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WINGS ESCOLA DE AVIAÇÃO CIVIL COMISSÁRIOS DE VOO
Criando Novos Horizontes MTCMV - Revisão: 02 - Data: 16/12/2019
Prezado aluno(a),
A Wings Escola de Aviação está desde 1997 profissionalizando alunos para a aviação
civil. Desde o princípio se destaca pela excelência na formação de seus alunos, e pelos ótimos
resultados destes nas avaliações da ANAC, muitos ex-alunos Wings hoje trabalham em
renomadas empresas aéreas do Brasil e exterior.
Nosso corpo docente é formado por profissionais graduados por grandes universidades
e possuem ampla experiência na aviação global, dessa forma as nossas aulas são ricas em
conteúdo e o aluno sai realmente preparado ao final do seu curso. Com imensa satisfação
estamos lhe fornecendo esse material didático para estudos! Este material foi revisado e é
sempre atualizado para que você, aluno(a) WINGS, receba o que há de melhor!
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REGULAMENTO DO CURSO DE
COMISSÁRIOS DE VOO
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- Pré-Requisitos.
Idade mínima 18 anos ou a completar até o término do curso. Escolaridade Ensino médio completo
(2º Grau).
• 1 foto 3x4;
• Cópia simples do RG, CPF, Título de Eleitor e Certificado de Reservista (para homens).
• Cópia Autenticada do Certificado de Conclusão do Ensino Médio;
• Cópia do Certificado Médico Aeronáutico (CMA) que deverá ser entregue até 30 dias após a
efetivação da matrícula.
• Cópia do Comprovante de endereço em nome do aluno;
• Preenchimento de ficha de matrícula fornecida pela Escola.
Obs.: O aluno terá prazo máximo de 10 dias a partir da realização da matrícula para a entrega
de toda a documentação exigida que ainda estiver pendente, do contrário terá a sua matrícula
cancelada. A única exceção será o CMA onde o aluno terá 30 dias após a matrícula para a
entrega do mesmo.
- Uniforme.
A Wings Escola de Aviação Civil, seguindo os critérios de todas as Companhias Aéreas, adota
uniforme para os alunos de Comissário de Voo.
O uniforme será entregue ao aluno, após a solicitação e pagamento do mesmo, no prazo médio de
30 (trinta) dias. Até a entrega do mesmo o aluno deverá obrigatoriamente vir com traje social no
seguinte padrão:
PARA AS ALUNAS
Blazer preto (caso queira retirar o blazer o mesmo deverá ser usado dobrado junto ao braço
esquerdo), blusa ou camisa branca com manga (sem decote), calça social preta longa, saia
preta abaixo do joelho, sapato preto liso sem detalhes, fechado com salto alto de no máximo
5 (cinco) centímetros, meia calça fina, fios 15, 20 ou 40, cabelo devidamente preso em rabo
de cavalo ou coque baixo, trança com comprimento não ultrapassando a metade das costas
(altura do sutiã), maquiada, unhas pintadas na cor nude, branco ou vermelho e brincos no
lóbulo da orelha ou no máximo um centímetro da orelha (é permitida a utilização de
apenas um brinco em cada orelha). Não são permitidos piercings nem tatuagens aparentes.
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PARA OS ALUNOS
Terno de cor escura (caso queiram retirar o blazer o mesmo deverá ser usado dobrado
junto ao braço esquerdo), calça social preta, sapato social preto fechado, com meia preta,
camisa social azul clara e gravata preta. O aluno deverá ainda, estar barbeado, com o cabelo
curto e penteado, sem brinco e piercing.
Todos os trajes deverão ser utilizados com botton ao lado esquerdo do peito e crachá, pois
fazem parte do uniforme da Escola.
Em caso de perda ou roubo do crachá (caso haja) o aluno deverá comunicar imediatamente à
secretaria da Escola e deverá pagar a taxa vigente para a reposição de cada crachá extraviado.
Não é permitido no interior da escola ou fora desta, o uso de apenas algumas partes do uniforme,
ou seja, cada aluno mesmo estando fora da WINGS deverá trajar o uniforme completo ou trajar
qualquer outra vestimenta que não o uniforme ou parte dele.
Sempre que estiver de uniforme o aluno deverá manter os bons costumes, postura, respeito e
educação para com todos os seus semelhantes, não será tolerado atitudes opostas à estas, dessa
forma o aluno concorda que jamais poderá ingerir bebida alcóolica assim como quaisquer atos que
o desabone ou mesmo desabone à escola enquanto estiver com o uniforme da WINGS.
- Programação Sequencial
Os cursos serão ministrados nos períodos matutino das 09:00 às 12:00, à noite das 19:30 às 22:30
(São Paulo) e 19:00 às 22:00 (Sorocaba), de segunda à quinta-feira com duração aproximada de 03
(três) meses e meio. Serão ministradas também turmas aos sábados das 08:00 às 17:00 com
duração aproximada de 05 (cinco) meses e turma intensiva de segunda à sexta-feira, das 08:30 às
17:30 com duração de até 45 dias corridos. A critério da escola o curso poderá ter o seu final
prorrogado, respeitando-se, no entanto, a carga horária mínima prevista pela Agência Nacional de
Aviação Civil - ANAC.
Cabe ao aluno respeitar e cumprir o horário de entrada, intervalo e saída das aulas. A escola tolera
15 (quinze) minutos após o horário de início das aulas para alunos que por ventura chegarem
atrasados poderem adentrar em sala, o mesmo não será permitido para alunos que chegarem no
horário e permanecerem fora da sala sem justo motivo; após esse período de tolerância o aluno
deverá aguardar o horário de intervalo para poder ingressar em aula; neste caso, o aluno terá
presença na lista de chamada somente na segunda aula.
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O horário de intervalo para todos os cursos é de 10 (dez) minutos e a tolerância limite para
regresso em sala de aula será de mais 05 (cinco) minutos. O aluno que desrespeitar esse
limite estará dispensado e ficará com falta na segunda aula. Para turmas de sábado o
intervalo de almoço será de 01 (uma) hora e a tolerância limite de atraso permanece em
05 (cinco) minutos para o regresso. O aluno que desrespeitar essa tolerância ficará com
falta no segundo período do curso.
- Certificado de Conclusão
Para o(a) aluno(a) será emitido o Certificado de Conclusão do Curso. Cada
certificado terá numeração própria para controle interno e para controle da
ANAC. Para a retirada do certificado o aluno ou seu representante legal deverá
assinar o livro de entrega de certificados, o representante deverá trazer
procuração reconhecida em cartório para a retirada. O certificado será emitido
no prazo médio de 30 dias após a conclusão do curso.
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- Reprovação do CMA.
A não obtenção do CMA por incapacidade física tem como consequência a impossibilidade de
obtenção da licença pretendida inicialmente e isenta a Wings Escola de Aviação Civil e a Agencia
Nacional de Aviação Civil - ANAC de qualquer responsabilidade decorrente de uma eventual não
obtenção do CMA.
- Celular
É proibido o uso de celular em sala de aula, cabendo a critério do professor solicitar
a retirada do aluno da sala de aula, caso atrapalhe o aprendizado de outros alunos
em sala de aula. O aluno(a) que desrespeitar essa norma estará dispensado e ficará
com falta injustificada na aula. O celular poderá ser usado somente para acessar a
apostila, exceto em dia de provas, testes e afins.
- Comportamento e Vocabulário
• Não será aceito conversas em volume exagerado, palavras de calão e linguajar
inapropriado.
• Não será aceito qualquer tipo de desrespeito com os membros do corpo docente e
discente.
• É proibido mascar chiclete e comer em sala de aula ou local inapropriado dentro da
instituição.
• É recomendável que os(as) alunos(as) verifiquem sempre o quadro de avisos da Escola para
se informar sobre o calendário de aula e novos avisos em geral.
• A escola não se responsabiliza por objetos de valor, materiais, documentos, ou quaisquer
outros que o(a) aluno(a) deixar nas dependências da mesma.
• O presente regimento poderá ser alterado sempre que a experiência determinar, sendo
submetido à apreciação do órgão competente. Os(as) alunos(as), através de seus pais ou
responsáveis, deverão declarar no ato de admissão, que conhecem o Regimento do curso
pretendido e que concordam com os seus termos.
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Regras Do Treinamento:
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ÍNDICE
Comissários de Voo .....................................................................................................Pág. 14
o Etiqueta .....................................................................................................................Pág. 17
o Regras de Etiqueta ....................................................................................................Pág. 19
o Etiqueta Corporativa .................................................................................................Pág. 22
o Etiqueta Aplicada na Profissão de Comissário de Voo .............................................Pág. 26
o Postura .......................................................................................................................Pág. 34
Bloco I .........................................................................................................................Pág. 37
o Prevenção e Combate ao Fogo .................................................................................Pág. 38
o Emergências a Bordo .................................................................................................Pág. 53
o Sobrevivência na Selva ..............................................................................................Pág. 107
o Sobrevivência no Mar ................................................................................................Pág. 141
o Sobrevivência no Gelo ...............................................................................................Pág. 158
o Sobrevivência no Deserto ..........................................................................................Pág. 165
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COMISSÁRIOS
DE VOO
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COMISSÁRIOS DE VOO
• 1940 com a segunda Guerra Mundial, as empresas começaram a contratar mulheres com
nível superior, porém com o mesmo padrão.
• 1950 a profissão de aeromoça era considerada um sonho entre a maioria das moças.
• 1970 as organizações sindicais começam a lutar por direitos e com isso surgem as
primeiras contratações de homens, mudando o termo Aeromoça para Comissário de
bordo.
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É claro que o papel de anfitrião a bordo é de suma importância e aí um outro aspecto é relevante
nessa carreira: o preparo psicológico. Pelas características do voo, é comum o passageiro não estar
à vontade e isso pode acarretar alterações de comportamento. Cabe ao Comissário saber
identificá-las e tomar as atitudes convenientes para mantê-lo relaxado.
CARACTERÍSTICAS PESSOAIS
• Bom Humor;
• Entusiasmo;
• Espírito de Servir;
• Humildade;
• Personalidade Participativa;
• Facilidade de Relacionamento;
• Apresentação Pessoal;
• Proatividade;
• Subordinação à Hierarquia;
• Idioma;
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Etiqueta
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Deve-se aos gregos Sócrates e Aristóteles, no século III a.C., o conceito de educação, moral e
civismo. O cristianismo, desde a sua adoção como religião oficial do Império Romano, no século
IV, até o final da Idade Média, deteve o monopólio da educação, caraterizada por ideias de
comportamento moral hierarquizado e ritualizado, também pela dogmatização do saber.
O século XII é o tempo da Cavalaria, das Universidades e da Nova Burguesia. Nessa época, surge o
conceito de CORTESIA. No Renascimento, aparece o humanismo libertado da representação
religiosa. Em 1530, Erasmo escreve a “Civilidade Pueril” e Baltazar de Castiglione publica, em 1528,
o “Manual do Cortesão”, primeiras obras a abordar regras de cortesia.
A época Barroca é marcada pela ritualização da vida em sociedade determinada pelas influências
da corte de Luís XIV. É desse tempo a etiqueta e a politesse. No século XVIII, Jean Jacques Rousseau
publica “Emile”, o primeiro livro que reflete sobre a criança e sua educação.
A Revolução Francesa trouxe o conceito de igualdade social, mais tarde alterada no período
napoleônico pelos seus novos elitismos. No século XIX, tempo da Revolução Industrial e da
democratização, assiste-se às mudanças de atitudes em relação aos ideais de comportamento em
sociedade. Com as novas divisões políticas na Europa, entra em cena o conceito de protocolo.
Proliferam os livros sobre etiqueta e saber estar. Depois das duas guerras mundiais verifica-se a
ruptura radical com o século XIX.
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REGRAS
DE ETIQUETA
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REGRAS DE ETIQUETA
São um conjunto de regras convencionadas para ajudar o relacionamento entre as pessoas. Está
dividida em Etiqueta Corporativa e Etiqueta Social, além de outras subdivisões menores, como
Etiqueta à mesa e a recente Netiqueta. O conceito de etiqueta está intimamente ligado ao ato de
Cortesia, porém vai além, sendo uma forma de a pessoa que pratica determinado código de
etiqueta demonstrar esta cortesia, bem como boas-maneiras. Normalmente, a etiqueta não é
escrita, embora diversos especialistas em etiqueta tenham posteriormente escrito seus livros
sobre essas regras. A etiqueta usualmente reflete fórmulas de conduta às quais a tradição da
sociedade consolidou.
Especialistas em etiqueta entendem que ainda que os conceitos de educação e respeito sejam
universais, cada grupo tem sua forma peculiar de demonstrar esses sentimentos, e o melhor
caminho seria respeitar as diferenças.
A etiqueta enquanto regra, situa-se exclusivamente no campo moral, não sendo regulada por leis
ou decretos, sendo às infrações a determinado código de etiqueta punidas apenas no âmbito
social.
“DICAS”
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ETIQUETA
CORPORATIVA
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ETIQUETA CORPORATIVA
As regras podem variar bastante de acordo com o lugar e área de atuação, mas,
independentemente de mais ou menos formal, todas as profissões requerem comportamentos
básicos.
Vestuário feminino
As mulheres têm uma possibilidade maior de errar do que os homens, já que possuem grande
diversidade de vestuário. Quando uma empresa adota um uniforme este problema é sanado.
Algumas regras básicas devem ser obedecidas quanto ao uso deste uniforme:
O uniforme deverá estar sempre bem conservado, passado e limpo. Estar uniformizado significa
estar vestindo todas as partes que o compõe. Se for necessário trocar de roupa faça-o
inteiramente. O cabelo deve estar sempre bem conservado e limpo. As unhas devem estar sempre
bem aparadas e pintadas, pois na aviação a unha pintada faz parte da utilização do uniforme.
Evite: saltos muito finos, roupas muito ajustadas que marquem as roupas íntimas e maquiagem
muito carregada. Maquiagem para trabalhar não é maquiagem para festa, portanto, não exagere
para não parecer vulgar.
POSTURA – PÁGINA 17
Vestuário masculino
O homem deve mostrar, sempre, que está em dia com a higiene pessoal. O ideal é que a roupa
tenha, no final do dia, o mesmo aspecto que tinha pela manhã. O uniforme geralmente é social,
com gravata e manga longa. O terno é obrigatório e deve estar sempre limpo, conservado e bem
passado, se não estiver vestindo, carregue-o dobrado sobre o braço esquerdo. O cabelo deve estar
sempre limpo, bem cortado e arrumado, lembre-se de que a aviação segue padrões da
aeronáutica.
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Evite: barba por fazer, gravatas com manchas, uniforme rasgado, desfiado ou desbotado, sapatos
mal engraxados.
- Horários:
- Celulares:
Durante as aulas, coloque o celular no silencioso e deixe as ligações para
serem recebidas pela caixa postal. Mesmo quando colocado no modo
vibratório, o telefone pode fazer barulho, portanto, cheque se ele está
totalmente silencioso. Se for um assunto urgente, desculpe-se com seus
colegas e saia da sala. Ninguém precisa ouvir você falando ou vê-lo
escrevendo torpedos.
- Redes Socias:
Se não puder dizer algo que acrescente, melhor não dizer.
Cuidado com o que você escreve ou comenta em redes sociais.
Muitas empresas as utilizam como forma de avaliação do
perfil do candidato.
- Primeiras Impressões:
Comunique-se com todo o corpo: Quando alguém entra na
sala sorria, cumprimente e olhe nos olhos. Quando tiver que
apertar a mão de alguém, tenha um aperto de mão firme
sem esmagar os dedos da outra pessoa. Quando requisitado,
faça uma apresentação de 30 segundos sobre quem você é e
o que você faz. Sempre ouça a outra pessoa atentamente –
não interrompa e não monopolize a conversa.
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- Piadas:
Humor é um tema complicado no ambiente de trabalho. Nunca faça
comentários sobre religião, gênero, raça ou preferência sexual. Não envie piadas
por e-mail ou WhatsApp para conhecidos do trabalho. Você pode pensar que elas
são hilárias, mas nem todo mundo pode achar o mesmo.
- Confidencialidade:
Se um colega te conta algo pessoal, guarde segredo. Se ele quiser que outras pessoas saibam, ele
mesmo contará. Não faça fofocas sobre ex-funcionários ou colegas da empresa. As pessoas
pensarão que você fará o mesmo com elas.
- Ouvir:
Ouvir significa mais do que esperar sua vez de
falar. Concentre-se nas palavras da outra pessoa
e não se distraia, para não perder algum ponto
importante. Resista ao impulso de falar quando
alguém faz uma pausa, porque ela pode estar
apenas procurando uma palavra. Espere um
momento, e então fale. Mostre atenção com a
linguagem corporal: Sorria, concorde ou
discorde, conforme o caso. Da mesma forma, quando falar ao telefone, use interjeições que
confirmem que você compreende o que é dito.
- Negatividade:
Negatividade é como um vírus – ela se expande e se espalha. Por outro lado, negar um problema
óbvio também não é produtivo – é melhor identificar o que está errado e colaborar para uma
solução.
- Politica Corporativa:
Cuidado com colegas muito ambiciosos, que podem fazer tudo para crescer na carreira, mesmo
que isso envolva dizer coisas deselegantes e mentiras sobre colegas. Mantenha um
relacionamento cordial e profissional com seus chefes e colegas. Seja amigável e aberto, mas não
dívida detalhes íntimos sobre sua vida pessoal – um pouco de distância psicológica é saudável.
- Em Reuniões:
Sempre peça permissão antes de colocar a ligação em viva voz. Não é apenas etiqueta: não o fazer
pode ter consequências legais. Se há muitas pessoas na sala ou se as pessoas não se conhecem,
apresente-se antes de falar. Fale claramente e devagar. Faça uma pausa para se certificar de que
o outro terminou a sua fala. Aparelhos de viva voz podem cortar a voz às vezes.
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A função de um Comissário de Voo é receber bem os passageiros e lhes dar todo o conforto
necessário durante o voo. O Comissário é também um técnico em segurança, ou seja, responsável
pelo cumprimento das normas e procedimentos de segurança no avião. Para isso ele recebe
treinamento de sobrevivência na selva e no mar, primeiros socorros, etc., além de familiarização
com os equipamentos de emergência disponíveis dentro de cada tipo de aeronave.
É claro que o papel de anfitrião a bordo é de suma importância e aí um outro aspecto é relevante
nessa carreira: o preparo psicológico.
É comum o passageiro não estar à vontade a bordo e isso pode acarretar alterações de
comportamento. Cabe ao Comissário saber identificá-las e tomar as atitudes convenientes para
mantê-lo relaxado. Não é uma tarefa fácil já que são centenas de pessoas diferentes, com receios
e reações imprevisíveis. Por tanto é importante demonstrar equilíbrio, autoridade e simpatia ao
mesmo tempo, sem deixar a elegância de lado.
A sua fisionomia num momento mais crítico servirá de referência para acalmar os passageiros.
Devemos considerar o Serviço de Bordo de grande importância, por estar diretamente, ligado ao
dia-a-dia do Comissário. Este é o trabalho que exercerá durante a maior parte do tempo e o
colocará em contato direto com o passageiro, durante a viagem.
APRESENTAÇÃO PESSOAL
• Ter boa aparência, manter a autoestima sempre elevada, saber que precisa não só cuidar de seu
visual, como ter maneiras condizentes com as diferentes circunstâncias, quer no convívio social
como profissional.
• Cuidados com a higiene pessoal (corporal e bucal).
• Cuidados com a pele.
• Manter a relação peso / altura.
• Hábitos saudáveis.
• Estar com a fisionomia agradável
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• Roupas limpas.
• Sapatos engraxados.
COMUNICAÇÃO
• Ter boa comunicação verbal (evitar gírias, palavrões, manter o volume de voz num nível
agradável).
• Utilizar expressões tais como: Bom Dia, Boa Noite, Com Licença, Bom Apetite, Desculpe,
Obrigada, Posso Ajudá-lo, deverão fazer parte do seu dia-a-dia.
• Usar sempre a forma de tratamento “Senhor” e “Senhora” para com pax, mesmo que estes
pareçam muito jovens.
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UNIFORME
PROCEDIMENTOS DE ROTINA
A Aeronave é o local onde passamos a maior parte do nosso tempo, devemos fazer dela um
ambiente agradável.
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GALLEYS
LAVATÓRIOS
• Dirija-se ao pax como se ele fosse a única pessoa presente naquele instante.
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polêmica. Assim como tipos de alimentos, vestuário, trejeitos locais, sotaques, etc.
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PESSOAS FAMOSAS
COMPROMETIMENTO
Acima de tudo é estar atento aos seus afazeres. É perceber o quanto você se doa para determinada
situação. Se inserir em um projeto de corpo, mente e coração! É estar pronto para superar as
adversidades. E além de enxergar problemas, vislumbrar soluções. É criar, pensar e trabalhar! É
não abandonar a equipe, é vestir a camisa, é saber perceber o significado de sua presença, e não
se sentir mais um na multidão.... Comprometimento é fazer diferença, enquanto tantos continuam
fazendo tudo igual! É mostrar que você pode ajudar a equipe com atitudes e servindo de exemplo,
referência de profissionalismo, comprometido com a regras e os procedimentos pondo tudo em
prática no seu dia-a-dia. É brilhar pelo exemplo, atitudes e não pelas palavras.
RESPONSABILIDADE
Devemos ser entendedores e sermos conscientes de que a responsabilidade não é algo que
podemos ter como simples ou fácil; devemos analisar cada um de nossos atos e pretender cumprir
nossas tarefas e deveres a cada dia. A responsabilidade também é a obrigação de cumprir nossas
promessas, sejam elas quais forem. Uma vez que se promete alguma coisa, nossa responsabilidade
é fazer cumprir o que prometemos. Ser responsável é aderir às normas e procedimentos e pô-las
em prática diariamente. É cumprir todas as cláusulas do contrato de trabalho com maestria.
DEDICAÇÃO
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RESTAURANTES
HOTEIS
Usar roupas descentes e discretas, no restaurante, áreas comuns e piscina. Bons modos à mesa.
(Café da manhã, almoço e jantar). Agir educadamente e respeitosamente com empregados do
hotel assim como com os hóspedes. Estamos a serviço, mesmo no pernoite estamos
representando a empresa em que trabalhamos.
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POSTURA
Já o gesto serve para dar ênfase ao que está sendo dito. Quando a pessoa o usa de forma excessiva,
ela está colocando ruído na sua comunicação e dispersando a atenção das pessoas. “Na vida
profissional, se sabe que as pessoas que são mais discretas no comportamento, têm mais sucesso,
pois conseguem conduzir o foco da atenção para o que de fato elas querem, deixando de chamar
a atenção sobre si, para chamar a atenção sobre o que de fato interessa.
Pessoas que inflamam muito, falam muito alto e chamam muita atenção, em geral causam
distúrbio no ambiente de trabalho e acabam não sendo chamadas pra coisas que são importantes.
Tudo que é feito em excesso pode prejudicar o ambiente de trabalho”.
“As pessoas que não dominam a etiqueta profissional, na maioria das vezes, nem se dão conta das
gafes que cometem, denunciando sua falta de traquejo e refinamento, prejudicando sua carreira
e arranhando a imagem da empresa onde trabalham”.
“O mundo de hoje é das pessoas que fazem acontecer, daquelas que se comprometem, se engajam
em causas justas, dos que têm vontade de aprender e de serem cada vez melhores”.
POSTURA DIÁRIA
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GESTOS
POSTURA E ETIQUETA
• Na aviação seja minimalista sempre, menos é mais, quem brilha são os comissários e não
seus acessórios, maquiagens ou perfumes;
• Etiqueta atual, uso com descrição de redes sociais, sem exposição da escola ou marcação
dos instrutores, a não ser que sejam autorizados;
• Etiqueta em bares, comissários de bordo não usam uniformes em locais como bares e afins;
• Etiqueta à mesa, use o convencional, inclusive para JUNK FOOD; Etiqueta Hotéis e
pernoites;
• Hotel, a tripulação segue hierarquia para chave do hotel;
• Trajes no hotel, não estamos a passeio, estamos a trabalho, a vulgaridade não existe na
aviação;
• Trajes discretos para passeio com a escola, optem pelo convencional, informe-se com a
coordenação;
• Mesmo em passeios, unhas esmaltadas nas cores orientadas;
• Cabelos escovados e alinhados.
2. Quando estivermos parados em pé, nunca flexionar um joelho para tentar descansar.
Quando estamos em pé os dois joelhos estarão esticados;
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3. Quando sentados nunca deitar o corpo na cadeira. Devemos levar o cóccix até o final do
assento e colocar toda a coluna no encosto da cadeira e relaxar os ombros.
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BLOCO I
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PREVENÇÃO E
COMBATE
AO FOGO
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Um dos maiores marcos da história da humanidade foi, sem dúvida, o domínio do fogo pelo
homem. A partir daí ele pode se aquecer, cozinhar seus alimentos e também fundir o metal para
fabricar utensílios e máquinas, tornando assim possível o desenvolvimento.
Todavia, este mesmo fogo que constrói, pode destruir, inclusive vidas humanas. Ainda
hoje, quando o fogo ameaça, a reação do homem moderno é idêntica à do homem
primitivo, ou seja, fugir. Porém, o homem primitivo fugia por desconhecer a natureza do
fogo. Já o homem moderno, conhece as origens do fogo, sabe que se trata de um fenômeno
químico e conhece também todas as maneiras de controla-lo e combatê-lo
1. FOGO
1.1 Definição
Fogo ou Combustão é o processo de transformação química quando materiais combustíveis e
inflamáveis, combinados com o comburente (geralmente o oxigênio), são ativados por uma fonte
calorífica e iniciam uma reação em cadeia, produzindo energia na forma de luz e calor.
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Ponto de ignição: É a temperatura mínima em que os gases desprendidos por um corpo entram
em combustão sem auxílio de uma fonte externa de calor. Somente a presença do comburente é
o suficiente para iniciar a combustão.
Combustão Ativa: é aquela em que o fogo, além de produzir calor, produz chama, isto é, luz. A
razão deste fenômeno deve-se ao fato de que tal reação se processa em ambiente rico em
oxigênio.
Combustão Lenta: É aquela em que o fogo só produz calor, não apresentando chamas e,
geralmente, a reação se processa em ambiente pobre em oxigênio.
Combustão Explosiva: É uma combustão rápida e que atinge altas temperaturas. Essa reação se
caracteriza por violenta dilatação de gases que, consequentemente, exercem também violente
pressão às paredes que os confinam.
Combustão Espontânea: Combustão proveniente de matérias que tendem a fermentar quando
armazenados, e dessa fermentação, resulta calor que, se elevado gradativamente, faz o
combustível atingir seu ponto de ignição.
Neste último processo de propagação do fogo, a transmissão de calor pode ocorrer por:
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• Condução: É a transmissão que se faz de molécula para molécula, pelo simples contato
dos corpos.
• Convecção: É a transmissão que se faz por meio de deslocamento de massa de ar
aquecida, a qual se desloca do local em chamas levando energia calorífica suficiente para
que outros materiais combustíveis atinjam seus pontos de combustão.
• Irradiação ou Radiação: É quando a transmissão de energia calorífica se dá por meio de
ondas através do espaço.
• Causas Humanas: Devido à ação direta do homem, por omissão, imprudência, negligência.
Descuido, imperícia ou ainda por irresponsabilidade (causas culposas), também pela ação
direta do homem que, por motivos psicológicos ou materiais, pode provocar
voluntariamente um incêndio (causas dolosas ou criminosas).
• Causas Naturais: Provocadas por fenômenos naturais, que se sobrepõem às providências
de prevenção adotadas pelo homem (ex. terremoto, descargas elétricas).
• Causas Acidentais: Decorrem de falhas ocasionais quando, embora o homem tenha se
prevenido, por fatores alheios à sua vontade, incêndios e explosões acabam por ocorrer
(ex. choque de veículo contra uma aeronave em abastecimento).
• Energia Eletrostática: Principalmente em aviação, cuidados especiais devem ser adotados
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Tal energia forma-se por atrito e dificilmente poderá ser neutralizada, o que só será possível
através de perfeita aterragem do aparelho a ela sujeito, isto é, pela condução da corrente elétrica
para dissipação na Terra. O atrito de uma aeronave com o ar, faz com que grande quantidade de
energia estática seja acumulada, produzindo cargas que, se estiverem “isoladas” (sem
aterramento) poderão saltar em forma de centelha para um ponto aterrado.
Em função disso, aviões quando em operações de solo, como abastecimento, deverão antes de
mais nada, e obrigatoriamente, serem aterrados.
Resfriamento: Um dos métodos mais eficientes de extinção de incêndio. É a técnica utilizada para
baixar a temperatura do combustível até o ponto em que não existam mais condições de
desprendimento de gases ou vapores quentes. A água é um dos mais eficientes agentes para
resfriamento.
Abafamento: Consiste em evitar que o oxigênio contido no ar se misture com os gases emanados
do combustível.
Isolamento: Diminuição ou interrupção do campo de propagação do fogo. É quando se retira o
combustível, retirando o material que poderia ser atingido pelo fogo.
Extinção Química: Consiste na interrupção da reação em cadeia através de substâncias cujas
moléculas se desassociam pela ação do calor e se unem com a mistura inflamável, formando outra
mistura não inflamável.
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Abaixo de cada ponto está determinado o grau de temperatura (180°F – 200°F – 230°F – 245°F).
Caso o ambiente tenha sofrido um aquecimento por qualquer motivo, os respectivos pontos do
placar vão escurecer, indicando o valor da temperatura atingida, é desta forma que podemos saber
se o extintor foi acionado ou não. A apresentação gráfica do placar pode variar conforme o
fabricante.
Outra opção de extintor para debaixo da lixeira dos toaletes é o de Halon 1301. Diferentemente do de
Freon, exte extintor é de cor vermelha e possui um manômetro, onde o comissário pode verificar se o
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Todos os lavatórios das aeronaves dispõem de detectores de fumaça (smoke detectors), equipado
com alarme visual, sonoro e teste de sistema. Em algumas aeronaves os detectores de fumaça, o
alarme visual, sonoro e o teste do sistema estão em uma única peça localizada no interior de cada
lavatório. Em outras, os detectores de fumaça encontram-se no interior de cada lavatório, porém
os painéis com alarme visual, sonoro e teste do sistema estão localizados na parede externa dos
referidos lavatórios.
3. Extintores De Incêndio
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É um gás mais pesado que o ar e, à temperatura e pressão normais, é considerado inerte, sem
cheiro, sem cor e não condutor de corrente elétrica. Quando comprimido a cerca de 60 atm (850
PSI), se liquefaz, permitindo assim ser armazenado em cilindros.
Não é um gás venenoso, mas conforme a quantidade contida no ambiente, pode se tornar
sufocante. Sempre age por abafamento.
Tem capacidade de 6 a 8 kg. E é carregado com Dióxido de Carbono ou Gás Carbônico.
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É adequado para a Classe C, pois não é condutor de eletricidade. Entretanto, tem efeito corrosivo
nos equipamentos elétricos em longo prazo. Quando usado em áreas confinadas pode provocar
dificuldades de respiração e visualização do ambiente.
Ao ser empregado em fogo Classe A, recomenda-se, após o seu uso, fazer rescaldo dos resíduos,
devido ao agente extintor agir somente na superfície.
São produtos que têm na sua composição carbono mais o flúor, cloro, bromo ou iodo. O nome
Halon provém da expressão inglesa “Halogenated Hydrocarbon”.
Os Halons são gases ou líquidos que vaporizam rapidamente em contato com o fogo, devido a este
fato, após o uso, deixam poucos resíduos corrosivos ou abrasivos. São maus condutores de
corrente elétrica e possuem alta densidade no seu estado líquido, o que permite seu
armazenamento em depósitos compactos. Quanto à forma como se apresentam podem ser
líquidos vaporizantes ou gases liquefeitos, ambos expelidos por propelente gasoso. Atuam por
abafamento ou eliminação da reação em cadeia.
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Embora os vapores dos agentes halogenados tenham baixa toxidade, os produtos de sua
decomposição podem ser perigosos, por esse motivo não se deve permitir a permanência de
pessoal em local confinado após a descarga do extintor, sem que estejam devidamente defendidos
por proteção respiratória.
Cheque pré-voo: Localização, fixação, lacre, validade, pino de segurança e manômetro (indicando
a faixa verde).
EXTINTOR A B C D
/CLASSE SÓLIDO LÍQUIDO ELÉTRICO PIROFÓRICO
Sim Sim
Sim Sim
Abafamento para Abafamento
HALON Abafamento Abafamento
fogo de Extinção
superfície química
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Quando ocorre fogo a bordo, muitos procedimentos devem ser adotados para uma ação rápida e
eficiente. São os procedimentos imediatos e simultâneos e os procedimentos subsequentes.
Caso um princípio de fogo se inicie a bordo, os comissários deverão agir em equipe para a
realização de todos os procedimentos:
• O comissário que identifica o fogo, o combate; atuando com os agentes extintores mais
apropriados;
• Avalia a área onde está ocorrendo o fogo (aberta ou confinada);
• Caso o fogo envolva áreas energizadas, cortar imediatamente a energia do local;
• Outro comissário deverá munir-se de uma C.A.F., luva de kevlar e outro extintor;
rendendo assim o comissário que iniciou o combate;
• Manter a cabine de comando informada durante todo o processo;
• Após o pouso, iniciar a evacuação somente se necessário.
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A bordo existem duas técnicas que podem ser utilizadas dependendo do local em que o fogo
eclodir.
• Combater diretamente o fogo dirigindo o jato do agente extintor para a base da chama,
em forma de varredura.
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Sempre que o fogo for confinado, deve ser mantido confinado. É o princípio da auto extinção pelo
esgotamento do oxigênio existente na área confinada.
Equipamentos que possuem baterias de lítio de uso pessoal (celular, tablet, computadores)
são considerados artigos perigosos permitidos como bagagem de mão. É de conhecimento geral
que as baterias de lítio podem sofrer um superaquecimento e entrar em combustão.
Caso um passageiro chame e informe que seu equipamento eletrônico está superaquecido
e/ou com cheiro de queimado, mas não há fogo ou fumaça, deve-se pedir que o desligue
imediatamente, e não o conecte a saídas de energia ou saídas USB da aeronave; pedindo que o
passageiro monitore e informe caso o problema persista.
Porém, quando o equipamento eletrônico entra em combustão, os procedimentos
adotados pelos comissários serão:
• Afastar os passageiros do local;
• Munir-se de um extintor de Halon e combater imediatamente o fogo;
• Considerar o uso de C.A.F. e luvas de kevlar;
• Caso o equipamento esteja ligado à energia, cortar o suprimento da mesma;
• Utilizar água ou qualquer líquido não alcoólico para resfriar as baterias;
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• Não se deve utilizar gelo, pois o mesmo pode demorar a derreter e consequentemente
demorar para resfriar as baterias, além de correr o risco de eles pipocarem, machucando
quem estiver próximo;
• Aguarde aproximadamente 15min para ver se o fogo não irá ressurgir;
• Mergulhar o equipamento inteiro dentro de um compartimento com água e isole no
toalete traseiro;
• Mantenha o comandante informado durante todo o procedimento.
8. Procedimentos Preventivos
A melhor e mais eficiente maneira de se evitar o fogo a bordo é a prevenção. De modo simples e
através de pequenas atitudes pode-se evitar uma tragédia. Garantir a segurança a bordo de todos
aqueles que utilizam o transporte aéreo, é de responsabilidade dos tripulantes.
Procedimentos:
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EMERGÊNCIAS
A BORDO
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EMERGÊNCIAS A BORDO
A partir do momento que o passageiro entra no avião, sua segurança passa a ser de
responsabilidade do comissário de voo. É necessário em uma situação anormal, agir com
eficiência. Ser eficiente é ter rapidez, critério, bom senso, conhecimento e decisão. O comissário
deverá estar alerta em todos os momentos do voo, nunca subestimando qualquer probabilidade
de emergência, mesmo quando a aeronave estiver no solo.
1. EMERGÊNCIA
Conceitua-se emergência como toda situação anormal que coloca em risco a segurança da
aeronave e seus ocupantes.
Por sua vez, entende-se por segurança “a arte de reduzir ao mínimo as possibilidades de risco de
acidente”, pois esta será a função principal do comissário de voo, cuidar da segurança dos
passageiros e demais membros da tripulação a bordo da aeronave.
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atualmente, com diversas versões. A versão mais atual da família 737 é o Boeing 737 MAX, que
pode carregar mais passageiros e conta com motores mais eficientes.
A quantidade de saídas de emergência vai depender do modelo do 737, para fins pedagógicos,
utilizaremos um padrão de 8 saídas nesta aeronave.
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Sempre que houver um adulto segurando um passageiro colo, o cinto deverá ser ajustado somente
no adulto. A criança deverá estar segura pelos braços do adulto.
Em pousos normais, o acender do aviso luminoso de Atar Cinto é, geralmente, o sinal para os
comissários iniciarem a preparação da cabine para o pouso. Os passageiros deverão retornar aos
seus respectivos lugares e afivelarem seus cintos de segurança. Quando o aviso luminoso de “atar
cintos” se acende na cabine de passageiros, simultaneamente nos lavatórios também acendem
um aviso luminoso de Retorne ao Assento (Return to Seat).
Se ao pousar, houver um impacto maior com a pista, ou ao tentar decolar, ocorrer um aborto de
decolagem com impacto, os passageiros poderão sofrer fraturas na coluna vertebral caso estejam
com suas poltronas reclinadas.
Para evitar tal possibilidade, as normas de segurança internacionais requerem que todas as
poltronas estejam na posição verti cal durante decolagens e pousos, evitando assim o “efeito
chicote”.
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Este cinto deve ser utilizado em todos os passageiros que não possuem controle do tronco, como
por exemplo tetraplegia e paralisia cerebral. Ainda assim, cabe ao comissário avaliar a condição
do passageiro. Deve-se orientar ao acompanhante de como abrir o cinto para casos de
emergência.
O cinto é constituído de duas partes que se juntarão ao cinto fixo da poltrona. O cinto da poltrona
passará por dentro da argola da do cinto toraco-abdominal com formato de “V”. A outra parte do
cinto ficará presa ao encosto do assento e será responsável por segurar o tronco do passageiro,
como se vê na figura abaixo:
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Ao entrar no avião, o comissário poderá ir exercitando sua atenção para o aspecto da segurança,
analisando o estado estrutural das janelas da cabine de passageiros, enquanto caminha para
ocupar seu lugar na aeronave.
O Chefe de Cabine deverá efetuar o briefing junto a sua tripulação, exatamente para direcionar as
tarefas de cada um numa possível situação de emergência como também para designar as
posições dos comissários para a estação de emergência de acordo com o mapa de posicionamento
da aeronave (1L / 2L e 1R / 2R).
