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Estoque de Medicamento
Estoque de Medicamento
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS DE
QUALIDADE NA GESTÃO DE
ESTOQUES EM UMA EMPRESA
DISTRIBUIDORA DE MEDICAMENTOS
avançadas de produção”
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XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
1. Introdução
As ferramentas de qualidade são de suma importância para as organizações e auxiliam na sua
melhoria, nesse sentido, no que se refere a um bom gerenciamento objetivando a lucratividade
e agilidade, o gestor deve estar atento às metodologias que se aplicam para alcançar as metas
planejadas.
Dentre as ferramentas da qualidade que podem ser utilizadas desde pequenas a grandes
empresas, existem o gráfico de Pareto, o diagrama de Ishikawa. Estas ferramentas podem ser
utilizadas com o objetivo de manter a produção de bens e serviços de acordo com as
especificações normativas internas (índices de qualidade) e externas (documentos normativos)
às organizações (CUSTODIO, 2015; MARSHAL JUNIOR et al., 2012).
2. Gerenciamento de estoques
O objetivo do gerenciamento de estoque é garantir que os itens estejam disponíveis no tempo
e quantidade necessária para a produção ou para os clientes. O controle de estoques deve
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possibilitar e definir as melhores maneiras dos itens serem entregues para os clientes
(BALLOU, 2006).
Com a globalização e clientes com muitas informações (portanto, mais críticos), é conclusivo
que um bom gerenciamento fará toda diferença, e arremessará a empresa para o sucesso ou
insucesso, caso não seja adotado novas maneiras de encarar os negócios da empresa.
Por meio de uma boa administração de estoque é possível a otimização de movimentações dos
produtos e da utilização dos barracões e das prateleiras, atendimento mais eficiente, reduzindo
o índice de materiais avariados e veracidade das informações do sistema.
O gestor deve estar bem atento às demandas do mercado, além de também conhecer
tecnicamente os materiais com que se trabalha, assumindo assim atitude racional visando à
lucratividade com estratégias e ferramentas da qualidade, principalmente àquelas simples de
implantação, porém com feedback mensurável para adoção de melhorias. Para Slack,
Chambers e Johnston (2002), a política de gerenciamento de estoques depende de variáveis de
decisão que podem atingi-lo positivamente ou não.
Para saber quanto e quando comprar é essencial o entendimento sobre os custos para se
manter um estoque, resumem-se em três, e que são abordados em cada um deles as suas
prerrogativas: os custos de pedidos ou aquisição, os custos de manutenção e os custos totais
(CHING, 2010).
O objetivo de estudar os custos é verificar qual o ponto de pedido em conjunto aos custos
relevantes, que é o mais viável economicamente, assim, uma metodologia para aumentar a
lucratividade, por meio da redução dos custos. Isto é ilustrado na Figura 1, com a
representação do ponto ótimo para compras.
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Para que haja esta conexão entre um bom gerenciamento focado na eficiência e visando a
lucratividade é necessário acompanhar os passos largos da tecnologia. Ela concederá, se bem
administrada, a visão do todo da empresa, bem como o controle do estoque, verificando os
índices de perdas, obsolescência, avarias e produtos em falta (ARRUDA, 2015).
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Gráfico de Pareto: Peinado e Graeml (2010) citam que este diagrama serve para separar os
poucos problemas vitais dos muitos problemas triviais. Por meio de fatores eleitos, 20% dos
problemas vitais correspondem a 80% dos triviais da empresa, ou seja, focalizando na
resolução destes 20% dos problemas, serão resolvidos 80% das reclamações.
Curva ABC: Segundo Ching (2010), a curva ABC ditará a prioridade de controle dos
materiais em estoque. Este método é baseado na lógica de Pareto, o item será controlado de
acordo com a análise da curva, logo, cada produto deve ter uma atenção diferenciada. De
maneira geral, 20% dos itens constituem 80% do capital de estoque, e os outros 80% dos itens
constituem somente 20% do valor do estoque. Para realizar este gráfico é necessário
classificar os itens de maior valor até os com valores menores em uma lista (preferivelmente
nesta ordem, mas não se abdicando da forma crescente de valores e itens), multiplica-se a
quantidade com o valor unitário, soma-se os totais acumulados e classifica a porcentagem que
cada um representa (WERKEMA, 2006; CONTADOR, 1998).
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Fluxograma: Segundo Slack, Chambers e Johnston (2002) o fluxograma concede uma visão
geral de como ocorre o fluxo da empresa, mostrando o processo detalhado e ao mesmo tempo
sucinto.
FIFO: First In First Out, ou, em português, Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair. No caso de
uma distribuidora de produtos perecíveis esta ferramenta deve ser observada e aplicada para
que não venha ocorrer obsolescência por falta de organização ocasionada pela carência desse
método (ARRUDA, 2015).
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3. Empresa estudada
A Distribuidora de medicamentos estudada neste trabalho localiza-se no sul do estado de
Minas Gerais, na cidade de Poços de Caldas, estrutura-se em sua matriz 850 m² e mais dois
barracões, com aproximadamente 300 m² e o outro com 200 m². Os Barracões 1 e 2 são
utilizados como os depósitos de medicamentos da distribuidora. A matriz, além de depósito,
também contempla os setores de diretoria, vendas, separação de pedidos e faturamento. A
Figura 2 apresenta o organograma da empresa estudada.
