo uma análise neutra dos fatos e incentivando a
criatividade a cada instante, já que é a única forma de crescermos intelectual e
emocionalmente. Espero que, com essa apostila, você possa compreender como a filosofia
é importante em nossas vidas...

Professor Afrânio

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Sumário

Unidade 1– O universo da comunicação....................................................................07


Atividade..................................................................................................................................48
Unidade 2 – Sociedade do consumo.............................................................................09
Atividade..................................................................................................................................48
Unidade 3 – A adolescência I..........................................................................................12
Atividade..................................................................................................................................49
Unidade 4 – A adolescência II........................................................................................15
Atividade..................................................................................................................................50
Unidade 5 – O mundo dos adolescentes.....................................................................17
Atividade..................................................................................................................................50
Unidade 6 – Estética............................................................................................................18
Atividade..................................................................................................................................52
Unidade 7 – O diálogo entre pais e filhos.................................................................20
Atividade..................................................................................................................................52
Unidade 8 – Corpo e mente em sintonia....................................................................22
Atividade..................................................................................................................................53
Unidade 9 – A maioridade.................................................................................................24
Atividade..................................................................................................................................53
Unidade 10 – Gravidez na adolescência.....................................................................26
Atividade..................................................................................................................................54
Unidade 11 – O aborto........................................................................................................28
Atividade..................................................................................................................................54
Unidade 12 – Família...........................................................................................................30
Atividade..................................................................................................................................55
Unidade 13 – O casamento...............................................................................................32
Atividade..................................................................................................................................55
Unidade 14 – A mídia e sua influência.......................................................................35
Atividade.................................................................................................................................56
Unidade 15 – Os ídolos.......................................................................................................37
Atividade..................................................................................................................................56

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Unidade 16 – Variadas opções sexuais........................................................................38
Atividade..................................................................................................................................57
Unidade 17 – Bullying.........................................................................................................40
Atividade..................................................................................................................................57
Unidade 18 – Internet.........................................................................................................44
Atividade..................................................................................................................................58
Referências bibliográficas....................................................................................................59
Anexos......................................................................................................................................61
Manutenção vital....................................................................................................................62

De graça...................................................................................................................................62

Eu, Etiqueta.............................................................................................................................63

Isso é contigo..........................................................................................................................64

Sucesso......................................................................................................................................65

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Unidade 1 - O universo da comunicação

Fonte: trocadeideias.wordpress.com

Por comunicação entendemos a transmissão de informações ou a troca de


mensagens que se opera de pessoa a pessoa, troca essa que pode efetuar-se por meio da
linguagem, ou por diversos outros meios.

Mas o que é linguagem?

Chamamos de linguagem à capacidade que têm os homens de comunicarem-se uns


com os outros, expressando seus sentimentos e pensamentos por meio da palavra.

Todos os sistemas de comunicação necessitam de um emissor, de um canal


condutor, de um receptor e de uma mensagem que é formulada num certo código, ou seja,
um sistema de símbolos que permite a representação de uma informação.

O processo de industrialização em escala mundial, verificada no final do século


XIX, contribuiu para o surgimento da chamada ―Indústria Cultural‖.

Mas o que vem a ser Indústria Cultural?

Por indústria cultural entendemos a indústria de produtos culturais, aquela que,


utilizando os meios de comunicação de massa, visa exclusivamente incentivar o consumo
de seus produtos, com o objetivo de obter cada vez maiores lucros.

O termo Indústria Cultural é a criação dos filósofos Theodor Adorno (1903 –


1969) e Max Horkheimer (1895 – 1973), ambos representantes da chamada Escola de
Frankfurt. Para tais pensadores, os meios de comunicação de massa transformam tudo em
artigo de consumo.

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A massificação da cultura

A ―cultura de massa‖ é resultado do progresso tecnológico, que torna os produtos


cada vez mais sofisticados. Através dos meios de comunicação de massa (televisão, rádio,
cd, cinema, jornal, internet etc.), esses produtos conseguem atingir milhões de pessoas,
despertando nelas o desejo de consumo.

Daí, concluímos que a indústria cultural procura vender seus produtos a um


público generalizado, que, de certo modo, acaba consumidor dos mais variados produtos
que são oferecidos por essa indústria, passando a constituir um importante mercado de
consumidores em potencial, o qual pode ser chamado de ―sociedade de consumo‖.

Com o objetivo de estudar a efetiva capacidade de influência dos meios de


comunicação de massa sobre a sociedade, é que alguns pensadores alemães da chamada
Escola de Frankfurt, dentre eles Marcuse, Adorno, Horkheimer, Walter Benjamin, entre
outros, passaram a questionar o poder dominante da chamada indústria cultural.

Assim, conforme evidencia Adorno, o objetivo primordial da ―indústria cultural‖ é


vender mercadorias, fazendo propaganda de um mundo ideal, tornando os consumidores
dependentes e alienados. Por fim, os meios de comunicação de massa passam a ser
instrumentos de controle e dominação das massas pelas elites dirigentes do Estado, com o
único objetivo: o de manter a manutenção da sociedade capitalista.

Fonte: folhadoboscque.blogspot.com

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Unidade 2 – Sociedade do consumo

fonte: geo-blog-2.blogspot.com

A expressão Sociedade de Consumo designa uma sociedade característica do


mundo desenvolvido em que a oferta excede geralmente a procura, os produtos são
normalizados e os padrões de consumo estão massificados.

O surgimento da sociedade de consumo decorre diretamente do desenvolvimento


industrial que a partir de certa altura, e pela primeira vez em milênios de história, levou a
que se tornasse mais difícil vender os produtos e serviços do que fabricá-los.

Este excesso de oferta, aliado a uma enorme profusão de bens colocados no


mercado, levou ao desenvolvimento de estratégias de marketing extremamente agressivas
e sedutoras e às facilidades de crédito quer das empresas industriais e de distribuição, quer
do sistema financeiro.

Características da sociedade de consumo:

As principais características da sociedade de consumo são as seguintes:

. Para a maioria dos bens, a sua oferta excede a procura, levando a que as empresas
recorram a estratégias de marketing agressivas e sedutoras que induzem o consumidor a
consumir, permitindo-lhes escoar a produção.

. A maioria dos produtos e serviços estão normalizados, os seus métodos de fabrica


baseiam-se na produção em série e recorre-se a estratégias de obsolescência programada
que permita o escoamento permanente dos produtos e serviços.

. Os padrões de consumo estão massificados e o consumo assume as características de


consumo de massas, em que se consome o que está na moda apenas como forma de
integração social.

. Existe uma tendência para o consumismo (um tipo de consumo impulsivo,


descontrolado, irresponsável e muitas vezes irracional).
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Você já se avaliou em que tipo de consumidor se enquadra? Será um consumidor
responsável e sadio ou um consumidor alienado? Vejamos bem, no mundo atual é brutal o
abismo socioeconômico que separa os ricos dos pobres, pois uma pequena parcela de 15%
da população mundial concentra em suas mãos 80% da renda econômica do Planeta.

O restante da população enfrenta o drama da fome, da falta de moradia, do


desemprego, da falta de acesso à saúde e à educação. Assim, enquanto a enorme maioria da
população não tem o mínimo necessário para sobreviver dignamente, uma minoria pode se
dar ao prazer de consumir tudo, esbanjando superfluamente. Diante de tal fato,
percebemos que o consumo pode ser sadio ou alienado.

Mas o que é um consumidor sadio?

O consumidor sadio é aquele que procura consumir apenas aqueles produtos que
atendem às suas verdadeiras necessidades.

E o consumidor alienado?

O consumidor alienado é aquele que se preocupa em comprar rótulos, para


satisfazer seus desejos e fantasias, que foram inculcados de forma artificial em sua mente.
Sem se preocupar com a utilidade dos produtos, o consumidor alienado torna-se um
comprador compulsivo e muitas vezes um ser humano infeliz.

O processo de alienação na sociedade industrial afeta também a utilização do


tempo livre destinado ao lazer. A indústria cultural e de diversão vende peças de teatro,
filmes, shows, jornais e revistas tal como qualquer mercadoria.

E o consumidor alienado compra seu sabonete. Consome os ―filmes da moda‖ e


freqüenta os ―lugares badalados‖ sem um envolvimento autêntico. Agindo desse modo,
muitos se esforçam e fingem que estão se divertindo, pensam que estão se divertimento,
querem acreditar que estão se divertindo.

A armadilha do consumismo

Algo comum que acontece dentro do sistema de consumo, é o excesso de consumo


que se manifesta como resposta ao apelo da mídia.

Pessoas comprando produtos dos mais variados tipos e funções, em formas de


pagamentos cada vez mais facilitadas, favorecendo o endividamento, além de fazer com
que pessoas iludidas pelas propagandas acumulem itens não prioritários a suas vidas. Cada
vez mais as propagandas, aliadas à perfeição estética, ao conhecimento da psicologia e ao
caráter sumamente consumista do sistema capitalista, vêm-se aperfeiçoando na conquista
de clientes, criando novas necessidades. A ―geração coca-cola‖ e ―a geração Pokémon‖
crescem sob o efeito televisivo.

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A atitude passiva de receber imagens e sons vai construindo nos telespectadores
um comportamento padronizado, cujo pano de fundo é a busca de coisas materiais para
suprir necessidades velhas e novas. Imagine um (tele) espectador com pouco poder crítico
diante dos estímulos visuais e sonoros da televisão.

Com certeza esses exercem fascínio, atração e, aos poucos, vão formando um perfil
consumista na criança e no adolescente, incentivados por apelos imperativos para
comprar. Um estágio mais avançado do excesso de consumo manifesta-se em uma doença,
uma anomalia no comportamento de algumas pessoas que passam a consumir
compulsivamente, a Ovniomania ocorre com cada vez mais frequência, pessoas que não
resistem ao apelo das propagandas e consomem para se satisfazer, o consumo age como
uma droga. Assim como no alcoolismo, a doença deve ser tratada em centros de apoio.

Fonte: finalsports.com.br

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Unidade 3 – A adolescência I

Fonte: adolescencia.org.br

A adolescência é uma etapa da vida recheada de transformações físicas e


psicológicas, decorrentes da puberdade. Puberdade é um período em que o corpo passa
por várias mudanças biológicas, tornando o indivíduo apto para a reprodução.

O início da puberdade está diretamente relacionado à atuação de certos hormônios


(substâncias químicas produzidas por determinadas glândulas que, liberadas na corrente
sangüínea, provocam efeitos específicos no corpo).

Esses hormônios são o LH (hormônio luteinizante) e o FSH (hormônio folículo


estimulante), que atuam sobre as gônadas, promovendo o seu desenvolvimento. São, por
isso, chamados gonadotrofinas.

Nas meninas

Ambas as gonadotrofinas (FHS e LH) atuam no ovário da seguinte forma:


 FSH – estimula o desenvolvimento do folículo ovariano para a ovulação.
 LH - responsável pelo rompimento do folículo maduro e pela liberação do
ovócito na ovulação.

São os folículos ovarianos os responsáveis pelo desenvolvimento do gameta


feminino (óvulo). A formação dos folículos ovarianos se dá no útero materno, por volta do
terceiro mês de vida intra-uterina da menina.

No sétimo mês de gestação, os folículos chegam a aproximadamente seis milhões,


sendo que ao nascer a menina apresenta apenas um milhão de folículos nos seus ovários,
pois muitos se degeneram nos dois últimos meses antes do nascimento. A degeneração
dos folículos continua pela vida da menina, que ao chegar à puberdade, apresenta entre
300 mil e 400 mil folículos.

Na puberdade, os folículos começam a amadurecer, por causa do estímulo dos


hormônios liberados pela hipófise, ocorrendo a ovulação.

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A ovulação é um processo que ocorre todos os meses a partir da puberdade, no
qual um dos ovários libera o óvulo. Para que o óvulo seja liberado, aproximadamente 12
folículos entram em atividade, mas apenas um geralmente termina o desenvolvimento,
passando a ser chamado de óvulo.

Nos meninos

As gonadotrofinas FSH e LH atuam sobre os testículos, estimulando a produção


do hormônio sexual testosterona, produzido pelas células intersticiais do testículo,
também conhecidas como células de Leyding. Diferentemente das meninas, as células
sexuais masculinas – espermatozóides – só começam a ser produzidas pelos testículos a
partir da puberdade.

As transformações físicas que ocorrem no corpo da menina e do menino no período


da puberdade são denominadas caracteres sexuais secundários. Estão intimamente
ligadas à estimulação dos hormônios sexuais.

Fonte: clinotavora.planetaclix.pt

Hormônios sexuais femininos


Os hormônios sexuais femininos produzidos pelos ovários são a progesterona e o
estrógeno.
O estrógeno é o hormônio que determina o desenvolvimento dos caracteres
sexuais secundários femininos, tais como:
 Desenvolvimento das mamas, que geralmente é o ponto de maior preocupação
das meninas, por ser a parte que demonstra a transformação de seu corpo de
menina em mulher;
 Mudança da forma do corpo, que se torna mais arredondado por causa do
alargamento dos quadris e do depósito de tecido adiposo (gordura) em torno
das nádegas e coxas;

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 Aparecimento dos pêlos pubianos, que se distribuem de forma triangular na
região pubiana;
 Pêlos nas axilas, que aparecem depois do desenvolvimento das mamas.

