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A dramatização como

proposta de ensino
para uma
conscientização
empreendedora na

pré-escola
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A dramatização como proposta de ensino
para uma conscientização empreendedora
na pré-escola
Esta prática pretende responder a dois questionamentos: “O que pode estar nas entrelinhas de uma
simples atividade como dramatizar histórias em sala de aula?”; e “O que podemos extrair desse
tipo de atividade?”.
Utiliza-se a dramatização como ferramenta pedagógica na sala de aula para enfatizar diversas
atividades interdisciplinares e ampliar o universo linguístico e artístico dos alunos da Educação
Infantil, constituindo várias temáticas para exploração da oralidade, da escrita e da expressão
artística, além de apresentar a conscientização empreendedora por meio da atitude das
personagens.
Ficha técnica
Quando:
A qualquer momento do ano letivo.

Materiais:
 livros de histórias;
 figurinos para apresentação.
Habilidades trabalhadas:
EI03EO03; EI03EO06; EI03EF04;
Créditos
Professor(a) responsável:
Edilma Silva Santos.

Escola:
Escola Municipal Deputado Euvaldo Diniz Gonçalves, Areia Branca (SE).
O que é:
Todas as histórias que eu contava para a minha turminha tinham de ser dramatizadas, pois, além
das brincadeiras, essa era a forma de abordagem preferida dos alunos. Nesse processo, passei a
trazê-los para dentro das interpretações, utilizando o recurso como forma de conectá-los às
histórias e gerar maior interesse pelas atividades.
O resultado foi imediato. Bastava eu dizer que iria contar uma história, e já se ouvia: “Chame eu,
tia!”. Outros diziam: “Eu quero ser tal personagem!”.
Então, mesmo que fosse uma história com poucas personagens, eu precisava criar outras para ter a
participação de todos. Muitas vezes, era necessário propor acordos com os alunos que se
destacavam mais, para que eles deixassem os demais também participarem.
Nunca as dramatizações aconteciam numa única aula. Normalmente, duravam em torno de uma
semana. As atividades que os alunos mais gostavam acabavam sendo repetidas ao longo do ano.
Para desenvolver a dramatização da história popular “O Macaco e a Viola”, solicitei aos alunos
que se candidatassem aos papéis e que atuassem de maneira fidedigna em relação a cada
personagem.
Primeiramente, contei a história, desenhando as cenas no quadro. Depois, chamei as crianças para
representarem. Fizemos isso várias vezes durante os primeiros meses do ano letivo.
Nessa dramatização, às vezes, eu não contava a história pelo início. Pulava algumas partes e
passava para uma cena específica.
Nas situações em que eu, por esquecimento, deixava de fazer, no quadro, o registro sobre os
“donos” das personagens, logo os alunos, sempre atentos, vinham me lembrar.
E, quando algum deles estava ausente, logo alguém se manifestava: “Fulano faltou hoje, tia! Eu
faço o papel dele!”
Outro fato interessante era a facilidade que as crianças tinham para usar qualquer coisa em
substituição a um objeto necessário para a peça. Pegavam, por exemplo, um pincel grande para ser
o facão do homem da carroça, um monte de lápis para a lenha ou ainda uma das mochilas como
cesto.
Nessas apresentações, as crianças utilizavam a própria fala, sem ter de decorar o texto escrito por
mim. Falando tudo do jeitinho delas, conforme as palavras vinham à cabecinha.
Além de trabalhar a coordenação motora, usei outros recursos para o ensino, como sequência
lógica, dinheiro, instrumentos musicais, alimentação e conhecimentos sobre os diferentes animais
e seus hábitos. Também abordei o tempo, falando sobre os períodos do dia: manhã, tarde e noite.
Quando percebi o maior interesse dos alunos pelas dramatizações de “O Macaco e a Viola” e
de “Os Três Cabritinhos”, combinei com os alunos apresentá-las também para as outras turmas.
Foi uma euforia só. O auge foi a apresentação que fizemos da peça “O Macaco e a Viola” na festa
do Dia das Mães.
Nesse ponto, começamos a planejar os figurinos e o material de que iríamos precisar para a
apresentação. No dia da festa, as outras crianças ficaram admiradas com a atuação dos alunos,
com a maneira com que se expressavam, cheios de desenvoltura e talento.
Dias depois da apresentação para as mães, o aluno que representou o macaco reclamou que um
primo dele, também aluno da escola, embora de outra turma, o havia apelidado de “macaco”.
Naquele momento, resolvi falar sobre bullying na escola, chamando também a atenção desse
primo, e explicando a ele que aquela não é uma prática saudável para a vida das pessoas. Assim, lá
se foi mais uma história.
Como fazer:

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