Faz parte das atribuições do comissário, o cheque pré-voo de todos os equipamentos de
emergência, com relação à existência a bordo, localização, validade e condições gerais, antes do
início do voo (conforme explicado nos capítulos anteriores). Este check é obrigatório, não devendo
em hipótese nenhuma ser deixado para depois. Os equipamentos de emergência estão localizados
em locais visíveis e de fácil acesso e, sempre próximos às estações de comissários e saídas da
aeronave.
Durante o embarque de passageiros e acomodação dos mesmos no avião, o comissário deverá
estar atento para os seguintes aspectos:
• Não permita o embarque de volumes ou bagagens cujo tamanho exceda a sua acomodação
sob as poltronas ou nos compartimentos superiores (bins).
• Não podemos permitir bagagem solta na cabine, nos corredores ou entre as poltronas, pois
igualmente atrapalharão muito, caso uma evacuação rápida se faça necessária.
• Não permitir a colocação de bagagem junto aos painéis de renovação de ar e sobre
equipamentos de emergência.
• Não permita o embarque de pessoas fumando.
• Crianças, deficientes visuais, pessoas com mobilidade reduzida, grávidas, obesos,
estrangeiros não poderão sentar-se nas fileiras de poltronas das janelas de emergência.
• O número de máscaras de oxigênio é sempre de uma a mais para cada conjunto de
poltronas. Estar atento para que não tomem lugar nos assentos, pessoas em quantidade
maior que o número de máscaras existentes.
• Verificar se as saídas de emergência estão totalmente desobstruídas.
O comissário deverá estar consciente que as operações de pouso e decolagens são sem dúvida
situações que oferecem maior risco, e onde normalmente, ocorre grande parte dos acidentes;
assim sendo, sempre que sentarem em suas estações para uma decolagem ou pouso deverão fazê-
lo com postura adequada, e cientes da sua importância e responsabilidade.
Nesta ocasião, é também oportuno repassar mentalmente todos os procedimentos de
emergência, referentes à operação das portas, escape slides (escorregadeiras), de evacuação,
permanecendo atentos e prontos para entrar em ação.
É importante também memorizar onde estão sentados os tripulantes extras, da mesma empresa
ou não, assim como estar atento para a existência a bordo de militares, médicos ou desportistas,
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pois estas pessoas, devido ao seu preparo ou condicionamento físico, poderão ser de bastante
utilidade para nos auxiliar, numa situação de emergência.
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O chefe de equipe e o comandante deverão ser comunicados de que a cabine, assim como a área
de responsabilidade de cada comissário, está preparada para o pouso ou decolagem.
Ao ser dado o aviso pela cabine de comando: “Tripulação Decolagem Autorizada”, dirija-se à sua
posição específica e coloque o cinto de segurança.
Enquanto o aviso de “Afivelar Cintos” estiver aceso permaneça em sua posição. Se o aviso
permanecer aceso por tempo prolongado o Chefe de Equipe deve verificar junto ao cockpit,
através do interfone, qual a situação existente. Evite entrar em contato com o cockpit nos
próximos 10 minutos após a decolagem.
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Guarde o material de galley em seus respectivos lugares, assegurando-se de que estejam fechados
e travados.
• Quando qualquer carrinho não puder ser travado, avise imediatamente ao cockpit.
• Evite entrar em contato com o cockpit nos 10 minutos antes do pouso.
Quando o aviso de “Afivelar Cintos” for aceso e vier da cabine de comando a informação de
“tripulação preparar para o pouso”, o chefe de equipe ou o comissário por ele designado deverá
fazer a alocução, informando aos passageiros para retornarem o encosto da poltrona para posição
vertical, afivelar o cinto de segurança e reiterar a proibição de fumar.
Os demais comissários deverão verificar a cabine de passageiros para ter certeza que os cintos
foram afivelados e ajustados; encosto da poltrona na vertical e mesas fechadas e travadas;
bagagens de mão devidamente acomodadas, crianças de colo não devem estar atados no mesmo
cinto de passageiro do adulto.
• Desconecte a escorregaderia.
• Solte a fita vermelha do visor.
• Abra a porta.
• Posicione-se para desembarque dos passageiros.
Quando houver troca de tripulação o Chefe de Equipe informa ao que for assumir sobre:
irregularidades detectadas na cabine de passageiros, passageiros com deficiência, menores e
orientação de segurança.
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Para pouso e decolagens, após o comissário sentar e colocar o cinto de segurança, é importante
manter a atenção e a consciência situacional em alta, pois esses são os momentos mais críticos do
voo.
4. Comunicação a Bordo
A comunicação contribui de maneira decisiva para se atuar de forma adequada em uma situação
de emergência. A comunicação com a cabine de comando deve ser constante, bem como, sempre
que possível, manter os passageiros bem informados. É função do chefe de equipe obter junto à
cabine de comando informações sobre o andamento do voo. Sempre que houver necessidade de
informar a equipe sobre alguma ocorrência ou anormalidade, o chefe de equipe comunicará
diretamente a todos os comissários.
O atendimento à cabine de comando poderá ser feito através do interfone ou pessoalmente. Este
atendimento deve ser imediato, permanecendo-se na cabine de comando o mínimo de tempo
necessário.
A seguir será apresentado como funciona o sistema de comunicação sonora e visual do Boeing
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Luz Rosa + 01 hi/low (dim-dom): Chamada pelo interfone da cabine de comando para comissários.
O reset é feito no painel de comissários.
Luz Rosa + 02 hi/low (dim-dom): Chamada pelo interfone de uma estação de comissários para
outra. O reset é feito no painel de comissários.
Luz Azul + 1 toque: Chamada pela PSU (passageiro-comissários). O reset é feito na própria PSU.
Luz Âmbar + 1 toque: Chamada pela LSU (passageiro-comissário). O reset é feito na própria LSU.
Luz Rosa piscando + 03 hi/low (dim-dom): Chamada da cabine de comando para comissários em
emergência.
5. Luzes de Emergência
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8. Equipamentos de Emergência
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Frequências:
• 121,5 MHz - VHF (Civil)
• 243,0 MHz – UHF (Militar)
• 406 MHz - Digital (Civil)
Alcance:
• Horizontal - 250 milhas náuticas (aproximadamente 460 km)
• Vertical - 40.000 pés (aproximadamente 13.000 metros)
Duração da Transmissão:
• Aproximadamente 48 horas
8.3. Machadinha
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8.4. Megafone
Nos megafones alimentados a pilha comum, caso, ao pressionar o gatilho ou botão, não haja sinal
de microfonia, verificar a colocação das pilhas.
Cheque Pré-Voo: Localização, presença, fixação e clareza.
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A finalidade deste sistema é atender ocupantes e passageiros que se encontrem com insuficiência
respiratória e possibilitar que os tripulantes executem os procedimentos pós despressurização,
caso a aeronave não possa descer até um patamar de segurança.
Existem dois tipos de cilindros. Um deles possui duas saídas, neste modelo, o tripulante deverá
acoplar a máscara na saída desejada e abrir a válvula on/off.
• Saída Vermelha: (ou indicando HI), com fluxo de 4 litros por minuto.
• Saída Verde: (ou indicando LO), com fluxo de 2 litros por minuto.
O segundo modelo possui somente uma saída para se acoplar a máscara. Neste
caso a própria válvula on-off regulará a quantidade do fluxo de oxigênio. Ao
gira-la uma vez o fluxo de 2 litros por minuto terá início e ao dar mais um giro,
o fluxo de 4 litros por minuto será iniciado.
Cheque pré-voo: Localização, presença, fixação, manômetro e mascará com
pino compatível.
O Kit do médico é de uso exclusivo do médico, caso haja algum a bordo. Este kit contém
equipamento médico-cirúrgico (bisturi, tesoura, medicamentos, etc.), seringas e injeções para
serem aplicadas nos casos de sintomas mais graves. Este kit somente poderá ser entregue
mediante apresentação, por parte do passageiro, do seu C.R.M.
No interior dos Kits há uma relação de medicamentos com a respectiva indicação de uso, há
também, uma folha de relatório para lançamento dos medicamentos utilizados. Caso haja
necessidade de utilizar-se o Kit do Médico, o chefe de equipe deverá fazer um relatório que inclua
o nome, endereço e condições do passageiro atendido, bem como nome, endereço, identidade
civil, número do CRM e diagnóstico do profissional que o atendeu.
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Entre as vantagens estão a de prover condições de se permanecer numa cabine com fumaça,
reduzir o pânico, reduzir o risco de desmaios, levando à obstrução dos corredores da cabine,
proteção para os olhos e sistema respiratório. Existem vários modelos de C.A.F., composto por
cores e materiais diferentes, porém a sua aplicabilidade e finalidade são as mesmas. Em sua
maioria a duração do capuz anti-fumaça é de 15 minutos.
O tempo necessário para abrir a maleta, retirar o capuz e vesti-lo é de aproximadamente 10
segundos. A principal diferença entre os modelos é que, alguns se aciona antes de vestir e outros
se aciona depois de vestir.
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Cheque Pré-Voo: Localização, lavre da maleta plástica, indicador de integridade (Cor Verde - O.K.
/ Cor rosa – Substituir)
Obs: Ocorrendo uma despressurização, o indicador poderá ficar na cor rosa, entretanto, apesar
desta indicação, o capuz ainda permanecerá em condições de ser utilizado durante o voo se for
necessário. Após o pouso, deve-se solicitar à manutenção sua substituição.
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9. Equipamentos de Flutuação
De acordo com normas da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI ou ICAO) que tratam
de equipamentos de flutuação, todas as aeronaves que efetuarem voos transoceânicos (além de
370 km do litoral), deverão dispor de equipamentos individuais e coletivos de flutuação.
Aeronaves que efetuarem Voos costeiros (rotas de até 370 km do litoral) deverão,
obrigatoriamente, portar equipamentos individuais de flutuação.
• Os equipamentos individuais de flutuação homologados são coletes salva-vidas e assentos
flutuantes.
• Os equipamentos coletivos de flutuação são escorregadeiras-bote e botes (barcos).
• As aeronaves que efetuam voos costeiros dispõem de coletes salva-vidas para tripulantes
e assentos flutuantes para passageiros.
• As aeronaves que efetuam voos transoceânicos dispõem de coletes salva-vidas para
tripulantes e passageiros, além dos equipamentos coletivos de flutuação (escorregadeiras-
bote ou botes).
Possui duas câmaras de flutuação, que serão infladas, cada uma, por uma cápsula
de ar comprimido. Em caso de falha no sistema de inflação, os coletes podem ser
inflados por sopro, através de um tubo acoplado a cada câmara. Os coletes
possuem, ainda, uma tira ajustável. Na altura do ombro, entre as câmaras, há uma
luz localizadora (ou sinalizadora) que é alimentada por uma bateria ativada à base
de água. O tempo de duração da luz do colete é de oito horas, aproximadamente. Cada câmara
inflada suporta, em média, um peso inercial de 60 kg. É recomendável que as duas câmaras sejam
infladas. Os coletes salva-vidas também podem ser utilizados para flutuação de suprimento extra
de água, mantas e alimentos, desde que haja tempo disponível para prepará-los.
• Instruir os passageiros para vestirem os coletes sem se
levantarem de seus lugares.
• Orientar para não inflá-los no interior da aeronave,
mas na área das soleiras das portas, ao abandonar a
aeronave, ou sobre a asa.
• Os sobreviventes deverão manter os coletes vestidos
e inflados até o momento do resgate.
Para vesti-lo, abra o invólucro que o contém, passe o colete por sobre a cabeça e passando a tira
em volta da cintura, prenda a fivela na parte central e ajuste (desta forma os coletes ficarão
ajustados no ombro e na cintura). Em crianças a tira deve ser passada também entre as pernas.
Infle-o puxando o comando de inflação de cor vermelha, ou soprando-se o tubo de borracha
existente entre as câmaras, de ambos os lados.
Cheque pré-voo: Localização, presença, quantidade, validade e integridade.
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Uma vez removidos de seus alojamentos, os botes deverão ser levados para as saídas prioritárias
(um dado específico de cada aeronave), que estejam acima do nível da água. No entanto, só
deverão ser levados para cima da asa ou jogados para fora da aeronave após terem sido fixados
por intermédio da corda de amarração.
Ao ser amarrado à fuselagem e jogado para fora, o pino do cilindro se soltará e inflará o bote
automaticamente.
9.4. Escorregadeiras-botes
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Estão equipadas com estações de embarque (com alças e degraus), toldo, montantes estruturais,
faca flutuante, luzes localizadoras, bomba manual de inflação, corda com anel de salvamento,
âncora, tira de amarração e pacote (kit) de sobrevivência no mar.
Na saia da escorregadeira-barco há uma dobra fechada por fita “velcro” ou botões de pressão. Sob
esta dobra encontra-se um cabo (cabo desconector) ligado a uma alça de lona, na qual está escrita
a palavra HANDLE.
Antes de comandar a abordagem, deve-se constatar a completa
inflação da escorregadeira-bote, isto é, o cessar do ruído da
entrada de ar pelos aspiradores (Venturi).
Preferencialmente, deve-se promover a transferência direta dos
passageiros da aeronave para a escorregadeira-bote (embarque
direto). Vaso não seja possível, deve-se instruir os passageiros
que pulem na água e nadem até o bote (embarque indireto).
Mesmo depois de desconectada, a escorregadeira-bote ficará
ligada à aeronave por intermédio da tira de amarração, que tem, assim como nos botes,
aproximadamente seis metros de comprimento.
Ao se proceder a uma abordagem, deve-se, dentro do possível, manter a escorregadeira-bote bem
próxima à aeronave, utilizando a tira de amarração.
Para separar definitivamente a escorregadeira-bote da aeronave, corta-
se a tira de amarração junto à embarcação, utilizando-se a faca flutuante,
localizada na própria escorregadeira, próximo ao final da tira (câmara
superior).
Conceitua-se “saídas de emergência” como aquelas pelas quais se evacua os ocupantes de uma
aeronave com o máximo de rapidez e segurança. As saídas de emergência, assim homologadas,
devem estar providas de equipamentos auxiliares de evacuação. Convencionalmente, são portas,
janelas de emergência e saídas auxiliares.
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Em caso de sinistro, qualquer ruptura da fuselagem que permita a passagem de uma pessoa deve
ser devidamente avaliada antes de ser utilizada como saída, neste caso chamamos tal passagem
de “área de abandono/escape”.
10.1. Portas
É importante salientar que tal tira é apenas um aviso visual de que a porta está aberta e desprovida
de escada/finger, por este motivo, sempre que a porta estiver nesta situação, um comissário
deverá permanecer junto dela.
As janelas da cabine de passageiros somente devem ser utilizadas numa situação de emergência.
Para abrir internamente a janela do B-737, deve-se segurar o punho inferior e puxar a alavanca
superior da janela, a janela abrirá automaticamente para fora e para cima, permanecendo presa à
fuselagem.
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Para a abertura externa, basta pressionar um retângulo de cor contrastante existente na parte
superior da janela.
Mar agitado com ondas muito fortes poderá jogar as pessoas na água. É importante saber a área
exata onde se encontram as argolas sobre a asa, pois na eventualidade de estarem submersas,
será necessário localizá-las pelo tato.
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11. Escorregaderias
Nas aeronaves comerciais destinadas ao transporte de passageiros, todas as saídas que estejam a
mais de 2 metros de altura (estando a aeronave com todos os trens de pouso arriados), deverão
estar providas de equipamentos auxiliares de evacuação que auxiliem seus ocupantes a chegarem
ao solo.
Nas saídas ao nível do piso homologadas como saídas de emergência (portas) o equipamento
exigido é a escorregadeira. As escorregadeiras encontram-se adequadamente dobradas,
apresentam o aspecto de um pacote e podem ser classificadas como não infláveis (simples) ou
infláveis (divididas em infláveis semiautomáticas e automáticas)
Sua função é prover um meio rápido e seguro para a evacuação da aeronave em caso de
emergência. Alguns modelos também poderão ser utilizados como bote no caso de amerrissagem.
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Consistem de uma lona reforçada com alças laterais e quatro tiras de nylon com prendedores em
cada uma das extremidades destinadas à armação da mesma. Duas pessoas descem pela própria
escorregadeira como corda (preferencialmente um comissário e um passageiro) e depois
estendem para que os demais passageiros possam deslizar. Nas aeronaves B-737, este tipo de
escorregadeira não está presente.
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Cabe ressaltar também que o Código Penal – Decreto Lei 2848/40 estipula que:
Art. 261 – Expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar ato tendente a
impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea
Pena - reclusão, de dois a cinco anos.
Sinistro em transporte marítimo, fluvial ou aéreo
§1º - Se do ato resulta naufrágio, submersão ou encalhe de embarcação ou a queda ou
destruição de aeronave:
Pena – reclusão, de quatro a doze anos.
Prática do crime com fim de lucro
§2º - Aplica-se, também, a pena de multa, se o agente pratica o crime com intuito de obter
vantagem econômica, para si ou para outrem.
Modalidade culposa
§3º - No caso de culpa, se ocorre o sinistro:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Este tipo de comportamento se difere daquele observado como interferência ilícita, que será
tratado no próximo tópico.
Sempre que se detectar a presença de qualquer passageiro potencialmente inconveniente, o
comissário deve comunicar ao comandante. E com relação a atitude tomadas pela tripulação
comercial, há três níveis a considerar:
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• Procure determinar o número de sequestradores, pois alguns deles, pode não ter se
manifestado, assim como conhecer a quantidade de armas. Todo esforço deve ser feito
para transmitir estas informações e quaisquer detalhes que identifiquem as pessoas e o
instrumento de ameaça às autoridades.
• Avise a cabine de comando (se o sequestro tiver se iniciado pela cabine de passageiros),
via interfone, pronunciando o Código 7.500 quando for atendido (quando aplicável).
Algumas pessoas possuem autorização para levar arma a bordo, devido a prerrogativa por cargo,
geralmente são: policiais levando prisioneiro, militares a serviço, etc.
Porém algumas regras devem ser seguidas, esses passageiros devem se identificar no check-in, ele
será encaminhado à sala da Policia Federal do aeroporto, onde deverá desmuniciar a arma,
receberá uma autorização e poderá seguir para o voo. A arma e a munição irão junto com o
passageiro, porém, separadamente.
Havendo mais de um ocupante da aeronave com autorização para portar armas, os mesmos
deverão ser acomodados em locais diferentes da aeronave. E deve-se informar a cada um da
presença e da localização dos demais.
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12.7. Turbulência
• Máquinas fotográficas;
• Marca-passos;
• Relógios eletrônicos;
• Aparelhos auditivos;
• Equipamentos médicos eletrônicos.
• Filmadoras;
• Câmeras;
• Gravadores de fita cassete;
• Calculadoras e agendas eletrônicas;
• Barbeadores elétricos;
• Notebooks.
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Caso algum passageiro utilize algum equipamento eletrônico que não seja permitido para aquela
fase do voo, deve-se informar ao passageiro sobre sua proibição e risco ao voo, e solicitar que o
equipamento seja desligado. Caso o passageiro não atento a solicitação, informe a cabine de
comando.
13.1. Despressurização
O mais sério risco que os ocupantes de uma aeronave em grandes altitudes enfrenta é o de uma
despressurização da cabine, provocada por uma pane do sistema, ruptura de uma janela ou porta.
Em caso de vazamento de pressão, avisar imediatamente a cabine de comando.
Havendo constatação de perigo, os passageiros sentados na área de 12 metros quadrados
(aproximadamente 4 fileiras) do ponto de vazamento deverão, imediatamente, ser retirados do
local. Não havendo poltronas livres onde se possa coloca-los, deverão ser acomodados um em
cada fileira de poltronas, preferencialmente nas que estiverem à frente do ponto de vazamento,
colocando-se dois passageiros em um mesmo cinto. Se o cinto for muito curto e não se puder
colocar dois passageiros em um só, deverão ser utilizados os cintos das poltronas anteriormente
ocupadas, que deverão, igualmente, ser removidos e fixados aos engates das poltronas que serão
ocupadas.
Quando ocorre uma despressurização, a providência a ser tomada pelos tripulantes técnicos é
iniciar a descida da aeronave e utilizar, com a máxima urgência, o Sistema Fixo de Oxigênio de
Emergência.
O procedimento de descida da aeronave será de um ângulo acentuado até atingir uma altitude de
segurança onde todos poderão respirar sem o auxílio do sistema fixo de oxigênio (10.000 ft). Os
comissários serão os primeiros a sofrer os efeitos da altitude, por estarem desenvolvendo uma
atividade física, quando é maior o
consumo de oxigênio. Em altitudes
mais elevadas, o TUL (Tempo Útil de
Lucidez) é muito curto. O TUL pode ser
definido como o tempo em que
alguém pode fazer alguma coisa por si
mesmo, tal ajustar corretamente a
máscara de oxigênio.
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Logo que a aeronave atingir a altitude em que se possa respirar sem o auxílio do sistema fixo de
oxigênio, caso alguém ainda necessite de oxigênio suplementar, pode-se utilizar os cilindros
portáteis com oxigênio terapêutico.
Após o comandante informar via P.A. “Tripulação uso das máscaras dispensado”, os comissários
deverão:
• Munir-se de um cilindro portátil de oxigênio;
• Checar Galleys, toaletes e cabine de comando;
• Chegar à cabine de passageiro, realizando primeiros socorros nos passageiros que
necessitem;
• Recomenda-se colocar as máscaras de oxigênio para dentro dos compartimentos
superiores, desta forma deixamos a cabine visualmente menos poluída, diminuindo o
pânico, além de ser mais fácil de verificar quais fileiras já foram verificadas.
Quando houver uma despressurização e o comandante, por algum motivo, não puder descer até
o patamar de segurança (10.000ft), ele descerá o mais baixo possível e informará via P.A.: “Atenção
tripulação, aeronave nivelada a XXXX pés, por XXX minutos”.
Neste momento os comissários deverão realizar o Walk Around Procedure, que compreende na
abertura dos compartimentos de máscaras dos passageiros que por ventura não tenham aberto.
Desta forma deverão:
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A IATA elaborou um manual (Dangerous Goods Regulations) onde pode-se encontrar os artigos
proibidos como bagagem de mão e despachadas; artigos proibidos como bagagem despachada;
artigos proibidos como bagagem de mão. A lista é extremamente extensa, apresentaremos a
seguir alguns itens e artigos perigosos mais comuns:
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• Garrafas pequenas de oxigênio gasoso para uso médico (somente quando autorizado pelo
operador aéreo);
• Munições para prática esportiva, como bagagem despachada;
• Cadeiras de rodas com baterias não derramáveis, baterias desconectadas e bornes isolados
para evitar curto circuito e fixa à cadeira (somente com autorização do operador aéreo);
• Cadeiras de rodas com baterias derramáveis, desde que a cadeira possa ser transportada
na posição vertical e fixada de maneira que não tombe. (Somente com autorização do
operador aéreo).
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O Chefe de equipe, por sua vez, deverá transmitir aos supervisores, ou diretamente a todos os
comissários, as instruções necessárias.
• Natureza da emergência;
• Tempo disponível para a preparação da cabine;
• Local do pouso;
• Zona da aeronave provavelmente mais atingida, havendo impacto;
• Quem informará a situação aos passageiros;
• Sinal convencional para assumir a posição de impacto.
Após serem informados da situação, os comissários deverão posicionar-se ao longo da cabine, pois
no momento em que a situação de emergência for comunicada aos passageiros, os comissários
terão condições de, estando assim posicionado, controlar possíveis manifestações de pânico, bem
como instruir passageiros.
A princípio, a comunicação de um pouso de emergência é feita pelo Comandante. Caso transfira
este encargo ao chefe de equipe, este utilizará o anúncio específico, que deverá ser lido com voz
clara e calmamente.
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Antes de se iniciar o anúncio aos passageiros, toda a iluminação da cabine deve ser ligada na
intensidade Bright.
Modelo de anúncio de emergência:
“Senhoras e Senhores, sua atenção por favor. Quem lhes fala é o comissário ________ em nome
do comandante ______. Em razão de problemas técnicos, seremos forçados a realizar um pouso
de emergência em ______ dentro de aproximadamente ______ minutos. Solicitamos toda sua
colaboração no atendimento das solicitações que serão feitas por esta tripulação. Os tripulantes
estão treinados e preparados para enfrentarem este tipo de situação, assim como este avião é
dotado de todos os recursos de segurança necessários. Coloquem agora sua bagagem de mão nos
corredores do avião, daqui a alguns instantes daremos mais instruções. Obrigado.”
Neste momento os comissários devem recolher as bagagens e acomoda-las nos toaletes traseiros,
preferencialmente os que não possuírem as portas voltadas para o corredor da aeronave. Somente
após este procedimento, reinicie o anuncio.
“Senhores passageiros, sua atenção por favor. Será necessário contar com a ajuda de um número
maior de pessoas, por isto pedimos que, caso esteja a bordo um tripulante extra, que se apresente
para nos auxiliar junto às saídas de emergência. Faremos também algumas mudanças de lugares
entre os senhores, visando uma melhor atuação da tripulação.”
Neste momento, todos os comissários deverão atuar no sentido de selecionar, mudar de assento
e orientar os passageiros escolhidos, damos os nomes dos passageiros que nos ajudarão próximos
às saídas de ABD (Able Body Person). Reacomoda-se também gestantes, pessoas com deficiência,
etc. Após este procedimento, reinicia-se o anuncio:
Quando o comandante der o comando de Impacto, todos os comissários devem dar a Voz de
Comando em alto e bom som: “Abaixem-se, Abaixem-se, Abaixem-se”, para que os passageiros
assumam a posição, bem como os tripulantes.
Após o impacto com o solo, os comissários devem repetir o comando anterior até a parada total
da aeronave.
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O objetivo da posição de impacto é reduzir o efeito do impacto secundário do corpo com o interior
da aeronave. De acordo com estudos efetuados, a posição de impacto adequada a cada ocupante
da aeronave depende de diversos fatores, tais como as condições de colisão (direção, velocidade,
violência do impacto, etc.), a configuração do interior, o desenho e resistência das poltronas, bem
como as características físicas dos ocupantes da mesma. Obviamente, com tantos fatores
envolvidos, é impossível se eleger uma única posição de impacto que abranja todos os casos.
Entretanto, é possível, isto sim, apontar alguns princípios que permitam selecionar a posição mais
adequada a cada caso, com base em fatores pré-determinados.
O impacto secundário pode ser reduzido ao se posicionar o corpo (ou parte dele) o mais próximo
possível do anteparo com o qual ele deverá ter contato após o impacto. O chamado efeito chicote,
(movimento provocado sobre o corpo por uma desaceleração) pode ser reduzido, desde que os
ocupantes tenham seus corpos posicionados na direção em que, provavelmente, serão impelidos
(por inércia) após o impacto.
O cinto de segurança deve ser posicionado nos ossos da bacia (retenção ventral), só devendo ser
ajustado após o ocupante ter encostado totalmente o tronco no encosto da sua poltrona, quanto
mais justo estiver o cinto de segurança, maior será a resistência à desaceleração.
Os pés do ocupante devem estar apoiados firmemente no assoalho, um pouco à frente do assento
da poltrona. As pernas não devem ser posicionadas sob o assento da poltrona à frente, pois
poderiam ser quebradas durante o impacto, devido ao efeito alavanca que se formaria ao
chocarem-se contra a referida poltrona.
16.1. Crianças
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Criando Novos Horizontes MTCMV - Revisão: 02 - Data: 16/12/2019
A fivela do cinto de segurança geralmente está colocada de forma que fique ao lado de uma criança
pequena (quando ajustado), reduzindo o risco de ferimentos.
O cinto deve ser colocado no baixo ventre da criança, logo acima das pernas. Se não puder ser
ajustado de forma que fique sem folga, travesseiros e mantas deverão ser colocados por trás da
criança para que criem volume, ajustando, assim, o cinto de segurança.
As crianças que estiverem no colo de adultos devem ser seguras deitadas de maneira
que se sustente tanto a cabeça quanto o tronco. O adulto deverá se inclinar para
frente, sobre o cinto, de forma que a criança fique no espaço criado entre seu tronco,
suas pernas e o encosto da poltrona à frente.
16.2. Gestantes
Mantas deverão ser utilizadas para elevar o assento da poltrona ocupada por uma
gestante. Esta deverá ser instruída a colocar o cinto de segurança bem baixo (baixo
ventre) para que sua força seja exercida sobre a pelve (isto é possível devido à
elevação do assento).
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Criando Novos Horizontes MTCMV - Revisão: 02 - Data: 16/12/2019
17. Evacuação
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Criando Novos Horizontes MTCMV - Revisão: 02 - Data: 16/12/2019
Após impacto e consequentemente parada da aeronave, deve-se avaliar toda situação para
determinar que tipos de evacuação ocorrerá.
Algumas situações, devido a sua gravidade, justificam a saída imediata da aeronave, desta forma,
considera-se que uma evacuação é evidente.
Não havendo nenhuma das situações acima, os comissários devem aguardar que a ordem de
evacuação venha de alguém hierarquicamente acima deles, sendo assim, consideramos uma
Evacuação por Hierarquia.
Neste caso, após a parada total da aeronave, a necessidade de evacuação será analisada seguindo
a seguinte ordem:
• Comandante;
• Copiloto (na falta do comandante);
• Outro membro da tripulação técnica (na falta do comandante e copiloto);
• Chefe de Equipe (na falta de todos os membros da tripulação técnica);
• Demais comissários.
O comando que será dado via P.A. informando aos comissários que a evacuação está autorizada
será: “Evacuar, Evacuar, Evacuar”.
Somente após ter verificado essas duas características é que uma evacuação pode ser iniciada.
O sucesso de uma evacuação está diretamente ligado ao nível de preparo da tripulação, por este
motivo, é importante:
• Orientar a evacuação com rapidez e ritmo.
• Utilizar o maior número possível de saídas.
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Criando Novos Horizontes MTCMV - Revisão: 02 - Data: 16/12/2019
Durante esse procedimento, deve utilizar a voz de comando “Senta, Senta, Senta”. Devido ao
medo, a tendência dos passageiros é de se levantar assim que a aeronave parar, caso isso
aconteça, o comissário perderá o controle da evacuação, colocando em risco a vida de todos.
Assim que os motores forem cortados iniciamos a evacuação por todas as saídas que não
apresentem risco. Levando em consideração os procedimentos de evacuação evidente ou por
hierarquia.
Quando a saída estiver aberta e o slide estiver inflado, os comissários deverão utilizar a voz de
comando: “Soltem os Cintos, corram para mim”.
Assim que os passageiros chegarem à porta, deve-se utilizar a voz de comando: “Saltem e
escorreguem”.
Após a saída de todos os passageiros, caso as condições permitam, os comissários devem fazer o
cheque de abandono da aeronave, para verificar se não ficou nenhum passageiro e para auxiliar
passageiros com necessidades especiais, deve-se também fazer o cheque da cabine de comando,
para verificar se os pilotos necessitam de ajuda.
Caso o pouso tenha sido realizado fora da área aeroportuária, antes de sair do avião, os
comissários devem levar todos os equipamentos de emergência de sua área de atuação.
As vozes de comando são todas as ordens dadas pelos comissários aos passageiros durante um
pouso de emergência. Elas são fundamentais para que a evacuação seja bem-sucedida.
Os comandos dirigidos aos passageiros devem ser claros, objetivos, positivos e em voz alta; sempre
acompanhada por gestos (mímica). Desta forma, conseguimos que as pessoas não pensem em
outra coisa, a não ser em obedecer às ordens dadas, atuando no subconsciente e induzindo-os a
sua execução.
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Criando Novos Horizontes MTCMV - Revisão: 02 - Data: 16/12/2019
Se o escape-slide ou slide-raft não inflar, nem no sistema manual, bloqueie a porta (fazendo o
bloqueio físico da mesma), e redirecione os passageiros para outras saídas operativas próximas
(em aeronaves de grande porte). Como última opção, os slides podem ser usados como slides
simples (desinflados). Para tal, um comissário e um passageiro descem pelo mesmo como se fosse
uma corda, e permanecerem segurando o slide de forma que os outros passageiros possam
escorregar.
Havendo fogo, ou obstrução, a porta não deverá ser aberta e os passageiros deverão ser
redirecionados.
Caso a porta esteja emperrada, peça alguém para ajuda-lo, se mesmo assim não conseguir abrir,
redirecione os passageiros. Somente neste caso o comissário poderá abandonar sua porta e
auxiliar o comissário de outra saída caso seja necessário, pois ninguém que tentar abrir aquela
saída conseguirá. Em todos os outros casos, os comissários devem permanecer sempre junto à
porta até o final da evacuação.
Nestes casos os comissários deverão utilizar a voz de comando: “Usem aquela saída”.
• Má atitude do avião;
• Decisão de evacuação tardia;
• Fumaça e gases tóxicos;
• Má visibilidade no interior ou exterior da cabine;
• Grande número de acidentados;
• Más condições atmosféricas;
• Grande número de saídas inoperantes;
• Não observância das regras de evacuação;
• Falta de atenção durante pousos e decolagens;
• Obstrução de qualquer espécie;
• Pânico generalizado;
• Aglomeração de pessoas junto às saídas;
• Não afastamento dos passageiros para uma zona de segurança.
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SOBREVIVÊNCIA
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SOBREVIVÊNCIA NA SELVA
Durante uma sobrevivência, o que definirá o sucesso de todo o processo não será necessariamente
a sua força, mas sim, sua inteligência e determinação.
Na formação de comissários de voo, quando se estudo sobrevivência, não se deve basear somente
em estatísticas, mas sim, pensar em uma eventual situação na qual terá que saber agir com
segurança considerando que muitas vidas dependerão de suas atitudes e que você poderá ser a
chave de todo o salvamento.
Uma vez em solo, após um pouso forçado na selva, diversas ações deverão ser executadas imediata
e simultaneamente, sendo que um tripulante deverá assumir o comando e distribuir tarefas.
Procure proceder inicialmente da seguinte maneira:
• Afastar-se da aeronave, a uma distância de 100 metros, somente retornando após os
motores terem esfriado e o combustível evaporado;
• Acionar o rádio farol de emergência (Rescue 99);
• Verifique entre os acidentados, o número e a natureza dos ferimentos, prestando
primeiros socorros por gravidade: hemorragia, traumatismo craniano e fratura exposta...;
• Abra o Kit sobrevivência na selva, separe e proteja os sinalizadores;
• Providencie proteção contra o vento e a chuva, principalmente para os feridos, armando
um abrigo provisório com a lona e a corda do kit sobrevivência;
• Distribua funções a todos os sobreviventes que estejam física e psicologicamente capazes;
• Descanse física e psicologicamente até que esteja recuperado do choque do desastre;
• Tenha calma e não se apresse, planeje suas próximas ações.
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• Não tenha medo na selva, nela você poderá viver várias semanas, se souber evitar pânico;
• De modo geral, os índios são acolhedores, desde que não tente ludibria-los ou molestá-los;
• Nas primeiras 24 horas deverá ser obedecido o racionamento de comida e água, porque já
estaremos alimentados para este período, em contrapartida, não sabemos por quanto
tempo aguardaremos a chegada do grupo de busca e salvamento;
• Só abandone o local do acidente se orientado pela equipe de resgate, se tiver certeza que
se encontra a uma curta distância (a pé) de socorro ou após ter esperado durante vários
dias e estiver convencido da pouca probabilidade de socorro.
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• Corda;
• Lona;
• Bloco de papel e lápis.
O cheque pré-voo desse equipamento será: Localização, presença, lacre e validade dos itens.
3. Sinalização
O primeiro sinalizador a ser usado é o Rescue 99 que deverá ser acionado nas ações imediatas e
simultâneas.
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• Apito;
• Espelho;
• Pó marcador de água;
• Foguete pirotécnico.
Independente dos sinalizadores acima, que somente serão utilizados em momentos específicos,
deve-se sinalizar todo o local do acampamento da melhor forma possível:
• Coloque objetos brilhantes, ou de coloração viva, sobre a asa do avião e ao redor do
mesmo. Chapas de carenagem postas do lado sem pintura para cima, são bons refletores
e, por isso, serão mais facilmente visíveis do ar. Objetos cujas cores contrastem com o
verde das árvores, ajudam muito a sua localização;
• Distribua pequenas fogueiras em um raio de 50 a 100 metros do avião, de maneira que
possam ser rapidamente ativadas quando algum sinal de socorro vier a ser avistado
durante o dia ou a noite;
• De noite utilize a fogueira com fumaça branca, para isso, coloque folhas verdes, musgos ou
pequenas quantidades de água.
• De dia utilize fogueira preta, utilize óleo dos motores, materiais sintéticos ou pedaços de
borracha.
3.1. Lanterna
É um sinalizador noturno e suas baterias possuem uma duração
aproximada de 8 a 12 horas ininterruptas, desde o momento que é
retirada de seu suporte na aeronave. Caso a evacuação tenha sido
durante o dia, uma forma de economizar bateria é desrosquear a parte
que dá contato com a bateria.
3.2. Apito
Sinalizador útil tanto para períodos noturnos quanto diurnos, para atrair a atenção
de outras pessoas na praia, localizar a posição de algum bote que tenha se
afastado, etc.
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Devem ser sempre conservados secos. Possui dois lados, um para utilização diurna e um para
sinalização noturna. Possui um alcance de aproximadamente 50km.
O lado diurno possui uma tampa lisa e ao ser acionado produz uma fumaça
alaranjada. O lado noturno possui uma tampa com relevo, normalmente na letra
N, e produz uma chama de cor brilhante.
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Alguns sinais serão utilizados na sinalização terra-ar somente pelas equipes de resgate:
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A sinalização pode ser feita ainda através do corpo com os seguintes sinais:
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de qualquer modo dificultar o salvamento. Se o seu salvamento for por helicóptero, observe como
será o procedimento de içá- lo.
Caso em terreno acidentado onde não seja possível o pouso (ou aproximação) do helicóptero, siga
para um local menos acidentado, onde o mesmo possa fazer o voo pairado e apanhá-lo com o
guincho.
Coloque a alça do cabo da mesma maneira que você coloca um casaco. Cuidado para não ficar
dependurado, de costas para o helicóptero. Se você estiver ferido e incapacitado de colocar a alça,
um tripulante da aeronave SAR descerá para ajudá-lo.
Caso a aeronave consiga pouso, se aproxime dela sempre abaixado para frente, e em uma área de
visão dos pilotos. Caso suba poeira densa, devido a rotação do motor, sente e espere ajuda da
equipe de resgate. Nunca leve objetos sobre a cabeça.
Sempre que possuir sinalizador de fumaça, use-o, a fim de indicar ao piloto a direção e intensidade
do vento.
4. Ações Subsequentes
Para facilitar a sequência a ser seguida pelos sobreviventes, foi adotado a sigla AFA+A, que significa
Abrigo, Fogo, Água e Alimento, nesta ordem.
5. Abrigo
Em qualquer área poderá ser improvisado um abrigo com partes da aeronave, equipamentos de
emergência ou com materiais naturais que poderão ser encontrados no local.
Porém, ao se decidir construir um abrigo para longas durações deve-se ter o cuidado de não
escolher terrenos com inclinação muito pronunciada ou em área onde houver perigo de
avalanches, inundações, quedas de rochas ou em local demasiadamente exposto aos ventos.
