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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CURSO: BACHARELADO EM BIOMEDICINA

DISCIPLINA: PRÁTICAS EM BIOMEDICINA II

RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS

ALICE SILVA MENDES

BRENDO IGOR RODRIGUES DE ARAUJO

MARISTELLA PEREIRA DOS SANTOS

LARISSA DE SOUSA LIMA CONCEIÇÃO

PARNAÍBA – PI

DEZEMBRO/2016
ALICE SILVA MENDES

BRENDO IGOR RODRIGUES DE ARAUJO

MARISTELLA PEREIRA DOS SANTOS

LARISSA DE SOUSA LIMA CONCEIÇÃO

RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS

Relatório apresentado à disciplina


Práticas em Biomedicina II ministrada
pela Prof. Dra. Anna Carolina Toledo da
Cunha Pereira, que será utilizado como
modo de avaliação.

PARNAÍBA – PI

DEZEMBRO/2016
SUMÁRIO

AULA PRATICA I: MEIOS DE CULTURA – TIPOS DE PREPARO ..........................................4


AULA PRATICA II: TECNICAS DE INOCULAÇÃO DE MICRORGANISMOS EM MEIOS DE
CULTURA.........................................................................................................................10
AULA PRATICA III: COLORAÇÃO DE GRAM .....................................................................15
AULA PRATICA IV: ANTIBIOGRAMA ................................................................................19
PARTE I: PREPARAÇÃO DO ANTIBIOGRAMA ................................................................. 20

PARTE II: LEITURA DO ANTIBIOGRAMA........................................................................ 21

AULA PRATICA V: IDENTIFICAÇÃO DE PORTADORES DO GÊNERO STAPHYLOCOCCUS.. 25


REFERÊNCIAS ..................................................................................................................29
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CAMPUS MINISTRO REIS VELLOSO – CMRV PARNAÍBA
PROFESSOR: ANNA CAROLINA TOLEDO DA CUNHA PEREIRA
CURSO: BIOMEDICINA
DISCIPLINA: PRÁTICAS EM BIOMEDICINA II

MEIOS DE CULTURA: TIPOS E PREPARO


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AULA PRÁTICA I - MEIOS DE CULTURA – TIPOS E PREPARO

INTRODUÇÃO
Os meios de cultura são preparações químicas que possui nutrientes
necessários para que o os microrganismos de determinada amostra biológica
se multipliquem e se desenvolva, facilitando analise e estudo do mesmo tendo
em vista condições como PH, temperatura, umidade, presença ou não de
oxigênio e o nutriente que o microrganismo usará para crescer.
Os meios de cultura podem ainda ser classificados quanto à procedência
dos constituintes em naturais ou complexos, quando usa ingredientes com
composição química não definida, tais como extratos de vegetais (malte,
tomate, amido de tubérculos, peptona de soja) de animais (carne, cérebro,
fígado, caseína.) e de microrganismos (levedura) e artificiais sintéticos ou ainda
quimicamente definidos quando a composição química é conhecida (usados
para trabalhos de pesquisa) e seus componentes servem para suprir as
exigências nutritivas dos microrganismos, em fontes de carbono, nitrogênio,
vitaminas, energia, sais minerais, dentre outros, quando então são conhecidas
as necessidades nutricionais específicas. Quanto à composição química
podem ser simples ou complexos. De acordo com a finalidade bacteriológica ou
micológica os meios especiais podem ser classificados em:
Meios de pré-enriquecimento - são aqueles que permitem a
dessensibilização de micro-organismos injuriados, para amostras que sofreram
algum tipo de tratamento (térmico ou químico). Ex. Água peptonada, caldo
lactosado (isolamento de salmonelas de leite em pó).
Meios de Enriquecimento - quando proporcionam nutrientes adequados
ao crescimento de micro-organismos presentes usualmente em baixos
números ou de crescimento lento, bem como micro-organismos exigentes e
fastidiosos. Esses meios têm a propriedade de estimular o crescimento de
determinados micro-organismos, mas existem alguns que também podem inibir
o crescimento de outros. Ex. Caldo Tetrationato e Selenito-Cistina para cultivo
de Salmonelas (líquidos), Caldo Tioglicolato para Clostridium perfringens.
Diferenciais - quando contém substâncias que permitem estabelecer
diferenças entre micro-organismos muito parecidos, tais como meio de Teague
ou Eosina Azul de Metileno (diferencial para coliformes), Ágar MacConkey para
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a diferenciação de enterobactérias, Ágar sangue, ágar Baird-Parker para


