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1ª Semana
Aula 1 18/08/2023
O Estado só pode impor leis até onde exercer a soberania.
Se estivermos num local isolado e o Estado não conseguir chegar até nós, a lei nacional não se
pode aplicar.
As leis são um instrumento mediador entre os princípios básicos e um eventual conflito no dia
a dia. O problema é que não há uma só solução.
Só que as leis não valem por si só. Quem decide o litígio é o juíz.
A norma é uma forma que o Direito encontrou para solucionar casos concretos.
Por mais claro que seja a lei nem todos a entendem da mesma forma!
Aula 2 21/09/2023
Exemplo da Ilha: trocamos opiniões (cada um é livre de o fazer, valorizando a opinião de todos)
Valor: geralmente tomamos uma decisão de acordo com a maioria.
ou
Utilizamos a lei da força (o mais forte vence).
É difícil de haver unanimidade (quando isso acontece denomina-se revolta passiva).
Os chefes podem criar uma punição (tem que haver limites que não podem ser
ultrapassados). Nesse momento há justiça ou falta dela.
Há o reconhecimento de determinados valores, isto é, de princípios básicos: Igualdade
(a opinião de todos vale o mesmo), liberdade (cada um é livre de expressar a sua
opinião), e solidariedade (repartição dos bens escassos). Estes princípios básicos
devem ser tomados em consideração no estabelecimento de regras.
As normas preveem os litígios que irão surgir.
O nosso conceito de Direito assenta no que se chama a jurisprudência dos princípios.
Todas as normas são baseadas nos princípios fundamentais do Direito.
Funções do Direito
Valores extralegais ou supra positivos: são valores que estão para além da lei (ex: a
escravatura nega os valores básicos, mas não está patente na lei). Porém, o facto de
não estar escrito não significa que seja permitido.
Há mais valores na nossa sociedade para além do Direito (valor da amizade, vizinhança
etc…).
Existem, então, valores jurídicos e valores não jurídicos.
Exemplo: caso várias pessoas morram à fome e seja a escravatura seja permitida pelo
parlamento para que essas pessoas possam sobreviver, essa lei seria injusta (inconstitucional),
uma vez que priva os outros da sua liberdade.
Um conflito não tem apenas uma forma de ser resolvido, a solução tem haver com a
ideologia do partido político escolhido.
O legislador é o mediador e essa categoria de conflito.
Através das escolhas é possível ver as suas ideologias.
LEITURA PRÉVIA
NOTA: o homem é incapaz de levar uma existência significativa isolado das construções
nómicas (normativas) da sociedade.
5. Noção de Instituição
6. Os papéis institucionalizados
TIPOS DE INSTITUIÇÕES
Aula 3 25/09/2023
Função estabilizadora
A coação é o exercício de uma força/uma sanção para alguém que viola uma norma.
O Direito precisa da coação ou a coação é uma consequência do Direito?
Resposta: Há quem defenda as duas coisas.
O direito é uma forma específica da ordenação da sociedade. Orienta-se pelo bem
maior, isto é, a justiça.
Se o exercício da coação não validar o exercício da justiça então é aplicada a lei da
força.
A coação deve ser: institucionalizada, proporcional e legitimada.
Institucionalizada - o exercício da coação está entregue ao monopólio do Estado. Só o Estado
tem legitimidade para impor sansões a quem quebra as normas.
A autotutela é proibida. Nós não podemos impor sanções.
Legitimada - tem que estar previamente prevista na lei,
É importante para a noção de Direito que as normas estejam em vigor - direito positivo
Para que o direito seja respeitado e seguido por todos tem que haver uma coação para
os infratores.
O poder político é exercido segundo a vontade do povo.
Contudo, não é o facto de sermos maioria que todas as nossa decisões são
legitimadas. Isso não é garantido.
O Tribunal Constitucional tem permissão de aferir se as normas estão de acordo com a
Constituição.
Quando o governo aprova uma lei presume-se que a lei esteja de acordo com a
constituição. Só que se a lei for inconstitucional não pode ser aplicada.
É sim possível haver normas injustas.
A maior fonte do direito é estadual. Há um conjunto de normas jurídicas que não
provêm do Estado - origem não estadual (Artigo 405º CC).
Um contrato é uma fonte de direitos e de obrigações (transferência do direito de
propriedade). Nós celebramos contratos todos os dias e a sua grande maioria não têm
fonte estadual.
Há normas jurídicas que têm origem em relações jurídicas entre Estados.
Muitas normas do Direito internacional Público provêm do costume.
LEITURA PRÉVIA