Não se deve construir abrigos debaixo de grandes árvores, árvores com galhos secos e árvores com
grandes frutos, como coqueiro.
Escolha para o acampamento um local em ponto elevado, plano, o mais afastado possível de
charcos e pântanos, pelo menos 100 metros.
Caso seja necessário, cave uma canaleta rasa em volta do abrigo para evitar que ele seja invadido
pela água da chuva.
Nunca durma diretamente sobre o chão, o contato com a terra fria ou insetos poderá ser bastante
nocivo.
Dos abrigos provisórios, destacam-se dois, o Rabo de Jacu e o Abrigo em A.
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6. Fogo
Após a construção de abrigo, o fogo deverá ser sua próxima atividade, tendo em vista que ele será
necessário para purificar a água que encontrarmos e cozinhar os alimentos. Vale lembrar que se
houver uma quantidade grade de sobreviventes aptos, enquanto um grupo se concentra na
construção de abrigo, um outro já poderá iniciar uma fogueira.
Além disso, o fogo será necessário para se aquecer, se manter enxuto e sinalizar. Não faça
fogueiras muito grandes, pois ela deverá permanecer acessa dia e noite, desta forma, as pequenas
exigirão menos combustível e serão mais fáceis de controlar. Uma pessoa deverá ser designada
para cuidar desta tarefa.
Faça um estoque razoável de lenha para abastecer o fogo, principalmente a noite onde seria
extremamente arriscado sair andando pela selva atrás de combustível.
Lentes: A chama poderá ser obtida fazendo-se incidir os raios solares sobre a isca,
através das lentes de binóculos, máquinas fotográficas, lentes de aumento ou lentes
de óculos.
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Pilhas: Com um pedaço de lã de aço ou fio elétrico fino, ligado aos polos de uma
bateria (ou duas pilhas comum), incendeiam-se facilmente.
7. Água
A água é uma das necessidades mais importantes. Procure por água logo que possível, vive-se até
semanas sem alimento, mas sem água vive-se muito pouco.
O corpo humano necessita normalmente de 2 litros de água por dia para sua eficiência. Um
sobrevivente na selva necessita de 500ml por dia. A maioria da água encontrada na selva deverá
ser purificada entes de consumida, utilizando as seguintes técnicas:
• Pela fervura, durante pelo menos 1 minuto;
• Pelo adicionamento de 8 gotas de tintura de iodo em um litro de água e esperando 30
minutos antes de beber;
• Juntando a água ao purificador existente nos equipamentos de primeiros socorros ou
de sobrevivência (seguindo as instruções da bula).
• Urina e água do mar não servem para beber, pois possuem alto teor de sal.
• Na selva são diversos os locais onde podemos encontrar água, dentre eles destacam-
se:
• Procure nascentes em terrenos rochosos;
• Cave em solo arenoso, as margens de correntes ou lagos lamacentos, em uma distância
da margem de 30cm a 2 metros. Cave até 1 metro e meio de profundidade e espere o
lodo baixar, essa água. Essa água deverá ser coada e purificada antes de consumida.
• Água da chuva captada diretamente em recipientes limpos poderão ser bebidas sem
purificação;
• Trilhas de animais normalmente vão dar em uma fonte de água, mas tenham cuidado
para que os mesmos não se sintam ameaçados. Essa água deverá ser purificada antes
de consumida;
• O sobrevivente poderá fazer pequenas crateras no chão e forrá-las com lona para
captação de água das chuvas;
• Dentro de vegetais como: cipó de casca grossa, bambu, cocos, gravatás e cactos.
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O bambu acumula água da chuva em seu interior. Para coletar a água deve-
se fazer um furo na base dos nós. Essa água somente poderá ser consumida
após purificada.
7.4. Gravatá
verdes, ao entrar em contato com a lona, se condense e escorra para dentro da vasilha. Para se
retirar o sal da água do mar, segue-se o mesmo procedimento, porém, deve-se forrar o fundo do
buraco com outra lona, e encher de água salgada, de forma que a mesma não entre dentro do
recipiente, a água do mar quando evaporar, vai condensar ao entrar em contato com a lona e
escorrer para dentro do recipiente.
8. Alimento
As provisões dos conjuntos de sobrevivência e que por ventura tiverem sido retirados do serviço
de bordo da aeronave, obrigatoriamente deverão ser dividias em 3 partes iguais, deverá se estimar
a quantidade de dias que a equipe de resgate levará para chegar, e consumida da seguinte forma:
• 1º dia – Jejum absoluto;
• 2/3 das provisões para a metade do tempo estimado para a chegada do resgate;
• 1/3 para a segunda metade do tempo estimado para a chegada do resgate.
Enquanto nos alimentamos das provisões advindas da aeronave, deve-se começar a se preocupar
em obter alimento na selva. Nesta situação a principal fonte de alimento será o de origem vegetal,
porém, isso não significa que abandonaremos a hipótese de conseguir alimento de origem animal.
Os sobreviventes devem tentar se alimentar de 2 refeições diárias, sendo que, se possível, uma
delas deve ser quente.
A espécie humana, dependendo do costume, se alimenta de gafanhotos, lagartos, formigas,
cupins, cobras, caracóis, bichos da seda, pulgas, piolhos e até escorpiões.
Se parte do grupo sair em busca de socorro e parte permanecer junto à aeronave, para cada pessoa
que sair em busca de socorro é dado o dobro de alimento que deverá receber aquele que vai
permanecer no acampamento. Deste moto, os que permanecem descansando e os que se
afastarem, deverão estar em idênticas condições físicas no momento do resgate.
Se a ração de água for menor que um cantil por pessoa, por dia, evite ingestão de alimentos
farinhosos, secos ou muito condimentados.
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As palmeiras são consideradas a “Árvore da Providência”. Pois a maioria produz coquinhos que
geralmente estão pendurados sob as folhas, e nenhuma espécie de coquinho é venenoso. Algumas
palmeiras também possuem quantidades apreciáveis de palmito, que pode ser obtido cortando o
tronco, retirando a substância branca interna e lavando-a com várias águas. Além do alimento,
sabe-se que palmeiras somente crescem em regiões com água nas proximidades, desta forma, ao
encontrar uma palmeira, deve-se procurar por fontes de água na região, caso não encontre, cave
próximo à sua raiz, provavelmente se encontrará terra úmida. E por fim, delas também será
aproveitado sua folhagem para a construção de abrigo. Desta forma a Árvore da Providência nos
proporcionará: abrigo, água e alimento.
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do coco pode ser comida de qualquer maneira, inclusive os brotos de coco que brotam das polpas
dos cocos caídos no chão, são comestíveis. Aquecendo-se a polpa pode-se obter óleo de coco que
será um bom preventivo contra queimadura de sol, úlceras e inchações provocadas pela água do
mar, e eficiente para afastar bichos-de-pé e outros insetos.
Os pássaros e pequenos animais são mais difíceis de serem caçados. Destacam-se os pombos, ratos
selvagens e macacos. A melhor maneira de caça-los é por meio de armadilhas.
As carnes não devem ser demasiadamente cozidas. Quando se utilizar uma ave como fonte de
alimento, deve-se retirar as penas logo após o abate, dela se pode aproveitar tudo, inclusive o
coração, fígado e rins, que poderão ser ingeridos crus. Pode-se retirar as penas através do processo
caseiro (água quente), podendo ainda empregar o processo de descamisamento (neste processo,
perde-se a pele da ave).
Caso tenha caçado algum tipo de mamífero, deve-se proceder com a esfola, “tirar o couro”. Feito
isso, abre-se o animal pela linha do peito, tendo o cuidado para não perfurar a bexiga, para não
contaminar a carne. Deixe a carne maturar por um período, o consumo imediato não é
aconselhável pois a mesma estará dura e fibrosa. Nenhuma parte das vísceras deverá ser
aproveitada.
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Nunca se deve ingerir sapos, pois possuem duas glândulas de veneno logo atrás dos olhos. O
veneno do sapo é tão perigoso que o ele mesmo morre se o seu veneno for injetado em seu
sangue. O sapo não ataca, o único perigo que existe é pegarmos e apertarmos sua glândula de
veneno, fazendo com que atinja nossos olhos ou entre em nossa boca. Diferentemente do sapo, a
maioria das rãs são comestíveis. A diferença entre os dois são principalmente:
• O sapo prefere viver em terra firma, já as rãs preferem lagoas;
• O Sapo possui tamanho de 2 a 25 centímetros, já as rãs de 9,8 milímetros à 3 centímetros;
• O sapo tem aparência estranha, pele rugosa e cheia de verrugas, suas pernas são curtas.
As rãs possuem pele lisa e brilhante, suas pernas são longas e correspondem a mais da
metade do seu tamanho.
É importante ter em mente que todas as cobras, com exceção das do mar, servem para comer.
9. Animais Marinhos
A melhor hora para pescar é bem cedo ou no finalzinho da tarde. Na água doce, geralmente o
melhor lugar para pescar é nos locais onde a profundidade é maior, nos poços naturais ao pé de
cachoeiras, no final de corredeiras ou por trás de grandes rochedos. Durante o dia os peixes
costumam procurar abrigo junto aos obstáculos naturais, tais como pedras, plantas aquáticas, etc.
Peixes marinhos deslocam-se em grandes cardumes e costumam aproximar-se da costa, quando
a maré enche. Você poderá, muitas vezes, guiar-se pelas aves aquáticas para localizar um cardume,
pois elas fazem seus voos para reconhecimento do terreno e para descobrir alimentação.
Na maré baixa poderemos encontrar ostras, mariscos e mexilhões presos nos ramos mais baixos
das árvores dos mangues e em pedras. Mariscos e mexilhões que não forem cobertos pela maré
alta, não deverão servir de alimentos, bem como aqueles pertencentes a colônias contendo
membros doentes; bem como não se deve comer aqueles que estiverem presos a objetos
metálicos ou cascos de navios, eles provocam intoxicação violenta, podendo levar a morte.
Caranguejos poderão ser encontrados entre ramos, raízes e andando sobre o lodo dos manguezais.
Geralmente vivem sempre bem próximos a suas tocas e, quando pressentem perigo entram nos
buracos. O pescador que o vê entrar na toca, pode retira-lo dali, com facilidade, enfiando o braço
no buraco e prendendo-o fortemente com a mão. Não há perigo de ser beliscado pelas garras, pois
no interior da toca, ele não dispõe de espaço suficiente para movimenta-las.
Um monte de conchas vazias de ostras, perto de um poço d’água, na rocha, poderá significar a
presença de polvo. À noite os polvos vão para onde a água é mais rasa à procura de lagosta e
crustáceos, podendo ser capturados com facilidade.
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Para capturar ou conservar os peixes, você poderá construir um “cercado” dentro de uma parte
rasa do rio ou lagoa, mantendo-os vivos. É uma reserva que se mantém sempre fresca.
Dos animais marinhos, nunca se deve comer medusas, águas vivas, cobra do mar, caravelas ou
anêmonas. Bem como, nunca se deve ingerir alimentos marinhos deteriorados. O peixe estragado
apresenta guelras viscosas, olhos afundados e a carne, ou pele, excessivamente mole.
Não se deve comer peixes que possuam pele espinhosa ou lisa, dê preferência aos que possuírem
escamas. Não se deve comer peixes fluviais crus, pois poderão ter parasitas.
Para limpar mariscos, ostras, mexilhões e lagostas, basta deixá-los de molho em água pura durante
à noite, pois se limparão por si mesmos.
Ao se caminhar na praia, próximo as margens dos rios, ou fundo barrento, faça deslizar o pé sobre
o fundo antes de firma-lo, deste modo evitará pisar sobre arraias ou outros animais com ferrões
ou espinhos.
10. Cozimento
Pode-se utilizar latas ou outros recipientes que resistam ao calor, cozinhando-se os alimentos de
origem animal por no mínimo 30 a 40 minutos.
Não havendo vasilhas, a carne pode ser assada, enrolando-a em várias camadas de folhas verdes
que são colocadas no meio das cinzas quentes; sobre pedras quentes ou colocadas em buracos
cavados no solo. Depois de 2 horas de cozimento, a carne estará pronta para ser consumida.
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10.1. Assar
11. Armadilhas
Os animais de tamanho médio e grande podem ser capturados por meio de armadilhas ligadas a
troncos que caem quando o animal agarra a isca ou agita o laço. Porém, este tipo de armadilha,
devido ao trabalho que dá em prepará-la, é válida somente nas áreas onde existe caça grande e
em muita quantidade, além do que devemos considerar, diante das dificuldades de conservação,
se é ou não interessante capturar caça de grande porte.
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As armadilhas deverão ser armadas a tarde e recolhidas pela manhã. Quando estiver montando a
armadilha, se possível, fique em uma posição onde o vento sopre da caça para você, e não ao
contrário.
11.2. Atiradeiras
11.3. Alçapão
12. Vestuário
Mantenha consigo o máximo de roupa que conseguir trazer do avião. Manter a roupa limpa e seca
é primordial, ela exercerá melhor sua função protetora.
O ideal é usar calças compridas e camisas de mangas longas, cobrindo a cabeça com uma camiseta
ou similar.
Roupas frouxas tornam o calor mais suportável. Manter o corpo inteiramente coberto tem os
seguintes objetivos:
• Evita picadas de insetos e mosquitos transmissores de doenças;
• Protege a pele contra possíveis infecções causadas por arranhões, espinhos, galhos, etc.;
• Evita queimaduras do sol.
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Cuidados devem ser dados com relação a alguns animais durante uma sobrevivência na selva:
• Formigas – Em seus formigueiros tornam-se muito ferozes. As picadas de algumas espécies
são muito dolorosas, podendo causar sérias irritações na pele. Pode-se combate-las com
gasolina ou fogo.
• Mutucas – São insetos voadores. Suas larvas penetram na pele aproveitando os ferimentos
e causam infecções.
• Sanguessugas – Comuns em florestas pantanosas. Suas mordidas são indolores, mas
podem resultar em grandes ulcerações. Para se livrar delas, deve-se aplicar, sobre as
mesmas, gotas de iodo, pitadas de sal, fósforos acesos ou ainda pontas de cigarro.
• Bichos de pé – São pequenos insetos que penetram na pele e deixam ovos que se
desenvolvem, produzindo inchação local, coceira e inflamações.
• Carrapatos – Nunca se deve achatar um carrapato sobre a pele, pois são portadores de
germes de doenças graves para o homem. Caso necessário, deve-se retirá-los encostando
pontas de cigarros acesos e/ou brasas, a fim de não deixar suas garras na pele. Após a
retirada passar iodo no local.
• Abelhas e marimbondos – as picadas destes insetos geralmente não causam problemas,
mas podem ser perigosas se as picadas forem múltiplas ou conforme sua localização.
Antes de iniciar a jornada, planeje-a cuidadosamente e faça todos os preparativos de modo mais
completo possível. Não se sobrecarregue. Procure levar palitos de fósforo ou isqueiros, velas,
bússolas, mapas, estojo de primeiros socorros, caderno de notas e lápis.
Tudo isso deve ser condicionado em um saco à prova d´água. Deverá levar também um machado
ou faca, água, alimentos, espelhos de sinalização, óculos para Sol (se houver), relógio, fio metálico
ou corda para amarrar abrigo e lona.
Caso todos os sobreviventes decidam abandonar o local, deixe uma notificação na aeronave por
escrito, deixe também um sinal que seja visível do ar, indicando a direção seguida.
Retire da aeronave, se possível, a bússola magnética. Não se esqueça de remover os ímãs de
compensação da bússola (se possível). Procure seguir sempre o caminho mais fácil e mais seguro,
mesmo que seja mais longo. Os deslocamentos devem ser lentos.
Poupe suas forças contornando obstáculos. Não lute contra os cerrados e capoeiras, cortando o
mato com facão, é preferível contorná-los. Quando encontrar elevações, não suba em linha reta,
quando for muito inclinado, procure subir em ziguezague, a fim de poupar energia.
Mantenha um ritmo de marcha. Caminhe durante 3 horas e descanse uma, inicie a marcha pela
manhã. Procure acampar antes do anoitecer, e para cada hora de trabalho no acampamento
descanse 10 minutos. Às 17hr, na selva, já começa a escurecer. Portanto, já a partir das 15hr,
procure encontrar um local para acampar.
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As correntes de água e as picadas abertas pelos animais, são as estradas do sertão. Em caso de
tempestade ou nevoeiro, acampe logo e espere que a visibilidade se torne novamente normal, e
que as condições de tempo se tornem melhores antes de prosseguir viagem.
Assinale todo o caminho percorrido e o rumo seguido. Faça setas nas árvores, e em pequenas
pedras, quebre galhos, amarre pedaços de pano e modifique a paisagem natural. Evite acampar
nas margens de rios e riachos, estabeleça um rodízio de sentinelas de 2 em 2 horas.
Sempre que encontrar águas pantanosas nunca tente cruza-las, contorne-as.
A densidade da vegetação torna a selva “toda igual”, nela não haverá pontos de referência nítidos.
Mesmo aqueles que já possuem alguma experiência não confiam muito em possíveis referências,
porque tudo se modifica, se confunde devido à repetição contínua e monótona da floresta
fechada, os incontáveis obstáculos constantemente causarão desequilíbrios e quedas, tornando
difícil à visada permanência sobre determinado ponto, a necessidade de saber onde pisar ou
colocar as mãos desviara, por certo, a direção do raio visual, e finalmente, a própria densidade da
vegetação só permitirá que se veja até a distância de 15 a 20 metros à frente, quando muito. A
noite nada se vê, nem a própria mão a um palmo dos olhos. O luar, quando houver, poderá atenuar
um pouco essa escuridão sem, contudo, entusiasmar o deslocamento noturno. O copado fechado
das árvores não permitirá que se observe o sol ou o céu, a não ser que seja uma clareira, o que
ainda assim, não significará que possa observá-los de dia ou de noite, pois haverá constantemente
a possibilidade de céu nublado. Por tudo isso, os processos de orientação na selva sofrerão severas
restrições.
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• Tenha muita atenção ao fazer as leituras, pois uma leitura errada por parte dos
sobreviventes trará sérios problemas de localização, até mesmo para conseguir voltar ao
local do acidente.
• E lembre-se sempre: “Uma bússola nunca diz o local onde se está e sim o local para se onde
vai”.
Note que a bissetriz do ângulo deve ser realizada com o menor ângulo formado entre o ponteiro
das horas e o mostrador das 12 horas.
Azimute é a coordenada em graus para onde os sobreviventes desejam ir. Porém durante uma
sobrevivência é normal não saber em que direção seguir para buscar socorro. Neste caso
consideremos que o Azimute é desconhecido. Após um calmo estudo da situação, o grupo
selecionará uma direção da qual se tirará o azimute segundo o qual se navegará. Isso evitará que
se caminhe em círculos, e ao mesmo tempo permitirá, se necessário, retornar ao ponto de partida,
orientando-se pelo contra azimute. Quer seja azimute ou contra azimute, a técnica será a mesma.
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Estipulou-se que uma equipe de navegação na selva em busca de socorro, necessitará de 4 pessoas
(se possível):
• Homem-ponto: Será aquele lançado a frente para servir de ponto de referência, portará
um facão para abrir picada na mata.
• Homem-bússola: Será o portador da bússola e se deslocará à retaguarda do homem-ponto,
deverá manter a bússola amarrada ao corpo para não perde-la, quando não estiver em uso,
deverá ser fechada.
• Homem-passo: Será aquele que se deslocará atrás do homem-bússola com a missão de
contar os passos percorridos e transforma-los em metros.
• Homem-carta: Será o que conduzirá a carta (caso haja) e auxiliará na identificação de
pontos de referência ao mesmo tempo que nela lançará outros que mereçam ser locados.
Sendo assim, lança-se o homem-passo à frente, na direção do azimute até o limite de sua
visibilidade, utilizando comandos para que ele fique na direção certa, como: “Um pouco a direita”,
“Mais à esquerda”. O homem-bússola determinará com precisão o local onde o homem-ponto
deve parar. Em seguida o homem-passo seguirá do ponto de partida até o local do homem-ponto,
contando o número de passos, e à medida que atingir uma quantidade razoável, deverá anotá-los
de modo que a qualquer momento possa converter passos em metros e saber o quando andou. O
homem-carta tomará notas de todos os passos e pontos relevantes no ambiente, bem como
marcar o local onde realizarem desvios.
prática quando se tratar de obstáculos de grandes dimensões, pois o mais difícil na selva será
encontrar aquele ponto nítido. Por isso, quando se sair de um ponto em busca de outro, não
esquecer de deixá-los antes, muito bem marcado para facilitar o retorno em caso de insucesso.
• Compensação com passos e ângulos retos: Marcha-se na direção amarrada pelo azimute de
marcha até o ponto, frente ao obstáculo. De A se vai a B deslocando-se segundo um novo azimute,
de modo que este forme com o de marcha um ângulo reto em A; e neste deslocamento contam-
se os passos dados entre A e B (P passos). De B vai-se a C deslocando segundo o mesmo azimute
de marcha (será o azimute paralelo); também neste deslocamento contam os passos dados entre
B e C (Q passos) para não se perder a noção da distância geral do percurso realizado ou ainda a
realizar. De C vai-se a D deslocando-se segundo o contra-azimute da direção A e B e percorrerão a
mesma distância que se percorreu entre A e B, isto é, os mesmos P passos. Chegando em D reinicia-
se o deslocamento na direção dada pelo azimute de marcha original.
16. Indígenas
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Considera-se como ofidismo o conjunto de acidentes causados por picadas de cobra. São
classificadas basicamente em venenosas e não venenosas que são facilmente reconhecidas.
Ao ser mordido, caso não consiga se capturar a cobra para verificar se é venenosa ou não, pode-
se analisar a marca da mordida na pele. As não venenosas ao morderem, deixam somente as
marcas no formado de semicírculo (3 linhas), enquanto as peçonhentas, além dessas marcas,
deixam também, geralmente, 2 marcas maiores (relativa as presas).
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A classificação das cobras venenosas é feita levando em consideração a ação do veneno e divide-
se em:
17.1. Botrópico
Grupo ao qual pertencem a jararaca, urutu, cotiara,
jararacuçu, caiçara, boca-de-sapo, etc. É o grupo mais
numeroso, composto por mais de 30 variedades,
responsável por mais de 90% das picadas de cobras.
Costumam habitar regiões úmidas, à beira de correntes
de água. Possuem hábitos noturnos, durante o dia
descansam, ocultando-se no chão, moitas, buracos de
tatu, ninhos de cupim, etc.
São lerdas e quando se sentem ameaçadas, armam a posição para o bote, enrodilham-se no terço
caudal e desferindo por vezes vários botes até atingir o alvo. Atingem na idade adulta até 2 metros
de comprimento.
17.2. Crolático
A este grupo pertence a cascavel. Possui chocalho na ponta da
cauda, o que facilita sua identificação. Vive em campos
abertos, regiões secas e pedregosas, sendo os cerrados e
pastos, os locais de sua preferência. São encontradas em todo
o país, mas raramente na Amazônia, Mata Atlântica e regiões
litorâneas. Quando adultas podem atingir 1,60 metros.
São responsáveis por 8% dos acidentes ofídicos no país. Como
todas as serpentes peçonhentas, também tem hábito noturno,
e ao terem seu espaço invadido assumem a posição para o bote.
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17.3. Laquético
A surucucu, maior serpente peçonhenta do continente
americano, que atinge em torno de 4,5 metros, pertence a esse
grupo. Os acidentes com esta cobra no Brasil são muito raros, e
o seu veneno no organismo do acidentado provoca reações
semelhantes ao veneno das jararacas:
• Inchaço no local da picada;
• Diarreia;
• Hemorragia.
Possuem comportamento agressivo, habitam as regiões de florestas virgens, matas densas e
úmidas. Representa cerca de 3% dos acidentes ofídicos do país. Possui escamas arrepiadas no final
do rabo, facilmente reconhecível.
17.4. Elapídico
As corais pertencem a esse grupo, são serpentes pequenas, e
atingem em média 50 centímetros. São de comportamento dócil,
possuindo características completamente diversas. Geralmente
tem anéis no corpo (vermelhos, branco ou amarelo), mas existem
corais verdadeiras que não possuem anéis. Por possuírem presa
fixa, as corais não picam as vítimas, mas sim as mordem. Os
sintomas são:
• Dormência no local atingido que se erradia pelo membro, ocorrendo dificuldade de
articular as palavras;
• Dificuldade de deglutição;
• Paralisia progressiva da respiração;
• Morte em poucas horas ou dias (por asfixia).
Qualquer acidente elapídico deve ser considerado grave. As corais vivem geralmente em buracos
e sombras de árvores. São encontradas em todo território brasileiro e possuem hábitos noturnos.
Os acidentes com corais representam 1% ou menos do total, e os casos não tratados,
invariavelmente culminam com a morte da vítima.
17.5. Prevenção
As cobras venenosas quando surpreendidas, ao invés de se apressarem, interrompem sua marcha,
enrodilham-se e põem-se em atitude de defesa. As cobras não venenosas movimentam-se com
muita agilidade, sendo difícil capturá-las.
Quase todas as cobras são boas nadadoras, entretanto, só acidentalmente nadam, existindo
aquelas que vivem às margens dos rios e lagoas, que podem ser encontradas com frequência
dentro da água. Por esta razão, vale salientar que os acidentes com cobras, também podem
ocorrer na água. Antes de entrar ou tomar banho em rios e lagoas é necessário observar primeiro
o local e o lugar em que pisa.
Os filhotes de cobras venenosas têm veneno desde o nascimento. Muitos acidentes podem ser
evitados quando se conhece o hábito das cobras e se adota cuidados básicos, tais como:
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• Improvisar o uso de botas de cano alto, 80% dos acidentes ocorrem por picadas nos pés e
pernas. O uso de sapatos pode evitar até 50% dos acidentes.
• Não colocar as mãos em tufos de capim, vegetação densa, buracos, folhas secas, etc, usar
um graveto ou pedaço de pau, caso isto seja necessário, usando o mesmo expediente
quando for preciso caminhar pelos campos.
• O uso de luvas, camisas de manga longa, calças compridas também protegem contra as
picadas de cobra.
• Antes de entrar em matas, parar um pouco, deixar a visão acostumar a penumbra do local,
possibilitando assim, enxergar melhor as cobras que podem estar por ali. Entretanto,
cuidado, muitas cobras pelo seu colorido podem passar despercebidas mesmo que você já
tenha adaptado sua visão ao ambiente.
• Não segurar as cobras com as mãos, mesmo que estejam mortas, pois existe veneno em
suas glândulas, e a pessoa ao ferir-se em suas presas pode se envenenar, além do que,
pode-se pensar que a cobra está morta, mas ela ainda pode picar.
• Antes de calçar sapatos, chinelos, botas, examiná-los bem. Os animais peçonhentos podem
refugiar-se dentro deles.
• À noite, evitar andar em vegetação rasteira, ou no mato de maneira geral, pois é a hora
preferida de movimentação de grande número de cobras peçonhentas.
• Não encostar em barranco antes de examiná-lo com cuidado.
• É interessante lembrar que há serpentes, como a cobra papagaio, que vivem penduradas
em árvores, portanto, cuidado ao andar pela mata.
17.6. Tratamento
Em condições normais do dia-a-dia, o melhor tratamento para picada de cobras deverá ser através
de soro antiofídico especifico, caso a cobra não possa ser identificada, ou na falta de soro
específico, deve-se usar o Soro Polivalente.
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Porém, muitas vezes, mesmo adotando os cuidados de prevenção, podem ocorrer acidentes com
cobras. Como medidas de primeiros socorros, até que cheguem os grupos de salvamento e seja
possível dispor de um serviço de saúde e tratamento, a recomendação é a seguinte.
• Não se deve amarrar ou fazer torniquete. O garrote impede a circulação do sangue,
podendo produzir necrose ou gangrena. O sangue deve circular normalmente.
• Não colocar folhas, terra, etc. no local da picada, pois podem provocar infecção.
• Não se deve cortar o local da picada. Alguns venenosos podem provocar hemorragias, e o
corte feito no local com canivetes e outros objetos não desinfetados favorecem as
hemorragias e infecções.
• Manter o acidentado deitado em repouso, evitando que ele ande, corra ou se locomova
por seus próprios meios. A locomoção facilita a absorção do veneno, e, em caso de acidente
com jararacas, caiçacas, etc., os ferimentos se agravam. No caso da picada ser em pernas
ou braços, e importante mantê-los em posição mais elevada.
• O indivíduo picado por cobra deve chamar por socorro, evitando desta forma qualquer
movimentação.
• Poderemos, logo após o ocorrido, utilizando uma agulha limpa e desinfetada, fazer uma
série de pequenos orifícios (2 a 3 milímetros), em número de 10 a 15 no local da picada,
fazendo pressão para que o sangue saia, e com ele, alguma quantidade de veneno. Se
houver possibilidade, a própria vítima deverá sugar o sangue, e cuspi-lo em seguida. O
importante é tomar esta medida logo após ter acontecido à picada, espremendo o local
por mais ou menos 15 (quinze) minutos, isto poderá acarretar a saída de até 30% do
veneno, o que poderá significar a redução de uma quantidade mortal, para uma
quantidade que o organismo possa perfeitamente superar.
É o conjunto de acidentes causados por picadas de aranhas. Este tipo de acidente raramente leva
a óbito, quando chegam a tal ponto, as vítimas são invariavelmente crianças pequenas, idosos ou
pessoas extremamente debilitadas.
As aranhas constituem um grupo numeroso, mas dentre todas podemos destacar 5 que
representam real perigo os seres humanos, devido à ação da peçonha que são capazes de inocular.
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• Retenção de urina;
• Coriza;
• Queda da temperatura corporal;
• Pulso rápido;
• Parada cardíaca e morte (geralmente em crianças)
18.2. Tratamento
Varia de acordo com a natureza do veneno inoculado pela aranha. Caso seja possível deve-se
aplicar o soro anticténico, na dose de 1 a 3 ampolas de 5cm³. Geralmente essa aplicação produz
uma regressão dos sintomas dentro de 2 horas.
Na impossibilidade do soro, durante uma sobrevivência, logo após a picada da aranha, o socorrista
deve manter a vítima em repouso, colocando sobre o local da ferroada compressas frias com água
pura e administrando analgésicos comuns. Caso esteja presente na bolsa de primeiros socorros,
pode-se aplicar anestésico local, principalmente para picadas de armadeiras e aranha marrom.
Podemos aplicar também a polpa de coco.
Segundo estudos, as picadas de aranhas brasileiras não contêm veneno suficientemente potente
para produzir lesões mortais nos seres humanos. Mas, talvez por haver pessoas alérgicas, muito
sensíveis ao veneno ou com a falta de assistência médica poderá haver complicações. O fato é que,
várias crianças e até mesmo adultos faleceram na selva quando picadas por algum destes
aracnídeos, portanto, muito cuidado com relação ao vestuário, calçados e locais onde o
sobrevivente se encontra.
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SOBREVIVÊNCIA
NO MAR
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SOBREVIVÊNCIA NO MAR
Durante o último conflito mundial, numerosos foram os casos de náufragos que permaneceram
vários meses no mar, em pequenas balsas ou botes de borracha e que se salvaram apesar de
inicialmente, não disporem de água ou de comida.
O recorde pertence a um marinheiro chinês, que permaneceu 133 dias no mar, mantendo-se vivo
à custa de água de chuva e de peixe.
De um modo geral, a sobrevivência no mar, dependerá principalmente das rações e dos
equipamentos disponíveis, bem como da iniciativa do próprio náufrago. Desses equipamentos,
destaca-se o da pesca; portanto o peixe constitui a única fonte de comida e de água, de um
náufrago.
Os maiores perigos para os ocupantes de um barco salva-vidas são ansiedade e o medo,
geralmente provocados pelo desconhecimento de como sobreviver em alto mar enquanto não
chegam as equipes de salvamento. A fim de evitar essa situação, os tripulantes do avião têm que
saber o que fazer e como fazê-lo para garantira a sobrevivência de todos. Um outro fator
importantíssimo, aplicável a todos os ocupantes dos barcos, é o desejo de sobreviver, sem o qual
todos os equipamentos e conhecimentos de nada valerão. Centenas de casos provaram que
aqueles que sobreviveram tiveram a firme determinação e o desejo de sobreviver, e nunca
perderam as esperanças ou se deixaram dominar pelo medo.
Um náufrago estará sempre sujeito a quatro grandes perigos: afogamento, frio, pânico e sede.
Como na sobrevivência na selva, no mar, o momento logo após a evacuação, deverá ser seguido
de ações imediatas e simultâneas:
• Após a completa lotação, soltar o bote da corda que prende ao avião, afastando-o das
águas impregnadas de combustível ou destroços do avião;
• Acionar o rádio transmissor de emergência;
• Localizar passageiros e tripulantes, realizando o resgate de homem ao mar;
• O tripulante mais graduado do bote deverá assumir o comando do mesmo;
• Soltar a biruta d’água assim que praticável, a fim de evitar que os barcos sejam levados
para muito longe; pois a procura das Equipes de Resgate começará pelo local do acidente;
• Amarar um bote ao outro, a fim de facilitar a localização e salvamento;
• Inflar com a bomba manual as estações de embarque, tanto superior como inferior;
• Redistribuir a lotação dos botes, caso haja excesso de ocupantes em um deles;
• Prestar os primeiros socorros;
• Armar o toldo que servirá de proteção contra o sol, chuva e vento;
• Abrir o conjunto de sobrevivência no mar, separar e proteger os sinalizadores;
• Proteger bússolas, relógios e fósforos contra a umidade;
• Avaliar a quantidade de água disponível, levando em conta que um náufrago necessita de
meio litro de água por dia. Tendo pouca água, convencer os sobreviventes que não
precisarão de água e alimento nas primeiras 24 horas.
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• Não usar fósforos, isqueiros, etc., enquanto os botes estiverem dentro de área com
combustível;
• Sempre manter o bote o mais seco possível. As pessoas com roupas molhadas deverão
merecer atenção especial, principalmente em climas frios;
• Estabelecer em cada bote um sistema de vigilância, devendo cada ocupante exercer a
função de vigia no máximo por duas horas consecutivas. Não escalar doentes ou feridos
graves para essa tarefa.
• Sempre estar preparado para usar os aparelhos de sinalização assim que surgir um avião
ou navio, a fim de não perder a ocasião de ser localizado, pois é tarefa das mais difíceis
localizar botes em alto mar.
• Não entregar a leigos, o manuseio dos sinalizadores.
• Os ocupantes dos botes deverão manter seus coletes inflados. Crianças deverão ser atadas
a um dos seus pais, com a tira de seus coletes a fim de garantir a sobrevivência caso o barco
vire.
• Um dos ocupantes de cada bote, de preferência o vigia deverá permanecer atado ao bote
por uma corda de, pelo menos 3 (três) metros, a fim de servir como âncora caso o bote
vire.
• Proteja-se dos raios solares por meio de toldos, vestes, óculos e cera protetora de lábios.
Aeronaves que sobrevoam grandes extensões de água, deverão estar equipadas com conjuntos
de sobrevivência no mar, além do conjunto destinado à selva.
O conjunto do mar possuirá dentre outros itens:
• Corda com anel de salvamento.
• Âncora flutuante (biruta d´água).
• 01 Balde de borracha.
• 01 Canivete de múltiplas finalidades.
• 01 Alicate.
• 05 Pacotes de rações.
• Bolsas de água para fins medicinais.
• 05 Pacotes com tabletes de nitrato de prata (purificar água).
• 01 Espelho sinalizador.
• 05 Cartuchos pirotécnicos.
• 01 Bússola.
• 04 Bujões de vazamento.
• 01 Bomba de ar (manual).
• 01 Toldo com suportes laterais e centrais.
• 01 Estojo com material de pesca.
• Esponjas (tirar água do bote).
• Kit de Primeiros Socorros em estojo à prova d´água.
• Manual de sobrevivência no mar.
• Cordas.
• Fósforos a prova d´água.
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É claro que o sucesso de uma sobrevivência no mar dependerá muito dos equipamentos coletivos
de flutuação. Sendo assim, procure:
• Manter os botes corretamente inflados, utilizando as bombas manuais;
• As câmaras devem permanecer bem cheias, mas de modo nenhum devem esticadas como
tambores. Verifique com regularidade o estado de enchimento das câmaras. O ar quente
dilata-se. Deste modo, nos dias quentes, deixe escapar algum ar das câmaras. Ao esfriar o
tempo, bombeie o ar para dentro delas.
• Anzóis, latas vazias, canivetes furam o bote com facilidade, cuidado com os mesmos.
Vazamentos devem ser vedados assim que localizados, utilizando-se os recursos
disponíveis (bujões de vedação).
• Não amarrar linhas de pesca ao bote (muito menos aos ocupantes) pois um peixe de grande
porte poderá ocasionar danos ao bote, ou mesmo aos seus ocupantes. A biruta d´água
deverá ter um pano enrolado em sua corda, com a finalidade de impedir que o atrito dessa
corda danifique o material do bote. Distribua os passageiros de modo que o peso dos
mesmos contrabalance a tendência do bote levantar ao lado do vento.
• Só se deverá navegar o bote, quando houver terra à vista. Se o vento estiver soprando em
direção a terra, deve-se retirar a biruta d´água, soltar o toldo apenas do lado do vento e
segurá-lo o mais alto possível, para enchê-lo de ar, proporcionando assim, um
deslocamento mais rápido.
4. Sinalização
Durante a sobrevivência no mar a conservação dos sinalizadores exige cuidados maiores, pois uma
simples “virada” do bote poderá pôr tudo a perder. Os itens sinalizadores que estarão a nossa
disposição serão os mesmos vistos até aqui, ou seja, rádio transmissor de emergência, cartuchos
pirotécnicos, espelho sinalizador, pó marcador de mar, lanternas, luzes de localização e apito.
Todo esse material encontra-se acondicionado em sacos plásticos a bordo, porém para garantir
proteção mais efetiva devemos envolvê-los ainda em outra embalagem impermeável, mantendo-
os como os demais itens devidamente amarrados ao bote.
Observem que em pouso forçado na selva teremos outros recursos disponíveis para sinalizar,
como troncos de árvores, fogueiras, etc., enquanto no mar, contaremos somente com os recursos
dos conjuntos de sobrevivência dos botes. Vamos relembrar mais uma vez, o modo de uso de cada
um dos sinalizadores:
• Rádio Transmissor de Emergência: Deverá ser acionado após o abandono da aeronave,
devendo antes do acionamento ser amarrado à corda que circunda o bote ou “slide-bote”.
Começará a emitir sinais em cinco segundos, enviando sinais ininterruptamente por 48
(quarenta e oito) horas.