isolamento e diferenciação de cocos Gram positivos (sólidos).
Seletivos - os que contêm substâncias que inibem o desenvolvimento de
determinados grupos de micro-organismos, permitindo o crescimento de
outros. Exemplo: meios com telurito de potássio (para isolamento de
Corynebacterium diphtheriae), ágar Salmonella-Shigella (SS) e ágar
MacConkey, meios com sais biliares e verdes brilhantes para isolamento
seletivo de Salmonella, meios com 7,5% de cloreto de sódio, meio Baird-
Parker, para Isolamento de Staphylococcus aureus, meios com antibióticos
para isolamento de diversos micro-organismos (TSC, SFP, meio de Blaser,
meio de Skirrow). A maioria deles é também diferencial, permitindo diferenciar
as colônias (sólidas) dos micro-organismos.
Meios de triagem - meios que avaliam determinadas atividades
metabólicas permitindo caracterização e identificação perfunctória ou
presuntiva de muitos micro-organismos.
Identificação - prestam-se para a realização de provas bioquímicas e
verificação de funções fisiológicas de organismos submetidos a identificação
(meios Oxidação/Fermentação, Ágar Citrato, Caldo nitrato, meio semi-sólido,
caldo triptofano, meio de Sulfito Indol, Motilidade).
Contagem - empregado para a determinação quantitativa da população
microbiana (Agar de Contagem em Placas, TSC, Agar Batata Dextrose, Ágar
Baird-Parker).
Estocagem ou manutenção- utilizados para conservação de micro-
organismos no laboratório que garante a viabilidade de micro-organismos (Ágar
Sabouraud, Meios com leite, Ágar suco de tomate, Ágar sangue, Ágar Simples,
meio semi-sólido.
A simples observação de caracteres morfológicos não é suficiente para a
identificação e classificação dos micro-organismos. Para isto lançamos mão da
análise de uma série de características destes como: características
bioquímicas, sorológicas, de patogenicidade. O estudo destas características
está na dependência do micro-organismo que se pretende identificar.
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OBJETIVOS
 Preparar um meio de cultura a com o Agar nutriente, armazenar de
forma correta o meio de cultura e realizar teste de esterilidade do meio
de cultura recém-preparado, bem como conhecer e discutir a aplicação
dos diversos tipos de meios.

MATERIAL E EQUIPAMENTOS

 Meio de cultura Agar nutriente


 Agua destilada
 Balança
 Proveta
 Agitador magnético
 Gaze e algodão
 Luvas
 Erlenmeyer
 Papel madeira
 Barbante
 Autoclave
 Placas de petri
 Geladeira
 Estufa
 Papel toalha
 Capela de fluxo laminar
 Prato de pesagem
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METODOLOGIA

Fez-se a leitura na bula do ágar nutriente, para discernir quanto de


soluto e de solvente deveria ser utilizado. Como foram usados 200 ml de água
destilada e a bula indica o uso de 28mg usar 1000 ml, usando uma regra de
três simples calculou-se que a quantidade necessária para se fazer uma
solução com a água destilada seria de 5,6mg como mostrado na figura 1.

28𝑚𝑔 1000𝑚𝑙
=
𝑥 200𝑚𝑙
5600 = 1000𝑥
𝑥 = 5,6 𝑚𝑔

Figura 1: cálculos da solução.

Utilizamos a balança analítica para pesar o ágar em pó na quantidade


calculada e com a proveta medimos 200 ml de água destilada que foram
depositados no erlenmeyer.
No Erlenmeyer a água e o ágar foram misturados para formar uma
solução amarelada. A solução foi levada para o agitador magnético, para
facilitar a diluição do ágar foi colocada dentro do erlenmeyer uma bailarina. A
solução foi agitada por aproximadamente 5 minutos e após ser retirada do
agitador foi tampada com gaze e algodão enrolada com papel amarrado com o
barbante, em seguida foi levada até a autoclave que já estava aquecida. O
erlenmeyer permaneceu na autoclave durante 15 minutos numa temperatura
de 121°C por 1 atm. Ao ser retirado da autoclave, esperamos alguns minutos
para que a solução esfriasse e pudesse ser manipulada.
Em seguida, o erlenmeyer foi levado o fluxo laminar, primeiramente com
a luz ultravioleta por cerca de 15 minutos para garantir a esterilidade da
solução. Após isso, foram colocadas 10placas de petri abertas para receber a
solução retirou-se a gaze e o algodão do erlenmeyer, nas placas foram
despejados a solução de ágar nutriente aos poucos e com cuidado para
garantir que ficasse de forma homogênea em toda placa e uma dessas placas
foi marcada para ser a placa usada no teste de esterilidade. Observa-se que a
solução endureceu rapidamente pela exposição à temperatura.
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A placa de petri de teste de esterilidade foi deixada incubada em uma


