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Budismo na Vida Diária

(9) Lei de Causa e Efeito

Uma vez que temos consciência de que vol. 1, pág. 197.)


tudo que vivemos no presente é
resultados de nossas ações do passado, o O presidente Ikeda também escreveu: “O
que devemos fazer? Não podemos ficar presidente Toda disse o seguinte: ‘Se
numa posição passiva, pois isso não nos nessa fria lei de causa e efeito estivesse
levará a lugar algum. Devemos começar a encerrado todo o budismo, então teríamos
fazer causas positivas que superem as de considerar nosso destino fixo e
negativas para colhermos resultados imutável. Seríamos impelidos a viver
positivos no futuro. passiva e timidamente para não
cometermos algum outro ato errôneo.
Na obra Nova Revolução Humana, o Uma lei superficial não tem nada a ver
presidente Ikeda enfatiza: “O budismo conosco que vivemos nos Últimos Dias da
expõe que se uma pessoa comete algum Lei. Nós necessitamos de uma lei suprema
mal contra seu semelhante terá de trilhar o que nos habilite ultrapassar as barreiras
curso da infelicidade como resultado dos das causas e efeitos para evidenciar a
atos negativos do passado. Entretanto, natureza de Buda inata em nossa vida. Foi
este é apenas um aspecto dos ensinos Nitiren Daishonin quem, respondendo a
budistas. Se a vida se restringisse apenas a essa necessidade, estabeleceu a Lei para
isso, as pessoas teriam de viver em demolir o destino que continua desde
constante insegurança justamente por não existências passadas e assim reconstruí-lo
conseguirem saber as causas negativas de melhor. Isto é, a recitação do
existências passadas, tendo de carregar Nam-myoho-rengue-kyo é a fórmula da
inclusive um grande complexo de culpa. mudança da vida para um destino melhor.’
Além disso, o destino seria algo
previamente delineado e provocaria nas “Nitiren Daishonin reformulou a limitada
pessoas o desinteresse pela própria vida, visão da lei de causa e efeito e elucidou a
tornando-se adeptas de um modo de vida lei da causalidade mais fundamental que
passivo no qual a única preocupação seria permeia as profundezas da vida
a de não cometer nenhum mal. O Budismo humana.(...)
de Nitiren Daishonin transcende o limite da
concepção superficial de causa e efeito, “Mesmo que não tenhamos acumulado
de castigo e recompensa, e revela a boa sorte alguma no passado, a partir do
natureza real da causalidade e a forma momento em que tomamos fé no
como recuperar o estado de pureza da Gohonzon estaremos dotados da causa e
vida existente desde o infinito passado. efeito para o estado de Buda. Nesse
Isso significa que uma pessoa deve viver instante seremos capazes de abrir a porta
em prol do Kossen-rufu consciente de sua para um futuro de ilimitada boa sorte. A
missão como Bodhissattva da Terra.” (NRH, chave para essa porta é a singular palavra

Nadja Vaz Randel de Oliveira (157729-8) / pág. 1.


Budismo na Vida Diária

fé.

“Numa escritura consta: ‘A lei de causa e


efeito é como flores e sementes.
Suponhamos que alguém lance fogo em
uma área de mil milhas de campo de
capim seco. Ainda que a chama seja débil
como a luz de um pirilampo, ela
instantaneamente consumirá uma porção
de capim, duas, dez, cem, mil e dez mil
porções mais. Todas as plantas de uma
área de dez ou vinte acres serão
queimadas em questão de segundos.’
Conforme essa frase, ainda que uma fraca
chama seja jogada em um campo de
capim seco, o fogo rapidamente se
espalhará por toda a área. Da mesma
forma, a lei budista da causalidade
promete-nos que se a nossa fé brilhar
vigorosamente, nunca falharemos em
obter o caminho para um grandioso futuro.
É como a flor de lótus que floresce
apresentando simultaneamente suas
sementes. É por essa razão que a lei da flor
de lótus é chamada de lei da
simultaneidade de causa e efeito. Aqui se
assenta a razão pela qual o budismo de
Nitiren Daishonin é a mais grandiosa e
suprema religião do mundo.” (Guia Prático
do Budismo, págs. 4-5.)

Fontes de pesquisa:

Terceira Civilização, edição no 369, maio de 1999, “Causa e efeito: A lei mais rigorosa da

vida”. Guia Prático do Budismo.

Nadja Vaz Randel de Oliveira (157729-8) / pág. 2.

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