Na Constituição Federal Brasileira está previsto o princípio da isonomia, ou seja, o direito à
igualdade entre todas as pessoas. Porém, mesmo com esse importante direito que visa a equidade social, observa-se na sociedade brasileira um enorme estigma acerca das doenças mentais. Tal problemática é fomentada pelo preconceito às pessoas consideradas improdutivas em uma sociedade que hipervaloriza a produtividade laboral e pelos estereótipos reproduzidos pela grande indústria cinematográfica. Em primeiro plano, é importante salientar que a depressão, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, é a segunda maior causa de afastamento de trabalho no mundo. É nesse sentido que o filósofo Mark Fisher elabora em sua obra, "Realismo Capitalista", sobre o fato de que, ao mesmo tempo que o capitalismo gera depressão em massa, ele fomenta o preconceito com os depressivos, fazendo com que sejam vistos pela sociedade como preguiçosos e improdutivos. Além disso, faz-se mister evidenciar o papel da indústria cinematográfica na difusão de estereótipos de que pessoas acometidas por transtornos psiquiátricos são violentas. Um exemplo disso é o filme "Fragmentado" em que o protagonista possui transtorno de múltiplas personalidades. Na trama, ele sequestra mulheres para realizar um sacrifício. Narrativas como essa contribuem ativamente para a exclusão social de pessoas neurodivergentes, fomentando cada vez mais a psicofobia. Faz-se evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas para alterar essa conjuntura. Para que isso ocorra, é dever do SUS (Sistema Único de Saúde) criar o "Psinforma", uma plataforma digital que, por meio de um "site" e aplicativo, seria responsável por informar a população sobre as doencas mentais, a fim ensinar as pessoas a como lidar com os enfermos psíquicos. Com isso, poderia haver, na sociedade Brasileira, uma redução dos estigmas relativos às doenças mentais, bem como a realização efetiva do princípio de isonomia.