estufa a 37°C para seguir com o teste, as outras 9 foram para geladeira.

RESULTADOS
Durante a aula foi discutido a importância da preparação do meio de
cultura, o resultado do teste e a preparação de meio de cultura ágar nutriente
distribuído em 10 placas de petri, onde uma foi usada para o teste de
esterilidade da solução, foi observado que não houve crescimento no meio
para esse teste.

CONCLUSÃO
Os meios de cultura preparados de maneira correta são importantes na
identificação que garante na qualidade de todo o procedimento é de suma
importância para um laboratório.
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DISCIPLINA: PRÁTICAS EM BIOMEDICINA II

TÉCNICAS DE INOCULAÇÃO DE MICRORGANISMOS EM MEIOS DE


CULTURA
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AULA PRÁTICA II: TÉCNICAS DE INOCULAÇÃO DE MICRORGANISMOS


EM MEIOS DE CULTURA

INTRODUÇÃO

As técnicas de inoculação são métodos pelo qual se transfere inóculos


bacterianos de um meio de cultura ou material a ser analisado (secreções,
alimentos) a outro meio de cultura, para garantir que apenas o microrganismo
desejado seja inoculado. A obtenção de uma cultura pura a partir de uma
cultura mista denomina-se isolamento, conseguido através da semeadura dos
microrganismos na superfície de meios de cultura sólidos em placas de Petri, o
que permitirá a formação de colônias (que são populações isoladas que)
crescem na superfície destes meios, em meio semi-solido que possui em sua
composição uma pequena quantidade de ágar acondicionados em tubos de
ensaio, e de possível observação de motilidade bacteriana, em meio liquido
que são chamados também de caldo simples, feitos em tubo de ensaio e muito
utilizados em meios de enriquecimento bacteriano. O crescimento significará o
desenvolvimento de uma população a partir de uma ou algumas células. Este
poderá ser evidenciado a olho nu, sob a forma de turvação (em meio líquido)
ou formação de colônias quando em meio sólido.

OBJETIVO

 Realizar de forma correta a inoculação nos diferentes meios (liquido,


solido e semissólido) para que não houvesse contaminação.

MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

 Lamparina
 Placa de petri com meio de cultura
 Agulha de níquel cromo
 Alça de platina
 Tubos de ensaio com meios de cultura
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 Tubo com bactéria Escherichia coli

METODOLOGIA

TECNICA I: MEIO LIQUIDO

Inicialmente foi flambada a alça da lamparina para fazer a esterilização, foi


colocada a alça próximo da chama para esfriar, evitando a contaminação pelo
ar ambiente, logo após foi esterilizada a boca do tubo de E. Coli e feito com um
repique que é a passagem do caldo nutriente, a alça foi direcionada até o fundo
do tubo com caldo e foi agitada com movimento de vai e vem liberando a
amostra. A alça deve ser esterilizada no fim do processo.

TÉCNICA II: MEIO SEMI SOLIDO

Mergulhou-se a agulha no tubo com cultura bacteriana, após ser


esterilizada, em seguida a agulha que contem a amostra foi inserida no meio
semissólido tendo cuidado de não encostar-se às paredes do vidro. Depois a
agulha foi retirada e esterilizada O crescimento bacteriano nesse tipo de meio
pode ser observado de duas formas: Se a bactéria inoculada for imóvel, ela irá
crescer onde ocorreu a injeção da amostra e irá morrer quando os nutrientes
do local acabarem. Se a bactéria for móvel, o crescimento poderá ser
observado como rastro em outras áreas do ágar, por conta da procura de
nutrientes, quando estes estiverem acabado no local da injeção.

