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UNIBRA

Psicologia
Profa. Claudia Gouveia
Bases epistemológicas da Psicologia

ABORDAGENS
3ª força - Psicologia Humanista

O que é Psicologia? Pode ser compreendida como o estudo do potencial humano.

Qual é o objetivo? Desenvolver o potencial humano através do autoconhecimento, de


sua totalidade sempre no contexto humano.

Visão de homem / Premissas:


O homem é mais do que a soma de suas partes.
O homem é livre e responsável por sua escolha.

Teóricos:
Abraham Harold Maslow( 1908– 1970 )
Carl Ransom Rogers (1902 – 1987)

Interlocuções:
SørenAabye Kierkegaard (1813 – 1855)
Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844 – 1900)
Edmund Gustav Albrecht Husserl (1859 – 1938)
Martin Heidegger (1889 – 1976)
Friederich Salomon Perls (1893 – 1970)
Jean-Paul Charles Aymard Sartre (1905 – 1980)
Viktor Emil Frankl (1905 – 1997)

 Início década de 50- 60.


 Desenvolvida na Psicologia Americana.
 Objetivo: Substituir os pensamentos do Comportamentalismo e da Psicanálise.
 Abraham Maslow e Anthony Sutich.

Contribuição do Movimento Zeitgeist:


Termo alemão – Sinais dos tempos.
O objetivo é a criação de uma sociedade global verdadeiramente pacífica, responsável e
sustentável.

É marcada pelo compromisso de mudança social e cultural propondo uma sociedade de


valores mais humanos, menos controladora.

Promover um ser humano livre, autodeterminado no desenvolvimento de suas


possibilidades, mesmo que seja contra todos os dogmas, valores e autoridades.
Temas básicos:
 Ênfase na experiência consciente.
 Crença na integralidade da natureza e da conduta do ser humano.
 Concentração no livre-arbítrio, na espontaneidade e no poder da criação do
indivíduo.
 Estudar temas relevantes à condição humana.
 Abordar a Psicologia a partir do prisma da saúde e do crescimento psicológico.

Abraham Maslow (1908 – 1970)


• Nascido nos EUA.
• O mais velho de 7 filhos.
• Pais imigrantes da Ucrânia.
• “Tive uma família deprimente e minha mãe era uma criatura horrível.” (Schultz,
2008: p.290)
• Pai: “Ele amava uísque, mulheres e brigas.” (Schultz, 2008: p.290)
• Mãe: Supersticiosa, punia-o. Favorecia os irmãos mais novos. Golpeou as
cabeças dos gatos contra a parede.
• Na escola - criança sofria por demonstrações de antissemitismo pelos colegas.

• Na vida adulta se reconciliou com o pai, mas recusou-se ir ao funeral da mãe.


• Tinha um físico esquelético e grande nariz.
• Cursou direito para agradar o pai.
• Casou-se com a prima Bertha Goodman contra a vontade do pai.
• 1930 – Cursou psicologia – Mestrado, doutorado e pós-doutorado.
• QI – 195 (genialidade)
• Assumiu cargos de docente, assistente e diretor.
• Tinha saúde debilitada.
• 1941 – Ataque Japonês a base naval Pearl Harbor no Havaí.
Decidiu desenvolver uma Psicologia que pudesse tratar dos mais elevados ideais
humanos.
Trabalharia para aprimorar a personalidade humana e demonstrar que as
pessoas são capazes de exibir comportamentos melhores que o preconceito, o
ódio e a agressão. (Schultz, 2008: p.292)
• 1961 – Contribuiu para a criação do Jornal de Psicologia Humanista e da
Associação Americana de Psicologia Humanista.
• 1967 – Presidente da Associação Americana de Psicologia (APA).
• 1970 – Falece após um ataque cardíaco.
• 1971 – A APA cria uma divisão dedicada a Psicologia Humanista.
Teoria da Motivação humana:
• Conjunto de necessidades que se relacionam entre si numa hierarquia de
prepotência.
• O conjunto mais preponderante monopoliza a consciência e tende a recrutar
recursos do organismo para autorrealizar.
• Hierarquia das necessidades:
• Ao nascer somos dotados destas necessidades, os comportamentos que
efetivamos para satisfazê-la são aprendidos, e desta forma de modo bastante
particular.

