Você está na página 1de 5

microbiologia em sorvetes

MICROBIOLOGIA
em sorvetes
O controle microbiológico de sorvetes Introdução
é de fundamental importância e por não
O envolvimento de sorvetes na transmissão de do-
sofrer qualquer processo de cocção ou enças tem sido demonstrado com frequência em países
esterilização após seu preparo final, onde é realizado controle rigoroso de alimentos. Nos
como acontece com outros alimentos, Estados Unidos, pesquisadores relataram um grande
surto de gastrenterite envolvendo 1.790 pessoas que
pode se constituir em um veículo de haviam participado de 14 diferentes banquetes: isola-
disseminação de microorganismos ram Salmonella typhimurium e outros dois sorotipos de
salmonela das fezes de todos os doentes. Estudos epide-
causadores de toxiinfecções. Os miológicos revelaram que o alimento envolvido era uma
SORVETES & CASQUINHAS

sorvetes contêm a flora microbiota dos sobremesa gelada à base de sorvete, produzida por uma
ingredientes utilizados na sua preparação; mesma indústria, e que o ingrediente contaminado com
salmonela era gema de ovo não pasteurizada empregada
aqueles à base de leite e ovos são no preparo do sorvete. Estudos descrevem a ocorrência
potencialmente perigosos à saúde, pois se de 22 surtos de salmonelose no período de 1966 a 1976,
constituem em ótimos meios de cultura nos Estados Unidos, associados à ingestão de sorvetes
caseiros, sendo que S. typhimurium foi a causadora de
para a maioria dos microorganismos, 45% dos surtos. Na Ilha de Trindade, no Caribe, em
incluindo os patogênicos. 1971, ocorreu um surto de febre tifóide, envolvendo

44
microbiologia em sorvetes

132 pessoas, também relacionado à ingestão de sorvetes Intoxicação - Os germes patógenos se multiplicam no
comercializados no país. alimento e formam toxinas. As toxinas são substâncias
Vários são os relatos dos serviços de saúde pública dos nocivas que provocam danos mesmo em pequenas con-
Estados Unidos e Canadá sobre casos de toxiinfecções por centrações. A enfermidade se produz quando se consome
microorganismos diversos, principalmente salmonelas, o alimento, mesmo sem a multiplicação dos microorga-
ligados à ingestão de sorvetes. nismos dentro do organismo.
No Brasil foi relatado, em 1968, a ocorrência de um A principal causa de casos de enfermidades rela-
surto de gastrenterite no Amapá, causado por Salmonella cionadas ao consumo de sorvetes contaminados com
paratyphi C, veiculado por sorvete. Foram identificadas microorganismos ou suas toxinas são, principalmente,
26 cepas de salmonelas, das quais 25 foram isoladas dos as Salmonellas, que causam infecção; Staphylococcus au-
pacientes e uma de leite em pó enlatado, usado na prepa- reus, formadores de toxinas; e, esporadicamente, shigellas
ração do sorvete. Todas as 26 cepas eram de S. paratyphi e cepas enteropatógenas de Escherichia coli.
C, confirmando a origem da epidemia, uma vez que todos É importante ressaltar que os alimentos contaminados
os doentes haviam consumido o referido sorvete. por germes patógenos não apresentam, normalmente,
Da mesma forma que ocorre com outros alimentos, manifestações perceptíveis, o que torna necessária a rea-
também para os sorvetes existem padrões microbiológi- lização de controles correspondentes, a fim de assegurar
cos estabelecidos pela Comissão Nacional de Normas e a qualidade microbiológica do produto.
Padrões para Alimentos do Ministério da Saúde.
Decomposição
Riscos microbiológicos
Os alimentos alterados microbiologicamente geral-
As enfermidades microbianas transmitidas pelos ali- mente apresentam manifestações pelo seu aspecto ou
mentos se originam de diversas maneiras, de acordo com odor. Geralmente, não são perigosos à saúde, apesar de
o microorganismo patógeno: serem considerados impróprios para consumo.
Nos sorvetes, os vários ingredientes utilizados como
Infecção - O alimento atua como veículo para intro- matéria-prima e os aditivos são, antes do congelamento,
duzir o microorganismo dentro do corpo humano. Uma susceptíveis a decomposição.
vez introduzido, os germes começam a se multiplicar. O Os principais problemas da decomposição estão rela-
organismo humano, então, responde contra a presença cionados com as matérias-primas leite e ovos. As altera-
do germe ou contra os metabólitos que estes produzem. ções que podem sofrer são, entre outras, desdobramento
A dose mínima de microorganismos necessários para de proteínas resultando em produtos malcheirosos, fer-
provocar esta infecção é muito baixa. mentação com produção de ácidos e lipólises, que se ma-
nifesta geralmente com o
ranço dos produtos.