A empresa conta com um software próprio para este segmento de mercado, gerenciando as
movimentações e transportes, conciliando as vendas e todo setor que envolve a empresa, com
gráficos e relatórios. Com os dados obtidos pelo software, foi possível viabilizar as tomadas
de decisões para movimentação de materiais, o qual utilizava de meios para que os setores
pudessem ter uma boa comunicação entre si.
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A entrega dos produtos comprados dos fornecedores era realizada na matriz ou em um dos
barracões. A responsabilidade pela conferência, recebimento, estocagem dos produtos nos
barracões e atualização do sistema era de cinco funcionários.
A empresa era composta por 60 vendedores externos. Após suas negociações com os clientes,
os pedidos eram encaminhados diretamente para a Distribuidora utilizando palmtops. O
atendimento aos clientes também era realizado por televendedores, com 15 colaboradores
neste setor.
A carta de pedidos obtida pelos revendedores chegava ao setor financeiro para realizar a
cotação do preço. Após, a carta de pedidos era impressa, com os seguintes dados para a
separação dos itens: o endereço da seção em que estava o item (barracão e prateleira), o
código do produto, o nome do produto, a quantidade de itens e um código de barras
identificando aquele pedido. Além destas informações a respeito do pedido, apresentavam-se
as informações do cliente: código, nome da razão social, cidade e estado de localização do
cliente, quantidade de volumes e a sua razão social com seu Cadastro Nacional da Pessoa
Jurídica (CNPJ).
Dois funcionários conferiam lotes e validades dos itens do pedido. Com a leitura dos códigos
de barras, o programa acusava caso o produto estivesse com a validade vencida. Se houvesse
algum problema, o operador deixava ciente o supervisor que tomava as previdências para que
o pedido chegasse às condições perfeitas para o cliente, e o pedido era embalado.
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Para realização deste trabalho foram analisadas as atividades desenvolvidas na matriz e nos
barracões da distribuidora de medicamentos, entre eles: foram utilizados os dados do estoque
de medicamentos na matriz e nos barracões fornecidos pelo software WMS RX; os dados das
reclamações dos clientes por conta das anormalidades dos pedidos foram obtidos por meio do
SAC; a experiência dos funcionários da empresa (separadores, conferentes, faturistas,
televendedores, vendedores, supervisores, gerentes e diretores) foi utilizada para obter dados
referentes aos problemas e dificuldades encontrados por eles.
Neste período foram observados reuniões entre diretores e os funcionários, os quais relatavam
as dificuldades e problemas encontrados por eles na execução de suas tarefas. Além disso, os
dados de reclamações dos clientes (via SAC) por conta das anormalidades nos pedidos
também foram estudados.
Os relatórios gerados pelo software WMS RX, foram utilizados para saber as divergências
entre os seus dados e os que eram realizadas checagens do estoque físico concomitante àquele
como no sistema. Estas checagens eram realizadas pelos supervisores do estoque.
O Gráfico de Pareto foi utilizado para isolar o principal problema da empresa (o qual
apresenta maior porcentagem em relação aos demais). Após isto, foi proposto o Diagrama de
Ishikawa para colocar as causas deste problema.
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4. Resultados
A seguir serão apresentados os resultados obtidos por meio do estudo de caso na empresa
Distribuidora de medicamentos. Os resultados (problemas encontrados na distribuidora de
medicamentos e os problemas relatados pelos clientes) serão seguidos pelas discussões
(propostas de melhorias para cada um dos problemas).
Sendo a divergência entre os dados do estoque real diferentes dos fornecidos pelo software, a
padronização das atividades na gestão do estoque e a adoção da Curva ABC (Figura 3) foi a
sugestão dada à diretoria para empresa para resolução deste problema. Além da Curva ABC,
foi proposta a adoção de um fluxograma padronizando a contagem dos itens de todas as
seções do estoque (Figura 4).
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Fonte: do Autor
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Fonte: do Autor
A proposta de melhoria para os lotes incorretos, além das devidas análises citadas, a
implantação de treinamentos com foco na qualidade do serviço prestado, além do próprio
operador ser motivado para fazer parte daquela seção, delegando a responsabilidade àquele
separador pelo medicamento enviado daquele ponto de trabalho, aumentando assim os níveis
de confiabilidade dos produtos enviados.
5. Conclusão
O segmento de mercado do presente trabalho apresenta forte concorrência e alta
competitividade, a qualidade do produto ou serviço, já não são diferenciais, e sim,
obrigatórios. A revisão do processo de gestão gerou grande empenho por toda empresa, pois
estas revisões acarretaram muitas mudanças.
Neste estudo de caso, analisou-se que importantes questões de controle de estoque não são
aproveitadas. A empresa adotou o software WMS RX, porém, com a falta do controle de
estoque, o sistema não era abastecido corretamente, gerando informações falsas a todo o
sistema.
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Assim sendo, relacionando o estudo de caso com a revisão de literatura abordada, notou-se
que problemas evidenciados por clientes ou mesmo colaboradores da empresa, que forem
sanados, geraram impactos positivos na gestão do estoque da Distribuidora.
REFERÊNCIAS
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