• Espelho Sinalizador: O sobrevivente que ficar responsável pela operação desse item
deverá logo nos primeiros minutos da operação de sobrevivência ir se adaptando ao seu
uso, para poder sinalizar adequadamente quando a oportunidade se apresentar. Correrá o
horizonte a pequenos intervalos com o reflexo do espelho, pois este poderá ser visto
mesmo antes que o sobrevivente tenha a oportunidade de ver ou ouvir a aproximação do
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socorro. Na ausência desse espelho, ou mesmo em conjunto com ele, poderão ser usados
espelhos comuns, tampas de lata, superfícies metálicas sem arestas cortantes, e tudo que
possa refletir com alguma intensidade a luminosidade do sol. É evidentemente um item de
sinalização diurna.
• Pó marcador de água: O corante marcador de água é um saco de pano contendo um
produto químico que reage com a água, alterando seu PH. Produz uma mancha verde (clara
ou escura) que permanece ativa durante aproximadamente 3(três) horas. É um sinalizador
para o uso diurno, sendo que sua eficácia aumenta em dias ensolarados. Mantê-los seco.
Alcance de 10 milhas.
• Foguete pirotécnicos: Serão acionados somente quando tivermos certeza da aproximação
de navio ou avião. Possuem um lado para sinalização diurna e outro para sinalização
noturna, sendo que o lado noturno sempre terá alguma característica que permitirá seu
reconhecimento no escuro total, através do tato. O lado diurno terá a tampa lisa. No mar
devem ser direcionados para fora do bote, num ângulo de 45º acima do horizonte e a favor
do vento. São facilmente danificados pela umidade, exigindo cuidados muito especiais para
sua conservação e por se tratarem de recursos importantes, não podem ser desperdiçados
em hipótese alguma.
• Lanternas: As lanternas para sinalização (a prova d´água, possuem lentes coloridas) devem
logicamente ser usadas com essa finalidade, ou sendo absolutamente necessário utilizá-las
para iluminação, o tempo de uso deverá ser o mais breve possível, pois sua verdadeira
função é bem mais nobre.
• Apito: Servirá para atrair a atenção de embarcações próximas, para a localização dos botes
durante nevoeiro e para atrair a atenção de pessoas quando o bote estiver próximo ao
litoral.
• Lembre-se sempre, com exceção do rádio transmissor de emergência e do espelho
sinalizador, os demais itens deverão ser usados somente quando estivermos vendo, ou
então ouvindo o barulho dos motores de aeronave ou embarcação. O uso dos sinalizadores
só deve ser feito por tripulantes ou outros sobreviventes pré-qualificados, isto é, que
tenham sido previamente orientados para a função.
condições físicas em que estes se encontram. Se não dispuser de água não coma. Se a sua água for
de dois litros ou mais por dia, poderá comer uma maior ou menor parte de sua ração, e ainda
qualquer alimento que conseguir apanhar, seja uma ave ou um peixe. Vamos relembrar que a
quantidade de água necessária ao nosso organismo, é de dois litros por dia, em uma situação de
sobrevivência, no mínimo meio litro.
Observe as nuvens e esteja prevenido para qualquer chuva que possa cair. Com o toldo do bote
colha água de chuva, acondicionando a água nos reservatórios plásticos ou quando puder manter
parte das roupas úmidas, podendo ajudar a diminuir a sede, mas não exagere nessa prática,
principalmente se não possuir cobertura de toldo.
A água da chuva nem sempre satisfaz, nela faltam os minerais necessários ao corpo humano, além
de desagradar um pouco ao paladar. A fim de dar-lhe melhor sabor, misture nessa água um pouco
de água do mar, ou dissolva nela caramelos duros, café ou chá solúvel. Sempre que chover, beba
água quanto puder conter em seu estômago sem que se sinta mal, aliás, a própria postura do
sobrevivente dentro do bote, limita a quantidade de água a ser ingerida.
Vale a pena salientar que o sabor da água obtida por intermédio dos dessalgadores químicos não
é agradável, além do que nem sempre estará na temperatura adequada, o que não significa que
não possamos tomá-la, muito pelo contrário, apenas devemos esperar o mesmo agir por 60
minutos.
Uma das maiores fontes de água e alimento para o náufrago será a obtenção de peixes, que ao
serem cortados em pedaços e mastigados, fornecerão apreciável quantidade de água.
Nunca beba água do mar e se você não dispuser de água, não coma.
6. Obtenção de Alimento
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Dos alimentos encontrados durante uma sobrevivência no mar, nunca se deve comer:
• Medusas, águas vivas, caravelas, cobra do mar, holoturias e peixe mortos ou quase mortos.
• Vísceras ou ovos de qualquer peixe desconhecido.
• Mariscos pertencentes a colônias onde existam moluscos mortos, quase mortos ou
malcheirosos.
• Mariscos ou ostras agarrados a cascos de navios ou qualquer objeto metálico;
• Peixes da família dos baiacus (possuem corpo arredondado com pele dura, cobertos de
placas ósseas ou de espinhos).
• Quase todas as espécies de peixes de alto mar são comestíveis. Quando pescar, procure
não apanhar peixes muito grandes, que tenham espinhos no corpo e os dentes muito
salientes. Antes de trazê-los para dentro do bote, mate-os com uma pancada na cabeça.
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7.1. Tubarões
O tubarão, ao contrário dos peixes com estrutura óssea,
não tem bexiga natatória, que permite o equilíbrio dentro
d´água. Como o peso de seu corpo é maior que o da água,
quando ele para de nadar, afunda. A maioria dos tubarões,
especialmente aqueles que frequentam águas profundas,
precisa mover-se do nascimento à morte, se os tubarões
pararem de nadar, irão ao fundo e morrerão pela pressão.
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Sua carne pode ser comida, porém é forte e cheira a amônia. O tubarão ataca quando tem fome,
mas seu apetite parece ilimitado. Isto pode ser explicado pela anatomia interna, simplesmente
adaptada para encerrar a presa e digeri-la.
Ao contrário da maioria dos vertebrados, ele tem um aparelho digestivo bastante curto. A área de
absorção dos alimentos é ampliada por uma válvula espiral, que permite uma digestão rapidíssima
tornando o tubarão um eterno faminto.
Vivendo tanto em águas rasas como nos mares mais profundos, os tubarões são mais numerosos
em áreas tropicais, subtropicais e temperadas, apesar de várias espécies habitarem as águas frias
do Ártico e do Antártico.
O tubarão tem um olfato apurado capaz de detectar um estímulo olfativo atraente, como o de
sangue, mesmo se ele estiver diluído. Baseado apenas no olfato, um tubarão pode seguir uma
pista por muitos quilômetros. Outro sentido bastante aguçado no tubarão é a audição. O olfato e
a audição compensam a principal deficiência, que é a visual. O tubarão é míope, o cristalino dos
seus olhos é indeformável, de modo que ele só pode ver nitidamente objetos que estejam a
distâncias de 2 a 5 metros.
Ficou provado, através de várias experiências, que o tubarão não ataca deliberadamente o
homem, mas pode ser levado a isto, por certos tipos de vibração. Também não ataca de modo
precipitado, por puro instinto de agressão, sendo ao contrário, muito cauteloso ao se aproximar.
A maioria dos tubarões se afasta quando encontra alguma coisa tão grande como um homem
submerso. É típico o seu comportamento ao cruzar com um mergulhador. Mesmo chegando a ele
excitado pelo estímulo, seus olhos míopes percebem primeiro uma grande sombra indistinta, e
em seguida a imagem real do mergulhador, possivelmente interpretada como a de um animal
grande e incomum, desconhecido e, portanto, potencialmente perigoso. O medo prevalece sobre
a necessidade de alimentar-se, e o tubarão foge.
Já na superfície da água, a situação é diferente. Uma presa fácil de apanhar, é ali que se encontra
uma gaivota agonizante, um peixe mais fraco, o lixo atirado dos navios, etc. Um náufrago na
superfície pode provocar vibrações sonoras capazes de excitar um tubarão, que avista somente as
partes imersas do corpo e, se ele afinal atacar, estará investindo contra a fonte de vibrações, que
em geral é um apêndice móvel, como uma perna ou um braço. As medidas enunciadas a seguir
não significam que o ataque será evitado, mas em muitas ocasiões poderão surtir efeito:
• Roupas escuras parecem oferecer maior proteção que roupas claras.
• Estando no interior da embarcação, evitar deixar mãos e pés dentro da água,
principalmente se estiverem sangrando.
• Não atirar pela borda restos de alimentos.
• Caso um tubarão ataque o bote, tente acertá-lo no focinho com um objeto contundente.
• Nem todos os tubarões fazem parecer a barbatana dorsal acima d´água, e caso você
presencie tal fato, talvez ainda não venha a ser um tubarão.
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8. Métodos de Flutuação
9. Quartos de Vigilância
Distribua os quartos de vigia. Estes não devem exceder de 2 (duas) horas. Todos os sobreviventes
devem participar deste dever, com exceção dos que se acham seriamente feridos ou exaustos.
Mantenha pelo menos um homem em vigilância durante 24 horas do dia. Se possível, faça render
o vigia de 2 em 2 horas.
O vigia, principalmente, deverá observar cuidadosamente até onde sua vista alcança, procurando
reconhecer quaisquer sinais de terra próxima, aeronaves/embarcações ou cardumes.
Os botes (com exceção dos de capacidade para 20 homens) podem ser navegados com todo
sucesso com um desvio de até 10 graus de direção do vento.
Em mar agitado, amarre a popa do primeiro bote à proa do segundo bote e deite ao mar a biruta
d'água, da popa do segundo bote. A corda, entre os botes deverá ter uns 8 metros.
Abordar à terra em uma arrebentação violenta é perigoso. Não se apresse em ganhar a terra.
Procure não desembarcar quando o Sol estiver baixo, sobre o horizonte, ferindo os olhos e
dificultando-lhe ou mesmo impedindo-lhe a visão. Procure desembarcar a sotavento (ao lado
oposto do vento).
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Poderá ainda navegar ao longo da costa à procura de uma praia onde possa desembarcar e onde
a arrebentação seja mais suave.
• Enjoo no mar: Não coma nem beba. Deite-se e mude a posição de sua cabeça. Dispondo
de remédio contra enjoo no mar, tome-o logo.
• Queimaduras de sol: Conserve a cabeça e a pele, em geral, cobertas. Mantenha-se a
sombra.
• Úlceras provocadas pelo contato da água do mar: Não procure abri-las ou espremê-las,
use pomada antisséptica. Não deixe a umidade penetrar nas feridas. Mantenha-as o mais
secas possível.
• Olhos doloridos: O reflexo intenso do céu na água, poderá causar aos olhos, inflamação
ficando doloridos ou até mesmo injetados de sangue. Se os olhos estiverem doloridos,
coloque uma leve atadura. Umedeça um pedaço de gaze ou algodão na água do mar e
coloque sobre os olhos, antes de fixar a atadura.
• Prisão de ventre: A falta de funcionamento dos intestinos constitui fenômeno comum em
náufragos, dada a exiguidade da alimentação. Não comece a tomar laxativos, mesmo que
não haja falta deste elemento.
• Dificuldades de urinar: A cor escura da urina (tipo coca-cola) e a dificuldade de urinar são
também, fenômenos normais em tais circunstâncias. Não se impressione com isto.
• Distúrbios mentais: A sensação de medo é normal em homens que se encontram em
situação de perigo. A percepção de miragens não significa necessariamente que você está
sofrendo de problemas mentais sérios.
• Cuidados com lábios e peles: Use “batom” incolor para os lábios, manteiga de cacau,
qualquer espécie de óleo ou pomada.
12. Intermação
É uma perturbação do organismo, causada por excessivo calor em locais úmidos e não arejado.
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12.2. Procedimento
• Mover a pessoa para lugar fresco e arejado, e retirar-lhe a roupa;
• Mantê-la deitada com a cabeça mais baixa que o resto do corpo;
• Em caso de parada respiratória, iniciar a respiração de socorro boca-a-boca;
• Procurar um médico, se possível.
13. Afogamento
13.2. Procedimento
• Aproximar-se da pessoa pelas costas, segura-la e mantê-la com a cabeça fora d’água.
• Iniciar imediatamente a respiração de socorro boca-a-boca, ainda com a pessoa dentro da
água.
• Quando estiver fora d’água, colocar a pessoa em decúbito dorsal, com a cabeça mais baixa
que o corpo.
• Insistir na respiração boca-a-boca, se necessário.
• Friccionar vigorosamente os braços e as pernas do afogado, estimulando a circulação.
• Remover imediatamente a pessoa para o serviço de salvamento ou para hospital mais
próximo.
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14.2. Procedimento
• Realizar uma inspeção rápida na pessoa socorrida;
• Combater, contornar a causa do estado de choque, se possível;
• Conservar a pessoa deitada;
• Afrouxar-lhe a roupa;
• Retirar da boca, se necessário, secreção, dentadura, goma de mascar, etc.;
• Em caso de parada respiratória, iniciar a respiração de socorro boca-a-boca;
• Em caso de ausência de pulso e dilatação das pupilas, executar a massagem cardíaca
externa;
• Caso haja vômito, virar a cabeça da pessoa de lado;
• Levantar as pernas da pessoa, caso não haja fratura;
• Manter a cabeça da pessoa mais baixa que o corpo, sempre que possível;
• Manter a pessoa agasalhada, utilizando cobertores, mantas ou qualquer outro recurso
disponível;
• Remover imediatamente a pessoa para o hospital mais próximo;
• Nunca dar líquidos a pessoa.
Os fatores subjetivos irão afetar os sobreviventes de forma diferente, vai depender do estado
psicológico de cada um. São eles:
• Pânico: O pânico, normalmente toma conta da pessoa no momento do acidente, ou mais tarde,
já na embarcação. Pode, entretanto, ser controlado e até mesmo dominado, quando se está
preparado para enfrentar situações de emergência, o conhecimento de procedimentos e um
razoável adestramento farão com que se desenvolva o autocontrole.
• Solidão: A solidão é o prelúdio do tédio no bote salva-vidas. A pessoa, inicialmente, acredita que
em pouco tempo será resgatada, e caso isso não aconteça, começará a se deixar abater,
principalmente quando dá conta da sua situação e da vastidão do mar que a cerca. A solidão
necessita ser combatida através de uma ocupação. A pesca, o cuidado com os feridos, a confecção
de um diário, o cuidado com a higiene e com o bote salva-vidas são excelentes exemplos de
combate à solidão. Deve evitar combater a solidão com a conversa, pois esta, pode provocar sede.
• Tédio: Em uma prolongada sobrevivência no mar, o aparecimento de uma certa rotina, aliada à
solidão, faz com que o tédio tenda a se estabelecer. É a fase em que o sobrevivente, revoltado
contra tudo e contra todos, começa a se desinteressar das coisas que poderiam servir de ocupação
e perde a vontade de viver. Quando, em uma sobrevivência, o tédio recair sobre alguém do grupo,
será necessário combatê-lo persistentemente.
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• Frio: A evaporação da umidade da pele, na forma de suor (ou em outras formas) é decorrência
do aquecimento do corpo. A consequência da perda de calor do corpo, resulta em uma redução
da temperatura da pele, quando cai a maioria das pessoas tem suas capacidades mental e física
deterioradas, e entra em estado de choque. Se a temperatura do corpo continuar a cair, a pessoa
morrerá. Durante o período de sobrevivência, no caso de baixa temperatura ambiente, uma das
constantes preocupações deve ser a de manter as roupas e o bote salva-vidas o mais seco possível.
• Congelamento: O congelamento se manifesta principalmente no rosto, orelhas, pés e mãos,
levando à ulceração das partes atingidas, podendo inclusive gangrenar os locais levando à
amputação, e ameaçando seriamente a vida humana. Ao menor sinal de congelamento (cianose
ou dormência) deve-se aquecer gradativamente as partes. Em hipótese alguma deve-se friccionar
ou massagear as partes atingidas.
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SOBREVIVÊNCIA
NO GELO
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SOBREVIVÊNCIA NO GELO
Durante meses o Sol desaparece atrás da linha do horizonte. Mas isso é ainda melhor do que no
inverno, quando ele nunca aparece. Na Antártida, no Ártico, ou qualquer outra região gelada, o
homem sente-se frágil e pequeno. Em momentos, tudo pode se transformar num inferno branco
de ventos furiosos; horas depois, pode-se sentir em pleno paraíso, cercado de animais.
O gelo e o frio foram os principais fatores que fizeram do Ártico e da Antártida as últimas regiões
exploradas pelo homem. A descoberta e a colonização das áreas geladas são, ainda hoje, desafios
a sobrevivência humana. Temperaturas muito baixas, escassez de alimento e, principalmente, a
ação dos ventos fazem com que o homem, caso não conheça algumas noções básicas, tenha uma
sobrevivência muito pequena.
A maior quantidade possível de roupa deve ser mantida. A manutenção da temperatura do corpo
é um dos maiores segredos para o êxito numa sobrevivência no gelo. As extremidades (mãos, pés,
orelhas, cabeça e nariz), mucosas e faces devem ser muito bem protegidas.
Um pouso em regiões geladas pode acontecer sobre uma camada espessa de gelo continental,
suficientemente forte para suportar o peso da aeronave (ICE-SHELF) ou sobre uma camada de gelo
mais fina, que se forma sobre o mar e cuja resistência é limitada (PACK-ICE). Esta camada se quebra
pela ação de ventos e marés, dificultando ainda mais a situação.
2. Ações Subsequentes
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3. Abrigos
Deve-se avaliar a área ao redor da aeronave para determinar o local mais adequado à construção
do abrigo, considerando a disponibilidade de água e alimento.
O interior da aeronave NÃO deverá ser utilizado como abrigo, visto que sua temperatura será,
também, reduzida drasticamente. Entretanto, partes de sua fuselagem e/ou interior (forração,
assentos, etc) poderão ser utilizadas para a confecção de um abrigo.
Deve-se ter um cuidado especial a manusear partes metálicas da aeronave que não estejam
pintadas, porque em contato direto com a peie, poderão causar lesões irreversíveis.
Escorregadeiras e barcos salva-vidas também poderão servir como abrigos, desde que
devidamente fixados sobre o gelo.
É importante se ter certeza de que o abrigo será construído sobre blocos sólidos de gelo, distante
de fendas ou do mar aberto.
Em qualquer abrigo deve-se acender uma vela (ou outra fonte de calor) de forma a manter a
temperatura no abrigo próximo a 0°C e o teto deve ser bem liso para evitar que a neve derretida
fique gotejando. Além disso não esquecer de ventilar o ambiente para não haver acúmulo de
fumaça e gás carbônico.
4. Fogo
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Providenciar também alguma superfície metálica ou pedra para sustentar a fogueira ou fogareiro
para que não afunde no gelo ou neve. Caso seja ouvido barulho de socorro, pode-se molhar algum
tecido no combustível da aeronave e atear fogo para sinalizar.
5. Água
6. Alimento
7. Cuidados no Gelo
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7.2. Congelamento
Os congelamentos a nível epitelial podem ser, basicamente, classificados em três grupos, a saber:
O frio intenso também pode ocasionar o estado de choque e perda da razão, devido ao
estreitamento dos vasos sanguíneos pela hipotermia, ficando o indivíduo em estado letárgico.
Deve o sobrevivente, neste caso, ser tratado à base de banhos de imersão iniciando-se o
tratamento com água fria e, aos poucos, aquecendo-a (tratamento muito difícil de ser executado
sob as condições encontradas na sobrevivência).
Importante: O congelamento nunca deverá ser tratado através de fricção. Desta maneira ao invés
de apresentar melhoras no quadro clínico, a vítima teria sua situação agravada.
O congelamento inicial da face pode ser tratado colocando-se as mãos quentes sobre a mesma. O
congelamento dos dedos pode ser resolvido colocando-se as mãos sob as axilas ou dentro das
calças.
Caso haja um princípio de congelamento dos pés, o melhor a fazer é colocá-los dentro das
vestimentas de outro sobrevivente, caso não disponha de meios mais apropriados, como os
detritos anteriormente.
Quando se estiver desenvolvendo esforços físicos, deve-se evitar ao máximo a transpiração, pois
quando cessar a atividade, o suor se congelará rapidamente, causando a hipotermia. Por esta
razão deve-se retirar paulatinamente as peças de roupa de modo a não manter a temperatura do
corpo excessivamente alta. Ao se retirar uma peça de roupa deve-se cuidar para que seja bem
protegida a fim de não ficar úmida ou molhada. Encerrando-se a atividade física, as peças devem
ser revestidas gradualmente, de modo a manter-se a temperatura normal do corpo.
Os sobreviventes, durante o tempo em que estiverem no abrigo, devem ficar o mais próximo
possível do outro, para manter o aquecimento corpóreo gerado por ambos.
7.3. Cegueira
Não há uma adaptação natural da visão aos reflexos solares na neve, no gelo e na água. Os raios
infravermelhos provocam fadiga ótica e dor intensa. Devemos proteger os olhos (utilizando óculos
escuros, vendas ou abrigando-se em lugares pouco iluminados) ao primeiro sinal de dor ocular.
Além disso, há o problema de lesões devido às lágrimas.
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7.7. Aludes
Observar estrito silêncio em aéreas de encostas de montanhas, pois a neve
acumulada nos topos pode ser deslocada devido ao deslocamento de ondas
sonoras (eco) provocando assim uma avalanche.
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SOBREVIVÊNCIA
NO DESERTO
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SOBREVIVÊNCIA NO DESERTO
1. Abrigo
2. Fogo
Nos destroços da aeronave procurar todo tipo de material que possa servir como combustível, tais
como papel, plásticos, combustíveis, tecidos. Não esqueça de verificar também nos porões da
aeronave e nas bagagens de passageiros, algo que possa ser aproveitável.
Observar se em volta há vegetação ou plantas que forneçam algum tipo de resina ou breu vegetal
que auxilie na obtenção de fogo, como também fezes secas de animais. Procurar óculos ou
binóculos e aproveitar suas lentes para convergir os raios de sol para obter fogo. Pilhas de lanterna
também são excelentes fontes de faíscas para iniciar-se uma fogueira, como também os aerossóis.
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3. Água
A necessidade de ingestão de água no deserto é de duas a três vezes maior do que na selva, sendo
essa a maior preocupação do sobrevivente. Nos kits de sobrevivência temos água que deverá ser
usada somente após o racionamento nas primeiras 24 horas.
Ver também se é possível encontrá-la nos destroços da aeronave, nas galleys e tanques de água
da aeronave ou nas bagagens de passageiros ou nos porões do avião e se restou algum líquido ou
alimento.
Ao encontrar plantas deve-se cavar ao redor ou em suas proximidades onde provavelmente surgirá
água. Geralmente, sempre que se encontra água, encontram-se plantas comestíveis.
Pode-se procurar água, também, nas curvas de leitos secos de rios ou em áreas baixas. A areia
úmida, além de indicar a presença de água, apresenta uma vegetação mais abundante. Pode-se e
deve-se, também, construir um destilador solar idêntico ou descrito no Manual de Sobrevivência.
Alguns vegetais, como os cactos, encontrados somente nos desenhos do México ou EUA são
revestidos de camadas impermeáveis que impedem a evaporação da água acumulada.
Entre fendas ou áreas de montanhas é possível encontrar-se alguma umidade; nos oásis, a água
quase sempre é de má qualidade, salobra e poluída por animais, devendo-se purificá-la antes de
bebê-la.
4. Alimento
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5. Cuidados no Deserto
No deserto, deve-se dar uma atenção especial ao vestuário para evitar queimaduras na pele. As
roupas, quando vestidas frouxas, tornarão o calor mais suportável. Deve-se, também, usar um
pano sobre a cabeça (se possível, uma echarpe de tecido leve), formando uma aba sobre os olhos,
como proteção contra queimaduras do sol e poeira.
No deserto, assim como na selva, não se deve abandonar o local do acidente, a menos que se
tenha certeza de conhecer sua localização e que o socorro se encontra a pouca distância.
A não ser os povos nômades dos desertos que atravessam, de geração em geração, estas áridas
regiões, não se deve arriscar um deslocamento sem destino. A altíssima temperatura durante o
dia não permite longas jornadas.
Portanto, para se deslocar no deserto, dever-se ter, além de um bom preparo físico, o
conhecimento da região, pois existem alguns perigos naturais tais como: areias movediças, o forte
calor que desidrata rapidamente os sobreviventes que já estão debilitados, podendo acelerar
assim seu desgaste completo.
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7. Animais Perigosos
Ressalta-se que mais perigoso que animais serão as altas temperaturas de dia e baixas
temperaturas à noite, que os obrigarão a manter o máximo de roupas para a proteção do corpo,
cabeça, além de proteção para os olhos devido ao sol e areia movida pelos ventos.
O desgaste físico e mental pode provocar delírios, miragens, depressão, sendo assim, os
sobreviventes devem procurar manter-se alertas com aqueles que porventura manifestem esses
sintomas, que podem gerar um quadro de difícil controle.
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BLOCO II
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SACI
SISTEMA DE AVIAÇÃO CIVIL
INTERNACIONAL
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ÍNDICE – SACI
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1. Introdução
A aviação se tornou o principal meio de transporte para quem precisa viajar grandes distâncias.
Desde o seu início, tem sido uma importante ferramenta para o processo de globalização.
Grandes avanços trazem consigo grandes desafios. Na aviação isso não foi diferente. Como esse
meio de transporte liga países e continentes, aspectos relacionados a leis locais, regras de uso do
espaço aéreo, comunicação, formação dos pilotos e demais membros da tripulação e mecânicos,
precisaram ser pacificados de forma a produzir um modelo no qual a maioria dos países deveriam
seguir e sempre se manterem atualizados.
As consequências dos problemas apresentados refletiam de forma muito negativa na segurança
das operações, integridade dos passageiros, profissionais e bens materiais e bem como a
insegurança jurídica causada.
2. Histórico
A necessidade de se equacionar essas dificuldades fez com que vários países começassem a se
reunir, após o fim da Primeira Guerra, quando aumentou o interesse pelo avião. No período 1914
- 1918 o desenvolvimento da aviação sofreu uma intensificação, o que foi ainda mais acelerado
durante e após a Segunda Grande Guerra.
O pensamento das nações voltou-se para a regulamentação do seu emprego nesse campo.
Iniciava-se, portanto, em 1919 o processo de internacionalização, cujo primeiro objetivo era
alcançar uma solução para o problema de caracterização da natureza jurídica do espaço aéreo.
Com relação a essa natureza jurídica do espaço aéreo duas principais correntes se destacavam:
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- Teoria das Zonas de Ar Territorial: Previa a divisão do espaço em zonas. Numa primeira faixa
definida de ar territorial o Estado exerceria total soberania, enquanto nas faixas de ar superiores
de circulação seria totalmente livre.
3. Conferências e Convenções
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OBJETIVOS
Estabelecimento de regras uniformes quanto aos direitos e obrigações dos transportadores aéreos
e dos usuários do Transporte Aéreo Internacional;
A convenção aceitou o princípio de que cada Estado teria soberania total e exclusiva sobre o
espaço aéreo de seu território e previu que nenhum serviço aéreo regular internacional poderia
operar sobre o território de um Estado-Membro sem consentimento prévio. Assim consagrou-se
a Teoria da Soberania Exclusiva e absoluta dos Estados sobre o espaço aéreo sobrejacente ao seu
território cujos conceitos permanecem até a atualidade.
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Nesta Convenção procurou-se obter acordos recíprocos em escala mundial, mas só se conseguiu
obter sucesso no que diz respeito a garantia em escala mundial das duas primeiras liberdades do
ar, ou seja, de Sobrevoo e Escala Técnica. Houve a confrontação de duas correntes antagônicas,
quanto ao problema da concorrência no Transporte Aéreo Internacional. Uma delas queria a livre
concorrência e a outra a divisão de tráfego em cotas, distribuídas aos diversos países, tal
divergência foi tão profunda que não foi alcançado integralmente o objetivo de adoção de código
completo de navegação e transporteaéreo.
Não obstante essa conferência recomendou a celebração de ajustes ou acordos bilaterais na base
de igualdade de tratamento, a fim de proporcionar oportunidades, de participar no
desenvolvimento pacífico do comércio aéreo mediante concessões recíprocas.
Instituiu-se então, através da Convenção de Chicago, uma nova Entidade, com os mesmos
poderes, denominada ORGANIZAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL INTERNACIONAL - OACI
(INTERNATIONAL CIVIL AVIATION ORGANIZATION – ICAO). A Organização de Aviação Civil
Internacional é uma instituição intergovernamental, podendo dela fazer parte todos os Estados-
membros da Organização da Nações Unidas (O.N.U.). A O.A.C.I. é um órgão internacional no qual
se fazem representar os governos de 193 países, inclusive o Brasil. Esse número poderá variar com
ao longo dos anos. Sua sede permanente está localizada na cidade de Montreal – Canadá.
A diferença fundamental entre a OACI e as instituições que a precederam, é que ela foi criada para
funcionar permanentemente mantendo uma vigília diária sobre os problemas relacionados ao
Transporte Aéreo Internacional. Ao término dos trabalhos em Chicago, e a despeito de todas as
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dificuldades e controvérsias existentes, foi assinada, pelos países participantes, uma ata final
contendo doze resoluções e os seguintes apêndices:
O acordo provisório de Aviação Civil Internacional;
A Convenção de Aviação Civil Internacional;
O Acordo de Serviço de Trânsito Aéreo Internacional;
Os projetos de Anexos Técnicos à Convenção de Aviação Civil I n t e r n a c i o n a l .
3.5.2. ANEXOS
Outro apêndice relevante é o que trata dos projetos dos Anexos Técnicos onde ficam definidas as
Normas Técnicas em geral que foram padronizadas para disciplinar o exercício do transporte
aéreo; Com o estudo permanente dos problemas de aviação civil na OACI, outros anexos foram
sendo criados permitindo uma atualização e padronização constante das matérias. Atualmente
existem dezenove Anexos Técnicos à Convenção que são os seguintes:
Toda matéria recomendada pela Convenção de Aviação Civil Internacional deve ser cumprida pelos
Estados signatários. Os Estados que por motivos de discordância de legislação interna ou de
aspectos técnicos não possam cumpri-la, devem apresentar as diferenças que são levadas ao
conhecimento das demais, através de uma listagem que, é sempre atualizada e que fica descrita
no próprio texto final de cada anexo.
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• Conselho da OACI
O Conselho é um órgão permanente da Organização, responsável perante a Assembleia. É
composto por 36 Estados Membros eleitos pela Assembleia para um mandato de três anos. Nas
eleições, é dada uma representação adequada aos Estados de maior importância no transporte
aéreo, que dão a maior contribuição ao fornecimento de instalações para a navegação aérea civil
internacional ecuja designação garantirá que todas as principais regiões áreas do mundo serão
representadas no Conselho.
Ocasionalmente, o Conselho poderá atuar como árbitro entre os Estados Membros em questões
relacionadas à aviação e à implementação das disposições da
Convenção; pode investigar qualquer situação que apresente
obstáculos evitáveis ao desenvolvimento da navegação aérea
internacional e, em geral, pode tomar as medidas necessárias para
manter a segurança e a regularidade do transporte aéreo
internacional.
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3.5.4. ASSEMBLÉIA
A Assembleia, composta por todos os Estados Membros da OACI, reúne-se pelo menos uma vez a
cada três anos e é convocada pelo Conselho em local e hora adequados. Uma reunião
extraordinária da Assembleia poderá ser realizada a qualquer momento, mediante convocação do
Conselho ou a pedido de pelo menos um quinto do número total de Estados Membros.
A Assembleia possui numerosos poderes e deveres, entre eles: eleger os Estados Membros a
serem representados no Conselho; examinar e tomar as medidas apropriadas sobre os relatórios
do Conselho e decidir qualquer assunto que lhe seja comunicado pelo Conselho; e aprovar os
orçamentos da Organização. A Assembleia poderá remeter, a seu critério, ao Conselho, comissões
subsidiárias ou a qualquer outro órgão, qualquer questão em sua esfera de ação. Pode delegar no
Conselho os poderes e a autoridade necessários ou desejáveis para o desempenho das funções da
OACI e revogar e modificar as delegações de autoridade a qualquer momento; e lidar com
qualquer questão dentro da esfera de ação da Organização não designada especificamente para o
Conselho. Em geral, analisa detalhadamente o trabalho da OACI nos
campos de cooperação técnica, administrativa, econômica, jurídica e
técnica. Tem o poder de aprovar emendas à Convenção sobre Aviação
Civil Internacional (Chicago, 1944), sujeitas a ratificação pelos Estados
Membros.
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Comissões Regionais de Aviação Civil: Cujo objetivo é estabelecer a ligação atuante entre a OACI e
os Estados de cada Região considerada; são em número de quatro, foram criadas por iniciativa dos
próprios Estados e mantém com a OACI um relacionamento elevado mesmo sem ter vínculo
hierárquico. Estão localizadas na Europa, África, América do Sul e Oriente Médio.
A OACI tem status de "Agência Especializada" da ONU, e é mantida tão somente pela contribuição
de seus Estados membros. Tem sua sede em Montreal, Canadá. O Brasil tem feito parte do
primeiro Grupo do Conselho desde a criação da OACI, em 1944. Sua eleição pelos demais refere-
se à aviação civil. É extremamente atuante e mantém uma delegação permanente, cujo Delegado
serve de elo entre a OACI e o governo brasileiro.
O Brasil na CLAC
Atualmente, o Brasil é ponto focal de segurança operacional na CLAC e coordena o Grupo
Permanente de Gestão da Comissão. Esse Grupo é formado, além do Brasil, por Argentina, Chile,
Colômbia, Cuba, Guatemala, Nicarágua, Peru e República Dominicana e foi responsável por
elaborar e propor o Planejamento Estratégico da CLAC para o período de 2016-2025. O
Planejamento foi concluído e aprovado pelo Comitê Executivo na 87ª Reunião ocorrida em março
de 2016 e será submetido à aprovação final pela Assembleia em sua 22ª Reunião, a realizar-se em
novembro de 2016. Com esta iniciativa, pretende-se fortalecer a Comissão para lidar com os novos
e emergentes desafios do sistema de aviação civil internacional, respeitando as diferentes visões
existentes entre os Estados da região.
A história da CLAC
A Comissão Latino-Americana de Aviação Civil foi instituída na Segunda Conferência Latino-
Americana de Autoridades Aeronáuticas, realizada em dezembro 1973, na cidade do México. Na
ocasião, 15 Estados latino-americanos assinaram o Estatuto da CLAC e, atualmente, 22 Estados da
América Latina e do Caribe são membros da Comissão. No Brasil, o Estatuto da CLAC foi
incorporado ao ordenamento jurídico nacional por meio do Decreto de promulgação nº 77.076,
de 23 de janeiro de 1976.
A estrutura da CLAC é composta pela Assembleia e pelo Comitê Executivo. A entidade dispõe ainda
de uma Secretaria permanente com sede na cidade de Lima, Peru.
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Em cada reunião ordinária, a Assembleia da CLAC aprova a composição de seu Comitê Executivo
(01 Presidente e 04 Vice-Presidentes), a qual deve levar-se em consideração critérios de
representação geográfica da região.
O Comitê Executivo, por sua vez, é o órgão gestor da CLAC responsável por exercer as funções
executivas da entidade, em particular administrar, coordenar e dirigir o programa de trabalho
aprovado pela Assembleia. No exercício de suas funções, o Comitê Executivo poderá formar
comitês e grupos de trabalho ou de especialistas.
O atual Comitê Executivo, eleito durante a 21ª Sessão da Assembleia da CLAC, realizada em 2014,
na Guatemala, está constituído pelos seguintes Estados-membros:
Comissão Latino-Americana de Aviação Civil – CLAC COMITÊ EXECUTIVO / BIÊNIO 2015 – 2016
Presidência GUATEMALA
1ª Vice-Presidência COLÔMBIA
2ª Vice-Presidência CUBA
3ª Vice-Presidência URUGUAI
4ª Vice-Presidência ARGENTINA
De acordo com o modelo de trabalho da CLAC atualmente em vigor, a Assembleia deve elencar 06
(seis) macrotarefas, as quais são alocadas entre os membros do Comitê Executivo e outro país que
se voluntarie para atuar como ponto focal. Em geral, a escolha das macrotarefas é definida de
forma consensual entre os Estados.
Os atuais pontos focais, responsáveis por liderar a execução das atividades da Comissão, são os
seguintes:
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A indústria internacional de transporte aéreo, atualmente, é mais de 100 vezes maior do que era
em 1945. Poucas indústrias podem igualar o dinamismo desse crescimento, que teria sido muito
menos importante sem os padrões, práticas e procedimentos desenvolvidos pela IATA.
Na sua fundação, a IATA tinha 57 membros de 31 nações, principalmente na Europa e América do
Norte. Hoje, possui 290 membros de 120 nações em todas as partes do globo.
• Para maior facilitação do terceiro item, verifica-se que a sede da IATA será sempre a mesma
que a da OACI; na atualidade em Montreal - Canadá.
4.2.2. ATIVIDADES
A IATA através dos seus diversos setores desenvolve, dentre outras, as seguintes atividades que
merecem citação especial:
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A IATA é estruturada em seu mais alto nível pelo Comitê Executivo, eleito para um mandato de
três anos e integrado por Presidentes de 21 Empresas Aéreas. Há, também, os denominados
Comitês Permanentes, que são:
• Jurídico;
• Financeiro;
• Comercial, ou de Tráfego;
• Operativo, ou Técnico.
É organizada com base voluntária não exclusiva e democrática. As empresas que exploram serviços
aéreos internacionais são consideradas membros ativos, e as empresas de serviços domésticos são
admitidas como membros associados. Ela não se ajusta ao conceito de cartel, uma vez que suas
decisões, notadamente as mais importantes (relacionadas com tarifas), tem que ser aprovadas
pelos governos das empresas interessadas.
Finalmente, conclui-se que a IATA busca defender o interesse econômico de seus associados,
principalmente no que se refere ao disciplinamento tarifário internacional. Como é composta por
empresas voluntariamente associadas, estas se "autofiscalizam", evitando se prejudicarem
mutuamente. As faltosas sofrem as sanções impostas pelas outras. A IATA superou seu
pioneirismo, anterior à Segunda Grande Guerra, e contribui muito para estimular o comércio
aéreo, estudando os problemas a ele relacionados na cooperação com a OACI, tanto do ponto de
vista técnico, como do ponto de vista econômico.
ALTA (Associação da América Latina e do Caribe de Transporte Aéreo) é uma organização privada,
sem fins lucrativos, fundada em 1980 com o objetivo de apoiar o crescimento das linhas aéreas da
região.
Depois de quase 4 décadas e sob o slogan ALTA em movimento, a ALTA, se tornou a associação de
toda a indústria, advogando por uma aviação mais segura, eficiente e amigável com o meio
ambiente. Coordenando esforços colaborativos das companhias membro, a ALTA promove o valor
que gera a indústria para o desenvolvimento social e econômico da região através da criação de
fontes de emprego, desenvolvimento do turismo e fortalecimento do PIB.
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HISTÓRIA
ALTA (Associação Latinoamericana e do Caribe de Transporte Aéreo), anteriormente conhecida
como AITAL (Associação Internacional de Transporte Aéreo Latinoamericano), foi fundada em
Bogotá, Colômbia em abril de 1980 sob a iniciativa de 11 linhas aéreas.