Higiene
O número de micro-
organismos presentes e
a taxa de coliformes são
considerados indicado-
res higiênicos, ou seja,
se os resultados obti-
dos apresentam valores
altos estão indicando
deficiências higiênicas.
Isso representa pontos
críticos que devem ser
SORVETES & CASQUINHAS

corrigidos ou elimina-
dos.
As principais causas
de contaminação micro-
biana nos sorvetes são
pessoas veiculizadoras
de germes (doentes ou
feridas), refrigeração in-
suficiente do produto,

45
microbiologia em sorvetes

Para determinar os microorganismos


presentes em uma amostra de sorvete são
realizados diferentes métodos de cultivo.

ausência ou deficiência de aquecimento da mistura, for continuamente renovada, pode armazenar até 107
prolongados períodos de repouso da mescla (resfriamento microorganismos por mililitro.
não imediato), matérias-primas contaminadas. Os níveis de contaminação na boca das máquinas ex-
Para a obtenção de alimentos em adequadas condições pedidoras merecem, também, uma menção especial. As
higiênicas, deve seguir-se uma série de normas higiênicas máquinas de sorvete soft, normalmente, estão instaladas
que compreendem as pessoas envolvidas no processo, ao ar livre ou locais quentes, onde os consumidores po-
instalações, máquinas e utensílios. As normas gerais em dem tocar o bico onde sai o sorvete, deixando-as despro-
nível internacional implantadas para a fabricação higiê- tegidas de baixas temperaturas. Nesses bicos, o número
nica de alimentos incluem BMP ou GMP (Boas Práticas de bactérias pode ser superior a 10 milhões por grama,
de Fabricação), publicadas, primeiramente, pela FDA dos crescendo com especial facilidade a Enterobacteriaceae,
Estados Unidos para diversos grupos de alimentos. incluindo as salmonelas.
Os restos de sorvete são uma ótima maneira de de-
senvolvimento de microorganismos, especialmente se as Análise microbiológica
condições de temperatura forem ideais para o seu de-
senvolvimento. Por isso, é importante evitar, ao longo do Para determinar os microorganismos presentes em
processo, o acúmulo de restos nas máquinas e instalações, uma amostra de sorvete são realizados diferentes métodos
especialmente na área de trabalho, a uma temperatura de cultivo. Estes podem ser em placas de crescimento
superior. Para impedir a formação de nichos de germes de colônias ou em meio líquido, no qual o crescimento é
nos restos de produtos acumulados é necessário realizar detectado pela turvação da solução. Ambos os métodos
desinfecções regulares nas instalações que entram em utilizam meios nutrientes, cuja composição depende do
contato direto com o produto durante sua fabricação. interesse na detecção de determinado microorganismo.
É necessária a realização de controles microbiológicos Além dessa composição, existem outros parâmetros a
das matérias-primas, bem como assegurar a armazenagem serem considerados para se obter a seletividade do meio,
adequada até o momento de seu uso. tais como temperatura de incubação (temperatura ideal
Durante a pasteurização é eliminado 99,6% a 99,9% de crescimento), tempo de incubação e tensão de oxigê-
dos germes. Os microorganismos esporágenos sobrevivem nio necessário.
à pasteurização, pois os esporos são resistentes ao calor. Os relatórios microbiológicos indicam o método através
Para evitar que esses microorganismos e outros possíveis do qual foram determinados. Os resultados assim obtidos
sobreviventes possam se desenvolver, é necessário arre- são confrontados com os limites legais estabelecidos.
fecer a mistura imediatamente após a pasteurização. O Nas amostras de sorvete é importante a realização
sorvete é muito sensível às flutuações de temperatura e de uma revificação dos microorganismos alterados, mas
a contaminação cruzada com utensílios utilizados em não morto, pelo efeito do congelamento. Isso é feito em
sua manipulação. alguns casos de patógenos, como cepas enteropatogênicas
Um problema comum e de grande importância são de Escherichia coli ou Yersinia enterocolitica.
os panos de limpeza utilizados para limpar os locais de
trabalho, máquinas ou utensílios. Se estes panos não são O processo de
desinfetados após cada uso, os mesmos apenas distribui-
congelamento
SORVETES & CASQUINHAS