A progesterona é o hormônio que completa o desenvolvimento da mucosa uterina,


preparando o organismo feminino para uma eventual gravidez e criando condições para a
fixação e o desenvolvimento do embrião.

Outra característica que evidencia a puberdade das meninas é a vinda da menarca


(primeira menstruação), que se repete, a partir de então, todos os meses, em ciclos de
aproximadamente 28 dias, durante toda a vida fértil da mulher.

Hormônios sexuais masculinos

O principal hormônio sexual masculino – a testosterona – é produzido pelo


testículo. A testosterona, na puberdade, determina o aumento do pênis, dos testículos (que
ficam maiores) e da bolsa escrotal (mais baixa e alongada).

Além disso, a testosterona induz o desenvolvimento dos caracteres sexuais


secundários, tais como:
 Crescimento corporal acelerado, que torna o corpo desengonçado;
 Aparecimento da barba e pêlos corporais;
 Desenvolvimento da musculatura;
 Mudança do timbre da voz, que se torna mais grave, por causa do
espaçamento das cordas vocais.

A produção dos gametas sexuais masculinos – espermatozóide – inicia-se na


puberdade, com a sua formação nos túbulos seminíferos dos testículos, ao contrário do
que ocorre com as meninas, cujos gametas sexuais femininos se iniciam com sua
formação durante o desenvolvimento embrionário.

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Unidade 4 – A adolescência II

Fonte: newsmatic.e-pol.com.ar

Quando criança, geralmente só somos levados ao médico se alguma coisa está


errada. Agora que você mesmo é responsável pela sua saúde, é importantíssimo procurar
um especialista, sem medo. Decidir sobre a primeira visita ao ginecologista (médico que
cuida do aparelho reprodutor das mulheres), ao urologista (médico que cuida do aparelho
reprodutor masculino e urinário) ou a hebiatra (médico especialista em adolescentes)
depende muito mais de sua maturidade emocional do que da maturidade física.

A consulta é um direito seu para orientar, reforçar a auto-estima e valorizar o


corpo como ele é. No consultório você pode tirar dúvidas sobre menstruação, cólica,
higiene e pedir indicação sobre um anticoncepcional. A pílula da sua amiga pode não
servir para você. Somente o ginecologista pode fazer a prescrição.

Os meninos não costumam consultar um especialista para cuidar de sua saúde


reprodutiva. Na falta do hebiatra, é importante consultar um urologista para checar a
vacinação; informa-se sobre o aumento das mamas, algo possível de acontecer; se precisa
fazer operação de fimose – ajuste na glande (cabeça do pênis) para facilitar a higiene, a
saída da urina e a ejaculação; como cuidar da higiene; como se prevenir ou tratar as
doenças sexualmente transmissíveis; como utilizar os métodos anticoncepcionais,
incluindo a camisinha. Que o homem é responsável por isso ninguém duvida.

Afinal, ele está no seu período fértil a todo instante. Um dia, sem mais nem menos,
ao olhar-se no espelho, você percebe que algo estranho apareceu em seu rosto: uma
bolinha vermelha com uma pontinha amarelada, que dói muito ao ser tocada.

Esta é apenas o início de uma série que vai deixá-lo (a) com ―cara de adolescente‖,
por causa do aparecimento da acne, conhecida popularmente como ―espinha‖.

Na adolescência, os hormônios sexuais atuam em diferentes regiões do organismo,


dentre elas as glândulas sebáceas.

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As glândulas sebáceas, distribuídas pelo corpo, têm a função de produzir o sebo
(gordura), que, em condições normais, protege e lubrifica a pele.

Durante a adolescência, por causa do desequilíbrio dos hormônios sexuais, essas


glândulas, principalmente as do rosto, pescoço e costas, secretam o sebo em excesso, que
se acumula no interior dos poros, provocando o ―cravo‖.

Por apresentar gordura, o cravo torna-se um ambiente propício à proliferação de


bactérias, que utilizam o sebo como ambiente. As bactérias, como todo corpo estranho no
organismo, são destruídas pelas células de defesa.

Durante a batalha imunológica, muitas células de defesa morrem, formam o pus,


que se deposita no interior do poro, produzindo a espinha. Muitos adolescentes costumam
espremer espinha ou usar receitas e simpatias caseiras para tratar da acne, o que é
desaconselhado pelos médicos, pois pode desencadear uma infecção.

Caso você esteja se sentindo incomodado (a) com seus cravos e espinhas, procure a
orientação de um dermatologista. Mas não se preocupe, pois com o tempo, em virtude do
equilíbrio dos hormônios no organismo, a acne desaparece. É só ter paciência!

Fonte: mildreaira.blogspot.com

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Unidade 5 – O mundo dos adolescentes

Você já ouviu alguém falar: ―Ah… ele está


na fase da ―aborrecência‖?‖ E você já se sente
adolescente? Segundo a Organização Mundial de
Saúde, a adolescência é a fase entre os 10 anos até
os 19 anos. É uma fase de mudanças e descobertas.
O seu corpo está crescendo e ficando
diferente. As suas emoções estão a mil! Um dia
você se sente o máximo, depois se sente a pior das
criaturas. É assim mesmo. É nesta fase que você
descobre quem você realmente é. Fonte: tareasdirigidasalamano.blogspot.com

Começa a gostar de coisas que não gostava antes e a achar horrível aquilo que, há
um ano atrás, era maravilhoso! Na adolescência, você descobre a sua ―turma de amigos,‖ a
sua ―tribo‖ e vê que os Pais não são mais aquela companhia para tudo. Embora, lembre-se
que os seus Pais são os seus melhores conselheiros! Você vai querer mudar o mundo, vai
se inconformar com as injustiças, vai gostar do novo… vai criar uma identidade própria.
Por isso, curta essa fase maravilhosa! Ela não voltará mais. Descubra-se! Mas fique
longe das drogas, do álcool, seja responsável! O adolescente acaba entrando em furadas,
quando se sente o todo poderoso. No melhor estilo: ―Não vai acontecer comigo!‖ Mas
acontece. Gravidez indesejada, envolvimento com drogas, acidentes pelo uso de bebida
alcoólica,… são alguns dos perigos que estão em seu caminho. Cuide-se, seja responsável
consigo e com os outros, e , descubra a vida que tem pela frente !
O dia-a-dia do adolescente

Nada como saber que hoje é sexta-feira, pra ficar à toa mesmo, sem exercícios de
Física ou de Português, sem trabalho de escola. O dia é de fazer só coisa legal, ficar na rua
o dia inteiro e, quem sabe, curtir o show da banda preferida, andar de skate ou de patins.

Porque hoje é sexta-feira, também dá vontade de pintar o cabelo de rosa ou todas


as unhas dos pés e das mãos com flores, besouros, pegadas dos dálmatas ou ficar horas no
telefone conversando sobre nada. Porque hoje é sexta-feira dá pra assistir a especiais na
MTV ou trancar a porta do quarto com o som do Led Zepellin na maior altura.

Dá também pra andar de bicicleta até suar. E, quem sabe, sonhar em montar mais
uma banda, agora com outra turma e em outro lugar. E ficar de bobeira, pensando na vida
por horas a fio. Porque hoje é sexta-feira, dá pra fazer um som, qualquer um, com a
guitarra. Tocar só de ouvido, com o amplificador ligado nas últimas.

Dá também para comer, comer e comer pizzas, sanduíches aos montes, lata de
sorvete, todos os refrigerantes da geladeira ou, quem sabe, beijar a noite inteira, assistir
ao filme mais que de horror ―Eu ainda sei o que vocês fizeram no verão no verão passado‖,
pela milésima vez. Vale qualquer coisa pra levantar esse astral, até não fazer nada.

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Unidade 6 – Estética

Estética é a área da filosofia que estuda


racionalmente o belo – aquilo que desperta a emoção
por meio da contemplação – e o sentimento que ele
suscita nos homens. A palavra estética vem do grego
aesthesis, que significa conhecimento sensorial ou
sensibilidade, e foi adotada pelo filósofo alemão
Alexander Gottlieb Baumgarten (1714 – 1762) para
nomear o estudo das obras de arte como criação da
sensibilidade, tendo por finalidade o belo.

Beleza tem sido objeto de estudo ao longo de Fonte: mundodastribos.com

toda a história da filosofia. A estética enquanto disciplina filosófica surgiu na antiga


Grécia, como uma reflexão sobre as manifestações do belo natural e o belo artístico.

O aparecimento desta reflexão sistemática é inseparável da vida cultural das


cidades gregas, onde era atribuída uma enorme importância aos espaços públicos, ao livre
debate de idéias. Os poetas, arquitetos, dramaturgos e escultores desfrutavam de um
grande reconhecimento social.

Ideal de Beleza

Platão foi o primeiro a formular explicitamente a pergunta: O que é o Belo? O


belo é identificado com o bem, com a verdade e a perfeição. A beleza existe em si, separada
do mundo sensível. Uma coisa é mais ou menos bela conforme a sua participação na idéia
suprema de beleza. Neste sentido criticou a arte que se limitava a "copiar" a natureza, o
mundo sensível, afastando assim o homem da beleza que reside no mundo das idéias.

As obras de arte deviam seguir a razão, procurando atingir tipos ideais,


desprezando os traços individuais das pessoas e a manifestação das suas emoções. Platão
ligou a arte à beleza.

Aristóteles concebe a arte como uma criação especificamente humana. O belo não
pode ser desligado do homem, está em nós. Separa, todavia a beleza da arte. Muitas vezes
a fealdade, o estranho ou o surpreendente converte-se no principal objetivo da criação
artística. Aristóteles distingue dois tipos de artes:

a) as que possuem uma utilidade prática, isto é, completam o que falta na natureza.

b) As que imitam a natureza, mas também podem abordar o que é impossível,


irracional, inverossímil.
O que confere a beleza a uma obra é a sua proporção, simetria, ordem, isto é, uma
justa medida. Aristóteles associou a arte à imitação da natureza.
As ideias de Platão e Aristóteles tiveram uma larga influência nas ideias estéticas
da arte ocidental. Aproximadamente aos 15 anos, seu corpo alcança a maturidade
biológica. Sua característica física dependerá da sua herança genética, da sua nutrição e
dos exercícios físicos que pratica.

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No mundo atual, os meios de comunicação e os grupos sociais impõem um padrão
de beleza e atributos físicos, levando à busca de uma identificação com os modelos que
nem sempre são os ideais para o jeito de ser do adolescente, O importante é que você não
se deixe influenciar, criando expectativas, angústias e sofrimentos.

Em virtude das mudanças ocorridas em seu corpo durante a puberdade, a


preocupação de muitos adolescentes passa a se referir à forma física.

Tentando imitar os ditos padrões de beleza divulgados pela mídia, as meninas,


principalmente, tomam como referencial o corpo magro e esguio das modelos. Em busca
das medidas ―ideais‖, a jovem submete-se a dietas, verdadeiros sacrifícios alimentares, o
que pode desencadear distúrbios alimentares, como a bulimia e a anorexia nervosa.

A bulimia consiste na ingestão de grandes quantidades de comida em um curto


espaço de tempo. Mas a mulher preocupada em perder peso provoca vômito ou toma
laxante para eliminar o alimento ingerido na refeição, causando risco à saúde.

A anorexia nervosa constitui um distúrbio segundo o qual a mulher


deliberadamente não se alimenta ou, quando muito, come pouquíssimo, chegando a passar
fome por vontade própria. Esse distúrbio, geralmente, inicia-se na adolescência, por causa
da fixação pelo corpo ―perfeito‖. Por mais que esteja magra e com a saúde debilitada, a
mulher apresenta resistência ao tratamento, não tendo consciência da gravidade do
problema, com receio de ganhar peso. Esses dois distúrbios acometem jovens em todo o
mundo. O tratamento consiste no acompanhamento psicológico associado a uma
alimentação balanceada. Se não for tratado, o distúrbio pode levar à morte.

Alguns adolescentes, ansiosos por resultados imediatos, cedem aos esteróides


anabolizantes. Os anabolizantes, conhecidos popularmente como ―bombas‖, são hormônios
utilizados para aumentar a massa muscular rapidamente.

A falta de conhecimento e o empenho pelo corpo ―definido‖ levam a um consumo


exagerado dos anabolizantes, podendo acarretar dependência química e efeitos colaterais,
como:

 Diminuição do tamanho dos testículos;


 Impotência;
 Infertilidade;
 Perda de cabelos (calvície);
 Hipertensão
 Problemas no fígado, podendo desenvolver tumores;
 Aumento dos cravos e espinhas;
 Aumento da agressividade.
Muitas vezes, o uso indiscriminado de anabolizantes ocasiona debilitação da saúde,
provocando até a morte.