TÉCNICA III: MEIO SOLIDO (ÁGAR INCLINADO OU RAMPA)

Foi feito a esterilização da alça de platina e após esfriar foi mergulhada


no tubo de cultura bacteriana para ser repicado na amostra. Em seguida a alça
deve passar pelo tubo sem encostar-se às paredes do vidro chegando até o
ágar fazendo estrias em zig zag de baixo para cima. Ao final da inoculação a
alça foi esterilizada novamente.
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TÉCNICA IV: EM MEIO SOLIDO PLACA DE PETRI – TÉCNICA DE


ESGOTAMENTO

Primeiramente foi feita a esterilização da alça e esperou esfria-la perto


da chama, depois introduziu-se a alça no tubo de E. Coli. Em seguida foi feito
estrias na placa que estava divida em três partes.

Na primeira inoculação foi feito movimentos de estrias no ágar ate o


meio da placa. A alça foi esterilizada e sem pegar mais amostras puxou-se a
porção já inoculada para outra direção. Repete- se o mesmo processo de
flambar e estriar em outro sentido da placa, resultando ao final três inoculações
diferentes em sentidos opostos com o aproveitamento de toda a superfície da
placa. Essa técnica se trata de esgotamento de amostras feito pelo isolamento
de colônias da amostra facilitando o estudo da morfologia. Após todo o
processo dessa técnica foi feita a esterilização da alça e os meios foram
colocados na estufa de 37° C.

RESULTADOS

As técnicas de inoculação tem uma grande importância no contexto


laboratorial no diagnóstico bacteriológico, onde cada técnica é utilizada no
intuito da identificação bacteriana, sendo um passo inicial na classificação e
caracterização dos microrganismos. Os tipos de meio de cultura tem uma
particularidade ímpar nesse processo. A inoculação do meio sólido em tubo
inclinado foi visto que no tracejo realizado, um crescimento bacteriano nos
dando informações importantes neste tipo de inoculação. A inoculação em
meio em caldo foi notada um aspecto turvo do meio de cultura, detectando um
crescimento de bactérias. No meio semissólido, onde as bactérias imóveis
apenas crescem no tracejo da perfuração feita pela agulha, as bactérias
móveis formam estrias transversais a linha de corte longitudinal, onde pôde
observar essa motilidade bacteriana a essa linha feita pela agulha, em busca
de outros ambientes que seja nutricional para a ela, foi notado também que, a
placa de inoculação apresentou colônias isoladas, sendo uma ou três colônias
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para posterior estudo. Importante ressaltar que, todas as técnicas de


inoculação, foram feita com a bactéria E. Coli.

CONCLUSÃO

Concluímos que, as técnicas de inoculação é instrumento necessário e


essencial para realização de um diagnóstico bacteriológico, onde é nessa
primeira etapa que se podem tirar algumas conclusões a respeito da patologia
microbiológica bacteriológica. Onde se promove uma correta efetivação de um
laudo inicial e confiável.
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COLORAÇÃO DE GRAM
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AULA PRATICA III – COLORAÇÃO DE GRAM

INTRODUÇÃO

A Coloração de Gram é um importante teste realizado nos laboratórios


de microbiologia, sendo um recurso auxiliar no diagnóstico de doenças
bacterianas. A partir de um determinado perfil tintorial diferencia as bactérias
em dois grupos: Gram positivas e Gram negativas. É considerado um teste
básico da microbiologia, e a partir dela vem todo o diagnóstico, devido ao
grande número de espécies de bactérias existentes e que vai de acordo com
as propriedades da célula bacteriana, levando em consideração a sua
estrutura, os corantes utilizados têm papeis essenciais no êxito dessa prática.
O teste de Gram auxilia muito na identificação do microrganismo, que
proporciona um laudo rápido, eficaz e até conclusivo em um diagnóstico. A
realização da técnica de coloração de Gram é um começo para uma análise e
estudo laboratorial bacteriológica.

OBJETIVOS

 Observar e diferenciar bactérias Gram positivas e Gram negativas


através do método de coloração de Gram.
 Observar as características bacterianas e a classificação levando em
conta a coloração da microscopia de luz.

MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

 Solução salina
 Alça de platina
 Lâminas
 Suporte
 Placas de Petri com meios de cultura e colônias
 Lamparina
 Corante cristal violeta (coloração azul)
 Lugol
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 Solução salina
 Álcool acetona (para descoloração)
 Corante fucsina (coloração vermelha)
 Óleo de imersão
 Microscópio ótico
 Pipeta Pasteur

METODOLOGIA

Pegou-se uma lâmina nova, onde foi escrito o nome do grupo como
identificação. A alça foi esterilizada na chama da lamparina, espera-se esfriar
um pouco, logo após pega se o tubo de solução salina estéril e coloca-se uma
gotinha na lâmina com a alça. Sem seguida coloca-se um fragmento pequeno
da colônia junto a solução salina em movimento elíptico, sempre próximo a
chama para não contaminar com os microrganismos do ar. Após flambar a
alça, ela é guardada no suporte. Passa a lâmina vagarosamente de duas a três
vezes na chama para fixar as bactérias.

COLORAÇÃO
Primeiramente colocou-se a lâmina no suporte, para dar inicio a coloração foi
aplicado o corante cristal violeta, fazendo um pequeno “laguinho” sobre a
lâmina por aproximadamente 1min, logo após observa-se a bactéria. Se for
Gram positiva, o corante atravessa a estrutura da bactéria e cora o citoplasma
dela de azul e se for Gram negativa, o corante vai entrar e corar de azul da
mesma forma.
Após 1min lava-se com água corrente cuidadosamente, e em seguida, é
colocado o Lugol (solução de iodo), o lugol é um mordente, ou seja, um
acentuador da coloração. Aguardou-se 1 min lavou-se com água novamente e
colocou no suporte, logo após a lavagem inicia-se a última etapa é a
descoloração a etapa mais importante da coloração, onde é feita uma lavagem
com álcool acetona por aproximadamente 2 segundos e posteriormente lavado
com água corrente. E para finalizar o uso da fucsina ou safranina por trinta
segundos e logo após lavada com agua.
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Essa etapa é chamada de contra coloração. Somente as Gram


negativas ficam coradas, já que a parede das Gram positivas já está bem
compactada devido à dessecação, depois se passa a lâmina do lado contrário
das bactérias na chama para secá-la, após a secagem a lamina é visualizada
com a objetiva de 100x com o uso do óleo de imersão.

RESULTADOS

A lâmina foi observada primeiramente sem o óleo de imersão, porém


não foi possível conseguir observar com clareza os microrganismos. Então foi
colocada uma gota do óleo de imersão sobre a lâmina para obter uma melhor
visualização e como resultado foi detectada a presença de cocos de coloração
azulada (ou violeta), confirmando que a bactéria em análise é Gram positivo.

CONCLUSÃO

A coloração de Gram é um teste primordial para todas as amostras


com suspeita de infecção por bactérias, pois nela podem-se diferenciar
aspectos morfológicos como sua parede celular e sua forma (cocos, bacilos ou
espirilos). Essa diferenciação guia o microbiologista nos próximos testes que
levam a identificação da bactéria presente na amostra.
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DISCIPLINA: PRÁTICAS EM BIOMEDICINA II

ANTIBIOGRAMA
PREPARAÇÃO DO MEIO DE CULTURA E LEITURA DO TESTE
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AULA PRÁTICA IV – ANTIBIOGRAMA – Parte I e II

INTRODUÇÃO

O antibiograma ou TSA- teste de sensibilidade a antimicrobianos é um


teste microbiológico realizado para avaliar a susceptibilidade ou resistência de
uma bactéria da amostra clínica ou do meio de cultura para saber qual o
melhor antibiótico indicado para o microrganismo, o uso do antibiograma é de
grande importância na prática laboratorial, pois é a partir daí, que as provas
dos testes de sensibilidade são aferidas para posterior tratamento do agente
causador de alguma infecção, o método microbiológico mais utilizado nos
laboratórios para a realização de um antibiograma é o método de difusão em
disco ou método de Kirby & Bauer. Esse método consiste em utilizar meio de
cultura o Ágar Mueller-Hinton, que é o meio de cultura padronizado para o
antibiograma, sabendo do alto crescimento de bactérias, assim adicionado a
uma placa de petri. Após a inoculação da bactéria, o meio com Ágar Mueller-
Hinton é testado fazendo uma leitura de turbidez, de acordo com a escala de
MacFarland, com turbidez correspondente a 0,5 que é a padrão. Com o
antibiograma, o paciente é direcionado a um tratamento específico para o
controle de qualquer infecção.