Nesse momento, o principal objetivo era fortalecer a cooperação e comunicação entre essas linhas
aéreas para resolver os problemas do setor.
• Aerolíneas Argentinas
• Aeromexico
• Aeroperú
• AVIANCA
• Equatoriana de Aviação
• Lloyd Aéreo Boliviano
• Mexicana de Aviação
• VARIG e Cruzeiro do Sul
• VIASA
MISSÃO
Coordenar os esforços colaborativos de seus membros para facilitar o desenvolvimento de um
transporte aéreo mais seguro, eficiente e amigável com o meio ambiente na América Latina e no
Caribe para o mútuo benefício da indústria, dos países e das populações servidas pela aviação.
OBJETIVOS
Examinar os principais desafios da indústria aérea e proporcionar
recomendações e ações que alcancem soluções sustentáveis na região.
Colaborar com todos os membros da indústria, governos e demais
associações para alcançar uma aviação mais segura, eficiente e amigável
com o meio ambiente.
Acesse os comitês da ALTA através do QRCODE. Conteúdo em português.
É importante realizar a leitura para maior entendimento sobre a
Associação.
Os acordos (ou tratados) internacionais são entendimentos que dois ou mais estados disciplinam
os serviços aéreos entre seus territórios. Os acordos aéreos firmam algumas regras como número
de frequências, designação de empresas, quadro de rotas, direitos de tráfego, política tarifária e
código compartilhado. Também especificam, obrigações relativas à segurança de voo (safety) e à
segurança contra atos de interferência ilícita (security). Esses acordos terão influência por aspectos
geopolíticos, culturais, econômicos, distância, etc.
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6. Liberdades do Ar
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território do terceiro Estado ocorre depois da escala no território do outro Estado contratante -
ponto além).
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CERNAI por ASOCEA e atribuindo-lhe as competências já citadas. A ASOCEA será tema da disciplina
SAC – Sistema de Aviação Civil.
Antes da criação da ANAC, o CERNAI (atualmente ASOCEA) tinha uma maior responsabilidade,
sendo a principal entidade a fazer o trabalho de Relações Internacionais entre o estado brasileiro
e demais países. Hoje a sua área de atuação fica especificamente voltada as demandas do DECEA.
Com a instituição da ANAC, essa agência criou uma superintendência chamada SRI
(Superintendência de Relações Internacionais).
• Elaborar relatórios e emitir pareceres sobre acordos, tratados, convenções e outros atos
relativos ao transporte aéreo internacional, celebrados ou a serem celebrados com outros
países ou organizações internacionais;
• Realizar estudos, propor normas e promover a implementação das normas e
recomendações internacionais de aviação civil, observados acordos, tratados, convenções
e outros atos relativos ao transporte aéreo internacional de que seja parte a República
Federativa do Brasil, em articulação com as demais Superintendências;
• Participar de negociações para a celebração de acordos e tratados sobre transporte aéreo
internacional, observadas as diretrizes do governo federal;
• Promover, junto aos órgãos competentes, o cumprimento dos atos internacionais sobre
aviação civil ratificados pela República Federativa do Brasil;
• Emitir pareceres acerca das atividades dos operadores estrangeiros que atuam no
transporte aéreo internacional com o Brasil, visando a identificar práticas operacionais,
legislações e procedimentos adotados em outros países, que restrinjam ou conflitem com
regulamentos e acordos internacionais firmados pelo Brasil, solicitando, inclusive, quando
for o caso, esclarecimentos e informações aos agentes e representantes legais dos
operadores que estejam sob análise;
• Identificar a existência de legislação, procedimentos ou práticas prejudiciais aos interesses
nacionais ou de empresas brasileiras, propondo à Diretoria a aplicação de sanções, na
forma prevista na legislação brasileira e nos regulamentos e acordos internacionais;
• Assessorar a Diretoria na coordenação dos assuntos relativos à representação da ANAC
junto aos organismos internacionais, bem como manter contato com o Ministério das
Relações Exteriores e com a Delegação Permanente junto à Organização de Aviação Civil
Internacional - OACI, nos assuntos de sua competência;
• Opinar sobre a designação e a distribuição de frequências para empresas brasileiras
atuarem no transporte aéreo internacional, em articulação com a Superintendência de
Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado;
• Exercer outras atividades que lhe forem atribuídas pela Diretoria.
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SAC
SISTEMA DE AVIAÇÃO CIVIL
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ÍNDICE – SAC
1. A Aviação Civil Para o Brasil .......................................................... Pag. 191
Entre as décadas de 40 e 60, o Brasil passou a ter empresas aéreas mais robustas, sistemas de
controle de tráfego aéreo, integração e participação ativa em grupos internacionais (e.g. ICAO,
grupos de trabalho, etc), centros de tecnologia e inovação (e.g. EMBRAER) e centros de formação
de pessoal especializado e pesquisa para a indústria aeroespacial (e.g. ITA, CTA [atual DCTA]). Esse
desenvolvimento possibilitou que a aviação do país se tornasse hoje uma das principais referências
no mundo.
2. O Comando da Aeronáutica
O Comando da Aeronáutica foi criado a partir da necessidade de ser unir em um único órgão
governamental a infraestrutura, os meios e a formação de recursos humanos para a aviação. Essa
decisão tomada no início da década de 40, evitou a dispersão da tecnologia aeronáutica nacional,
o que poderia comprometer o futuro da atividade. Em 20 de janeiro de 1941, com o Decreto Lei
n° 2.961 criou-se o Ministério da Aeronáutica com o objetivo de aglutinar as atividades da Aviação
Civil e Militar, utilizando-se a mesma infraestrutura e dispondo maior eficiência, segurança e
economia.
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Art. 1º Fica criada uma Secretaria de Estado com a denominação de Ministério da Aeronáutica.
Art. 2º Ao Ministério da Aeronáutica compete o estudo e despacho de todos os assuntos relativos
à atividade da aviação nacional, dirigindo-a técnica e administrativamente.
Art. 3º O novo Ministro de Estado terá as mesmas honras, prerrogativas e vencimentos dos outros
Ministros.
Art. 4º Ficarão pertencendo ao novo Ministério, constituído inicialmente com os elementos
existentes nas aeronáuticas do Exército e da Marinha e no Departamento de Aeronáutica Civil,
osestabelecimentos, instituiçõese repartições públicas que se proponham à realização de estudos,
serviços ou trabalhos especificados no art. 2º.
Art. 5º As instituições, repartições, órgãos e serviços referentes à
atividade da aviação nacional, atualmente subordinados aos
Ministérios da Guerra, da Marinha e da Viação e Obras Públicas,
passam, a contar da publicação do presente decreto-lei, à jurisdição do
Ministério da Aeronáutica.
Em 12 de Setembro de 1969 pelo Decreto n° 65.144 foi instituído o Sistema de Aviação Civil, do
Ministério da Aeronáutica com a finalidade de organizar as atividades necessárias ao
funcionamento e ao desenvolvimento da Aviação Civil. O Sistema de Aviação Civil constitui uma
gama de atividades e serviços, que compreendem as organizações de controle governamental, a
indústria aeronáutica, empresas de transporte aéreo, o aerodesporto, toda a infraestrutura de
apoio compartilhadas pelas Aviações Civil e Militar e a formação de recursos humanos.
A criação do Sistema de Aviação Civil teve como objetivo proporcionar ao Ministério da
Aeronáutica um meio de organizar as atividades necessárias ao funcionamento e ao
desenvolvimento da aviação civil, fonte e sede de sua reserva mobilizável.
Decreto nº 65.144 de 12 de Setembro de 1969 – Institui o Sistema de Aviação Civil do MAER e dá
outras providências.
OS MINISTROS DA MARINHA DE GUERRA, DO EXÉRCITO E DA AERONÁUTICA MILITAR, usando das
atribuições que lhes confere o Artigo 1º do Ato Institucional nº 12 de 31 de agosto de 1969,
combinado com o Artigo 83, item II, da Constituição,
DECRETAM:
Art. 1º Fica instituído o Sistema de Aviação Civil do Ministério da Aeronáutica com a finalidade de
organizar as atividades necessárias ao funcionamento e ao desenvolvimento da aviação civil, fonte
e sede de sua reserva mobilizável.
§ 1º Os encargos de Órgão Central do Sistema são desempenhados pelo Departamento de Aviação
Civil que para este efeito, tem suas atribuições definidas no presente Decreto.
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Art. 2º A atividade de "Aviação Civil" para os fins deste Decreto, envolve as seguintes tarefas,
realizada em proveito da Aviação Civil Pública e Privada e da operação dos Aeroportos Civis:
• Controle, fiscalização e homologação de aeronaves civis, seus componentes equipamentos
e serviços de manutenção;
• Registro de aeronaves civis,
• Controle e fiscalização do funcionamento das empresas concessionárias e permissionárias
de navegação aérea;
• Orientação, incentivo e apoio para a formação e especialização de pessoal aeroviário e
aeronauta e controle, inicial e periódico, de suas qualificações;
• Orientação, coordenação e controle referente à instalação, à manutenção e à operação de
aeródromos civis, inclusive no que diz respeito aos serviços de apoio necessário à
navegação aérea;
• Coordenação, controle e fiscalização do movimento de aeronaves civis, públicas e privadas,
inclusive quanto a passageiros e cargas;
• Incentivo, apoio, orientação e controle da aviação desportiva e especializada.
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Art. 6º Aos Órgãos ou elementos executivos do Sistema, responsáveis pelo desempenho material
direto da atividade de Aviação Civil, compete:
• Executar a atividade de Aviação Civil segundo as normas elaboradas pelos Órgão Central
do Sistema;
• Elaborar e submeter ao Órgão Central do Sistema os relatórios por esterequeridos a
respeito do desempenho da atividade, dos resultados obtidos, de material empregado e
de outros assuntos pertinentes;
• Submeter à apreciação do Órgão Central sugestões que visem ao aperfeiçoamento do
Sistema; e
• Fornecer ao Departamento de Aviação Civil do Ministério da Aeronáutica os elementos
informativos necessários ao planejamento e á elaboração orçamentária, indispensáveis ao
desempenho da atividade de Aviação Civil.
Art. 7º O presente Decreto entrará em vigor na data de sua publicação revogadas as disposições
em contrário.
Acesse, através do QRCODE, o decreto 19.902 assinado pelo Governo Provisório da República em 22 de abril de 1931,
criando o Departamento de Aeronáutica Civil.
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DGAC -
DIRETORIA
GERAL
CERNAI VICE-CHEFE
DAC
Os órgãos regionais tinham, por atribuição, executar diretamente ou assegurar a execução das
atividades relacionadas com a aviação civil, dentro de sua área de jurisdição.
Essas atividades eram conduzidas pelo Chefe do SERAC, estabelecendo ligações com os demais
órgãos públicos ou privados, de modo a assegurar a coordenação das atividades voltadas para a
Aviação Civil da área.
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A SAC, diretamente subordinada ao chefe do SERAC, teve por atribuição básica o trato dos
assuntos relacionados com a fiscalização da Aviação Civil no aeroporto onde estava estabelecida.
Esta fiscalização poderia ser realizada em conjunto com os demais órgãos de fiscalização que
atuam nos aeroportos (e.g. receita federal, polícia federal, juizado de menores, saúde dos portos
e INFRAERO) e dentro dos limites de sua competência.
O Instituto de Aviação Civil (IAC), criado em junho de 1986, foi a organização do Ministério da
Aeronáutica diretamente subordinada ao Departamento de Aviação Civil que tinha por finalidade
coordenar as atividades referentes à instrução profissional e os estudos e pesquisas relativos ao
transporte aéreo e à infraestrutura aeroportuária, no âmbito do Sistema de Aviação Civil.
COMAR 1 – BELÉMPA
COMAR 2 – RECIFE PE
COMAR 3 – RIO DE JANEIRO RJ
COMAR 4 – SÃO PAULO SP(atualmente chamado de COMGAP – Comando Geral de Apoio – São
Paulo. Aglutina em uma só estrutura uma série de departamentos como DIRINFRA, DIRMAB,
CELOG, dentre outros)
COMAR 5 – CANOAS RS
COMAR 6 – BRASÍLIA DF
COMAR 7 – MANAUS MA
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Este Decreto, de nº 60.521, de 31 de março de 1967, dispõe em seu Art. 65: “O Comando-Geral de
Pesquisa e Desenvolvimento” é o Grande Comando incumbido de assegurar a consecução dos
objetivos da Política Aérea Nacional, nos setores da ciência e da tecnologia, competindo-lhe em
particular a orientação, incentivo, coordenação, apoio e realização da pesquisa e do
desenvolvimento relacionados com os assuntos aeronáuticos e aeroespaciais, bem como da
indústria empenhada no trato desses assuntos.
O “Comando Geral de Pesquisa e Desenvolvimento” foi então criado pelo Decreto nº 64.199, de
14 de março de 1969, tendo as seguintes alterações de denominação até a atual:
- “Departamento de Pesquisas e Desenvolvimento (DEPED)”, denominação alterada e ativado pelo
Decreto nº 65.450, de 17 de outubro de 1969;
- “Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA)”, denominação alterada pelo Decreto nº
5.657, de 30 de dezembro de 2005; e - “Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial
(DCTA)”, denominação alterada pelo Decreto nº 6.834 de 30 de abril de 2009.
O DCTA é o órgão de direção setorial, localizado em São José dos Campos, Estado de São Paulo,
ao qual compete planejar, gerenciar, realizar e controlar as atividades relacionadas com a
ciência, tecnologia e inovação, no âmbito do Comando da Aeronáutica.
A Força Aérea Brasileira, criada em 1941, a partir das Aviações Naval e Militar, começou, pois, o
exercício da Medicina de Aviação, congregando médicos do Exército (34 médicos), da Marinha (10
médicos) e do meio civil (5 médicos), que possuíssem o curso desta especialidade.
Em 02 de dezembro de 1941 foi criado pelo Decreto-lei n° 3872 o Quadro de Saúde da Aeronáutica,
com efetivo de 80 médicos e a constituição da Divisão de Saúde da Diretoria de Pessoal, com o
Cel.-Méd. Godinho dos Santos como chefe, cargo que exerceu até 12 de dezembro de 1944,
quando a Divisão de Saúde da Diretoria de Pessoal, passou à Diretoria de Saúde, de acordo com o
Decreto-lei n° 7147 de 12 de Dezembro de 1944.
Posteriormente, percebeu-se a necessidade não só de Médicos, como também de outros
profissionais de Saúde. Os Decretos-lei n° 8380, de 17 de dezembro de 1945 e n° 5376, de 07 de
dezembro de 1967, criaram, respectivamente, os Quadros de Farmacêuticos e de Dentistas do
Ministério da Aeronáutica.
A Wings recomenda a leitura do RBAC 67, que trata dos requisitos médicos para obtenção do CMA em suas
diversas classes. O acesso poderá ser feito através do QRCODE.
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Esta organização, com foco em análises periciais, mantém sob controle a saúde física e psíquica do
pessoal de voo – civil e militar – de qualquer categoria ou modalidade da aviação, além dos
militares não aeronavegantes, através da contínua atualização no campo da Medicina
Aeroespacial, garantindo total segurança com modernos métodos utilizados.
Atualmente as perícias médicas são realizadas por clínicas e médicos civis credenciados pela
ANAC (e.g. Instituto Dédalo, Instituto Pégasus, CMA Congonhas, Voe, etc).
Em termos práticos, é importante termos conhecimento da sua existência, para reforçar que boa
parte da infraestrutura utilizada hoje pela aviação civil, foi desenvolvida por militares.
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SRPV-SP
Serviço Regional de Proteção ao Voo: a unidade regionalizada do DECEA, responsável pela área de
maior densidade de fluxo de tráfego aéreo do Brasil. Sediado no Aeroporto de Congonhas, o SRPV-
SP é responsável pelo gerenciamento dos terminais de São Paulo e Rio de Janeiro.
Órgão do Ministério da Aeronáutica que têm por finalidade operar e manter os equipamentos de
proteção ao Voo, detecção das telecomunicações da Força Aérea Brasileira. Foi substituído pelo
DCTEA.
O Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP) - órgão regulamentado pelo
Decreto nº 5.196, de 26 de agosto de 2004 - é a unidade regionalizada do DECEA, responsável pela
área de maior densidade de fluxo de tráfego aéreo do Brasil.
200
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Cabe à SAC:
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VII - coordenar os órgãos e entidades do sistema de aviação civil, em articulação com o Ministério
da Defesa, no que couber; e
Parágrafo único. A Secretaria de Aviação Civil tem como estrutura básica o Gabinete, a Secretaria-Executiva
e até 3 (três) Secretarias.
Agência Nacional de Aviação Civil, criada através da Lei 11.182, de 29/09/2005. É uma das agências
reguladoras federais do país, foi criada para regular e fiscalizar as atividades da aviação civil e a
infraestrutura aeronáutica e aeroportuária no Brasil. Instituída em 2005, começou a atuar em 2006
substituindo o Departamento de Aviação Civil (DAC). É uma autarquia federal de regime especial
e está vinculada ao Ministério da Infraestrutura. As ações da ANAC se enquadram nas atividades
de certificação, fiscalização, normatização e representação institucional.
Além da sede e seu anexo próximo ao aeroporto, localizados em Brasília (DF), a ANAC possui
Representações Regionais no Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e São José dos Campos (SP). A
Agência está presente também nos principais aeroportos brasileiros, por meio de 21 Núcleos
Regionais de Aviação Civil (NURAC).
A ANAC atua nos principais aeroportos do país, através dos NURACs, realizando atividades
diferenciadas, como prestação de serviços a aeronautas e proprietários de aeronaves,
agendamento e realização de provas, atualização de seguros e licença de estação. Os inspetores
de aviação civil que atuam nos NURAC também são responsáveis por fiscalizações de rampa
(operacional), de aeronavegabilidade e da prestação dos serviços oferecidos pelas empresas
aéreas.
Competências
A Lei de Criação da ANAC (Lei nº 11.182) estabelece que cabe à Agência regular e fiscalizar as
atividades de aviação civil e da infraestruturaaeronáutica e aeroportuária, observadas as
orientações, políticas e diretrizes do Governo federal. Dentre as principais competências
destacam-se:
• Representar o Brasil junto a organismos internacionais de aviação e negociar acordos e tratados
sobre transporte aéreo internacional.
• Emitir regras sobre segurança em área aeroportuária e a bordo de aeronaves civis.
• Conceder, permitir ou autorizar a exploração de serviços aéreos e de infraestrutura aeroportuária.
• Estabelecer o regime tarifário da exploração da infraestrutura aeroportuária.
• Administrar o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB).
• Homologar, registrar e cadastrar os aeródromos.
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10.1. Superintendências
Compete às Superintendências planejar, organizar, executar, controlar, coordenar e avaliar os
processos organizacionais e operacionais da ANAC no âmbito das competências.
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É uma pessoa credenciada pela autoridade de aviação civil que está, como seu representante,
autorizada a realizar as atividades de fiscalização da aviação civil e efetuar vistorias em aeronaves,
serviços aéreos, oficinas, entidades aerodesportivas e instalações aeroportuárias, bem como os
exames de proficiência de aeronautas.
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Este profissional que emitirá autos de infração se, durante vistorias e fiscalizações, encontrarem
não conformidades de acordo com o código brasileiro de aeronáutica (lei 7565/86) e com a
estrutura regulatória da Agência Nacional de Aviação Civil.
É de extrema importância que o comissário de bordo entenda as funções do INSPAC, para que
tanto esse profissional, quanto a empresa aérea não sejam penalizados pelo impedimento do seu
trabalho. Ele poderá embarcar em aeronaves, inspecionar os seus itens de segurança e elementos
que garantam a sua aeronavegabilidade, bem como solicitar documentação da aeronave e dos
seus tripulantes.
11. Conclusão
Vimos nessa disciplina que a aviação civil global, em geral, opera sob bases semelhantes. Isso se faz
necessário para uma uniformidade de regras e procedimentos que viabilizarão um mercado seguro,
integrado e que opere com grande regularidade.
O nosso sistema brasileiro de aviação civil tem peculiaridades devido a condições geopolíticas desde a sua
criação, com a grande presenta das forças armadas militares, mas, atualmente, apresenta-se como um dos
10 maiores mercados mundiais sendo respeitado e reconhecido ao redor do globo. Temos empresas de
transportes aéreos com aeronaves de última geração, novas e que apresentam elevado grau de segurança
operacional e que fazem parte de grandes alianças globais e grupos de empresas. Nossos aeronautas
participam de grandes grupos de trabalho, visando a melhoria das condições de trabalho, sem deixar de
buscar uma melhor eficiência do mercado como um todo. Grandes trabalhos científicos e técnicos têm
assinatura de aeronautas brasileiros. Tais trabalhos têm importância singular para o futuro da aviação civil
e militar.
Por fim, nós futurostripulantes precisamos entender, basicamente, o funcionamento da aviação. Isso
garantirá que nos tornemos profissionais mais capacitados e prontos para entender os nossos deveres para
a manutenção de um sistema seguro e eficiente.
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REGULAMENTAÇÃO
DA AVIAÇÃO CIVIL
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2. O Espaço Aéreo e Seu Uso Para Fins Aeronáuticos ……………………. Pag. 207
2.1. O Espaço Aéreo Brasileiro ……………………………………………………………..….. Pag. 207
2.2. Tráfego Aéreo ……………………………………………………………………………………. Pag. 208
2.3. Entrada e Saída do Espaço Aéreo Brasileiro ……………………………………….. Pag. 209
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1. Introdução
• Navegação Aérea;
• Aeronaves;
• Serviços Aéreos;
• Contrato de Transporte Aéreo;
• Responsabilidade Civil do Transporte Aéreo;
• Tripulações;
• Tráfego Aéreo;
• Infraestrutura Aeronáutica;
• Infrações e Providências Administrativas.
a- As aeronaves militares;
b- As aeronaves civis de propriedade ou a serviço do Estado ou por este diretamente utilizado;
c- As aeronaves de outra espécie, quando em alto mar ou região que não pertença a qualquer
outro estado.
Obs.: Salvo na hipótese de estar a serviço do Estado, (item "a") a aeronave privada estará sujeita
às Leis do Estado onde se encontre.
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O Brasil exerce completa e exclusiva soberania sobre o espaço aéreo acima de seu território e mar
territorial, e submetem-se as normas e fiscalização do Ministério da Aeronáutica as atividades da
navegação aérea, tráfego aéreo, infraestrutura aeronáutica, aeronaves, tripulação e os serviços
direta ou indiretamente relacionados ao voo.
É livre o tráfego de aeronave dedicada a serviços aéreos privados, mediante informações prévias
sobre o voo planejado. A entrada e o tráfego, no espaço aéreo brasileiro, de aeronave dedicada a
serviços aéreos públicos, dependem de autorização, ainda que previstos em acordo bilateral.
A utilização do espaço aéreo brasileiro, por qualquer aeronave, fica sujeita às normas e condições
estabelecidas, assim como às tarifas de uso das comunicações e dos auxílios à navegação aérea
em rota. Por questão de segurança da navegação aérea ou por interesse público, é facultado fixar
zonas em que se proíbe ou restringe o tráfego aéreo, estabelecer rotas de entrada ou saída,
suspender total ou parcialmente o tráfego, assim como o uso de determinada aeronave, ou a
realização de certos serviços aéreos.
A prática de esportes aéreos tais como balonismo, volovelismo, asas voadoras e similares, assim
como os voos de treinamento, far-se-ão em áreas delimitadas pela autoridade aeronáutica.
Ninguém poderá opor-se, em razão de propriedade na superfície, ao sobrevoo de aeronave,
sempre que este se realize de acordo com as normas vigentes.
É proibido efetuar, com qualquer aeronave, voos de acrobata ou evolução que possam constituir
perigo para os ocupantes do aparelho, para o tráfego aéreo, para instalações ou pessoas na
superfície.
O Comandante de aeronave que receber do órgão controlador de voo ordem para pousar deverá
dirigir-se, imediatamente, para o aeródromo que lhe for indicado e nele efetuar o pouso. No caso
de manifesta inobservância da ordem recebida, a autoridade aeronáutica poderá requisitar os
meios necessários para interceptar ou deter a aeronave.
Salvo permissão especial, nenhuma aeronave poderá voar no espaço aéreo brasileiro, aterrissar
no território subjacente ou dele decolar, a não ser que tenha:
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Salvo com autorização especial de órgão competente, nenhuma aeronave poderá transportar
explosivos, munições, armas de fogo, material bélico, equipamento destinado a levantamento
aerofotogramétrico ou de prospecção, ou ainda quaisquer outros objetos ou substâncias
consideradas perigosas para a segurança pública, da própria aeronave ou de seus ocupantes.
3. O Sistema Aeroportuário
3.1. Aeródromos
O sistema aeroportuário é constituído pelo conjunto de aeródromos brasileiros, com todas as
pistas de pouso, pistas de táxi, pátio de estacionamento de aeronave, terminal de carga aérea,
terminal de passageiros e as respectivas facilidades.
Os aeródromos civis podem ser utilizados por aeronaves militares e os aeródromos militares, por
aeronaves civis, obedecidas as prescrições estabelecidas pela autoridade aeronáutica. Os
aeródromos privados só poderão ser utilizados com permissão de seu proprietário, e é vedada a
exploração comercial.
3.2. Aeroportos
São considerados aeroportos os aeródromos públicos dotados de instalações e facilidades para
apoio de operações de aeronaves e de embarque e desembarque de pessoas e cargas.
4. Composição da Tripulação
4.1. Tripulação
Tripulação é o conjunto de tripulantes de voo e de cabine que exercem função a bordo de
aeronave. O exercício das profissões de piloto de aeronave, mecânico de voo e comissário de voo,
previstas nesta Lei, são privativos de brasileiros natos ou naturalizados.
As empresas brasileiras, quando estiverem prestando serviço aéreo internacional, poderão utilizar
comissários de voo estrangeiros, desde que o número destes não exceda a 1/3 (um terço) dos
comissários de voo a bordo da mesma aeronave.
Todas as empresas de transporte aéreo público, salvo empresas estrangeiras de transporte aéreo
público não regular na modalidade de táxi aéreo, quando estiverem operando voos domésticos
em território brasileiro, terão obrigatoriamente seu quadro de tripulantes composto por
brasileiros natos ou naturalizados, com contrato de trabalho regido pela legislação brasileira. Na
falta de tripulantes de voo brasileiros, instrutores estrangeiros poderão ser admitidos em caráter
provisório, por período restrito ao da instrução, de acordo com regulamento exarado pela
autoridade de aviação civil brasileira.
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Sempre que o titular de licença apresentar indício comprometedor de sua aptidão técnica ou das
condições físicas estabelecidas na regulamentação específica, poderá ser submetido a novos
exames técnicos ou de capacidade física, ainda que estejam válidos os respectivos certificados.
Qualquer dos certificados de que tratam artigos anteriores poderá ser cassado pela autoridade
aeronáutica se comprovado, em processo administrativo ou em exame de saúde, que o respectivo
titular não possui idoneidade profissional ou não está capacitado para o exercício das funções
especificadas na sua licença.
O comandante exerce autoridade inerente a função desde o momento em que se apresenta para
o voo até o momento em que entrega a aeronave, concluída a viagem e durante este período de
tempo o comandante exerce autoridade sobre pessoas e coisas que se encontrem a bordo da
aeronave e poderá:
• Desembarcar qualquer uma delas, desde que comprometa a boa ordem, a disciplina,
ponha em risco a segurança da aeronave ou das pessoas e bens a bordo;
• Tomar medidas necessárias à proteção da aeronave, das pessoas e bens transportados;
• Alijar carga ou parte dela, quando indispensável à segurança do voo.
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comandante poderá delegar a outro membro da tripulação, as atribuições que lhe competem,
menos as que se relacionem com a segurança de voo.
5. Aeronaves
6. Serviços Aéreos
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• O embarque do passageiro em voo que ofereça serviço equivalente para o mesmo destino;
• Ou restituirá, de imediato, se o passageiro o preferir, o valor do bilhete.
• Multa;
• Suspensão,
• Cassação;
• Detenção, Interdição ou apreensão da aeronave;
• Intervenção nas empresas concessionárias.
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8.1. Generalidades
A autoridade aeronáutica poderá requisitar o auxílio da força policial para obter a detenção dos
presumidos infratores ou da aeronave que ponha em perigo a segurança pública, pessoas ou
coisas, nos limites do que dispõe este Código.
• A multa será imposta de acordo com a gravidade da infração, podendo ser acrescida da
suspensão de qualquer dos certificados, da autorização ou concessão;
• A suspensão será aplicada por período não superior a 180 (cento e oitenta) dias, podendo
ser prorrogada uma vez pôr igual período;
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TÍTULO I
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1° O Direito Aeronáutico é regulado pelos Tratados, Convenções e Atos Internacionais de que
o Brasil seja parte, por este Código e pela legislação complementar.
§ 2° Este Código se aplica a nacionais e estrangeiros, em todo o Território Nacional, assim como,
no exterior, até onde for admitida a sua extraterritorialidade.
§ 3° A legislação complementar é formada pela regulamentação prevista neste Código, pelas leis
especiais, decretos e normas sobre matéria aeronáutica (artigo 12).
CAPÍTULO II
I - as aeronaves militares, bem como as civis de propriedade ou a serviço do Estado, por este
diretamente utilizadas (artigo 107, §§ 1° e 3°);
II - as aeronaves de outra espécie, quando em alto mar ou região que não pertença a qualquer
Estado.
Parágrafo único. Salvo na hipótese de estar a serviço do Estado, na forma indicada no item I deste
artigo, não prevalece a extraterritorialidade em relação à aeronave privada, que se considera
sujeita à lei do Estado onde se encontre.
Art. 4° Os atos que, originados de aeronave, produzirem efeito no Brasil, regem-se por suas leis,
ainda que iniciados no território estrangeiro.
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Art. 5° Os atos que, provenientes da aeronave, tiverem início no Território Nacional, regem-se
pelas leis brasileiras, respeitadas as leis do Estado em que produzirem efeito.
Art. 9° A assistência, o salvamento e o abalroamento regem-se pela lei do lugar em que ocorrerem
(artigos 23, § 2°, 49 a 65).
Parágrafo único. Quando pelo menos uma das aeronaves envolvidas for brasileira, aplica-se a lei
do Brasil à assistência, salvamento e abalroamento ocorridos em região não submetida a qualquer
Estado.
Art. 10. Não terão eficácia no Brasil, em matéria de transporte aéreo, quaisquer disposições de
direito estrangeiro, cláusulas constantes de contrato, bilhete de passagem, conhecimento e outros
documentos que:
TÍTULO II
DO ESPAÇO AÉREO E SEU USO PARA FINS AERONÁUTICOS
CAPÍTULO I
Art. 11. O Brasil exerce completa e exclusiva soberania sobre o espaço aéreo acima de seu
território e mar territorial.
I - a navegação aérea;
II - o tráfego aéreo;
IV - a aeronave;
V - a tripulação;
Art. 13. Poderá a autoridade aeronáutica deter a aeronave em voo no espaço aéreo (artigo
18) ou em pouso no território brasileiro (artigos 303 a 311), quando, em caso de flagrante
desrespeito às normas de direito aeronáutico (artigos 1° e 12), de tráfego aéreo (artigos 14, 16, §
3°, 17), ou às condições estabelecidas nas respectivas autorizações (artigos 14, §§ 1°, 3° e 4°, 15,
§§ 1° e 2°, 19, parágrafo único, 21, 22), coloque em risco a segurança da navegação aérea ou de
tráfego aéreo, a ordem pública, a paz interna ou externa.
CAPÍTULO II
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DO TRÁFEGO AÉREO
§ 1° Nenhuma aeronave militar ou civil a serviço de Estado estrangeiro e por este diretamente
utilizada (artigo 3°, I) poderá, sem autorização, voar no espaço aéreo brasileiro ou aterrissar no
território subjacente.
§ 2° É livre o tráfego de aeronave dedicada a serviços aéreos privados (artigos 177 a 179),
mediante informações prévias sobre o voo planejado (artigo 14, § 4°).
§ 4° A utilização do espaço aéreo brasileiro, por qualquer aeronave, fica sujeita às normas e
condições estabelecidas, assim como às tarifas de uso das comunicações e dos auxílios à
navegação aérea em rota (artigo 23).
§ 5° Estão isentas das tarifas previstas no parágrafo anterior as aeronaves pertencentes aos
aeroclubes.
Art. 15. Por questão de segurança da navegação aérea ou por interesse público, é facultado fixar
zonas em que se proíbe ou restringe o tráfego aéreo, estabelecer rotas de entrada ou saída,
suspender total ou parcialmente o tráfego, assim como o uso de determinada aeronave, ou a
realização de certos serviços aéreos.
§ 1° A prática de esportes aéreos tais como balonismo, volovelismo, asas voadoras e similares,
assim como os voos de treinamento, far-se-ão em áreas delimitadas pela autoridade aeronáutica.
§ 2° A utilização de veículos aéreos desportivos para fins econômicos, tais como a publicidade,
submete-se às normas dos serviços aéreos públicos especializados (artigo 201).
§ 2° A falta de garantia autoriza o sequestro da aeronave e a sua retenção até que aquela se
efetive.
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Art. 17. É proibido efetuar, com qualquer aeronave, voos de acrobacia ou evolução que possam
constituir perigo para os ocupantes do aparelho, para o tráfego aéreo, para instalações ou pessoas
na superfície.
Art. 18. O Comandante de aeronave que receber de órgão controlador de voo ordem para pousar
deverá dirigir-se, imediatamente, para o aeródromo que lhe for indicado e nele efetuar o pouso.
§ 4° A autoridade aeronáutica que, excedendo suas atribuições e sem motivos relevantes, expedir
a ordem de que trata o caput deste artigo, responderá pelo excesso cometido, sendo-lhe aplicada
a pena de suspensão por prazo que variará de 30 (trinta) a 90 (noventa) dias, conversíveis em
multa.
Art. 19. Salvo motivo de força maior, as aeronaves só poderão decolar ou pousar em aeródromo
cujas características comportarem suas operações.
Parágrafo único. Os pousos e decolagens deverão ser executados, de acordo com procedimentos
estabelecidos, visando à segurança do tráfego, das instalações aeroportuárias e vizinhas, bem
como a segurança e bem-estar da população que, de alguma forma, possa ser atingida pelas
operações.
Art. 20. Salvo permissão especial, nenhuma aeronave poderá voar no espaço aéreo brasileiro,
aterrissar no território subjacente ou dele decolar, a não ser que tenha:
III - tripulação habilitada, licenciada e portadora dos respectivos certificados, do Diário de Bordo
(artigo 84, parágrafo único) da lista de passageiros, manifesto de carga ou relação de mala postal
que, eventualmente, transportar.
Art. 21. Salvo com autorização especial de órgão competente, nenhuma aeronave poderá
transportar explosivos, munições, arma de fogo, material bélico, equipamento destinado a
levantamento aerofotogramétrico ou de prospecção, ou ainda quaisquer outros objetos ou
substâncias consideradas perigosas para a segurança pública, da própria aeronave ou de seus
ocupantes.
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CAPÍTULO III
Art. 22. Toda aeronave proveniente do exterior fará, respectivamente, o primeiro pouso ou a última
decolagem em aeroporto internacional.
Parágrafo único. A lista de aeroportos internacionais será publicada pela autoridade aeronáutica,
e suas denominações somente poderão ser modificadas mediante lei federal, quando houver
necessidade técnica dessa alteração.
Art. 23. A entrada no espaço aéreo brasileiro ou o pouso, no território subjacente, de aeronave
militar ou civil a serviço de Estado estrangeiro sujeitar-se-á às condições estabelecidas (artigo 14,
§ 1°).
Art. 24. Os aeroportos situados na linha fronteiriça do território brasileiro poderão ser autorizados
a atender ao tráfego regional, entre os países limítrofes, com serviços de infra-estrutura
aeronáutica, comuns ou compartilhados por eles.
Parágrafo único. As aeronaves brasileiras poderão ser autorizadas a utilizar aeroportos situados
em países vizinhos, na linha fronteiriça ao Território Nacional, com serviços de infra-estrutura
aeronáutica comuns ou compartilhados.
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CAPÍTULO II
DO SISTEMA AEROPORTUÁRIO
SEÇÃO I
DOS AERÓDROMOS
Art. 26. O sistema aeroportuário é constituído pelo conjunto de aeródromos brasileiros, com todas
as pistas de pouso, pistas de táxi, pátio de estacionamento de aeronave, terminal de carga aérea,
terminal de passageiros e as respectivas facilidades.
Parágrafo único. São facilidades: o balizamento diurno e noturno; a iluminação do pátio; serviço
contra incêndio especializado e o serviço de remoção de emergência médica; área de pré-
embarque, climatização, ônibus, ponte de embarque, sistema de esteiras para despacho de
bagagem, carrinhos para passageiros, pontes de desembarque, sistema de ascenso-descenso de
passageiros por escadas rolantes, orientação por circuito fechado de televisão, sistema
semiautomático anunciador de mensagem, sistema de som, sistema informativo de voo,
climatização geral, locais destinados a serviços públicos, locais destinados a apoio comercial,
serviço médico, serviço de salvamento aquático especializado e outras, cuja implantação seja
autorizada ou determinada pela autoridade aeronáutica.
Art. 27. Aeródromo é toda área destinada a pouso, decolagem e movimentação de aeronaves.
Art. 30. Nenhum aeródromo civil poderá ser utilizado sem estar devidamente cadastrado.
Art. 32. Os aeroportos e heliportos serão classificados por ato administrativo que fixará as
características de cada classe.
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Art. 37. Os aeródromos públicos poderão ser usados por quaisquer aeronaves, sem distinção de
propriedade ou nacionalidade, mediante o ônus da utilização, salvo se, por motivo operacional ou
de segurança, houver restrição de uso por determinados tipos de aeronaves ou serviços aéreos.
Parágrafo único. Os preços de utilização serão fixados em tabelas aprovadas pela autoridade
aeronáutica, tendo em vista as facilidades colocadas à disposição das aeronaves, dos passageiros
ou da carga, e o custo operacional do aeroporto.
TÍTULO IV
DAS AERONAVES
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 106. Considera-se aeronave todo aparelho manobrável em voo, que possa sustentar-se e
circular no espaço aéreo, mediante reações aerodinâmicas, apto a transportar pessoas ou coisas.
Parágrafo único. A aeronave é bem móvel registrável para o efeito de nacionalidade, matrícula,
aeronavegabilidade (artigos 72, I, 109 e 114), transferência por ato entre vivos (artigos 72, II e 115,
IV), constituição de hipoteca (artigos 72, II e 138), publicidade (artigos 72, III e 117) e
cadastramento geral (artigo 72, V).
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CAPÍTULO II
DA NACIONALIDADE, MATRÍCULA E AERONAVEGABILIDADE
SEÇÃO I
DA NACIONALIDADE E MATRÍCULA
Art. 109. O Registro Aeronáutico Brasileiro, no ato da inscrição, após a vistoria técnica, atribuirá
as marcas de nacionalidade e matrícula, identificadoras da aeronave.