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Unidade 7 – O diálogo entre pais e filhos

Fonte: midnightshards.blogspot.com

Os pais muitas vezes se sentem inseguros porque a tarefa de educar um filho não é
fácil. Em geral, eles desejam o melhor para os filhos, mas a sua função muitas vezes é
colocar limites e fazer respeitar regras. E isso é uma coisa que o adolescente não gosta.
Ele está na fase de buscar a sua individualidade, e quer ser livre.

Esse choque de gerações é que causa a maioria dos conflitos entre pais e filhos. Às
vezes parece até que não falam a mesma língua. Até a linguagem do jovem é diferente
mesmo, cheia de gírias. Muitas vezes os pais não entendem como os jovens conseguem se
entender nessa linguagem estranha, onde um monossílabo tem vários significados e pode
dizer uma porção de coisas diferentes.

No entanto, até duas pessoas que não falam a mesma língua, porque são de países
diferentes, podem se entender. Existe uma linguagem universal que é a do olhar, do gesto,
do corpo, do sorriso; o verbal é só uma parte.

Com o jovem e seus pais acontece a mesma coisa. Apesar das gírias que mudam
rapidamente e cujo significado os pais não entendem, a ―linguagem universal‖ que é a do
gesto, do toque, do abraço, do sorriso, também expressa sentimentos e pode aproximar as
pessoas. É importante que o jovem compreenda que a dificuldade de se aproximar não é só
dele. Os pais também se sentem meio perdidos, sem conseguir fazer contato com os filhos.

Existem algumas atitudes que são muito importantes para facilitar a comunicação,
não só entre pais e filhos, mas entre as pessoas de modo geral. A primeira delas é sermos
verdadeiros e espontâneos ao expressarmos nossos sentimentos.

Ao invés de reagir com o silêncio, com cara feia, devemos falar aquilo que estamos
sentindo, tanto em relação ao que nos agrada como ao que nos desagrada nas diversas
situações. Outra coisa importante é a assertividade.

A pessoa assertiva defende os seus direitos e coloca seus limites sem agredir nem
ofender o outro. Isso é muito importante, porque muitas vezes o que ofende não é o que
dizemos, mas como dizemos as coisas. Podemos falar para as pessoas que não gostamos de

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sua atitude ou que estamos magoados ou zangados, sem sermos agressivos. Não é uma
coisa fácil, mas quando aprendemos a nos comunicar assim, o diálogo melhora e os
conflitos diminuem. Às vezes os pais superprotegem o filho ou proíbem determinadas
coisas por medo dos riscos que ele possa correr.

Se o jovem for capaz de demonstrar aos pais que podem confiar nele, através de
palavras e de atitudes, com certeza os pais ficarão mais tranqüilos e poderão ser mais
permissivos. Uma coisa que facilita muito o diálogo na família é o bom humor.

Famílias que se comportam de forma lúdica, que sabem rir e se divertem juntas,
que brincam e fazem piadas, são mais saudáveis, as pessoas se estressam menos e se
tornam mais próximas. A brincadeira facilita o diálogo, quebra o gelo e torna o ―clima‖
mais descontraído. Geralmente quando duas pessoas estão em conflito, cada uma se apega
ao seu ponto de vista. É muito difícil sair da nossa posição e tentar inverter o papel com o
outro para ver como ele se sente na situação.

Segundo J. L. Moreno, um médico romeno que criou o Psicodrama e a Psicoterapia


de Grupo seria possível mudar a sociedade inteira se as pessoas fossem capazes de fazer
esse simples exercício de ―inversão de papéis‖.

Para Moreno, essa atitude facilitaria o verdadeiro ―encontro‖ entre as pessoas e


diminuiria o conflito nas relações humanas.

Ele escreveu uma poesia sobre isso, e num dos seus trechos diz assim: ―...então
arrancarei meus olhos e os colocarei no lugar dos teus, e tu arrancarás teus olhos e os
colocarás no lugar dos meus. E eu te verei com os teus olhos, e tu me verás com os meus‖.

Se entre pais e filhos houver um movimento assim, de se colocar no lugar do outro,


sem dúvida, a compreensão aumentará muito e o diálogo verdadeiro se tornará possível.

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Unidade 8 – Corpo e mente em sintonia

Fonte: paullysantos.blogspot.com

O nosso corpo é uma bela e complexa máquina. Para que funcione perfeitamente,
temos de cuidar do corpo e da mente, com uma alimentação saudável, com a prática de
exercício físico e com boa higiene. A mente também precisa de seus ―alimentos‖.

As emoções e os sentimentos realizam um importante papel, proporcionando bem-


estar. É fundamental para a saúde, na sua totalidade, que saibamos lidar com as tristezas e
as alegrias que nos acompanham pela vida.

Pessoas com maior facilidade para expressar seus sentimentos correm menos
riscos de ―somatizar‖ as pressões diárias e estarão menos propícias a estresse e a doenças.

A harmonia entre corpo e mente inicia-se ainda quando se está no útero da mãe.
Os sentimentos de amor, tranqüilidade e segurança são passados para o bebê.

Nos dois primeiros anos de vida, toda demonstração de afeto transforma-se em


base para o desenvolvimento da afetividade, assim como a formação da personalidade.
Sendo que o corpo e mente, juntos, é que fazem nossa bela máquina funcionar, podendo
parar se os dois não estiverem em perfeita sintonia.

Como manter o equilíbrio e a saúde

 Mantenha uma alimentação saudável e balanceada, rica em fibras e grãos.


Evite as comidas muito gordurosas.
 Pratique atividades físicas regulares. Os exercícios estimulam a liberação de
endorfinas, substâncias produzidas no cérebro e que atuam em todo o
organismo, por exemplo, melhorando as defesas ou favorecendo a sensação de
prazer.
 Evite o cigarro e as bebidas alcoólicas, pois são capazes de interferir no
funcionamento do sistema nervoso central.
 É importante descobrir as situações que o deixam mais cansado (a),
descontente ou estressado (a), e evitá-las.

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 O estresse pode contribuir para desencadear quadros de depressão e ainda
abalar o sistema de defesa do organismo, favorecendo infecções e a instalação
de doenças.
 Não se isole e invista nas relações pessoais. O diálogo é geralmente a melhor
opção na família, no romance e também no trabalho.
 Não tente fazer tudo de uma só vez, solucionar todos os problemas, nem
assumir responsabilidades além da conta. Respeite seus limites, mas sem se
acomodar.
 Planeje-se e tente abrir espaço nas tarefas diárias para se cuidar. Atividades de
relaxamento também ajudam a dar vazão às tensões.
 Se notar sinais de estresse ou depressão, procure ajuda profissional para evitar
que o problema se agrave e comprometa ainda mais a sua qualidade.

Os alimentos são essenciais à manutenção de sua vida. Eles são os responsáveis


pelo fornecimento da energia necessária a todas as suas atividades diárias.

A energia proveniente de sua alimentação possibilita também o seu crescimento, a


renovação dos seus tecidos e a regulação do funcionamento dos seus órgãos.

Cada pessoa tem uma quantidade ideal de energia para consumir num dia. Essa
quantidade varia de acordo com o tipo de atividade física, o sexo e a idade.

Quando uma pessoa ingere mais calorias do que ela gasta em suas atividades
diárias, ela engorda. Normalmente, os alimentos ingeridos em excesso, como doces, pães e
massas em geral, produzem glicose ao serem metabolizados no organismo.

Se o organismo não consegue consumir toda a glicose, ele transforma o excesso em


gordura, e a pessoa engorda.

Uma boa alimentação requer a combinação de uma série de nutrientes para que o
organismo possa desempenhar bem as diferentes funções. Esses nutrientes são: as
proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e sais minerais, além de água.

As proteínas e os sais minerais são responsáveis pela construção e renovação dos


tecidos, como pele, músculo e nervos. Os carboidratos e as gorduras fornecem a energia
para as atividades diárias. As vitaminas são responsáveis pela regulagem do
funcionamento de diferentes órgãos do corpo humano.

A água é uma substância também de grande importância para o ser vivo, pois
possui a capacidade de dissolver outras substâncias, formando soluções que serão
transportadas pelo organismo. Após serem ingeridos, os alimentos são desdobrados em
substâncias mais simples, pelo processo de digestão, e levados para as células, através da
circulação sangüínea, onde são metabolizados.

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Unidade 9 – A maioridade

Fonte: magnoivo.blogspot.com

A maioridade é sem dúvida um tema complexo, polêmico e delicado no mundo


todo. Como todo tema polêmico ele está recheado de divergentes pontos de vista, de
interpretações simplistas e até mesmo equivocadas.

Todo jovem sonha atingir sua maioridade, aquela que lhe proporcionará a
possibilidade de maior liberdade e independência. Associados a liberdade de ir e vir
existem logicamente os deveres e obrigações decorrentes dessa fase, e está tudo incluído
no pacote. É muito diferente a forma como os vários países do mundo tratam a questão da
maioridade. A maioridade afeta vários segmentos de nossa vida: emocional, profissional e
sexual. O que tem então o sexo a ver com a maioridade?

Na maioria dos países, é ilegal manter relações sexuais até se atingir a maioridade.
No Brasil, é ilegal um homem adulto manter relações sexuais com garotas menores de
idade, mas as garotas menores de idade não podem ser processadas por manterem relação
sexual com um rapaz de menor idade.

Veja no quadro abaixo alguns países e suas respectivas idades da maioridade:

IDADE DA
PAÍS MAIORIDADE
Argentina 16
Austrália (N – SO) 16
Austrália 17
Brasil 18
Bolívia 10
Canadá 14
China Nenhuma lei
Costa Rica 17
França 16
Nova Zelândia 16
Suécia 15
Tailândia 13
Grã-Bretanha 16
EUA (New York) 17

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Durante a infância, essa pergunta é uma constante: O que quero ser quando
crescer? A escolha, quase sempre, recai sobre uma profissão que traga divertimento, como
jogador de futebol, bailarina, etc., ou sobre a profissão dos pais, da mãe ou de uma pessoa
próxima. Isso ocorre porque espelhamos o desejo de ser como eles.

Ainda na infância, os pais gostam de fazer escolhas com relação ao futuro dos
filhos, muitas vezes tentando realizar sonhos que não conseguiram colocar em prática.

Mas o tempo passa, eles crescem e chega o momento da escolha que geralmente
ocorre no ensino médio, por causa da preparação para o vestibular.

A preferência por uma profissão não é decisão fácil. Muitos são os fatores que
influenciam a opção:

 Aptidão por determinada área;


 Incentivo da família;
 Oferta de trabalho;
 Retorno financeiro;
 Status;
 Idéias.

Nessa ocasião decisiva necessita o jovem necessita olhar para dentro de si e


perguntar, questionar, tentar saber quem é e o que gostaria de ser.

Torna-se fundamental conhecer a carreira pela qual está optando, visitando


instituições de ensino que administram o curso para informar sobre o curso que ele
escolheu, as especialidades, as possibilidades do mercado, conversar com profissionais que
já atuam na área e visitar o local onde trabalham.

Mas, mesmo se com todas as informações obtidas ainda houver dúvidas, procure
ajuda de um orientador profissional. Muitas vezes a escolha realizada não agrada os pais,
principalmente quando se trata d uma profissão não convencional como ator (atriz).

Mas um bom diálogo expondo o porquê da escolha é uma realização que tal
profissão vai exercer sobre sua vida pode contribuir para que seus pais entendam a sua
preferência. Depois da certeza do que se quer ser, é somente preparar para o futuro.

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Unidade 10 – Gravidez na adolescência

Fonte: gravidezinformativaufrj.blogspot.com

Não existe nada mais belo, emocionante, perfeito do que a vida.

Realmente é um evento mágico! Pensando nesse sonho de gerar uma vida, muitas
adolescentes engravidam. Mas, a maioria não percebem as conseqüências provenientes da
gestação nessa fase. A falta de informação e de acesso aos métodos contraceptivos, os
mitos, a insegurança, a falta de instrução e o desajuste familiar são alguns dos fatores que
contribuem para o aumento da gravidez não planejada entre os jovens.

Quando a gravidez se torna um fato, muitas se sentem perdidas, angustiadas, com


medo da família. O namorado, que até então era o príncipe encantado, fica assustado com
o excesso de responsabilidade e toma atitude como negar a paternidade e até sugerir o
aborto. Somente uma pequena parcela realmente assume as obrigações de pai.

A gravidez precoce pode ser um grande complicador para a vida das adolescentes,
gerando problemas como desnutrição, anemia, hipertensão específica da gravidez,
trabalho de parto prematuro, infecções, etc.

Existe risco também para os bebês, como o baixo peso, prematuridade, risco de
mortalidade maior que dos filhos de mães mais velhas.

