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Heteronomia, o que é?

Conceito e
diferenças entre autonomia e anomia
Heteronomia vem do latim e do grego, e é o exato oposto de autonomia. Ou
seja, quando ele não tem decisão ou opinião próprias.

porSegredos do Mundo

A palavra heteronomia, como muitas outras da nossa língua portuguesa,


se originam do grego ou do latim. Dessa forma, podemos entender seu
significado apenas pela composição. Por exemplo, “hétero” pode se
traduzir como “diferente” e “nomia” se traduz por “regras”.

Ou seja, são regras criadas por outros meios, que não o “eu”, são muitas as
vezes regras sociais, tradições ou até influências religiosas. Como
resultado disso, a tomada de decisões desses indivíduos se dá por
influência externa, e não por ele próprio. Portanto, criando condições de
obediência e conformação, acreditando que tudo aquilo que está em vigor,
é indiscutivelmente correto.

Dessa maneira, Jean Piaget, um estudioso psicólogo suíço, determinou um


importante fato para se reconhecer a heteronomia, a rigidez. Basicamente,
o indivíduo em condição de heteronomia, não consegue analisar os meios,
os motivos e as intenções das ações, mas apenas se a ordem foi cumprida
ou não.
Heteronomia x Autonomia

Heteronomia - O que é e relação com autonomia e anomia

Já em contrapartida, a autonomia consiste na habilidade de se determinar


leis ligadas ao seu modo de agir. Dessa forma, o indivíduo não está
ausente de influências externas, porém é capaz de analisar e julgar as
regras impostas.

Assim, a motivação e intenção de uma ação é levado em consideração.


Portanto, como na justiça, se a atitude foi oposta a uma regra, porém com
resultado justo, a situação é validada.

Com isso, temos um sujeito que é motivado por leis próprias, podendo ser
diferente das outras, mas que não as torna incompatíveis.
Anomia

Além da heteronomia e autonomia, existe também a condição de anomia.


Basicamente, a anomia se configura num estado de ausência de regras,
em que a pessoa ignora o controle social imposto sob aquele meio.

Podemos citar as sociedades anárquicas, pois essas deixaram de seguir as


regras morais e sociais, para se tornar anômicas.

Além disso, temos exemplos citados por Jean Piaget. Segundo ele, uma
criança ao nascer, ainda não possui capacidade mental para distinguir
conceitos sociais. Portanto, o bebê age simplesmente de acordo com suas
necessidades. Em seguida, com as influências sociais, a criança passa a
agir de acordo com a aprovação de seus pais e professores, configurando
uma heteronomia. Para por fim, com seu desenvolvimento e
entendimento moral, a pessoa pode chegar na autonomia, ou continuar na
heteronomia.

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