rão os germes. Nesses panos são encontrados cerca de


200 bilhões de micróbios por cm2. Se os mesmos forem A queda da temperatura no processo de congelamento
apenas lavados com água quente, sendo torcidos vigoro- diminui a atividade microbiana. A formação de cristais de
samente não se consegue uma redução significativa no gelo provoca a diminuição da água disponível e, portanto,
número de microorganismos. a diminuição da atividade de água (por exemplo, -10°C a
Outro ponto a ser considerado são as colheres de aw é 0,907). Além da redução da atividade microbiana,
sorvete. O ideal seria possuir uma colher para cada sor- também provoca a morte dos microorganismos. Os co-
vete, para evitar mantê-la na água, pois se a água não lóides em sorvetes, sais de leite (principalmente fosfato),

46
microbiologia em sorvetes

lactose e caseína protegem os microorganismos de danos bacilos Gram-negativos. Tais bactérias são raramen-
no congelamento. te termodúricas e sua presença em leite comercial
É importante ressaltar a influência da taxa de res- pasteurizado, indica uma contaminação posterior à
friamento na destruição de microorganismos: o congela- pasteurização.
mento rápido causa menos danos às bactérias do que o O comportamento frente às baixas temperaturas varia
congelamento lento. Os microorganismos são também conforme a bactéria envolvida. As bactérias Gram positi-
eliminados durante a deposição em ambiente congelado. vas são mais resistentes ao frio do que as Gram-negativas,
Deve-se observar que as toxinas microbianas e sua como Escherichia, Pseudomonas, Alcaligenes, Salmonella
toxicidade não são alteradas pelo congelamento, assim e Vibrio. A destruição ou injúria é maior entre -2ºC e
como os esporos bacterianos. -10ºC, quando comparada a temperaturas mais baixas,
Os efeitos físicos do congelamento são de grande im- como -15ºC e -30ºC.
portância. Existe uma expansão no volume do alimento Embora a maioria das bactérias psicrotróficas (Gram-
congelado, devido a formação de cristais de gelo, bem negativas) sejam destruídas pela pasteurização, sobre-
como o aumento do tamanho dos mesmos. Os danos vivendo apenas a microbiota termodúrica para causar
sofridos pelos microorganismos durante o congelamento deterioração, as enzimas extracelulares das bactérias
e a manutenção em baixas temperaturas dependem da psicrotróficas podem resistir ao tratamento térmico, não
velocidade de resfriamento: sendo inativadas pelo processamento.
A contaminação por psicrotróficos deve-se principal-
Baixa velocidade (cristalização extracelular): A for- mente à higienização deficiente de superfícies em contato
mação de gelo no alimento aumenta a concentração de com o leite, ambientes em condições inadequadas de
solutos no mesmo, fazendo com que, devido à diferença higiene, manipuladores e qualidade da água utilizada.
de pressão osmótica dentro e fora da célula microbiana,
haja perda de água intracelular. Essa perda de água leva Staphylococcus
a alterações intracelulares (pH, força iônica), resultando Geralmente, os alimentos de origem animal, espe-