Apesar do aumento do número de adolescentes que procuram os consultórios


ginecológicos para se orientarem, é comum existir um retardo no início do pré-natal
devido ao diagnóstico tardio da gravidez, provocado pelo medo da opinião das familiares,
pela negação à gravidez, o desconhecimento sobre o que fazer e a incerteza sobre aborto
ou deixar ―evoluir‖. A gravidez precoce acarreta também problemas na área escolar e de
capacitação profissional, levando as adolescentes a abandonar os estudos e /ou o trabalho
para cuidar dos filhos. Quando deparamos com algumas adolescentes grávidas,
comumente nos enchemos de espanto e de observações negativas: ―como pôde ser tão
boba?‖ ―será que não conhece os métodos contraceptivos?‖ ―grávida!? Nos dias de hoje?‖.

O que estamos fazendo é repetir um discurso machista, no qual a responsabilidade


da gravidez é só da parte feminina, em que o homem se torna inseto das conseqüências de
seus atos. A verdade é que essa postura dificulta a participação masculina na gravidez.

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Nesse momento de insegurança, alguns jovens pressionam as namoradas para
fazer um aborto, ou as abandonam alegando que o filho não é dele.

Outros rapazes acreditam que, ao se tornarem pais, estão ganhando em


respeitabilidade e responsabilidade, principalmente em relação aos seus pais.

Assumir, porém, a paternidade não é só registrar a criança, é também assumir a


função de pai; é se tornar responsável pela vida que se inicia.

Ter um filho não é fácil, principalmente quando se é adolescente, o jovem terá de


modificar e reestruturar a vida por completo a fim de ajudar a cuidar de uma criança.

Para aqueles que assumem a paternidade de fato, o caminho pode não ser tão
simples, mas com certeza será compensador.

Por isso se você não se sente realmente maduro, pronto para assumir uma
paternidade previna-se e tome consciência de seus atos.

Hoje, há uma variedade de métodos anticoncepcionais à disposição do mercado,


permitindo à mulher escolher o melhor momento da sua vida.

Mas, mesmo com tantos recursos, o número de adolescentes grávidas é


surpreendente.

Estas são algumas causas para a ocorrência da gravidez precoce:

 O pensamento mágico de que não acontece com elas, mas apenas com os outros.
 A influência das amigas e da mídia.
 O medo de encarar a própria sexualidade, o que a leva a não se prevenir, deixando
por conta do acaso a primeira relação sexual.
 O desconhecimento do uso dos métodos contraceptivos.
 A falta de conhecimento do próprio corpo, o que pode explicar, em parte, a não-
utilização ou a utilização incorreta dos métodos contraceptivos.
 A falta de orientação médica para a escolha do melhor contraceptivo.
 O constrangimento em não assumir o relacionamento sexual diante da família e
amigos.

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Unidade 11 – O aborto

Fonte: jovensaprendizesnainternet.blogspot.com

A realidade do aborto no Brasil e no mundo assusta a todos e gera polêmica.

As discussões acerca do problema aumentam na mesma proporção que os números


estatísticos, que não passam de estimativas, já que os números oficiais, aqueles fornecidos
pelo SUS, são referentes a abortos com complicações, que necessitam de internação
posterior para curetagem e outros procedimentos.

As mulheres que procuram o SUS são aquelas de renda mais baixa, que, às vezes
discriminadas nos próprios hospitais, sofrem pelo preconceito, o que pode contribuir para
seqüelas psicológicas. Os abortos praticados nas clínicas clandestinas especializadas
atendem à classe mais favorecida da sociedade, que paga caro, mas não tem nenhum apoio
em caso de complicações. Enquanto alguns grupos o defendem alegando que o corpo é da
mulher e lhe cabe o direito de escolha, outros grupos o reprovam justificando que desde a
concepção temos uma vida, e o aborto é assim, considerado assassinato.

Todos entendem que o problema do aborto é muito maior do que estabelecer a sua
legitimidade e muito mais grave do que debate de idéias.

No centro da polêmica, os religiosos exprimem a sua opinião. Os evangélicos, os


católicos, os espíritas, os judeus, e outros são categoricamente contra o aborto e só o
aceitam quando existe risco de vida para a mãe. Os políticos, com seus argumentos,
tentam aprovar projetos que amenizem os riscos do aborto decorrente de estupro.

A classe médica tente incentivar a anticoncepção de emergência para que , em caso


de estupro ou relação desprotegida, não ocorra a gravidez.

De todos os argumentos, o que mais pesa é o social. O Brasil não tem estrutura de
apoio às mães adolescentes e/ou carentes. Com isso, a maternidade não planejada aumenta
os problemas sociais do país. Torna-se um círculo vicioso, no qual as crianças mal
assistida torna-se adolescente sem orientação e mãe prematura.

O único consenso entre os grupos é a necessidade da política de orientação sexual


para os jovens.

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Os projetos e as discussões sobre o aborto não encerram o assunto tão facilmente.
Falar sobre o aborto é mexer nas estruturas culturais e morais de toda a sociedade.

Uma gravidez não planejada muitas vezes leva as mulheres a provocarem o aborto.
Esse procedimento pode colocar em risco a vida da mulher.

Muitos adolescentes abortam tomando medicamentos, chás caseiros ou


introduzindo objetos na vagina.

Outra opção bastante comum é recorrer a clínicas clandestinas, onde o preço varia,
como também variam o atendimento, a qualificação dos profissionais, a higiene, os
cuidados médicos. Muitas realizam o aborto por meio de um tipo de cirurgia em que o
embrião é retirado por sucção ou curetagem.

Muitas mulheres são internadas anualmente com complicações decorrentes de


aborto clandestino. Um aborto pode provocas hemorragia, infecções, esterilidade e até a
morte. No Brasil, o aborto é proibido por lei à exceção de quando a gravidez é fruto de
estupro ou oferece risco de vida para a mãe.

Mesmo assim, estima-se que o número de adolescentes que praticam o aborto


ilegal no Brasil é muito alto. Para os abortos previstos em lei, existem atualmente alguns
hospitais que participam do programa aborto legal.

Estes serviços existem há dez anos, e a maioria foram criados a partir da luta dos
movimentos feministas ou pela sensibilidade das direções dos hospitais.

O aborto também gera repercussões psíquicas, além de possíveis conseqüências


físicas. Estas seqüelas são diferentes de acordo com o tempo de gravidez decorrida.

A informação é a melhor forma de conscientizar sobre as conseqüências do aborto


na vida do casal, deixando claro que o aborto é uma intervenção, e não um método
contraceptivo.

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Unidade 12 – Família

Fonte: fotosdahora.com.br

Na pré-história, a família constituía um grupo no qual a autoridade religiosa e civil


era exercida por um líder. No final do período paleolítico, as organizações grupais eram
matriarcais, isto é, lideradas por mulheres. Isso porque os homens passavam grande parte
do tempo caçando, o que os afastava do grupo. Já no período neolítico, com o
desenvolvimento da agricultura e com a domesticação de animais, os grupos passaram a
ser dirigidos por homens, tornando-se patriarcais. Caminhando um pouco mais na linha
da História, chegamos à Roma antiga com um interessante conceito sobre família.

Entre os antigos romanos, o conceito de família referia-se à ―reunião de escravos,


de criados que pertenciam a um só indivíduo ou serviço público‖ (LELLO & LELLO).
Esse conceito alterou-se no decorrer dos tempos históricos. Tornou-se mais íntimo, mais
direcionado e mais próximo dos conceitos da atualidade.

A família tem sido, no decorrer da história da humanidade, a célula-mãe da


sociedade, aquela que prepara os indivíduos para conviver em grupo, exercendo influência
na sua formação. Esse grupo primário importantíssimo antecede a criação do Estado.

Sendo anterior ao Estado, são dela as funções de procriação e educação.

Podemos afirmar que o conceito de família transformou-se, mas não é certo dizer
que perdeu suas funções. Mesmo com as mudanças ocorridas, as funções dessa unidade,
que pode até mesmo ser auto-suficiente, não podem nem devem ser delegadas ao Estado.
Ao contrário, é ela que prepara o futuro do Estado e da sociedade civil.

Quando duas pessoas sem parentescos e consangüinidade decidem unir-se de


maneira duradoura em um relacionamento sociosexual com o objetivo de criar filhos,
gerando direitos e responsabilidades, estabelecem, então, uma família nuclear.

A partir da união inicial, os parceiros precisam adaptar-se um ao outro, moldando


comportamentos e criando vínculos ao longo da vida. Com o nascimento dos filhos, novas
adaptações ocorrem. E essa é mais uma etapa no processo de reconhecimento dessa união
que é reafirmada pelas diversas instituições, Por exemplo, a religião.

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A família nuclear é constituída pela união de três unidades básicas: a biológica, a
econômica e a socioemocional.

Na família nuclear existe a distribuição de tarefas para cada membro. Por exemplo,
cabe ao homem assumir a responsabilidade da parte financeira, manutenção material,
condições sociais e proteção da família. À mulher cabe criar os filhos e organizar o lar.

Com a evolução e as mudanças nos últimos tempos, os papéis tem se alterado,


principalmente o da mulher, que muitas vezes precisa assumir o cargo de chefe da família
motivada pelo desemprego do marido, etc...

Apesar das mudanças, é na família que adquirimos a base para estruturar a


convivência social com o semelhante.

Alguns consideram a família uma instituição falida nos dias atuais.

Outros defendem atualmente que a família sempre será o alicerce da formação do


indivíduo. O que realmente sabemos é que a estrutura da família atual sofreu grandes e
fortes modificações.

A família de hoje é formada de várias maneiras:

 Pai, mãe e filhos;


 Mãe e filhos;
 Mãe, avós e filhos;
 Avós e netos;
 Pai e filhos;
 Pai (mãe) – madrasta (padrasto) – filhos e enteados, etc...

Mas, seja qual for a estrutura da família, o importante mesmo é que ela transmita
amor, carinho e segurança aos seus.

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Unidade 13 – O casamento

Fonte: crasjardimmaringa.blogspot.com

A cerimônia do casamento é um ritual mundialmente conhecido e festejado. Desde


a escolha do vestido de noiva aos festejos, cada cultura apresenta uma tradição diferente.

Os casais gregos ortodoxos usam coroas de casamento unidas por uma fita
vermelha. Os casais hindus amarram suas roupas umas nas outras e caminham sete vezes
ao redor de uma fogueira. Os japoneses tomam três goles de saquê (aguardente de arroz),
para completar sua cerimônia matrimonial, e as noivas costumam vestir um quimono
tradicional de cores brilhantes, que contrasta com as roupas pretas da sua comitiva.

Os judeus não bebem nem comem no dia do casamento, até o fim da cerimônia
nupcial. As noivas chinesas podem usar uma coroa tradicional de tiras perfumadas de
metal, normalmente prata, com um véu feito de penas e pérolas.

As indianas colocam um vestido vermelho, tanto o noivo quanto a noiva usam


guirlandas coloridas de flores ao redor do pescoço. Na cultura ocidental, é costume a
noiva vestir-se de branco em sinal de pureza e inocência. Esse costume data do século
XIX e tem mudado lentamente, assumindo outras cores.

Nomes que recebem os diversos tipos de casamento:

 Endogamia: Casamento entre membros da mesma família ou do mesmo clã.


 Exogamia: Casamento entre membros de diferentes famílias ou clã.
 Monogamia: Casamento de um homem com uma só mulher.
 Bigamia: Casamento de um homem com duas mulheres ou uma mulher com dois
homens.
 Poligamia: Casamento de um homem ou uma mulher com várias mulheres ou
homens ao mesmo tempo.
 Poliandria: Casamento de uma mulher com vários homens ao mesmo tempo.
 Poliginia: Casamento de um homem com várias mulheres ao mesmo tempo.
 Levirato: Casamento de uma mulher com um irmão de seu falecido marido, comum
em sociedades antigas.

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O papel da mulher na sociedade vem mudando lentamente através dos tempos em
algumas culturas.Se observarmos a história da humanidade, podemos perceber que a
estrutura da família sempre foi patriarcal. Esse modelo familiar deixava ao homem papel
de extrema importância e à mulher papel subalterno, social e sexualmente.

Essa estrutura era repassada desde a infância, quando as meninas eram educadas
para os afazeres domésticos, a fidelidade e a obediência.

Muitas vezes o casamento era tido como um negócio, no qual a noiva era uma
mercadoria, que passava por várias negociatas, não importando os seus desejos.

Era trocada por terra, por proteção, por expansão de reinados e outros acordos.
Em nossa cultura ocidental, esse tipo de casamento é praticamente coisa do passado, mas
não está totalmente extinto. E, por falar em passado, vamos passear por algumas culturas
antigas e saber algumas curiosidades sobre as estruturas patriarcais dos casamentos.

Cultura Tradição
Os faraós podiam desposar quantas
mulheres quisessem, formando, assim, um
Antigo Egito harém. Os homens mais modestos
introduziam em suas casas as amantes, fato
considerado normal por todos.
O imperador podia ter o número máximo de
China Antiga concubinas: 14.
O concubinato era permitido por lei.
As mulheres hebraicas eram também
Hebraica totalmente submissas e tinham como
orgulho o número de filhos, geralmente em
grande quantidade.

Na sociedade brasileira, sempre foi função do homem pagar as contas da família.