OBJETIVOS

 Mostrar como é feito o teste de Suscetibilidade aos Antimicrobianos,


pelo método de Kirby-Bauer.
 Comprovar a susceptibilidade de microrganismos a diferentes
antibióticos e explicar os resultados de um antibiograma.
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PARTE I – PREPARAÇÃO DO ANTIBIOGRAMA

MATERIAIS E EQUIPAMENTOS:

 Cultura bacteriana (Escherichia coli) crescida em caldo simples a 37ºC


por 2 horas;
 Meio de cultura - Ágar Mueller-Hinton;
 Swabs estéreis (cotonete de uma ponta)
 Discos de antibiótico: Cefalotina (CFL 30), Ciprofloxacina (CIP 05),
Gentamicina (GEN 120), Teicoplamina (TEC 30);
 Pinça;
 Lamparina
 Estufa
 Régua
 Tabela de sensibilidade (segundo a DME)

PREPARAÇÃO DA AMOSTRA PARA O ANTIBIOGRAMA


Inicialmente faz se a esterilização da alça, em seguida próximo à chama
retira-se colônias de bactérias da placa, posteriormente são inoculadas no tubo
com auxílio da alça de platina. Logo após o tubo deve ser agitado para
homogeneizar a amostra, até chegar ao padrão pela Escala de McFarland
(padrão de turbidez), que é utilizada em laboratórios.

METODOLOGIA

Para a realização do antibiograma, primeiramente foi identificado a


placa, depois inoculado um swab estéril na cultura de bactéria Escherichia coli,
encostando-se à parede do vidro do tubo para escorrer o excesso de líquido.
Em seguida, inoculando no ágar em toda sua extensão, utilizando a técnica de
estriamento para espalhar por toda a placa, este processo foi repetido 6 vezes
pois a quantidade de bactérias na cultura de caldo simples utilizada poderia ser
insuficiente para obter um crescimento ótimo.
Em seguida a placa foi depositada na estufa por 5 minutos a 37ºC, a fim
do meio de cultura secar e as bactérias aderirem ao ágar, logo após é iniciada
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a etapa de inoculação dos antibióticos, foram feitas as escolhas de quatro tipos


de antibióticos disponibilizados na prática para o teste, que são os seguintes:
 Cefalotina (CFL 30)
 Teicoplamina (TEC 30)
 Gentamicina (GEN 120)
 Ciprofloxacina (CIP 05)
Passados os 5 minutos, os antibióticos foram colocados no meio de
cultura com o auxílio de uma pinça esterilizada, com uma distancia de
aproximadamente de 1,5 a 2 cm de cada entre si, pressionando-os levemente.
Depois de concluído o teste a placa foi levada à estufa, de forma que a posição
do ágar ficou para cima e a tampa para baixo por 24 horas.

PARTE II – LEITURA DO ANTIBIOGRAMA

INTRODUÇÃO

É a partir da leitura do antibiograma, que será possível os resultados dos


antibióticos no combate às bactérias, verificando primeiramente a formação de
um halo que é formado pela ação do antibiótico no meio de cultura em estudo.

OBJETIVOS

 Observação da formação do halo de inibição na placa;


 Mostrar como é feita a leitura correta do antibiograma, bem como
a interpretação, usando uma régua para medir o halo de inibição.

RESULTADOS

O teste de suscetibilidade se deu a partir da observação ou não de halos


no local onde o antibiótico foi inoculado, e no local onde houve a formação, os
mesmos foram medidos com o auxílio de uma régua e comparados com a
tabela fornecida de interpretação das zonas de Inibição e Concentração
Inibitória Mínima.
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A sensibilidade da bactéria é mensurada pelo tamanho do halo formado, a


partir deste pode-se afirmar se a bactéria é resistente, intermediária ou sensível
ao antibiótico quando em comparação com a tabela da ANVISA. Os antibióticos
inoculados foram Cefalotina (CFL 30), Ciprofloxacina (CIP 05), Gentamicina
(GEN 120) e Teicoplamina (TEC 30). Pode-se observar a formação de halos,
que foram mensurados, em todos os antibióticos inoculados, houve
sensibilidade aos (CIP 05), (GEN 120), (TEC 30) e resistência a (CFL 30) como
mostrado na tabela 1.
A partir dos resultados obtidos do antibiograma realizado em aula
prática, pode-se observar que a bactéria em questão (Escherichia coli)é
resistente ao antibiótico Cefalotina (CFL 30)e sensível aos antibióticos
Ciprofloxacina (CIP 05), Gentamicina (GEN 120) e Teicoplamina (TEC 30).
Portanto em âmbito clinico, quando um paciente está com infecção pela
bactéria Escherichia coli, dentre todos os antibióticos testados, o Ciprofloxacina
(CIP 05), Gentamicina (GEN 120) e Teicoplamina (TEC 30) são os indicados
para tratamento do paciente.