na inativação de enzimas, desnaturação de proteínas, cialmente o leite e seus derivados, aparecem associados
alterando assim a função das células, e provocando danos a surtos de toxinfecção alimentar, representando um
reversíveis e irreversíveis. problema para a saúde pública. O gênero Staphylococcus,
por ser o principal agente etiológico da mastite bovina,
Velocidade Média/Alta: Diminui o tempo de exposição e também agente causador de toxinfecção alimentar,
dos microrganismos aos efeitos osmótico e, portanto, devido a sua capacidade de produção de enterotoxinas,
causa menos danos. vem despertando maior interesse em doenças vinculadas
a alimentos.
Velocidade Muito Alta (cristalização intracelular): A No homem, o maior reservatório de Staphylococcus
cristalização ocorre dentro da célula, causando danos aureus são as fossas nasais e a cavidade orofaríngea, po-
mecânicos à estrutura (rompimento celular). dendo se fazer presente na pele e lesões nela localizadas.
Tratando-se de animais, estes podem desenvolver infec-
Embora o congelamento reduza significativamente a ções estafilocócicas e muitos carreiam o microrganismo
contagem de microorganismos viáveis, este não deve ser na narina. Entretanto, a mais expressiva possibilidade
considerado um processo de esterilização. Após arma- de produção de enterotoxinas em alimentos, através de
zenamento prolongado em baixas temperaturas (-28°C) estafilococos transferidos da fonte animal, parece estar
ainda se encontra uma percentagem significativa de vinculada a animais com mastite, sendo freqüentemen-
sobrevivência de microorganismos, incluindo patógenos. te observado no úbere e nos canais das tetas das vacas,
podendo, portanto, atingir facilmente o leite. Com isso,
Microrganismos tornou-se comum o leite cru ou não pasteurizado ser
considerado o maior veículo de transmissão de patógenos,
comumente encontrados incluindo S. aureus.
no leite e no sorvete Praticamente todos os incidentes de envenenamento
alimentar estafilocócico, incluindo aqueles causados pelos
SORVETES & CASQUINHAS

Psicrotróficos produtos lácteos, têm sido atribuídos ao S. aureus, que é


Psicrotróficos são organismos psicrotolerantes, ou o agente causador de intoxicação alimentar mais comum
seja, possuem habilidade para crescer em temperaturas em todo o mundo.
entre 0°C a 35°C com temperatura ótima de 24°C. Todas as cepas patogênicas de Staphylococcus produ-
As bactérias psicrotróficas que comumente alteram zem uma enzima conhecida como coagulase, que é capaz
o leite pertencem aos seguintes gêneros: Pseudomo- de coagular o plasma, porém nem todas formam o mesmo
nas, Achromobacter, Flavobacterium, Alcaligenes, tipo de colônia no mesmo meio de cultura. Assim, o teste
Enterobacter e Arthrobacter, sendo em sua maior parte de coagulase positiva é a melhor evidência de laboratório

47
microbiologia em sorvetes

Embora o congelamento reduza significativamente


a contagem de microorganismos viáveis, este não
deve ser considerado um processo de esterilização.