Essa tradição não é exclusivamente brasileira. Historicamente, a sociedade humana é
patriarcal. Cabia, então, ao homem a função de chefe de família.

Hoje, as mulheres têm conquistado seu espaço e já são responsáveis pelo sustento
da casa em boa parte das famílias brasileiras, realidade que joga por terra a idéia de que o
salário da mulher é apenas um complemento no orçamento doméstico.

Mesmo conquistando espaços maravilhosos e dignos de louvor, muitas mulheres


se sentem constrangidas em afirmar que são responsáveis pelas decisões em casa, que
sustentam seus lares e que ganham mais que seus maridos.

A mulher chefe de família passa a ser uma ameaça ao marido, e o seu salário é um
ultraje. Esse quadro gera algumas situações constrangedoras.

Muitas mulheres abandonam se sucesso profissional. Outras que insistem em


continuar e, por muitas vezes, pagam o preço do divórcio. As mulheres independentes

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costumam assustar os homens. Aquela que consegue conciliar a sua vida profissional com
a do companheiro e com a dos filhos torna-se privilegiada, pois esse companheiro já
conseguiu se libertar dos mitos da masculinidade.

A mulher conseguiu alcançar esse prestígio graças a algumas características do


comportamento feminino, como maior sensibilidade, atenção aos detalhes, espírito de
equipe, bom desempenho e maior tempo de estudo, quesitos que despertam o interesse das
empresas. Assumindo ou não o papel principal, o que não dá mais para negar é a
significativa presença da mulher no mundo trabalhista brasileiro.

Elas representam 41% da população economicamente ativa (PEA), são maioria dos
setores de prestação de serviço e de comércio e estão se igualando aos homens na
administração pública. Hoje, a sociedade passa por um momento de mudanças.

A guerra dos sexos já não tem tanta ênfase e vai se diluindo juntamente com a
barreira entre masculino e feminino. As únicas diferenças entre um homem e uma mulher
são fisiológicas e anatômicas, não figurando nesse contexto a função social de cada um.

O casal pode e deve se unir em torno do que realmente interessa, e não


transformar o seu lar em um ringue, onde o troféu, com certeza não será a felicidade
conjugal.

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Unidade 14 – A mídia e sua influência

Fonte: gritosinocentes.blogspot.com

Os meios de comunicação de massa têm estimulado e influenciado o


comportamento sexual humano, principalmente o dos adolescentes, que estão à procura de
modelos e de respostas para suas dúvidas. A mídia abre discussão sobre sexualidade e
sexo. Mas, ao mesmo tempo em que promove essa discussão, abre também para uma
erotização muitas vezes excessiva em horários inoportunos.

É necessário que jovens e crianças percebam a TV e outros meios de comunicação


com um olhar crítico, sabendo usá-los para a vida, sem se submeter a eles.

É importante que se discuta o tipo de relacionamento de personagens de filmes e


novelas, para que se forme um cidadão crítico e observador.

As novelas, os filmes, os programas de auditório, as propagandas e os telejornais


difundem modelos de comportamentos, reforçam esteriótipos sociais, preconceitos, etc.

O diálogo e o desenvolvimento do senso crítico perante a mídia é, com certeza,


uma decisão acertada na formação do cidadão consciente.

De sexo, neoliberalismo e bundas

Lembram-se do tempo em que o sexo era um tabu, assunto proibido, reprimido?


Agora não é mais assim. Fala-se de sexo a toda hora; virou assunto público – ou
publicável. A mídia se esbalda. Nos jornais e nas revistas há para todos os gostos, desde a
pornografia pesada a nus artísticos, colunas de sexo, especialistas dando conselhos,
personalidades respondendo: ―Qual o lugar mais estranho onde você fez sexo?‖ — e por aí
vai. Na TV, cenas de sexo nas novelas, reportagens escandalosas e sensacionalistas, bunda
e pagode... Na internet, uma festa de erotismo e pornografia; é só navegar e se deixar
levar... Tudo muito às claras, sem restrições e quase sem limites. Afinal, precisamos ser
livres, usufruir da democracia pela qual tanto lutamos, não é mesmo?

A questão que fica é: Essa ―liberdade‖ é verdadeira? As pessoas estão mais bem
informadas? São mais felizes agora? Não sei não.

Essa exposição pública da sexualidade parece que não está ajudando a mudar muita
coisa. Passou-se do nada pode ao tudo pode sem nenhum critério. Há quem ache que é
reverso da mesma moeda: a repressão pelo excesso.

Mas o que se estaria reprimindo, se agora é tudo tão escancarado?

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O que sempre se impediu e continua sendo interditado é a reflexão. O que não se
pode é pensar criticamente sobre o tema, entendê-lo, discutir a sério, mudar condutas para
valer, para avançar, mesmo...

A superexposição do sexo o banaliza, excita sem explicar, sem promover debate


algum, e assim fica tudo como está... e sempre foi. A garotada continua desinformada,
achando que sabe tudo; as piadas preconceituosas e cheias de esteriótipos que cercam a
sexualidade continuam parecendo engraçadas (sinal de que não elaboramos o assunto,
continuando a ser muito preconceituosos). As pessoas podem parecer mais livres e mais
felizes, pelos menos as figuras públicas tendem a passar essa imagem, mas são de fato?

Se nunca soubemos conversar sobre sexo, não me consta que tenhamos aprendido.

O diálogo sobre esse assunto está, freqüentemente, ausente ou é superficial na


família, na escola e paradoxalmente, na mídia. A TV, por sua natureza, impede a reflexão,
pela profusão de imagens que sucedem incessantemente. É preciso desligá-la, ou desligar-
se dela momentaneamente, para poder pensar.

Nada contra publicações anárquicas provocativas ou maliciosas, de oposição à


pasmaceira neoliberal. Estas até fazem pensar: Costumam enfrentar injustificados
preconceitos e discriminação de anunciantes.

Aí é que está: o sexo hoje é apenas objeto de consumo. Nudez vende? Sacanagem
vende? Apelando faz sucesso? É o mercado que determina o que devemos fazer. O
capitalismo neoliberal dos nossos tempos dispensa valores, ideologias, respeito e ética.

Em nome do mercado – o árbitro de tudo – tudo pode. E não é só no sexo, está


claro. Os homens e as mulheres valem pelo que consomem ou pelo que se deixam
consumir. Para se opor a essa lógica, é preciso investir no processo de educar, dialogar
sempre, enfrentar o que é difícil, arriscando-se a pensar.

Em casa, na família, discutindo o que se ouve e se vê e estabelecendo limites. Nas


escolas, abrindo um amplo e contínuo debate sobre a sexualidade, as drogas, a política e
todas as questões que envolvem a cidadania. É preciso incluir em vez de excluir.

Promover debates em todos os espaços possíveis: pensando, questionando,


discordando, se indignando. E também tendo coragem e liberdade para ficar na dúvida.

É por aí que se pode sair dessa.As informações estão nos livros, nos jornais, nas
revistas, na internet, até na TV. É possível ir atrás. Mas informação sem reflexão não
muda comportamentos. Se não nos dispusermos ao diálogo, no qual se ouse pensar o
problema, e não repetir os discursos de sempre, ninguém vai ser mais livre ou mais feliz,
sendo bombardeado por imagens eróticas (ou pornográficas) ou ouvindo papinhos
―descolados‖ dos arautos da moda da pós-modernidade. E aí, vocês concordam? Ou não?

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Unidade 15 – Os ídolos

Fonte: fica-dica.com Fonte: mdemulher.abril.com.br Fonte: alturasepesos.com.br

Os adolescentes, com sua visão mágica do mundo, sempre se espelham em alguém.

Alguns tomam como exemplo os pais, outros aqueles que lhe são mais próximos.
Uma boa parcela, porém, admira seus ídolos com tanta intensidade que deixa de exercer a
crítica e os transforma em ―bússola‖, ou seja, aqueles que orientam a sua vida.

Os ídolos nem sempre funcionam como bons orientadores da formação da


personalidade. Normalmente são pessoas com superexposição na mídia, que por sua vez
abusam do apelo sexual. A mídia tende a banalizar valores socioculturais e até mesmo as
relações familiares, e tenta formar modelos de comportamento que muitas vezes são
seguidos cegamente pelos jovens.

Os exemplos mais sugeridos, porém, seguem um estereótipo que não condiz com a
realidade. A valorização da futilidade, da erotização, a banalização dos sentimentos até
mesmo nas programações de TV podem não ser determinantes na conduta, mas
funcionam como agentes de contra valor.

O grande risco da identificação excessiva é quando o jovem deixa de exercer a sua


própria personalidade, assumindo a do ídolo.

É importante questionar e discutir os modelos, para que possamos refletir sobre as


causas e as conseqüências que tais atitudes terão na nossa vida e na nossa auto-estima.

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Unidade 16 – Variadas opções sexuais

Fonte: traoselaos.blogspot.com Fonte: alexneres.wordpress.com

O espermatozóide, ao fecundar o óvulo, dá início a uma nova vida.

Cada uma dessas células sexuais carrega informações que definirão as variadas
características do indivíduo, dentre elas o sexo biológico.

Ao nascer, a criança apresenta um sexo biológico representado pelos órgãos


genitais femininos ou masculinos. Mas a presença dos genitais não determina o tipo de
relacionamento afetivo-sexual que essa criança terá futuramente.

Ao chegar à adolescência, por causa de uma série de influências, há uma definição


sexual que pode ser pelo sexo oposto e/ou pelo mesmo sexo.

 Heterossexual: São os indivíduos que se relacionam afetivo-sexualmente com o


sexo oposto.
 Homossexuais:
Feminino: Mulheres que se comportam de maneira feminina, sentem-se mulheres,
mas desejam um relacionamento afetivo-sexual com mulheres, e não com homens.
Masculino: Homens que se sentem e se comportam como homens, mas sua opção
de relacionamento afetivo-sexual por homem.
 Bissexual:
Feminino: Mulheres que desejam relacionar-se afetivo e sexualmente tanto com
mulheres quanto com homens.
Masculino: Homens que desejam relacionar-se afetivo e sexualmente com homens
e mulheres.
 Transexuais: Homens e mulheres que desejam trocar o seu sexo biológico.
 Travesti: Pessoas que se veste de outro sexo para relacionar-se com alguém do
mesmo sexo.
 Hermafrodita: Pessoa que apresenta órgãos sexuais externos diferenciados dos
órgãos sexuais internos. Por exemplo, nascem com pênis e têm ovários. Somente
um médico pode diagnosticar o hermafroditismo.

38
Esses esclarecimentos não têm o intuito de rotular o ser humano, mas de
esclarecer as pessoas, para que possam se despir de preconceitos e debater sobre a
identidade sexual de cada um.

Homossexualismo

A sociedade estabelece os modelos de comportamento, de como agir, de ser, de


pensar para os sexos masculinos e femininos. Qualquer pessoa que se afaste do que é
considerado ―normal‖ é discriminado, ridicularizado.

Atualmente muito se discute sobre as causas do homossexualismo. Alguns


privilegiam os aspectos sociais, outros os psicológicos, outros os biológicos e outros,
ainda, consideram simplesmente uma opção pessoal.

Na psicanálise, as possíveis causas do homossexualismo poderiam ser


características da própria pessoa, a inter-relação da pessoa com a dinâmica familiar, a
relação com os pais na infância e na adolescência, carência afetiva...

Outra causa discutida também é o abuso sexual na infância, que deixa traumas
profundos. Apesar de as pessoas apresentarem maior abertura a determinados temas sobre
sexualidade, o homossexualismo ainda é tratado com muita discriminação e preconceito.

Os homossexuais possuem uma imagem estereotipada em nossa cultura, muitas


vezes imposta pela mídia, principalmente nas novelas e programas humorísticos. Achar
que os homossexuais sejam sempre afeminados é um grande engano.

Atualmente, os homossexuais tentam desmistificar esse rótulo e mostrar que são


seres humanos que lutam pelos seus direitos. Não querem mais viver escondidos. A opção
sexual não interfere em nada na sua forma de viver em sociedade.

Assumir a homossexualidade requer muita coragem, porque a pessoa precisa estar


disposta a contrabalançar estigmas o tempo todo.

Você sabe o que é homofobia?

Homofobia é o nome que se dá a atitudes negativas e aversões, medo em relação a


homossexuais e à homossexualidade.

As pessoas que sofrem de homofobia, normalmente, não suportam conviver com as


especificidades ou não trabalham o próprio desejo homossexual. São pessoas com a
sexualidade extremamente reprimida.

As suas atitudes são discriminatórias, antidemocráticas e chegam mesmo à


violência.

39
Unidade 17- Bullying

Fonte: pedagogiaaopedaletra.com

Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou


físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas.

O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão,
brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania,
opressão, intimidação, humilhação e maltrato.

―É uma das formas de violência que mais cresce no mundo", afirma Cléo Fante,
educadora e autora do livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e
Educar para a Paz (224 págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868 ). Segundo a especialista, o
bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias,
vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido
inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa.

Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e


adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podem
apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços
da personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional
do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.

O assédio escolar não envolve necessariamente criminalidade ou violência. Por


exemplo, o assédio escolar frequentemente funciona por meio de abuso psicológico ou
verbal. Os valentões costumam ser hostis, intolerantes e usar a força para resolver seus
problemas.

Tipos de assédio escolar

Os bullies usam principalmente uma combinação de intimidação e humilhação para


atormentar os outros. Alguns exemplos das técnicas de assédio escolar:

40
 Insultar a vítima;
 Acusar sistematicamente a vítima de não servir para nada;
 Ataques físicos repetidos contra uma pessoa, seja contra o corpo dela ou
propriedade.
 Interferir com a propriedade pessoal de uma pessoa, livros ou material escolar,
roupas, etc. Danificando-os.
 Espalhar rumores negativos sobre a vítima;
 Depreciar a vítima sem qualquer motivo;
 Fazer com que a vítima faça o que ela não quer, ameaçando-a para seguir as
ordens;
 Colocar a vítima em situação problemática com alguém (geralmente, uma
autoridade), ou conseguir uma ação disciplinar contra a vítima, por algo que ela
não cometeu ou que foi exagerado pelo bully;
 Fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa (particularmente a
mãe), sobre o local de moradia de alguém, aparência pessoal, orientação sexual,
religião, etnia, nível de renda, nacionalidade ou qualquer outra inferioridade
depreendida da qual o bully tenha tomado ciência;
 Isolamento social da vítima;
 Usar as tecnologias de informação para praticar o cyberbullying (criar páginas
falsas, comunidades ou perfis sobre a vítima em sites de relacionamento com
publicação de fotos etc.);
 Chantagem.
 Expressões ameaçadoras;
 Grafitagem depreciativa;
 Usar de sarcasmo evidente para se passar por amigo (para alguém de fora)
enquanto assegura o controle e a posição em relação à vítima (isto ocorre com
frequência logo após o bully avaliar que a pessoa é uma "vítima perfeita").
 Fazer que a vítima passe vergonha na frente de várias pessoas.

O bullying sempre existiu. No entanto, o primeiro a relacionar a palavra a um


fenômeno foi Dan Olweus, professor da Universidade da Noruega, no fim da década de
1970. Ao estudar as tendências suicidas entre adolescentes, o pesquisador descobriu que a
maioria desses jovens tinha sofrido algum tipo de ameaça e que, portanto, o bullying era
um mal a combater. A popularidade do fenômeno cresceu com a influência dos meios
eletrônicos, como a internet e as reportagens na televisão, pois os apelidos pejorativos e as
brincadeiras ofensivas foram tomando proporções maiores.

"Querer ser mais popular, sentir-se poderoso e obter uma boa imagem de si
mesmo. Isso tudo leva o autor do bullying a atingir o colega com repetidas humilhações
ou depreciações. É uma pessoa que não aprendeu a transformar sua raiva em diálogo e
para quem o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir.

Pelo contrário, sente-se satisfeito com a opressão do agredido, supondo ou


antecipando quão dolorosa será aquela crueldade vivida pela vítima.

41
O espectador é um personagem fundamental no bullying.

É comum pensar que há apenas dois envolvidos no conflito: o autor e o alvo. Mas
os especialistas alertam para um terceiro personagem responsável pela continuidade do
conflito. O espectador típico é uma testemunha dos fatos, pois não sai em defesa da vítima
nem se junta aos autores. Quando recebe uma mensagem, não repassa.

Essa atitude passiva pode ocorrer por medo de também ser alvo de ataques ou por
falta de iniciativa para tomar partido. Os que atuam como platéia ativa ou como torcida,
reforçando a agressão, rindo ou dizendo palavras de incentivo também são considerados
espectadores. Eles retransmitem imagens ou fofocas. Geralmente, estão acostumados com
a prática, encarando-a como natural dentro do ambiente escolar.

―O espectador se fecha aos relacionamentos, se exclui porque ele acha que pode
sofrer também no futuro.Se for pela internet, por exemplo, ele apenas repassa a
informação. Mas isso o torna um coautor‖, explica a pesquisadora Cléo Fante, educadora e
autora do livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a
Paz (224 págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868).

O aluno que sofre bullying, principalmente quando não pede ajuda, enfrenta
medo e vergonha de ir à escola. Pode querer abandonar os estudos, não se achar
bom para integrar o grupo e apresentar baixo rendimento.

Uma pesquisa da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e


Adolescência (Abrapia) revela que 41,6% das vítimas nunca procuraram ajuda ou falaram
sobre o problema, nem mesmo com os colegas. As vítimas chegam a concordar com a
agressão, de acordo com Luciene Tognetta, doutora em Psicologia Escolar e pesquisadora
da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinhas (Unicamp).

O discurso deles segue no seguinte sentido: "Se sou gorda, por que vou dizer o
contrário?"Aqueles que conseguem reagir podem alternar momentos de ansiedade e
agressividade. Para mostrar que não são covardes ou quando percebem que seus
agressores ficaram impunes, os alvos podem escolher outras pessoas mais indefesas e
passam a provocá-las, tornando-se alvo e agressor ao mesmo tempo.

Por ter consequências imediatas e facilmente visíveis, a violência física muitas


vezes é considerada mais grave do que um xingamento ou uma fofoca. A dificuldade que a
escola encontra é justamente porque o professor também vê uma blusa rasgada ou um
material furtado como algo concreto. Não percebe que a uma exclusão, por exemplo, é tão
dolorida quanto ou até mais'', explica Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e
professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

42
O bullying virtual

É o bullying que ocorre em meios eletrônicos, com mensagens difamatórias ou


ameaçadoras circulando por e-mails, sites, blogs (os diários virtuais), redes sociais e
celulares. É quase uma extensão do que dizem e fazem na escola, mas com o agravante de
que as pessoas envolvidas não estão cara a cara.

Dessa forma, o anonimato pode aumentar a crueldade dos comentários e das


ameaças e os efeitos podem ser tão graves ou piores.

"O autor, assim como o alvo, tem dificuldade de sair de seu papel e retomar valores
esquecidos ou formar novos", explica Luciene Tognetta, doutora em Psicologia Escolar e
pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinhas
(Unicamp).Esse tormento que a agressão pela internet faz com que a criança ou o
adolescente humilhado não se sinta mais seguro em lugar algum, em momento algum.
Marcelo Coutinho, especialista no tema e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV),
diz que esses estudantes não percebem as armadilhas dos relacionamentos digitais.

―Para eles, é tudo real, como se fosse do jeito tradicional, tanto para fazer amigos
como para comprar, aprender ou combinar um passeio.‖

MITOS E FATOS SOBRE O BULLING


Mito: ―Bullying é apenas uma fase, uma parte normal da vida. Eu passei por isto e meus
filhos vão passar também.
Fato: Bullying não é um comportamento nem normal, nem socialmente aceitável. Na
verdade, se aceitarmos este comportamento estaremos dando poder aos bullies.
Mito: ―Se eu contar pra alguém, só vai piorar‖.
Fato: As pesquisas mostram que o bullying pára quando adultos com autoridade e os
colegas se envolvem.
Mito: ―Reaja e devolva as ofensas ou pancadas.‖
Fato: Embora haja algumas vezes em que as pessoas podem ser forçadas a se defender,
bater de volta, geralmente piora o bullying e aumenta o risco de sério dano físico.
Mito: ―Bullying é um problema escolar, os professores é que devem tratar disto.‖
Fato: Bullying é um problema social mais amplo e que ocorre com frequência fora das
escolas, na rua, nos shoppings, na piscina, nos treinamentos esportivos e no local de
trabalho dos adultos.
Mito: ―As pessoas já nascem bullies.‖
Fato: Bullying é um comportamento aprendido e comportamentos podem ser mudados.

43
Unidade 18 - Internet

Fonte: perigosdanetttar0811.blogspot.com

Falsas amizades pela Internet

É muito importante saber que o computador e a Internet possuem dois lados, um


bom e outro ruim. O lado é bom quando esses recursos são usados para o trabalho, o
estudo, a pesquisa, o envio e o recebimento de mensagens, etc.

Um dos aspectos ruins é quando se tornam um vício. Outros aspectos ruins estão
nas falsas amizades que são geradas através da Internet, nos contatos perigosos, na
entrada de vírus e ainda em imagens negativas que ficam presentes por muito tempo na
memória de seus usuários.

Quanto às falsas amizades, a Internet nos permite conversar com pessoas do mundo
inteiro, mas nem sempre podemos ver essas pessoas enquanto falamos com elas, nem
ouvir-lhes a voz, por isso elas podem nos enganar à vontade.

Muitas vezes dizem coisas bonitas, contam histórias tristes de suas vidas para nos
sensibilizar, e acabamos criando grande amizade por alguém que só está brincando
conosco.

É pior ainda quando se trata de algum bandido fazendo-se de criança a fim de


ganhar confiança e conseguir informações importantes para suas intenções, que sempre
são muito ruins. Alguém aqui já ouviu falar de algum caso assim, em que o bandido
conseguiu, através da Internet, informações sobre uma criança que depois acaba sendo
sequestrada?

Perigos da Internet

Nem sempre é tarefa fácil distinguir entre aquilo que é, ou não, perigoso/ilegal.
Dos riscos que ―saltam à vista‖, a pornografia é, desde logo, o mais conhecido.

O acesso é fácil e os materiais abundam. Mais grave, a pornografia infantil é,


infelizmente, outro dos problemas da Net, embora o acesso não seja tão fácil como para a
primeira. Não faltam também os sites de conteúdo racista, xenófobo, ou de puro
incitamento à violência.

44
No entanto, por vezes o perigo pode vir de uma conversa aparentemente inocente
tida num programa de conversa a distancia, o ―chat‖. A ação de pedófilos e o estímulo ao
comportamento violento são as principais ameaças a quem se descuida e deixa-se levar
pelas armadilhas do mundo virtual.

Os crimes cometidos na Internet são os mesmos que acontecem fora do mundo


virtual, tanto que os tipos penais e punições são os mesmos.

Casos de estelionato, injúria e calúnia, roubo de identidade, furto mediante fraude,


além dos casos de pedofilia, são os que mais acontecem. A Internet oferece inúmeros
recursos e oportunidades para aprender, mas também contém uma grande quantidade de
informações que pode não ser nem útil nem confiável.

Como qualquer um pode publicar comentários ou informações na Internet, os


usuários precisam desenvolver algumas habilidades de pensamento crítico, para julgar a
veracidade das informações disponíveis online.

Isso é particularmente verdadeiro para crianças que tendem a acreditar que ―se
está na Internet, deve ser verdade‖. Tradicionalmente, os recursos impressos sempre
tiveram seus meios de proteção — como editores, revisores ou verificadores de fatos —
para eliminar erros, mentiras e informações pouco precisas.

Entretanto, em muitos casos, a Internet não possui esses meios de proteção para
verificar a validade das informações publicadas online. Por isso, é preciso estar sempre
atento e verificar em outros recursos de informação a veracidade do conteúdo publicado
na Internet. Pode ser muito perigoso fornecer informações pela Internet, mas isso
acontece muitas vezes sem você perceber. Já têm acontecido muitos casos assim.

Um bandido se faz passar por uma criança e faz amizade virtual com outra criança
de verdade. Em algum momento, ele pergunta se essa criança estuda em escola particular
ou pública e, com mais algumas perguntas, aparentemente inocentes, ele acaba sabendo o
nome da escola, qual o turno em que a criança estuda, seu tipo físico e, assim, já sabe como
fazer o sequestro. Outras coisas que não se devem colocar na Internet são fotografias da
família, da casa onde mora, números de telefone, de celular; também não se deve dar
quaisquer informações dessa natureza.

Todo cuidado é pouco, porque há muito bandido usando a Internet para os mais
diversos fins, sempre ruins.

Além disso, há também a entrada de vírus, através de e-mails ou de sites que


parecem interessantes, mas são verdadeiros celeiros de vírus.

O internauta, ao entrar neles, acaba instalando vírus no próprio computador, ou


então uns programinhas que captam informações importantes, como o número de contas
bancárias, as senhas dessas contas, etc. Aí os hackers, com esses dados em mãos,
transferem todo o dinheiro para suas próprias contas.

Existem milhares de pessoas que de repente perderam todo o dinheiro que tinham
no banco, por causa dos descuidos com o uso da Internet. Muitos sites, principalmente os
pornográficos, são transmissores de vírus.

Por isso, quem tem acesso à Internet em casa deve sempre perguntar aos pais quais

45
os sites que pode visitar, sem provocar problemas. Por todas estas razões convém que
crianças e adolescentes sejam orientados na sua ―navegação‖ e que, na medida do possível,
aprendam a lidar com as situações que se lhes deparem.