Na tabela a seguir, são demonstrados os resultados da medição dos halos de


inibição:

Antimicrobiano Código (µg) Diâmetro Resistente Intermediário Sensível


do Halo
(mm)
Cefalotina CFL 30 12 ≤ 14 15-17 ≥ 18
Ciprofloxacina CIP 05 24 ≤ 14 15-17 ≥ 18
Gentamicina GEN 120 17 ≤ 14 15-17 ≥ 18
Teicoplamina TEC 30 21 ≤ 14- 15-17 ≥ 18

CONCLUSÃO

O antibiograma é um teste de suma importância no diagnóstico de


infecções causadas por bactérias, pois ao detectar qual o antibiótico mais
adequado para tratar o paciente, aumentando a especificidade deste, previne-
23

se a baixa da microbiota normal do individuo e a resistência bacteriana que


hoje em dia é um dos maiores problemas enfrentada pelos microbiologistas.
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IDENTIFICAÇÃO DE PORTADORES DO GÊNERO STAPHYLOCOCCUS


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AULA PRÁTICA V - IDENTIFICAÇÃO DE PORTADORES DO GÊNERO


STAPHYLOCOCCUS

INTRODUÇÃO

Os estafilococos são bactérias Gram- positivas esféricas imóveis e não


esporuladas, são piogênicas por excelência podem aparecer de diversas
formas, como células isoladas, em cadeias curtas, ou em forma de cachos
irregulares que se dispõem devido a sua divisão celular, Aeróbios ou
anaeróbios facultativos, catalase positivos. Fermentam a glicose com produção
de ácido, tanto em aerobiose, como em anaerobiose, A grande maioria dos
estafilococos mede de 0,5 a 1,5 μm de diâmetro e são bactérias que tem uma
capacidade de crescer em meios contendo uma grande concentração de sal e
temperaturas que variam de 18ºC a 40ºC. Os estafilococos apresentam
atualmente cerca de 40 espécies e 24 subespécies, sendo muitas dessas
espécies encontradas no homem, fazendo parte de sua microbiota normal e
sendo muito estudada pela observação de muitas doenças.

As principais espécies de estafilococos encontrados em seres humanos


são os Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis e Staphylococcus
saprophyticus. O S. epidermidis é encontrada primariamente como residente da
pele, tendo um baixo potencial patogênico, assim como o S. saprophyticus, que
faz parte da microbiota normal da região peri uretral do homem e da mulher e
da pele. Ao contrário, o S. aureus é um patógeno em potencial e pode ser
encontrado na região da nasofaringe e também nas fossas nasais.

OBJETIVOS

Realizar a identificação de bactérias cocos Gram negativos na microbiota em


aluno da disciplina de Práticas II;
Fazer os testes laboratoriais específicos para a identificação dos estafilococos
na amostra coletada.
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MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

 Swab estéril
 Placa de ágar hipertônico manitol, e ágar DNA.
 Água oxigenada
 Lâmina
 Papel toalha
 Lamparina
 Alça de platina
 Bastão de vidro
 Reagentes para coloração de Gram (cristal violeta, lugol, álcool-
acetona, fucsina).
 Solução de HCL IN

METODOLOGIA

Foram realizados cinco testes para identificação de Staphylocccus da


microbiota nasal.

1º TESTE

Primeiramente foi feita a coleta na narina do doador utilizando um swab


estéril, inoculando na placa com ágar hipertônico manitol um ágar salgado,
sendo um meio seletivo para as bactérias que crescem em altas concentrações
de sal no meio, sendo também um meio diferencial para as bactérias que
fermentam manitol que é uma fonte de carbono, que irá mudar o meio de cor
caso a bactéria inoculada fermente ou não o carbono, esse teste foi feito pela
técnica de esgotamento que é sempre feito perto da chama da lamparina para
evitar contaminações do ambiente. Logo após a Aplaca foi identificada e levada
à estufa por 24h, numa temperatura de 37º.