Art. 110. A matrícula de aeronave já matriculada em outro Estado pode ser efetuada pelo novo
adquirente, mediante a comprovação da transferência da propriedade; ou pelo explorador,
mediante o expresso consentimento do titular do domínio.
Parágrafo único. O consentimento do proprietário pode ser manifestado, por meio de mandato
especial, em cláusula do respectivo contrato de utilização de aeronave, ou em documento
separado.
II - o vendedor reserva, para si a propriedade da aeronave até o pagamento total do preço ou até
o cumprimento de determinada condição, mas consente, expressamente, que o comprador faça a
matrícula.
TÍTULO V
DA TRIPULAÇÃO
CAPÍTULO I
DA COMPOSIÇÃO DA TRIPULAÇÃO
Art. 156. São tripulantes as pessoas devidamente habilitadas que exercem função a bordo de
aeronaves.
§ 2° A função não remunerada, a bordo de aeronave de serviço aéreo privado (artigo 177) pode
ser exercida por tripulantes habilitados, independentemente de sua nacionalidade.
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Art. 157. Desde que assegurada a admissão de tripulantes brasileiros em serviços aéreos públicos
de determinado país, deve-se promover acordo bilateral de reciprocidade.
Art. 158. A juízo da autoridade aeronáutica poderão ser admitidos como tripulantes, em caráter
provisório, instrutores estrangeiros, na falta de tripulantes brasileiros.
Parágrafo único. O prazo do contrato de instrutores estrangeiros, de que trata este artigo, não
poderá exceder de 6 (seis) meses.
CAPÍTULO II
DAS LICENÇAS E CERTIFICADOS
Parágrafo único. A licença terá caráter permanente e os certificados vigorarão pelo período
neles estabelecido, podendo ser revalidados.
Art. 161. Será regulada pela legislação brasileira a validade da licença e o certificado de habilitação
técnica de estrangeiros, quando inexistir convenção ou ato internacional vigente no Brasil e no
Estado que os houver expedido.
Parágrafo único. O disposto no caput do presente artigo aplica-se a brasileiro titular de licença ou
certificado obtido em outro país.
Art. 162. Cessada a validade do certificado de habilitação técnica ou de capacidade física, o titular
da licença ficará impedido do exercício da função nela especificada.
Art. 163. Sempre que o titular de licença apresentar indício comprometedor de sua aptidão técnica
ou das condições físicas estabelecidas na regulamentação específica, poderá ser submetido a
novos exames técnicos ou de capacidade física, ainda que válidos estejam os respectivos
certificados.
Parágrafo único. Do resultado dos exames acima especificados caberá recurso dos interessados
à Comissão técnica especializada ou à junta médica.
Art. 164. Qualquer dos certificados de que tratam os artigos anteriores poderá ser cassado pela
autoridade aeronáutica se comprovado, em processo administrativo ou em exame de saúde, que
o respectivo titular não possui idoneidade profissional ou não está capacitado para o exercício das
funções especificadas em sua licença.
Parágrafo único. No caso do presente artigo, aplica-se o disposto no parágrafo único do artigo
163.
CAPÍTULO III
DO COMANDANTE DE AERONAVE
Art. 165. Toda aeronave terá a bordo um Comandante, membro da tripulação, designado pelo
proprietário ou explorador e que será seu preposto durante a viagem.
Parágrafo único. O nome do Comandante e dos demais tripulantes constarão do Diário de Bordo.
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II - limites de voo;
IV - fornecimento de alimentos.
Art. 167. O Comandante exerce autoridade inerente à função desde o momento em que se
apresenta para o voo até o momento em que entrega a aeronave, concluída a viagem.
Parágrafo único. No caso de pouso forçado, a autoridade do Comandante persiste até que as
autoridades competentes assumam a responsabilidade pela aeronave, pessoas e coisas
transportadas.
Art. 168 Durante o período de tempo previsto no artigo 167, o Comandante exerce autoridade
sobre as pessoas e coisas que se encontrem a bordo da aeronave e poderá:
I - desembarcar qualquer delas, desde que comprometa a boa ordem, a disciplina, ponha em
risco a segurança da aeronave ou das pessoas e bens a bordo;
III - alijar a carga ou parte dela, quando indispensável à segurança de voo (artigo 16, § 3º).
Parágrafo único. O Comandante e o explorador da aeronave não serão responsáveis por prejuízos
ou consequências decorrentes de adoção das medidas disciplinares previstas neste artigo, sem
excesso de poder.
Art. 169. Poderá o Comandante, sob sua responsabilidade, adiar ou suspender a partida da
aeronave, quando julgar indispensável à segurança do voo.
Art. 170. O Comandante poderá delegar a outro membro da tripulação as atribuições que lhe
competem, menos as que se relacionem com a segurança do voo.
Art. 171. As decisões tomadas pelo Comandante na forma dos artigos 167, 168, 169 e 215,
parágrafo único, inclusive em caso de alijamento (artigo 16, § 3°), serão registradas no Diário de
Bordo e, concluída a viagem, imediatamente comunicadas à autoridade aeronáutica.
Parágrafo único. No caso de estar a carga sujeita a controle aduaneiro, será o alijamento
comunicado à autoridade fazendária mais próxima.
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Art. 172. O Diário de Bordo, além de mencionar as marcas de nacionalidade e matrícula, os nomes
do proprietário e do explorador, deverá indicar para cada voo a data, natureza do voo (privado
aéreo, transporte aéreo regular ou não regular), os nomes dos tripulantes, lugar e hora da saída e
da chegada, incidentes e observações, inclusive sobre infraestrutura de proteção ao voo que forem
de interesse da segurança em geral.
Parágrafo único. O Diário de Bordo referido no caput deste artigo deverá estar assinado pelo piloto
Comandante, que é o responsável pelas anotações, aí também incluídos os totais de tempos de
voo e de jornada.
Art. 173. O Comandante procederá ao assento, no Diário de Bordo, dos nascimentos e óbitos que
ocorrerem durante a viagem, e dele extrairá cópia para os fins de direito.
TÍTULO VI
DOS SERVIÇOS AÉREOS
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
Art. 174. Os serviços aéreos compreendem os serviços aéreos privados (artigos 177 a 179) e
os serviços aéreos públicos (artigos 180 a 221).
Art. 175. Os serviços aéreos públicos abrangem os serviços aéreos especializados públicos e os
serviços de transporte aéreo público de passageiro, carga ou mala postal, regular ou não regular,
doméstico ou internacional.
Art. 176. O transporte aéreo de mala postal poderá ser feito, com igualdade de tratamento, por
todas as empresas de transporte aéreo regular, em suas linhas, atendendo às conveniências de
horário, ou mediante fretamento especial.
CAPÍTULO II
SERVIÇOS AÉREOS PRIVADOS
Art. 177. Os serviços aéreos privados são os realizados, sem remuneração, em benefício do
próprio operador (artigo 123, II) compreendendo as atividades aéreas:
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I - de recreio ou desportivas;
§ 2° As aeronaves de que trata este artigo não poderão efetuar serviços aéreos de transporte
público (artigo 267, § 2°).
Art. 179. As pessoas físicas ou jurídicas que, em seu único e exclusivo benefício, se dediquem à
formação ou adestramento de seu pessoal técnico, poderão fazê-lo mediante a anuência da
autoridade aeronáutica.
CAPÍTULO III
SERVIÇOS AÉREOS PÚBLICOS
SEÇÃO I
DA CONCESSÃO OU AUTORIZAÇÃO PARA OS SERVIÇOS AÉREOS PÚBLICOS
Art. 180. A exploração de serviços aéreos públicos dependerá sempre da prévia concessão,
quando se tratar de transporte aéreo regular, ou de autorização no caso de transporte aéreo não
regular ou de serviços especializados.
Art. 181. A concessão somente será dada à pessoa jurídica brasileira que tiver:
I - sede no Brasil;
II - pelo menos 4/5 (quatro quintos) do capital com direito a voto, pertencente a brasileiros,
prevalecendo essa limitação nos eventuais aumentos do capital social;
§ 1° As ações com direito a voto deverão ser nominativas se se tratar de empresa constituída sob
a forma de sociedade anônima, cujos estatutos deverão conter expressa proibição de conversão
das ações preferenciais sem direito a voto em ações com direito a voto.
§ 2° Pode ser admitida a emissão de ações preferenciais até o limite de 2/3 (dois terços) do total
das ações emitidas, não prevalecendo as restrições não previstas neste Código.
§ 3° A transferência a estrangeiro das ações com direito a voto, que estejam incluídas na margem
de 1/5 (um quinto) do capital a que se refere o item II deste artigo, depende de aprovação da
autoridade aeronáutica.
§ 4° Desde que a soma final de ações em poder de estrangeiros não ultrapasse o limite de 1/5
(um quinto) do capital, poderão as pessoas estrangeiras, naturais ou jurídicas, adquirir ações do
aumento de capital.
Art. 183. As concessões ou autorizações serão regulamentadas pelo Poder Executivo e somente
poderão ser cedidas ou transferidas mediante anuência da autoridade competente.
CAPÍTULO V
DO TRANSPORTE AÉREO REGULAR
SEÇÃO I
DO TRANSPORTE AÉREO REGULAR INTERNACIONAL
Art. 203. Os serviços de transporte aéreo público internacional podem ser realizados por
empresas nacionais ou estrangeiras.
Art. 204. O Governo Brasileiro designará as empresas para os serviços de transporte aéreo
internacional.
§ 2° A designação de que trata este artigo far-se-á com o objetivo de assegurar o melhor
rendimento econômico no mercado internacional, estimular o turismo receptivo, contribuir para o
maior intercâmbio político, econômico e cultural.
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Art. 205. Para operar no Brasil, a empresa estrangeira de transporte aéreo deverá:
III - obter autorização para operar os serviços aéreos (artigos 212 e 213).
Parágrafo único. A designação é ato de Governo a Governo, pela via diplomática, enquanto os
pedidos de autorização, a que se referem os itens II e III deste artigo são atos da própria empresa
designada.
Art. 206. O pedido de autorização para funcionamento no País será instruído com os seguintes
documentos:
Art. 208. As empresas estrangeiras autorizadas a funcionar no País são obrigadas a ter
permanentemente representante no Brasil, com plenos poderes para tratar de quaisquer assuntos
e resolvê-los definitivamente, inclusive para o efeito de ser demandado e receber citações iniciais
pela empresa.
Art. 209. Qualquer alteração que a empresa estrangeira fizer em seu estatuto ou atos constitutivos
dependerá de aprovação do Governo Federal para produzir efeitos no Brasil.
Art. 210. A autorização à empresa estrangeira para funcionar no Brasil, de que trata o artigo 206,
poderá ser cassada:
I - em caso de falência;
II - se os serviços forem suspensos, pela própria empresa, por período excedente a 6 (seis)
meses;
III - nos casos previstos no decreto de autorização ou no respectivo Acordo Bilateral;
IV - nos casos previstos em lei (artigo 298).
Art. 211. A substituição da empresa estrangeira que deixar de funcionar no Brasil ficará na
dependência de comprovação, perante a autoridade aeronáutica, do cumprimento das obrigações
a que estava sujeita no País, salvo se forem assumidas pela nova empresa designada.
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Art. 212. A empresa estrangeira, designada pelo governo de seu país e autorizada a funcionar no
Brasil, deverá obter a autorização para iniciar, em caráter definitivo, os serviços aéreos
internacionais, apresentando à autoridade aeronáutica:
b) as tarifas que pretende aplicar entre pontos de escala no Brasil e as demais escalas de
seu serviço no exterior;
Art. 213. Toda modificação que envolva equipamento, horário, frequência e escalas no Território
Nacional, bem assim a suspensão provisória ou definitiva dos serviços e o restabelecimento de
escalas autorizadas, dependerá de autorização da autoridade aeronáutica, se não for estabelecido
de modo diferente em Acordo Bilateral.
Parágrafo único. As modificações a que se refere este artigo serão submetidas à autoridade
aeronáutica com a necessária antecedência.
Art. 214. As empresas estrangeiras de transporte aéreo que não operem no Brasil não poderão
funcionar no Território Nacional ou nele manter agência, sucursal, filial, gerência, representação
ou escritório, salvo se possuírem autorização para a venda de bilhete de passagem ou de carga,
concedida por autoridade competente.
§ 1° A autorização de que trata este artigo estará sujeita às normas e condições que forem
estabelecidas pelo Ministério da Aeronáutica.
§ 2° Não será outorgada autorização a empresa cujo país de origem não assegure reciprocidade
de tratamento às congêneres brasileiras.
SEÇÃO II
DO TRANSPORTE DOMÉSTICO
Art. 215. Considera-se doméstico e é regido por este Código, todo transporte em que os pontos
de partida, intermediários e de destino estejam situados em Território Nacional.
Parágrafo único. O transporte não perderá esse caráter se, por motivo de força maior, a aeronave
fizer escala em território estrangeiro, estando, porém, em território brasileiro os seus pontos de
partida e destino.
Art. 216. Os serviços aéreos de transporte público doméstico são reservados às pessoas jurídicas
brasileiras.
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CAPÍTULO VI
DOS SERVIÇOS DE TRANSPORTE AÉREO NÃO REGULAR
Art. 217. Para a prestação de serviços aéreos não regulares de transporte de passageiro, carga
ou mala postal, é necessária autorização de funcionamento do Poder Executivo, a qual será
intransferível, podendo estender-se por período de 5 (cinco) anos, renovável por igual prazo.
TÍTULO VII
DO CONTRATO DE TRANSPORTE AÉREO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 222. Pelo contrato de transporte aéreo, obriga-se o empresário a transportar passageiro,
bagagem, carga, encomenda ou mala postal, por meio de aeronave, mediante pagamento.
Parágrafo único. O empresário, como transportador, pode ser pessoa física ou jurídica, proprietário
ou explorador da aeronave.
CAPÍTULO II
DO CONTRATO DE TRANSPORTE DE PASSAGEIRO
SEÇÃO I
DO BILHETE DE PASSAGEM
Art. 228. O bilhete de passagem terá a validade de 1 (um) ano, a partir da data de sua emissão.
Art. 229. O passageiro tem direito ao reembolso do valor já pago do bilhete se o transportador vier
a cancelar a viagem.
Art. 230. Em caso de atraso da partida por mais de 4 (quatro) horas, o transportador providenciará
o embarque do passageiro, em voo que ofereça serviço equivalente para o mesmo destino, se
houver, ou restituirá, de imediato, se o passageiro o preferir, o valor do bilhete de passagem.
Art. 231. Quando o transporte sofrer interrupção ou atraso em aeroporto de escala por período
superior a 4 (quatro) horas, qualquer que seja o motivo, o passageiro poderá optar pelo endosso
do bilhete de passagem ou pela imediata devolução do preço.
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CAPÍTULO II
DAS PROVIDÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
Art. 289. Na infração aos preceitos deste Código ou da legislação complementar, a autoridade
aeronáutica poderá tomar as seguintes providências administrativas:
I - multa;
Art. 290. A autoridade aeronáutica poderá requisitar o auxílio policial da força para obter a
detenção dos presumíveis infratores ou da aeronave que ponha em perigo a segurança pública,
pessoas ou coisas, nos limites do que dispõe este Código.
Art. 295. A multa será imposta de acordo com a gravidade da infração, podendo ser acrescida da
suspensão de qualquer dos certificados ou da autorização ou permissão.
Art. 296. A suspensão será aplicada para período não superior a 180 (cento e oitenta) dias,
podendo ser prorrogada uma vez por igual período.
Art. 298. A empresa estrangeira de transporte aéreo que opere no País será sujeita à multa e, na
hipótese de reincidência, à suspensão ou cassação da autorização de funcionamento no caso de
não atender:
CAPÍTULO III
DAS INFRAÇÕES
Art. 299. Será aplicada multa de (VETADO) até 1.000 (mil) valores de referência, ou de
suspensão ou cassação de quaisquer certificados de matrícula, habilitação, concessão,
autorização, permissão ou homologação expedidos segundo as regras deste Código, nos
seguintes casos:
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Art. 302. A multa será aplicada pela prática das seguintes infrações:
d) utilizar ou empregar aeronave sem os documentos exigidos ou sem que estes estejam
em vigor;
i) manter aeronave estrangeira em Território Nacional sem autorização ou sem que esta
haja sido revalidada;
o) realizar voo com peso de decolagem ou número de passageiros acima dos máximos
estabelecidos;
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s) realizar voo por instrumentos com aeronave não homologada para esse tipo de
operação;
u) realizar voo solo para treinamento de navegação sendo aluno ainda não habilitado para
tal;
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p) exceder, fora dos casos previstos em lei, os limites de horas de trabalho ou de voo;
ALFABETO FONÉTICO
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NOÇÕES DE DIREITO
TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIO
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1. Direito do Trabalho
2. Empregado
“Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a
empregador sob dependência deste e mediante salário.” (art. 3 da CLT). Na lei, encontram-se os
requisitos para que se caracterize o empregado:
a) Prestação de serviço por pessoa física: apenas a pessoa física pode ser empregado. Ao contrário
do empregador que pode ser pessoa física ou jurídica;
b) Serviços de natureza não eventual: deve trabalhar de forma contínua, habitual;
c) Dependência hierárquica: subordinação ao empregador; e
d) Salário pago pelo empregador: o pagamento como contraprestação do serviço prestado.
a) Pessoal: somente o empregado contratado pode prestar o serviço, não podendo ser substituído;
b) Onerosa: isto é, remunerado;
c) Contínua: isto é, não pode ter caráter esporádico ou eventual; e
d) Subordinada: isto é, sob dependência jurídica do empregador.
O empregado possui deveres quando inicia seu vínculo empregatício com o empregador:
3. Empregador
O empregador possui deveres com o empregado além de pagar o salário, dentre eles:
a) Segurança: garantir a vida, a saúde, a integridade física e moral do empregado e seu bom
desempenho funcional;
b) Não discriminação: não poderá discriminar por sexo, nacionalidade, raça, religião, etc.
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Se o empregador quiser contratar novamente o mesmo trabalhador, cujo contrato por prazo
determinado encerrou-se no limite máximo de 02 (dois) ano, terá de aguardar um intervalo de,
pelo menos, 06 (seis) meses entre este e o novo contrato por prazo determinado.
Relação
Contratual
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a) Acordo entre ambos: as partes, de comum acordo, podem propor o fim do contrato de trabalho.
Foi uma modalidade introduzida recentemente, pela Lei 13.467/2017, que idealizou a “Reforma
Trabalhista”. Essa modalidade surgiu a fim de regulamentar o famoso “acordo de demissão”, em
que o empregador demitia o empregado sem justa causa, pagando todas verbas, para que o
empregado pudesse sacar o FGTS e receber o seguro-desemprego, sob a condição do empregado
devolver a indenização de 40% sobre o FGTS ao empregador. Além de fraude trabalhista, esses
“acordos” são passíveis de punições na esfera criminal, responsabilizando tanto o empregado
quanto o empregador. Aqui o empregado tem direito ao pagamento das seguintes verbas:
• Saldo de salário;
• Férias vencidas + adicional de 1/3, se for o caso;
• Férias proporcionais + adicional de 1/3;
• 13º salário proporcional;
• Indenização de 20% do FGTS e poderá movimentar até 80% do valor depositado na conta;
• Aviso prévio (indenizado ou trabalhado) pela metade.
c) Demissão sem justa causa pelo empregador: demissão sem justa causa se dá quando o
empregador não mais deseja a mão de obra do empregado e o dispensa. Como a rescisão do
contrato de trabalho se dá por vontade do empregador, são devidas como verbas rescisórias:
• Saldo de salário;
• Férias vencidas + adicional de 1/3, se for o caso;
• Férias proporcionais + adicional de 1/3;
• 13º salário proporcional;
• Liberação do FGTS;
• Indenização de 40% sobre FGTS;
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d) Demissão por justa causa pelo empregador: a ocorrência dessa modalidade de rescisão do
contrato de trabalho é válida quando o empregado comete faltas graves. Aqui somente são
devidos ao empregado:
• Saldo de salário;
• Férias vencidas + adicional de 1/3, se for o caso.
Incontinência de conduta ou mau procedimento: São duas justas causas semelhantes, mas
não são sinônimas. Mau procedimento é gênero do qual incontinência é espécie.
A incontinência revela-se pelos excessos ou imoderações, entendendo-se a inconveniência
de hábitos e costumes, pela imoderação de linguagem ou de gestos. Ocorre quando o
empregado comete ofensa ao pudor, pornografia ou obscenidade, desrespeito aos colegas
de trabalho e à empresa.
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Abandono de emprego: a falta injustificada ao serviço por mais de 30 (trinta) dias faz
presumir o abandono de emprego. Existem, no entanto, circunstâncias que fazem
caracterizar o abandono antes dos trinta dias. É o caso do empregado que demonstra
intenção de não mais voltar ao serviço. Por exemplo, o empregado é surpreendido
trabalhando em outra empresa durante o período em que deveria estar prestando serviços
na primeira empresa.
Ofensas físicas: as ofensas físicas constituem falta grave quando tem relação com o vínculo
empregatício, praticadas em serviço ou contra superiores hierárquicos, mesmo fora da
empresa. As agressões contra terceiros, estranhos à relação empregatícia, por razões
alheias à vida empresarial, constituirá justa causa quando se relacionarem ao fato de
ocorrerem em serviço. A legítima defesa exclui a justa causa. Considera-se legítima defesa,
quem, usando moderadamente os meios necessários, repele injusta agressão, atual ou
iminente, a direito seu ou de outrem.
Ato lesivo da honra e boa fama: São considerados lesivos à honra e à boa fama gestos ou
palavras que importem em expor outrem ao desprezo de terceiros ou por qualquer meio
magoá-lo em sua dignidade pessoal. Na aplicação da justa causa devem ser observados os
hábitos de linguagem no local de trabalho, origem territorial do empregado, ambiente
onde a expressão é usada, a forma e o modo em que as palavras foram pronunciadas, grau
de educação do empregado e outros elementos que se fiz
Prática constante de jogos de azar: Jogo de azar é aquele em que o ganho e a perda
dependem exclusiva ou principalmente de sorte. Para que o jogo de azar constitua justa
causa, é imprescindível que o jogador tenha intuito de lucro, de ganhar um bem
economicamente apreciável.
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• Saldo de salário;
• Férias vencidas + adicional de 1/3, se for o caso;
• Férias proporcionais + adicional de 1/3;
• 13º salário proporcional;
• Liberação do FGTS;
• Indenização de 40% sobre FGTS;
• Aviso prévio (indenizado ou trabalhado);
• Documentos para a liberação de seguro-desemprego, se for o caso.
Exigência de serviços superiores as suas forças, e proibidas por lei ou contrário aos bons
costumes ou alheios ao contrato: o empregado não pode ser obrigado a prestar serviços
superiores as suas forças, isto é, não pode exigir sacrifício físico empregado. Não pode o
empregador obrigar o assalariado a prestar serviços contrários aos bons costumes e
proibidos por Lei. Os bons costumes é o normal da coletividade, o qual varia no tempo e
no espaço.
Correr perigo manifesto de mal considerável: o empregado não é obrigado a correr risco
de vida para continuar prestando o serviço, bem como se sujeitar a perigo manifesto de
mal considerável. A Lei fala em perigo manifesto, isto quer dize que ele seja evidente. Não
define o que se deve entender por perigo manifesto: compete ao Juiz verificar, em cada
caso, se ocorreu ou não a falta grave.
Praticar o empregador ou seu proposto contra empregado ou pessoas de sua família ato
lesivo da honra e da boa fama: É uma falta que pode ser praticada pelo empregador ou
por alguém que faie em seu nome, não apenas em relação ao empregado, mas também às
pessoas de sua família.
Redução do trabalho, quando este for peça ou tarefa, de forma a reduzir sensivelmente
a importância do salário: o empregado recebe de acordo com a produção. Não pode o
empregador reduzir sua tarefa de tal forma a afetar seus ganhos mensais.
f) Culpa recíproca: nesse tipo de rescisão, tanto o empregado quanto o empregador cometem
faltas graves, que devem ser reconhecidas pela justiça trabalhista. As verbas rescisórias devidas
são:
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• Saldo de salário;
• Férias vencidas + adicional de 1/3, se for o caso;
• 50% das férias proporcionais + adicional de 1/3;
• 50% do 13º salário proporcional;
• Indenização de 20% sobre o FGTS.
g) Por término do período contratual: caso o contrato de trabalho seja por tempo determinado
ou de experiência, o empregado deverá receber:
• Saldo de salário;
• Férias vencidas + adicional de 1/3, se for o caso;
• Férias proporcionais + adicional de 1/3;
• 13º salário proporcional.
5. Aviso - Prévio
Caso o empregado não dê aviso-prévio ao empregador, este tem o direito de descontar o salário
do prazo respectivo. O aviso-prévio pode ser indenizado ou trabalhado.
Em se tratando de aviso-prévio trabalhado, em caso de rescisão provocada pelo empregador, o
empregado terá direito a: reduzir sua jornada diária de trabalho em 02 (duas) horas, durante o
período do aviso-prévio, ou a faltar no trabalho por 07 (sete) dias corridos (sendo estes no final do
aviso), sem prejuízo do salário. Esta redução se justifica para que o trabalhador possa procurar
novo emprego. Durante este período de aviso-prévio, tudo permanecerá inalterado em direitos,
deveres e obrigações.
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6. Férias
Férias é o período de descanso anual, que deve ser concedido ao empregado após o exercício de
atividades por um ano, ou seja, por um período de 12 meses, período este denominado
"aquisitivo". As férias devem ser concedidas dentro dos 12 meses subsequentes à aquisição do
direito, período este chamado de "concessivo".
Por período aquisitivo é o lapso correspondente a 12 meses nos quais o empregado trabalha para
adquirir férias. Período concessivo é o período de 12 meses subsequentes ao lapso aquisitivo em
que o empregador deverá conceder as férias ao empregado. Sendo assim, o período aquisitivo não
se confunde com período concessivo.
As férias são direito do empregado, mas quem determina quando este vai gozar as férias, é o
empregador.
Poderá o empregado transformar apenas 1/3 de suas férias em dinheiro, o que de forma comum
e popular se chama — vender as férias
O pagamento das férias, do adicional de 1/3 (um terço) constitucional e do abono pecuniário
deverá ser feito até dois dias antes do início do período de férias. Neste momento, o empregado
dará quitação do pagamento, em recibo, no qual deverão constar as datas de início e término do
respectivo período.
Por férias vencidas, devemos entender aquele período completo após os doze meses.
Trabalhadores que faltam ao trabalho sem justificativa podem ter problemas quando forem tirar
suas férias. Isso porque, de acordo com a legislação vigente, eles podem ter descontadas as faltas
de suas férias e ter menos dias para aproveitar o descanso. A cada período aquisitivo de 12 meses,
o trabalhador que faltar uma certa quantidade de dias sem justificativa terá menos dias de férias
na seguinte proporção:
Até 05 30
De 06 a 14 24
De 15 a 23 18
De 24 a 32 12
Acima de 32 Não terá direito a férias
É a sigla de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. O FGTS é uma conta destinada ao trabalhador
para ser uma reserva de dinheiro. Praticamente, uma poupança. O fundo visa zelar pelo
trabalhador em situações difíceis, como na demissão sem justa causa.
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O FGTS é um direito garantido pela Constituição Federal que todo o empregador precisa respeitar.
São depósitos realizados pelos empregadores, todo o começo de mês. Eles são responsáveis por
depositar 8% do salário bruto do trabalhador em uma conta especial da Caixa Econômica Federal.
É uma conta aberta em nome do trabalhador, no momento em que o empregador recolhe o
dinheiro, pela primeira vez, para o FGTS. Por isso, há a possibilidade de haver várias contas de FGTS
de uma mesma pessoa. Isso ocorre quando um trabalhador esteve em mais de uma empresa,
registrado.
Poderá, o empregado, “sacar” o FGTS (art. 35, da Lei nº 99.684/1990 – Consolidação das Normas
do FGTS):
8. Faltas
Falta é aquele momento em que o empregado deixa de comparecer ao trabalho para exercer as
suas funções. As faltas consideradas justificadas, estão catalogadas no art. 131 da CLT. Não será
considerada falta ao serviço, a ausência do empregado:
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O artigo 131, da CLT, menciona também, as causas previstas no artigo 473, da CLT, quais sejam:
9. Remuneração e Salário
Devemos entender por REMUNERAÇÃO a totalidade dos valores que o empregado recebe em
decorrência do trabalho. SALÁRIO seria o “ordenado”. O salário, assim como comissões,
gratificações, gorjetas e os adicionais. então integrados à remuneração.
O salário é irredutível, pois é o meio do qual o empregado sustenta a si e também a seus
dependentes, de modo que a lei deve assegurar que o empregado receba integralmente seu
salário.
Os únicos descontos são os permitidos por lei (para o FGTS, INSS, IR). Também o pagamento dos
salários deverá ser em moeda corrente, pois não é possível o pagamento por meio de vales ou
promissórias, a fim de que o empregado possa. imediatamente, usar o dinheiro para atender suas
necessidades.
Os salários são impenhoráveis, uma vez que possuem caráter alimentar. Isso significa que o
empregado utiliza o salário para suprir suas necessidades básicas de alimentação, moradia,
subsistência.
A única exceção à impenhorabilidade de parte do salário, está no pagamento de pensão
alimentícia. Isto porque, a necessidade de subsistência de menor incapaz (filho) prevalece sobre o
do empregado.
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Ele é estabelecido por lei e é reavaliado todos os anos, com base no custo de vida da população.
Sua criação foi realizada com base no valor mínimo que uma pessoa gasta para garantir sua
sobrevivência (necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte).
Assim percebemos que, sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao
mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo,
nacionalidade ou idade.
Obs. Quando a empresa possuísse quadro organizado de carreira homologado pelo Ministério do
Trabalho, não se aplicava a equiparação salarial, pois a promoção poderia ser por antiguidade e
merecimento, alternativamente.
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de serviço é superior a 4 anos. Assim, o empregado B não pode pedir equiparação salarial
com A).
Obs. Na redação atual a empresa que tem quadro organizado de carreira não precisa mais
homologar ele no órgão competente e também pode escolher entre promover o empregado em
virtude do merecimento ou antiguidade.
Lembrando que, no caso de demissão por justa causa, o empregado perderá direito ao
recebimento do 13º salário.
Devemos entender por jornada de trabalho o período em que o empregado executa a prestação
dos serviços contratados.
A legislação trabalhista estabelece, salvo os casos especiais, que a jornada normal de trabalho é
de 8 (oito) horas diárias e de 44 (quarenta e quatro) horas semanais.
Deve haver um intervalo de 11 (onze) horas, entre duas jornadas de trabalho diário, computadas
entre a hora do término de uma jornada e o início da próxima jornada. Este período de tempo é
conhecido como “intervalo interjornada” (entre duas jornadas).
As horas de trabalho superiores aos limites acima serão consideradas extraordinárias (horas-
extras). O empregado poderá trabalhar, no máximo, 02 (duas) horas a mais por dia de trabalho.
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Criando Novos Horizontes MTCMV - Revisão: 02 - Data: 16/12/2019
Horas-extras além deste limite diário é ilegal, salvo, excepcionalmente, ocorrendo necessidade
imperiosa, poderá ser prorrogada além do limite legalmente permitido.
Obs.: Imperiosa necessidade (art. 61 da CLT): seja para fazer face a motivo de força maior, seja
para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar
prejuízo manifesto. Finalmente, a hora-extra é paga com adicional de, pelo menos, 50% da hora
normal.
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De acordo com o Tribunal Superior do Trabalho (TST), é proibido o trabalho de crianças com menos
de 14 (catorze) anos em todo o território brasileiro.
Adolescentes com idade a partir dos 14 anos podem trabalhar, na condição de aprendiz. O projeto
aceita jovens com no máximo 24 (vinte e quatro) anos (com exceção das pessoas portadoras de
deficiências, as quais podem exceder essa idade).
Além disso, para a Constituição Federal, os jovens de 16 (dezesseis) ou 17 (dezessete) anos são
considerados menores trabalhadores. Em outras palavras, eles podem entrar no mercado de
trabalho com a carteira assinada.
Contudo, tanto no caso dos adolescentes (a partir dos 14 anos) como também dos jovens (16 e 17
anos) são necessárias algumas regras para que eles sejam colocados no mercado de trabalho.
De uma maneira geral, é proibido que todos os menores de 18 anos trabalhem em lugares
insalubres ou perigosos. Além disso, trabalhos no período da noite, prejudiciais à sua moralidade,
trabalho em ruas, praças e logradouros, públicos estão proibidos por lei, salvo prévia autorização
do Juiz. Não pode cumprir horas-extras contratuais.
a) Salário mínimo;
b) Irredutibilidade do salário;
c) 13° salário;
d) Repouso remunerado;
e) Férias anuais remuneradas, com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
f) Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com duração de cento e vinte dias;
g) Licença prévia proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias;
h) Aposentadoria:
i) Integração na Previdência Social.
15. Adicionais
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Além deste adicional, existe a chamada hora noturna que tem 52 minutos e 30 segundos, de
conformidade com a Lei. Isto quer dizer que, a cada 52 minutos e 30 segundos, é computada 1
(uma) horas de trabalho.
A Lei define o trabalho noturno como o sendo realizado das 22:00 às 05:00 horas. deve ser paga
com um acréscimo de no mínimo 20% (vinte por cento) sobre o valor da hora diurna, exceto
condições mais benéficas previstas em acordo, convenção coletiva ou sentença normativa.
15.3. Horas-Extras
São permitidas nos seguintes casos:
• Acordo de prorrogação;
• Sistema de compensação;
• Motivo de força maior que as exija;
• Conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto;
• Para recuperação de horas de paralisação por causas acidentais ou de força maior.
Seu valor corresponde a no mínimo 50% (cinqüenta por cento) do normal, de acordo com a
Constituição Federal vigente. (Ex.: Se eu recebo o valor de R$ 10,00 por hora, uma hora-extra
realizada é paga no valor de R$ 15,00 (R$ 10,00 + 50% de R$ 10,00 = R$ 10,00 + R$ 5,00 = R$ 15,00).
15.4. Insalubridade
A Lei cuida deste problema, ao estabelecer as normas mínimas de higiene e segurança do trabalho.
O ideal seria que não houvesse trabalho em local insalubre, entretanto, isto não é possível.
Então, este adicional é devido quando o empregado presta serviços em ambiente considerado
insalubre, integrando a sua remuneração. Seu valor é de 10%, 20% ou 40% do salário mínimo, seja
o seu grau mínimo, médio ou máximo, respectivamente.
Para os aeronautas, a Lei paga este tipo de adicional, porém o mesmo tem o nome de
Compensação Orgânica.
15.5. Periculosidade
Este adicional é devido a todo trabalhador que exerce sua atividade em ambientes perigosos, ou
seja, aquele que tenha contato permanente com explosivo, energia elétrica, inflamáveis ou
radiações ionizadas.
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Ele também integra a remuneração e seu valor é de 30% (trinta por cento) sobre o normal. A Lei
proíbe o recebimento de dois adicionais, devendo o funcionário receber sempre o maior, que no
caso será o de periculosidade.
Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de 24 (vinte e quatro) horas
consecutivas, sem prejuízo da remuneração. O direito ao repouso semanal remunerado e nos
feriados está previsto na Constituição Federal. Os empregados que prestaram serviços aos
domingos, terão direito a uma folga compensatória semanal; quanto ao trabalho nos feriados,
dará direito a folga remuneratória, ou pagamento da remuneração em dobro.
17. Gorjetas
Gorjeta é um título em pecúnia que se paga de forma separada ao empregado, por conta do seu
serviço prestado. A gorjeta é aquela que depende da vontade da pessoa que está se utilizando do
serviço. Exemplo: nos restaurantes.
São pagamentos feitos por liberalidade do empregador, como meio de agradecer ou reconhecer
os serviços prestados pelo empregado ou ainda como recompensá-lo pelo tempo de serviço
prestado à empresa onde trabalha. Além disso, a gratificação/bonificação também pode ser
ajustada, nos parâmetros da lei ou por meio de documento coletivo sindical, obrigando ao
empregador que se efetive o pagamento.
Quanto aos valores das gratificações/bonificações, a CLT não estipula um limite específico a ser
pago aos funcionários, nem estabelece como o empregador deve efetuar o pagamento. Sendo
assim, cabe a empresa proceder da forma que achar melhor para a empresa.
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20. Abono
O abono pode ser caracterizado como a quantia paga como adiantamento de vencimentos e
honorários, como uma espécie de bonificação ou ajuda financeira.
As diárias são valores pagos habitualmente ao empregado para cobrir despesas necessárias, tais
como: alimentação, transporte, hotéis, alojamento, para realização de serviços externos.
A ajuda de custo não tem natureza salarial, qualquer que seja o valor pago, por se tratar de verba
indenizatória com a finalidade específica de cobrir despesas do empregado em decorrência, por
exemplo, da utilização de veículo próprio para o trabalho, despesas de mudança, etc.
Somente integram a remuneração quando ultrapassam o valor de 50% (cinqüenta por cento) do
salário pago.
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A Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas
que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às
ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
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Incapacidade para o Voo: para recebimento do auxílio doença, o aeronauta deverá ser declarado
incapaz para o voo, quando tiver qualquer lesão ou perturbação de função que o impossibilite ao
exercício de sua atividade habitual em voo. Esta verificação e a cessação da incapacidade, serão
declaradas pela Diretoria de Saúde da Aeronáutica, após exame médico do segurado por junta
médica, da qual fará parte, obrigatoriamente, um médico da Previdência Social.
a) Doença degenerativa;
b) Inerente a grupo etário;
c) A que não produz incapacidade laborativa; e
d) A doença endêmica adquirida por segurados habitantes de região em que ela se desenvolva,
salvo comprovação de que resultou de exposição ou contato direto determinado pela natureza do
trabalho.
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a) O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído
diretamente para a morte do segurado, perda ou redução da sua capacidade para o trabalho ou
produzido lesão que exija atenção médica para sua recuperação.
c) Titulares de firmas individuais, diretores e sócios (de todas as categorias: quotistas, solidários,
de indústria, comandatários, etc.);
h) Empregados domésticos;
j) Atletas profissionais;
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Observações:
23.10. Benefícios
I – Em relação ao segurado:
a) Aposentadoria por invalidez;
b) Aposentadoria por idade;
c) Aposentadoria por tempo de contribuição;
d) Aposentadoria especial (aeronauta, jornalistas, atividades insalubres e perigosas);
e) Auxílio-doença;
f) Salário-família;
g) Salário-maternidade;
h) Auxílio-acidente.
II – Em relação ao dependente:
a) Pensão por morte;
b) Auxílio-reclusão;
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O tempo é de 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, a depender do agente nocivo a que
o trabalhador foi exposto.