Dez dicas para conviver bem na internet:

1. Não divulgue dados pessoais, como nome da escola, seu endereço, telefone ou
celular (inclusive dos seus pais).
2. Só escreva na internet coisas que você não se importaria que o mundo todo ficasse
sabendo.
3. Avise seus pais sempre que surgir algo que te incomoda.
4. Não combine encontros pela net com uma pessoa que você não conhece ―ao vivo‖;
conte a seus pais se alguém insistir.
5. Não mande fotos suas para desconhecidos.
6. Não responda a mensagens maldosas.
7. Combine com seus pais quais serão as regras para ficar on-line: acerte tempo e
horários.
8. Não passe sua senha de e-mail ou de sites a ninguém além dos seus pais – nem
para os melhores amigos!
9. Respeite a privacidade dos outros.
10. Regrinha de ouro: não faça nada que não gostaria que fizessem com você, ou seja,
nada de mensagens maldosas no blog dos outros.

46
Caderno
de
Atividades

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Unidade 1 – O universo da comunicação

1 - Defina:
a) Linguagem
b) Comunicação
2 - Em sua opinião, pode o ser humano viver sem se comunicar? Comente.
3 - Será que os filmes e desenhos animados exercem uma influência negativa no
comportamento de crianças e adolescentes? Explique.
4 - Você acha que a televisão estimula de alguma forma a violência? Como?
5 - Como a televisão pode influenciar no comportamento das pessoas?
6 - O que entendemos por indústria cultural?
7 - Que filósofos criaram o termo ―indústria cultural‖?
8 - Qual é o objetivo da indústria cultural?
9 - Faça uma relação do que você considera como boa e má influência da
televisão.

Unidade 2 – Sociedade do consumo

1 - O que é um consumidor sadio?


2 - O que é um consumidor alienado?
3 - De que forma a propaganda influencia no consumo de produtos supérfluos?
4 - Propagandas de cigarros e bebidas geralmente vem associadas a aventura e
diversão. O que não é mostrado?
5 - Você se considera um consumidor alienado? Explique.
6 - O que é ser um consumidor crítico?
7 - O que uma pessoa veste, diz quem ela é? Argumente.
8 - Você se considera uma pessoa crítica diante do que os meios de comunicação
divulgam? Por quê?
9 - Em equipe, crie um produto e faça uma propaganda.

48
Unidade 3 – A adolescência I

1- Defina:
a) Adolescência
b) Puberdade

2 - O que é a ovulação?

3 - O que são caracteres sexuais secundários?

4 - Defina:

a) Estrógeno
b) Progesterona
c) Menarca
d) Testosterona

5 - Quais são as principais mudanças físicas ocorridas durante a puberdade?

a) Meninos
b) Meninas

6 - Qual foi o seu maior medo na transição de sua infância para a


adolescência?

7 - Escreva as principais atividades desenvolvidas pelo ser humano nas


diversas fases:

a) Infância
b) Adolescência
c) Adulta
d) Velhice

49
Unidade 4 – A adolescência II

1- Indique do que se tratam os profissionais:

a) Ginecologista
b) Urologista
c) Hebiatra

2- Você acha importante fazer consulta ginecológica ou urológica? Por quê?

3- Explique o que provoca:

a) Cravos
b) Espinhas

4 - É aconselhado espremer cravos e espinhas? Por quê?


5 - Elabore uma frase manifestando o que sente ao ser adolescente:
Ser adolescente é...
6 - Confeccione um mural com as frases elaboradas.

Unidade 5 – O mundo dos adolescentes

1 - O que você mais gosta de fazer?

2 - O que você não gosta de fazer?

3 - Qual é o seu sonho?

4 - O que mais deixa você chateado?

5 - Teste: Que tipo de adolescente é você?

50
SIM NÃO
( ) ( ) Preocupa-se com os seus estudos?
( ) ( ) Deixa seu quarto sem arrumar?
( ) ( ) Já se apaixonou?
( ) ( ) Faz bagunça na casa toda?
( ) ( ) Não desgruda do telefone?
( ) ( ) Briga com o(a) irmão(ã)?
( ) ( ) Chega em casa tarde da noite?
( ) ( ) Gosta de beber bebida alcoólica?
( ) ( ) Gosta de fumar?
( ) ( ) Usa drogas?
( ) ( ) Tem muitos amigos(as)?
( ) ( ) Sempre mente?
( ) ( ) Tem um diário?
( ) ( ) Fala com os pais sobre a escola?
( ) ( ) Gosta de ir a festas?
( ) ( ) Gasta toda a mesada antes do final do mês?
( ) ( ) Mexe nas coisas dos pais sem permissão?
( ) ( ) Está se saindo mal na escola?
( ) ( ) Tem diálogo aberto com os pais?
( ) ( ) Gosta de praticar esportes?
( ) ( ) Lê livros, revistas e jornais freqüentemente?
( ) ( ) Preocupa-se com a aparência?
( ) ( ) Alimenta-se adequadamente?
( ) ( ) Toma banho demorado?
( ) ( ) Gosta de ouvir música alto?
( ) ( ) Pratica esporte radical?
( ) ( ) Costuma freqüentar cinema e teatro?
( ) ( ) Usa roupas de grifes?
( ) ( ) A sua opção é por roupas extravagantes?

6 – Utilize as letras do alfabeto, exponha o que você sente em ser


adolescente.

Alfabeto adolescente
A _____________ I _____________ R _____________
B _____________ J _____________ S _____________
C _____________ L _____________ T _____________
D _____________ M _____________ U _____________
E _____________ N _____________ V _____________
F _____________ O _____________ X _____________
G _____________ P_____________ Z _____________
H_____________ Q_____________

51
Unidade 6 – Estética

1 - O que é estética?
2 - Você concorda quando se diz que os meios de comunicação e os grupos
sociais impõem um tipo padrão de beleza? Por quê?
3 - O que é a bulimia?
4 - O que é anorexia nervosa?
5 - Qual a sua opinião sobre a cirurgia plástica?
6 - Há alguma parte do seu corpo que você mudaria? Por quê?
7 - Você está satisfeito com a sua forma física? Comente.
8 - Qual é a sua opinião sobre o consumo de anabolizantes?
9 - Que problemas os anabolizantes podem trazer?

Unidade 7 – O diálogo entre pais e filhos

1 - Você acha que é fácil ser pai ou mãe? Justifique sua resposta.
2 - Você consegue conversar com seus pais sobre todos os assuntos?
3 - Existe diferença entre o tipo de conversa que você tem com sua mãe e o
tipo de conversa que você tem com seu pai? Que tipo de diferença?
4 - Você acha que os pais entendem os filhos? Explique por quê.
5 - Você acha que os filhos entendem os pais? Por quê?
6 - Baseando-se nos trechos que você acabou de ler; você diria que todas as
relações entre pais e filhos são parecidas?
7 - Na sua opinião, o que você poderia fazer para facilitar ainda mais seu
relacionamento com seus pais?
8 - E o que você acha que eles poderiam fazer para facilitar o relacionamento
entre vocês?

52
Unidade 8 – Corpo e mente em sintonia

1- O que é fundamental para uma boa saúde?


2 - Que atividades você pratica que servem para sua mente?
3 - Por que é importante para uma grávida ter uma gestação tranquila?
4 - Como podemos liberar a endorfina? Qual a importância desta substância no
nosso corpo?
5 - Que problemas o estresse pode causar?
6 - Qual a sua refeição predileta?
7 - Você considera a sua alimentação balanceada? Explique.
8 - Quando é que uma pessoa engorda?
9 - Indique a função dos nutrientes:
a) Proteínas
b) Carboidratos
c) Vitaminas
d) Água

Unidade 9 – A maioridade

1- Na sua opinião, o que a maioridade pode lhe proporcionar?


2 - A maioridade lhe traz receio? Por quê?
3 - Há uma grande discussão entre políticos, para diminuir a idade para tirar
a carteira de habilitação aos 16 anos. Qual a sua opinião sobre esse assunto?
4 - A nossa legislação prevê que o jovem aos 16 anos está apto a votar:
a) Você se sente preparado para tal responsabilidade?
b) Na sua opinião, qual é a importância do seu voto?
5 - O que você acha dos pais interferirem na escolha da profissão dos filhos?
6 - Escreva o nome de uma profissão que você admira ou que gostaria de
seguir.
7 - Que profissão você não seguiria de forma alguma? Por quê?

53
Unidade 10 – Gravidez na adolescência

1- Que fatores contribuem para o aumento da gravidez não planejada entre as


jovens?

2 - Que problemas uma adolescente pode ter com a gravidez precoce?

3 - Explique com suas palavras o que é sexo seguro.

4 - Quais são os métodos contraceptivos que você conhece?

5 - Na sua opinião, de quem é a responsabilidade de se prevenir de uma


gravidez não planejada?

6 - Por que é importante procurar um médico para escolher um método


contraceptivo?

7- Na sua opinião, existe idade certa para ter um filho? Explique.

8 - Na sua opinião, se a garota estiver usando outro método contraceptivo, o


garoto precisa continuar usando preservativo? Por quê?

9- Quais motivos levam os adolescentes a não se prevenirem contra uma


gravidez não planejada?

Unidade 11 – O aborto

1- Para você, em que consiste o aborto?

2 - Na sua opinião como os abortos poderiam ser evitados?

3 - Quais os riscos de saúde que a mulher corre ao submeter-se a um aborto?

4 - Como você agiria se fosse procurada por uma amiga com intenção de fazer
o aborto?

5 - Na sua opinião, quais as principais causas que levam uma mulher a fazer um
aborto?

6 - No Brasil, em que situações o aborto é permitido?

7 - Quais são os principais argumentos de quem defendem o aborto?

8- Você conhece alguma forma de abortar? Explique.

54
Unidade 12 - Família

1 - Para você, o que é família?


2 - Quais são os objetivos de uma família?
3 - Qual é a importância da família?
4 - Qual é a personagem principal da sua família? Por quê?
5 - Como a família nuclear é constituída?
6 - Hoje em dia, a distribuição de tarefas é a mesma da família nuclear?
Explique.
7 - Como é formada a sua família?
8 - Na sua opinião, quais são os principais problemas enfrentados pelas famílias
hoje em dia?
9 - Utilizando a palavra família, elabore um acróstico que descreva as
características da sua família.

Unidade 13 – O casamento

1- No Brasil, que tipo de casamento é permitido?

2 - Dê a sua opinião a respeito dos tipos de casamento:

a) Monogamia
b) Poliandria
c) Poliginia
3 - Que fatores contribuíram para a mulher alcançar o prestígio que tem hoje?

4 - Na sua opinião, quem deve pagar as contas da casa, o homem ou a mulher?


Explique.

5 - Em sua casa, as decisões são tomadas em conjunto?

6 - Você acha importante compartilhar as decisões?

7 - Para você, o que realmente interessa em um casamento?

8 - Você seria capaz de casar por interesse financeiro? Por quê?

55
Unidade 14 – A mídia e sua influência

1- Qual o intuito da mídia de erotizar alguns programas usando cenas de


nudez e sexo?

2 - Você concorda com essa prática?

3 - Na sua opinião, os programas de TV exercem influência no


comportamento dos telespectadores? Comente.

4 - Como é colocada a imagem da mulher na mídia?

5 - O que é ser um telespectador crítico?

6 - Você concorda com os argumentos do autor sobre a banalização do sexo


pela mídia? Exprima sua opinião.

7 - Faça uma relação de programas que você conhece que apresentam cenas
de sexo e sexualidade.

Programa Canal Dia Horário

Unidade 15 – Os ídolos

1 - Na sua opinião, o que é ter um ídolo?

2 - Você tem um ídolo? Quem é ele?

3 - O seu ídolo exerce influência no seu comportamento? Comente.

4 - O ídolo pode atuar de maneira também negativa na vida do seu fã? Como?

5 - Você acha que as pessoas famosas tem a obrigação de ter bom


comportamento? Por quê?

56
Unidade 16 – Variadas opções sexuais

1- Por que existe tanta discriminação em relação às opções sexuais?

2 - Você manteria a amizade com alguém com opção sexual diferente da sua?
Justifique.

3 - Você nota em pessoas de seu grupo de convivência preconceito em relação


aos homossexuais?

4 - Descreva uma situação em que o preconceito aparece.

5 - A nossa sociedade vê da mesma forma o homossexualismo masculino e


feminino? Por quê?

6 - Na sua opinião qual a causa do homossexualismo?

7 - O que é homofobia?

Unidade 17 - Bullying

1- O que é bullying?

2 - O bullying é um fenômeno recente? Explique.

3 - O que leva o autor do bullying a praticá-lo?

4 - O expectador também participa do bullying? Comente.

5- Quais as consequências do bullying para o alvo?

6 - O que é pior: bullying com agressão física ou agressão moral? Comente.

7 - O que é bullying virtual?

8 - Você já sofreu algum tipo de bullying? Comente.

9 - Você já praticou bullying? Comente.

10 - Na sua escola há prática de bullying? Explique.

57
Unidade 18 - Internet

1- Destaque algumas das vantagens e desvantagens do uso da internet.