de que uma dada cepa de estafilococo seja patogênica de sangue quente, como também diversos gêneros e
para o homem. espécies de bactérias não entéricas, como Serratia e
Deste modo, alimentos que não tenham sido pro- Aeromonas, por exemplo.
cessados adequadamente e apresentem contagem Sabe-se que “coliformes totais” são bons indicado-
bacteriológica dentro dos padrões legais, poderão vir a res das condições sanitárias dos alimentos, estando,
provocar intoxicação estafilocócica se, em algum estágio portanto, presentes em sorvetes indicam que ocorreu
da produção, o S. aureus cresceu e produziu enterotoxina contaminação proveniente da matéria prima ou na etapa
suficiente para causar a doença. de processamento.
Existem diversos produtos além do leite cru, onde
se pode encontrar o S. aureus, como o leite em pó, os Escherichia coli
alimentos pré-cozidos refrigerados e congelados, como A Escherichia coli é um membro da família Enterobacte-
também superfícies e recipientes. riaceae apresentando-se como um coco-bacilo Gram ne-
gativo, anaeróbio facultativo, com temperatura ótima de
Salmonella 37ºC e prontamente destruído em temperaturas acima de
As salmonelas são membros da família Enterobacte- 55ºC. É geralmente encontrada no intestino humano e
riaceae. Elas são bacilos Gram negativos crescendo aero- animal e pode ser isolada dos alimentos de origem animal.
bicamente e anaerobicamente em temperaturas ótimas Embora sendo um habitante normal e inofensivo do
de 37ºC e prontamente exterminadas em temperaturas intestino de homens e animais, algumas cepas são pato-
acima de 55ºC. gênicas em crianças, adultos e animais quando presentes
Elas podem ser isoladas do intestino das pessoas em outras partes do corpo humano, como o trato urinário
e dos animais, atingindo alimentos direta ou indire- ou meninges aonde elas podem causar doenças, assim
tamente através dos excrementos de animais na hora como intoxicações alimentares.
do abate, através do excremento das pessoas, ou de A contaminação dos alimentos se dá principalmente
águas poluídas por dejetos; também nas cozinhas, por contato com material fecal de animais infectados
elas podem ser transferidas dos alimentos crus para ou contato com superfícies sujas, contaminadas com
os cozidos através das mãos, superfícies, utensílios e a bactéria. Ainda não se sabe ao certo a dose infectiva
outros equipamentos. necessária para provocar os sintomas a partir da ingestão
Quanto ao controle no preparo dos alimentos, deve-se de alimentos contaminados, porém de acordo com dados
fazer a separação dos alimentos crus dos cozidos, usando- obtidos de surtos, a dose infectiva parece ser bem baixa,
se diferentes superfícies e equipamentos, para se prevenir situando-se na faixa de 10 a 10000 células por grama ou
a contaminação cruzada; as mãos podem também passar mililitro de produto consumido.
organismos de alimento para alimento; outro fator muito Cerca de 95% dos coliformes existentes nas fezes
importante é a estocagem quente ou fria dos alimentos humanas e de outros animais são E. coli, e dentre as
para se prevenir a multiplicação dessas bactérias. bactérias de habitat reconhecidamente fecal, dentro do
A Salmonella, se presente no sorvete, sobrevive por grupo dos coliformes fecais, a E. coli, embora também
vários anos, pois suporta baixas temperaturas. possa ser introduzida a partir de fontes não fecais, é
o melhor indicador de contaminação fecal conhecido
SORVETES & CASQUINHAS

Coliformes totais até o momento, pois satisfaz todas as exigências de


O grupo de coliformes totais inclui as bactérias na um indicador ideal. Por esse motivo, as tendências
forma de bastonetes Gram negativos, não esporogê- atuais se direcionam no sentido da detecção espe-
nicos, aeróbias ou anaeróbias facultativas, capazes de cífica de E. coli, com o desenvolvimento de diversos
fermentar a lactose com produção de gás, em 24 a 48 métodos que permitem a enumeração rápida dessa
h a 35ºC. O grupo inclui cerca de 20 espécies, dentre espécie diretamente. Sua presença nos alimentos tem
as quais se encontram tanto bactérias originárias do um significado importante, pois revela as condições
trato gastrintestinal de humanos e outros animais higiênico-sanitárias dos mesmos.

48

Você também pode gostar