Características das necessidades:


• Quanto mais inferior ela for na hierarquia, maiores serão seu poder, sua força e
prioridade.
• As superiores são as mais fracas.
• As superiores surgem mais tarde na vida.

CORRESPONDÊNCIA:
As fisiológicas e de segurança emergem na infância;
As de afiliação e de estima aparecem na adolescência;
As de autorrealizações apenas na meia idade.
(Schultz; Schultz, 2008: p.293).

Carl Rogers (1902-1987)

• Nasceu nos EUA.


• O quarto de seis filhos.
• Pais religiosos e afetuosos.
• Descreveu sua infância e adolescência sendo em função das determinações de
outras pessoas, sem desejos e visão de mundo particular.
“Todos os filhos entendiam que eles não dançavam, jogavam baralho, iam ao cinema,
fumavam, bebiam ou mostravam qualquer interesse sexual.”
(Rogers, 1967: p.344, apud Schultz, 2008: p. 314-315)

• Tinha pouca vida social.


• Autodescrição: “tímido, solitário, sonhador e perdido em fantasias.”. (Schultz;
Schultz, 2008: p.315).
“Ao olhar para trás, percebo que meu interesse em entrevistar e em fazer terapia
certamente originou-se em minha solidão anterior. Aqui havia uma maneira socialmente
aprovada para chegar realmente perto do indivíduo e assim saciar a fome que eu,
indubitavelmente, sentia.”
(Rogers, 1980: p.34, apud Schultz; Schultz, 2008: p. 315.).

• Aos 12 anos foi morar na fazenda.


• Experiências com borboletas noturnas.
(Livro: Tornar-se pessoa – Carl Rogers, 1997.)
• Ingressou no curso de agricultura.
• Migrou para estudar ministério – teologia.
• Formou-se em Teologia. (Fadiman; Frager, 1986: p.223).
• Casou-se com uma amiga de infância.
• Lecionou em filosofia da educação. – Despertou a prática de escuta à criança.
• Estudar Psicologia.

ATITUDES FACILITADORAS:
 Congruência ou Autenticidade:
“Congruência” foi o termo a que recorremos para indicar uma correspondência mais
adequada entre a experiência e a consciência”. (ROGERS, 1977: p.291, apud Fonseca,
2009: p. 9).
Ser congruente é aceitar ser o que se é e o que se sente.
Ser congruente é haver aproximação entre o eu real (experiência vivida) e o eu ideal
(imagem do eu).

 Consideração Positiva Incondicional:


Aceitar não é julgar, interpretar ou explicar, mas compreender.
É ter uma atitude de total disponibilidade, de acolhimento, numa palavra, de
escuta integral. Escutando o outro compreendê-lo-ei, participarei nos seus
sentimentos e no seu ponto de vista sem o avaliar ou julgar e, portanto, sem me
confundir com ele.
(ROGERS, 1977: p.153, apud Fonseca, 2009: p. 9).

 Compreensão Empática:
Etimologia do latim comprehensio.
Colocar-se na situação de outrem, sentir o que ele sente, colocar-se no seu ponto de
vista.
“Compreender outra pessoa, penetrar inteiramente, completamente e com simpatia no
seu quadro de referência. É mesmo uma coisa muito rara”. (Rogers, 1977: p. 30, apud
Fonseca, 2009: p. 9.).

REFERÊNCIAS:

FADIMAN, J.; FRAGER, R. Teorias da Personalidade. São Paulo: Ed. Harbra, 1986.
SCHULTZ, D.P.; SCHULTZ, S.E. Teorias da Personalidade. São Paulo: Cengage
Learning, 2008.

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