Para o aeronauta, será concedida a aposentadoria, contanto que tenha no mínimo, 45 (quarenta
e cinco) anos de idade E tenha completado 25 (vinte e cinco) anos de tempo de serviço. São
requisitos cumulativos.
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REGULAMENTAÇÃO
DA PROFISSÃO DE AERONAUTA
(LEI ANTIGA)
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Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
Revogada pela Lei nº 13.475, de 2017 - (Vigência) - exceto os artigos 12, 13, 20, 21, 29 e 30.
Art. 2º Aeronauta é o profissional habilitado pelo Ministério da Aeronáutica, que exerce atividade
a bordo de aeronave civil nacional, mediante contrato de trabalho.
(Revogada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
Parágrafo único - Considera-se também aeronauta, para os efeitos desta Lei, quem exerce
atividade a bordo de aeronave estrangeira, em virtude de contrato de trabalho regido pelas leis
brasileiras.
Parágrafo único - As empresas brasileiras que operam em linhas internacionais poderão utilizar
comissários estrangeiros, desde que o número destes não exceda a 1/3 (um terço.) dos comissários
existentes a bordo da aeronave.
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Art. 5º O aeronauta de empresa de transporte aéreo regular que se deslocar, a serviço desta, sem
exercer função a bordo de aeronave tem a designação de tripulante extra.
(Revogada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
Parágrafo único O aeronauta de empresa de transporte aéreo não regular ou serviço especializado
tem a designação de tripulante extra somente quando se deslocar em aeronave da empresa, a
serviço desta.
§ 1º A guarda dos valores fica condicionada à existência de local apropriado e seguro na aeronave,
sendo responsabilidade do empregador atestar a segurança do local.
§ 2º A guarda de cargas e malas postais em terra somente será confiada ao comissário quando no
local inexistir serviço próprio para essa finalidade.
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Art. 11º Tripulação simples é a constituída basicamente de uma tripulação mínima acrescida,
quando for o caso, dos tripulantes necessários à realização do voo.
(Revogada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
Art. 12º Tripulação composta é a constituída basicamente de uma tripulação simples, acrescida de
um piloto qualificado a nível de piloto em comando, um mecânico de voo, quando o equipamento
assim o exigir, e o mínimo de 25% (vinte e cinco por cento) do número de comissários.
(Vide pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
Parágrafo único - Aos tripulantes acrescidos à tripulação simples serão asseguradas, pelo
empregador, poltronas reclináveis.
Parágrafo único - Aos pilotos e mecânicos de voo acrescidos à tripulação simples serão
asseguradas, pelo empregador, acomodações para o descanso horizontal e, para os comissários,
número de assentos reclináveis igual à metade do seu número com aproximação para o inteiro
superior.
Parágrafo único - Uma tripulação composta poderá ser utilizada em voos domésticos para atender
a atrasos ocasionados por condições meteorológicas desfavoráveis ou por trabalhos de
manutenção.
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Art. 16º Um tipo de tripulação só poderá ser transformado na origem do voo e até o limite de 3
(três) horas, contadas a partir da apresentação da tripulação previamente escalada.
(Revogada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
Parágrafo único - A contagem de tempo para limite da jornada será a partir da hora da
apresentação da tripulação original ou do tripulante de reforço, considerando o que ocorrer
primeiro.
Art. 17º A determinação para a prestação de serviço dos aeronautas, respeitados os períodos de
folgas e repousos regulamentares, será feita:
(Revogada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
a) por intermédio de escala especial ou de convocação, para realização de cursos, exames
relacionados com o adestramento e verificação de proficiência técnica;
b) por intermédio de escala, no mínimo semanal, divulgada com antecedência mínima de 2 (dois)
dias para a primeira semana de cada mês e 7 (sete) dias para as semanas subseqüentes, para os
voos de horário, serviços de reserva, sobreaviso e folga; e
c) mediante convocação, por necessidade de serviço.
Art. 18º A escala deverá observar, como princípio, a utilização do aeronauta em regime de rodízio
e em turnos compatíveis com a higiene e segurança do trabalho.
(Revogada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
Art. 19º É de responsabilidade do aeronauta manter em dia seus certificados de habilitação técnica
e de capacidade física estabelecidos na legislação em vigor, cabendo-lhe informar ao serviço de
escala, com antecedência de 30 (trinta) dias, as respectivas datas de vencimento, a fim de que lhe
seja possibilitada a execução dos respectivos exames.
(Revogada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
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§ 3º Nas hipóteses previstas nos parágrafos anteriores, a apresentação no aeroporto não deverá
ser inferior a 30 (trinta) minutos da hora prevista para o início do voo.
§ 4º A jornada será considerada encerrada 30 (trinta) minutos após a parada final dos motores.
§ 1º Nos voos de empresa de táxi aéreo, de serviços especializados, de transporte aéreo regional
ou em voos internacionais regionais de empresas de transporte aéreo regular realizados por
tripulação simples, se houver interrupção programada da viagem por mais 4 (quatro) horas
consecutivas, e for proporcionado pelo empregador acomodações adequadas para repouso dos
tripulantes, a jornada terá a duração acrescida da metade do tempo de interrupção, mantendo-se
inalterado os limites prescritos na alínea “a” do art. 29 desta Lei.
(Vide Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
§ 2º Nas operações com helicópteros a jornada poderá ter a duração acrescida de até 1 (uma) hora
para atender exclusivamente a trabalhos de manutenção.
(Revogada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
Art. 22º Os limites da jornada de trabalho poderão ser ampliados de 60 (sessenta) minutos, a
critério exclusivo do comandante da aeronave e nos seguintes casos:
(Revogada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
a) inexistência, em local de escala regular, de acomodações apropriadas para o repouso da
tripulação e dos passageiros;
b) espera demasiadamente longa, em local de espera regular intermediária, ocasionada por
condições meteorológicas desfavoráveis ou por trabalho de manutenção; e
c) por imperiosa necessidade.
§ 1º Qualquer ampliação dos limites das horas de trabalho deverá ser comunicada pelo
comandante ao empregador, 24 (vinte e quatro) horas após a viagem, o qual, no prazo de 15
(quinze) dias, a submeterá à apreciação do Ministério da Aeronáutica.
§ 2º Para as tripulações simples, o trabalho noturno não excederá de 10 (dez) horas.
§ 3º Para as tripulações simples nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos
diurnos e noturnos, a hora de trabalho noturno será computada como de 52 (cinquenta e dois)
minutos e 30 (trinta) segundos.
Art. 23º A duração do trabalho do aeronauta, computados os tempos de voo, de serviço em terra
durante a viagem, de reserva e de 1/3 (um terço) do sobreaviso, assim como o tempo do
deslocamento, como tripulante extra, para assumir voo ou retornar à base após o voo e os tempos
de adestramento em simulador, não excederá a 60 (sessenta) horas semanais e 176 (cento e
setenta e seis) horas mensais.
(Revogada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
§ 1º O limite semanal estabelecido neste artigo não se aplica ao aeronauta que estiver sob o
regime estabelecido no art. 24 desta Lei.
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Art. 24º Para o aeronauta pertencente a empresa de táxi aéreo ou serviços especializados, o
período máximo de trabalho consecutivo será de 21 (vinte e um) dias, contados do dia de saída do
aeronauta de sua base contratual até o dia do regresso à mesma, observado o disposto do art. 34
desta Lei.
(Revogada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
Parágrafo único - O período consecutivo de trabalho, no local de operação, não poderá exceder a
17 (dezessete) dias.
§ 1º O número de sobreavisos que o aeronauta poderá concorrer não deverá exceder a 2 (dois)
semanais ou 8 (oito) mensais.
§ 2º O número de sobreavisos estabelecidos no parágrafo anterior não se aplica aos aeronautas
de empresas de táxi aéreo ou serviço especializado.
Art. 26º Reserva é o período de tempo em que o aeronauta permanece, por determinação do
empregador, em local de trabalho à sua disposição.
(Revogada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
§ 1º O período de reserva para aeronautas de empresas de transporte aéreo regular não excederá
de 6 (seis) horas.
§ 2º O período de reserva para aeronautas de empresas de táxi aéreo ou de serviços especializados
não excederá de 10 (dez) horas.
§ 3º Prevista a reserva, por prazo superior a 3 (três) horas, o empregador deverá assegurar ao
aeronauta acomodações adequadas para o seu descanso.
Art. 27º Viagem é o trabalho realizado pelo tripulante, contado desde a saída de sua base até o
regresso à mesma.
(Revogada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
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Art. 28º Denomina-se “hora de voo” ou “tempo de voo” o período compreendido entre o início do
deslocamento, quando se tratar de aeronave de asa fixa, ou entre a “partida” dos motores, quando
se tratar de aeronave de asa rotativa, em ambos os casos para fins de decolagem até o momento
em que respectivamente, se imobiliza ou se efetua o “corte” dos motores, ao término do voo
(calço-a-calço).
(Revogada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
Art. 29º Os limites de voo e pousos permitidos para uma jornada serão os seguintes:
(Vide Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
a) 9 (nove) horas e 30 (trinta) minutos de voo e 5 (cinco) pousos, na hipótese de integrante de
tripulação mínima ou simples;
b) 12 (doze) horas de voo e 6 (seis) pousos, na hipótese de integrante de tripulação composta;
c) 15 (quinze) horas de voo e 4 (quatro) pousos, na hipótese de integrante de tripulação de
revezamento; e
d) 8 (oito) horas sem limite de pousos, na hipótese de integrante de tripulação de helicópteros.
§ 1º O número de pousos na hipótese da alínea “a” deste artigo, poderá ser estendido a 6 (seis), a
critério do empregador; neste caso o repouso que precede a jornada deverá ser aumentado de 1
(uma) hora.
§ 2º Em caso de desvio para alternativa, é permitido o acréscimo de mais 1 (um) pouso aos limites
estabelecidos nas alíneas “a”, “b” e “c” deste artigo.
§ 3º As empresas de transporte aéreo regional que operam com aeronaves convencionais e turbo
hélice poderão acrescentar mais 4 (quatro) pousos, aos limites estabelecidos neste artigo.
§ 4º Os limites de pousos estabelecidos nas alíneas “a”, “b” e “c” deste artigo, não serão aplicados
às empresas de táxi aéreo e de serviços especializados.
§ 5º O Ministério da Aeronáutica, tendo em vista as peculiaridades dos diferentes tipos de
operação, poderá reduzir os limites estabelecidos na alínea “d” deste artigo.
Art. 30º Os limites de tempo de voo do tripulante não poderão exceder em cada mês, trimestre
ou ano, respectivamente:
a) em aviões convencionais: 100 - 270 - 1000 horas;
b) em aviões: 100 - 255 - 935 horas;
c) em aviões a jato: 85 - 230 - 850 horas; e
d) em helicópteros: 90 - 260 - 960 horas.
§ 1º Quando o aeronauta tripular diferentes tipos de aeronave será observado o menor limite.
§ 2º Os limites de tempo de voo para aeronautas de empresas de transporte aéreo regular, em
espaço inferior a 30 (trinta) dias, serão proporcionais ao limite mensal mais 10 (dez) horas.
Art. 30º Os limites de tempo de voo do tripulante não poderão exceder em cada mês ou ano,
respectivamente:
(Redação dada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
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§ 1o Quando o aeronauta tripular diferentes tipos de aeronave, será observado o menor limite.
(Redação dada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
§ 2o Os limites de tempo de voo para aeronautas de empresas de transporte aéreo regular, em
intervalo inferior a 30 (trinta) dias, serão proporcionais ao limite mensal mais 10 (dez) horas.
(Redação dada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
Art. 31º As horas realizadas como tripulante extra serão computadas para os limites de jornada,
semanais e mensais de trabalho, não sendo as mesmas consideradas para os limites de horas de
voo previstos no art. 30 desta Lei.
(Redação dada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
Art. 32º Repouso é o espaço de tempo ininterrupto após uma jornada, em que o tripulante fica
desobrigado da prestação de qualquer serviço.
(Redação dada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
Art. 33º São assegurados ao tripulante, fora de sua base domiciliar, acomodações para seu
repouso, transporte ou ressarcimento deste, entre o aeroporto e o local de repouso e vice-versa.
(Redação dada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
§ 1º O previsto neste artigo não será aplicado ao aeronauta de empresas de táxi aéreo ou de
serviços especializados quando o custeio do transporte e hospedagem, ou somente esta, for por
elas ressarcido.
§ 2º Quando não houver disponibilidade de transporte ao término da jornada, o período de
repouso será computado a partir da colocação do mesmo à disposição da tripulação.
Art. 34º O repouso terá a duração diretamente relacionada ao tempo da jornada anterior,
observando-se os seguintes limites:
(Redação dada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
a) 12 (doze) horas de repouso, após jornada de até 12 (doze) horas;
b) 16 (dezesseis) horas de repouso, após jornada de mais de 12 (doze) horas e até 15 (quinze)
horas; e
c) 24 (vinte e quatro) horas de repouso, após jornada de mais de 15 (quinze) horas.
Art. 35º Quando ocorrer o cruzamento de três ou mais fusos horários em um dos sentidos da
viagem, o tripulante terá, na sua base domiciliar, o repouso acrescido de 2 (duas) horas por fuso
cruzado.
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Art. 36º Ocorrendo o regresso de viagem de uma tripulação simples entre 23:00 (vinte e três) e
06:00 (seis) horas, tendo havido pelo menos 3 (três) horas de jornada, o tripulante não poderá ser
escalado para trabalho dentro desse espaço de tempo no período noturno subsequente.
(Redação dada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
Art. 37º Folga é o período de tempo não inferior a 24 (vinte e quatro) horas consecutivas em que
o aeronauta, em sua base contratual, sem prejuízo de remuneração, está desobrigado de qualquer
atividade relacionada com seu trabalho.
(Redação dada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
§ 1º A folga deverá ocorrer, no máximo, após o 6º (sexto) período consecutivo de até 24 (vinte e
quatro) horas à disposição do empregador, contado a partir da sua apresentação, observados os
limites estabelecidos nos arts. 21 e 34 desta Lei.
§ 2º No caso de voos internacionais de longo curso, que não tenham sido previamente
programados, o limite previsto no parágrafo anterior, poderá ser ampliado de 24 (vinte e quatro)
horas, ficando o empregador obrigado a conceder ao tripulante mais 48 (quarenta e oito) horas
de folga além das previstas no art. 34 desta Lei.
§ 3º A folga do tripulante que estiver sob o regime estabelecido no art. 24 desta Lei será igual ao
período despendido no local da operação, menos 2 (dois) dias.
Art. 38º O número de folgas não será inferior a 8 (oito) períodos de 24 (vinte e quatro) horas por
mês.
(Redação dada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
§ 1º Do número de folgas estipulado neste artigo, serão concedidos dois períodos consecutivos de
24 (vinte e quatro) horas devendo pelo menos um destes incluir um sábado ou um domingo.
§ 2º A folga só terá início após a conclusão do repouso da jornada.
Art. 39º Quando o tripulante for designado para curso fora da base, sua folga poderá ser gozada
nesse local, devendo a empresa assegurar, no regresso, uma licença remunerada de 1 (um) dia
para cada 15 (quinze) dias fora da base.
(Redação dada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
Parágrafo único. A Iicença remunerada não deverá coincidir com sábado, domingo ou feriado, se
a permanência do tripulante fora da base for superior a 30 (trinta) dias.
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Art. 41º A remuneração da hora de voo noturno, assim como as horas de voo como tripulante
extra, será calculada na forma da legislação em vigor, observados os acordos e condições
contratuais. (Redação dada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
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Art. 45º Ao aeronauta em serviço fora da base contratual, a empresa deverá assegurar assistência
médica em casos de urgência, bem como remoção por via aérea, de retorno à base ou ao local de
tratamento.
(Redação dada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
Art. 48º A concessão de férias será participada ao aeronauta, por escrito, com a antecedência
mínima de 30 (trinta) dias, devendo o empregado assinar a respectiva notificação.
(Redação dada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
Art. 49º A empresa manterá atualizado um quadro de concessão de férias, devendo existir um
rodízio entre os tripulantes do mesmo equipamento quando houver concessão nos meses de
janeiro, fevereiro, julho e dezembro.
(Redação dada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
Art. 50º Ressalvados os casos de rescisão de contrato, as férias não poderão se converter em
abono pecuniário.
(Redação dada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
Art. 51º Para efeito de transferência, provisória ou permanente, considera-se base do aeronauta
a localidade onde o mesmo está obrigado a prestar serviços e na qual deverá ter domicílio.
(Redação dada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
§ 1º Entende-se como:
a) transferência provisória o deslocamento do aeronauta de sua base, por período mínimo de 30
(trinta) dias e não superior a 120 (cento e vinte) dias, para prestação de serviços temporários, sem
mudança de domicílio, à qual retorna tão logo cesse a incumbência que lhe foi cometida; e
b) transferência permanente, o deslocamento do aeronauta de sua base, por período superior a
120 (cento e vinte) dias, com mudança de domicílio.
§ 2º Após cada transferência provisória o aeronauta deverá permanecer na sua base pelo menos
180 (cento e oitenta) dias.
§ 3º O interstício entre transferências permanentes será de 2 (dois) anos.
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Art. 52º O aeronauta deverá ser notificado pelo empregador com a antecedência mínima de 60
(sessenta) dias na transferência permanente e 15 (quinze) dias na provisória.
(Redação dada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
Art. 53º Além dos casos previstos nesta Lei, as responsabilidades do aeronauta são definidas no
Código Brasileiro do Ar, nas leis e regulamentos em vigor e no que decorrer do contrato de
trabalho, acordos e convenções internacionais.
(Redação dada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
Art. 54º Os tripulantes das aeronaves das categorias administrativa e privada de indústria e
comércio ficam equiparados, para os efeitos desta Lei, aos de aeronaves empregadas em serviços
de táxi aéreo.
(Redação dada pela Lei nº 13.475, de 2017) - (Vigência)
JOÃO FIGUEIREDO
Délio Jardim Mattos
Murillo Macêdo
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REGULAMENTAÇÃO
DA PROFISSÃO DE AERONAUTA
(LEI NOVA)
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Art. 1º Esta Lei regula o exercício das profissões de piloto de aeronave, comissário de voo e
mecânico de voo, denominados aeronautas.
Art. 3º O comissário de voo, no exercício de função específica a bordo de aeronave, de acordo com
as prerrogativas da licença de que é titular, tem a designação de tripulante de cabine.
§ 1º O tripulante extra a serviço será considerado tripulante a serviço no que diz respeito aos
limites da jornada de trabalho, ao repouso e à remuneração.
§ 2º Ao tripulante extra a serviço será disponibilizado assento na cabine de passageiros, salvo em
aeronaves no transporte exclusivo de cargas.
Art. 5º Os tripulantes de voo e de cabine exercem suas funções profissionais nos seguintes
serviços aéreos:
I - Serviço de transporte aéreo público regular e não regular, exceto na modalidade de táxi aéreo;
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I - Os tripulantes empregados nos serviços aéreos definidos nos incisos III e V do caput deste artigo
são equiparados aos tripulantes que exercem suas funções nos serviços de transporte aéreo
público não regular na modalidade de táxi aéreo;
II - Os tripulantes empregados no serviço aéreo definido no inciso V do caput deste artigo, quando
em atividade de fomento ou proteção à agricultura, são equiparados aos tripulantes de voo que
operam os serviços aéreos especializados na modalidade de atividade de fomento ou proteção à
agricultura.
Art. 6º O exercício das profissões de piloto de aeronave, mecânico de voo e comissário de voo,
previstas nesta Lei, é privativo de brasileiros natos ou naturalizados.
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§ 2º O comandante será designado pelo operador da aeronave e será seu preposto durante toda
a viagem.
§ 3º O copiloto é o substituto eventual do comandante nas tripulações simples, não o sendo nos
casos de tripulação composta ou de revezamento.
Art. 9º Tripulação é o conjunto de tripulantes de voo e de cabine que exercem função a bordo de
aeronave.
Art. 10º O tripulante, sem prejuízo das atribuições originalmente designadas, não poderá exercer,
simultaneamente, mais de uma função a bordo de aeronave, mesmo que seja titular de licenças
correspondentes.
Art. 12º O comandante exerce a autoridade inerente à função desde o momento em que se
apresenta para o voo até o momento em que, concluída a viagem, entrega a aeronave.
Art. 13º Uma tripulação pode ser classificada como mínima, simples, composta ou de
revezamento.
Art. 15º Tripulação simples é a constituída de uma tripulação mínima acrescida, quando for o caso,
dos tripulantes necessários à realização do voo.
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Parágrafo único - A tripulação composta somente poderá ser utilizada em voos internacionais,
exceto nas seguintes situações, quando poderá ser utilizada em voos domésticos:
Art. 18º Um tipo de tripulação só poderá ser transformado na origem do voo e até o limite de 3
(três) horas, contadas a partir da apresentação da tripulação previamente escalada.
Parágrafo único - A contagem de tempo para limite da jornada será a partir da hora de
apresentação da tripulação original ou do tripulante de reforço, considerando o que ocorrer
primeiro.
Art. 19º As limitações operacionais estabelecidas nesta Lei poderão ser alteradas pela autoridade
de aviação civil brasileira com base nos preceitos do Sistema de Gerenciamento de Risco de Fadiga
Humana.
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Art. 20º A função remunerada dos tripulantes a bordo de aeronave deverá, obrigatoriamente, ser
formalizada por meio de contrato de trabalho firmado diretamente com o operador da aeronave.
Art. 21º O operador da aeronave poderá utilizar-se de tripulantes instrutores que não estejam a
ele vinculados por contrato de trabalho quando em seu quadro de tripulantes não existirem
instrutores habilitados no equipamento em que se pretende operar, desde que por período
restrito ao da instrução e mediante autorização da autoridade de aviação civil brasileira.
Art. 22º O operador de aeronaves poderá, por meio de contrato de prestação de serviços,
autorizar que seus instrutores ministrem instrução para tripulantes que não estejam a ele
vinculados por contrato de trabalho quando os empregadores dos respectivos tripulantes não
possuírem equipamento ou instrutores próprios para a específica instrução, desde que por
período restrito ao da instrução e mediante autorização da autoridade de aviação civil brasileira.
Parágrafo único. Este artigo só é aplicável aos operadores de aeronaves que realizam os serviços
aéreos referidos nos incisos I e II do caput do art. 5o.
Art. 23º Entende-se por base contratual a matriz ou filial onde o contrato de trabalho do tripulante
estiver registrado.
Art. 24º Resguardados os direitos e as condições previstos nesta Lei, os demais direitos, condições
de trabalho e obrigações do empregado estarão definidos no contrato de trabalho e poderão ser
devidamente regulados em convenção ou acordo coletivo de trabalho, desde que não ultrapassem
os parâmetros estabelecidos na regulamentação da autoridade de aviação civil brasileira.
Art. 25º Será fornecido pelo empregador transporte gratuito aos tripulantes de voo e de cabine
sempre que se iniciar ou finalizar uma programação de voo em aeroporto situado a mais de 50
(cinquenta) quilômetros de distância do aeroporto definido como base contratual.
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Art. 26º A prestação de serviço do tripulante empregado no serviço aéreo definido no inciso I do
caput do art. 5o, respeitados os períodos de folgas e repousos regulamentares, será determinada
por meio de:
I - escala, no mínimo mensal, divulgada com antecedência mínima de 5 (cinco) dias, determinando
os horários de início e término de voos, serviços de reserva, sobreavisos e folgas, sendo vedada a
consignação de situações de trabalho e horários não definidos;
II - escala ou convocação, para realização de cursos, reuniões, exames relacionados a treinamento
e verificação de proficiência técnica.
Art. 27º A determinação para a prestação de serviço do tripulante empregado nos serviços aéreos
definidos nos incisos II, III, IV e V do caput do art. 5o, respeitados os períodos de folgas e repousos
regulamentares, será feita por meio de:
I - escala, no mínimo semanal, divulgada com antecedência mínima de 2 (dois) dias, determinando
os horários de início e término de voos, serviços de reserva, sobreavisos e folgas, sendo vedada a
consignação de situações de trabalho e horários não definidos;
II - escala ou convocação, para realização de cursos, reuniões, exames relacionados a treinamento
e verificação de proficiência técnica.
Parágrafo único - Outros critérios para a determinação da prestação de serviço dos tripulantes
poderão ser estabelecidos em convenção ou acordo coletivo de trabalho, desde que não
ultrapassem os parâmetros estabelecidos na regulamentação da autoridade de aviação civil
brasileira.
Art. 28º Na escala de serviço, deverão ser observados regime de rodízio de tripulantes e turnos
compatíveis com a saúde, a higiene e a segurança do trabalho.
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Art. 29º Será assegurado aos tripulantes de voo e de cabine, quando estiverem em voo com
tripulação composta ou de revezamento, descanso a bordo da aeronave, em acomodação
adequada, de acordo com as especificações definidas em norma estabelecida pela autoridade de
aviação civil brasileira.
§ 1º Aos tripulantes de voo e de cabine realizando voos em tripulação composta será assegurado
número de acomodações para descanso a bordo igual ao número de tripulantes somados à
tripulação simples.
§ 2º Aos tripulantes de voo e de cabine realizando voos em tripulação de revezamento
será assegurado número de acomodações para descanso a bordo igual à metade do total de
tripulantes.
Art. 31º Aos tripulantes de voo ou de cabine empregados no serviço aéreo definido no inciso I do
caput do art. 5o serão assegurados os seguintes limites de horas de voo e de pousos em uma
mesma jornada de trabalho:
§ 1º O número de pousos na hipótese do inciso I deste artigo poderá ser aumentado em mais 1
(um), a critério do empregador, acrescendo-se, nesse caso, 2 (duas) horas ao repouso que precede
a jornada.
§ 2º Não obstante o previsto no § 1o deste artigo, em caso de desvio para aeroporto de alternativa,
será permitido o acréscimo de mais 1 (um) pouso aos limites estabelecidos nos incisos I, II e III
deste artigo.
§ 3º Os tripulantes que operam aeronaves convencionais e turbo-hélice poderão ter o limite de
pousos estabelecido no inciso I deste artigo aumentado em mais 2 (dois) pousos.
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Art. 32º Aos tripulantes empregados nos serviços aéreos definidos nos incisos II, III, IV e V do caput
do art. 5o são assegurados os seguintes limites de horas de voo em uma mesma jornada de
trabalho:
§ 1º Aos tripulantes referidos neste artigo não serão assegurados limites de pousos em uma
mesma jornada de trabalho.
§ 2º Os tripulantes empregados nos serviços aéreos definidos no inciso IV do caput do art. 5o,
quando em atividade de fomento ou proteção à agricultura, poderão ter os limites previstos neste
artigo estabelecidos em convenção ou acordo coletivo de trabalho, desde que não ultrapassem os
parâmetros de segurança de voo determinados na regulamentação da autoridade de aviação civil
brasileira.
Art. 33º Aos tripulantes são assegurados os seguintes limites mensais e anuais de horas de voo:
I - 80 (oitenta) horas de voo por mês e 800 (oitocentas) horas por ano, em aviões a jato;
II - 85 (oitenta e cinco) horas de voo por mês e 850 (oitocentas e cinquenta) horas por ano, em
aviões turbo-hélice;
III - 100 (cem) horas de voo por mês e 960 (novecentas e sessenta) horas por ano, em aviões
convencionais;
IV - 90 (noventa) horas de voo por mês e 930 (novecentas e trinta) horas por ano, em helicópteros.
Art. 34º O trabalho realizado como tripulante extra a serviço será computado para os limites da
jornada de trabalho diária, semanal e mensal, não sendo considerado para o cômputo dos limites
de horas de voo diários, mensais e anuais, previstos nos arts. 31, 32 e 33.
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Art. 36º Aos tripulantes de voo ou de cabine empregados no serviço aéreo definido no inciso I do
caput do art. 5o são assegurados os seguintes limites de jornada de trabalho:
Art. 37º Aos tripulantes de voo ou de cabine empregados nos serviços aéreos definidos nos incisos
II, III, IV e V do caput do art. 5o são assegurados os seguintes limites de jornada de trabalho:
Parágrafo único - Os tripulantes de voo empregados nos serviços aéreos especializados definidos
no inciso IV do caput do art. 5o, quando em atividade de fomento à agricultura, poderão ter os
limites previstos neste artigo estabelecidos em convenção ou acordo coletivo de trabalho, desde
que não ultrapassem os parâmetros de segurança de voo determinados na regulamentação da
autoridade de aviação civil brasileira.
Art. 38º Em caso de interrupção de jornada, os tripulantes de voo ou de cabine empregados nos
serviços aéreos definidos nos incisos II, IV e V do caput do art. 5o, quando compondo tripulação
mínima ou simples, poderão ter suas jornadas de trabalho acrescidas de até a metade do tempo
da interrupção, nos seguintes casos:
I - quando houver interrupção da jornada fora da base contratual, superior a 3 (três) horas e
inferior a 6 (seis) horas consecutivas, e for proporcionado pelo empregador local para descanso
separado do público e com controle de temperatura e luminosidade;
II - quando houver interrupção da jornada fora da base contratual, superior a 6 (seis) horas e
inferior a 10 (dez) horas consecutivas, e forem proporcionados pelo empregador quartos
individuais com banheiro privativo, condições adequadas de higiene e segurança, mínimo ruído e
controle de temperatura e luminosidade.
Parágrafo único - A condição prevista neste artigo deverá ser consignada no diário de bordo da
aeronave, com assinatura do comandante.
Art. 39º A hora de trabalho noturno, para efeito de jornada, será computada como de 52
(cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.
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I - o trabalho executado em terra entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do
dia seguinte, considerado o horário local;
II - o período de tempo de voo realizado entre as 18 (dezoito) horas de um dia e as 6 (seis) horas
do dia seguinte, considerado o fuso horário oficial da base contratual do tripulante.
Art. 40º Os limites da jornada de trabalho poderão ser ampliados em 60 (sessenta) minutos, a
critério exclusivo do comandante da aeronave, nos seguintes casos:
Parágrafo único. Qualquer ampliação dos limites das horas de trabalho deverá ser comunicada,
em no máximo 24 (vinte e quatro) horas após a viagem, pelo comandante ao empregador, que, no
prazo de 15 (quinze) dias, comunicará a autoridade de aviação civil brasileira.
Art. 41º A duração do trabalho dos tripulantes de voo ou de cabine não excederá a 44 (quarenta
e quatro) horas semanais e 176 (cento e setenta e seis) horas mensais, computados os tempos de:
§ 1º O limite semanal de trabalho previsto neste artigo poderá ser alterado mediante convenção
ou acordo coletivo de trabalho, desde que não ultrapasse os parâmetros estabelecidos na
regulamentação da autoridade de aviação civil brasileira, sendo vedada, sob qualquer hipótese, a
extrapolação do limite mensal de 176 (cento e setenta e seis) horas.
§ 2º Os tripulantes de voo ou de cabine empregados nos serviços aéreos definidos nos incisos II,
III, IV e V do caput do art. 5o terão como período máximo de trabalho consecutivo 21 (vinte e um)
dias, contados do dia de saída do tripulante de sua base contratual até o dia do regresso a ela.
§ 3º Para os tripulantes de voo ou de cabine empregados nos serviços aéreos definidos nos incisos
II, III, IV e V do caput do art. 5o, o período consecutivo de trabalho, no local de operação, não
poderá exceder a 17(dezessete)dias.
§ 4º Quando prestarem serviço fora da base contratual por período superior a 6 (seis) dias, os
tripulantes referidos no § 3o deste artigo terão, no retorno, folgas correspondentes a, no mínimo,
o número de dias fora da base contratual menos 2 (dois) dias.
§ 5º Os tripulantes empregados no serviço aéreo definido no inciso I do caput do art. 5o que
também exerçam atividades administrativas terão os limites de sua jornada de trabalho definidos
em convenção ou acordo coletivo de trabalho, desde que não ultrapassem os parâmetros
estabelecidos na regulamentação da autoridade de aviação civil brasileira.
§ 6º As disposições do caput e dos §§ 1o, 2o, 3o e 4o deste artigo não se aplicam aos tripulantes
empregados nos serviços aéreos definidos no inciso IV do caput do art. 5o em atividade de
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fomento ou proteção à agricultura, que poderão ter os referidos limites reduzidos ou ampliados
por convenção ou acordo
coletivo de trabalho, desde que não ultrapassem os parâmetros de segurança de voo
determinados na regulamentação da autoridade de aviação civil brasileira.
Art. 42º Será observado o limite máximo de 2 (duas) madrugadas consecutivas de trabalho, e o de
4 (quatro) madrugadas totais no período de 168 (cento e sessenta e oito) horas consecutivas,
contadas desde a apresentação do tripulante.
§ 1º O tripulante de voo ou de cabine poderá ser escalado para jornada de trabalho na terceira
madrugada consecutiva desde que como tripulante extra, em voo de retorno à base contratual e
encerrando sua jornada de trabalho, vedada, nessa hipótese, a escalação do tripulante para
compor tripulação no período que antecede a terceira madrugada consecutiva na mesma jornada
de trabalho.
§ 2º Sempre que for disponibilizado ao tripulante período mínimo de 48 (quarenta e oito) horas
livre de qualquer atividade, poderá ser iniciada a contagem de novo período de 168 (cento e
sessenta e oito) horas consecutivas referido no caput deste artigo.
§ 3º Os limites previstos neste artigo poderão ser reduzidos ou ampliados mediante convenção ou
acordo coletivo de trabalho, desde que não ultrapassem os parâmetros estabelecidos na
regulamentação da autoridade de aviação civil brasileira.
§ 4º Entende-se como madrugada o período transcorrido, total ou parcialmente, entre 0 (zero)
hora e 6 (seis) horas, considerado o fuso horário oficial da base contratual do tripulante.
292
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Art. 44º Reserva é o período em que o tripulante de voo ou de cabine permanece à disposição,
por determinação do empregador, no local de trabalho.
Art. 45º Viagem é o trabalho realizado pelo tripulante de voo ou de cabine, contado desde a saída
de sua base até o seu regresso.
Art. 47º É assegurada ao tripulante, fora de sua base contratual, acomodação adequada para
repouso e transporte entre o aeroporto e o local de repouso, e vice-versa.
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§ 1º O previsto neste artigo não será aplicado ao tripulante empregado nos serviços aéreos
previstos nos incisos II, III, IV e V do caput do art. 5o quando o custeio do transporte e da
hospedagem for ressarcido pelo empregador.
§ 2º O ressarcimento de que trata o § 1o deste artigo deverá ocorrer no máximo até 30 (trinta)
dias após o pagamento.
§ 3º Entende-se por acomodação adequada para repouso do tripulante quarto individual com
banheiro privativo e condições adequadas de higiene, segurança, ruído, controle de temperatura
e luminosidade.
§ 4º Quando não houver disponibilidade de transporte ao término da jornada, o período de
repouso será computado a partir da colocação de transporte à disposição da tripulação.
Art. 48º O tempo mínimo de repouso terá duração relacionada ao tempo da jornada anterior,
observando-se os seguintes limites:
Parágrafo único: Os limites previstos neste artigo poderão ser alterados por convenção ou acordo
coletivo de trabalho, observados os parâmetros de segurança de voo estabelecidos na
regulamentação da autoridade de aviação civil brasileira.
Art. 49º Quando ocorrer o cruzamento de 3 (três) ou mais fusos horários em um dos sentidos da
viagem, o tripulante terá, na base contratual, o repouso acrescido de 2 (duas) horas por cada fuso
cruzado.
Art. 51º O tripulante empregado no serviço aéreo previsto no inciso I do caput do art. 5o terá
número mensal de folgas não inferior a 10 (dez), das quais pelo menos 2 (duas) deverão
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compreender um sábado e um domingo consecutivos, devendo a primeira destas ter início até as
12 (doze) horas do sábado, no horário de Brasília.
§ 1º O número mensal de folgas previsto neste artigo poderá ser reduzido até 9 (nove), conforme
critérios estabelecidos em convenção ou acordo coletivo de trabalho.
§ 2º Quando o tripulante concorrer parcialmente à escala de serviço do mês, por motivo de férias
ou afastamento, aplicar-se-á a proporcionalidade do número de dias trabalhados ao número de
folgas a serem concedidas, com aproximação para o inteiro superior
Art. 52º O tripulante de voo ou de cabine empregado nos serviços aéreos previstos nos incisos II,
III, IV e V do caput do art. 5o terá número de folgas mensal não inferior a 8 (oito), das quais pelo
menos 2 (duas) deverão compreender um sábado e um domingo consecutivos.
Parágrafo único: O tripulante empregado nos serviços aéreos previstos no inciso IV do caput do
art. 5o, quando em atividade de fomento ou proteção à agricultura, poderá ter os limites previstos
neste artigo modificados por convenção ou acordo coletivo de trabalho, observados os parâmetros
estabelecidos na regulamentação da autoridade de aviação civil brasileira.
Art. 53º A folga só terá início após a conclusão do repouso da jornada, e seus horários de início e
término serão definidos em escala previamente publicada.
Art. 54º Quando o tripulante for designado para curso fora da base contratual, sua folga poderá
ser gozada nesse local, devendo a empresa assegurar, no regresso, uma licença remunerada de 1
(um) dia para cada 15 (quinze) dias fora da base contratual.
Parágrafo único: A licença remunerada não deverá coincidir com sábado, domingo ou feriado se a
permanência do tripulante fora da base for superior a 30 (trinta) dias.
Parágrafo único. Não integram a remuneração as importâncias pagas pela empresa a título de
ajuda de custo, assim como as diárias de hospedagem, alimentação e transporte.
Art. 56º A remuneração dos tripulantes poderá ser fixa ou ser constituída por parcela fixa e parcela
variável.
Parágrafo único: A parcela variável da remuneração será obrigatoriamente calculada com base nas
horas de voo, salvo no caso:
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Art. 57º O período de tempo em solo entre etapas de voo em uma mesma jornada será
remunerado.
Parágrafo único: Os valores e critérios para remuneração do período de que trata o caput deste
artigo serão estabelecidos no contrato de trabalho e em convenção ou acordo coletivo de
trabalho.
Art. 58º A empresa pagará a remuneração do trabalho não realizado por motivo alheio à vontade
do tripulante, se outra atividade equivalente não lhe for atribuída.
Art. 59º A remuneração da hora de voo noturno e das horas de voo como tripulante extra será
calculada na forma da legislação em vigor, observadas as condições estabelecidas no contrato de
trabalho e em convenção ou acordo coletivo de trabalho.
§ 1º Considera-se voo noturno, para efeitos deste artigo, o voo executado entre as 21 (vinte e
uma) horas, Tempo Universal Coordenado, de um dia e as 9 (nove) horas, Tempo Universal
Coordenado, do dia seguinte.
§ 2º A hora de voo noturno, para efeito de remuneração, e contada a razão de 52 (cinquenta e
dois) minutos e 30 (trinta) segundos.
Art. 61º Durante a viagem, o tripulante terá direito a alimentação, em terra ou em voo, de acordo
com as instruções técnicas do Ministério do Trabalho e das autoridades competentes.