VANTAGENS DESVANTAGENS

2 - Muitas vezes lemos informações na internet e as reproduzimos por aí. É


possível dizer que tudo o que está na internet é confiável? Explique.

3 - Que tipos de crimes podem ser cometidos na internet?

4 - Marque V ou F.

a) ( ) Devemos dar informações pessoais sempre que conversamos


com um desconhecido para que ele passe a ter mais confiança em
nós.
b) ( ) Muitas pessoas na internet fingem ser outras para praticar
crimes.
c) ( ) Não devemos enviar fotos à pessoas desconhecidas.
d) ( ) Ao receber uma mensagem, temos que responder
imediatamente mesmo que sejam maldosas, assim não nos enviaram
novas mensagens.
e) ( ) Se o computador tiver antivírus instalado, podemos acessar
qualquer tipo de conteúdo sem ter preocupação.

5 - Qual dos riscos da internet é o mais conhecido e mais perigoso?

6 - Você já entrou em chats ou sites de relacionamento? Encontrou algum


dos tipos de pessoas citados no texto. Comente.

7 - Cite algumas medidas que devemos tomar, para não sermos prejudicados
por pessoas maldosas que cometem os crimes virtuais?

8- É comum vermos pessoas que tem entram em sites de relacionamento e


colocam fotos e informações muito pessoais. O que você acha disso?

8-

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Referências Bibliográficas

 SCHNEIDER, Amélia e Correa, Avelino A. Educação Religiosa – De mãos dadas,


6º ano. São Paulo: Scipione,1998.
 SILVA, Antônio de Siqueira e; Bertoline, Rafael. Educação Moral e cívica, São
Paulo: IBEP, 1975
 FÁTIMA, Geo. Apostila Autos papos na escola. Fortaleza. 2008.

 1 SILVA, José Cândido da; SUNG, Jung Mo. Conversando sobre ética e sociedade.
7ª. Ed. Petrópolis: Vozes, 2000.
 SCHWAB, Gustav. As mais belas histórias da Antigüidade Clássica Vol. 1.
Tradução de Hildegard Herbold, Rio de Janeiro: Paz e terra, 1999.
 TELES, Maria Luiza Silveira. Filosofia para jovens e adultos. 14ª Ed. Petrópolis.
Vozes, 1999.
 TELES, Maria Luiza Silveira. Filosofia para crianças e adolescentes. 10ª Ed.
Petrópolis. Vozes, 1999.
 NOGUEIRA, Nonato. Filosofia - Investigando o pensar, 6º ano. Fortaleza:
Edjovem, 2007.
 NOGUEIRA, Nonato. Filosofia - Investigando o pensar, 7º ano. Fortaleza:
Edjovem, 2007.
 NOGUEIRA, Nonato. Filosofia - Investigando o pensar, 8º ano. Fortaleza:
Edjovem, 2007.
 NOGUEIRA, Nonato. Filosofia - Investigando o pensar, 9º ano. Fortaleza:
Edjovem, 2007.
 MORAES, Lidia Maria de e; Andrade, Mariana. Mundo Mágico, 7ª Ed.São Paulo:
Ática, 1991.
 PIRES, Cristina do Valle G.; GANDRA, Fernanda Rodrigues e, LIMA, Regina
Célia Villaça. Adolescência: afetividade, sexualidade e drogas. Vol. 2. 3ª Ed. Belo
Horizonte: Fapi,2002.
 PIRES, Cristina do Valle G.; GANDRA, Fernanda Rodrigues e, LIMA, Regina
Célia Villaça. Adolescência: afetividade, sexualidade e drogas. Vol. 3. 3ª Ed. Belo
Horizonte: Fapi,2002.

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 PIRES, Cristina do Valle G.; GANDRA, Fernanda Rodrigues e, LIMA, Regina
Célia Villaça. Adolescência: afetividade, sexualidade e drogas. Vol. 4. 3ª Ed. Belo
Horizonte: Fapi,2002.
 PIRES, Cristina do Valle G.; GANDRA, Fernanda Rodrigues e, LIMA, Regina
Célia Villaça. Adolescência: afetividade, sexualidade e drogas. Vol. 5. 3ª Ed. Belo
Horizonte: Fapi,2002.
 http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/03_hom_pens_cul.pdf
 http://www.ufrgs.br/bioetica/modvirt.htm
 www.artigos.com/.../a-importancia-da-filosofia
 www.rosangelatrajano.com.br/didatico.html
 horaderelaxar.com.br
 www.miniweb.com.br/cantinho/infantil
 www.bilibio.com.br/
 www.brasilescola.com › Filosofia
 cassandrasilveira.wordpress.com
 http://www.docs-finder.com/sidarta-livro-download-doc.html
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 http://www.metaforas.com.br/metaforas/metaf20010804.asp
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 br.answers.yahoo.com/question/index?qid...
 http://www.prof2000.pt/users/lbastos/os%20perigos%20da%20internet.htm
 http://www.rondoniadinamica.com/arquivo/violencia-bullying-causa-evasao-
escolar-,25666.shtml

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Anexos

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Manutenção vital

Você já fez uma reforma na sua casa? Quem já fez sabe o que isso significa.

Reformar a casa é sempre um transtorno. Tudo fica fora do lugar.


O sofá cede espaço a um monte de areia. Há cimento por toda a parte e o cheiro
de tinta se espalha no ar. De pouco adianta o planejamento e os prazos. Sempre surgem
vazamentos inesperados, serviços mal-feitos e outros imprevistos que aumentam o
orçamento e o tempo para terminar a obra.

Para evitar aborrecimentos, há quem prefira passar a vida sem qualquer


mudança, optando por se acomodar as falhas e imperfeições. Mas quem se aventura a
enfrentar o desafio recebe como recompensa, mais conforto e muito prazer.
Nossa vida é como nossa casa. Um lar que podemos manter como está, ou então,
reformar, aumentar, redecorar, pôr abaixo se for preciso, para reconstruir de um jeito
melhor. Colocar a vida em obras é também um grande transtorno, com um agravamento:
você não pode abandoná-la temporariamente, hospedando-se em outro lugar.
Tem que aprender a conviver com a areia, o cimento, dividir o seu espaço com o
pedreiro, o pintor, a desviar de tijolos, dormir com cheiro de tinta, e trabalhar
normalmente, ao som do martelo e da serra. Como se não bastasse, vai chegar a um ponto
em que, ao contemplar tudo isso, você vai ter a nítida sensação de que a desordem não terá
fim, e amargará o dia em que decidiu abandonar a comodidade do óbvio para buscar novos
horizontes, usando a vocação e os talentos que Deus lhe deu.

Mas, aos poucos, tudo vai tomando forma. O que foi projeto, ganha contornos de
lar resplandecente, novo. Angústias e aborrecimentos ficam no passado e a realidade nova
é digna de se admirar. Por maior que seja a dificuldade de se perseguir um sonho, maior
ainda é a alegria de vê-lo se concretizar.

Autor desconhecido

De graça

Só eu mesmo,
Agora to vestido
Desta etiqueta
Marca
Brasileira
Ou estrangeira
Sem nem entender
Ainda pago
Pra te ter
E vestido, sou propaganda tua
Como me usas e abusas e ousas.

Emílio de Oliveira

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Eu, Etiqueta

Em minha calça está grudado um nome, que não é meu de batismo ou de cartório,
um nome... estranho. Meu blusão traz lembrete de bebida que jamais pus na boca, nessa
vida, em minha camiseta, a marca de cigarro que não fumo, até hoje não fumei.

Minhas meias falam de produto que nunca experimentei, mas são comunicados a
meus pés. Meu tênis é proclama colorido de alguma coisa não provada, por este provador
de longa idade. Meu lenço, meu lençol, meu chaveiro, minha gravata e cinto e escova e
pente, meu copo, minha xícara, minha toalha de banho e sabonete, meu isso, meu aquilo,
desde a cabeça ao bico dos sapatos, são mensagens, letras falantes, gritos visuais, ordens
de uso, abuso, reincidências, costume, hábito, premência, indispensabilidade, e fazem de
mim homem-anúncio itinerante, escravo da matéria anunciada.

Estou, estou na moda! É duro andar na moda, ainda que a moda seja negar minha
identidade, trocá-la por mil, açambarcando todas as marcas registradas, todos os logotipos
do mercado. Com que inocência demito-me de ser Eu que antes era e me sabia tão diverso
de outros, tão mim mesmo, ser pensante sentinte e solitário com outros seres diversos e
conscientes de sua humana, invencível condição.

Agora sou anúncio, ora vulgar ora bizarro, em língua nacional ou em qualquer
língua (Qualquer principalmente), e nisto me comprazo, tiro glória de minha anulação.

Não sou – vê-lá – anúncio contratado. Eu é que mimosamente pago para anunciar,
para vender em bares, festas, praias, piscinas, e bem à vista exibo esta etiqueta global no
corpo que desiste de ser veste e sandália de uma essência tão viva, independente, que
moda ou suborno algum a compromete. Onde terei jogado fora meu gosto e capacidade de
escolher, minhas idiossincrasias tão pessoais, tão minhas que no rosto se espelhavam e
cada gesto, cada olhar, cada vinco da roupa.

Sou gravado de forma universal, seio da estamparia, não de casa, da vitrine me


tiram, recolocam, objeto pulsante, mas objeto que se oferece como signo de outros objetos
estáticos, tarifados. Por me ostentar assim, tão orgulhoso de ser não Eu, mas artigo
industrial, peço que meu nome retifiquem. Já não me convém o título de homem. Meu
nome novo é Coisa. Eu sou a coisa, coisamente.

Carlos Drumond de Andrade

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Isso é contigo

Segundo a narrativa evangélica, após ver Jesus ser condenado, Judas se arrependeu
profundamente. Ele foi ter com os sacerdotes e queria lhes devolver as trinta moedas de
prata que anteriormente tinha recebido. Compungido, afirmou: Pequei, traindo sangue
inocente. Eles, porém, disseram: Que nos importa? Isso é contigo.

A palavra da maldade humana é sempre cruel para quantos lhe ouvem as


criminosas sugestões. O caso de Judas demonstra a inconsequência e a perversidade dos
que cooperam na execução dos grandes delitos.

O Espírito imprevidente por vezes considera e atende conselhos malévolos. Mas,


quando as consequências chegam, ele se encontra solitário. Quem age corretamente
sempre tem companheiros, se suas iniciativas são bem sucedidas, pois são muitos os que
desejam partilhar as vitórias e desfrutar dos sucessos.

Contudo, raramente sentirá a presença de alguém que lhe comungue as aflições


nos dias de derrota temporária. Nesses momentos, somente sua consciência ilibada o
socorrerá. Semelhante realidade induz a criatura à precaução mais insistente.

A experiência amarga de Judas repete-se com a maioria dos homens, todos os dias,
embora em diferentes setores. Há quem ouça as delituosas insinuações da malícia ou da
indisciplina. Seja no trabalho, na vida social ou familiar.

Por vezes, o homem respira em paz, desenvolvendo as tarefas que lhe são
necessárias. Todavia, é alcançado pelo conselho da inveja ou da desesperação e perturba-
se com falsas expectativas. Passa a achar o dever ingrato. Enamora-se de ganhos fáceis,
aventuras inconsequentes ou folgas mais dilatadas. Facilmente se convence de que faz
mais do que o necessário, que é explorado e incompreendido.

Embalado nessas ilusões, consegue argumentos para desertar do dever.


Embrenha-se em labirintos escuros e ingratos, dos quais será muito difícil sair.

Quando reconhece o equívoco do cérebro ou do coração, volta-se para quem o


aconselhou ou instigou. É então que ouve a mesma frase dita a Judas, em seu momento de
desespero: Que nos importa? Isso é contigo.

Convém refletir sobre essa realidade, perante os conselheiros de plantão. Nas


complexas ocorrências da vida, a saída mais fácil raramente é a mais honrosa. Contudo, o
caminho do dever é o único que pode ser trilhado em paz. Pouco importa que os outros
aconselhem ou façam o contrário.

A responsabilidade pelo que se faz é pessoal e intransferível. Pense nisso.

Com base no cap. 91, do livro ?Pão Nosso?, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco
Cândido Xavier, ed. Feb.

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Sucesso

Há ao menos duas maneiras básicas de conseguir sucesso na vida.

Ou você possui um talento excepcional em alguma área de atividade e explora isso,


ou você segue o caminho comum e correto de disciplina, estudo, esforço, humildade,
privações e trabalho para conseguir o que deseja.

Em qualquer uma delas, não existe sonhos se realizando da noite pro dia.
Nenhuma árvore nasce, cresce e oferece frutos instantaneamente. Tudo demanda
trabalho, paciência e dedicação. E também não existe sorte. O que existe é estar no lugar
certo, na hora certa - mas não por coincidência, mas por estar ativo no jogo! Não existe
essa estória de marcar um gol estando no banco de reservas.

Você tem que estar em campo, chamando o jogo pra si, tomando a
responsabilidade: a responsabilidade por si próprio, de quem faz a própria vida, e de quem
não espera, mas faz acontecer.

Augusto Branco

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