2 º TESTE

Foi executado o teste de coloração de Gram para confirmação da


presença de cocos Gram positivos.
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3º TESTE

Teste do ágar DNA, feito através da retirada de algumas colônias de


bactérias do ágar hipertônico manitol introduzidas através da alça e inoculadas
em forma de botão no centro do ágar DNA e levado a estufa.

4º TESTE

É o teste da coagulase o mais importante na identificação dos


estafilococos S. áureos em humanos é de maior patogenia. O teste onde são
inoculadas colônias em um tubo contendo plasma e levado a estufa, para
verificar a capacidade de microrganismo reagirem com o plasma formando
assim coágulos.

5º TESTE

O ultimo teste foi da catalase que de suma importância, pois objetiva


diferenciar os gêneros Staphyloccocus (catalase positivo) de Streptoccocus
(catalase negativo). Foi adicionado no centro de uma lâmina de vidro algumas
colônias de bactérias, e uma ou duas gotas de água oxigenada foram
colocadas em cima da colônia para a observação de presença ou não de
colônias.

RESULTADOS

Todas as etapas propostas na identificação da bactéria em discussão


são de grande importância, pelo papel especifico e característico de cada teste
em prol de um diagnóstico conclusivo. No meio de cultura ágar hipertônico
manitol foi observado um crescimento bacteriano bom, apresentado com uma
coloração alaranjado ou amarelado, no teste de coloração de Gram, sendo um
teste confirmativo, observou-se bactérias com aspectos de cocos Gram
negativos, no da catalase deu-se positivo para as colônias presentes na placa
do meio em questão. No momento que goteja a solução de peróxido de
hidrogênio, observou-se a formação de bolhas no meio, que consiste na
degradação do composto em água e oxigênio, por causa da ação da catalase,
sendo mais uma prova de estafilococos.
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No teste da coagulase que é prova conclusiva na identificação de


estafilococos, e a coagulase sendo positivo fecha o diagnóstico de
Staphyloccocus aureus, pois são os únicos que possuem coagulase positivo,
nos oferendo o diagnostico definitivo, o teste da coagulase se deu
negativamente pela ausência de coágulos, no teste da DNAse deu positivo.
Onde nesse processo verifica-se a produção de enzimas DNAse que degrada
DNA no meio. No meio de cultura Ágar DNA, derramou-se gotas de HCL sobre
a placa, e logo em seguida a placa apresentou no centro um meio turvo e
formação do precipitado com um halo, caracterizando DNAse positivo. Com
base nos testes realizados, não foram encontrados bactérias do gênero
Staphyloccocus aureus na mucosa nasal do aluno voluntário dessa prática.

Logo abaixo, o quadro especificando as conclusões gerais:

Espécie Manitol Coagulase DNAse


S. aureus + - +
S. epidermitis - - -f
S. saprophyticus Variável - -

Os testes aqui expostos são indispensáveis na identificação de


bactérias e no diagnostico de Staphyloccocus aureus. Foi analisada a amostra
da mucosa nasal do doador da amostra e constatou-se que as bactérias ali
contidas, não era a referida bactéria Staphyloccocus aureus em estudo, por
conta da negatividade no teste da coagulase.

CONCLUSÃO
Concluímos que a importância da realização desses testes é
complementar para a obtenção do diagnostico preciso e exato, tendo em vista
esses testes como sendo reativos (positivas e negativamente) em várias
espécies, sendo de suma necessidade para que se tenham cuidados
necessários evitando diversos problemas.
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REFERÊNCIAS

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<http://www.centerlab.com/boletim/2009/2009-maio_Antibiograma.pdf>. Acesso
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FARMACÊUTICAS BÁSICA E APLICADA, VOL. 35, NO 2 (2014). Disponível
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MURRAY, P. R.; ROSENTHAL, K.S.; KOBAYASHI, G.S.; PFALLER, M.A.


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OCORRÊNCIA E CARACTERIZAÇÃO DE ESPÉCIES PATOGÊNICAS DO


GÊNERO STAPHYLOCOCCUS. Disponível em: <arca.icict.fiocruz.br>. Acesso
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