Art. 62º Para tripulante de helicópteros, a alimentação será servida em terra ou a bordo de
unidades marítimas, com duração de 60 (sessenta) minutos, período este que não será computado
na jornada de trabalho.
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Art. 63º Nos voos realizados no período entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 6 (seis)
horas do dia seguinte, deverá ser servida uma refeição se a duração do voo for igual ou superior
a 3 (três) horas.
Parágrafo único: Não serão considerados como salário, para os efeitos previstos neste artigo, os
vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao tripulante para a realização dos
respectivos serviços.
Art. 68º A empresa manterá quadro atualizado de concessão de férias, devendo existir rodízio
entre os tripulantes do mesmo equipamento quando houver concessão nos meses de janeiro,
fevereiro, julho e dezembro.
Art. 69º Ressalvados os casos de rescisão de contrato, as férias não serão convertidas em abono
pecuniário.
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Art. 70º Ressalvadas condições mais favoráveis, a remuneração das férias e o décimo terceiro
salário do aeronauta serão calculados pela média das parcelas fixas e variáveis da remuneração
no período aquisitivo.
Art. 71º O pagamento da remuneração das férias será realizado até 2 (dois) dias antes de seu
início.
Art. 73º Para efeito de transferência, provisória ou permanente, considera-se base do tripulante
a localidade onde ele está obrigado a prestar serviço.
§ 1º Entende-se como:
§ 2º Após cada transferência provisória, o tripulante deverá permanecer na sua base por, pelo
menos, 180 (cento e oitenta) dias.
§ 3º O interstício entre transferências permanentes será de 2 (dois) anos.
§ 4º Na transferência provisória, serão assegurados aos tripulantes acomodação, alimentação,
transporte a serviço, transporte aéreo de ida e volta e, no regresso, licença remunerada de,
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considerada a duração da transferência, 2 (dois) dias para o primeiro mês mais 1 (um) dia para
cada mês ou fração subsequente, sendo que, no mínimo, 2 (dois) dias não deverão coincidir com
sábado, domingo ou feriado.
§ 5º Na transferência permanente, serão assegurados ao tripulante pelo empregador:
I - ajuda de custo, para fazer face às despesas de instalação na nova base, não inferior a 4 (quatro)
vezes o valor do salário mensal, calculado o salário variável por sua taxa atual, multiplicada pela
média do correspondente trabalho nos últimos 12 (doze) meses;
II - transporte aéreo para si e seus dependentes;
III - translação da respectiva bagagem; e
IV - dispensa de qualquer atividade relacionada com o trabalho pelo período de 8 (oito) dias, a ser
fixado por sua opção, com aviso prévio de 8 (oito) dias ao empregador, dentro dos 60 (sessenta)
dias seguintes à sua chegada à nova base.
Art. 74º O tripulante deverá ser notificado pelo empregador com antecedência mínima de 60
(sessenta) dias na transferência permanente e de 15 (quinze) dias na provisória.
Art. 75º Aos tripulantes de voo empregados nos serviços aéreos definidos no inciso IV do caput do
art. 5o, quando em atividade de fomento ou proteção à agricultura, não se aplicam as seguintes
disposições desta Lei:
Art. 76º Além dos casos previstos nesta Lei, as responsabilidades dos tripulantes são definidas na
Lei no 7.565, de 19 de dezembro de 1986 (Código Brasileiro de Aeronáutica), nas leis e nos
regulamentos em vigor e, no que decorrer do contrato de trabalho, em convenções e acordos
coletivos.
Art. 77º Sem prejuízo do disposto no Capítulo III do Título IX da Lei nº 7.565, de 19 de dezembro
de 1986 (Código Brasileiro de Aeronáutica), os infratores das disposições constantes nesta Lei
ficam sujeitos às penalidades previstas no art. 351 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943.
Parágrafo único: O processo de multas administrativas será regido pelo disposto no Título VII da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de
1943.
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Art. 78º Caberá à autoridade de aviação civil brasileira expedir as normas necessárias para a
implantação do Sistema de Gerenciamento de Risco de Fadiga Humana de que trata a Seção III do
Capítulo I.
Art. 79º O art. 30 da Lei no 7.183, de 5 de abril de 1984, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 30. Os limites de tempo de voo do tripulante não poderão exceder em cada mês ou ano,
respectivamente:
§ 1º Quando o aeronauta tripular diferentes tipos de aeronave, será observado o menor limite.
§ 2º Os limites de tempo de voo para aeronautas de empresas de transporte aéreo regular, em
intervalo inferior a 30 (trinta) dias, serão proporcionais ao limite mensal mais 10 (dez) horas.” (NR)
Art. 80º Aplicam-se aos tripulantes, desde a entrada em vigor desta Lei até que tenham decorrido
30 (trinta) meses de sua publicação, como regime de transição, os seguintes dispositivos da Lei nº
7.183, de 5 de abril de 1984:
I - após decorridos 90 (noventa) dias da publicação oficial desta Lei, a Lei nº 7.183, de 5 de abril de
1984, com exceção dos dispositivos referidos no art. 80;
II - após decorridos 30 (trinta) meses da publicação oficial desta Lei, os dispositivos da Lei nº7.183,
de 5 de abril de 1984, referidos no art. 80.
Art. 82º Esta Lei entra em vigor após decorridos 90 (noventa) dias de sua publicação oficial, exceto
os arts. 31, 32, 33, 35, 36 e 37, que entram em vigor após decorridos 30 (trinta) meses da
publicação oficial desta Lei.
MICHEL TEMER
Mauricio Quintella
Ronaldo Nogueira de Oliveira
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SEGURANÇA
DE VOO
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SEGURANÇA DE VOO
Após os períodos das duas guerras mundiais o crescimento da aviação possibilitou rotas entre
nações, voos que cruzavam oceanos, aeronaves com capacidade de transportar um número
crescente de passageiros e carga, inclusive, em maiores velocidades. Mas com o desenvolvimento
de qualquer indústria, novos desafios surgiram.
O grande número de acidentes aeronáuticos indicava que a indústria carecia de métodos de
certificação e homologação de equipamentos e procedimentos, as regras do ar e regulamentos
eram incipientes, a infraestrutura era pobre de recursos e facilidades. Observaram também que
deveriam dar atenção aos aspectos socioculturais, mentais e biológicos dos operadores das
aeronaves.
Devido a isso, estados e operadores viram a necessidade de buscar meios sustentáveis de manter
a segurança dos voos, frente as adversidades.
Importantes comissões foram criadas e tinham como responsabilidade buscar a padronização de
procedimentos operacionais, certificação, fabricação, regulamentação de regras do ar,
comunicação, treinamento, inspeção de saúde, etc.
Porém, em novembro 1944, como consequência de estudos iniciados pelos EUA e os seus aliados,
55 estados foram convidados a participarem de uma Conferência Internacional de Aviação Civil a
ser realizada em Chicago. Cinquenta e quatro Estados participaram desta Conferência, na qual uma
Convenção sobre Aviação Civil Internacional foi assinada por 52 deles (Doc. 7300). Nela foi criada
a Organização Internacional de Aviação Civil (OACI) – International Civil Aviation Organization
(ICAO). Ela é sediada na cidade canadense de Montreal e hoje conta com 193 Estados Contratantes
(Países Signatários que também são signatários da ONU – Organização das Nações Unidas, sediada
em Nova Iorque). A lista de estados membros é sempre atualizada e pode ser obtida no link:
https://www.icao.int/MemberStates/Member%20States.English.pdf.
No Brasil, a criação da OACI foi promulgada em 1946 pelo decreto 21.713.
A segurança da aviação está no centro dos objetivos fundamentais da ICAO. A
organização está constantemente se esforçando, em estreita colaboração com
toda a comunidade de transporte aéreo, para melhorar ainda mais o desempenho
bem-sucedido de segurança da aviação, mantendo um alto nível de capacidade e
eficiência. Isto é conseguido através:
Do desenvolvimento de estratégias globais contidas no Plano Global de Segurança
da Aviação e no Plano Global de Navegação Aérea;
O trabalho mais importante realizado pela Conferência de Chicago foi no campo técnico, uma vez
que se estabeleceu as bases para um conjunto de regras e regulamentos sobre a navegação aérea
como um todo, através de Padrões e Práticas Recomendadas (Standards and Recommended
Practices - SARPS). Isso trouxe segurança para as operações e abriu o caminho para a aplicação de
um sistema comum de navegação aérea no mundo. Sobre os Padrões e Práticas Recomendadas
pela OACI; Padrões se dão a qualquer especificação relativa a características físicas, configuração,
material, desempenho, pessoal ou procedimento, cuja aplicação uniforme seja reconhecida como
necessária à segurança ou regularidade da navegação aérea internacional e a qual os Estados
Contratantes (países signatários) estarão em conformidade; em caso de impossibilidade de
cumprimento, a notificação ao Conselho é obrigatória nos termos do artigo 38 da Convenção. Essa
notificação será dada através de diferenças. Práticas Recomendadas são especificações relativas
as características físicas, configuração, material, desempenho, pessoal ou procedimento, cuja
aplicação uniforme seja reconhecida como desejável por motivos de segurança, regularidade ou
eficiência da navegação aérea internacional e a qual os Estados Contratantes devam esforçar-se
para atuarem em conformidade com a Convenção. 2
Para a disciplina de Segurança de Voo, usaremos, como base, os anexos 13 e 19, Investigação de
acidentes e incidentes com aeronaves e Gerenciamento da segurança operacional,
respectivamente.
O anexo 13 contém Padrões e Práticas recomendadas para a investigação de acidentes e
incidentes com aeronaves. Fala do objetivo de uma investigação (e como ela deve ser realizada),
notificação de ocorrências aeronáuticas (acidentes, incidentes graves e incidentes aeronáuticos),
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(...)
SERIPA
O Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA) é organização
do COMAER, subordinada ao CENIPA e tem sua estrutura e área de atuação definidas em
regulamento e regimento interno próprios. São responsáveis pelas atividades de investigação e
prevenção em âmbito regional. Existem 7 SERIPAs e eles são encontrados nos Comandos Regionais
da Aeronáutica (COMAR).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1
ICAO. FOUNDATION OF THE INTERNATIONAL CIVIL AVIATION ORGANIZATION. Disponível em
https://www.icao.int/about-icao/pages/foundation-of-icao.aspx. Acessado em 09 jul.2019.
2
SKYBRARY. STANDARDS AND RECOMMENDED PRACTICES. Disponível em: https://www.skybrary.aero/index.php/.
Acessado em 09 jul. 2019.
3
SKYBRARY. ICAO ANNEXES AND DOC SERIES. Disponível em: https://www.skybrary.aero/index.php/ICAO. Acessado
em 09 jul. 2019.
4
ICAO. Annex 13 – Aircraft Accident and Incident Investigation. Páginas 3-1, 4-1, 4-2, 4-3, 5-1, 5-2, 5-3, 5-4, 5-5.
5
ICAO. ICAO STATE SAFETY PROGRAMME (SSP) INTRODUTION. Transparência 5. Disponível em:
https://www.icao.int/NACC/Documents/Meetings/2014/SMSF1/P02.pdf. Acessado em 09 jul. 2019.
6
COMAER. DCA 63-5 – PROGRAMA DE SEGURANÇA OPERACIONAL ESPECÍFICO DO COMANDO DA AERONÁUTICA
(PSOE-COMAER). Página 7. Disponível em: https://publicacoes.decea.gov.br/?i=publicacao&id=4794. Acessado em:
09 jul. 2019.
7
ANAC. A SEGURANÇA DE VOO NO SISTEMA DE AVIAÇÃO CIVIL. Disponível em:
http://www2.anac.gov.br/segVoo/historico.asp. Acessado em: 09 jul. 2019.
8
BRASIL. Decreto nº 9.540 de 25 de outubro de 2018. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/D9540.htm. Acessado em 9 jul. 2019.
Após a criação da ANAC, a DIPAA foi extinta, dando lugar para novas gerência (GGIP – Gerência
Geral de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), superintendência (SSO –
Superintendência de Segurança Operacional) e assessoria (ASIPAER – Assessoria de Articulação
com o Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) também extintas.
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Compete a ASSOP, dentre outras funções, dar suporte às decisões do Diretor Presidente da ANAC
e sua diretoria colegiada, conforme definido no PSO-BR e PSOE-ANAC, em assuntos relacionados
a segurança operacional da aviação civil do Brasil, promoção da segurança operacional entre as
unidades da Agência, coordenar os grupos de segurança operacional (BAST – Brazilian Aviation
Safety Teams) e ser elo entre a ANAC (Autoridade de Aviação Civil) com o SIPAER (Sistema de
Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).
Seção IX
Da Assessoria de Segurança Operacional - ASSOP
(Resolução 502, 30 Jan. 2019. Publicado no Diário Oficial da União de 6 de fevereiro de 2019, Seção 1,
página 43).
OSVs, ASVs e EC-PREVs são elementos (elos SIPAER) que desempenharão funções específicas de
investigação e prevenção em uma organização civil (ASVs e EC-PREVs) e militares (OSVs e EC-
PREVs).
ASV – Elemento Civil que concluiu com sucesso o curso de investigação de acidentes aeronáuticos
(CIAA) (até o ano de 2017) ou o curso de investigação de incidentes aeronáuticos (CIIA). Um ASV
está apto ao exercício das atividades de investigação de ocorrências de solo e de incidentes
aeronáuticos, no âmbito do SIPAER.
Na aviação de linha aérea e táxi aéreo, por exemplo, os ASV serão os responsáveis pela investigação dos
incidentes ocorridos com aeronaves dessas empresas. É importante saber que o CENIPA não fará
investigações de incidentes aeronáuticos, ficando sob a responsabilidade desta, o proprietário ou
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O ASV de uma organização civil ou empresa civil participará das investigações de acidentes aeronáuticos
e incidentes aeronáuticos graves que são da responsabilidade do CENIPA.
OSV – Elemento militar que concluiu com sucesso o curso de investigação de acidentes
aeronáuticos (CIAA). Um OSV está apto ao exercício das atividades de investigação de todas as
ocorrências aeronáuticas (vide item 2.1 desta apostila), no âmbito SIPAER.
Os OSVs irão compor equipes que investigação da autoridade SIPAER e serão responsáveis pela
investigação, usualmente, de acidentes aeronáuticos e incidentes aeronáuticos graves.
NSCA 3-10 – A formação dos elementos supracitados é normatizada pela NSCA 3-10 (Formação e
capacitação dos recursos humanos do sistema de investigação e prevenção de acidentes
aeronáuticos). É recomendada a leitura desta norma, para melhor fixação do conteúdo. A leitura
não é primordial para a realização das avaliações da escola e da ANAC.
QUIZZ
1- Qual é a função do anexo 13 da OACI?
2- Qual é a função do anexo 19 da OACI?
3- Por que não podemos dizer que um acidente aeronáutico ocorre por uma única causa?
4- No Brasil, quem é a responsável pela promoção da segurança da aviação civil?
5- O que é o PSO-BR e por que existem dois Programas de Segurança Operacional Específico?
6- O que é SIPAER e qual é a sua finalidade?
7- Uma ocorrência aeronáutica ocorre por uma série de aspectos contidos em três fatores
contribuintes básicos. Quais são eles?
8- Por que dizemos que a prevenção requer mobilização geral?
9- Por que dizemos que punições agem contra os interesses da prevenção de acidentes?
10- O que é o CENIPA e quais são as suas competências?
11- O que é o SERIPA? Estão divididos em quantos e em quais regiões?
12- O que é DIPAA? Atualmente a ASSOP da ANAC exerce as funções da DIPAA. Defina-as.
13- O que são Elos SIPAER? Compete ao Elo quais responsabilidades?
14- O que é o OSV e quais são as suas funções?
15- O que é o ASV e quais são as suas funções?
16- O que é o EC-PREV e quais são as suas funções?
17- O que é a CIAA? Ela é composta por quais elementos?
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18- Comente a afirmação: “Todos os acidentes, incidentes graves e incidentes aeronáuticos podem
ser evitados”.
19- Cite o nome do órgão central do SIPAER.
20- O que o decreto 69.565 de 1971 instituiu?
É recomendado a leitura da MCA 3-6 (Manual de Investigação do SIPAER) e NSCA 3-13 (Protocolos
de Investigação de Ocorrências Aeronáuticas da Aviação Civil Conduzidas pelo Estado Brasileiro)
para melhor fixação do conteúdo a seguir:
Antes de partirmos para a definição de acidente e incidentes, devemos entender sobre o conceito
de Ocorrência Aeronáutica.
Ocorrência Aeronáutica é, segundo a NSCA 3-13 (2017), “qualquer evento envolvendo aeronave
que poderá ser classificado como acidente aeronáutico, incidente aeronáutico grave, incidente
aeronáutico ou ocorrência de solo, permitindo ao SIPAER a adoção dos procedimentos
pertinentes.”
2.1.1 Conceituações
Toda ocorrência aeronáutica relacionada à operação de uma aeronave tripulada, havida entre o
momento em que uma pessoa nela embarca com a intenção de realizar um voo até o momento
em que todas as pessoas tenham dela desembarcado ou; no caso de uma aeronave não tripulada,
toda ocorrência havida entre o momento que a aeronave está pronta para se movimentar, com a
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intenção de voo, até a sua parada total pelo término do voo, e seu sistema de propulsão tenha
sido desligado e, durante os quais, pelo menos uma das situações abaixo ocorra:
a) uma pessoa sofra lesão grave ou venha a falecer como resultado de:
- estar na aeronave;
- ter contato direto com qualquer parte da aeronave, incluindo aquelas que dela tenham se
desprendido; ou
- ser submetida à exposição direta do sopro de hélice, de rotor ou de escapamento de jato, ou às
suas consequências.
NOTA 1 - Exceção será feita quando as lesões, ou óbito, resultarem de causas naturais, forem
autoinfligidas ou infligidas por terceiros, ou forem causadas a pessoas que embarcaram
clandestinamente e se acomodaram em área que não as destinadas aos passageiros e tripulantes.
NOTA 2 - As lesões decorrentes de um Acidente Aeronáutico que resultem óbito em até 30 dias
após a data da ocorrência são consideradas lesões fatais.
b) a aeronave tenha falha estrutural ou dano que:
- afete a resistência estrutural, o seu desempenho ou as suas características de voo; ou
- normalmente exija a realização de grande reparo ou a substituição do componente afetado.
NOTA 3 - Exceção será feita para falha ou danos quando limitados a um único motor (incluindo
carenagens ou acessórios), para danos limitados às hélices, às pontas de asa, às antenas, aos
probes, aletas, aos pneus, aos freios, às rodas, às carenagens do trem, aos painéis, às portas do
trem de pouso, aos para-brisas, aos amassamentos leves e pequenas perfurações no revestimento
da aeronave, ou danos menores às pás do rotor principal e de cauda, ao trem de pouso, e aqueles
danos resultantes de colisão com granizo ou ave (incluindo perfurações no radome).
NOTA 4 - O Adendo E do Anexo 13 à Convenção sobre Aviação Civil Internacional apresenta uma
lista de danos que podem ser considerados exemplos de acidentes aeronáuticos. Uma tradução
livre desta lista encontra-se no Anexo B desta Norma.
c) a aeronave seja considerada desaparecida ou esteja em local inacessível.
NOTA 5 - Uma aeronave será considerada desaparecida quando as buscas oficiais forem suspensas
e os destroços não forem encontrados.
Incidente aeronáutico envolvendo circunstâncias que indiquem que houve elevado risco de
acidente relacionado à operação de uma aeronave que, no caso de aeronave tripulada, ocorre
entre o momento em que uma pessoa nela embarca, com a intenção de realizar um voo, até o
momento em que todas as pessoas tenham dela desembarcado; ou, no caso de uma aeronave não
tripulada, ocorre entre o momento em que a aeronave está pronta para se movimentar, com a
intenção de voo, até a sua parada total pelo término do voo, e seu sistema de propulsão tenha sido
desligado.
NOTA 1 - A diferença entre o incidente grave e o acidente está apenas nas consequências.
NOTA 2 - O Adendo C do Anexo 13 à Convenção sobre Aviação Civil Internacional apresenta uma
lista de situações que podem ser consideradas exemplos de incidentes aeronáuticos graves. Uma
tradução livre desta lista encontra-se no Anexo A desta Norma.
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NOTA - Os tipos de incidentes que são de interesse principal à ICAO para estudos de
prevenção de acidentes estão listados no Adendo C do Anexo 13 à Convenção sobre
Aviação Civil Internacional. Uma tradução livre desta lista encontra-se no Anexo B
desta Norma.
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NOTA 3 - O custo dos reparos, ou perda estimada, tal como disposto pelas
companhias de seguros, pode prover uma indicação do dano sofrido, mas não
deve ser utilizado como único parâmetro para considerar que o dano é suficiente
para classificar a ocorrência como um acidente. Da mesma forma, uma aeronave
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pode ser considerada economicamente irrecuperável, sem que ela tenha incorrido
em dano suficiente para ser classificado como acidente.
Segundo o COMAER (MCA 3-6 2017), fatores contribuintes são aqueles eventos que por si só, ou
em combinação com outros, resultam em uma ocorrência aeronáutica. Por definição, fator
contribuinte é uma condição, ação, omissão ou a combinação delas, que, se eliminadas, ou
mitigadas, podem reduzir a probabilidade do acontecimento de uma ocorrência aeronáutica, ou
reduzir a severidade das consequências dessa ocorrência.
A determinação dos fatores deve ser baseada em uma análise profunda, imparcial e objetiva de
todas as evidências disponíveis. Qualquer condição, ato ou circunstância que foi um fator causal
do acidente deve ser claramente identificado.
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operação da aeronave;
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manutenção da aeronave;
Infraestrutura aeroportuária
Ao investigar os fatores contribuintes relacionados à infraestrutura aeroportuária,
buscam-se explorar as informações relacionadas às características físicas do
aeródromo, quais sejam: as pistas de pouso e decolagem, acostamentos de pista
de pouso e decolagem, área de giro de pista de pouso e decolagem, faixas de pista
de pouso e decolagem, áreas de segurança de fim de pista (RESA), zonas
desimpedidas (clearways), zonas de parada (stopways), área de operação de rádio
altímetro, pistas de táxi, acostamentos de pistas de táxi, faixas de pista de táxi,
baías de espera, posições de espera de pista de pouso e decolagem, posições
intermediárias de espera e posições de espera em vias de serviço, pátios de
aeronaves, posição isolada de estacionamento de aeronave, isolamento da área de
manobras e da pista de pouso, risco da fauna, etc.
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• Reportar um incidente ou uma situação de risco, através do uso de formulários disponíveis em rede;
• Acompanhar investigações e relatórios emitidos no âmbito da sua empresa;
• Acessar resultados de investigações, incluindo fatores contribuintes, e a emissão de recomendações
de segurança em sua empresa;
• Armazenar dados de segurança operacional através de técnicas para sua análise e tratamento;
• Identificar perigos e analisar riscos à operação;
• Mitigar os riscos através das ações preventivas ou corretivas;
• Rastrear as informações armazenadas; e
• Compartilhar as informações entre os diversos setores das empresas com finalidade de aperfeiçoar os
processos de coleta de dados.
Disponível em:
https://www.skybrary.aero/index.php/Aviation_Quality_Database_(AQD).
Acessado em: 07 ago. 2019).
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3.1. Definição
3.2. Aplicabilidade
Prover informações para que os Elos-SIPAER possam adotar ações mitigadoras adequadas frente
a situações de risco para a segurança de voo.
3.3. Fundamentos
3.3.1 O RELPREV está baseado nos princípios da voluntariedade (não se obriga o seu
preenchimento, apenas se incentiva o envio espontâneo de informações, sem as quais não é
possível fazer prevenção de acidentes aeronáuticos), sigilo (o nome do relator não será divulgado)
e não punibilidade (o CENIPA estimula a não punição de erros, de maneira a incentivar o
preenchimento de reportes voluntários com vistas à contribuição para a segurança de voo).
3.3.2 O RELPREV destina-se, tão somente, ao registro das circunstâncias que constituam ou
possam vir a constituir uma situação com potencial de risco à atividade aérea, com o objetivo
exclusivo de prevenir ocorrências aeronáuticas.
3.3.3 O RELPREV pode ser preenchido por qualquer pessoa que identifique uma situação com
potencial de risco ou que dela tenha conhecimento, cabendo ao Elo-SIPAER ao qual o RELPREV foi
encaminhado, proceder com as ações pertinentes.
3.5. Trâmite
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3.6. Controle
Os RELPREV deverão ser incorporados em banco de dados específico, no sentido de possibilitar
seu uso em prol da prevenção de acidentes, como, por exemplo, estudos de análise de tendências.
(ICA 3-7/2016 13/18)
Relatório que será utilizado por qualquer um que tenha relação técnico profissional na aviação.
Comissários tem o dever de reportar situações de risco e nunca poderão ser complacentes com
situações ou ações de risco. O seu será feito quando o relatório de prevenção não foi eficaz.
4.1. Definição
Ferramenta de prevenção do SIPAER cuja finalidade é relatar ao CENIPA uma situação com
potencial de risco para a segurança de voo, na qual a utilização do RELPREV não se demonstrou
eficaz, ou mesmo quando a organização relacionada com a situação de risco não dispor de um Elo-
SIPAER.
4.2. Aplicabilidade
4.2.1 O RCSV destina-se, tão somente, ao registro das circunstâncias que constituam ou possam
vir a constituir uma situação com potencial de risco à atividade aérea, com o objetivo exclusivo de
prevenir ocorrências aeronáuticas.
4.2.2 O RCSV deverá ser utilizado nas seguintes circunstâncias:
a) quando a organização envolvida na situação de risco em questão não possuir um Elo-SIPAER
habilitado para gerenciar o Programa de Relatório de Prevenção na localidade;
b) quando o funcionamento do Programa de Relatório de Prevenção da organização envolvida não
for efetivo;
c) quando a cultura da organização envolvida não estiver em consonância com os princípios que
regem o SIPAER;
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e) quando houver difícil acessibilidade entre a organização do relator e aquela que poderia mitigar
ou eliminar o risco relatado. Dessa maneira, o CENIPA age como intermediador, levando o
conhecimento da situação a quem de direito, como, por exemplo, órgãos da administração
pública.
4.3. Fundamentos
4.3.1 Assim como o RELPREV, o RCSV também está baseado nos princípios da voluntariedade,
sigilo e não punibilidade.
4.3.2 Sendo a “informação” fundamental para se trabalhar com a prevenção de ocorrências
aeronáuticas, ressalta-se a importância do RCSV para que esta informação seja levada ao
conhecimento dos atores envolvidos em uma determinada situação com potencial de risco para a
segurança de voo.
4.3.3 Qualquer pessoa que identificar uma situação com potencial de risco, ou que dela tiver
conhecimento, poderá enviar um RCSV ao CENIPA, cabendo a este o encaminhamento dessa
informação ao setor ou órgão competente para eliminação ou mitigação daquele risco.
4.4. Restrições
4.4.1 O RCSV não deve ser utilizado para o relato de fatos que constituam crime ou contravenção
penal de qualquer natureza, ou mesmo de violações intencionais de regulamentação.
4.4.2 Casos de crimes ou contravenções penais deverão ser comunicados às autoridades policiais
competentes.
4.4.3 Casos de violações intencionais da regulamentação em vigor deverão ser comunicados aos
órgãos reguladores e fiscalizadores, como, por exemplo, a Agência Nacional de Aviação Civil
(ANAC) e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).
4.4.4 O uso do RCSV é vedado para reportes que tenham como objetivo a punição de pessoas
envolvidas em desvios com relação à segurança de voo, tendo em vista que tal medida vai de
encontro à filosofia SIPAER.
4.4.5 Para que um RCSV seja aceito, todos os dados relativos à identificação do relator deverão ser
preenchidos, sendo desconsiderados para o Programa os RCSV que não contenham tais
informações. Esta exigência tem como objetivo possibilitar ao CENIPA contatar o relator para
maiores esclarecimentos com relação aos fatos reportados, bem como lhe informar sobre medidas
corretivas adotadas, quando houver.
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4.6.2 No caso da utilização de outras formas de envio, tais como e-mail para o CENIPA ou via meio
físico (carta, por exemplo), respeitando-se as restrições contidas no item 4.4 desta ICA, o relato
será inserido no banco de dados específico para o gerenciamento do RCSV, para que seja dado o
tratamento devido.
4.7. Trâmite
4.7.1 Ao receber um reporte voluntário, o CENIPA deverá processar a informação e levá-la ao
conhecimento do órgão competente para eliminar ou mitigar a situação com potencial de risco.
4.7.2 Assim que o órgão envolvido definir as ações resultantes do relato, estas serão repassadas
ao CENIPA, de forma que este possa concluir o ciclo da prevenção.
4.8.1 Tão logo possua uma resposta do órgão envolvido, o CENIPA informará o relator sobre as
medidas adotadas.
4.8.2 Devido ao fato de o CENIPA não possuir relação hierárquica com os órgãos aos quais as
informações são tramitadas, não há prazo de resposta para o relator.
4.9. Controle
Os reportes serão incorporados em banco de dados específico, no sentido de possibilitar seu uso
em prol da prevenção de acidentes, como, por exemplo, para estudos de análise de tendências.
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A ANAC determina, através do RBAC 120 (Regulamento Brasileiro de Aviação Civil 120) que os
exploradores de serviços aéreos forneçam aos seus aeronautas um programa de prevenção do
risco associado ao uso indevido de substâncias psicoativas na aviação civil.
(ANAC, RBAC120. Disponível em: https://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/rbha-e-rbac/rbac/rbac-
120/@@display file/arquivo_norma/RBAC120EMD02.pdf. Acessado em: 07 ago. 2019).
A investigação de acidente é um processo sistemático por meio do qual todos os possíveis fatores
contribuintes para uma ocorrência aeronáutica são pesquisados e avaliados, até que os fatores
prováveis são elencados como contribuintes para a ocorrência.
Embora muitos acidentes pareçam semelhantes a outros, essa percepção pode ser enganosa.
Portanto, é imperativo aos investigadores manter a mente aberta de modo a não se concentrar
em um único aspecto em detrimento de outros.
Como os acidentes são pouco frequentes, os investigadores devem aproveitar todas as
oportunidades para obter conhecimentos com organizações militares, fabricantes de aeronaves,
empresas aéreas e outros investigadores de acidentes, a fim de reter o aprendizado e praticar os
melhores métodos de investigação. Em caso de uma ocorrência aeronáutica complexa, esses
conhecimentos serão úteis para os investigadores determinarem, de forma eficiente, os seus
fatores contribuintes.
COLETA DE DADOS
A título de exemplo, alguns tipos de dados a serem coletados, imediatamente após a ocorrência,
são:
• dados básicos do acidente,
• dados meteorológicos,
• dados técnicos, e
• dados de Fatores Humanos.
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DADOS METEOROLÓGICOS
A previsão e as condições climáticas locais podem ter uma importância significativa nas condições
de voo e no desempenho da aeronave. Isto incluirá as condições atmosféricas, sol (ou lua), vento
e quaisquer considerações incomuns, como cinzas vulcânicas, fumaça, windshear, ilusões visuais,
congelamento, juntamente com condições que possam ter afetado o perfil de decolagem ou de
aterragem.
DADOS TÉCNICOS
Outros indícios podem ser descobertos a partir dos registros de manutenção e da pesquisa por
ocorrências similares.
Os dados de Fatores Humanos devem trazer informações que permitirão construir um cenário com
base em eventos significativos que podem ter ocorrido antes (pré-condições) e durante a
ocorrência.
Essas informações devem se basear em dados de ordem biológicas, fisiológicas, individuais,
psicossociais e organizacionais, o que permitirá melhor entendimento de como os vários
componentes sistêmicos interagiram e interferiram no desempenho dos profissionais envolvidos
na ocorrência.
Esses dados podem ser obtidos por meio do levantamento do histórico de inspeções de saúde
realizadas; de exames toxicológicos; de documentações pertinentes; de entrevistas com os
envolvidos diretos (quando possível) e indiretos na ocorrência; dentre outros meios que a situação
favorecer.
As entrevistas devem ser realizadas o mais rapidamente possível, enquanto as lembranças das
testemunhas são claras e não estão contaminadas por conversas com outras pessoas.
Os resultados das autópsias e a reconstituição das ações da tripulação por meio das gravações de
voz do cockpit e das gravações do controle de tráfego aéreo podem fornecer indicadores para as
ações da tripulação, bem como para comportamentos e dinâmicas estabelecidas por eles durante
o voo.
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APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS
A apresentação dos resultados da investigação à sociedade será realizada por meio dos Relatórios
Finais que devem ser confeccionados conforme os protocolos contidos nas normas do SIPAER, de
acordo com os modelos definidos pelo CENIPA e nos formatos descritos neste manual.
Segundo o anexo 13 da OACI, os estados signatários deverão, através do RF, recomendar ações
que considerem necessárias para aprimorar os níveis de segurança na aviação.
Recomendação de Segurança
A qualquer momento que o estado responsável pela investigação de uma ocorrência aeronáutica
observar uma situação na qual recomendações de segurança já podem ser emitidas, elas deverão
ser feitas. Um meio também adequada pera fazer isso é através do relatório/reporte preliminar.
Essa comunicação é usada para disseminação do uso de data obtidos durante os primeiros estágios
da investigação.
At any stage of the investigation of an accident or incident, the accident or incident
investigation authority of the State conducting the investigation shall recommend
to the appropriate authorities, including those in other States, any preventive action
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Art. 88-O. A autoridade policial competente deve isolar e preservar o local do acidente ou incidente aéreo,
inclusive a aeronave acidentada e seus destroços, para a coleta de provas, até a liberação da aeronave ou
dos destroços tanto pelas autoridades aeronáuticas quanto por eventuais agentes de perícia criminal
responsáveis pelas respectivas investigações. (BRASIL. Lei 12.970/2014. Art.88-O)
Art. 88-P. Em coordenação com a autoridade de investigação Sipaer, ficará assegurado a outros órgãos,
inclusive da autoridade de aviação civil e da polícia judiciária, o acesso à aeronave acidentada, aos seus
destroços ou a coisas que por ela eram transportadas, somente podendo haver manipulação ou retenção de
quaisquer objetos do acidente com anuência da autoridade de investigação Sipaer. (BRASIL. Lei 12.970/2014.
Art.88-P)
Entrevista é uma técnica de levantamento de dados por intermédio de pessoas envolvidas, direta
ou indiretamente, no acidente/incidente aeronáutico, que visa à obtenção do máximo de
informações úteis para a compreensão dos eventos relacionados à ocorrência aeronáutica.
Esta técnica envolve a interação de duas personalidades: a testemunha (fonte) e o entrevistador
(Investigador do SIPAER).
As declarações devem ser tomadas tão cedo quanto possível depois do acidente. Elas podem ser
sempre ampliadas posteriormente, se necessário, mas as primeiras declarações são geralmente as
mais exatas (os eventos ainda estão frescos na memória e os processos de interpretação tiveram
menos tempo para operar).
A entrevista, neste contexto, é uma ferramenta valiosa para complementar as outras opções de
elucidação dos fatores contribuintes de um acidente/incidente aeronáutico. Porém, quando a
entrevista é o principal meio de coleta de dados, há que se tomar inúmeras precauções para não
se montar um quadro falso do incidente/acidente aeronáutico, baseado em declarações forjadas
por pseudotestemunhas ou pretensos colaboradores.
São essas razões que enfatizam a necessidade de uma visão ampla da ocorrência aeronáutica e
um preparo específico das técnicas de entrevista, como forma de minorar as possíveis deturpações
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e valorizar sobremaneira sua contribuição ao Relatório Final de uma ocorrência aeronáutica, para
a prevenção de acidentes/incidentes aeronáuticos.
A entrevista deve ter sempre o propósito de obter respostas a itens importantes do relatório, isto
é, o entrevistador deve considerar o relatório de investigação de acidentes como fundamento na
organização e orientação da entrevista. Não deve, no entanto, apegar-se exclusivamente ao
objetivo a ponto de negligenciar a identificação e exploração de dados valiosos fornecidos pela
testemunha.
Medical examinations
Note 1 — Such examinations may also determine whether the level of physical and
psychological fitness of flight crew and other personnel directly involved in the
occurrence is sufficient for them to contribute to the investigation.
Note 2 — The Manual of Civil Aviation Medicine (Doc 8984) contains guidance on
medical examinations.
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QUIZZ
1- A Investigação de ocorrências aeronáuticas é uma atividade preventiva, porém de natureza:
2- O que é ESO?
3- Para que uma ocorrência seja classificada como Acidente Aeronáutico, quais características
devemos observar?
4- Para que uma ocorrência seja classificada como Incidente Aeronáutico Grave, quais
características devemos observar?
5- Qual é a diferença fundamental entre Acidente Aeronáutico e Incidente Aeronáutico Grave,
descrito na NSCA 3-13 e Anexo 13 da OACI?
6- Quais são os tipos de fatores contribuintes observados em uma investigação?
7- O desempenho técnico do ser humano é observado em qual fator contribuinte?
8- Segundo a lei do aeronauta (13.475/17), qual é a importância e papel do tripulante de cabine
para a segurança em voo?
9- O que é uma VSV/VSO?
10- O que você entendeu sobre sistemas de reporte voluntário? Qual é a importância de se
reportar situações de risco?
11- O que é o AQD e o que a sua estrutura permite ser feito?
12- Descreva o que é o RELPREV.
13- Quem pode preencher um RELPREV?
14- Descreva o que é o RCSV.
15- Por que um comissário não pode fazer uso de substâncias com efeito psicoativo?
16- O que é investigação e cite as suas fases.
17- Por que é importante conversar os indícios após um acidente aeronáutico?
18- Qual é o documento do tripulante que a ANAC suspenderá após um acidente aeronáutico?
19- O que é CIAA e qual é a sua função?
20- Baseado no Art.87 do CBA, a prevenção de acidente aeronáuticos:
BLOCO III
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ASPECTOS FISIOLÓGICOS
DA ATIVIDADE DO COMISSÁRIO DE VOO
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ASPECTOS FISIOLÓGICOS
A primeira parte do módulo de Aspectos Fisiológicos lhe dará noções do funcionamento do corpo
humano. Esse conhecimento é a base para todo o bloco de saúde.
1. Anatomia e Fisiologia
DEFINIÇÃO:
1.1. Anatomia
Ciência que estuda a constituição e o desenvolvimento dos seres vivos, sua organização e
estrutura. Estuda, em especial, a posição, aparência e localização dos tecidos, órgãos e sistemas
que compõem o corpo.
1.2. Fisiologia
Estuda os processos físicos e químicos normais do organismo em relação às suas funções vitais.
Estuda atividades básicas tais como: metabolismo, reprodução, crescimento, respiração,
contrações musculares e tudo o que acontece dentro das estruturas celulares, dos tecidos, dos
órgãos e dos sistemas organizados do corpo.
3. Sistema Esquelético
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• RESERVA de sais minerais, principalmente de cálcio e fósforo, que são fundamentais para
o funcionamento das células e devem estar presentes no sangue. Quando o nível de cálcio
diminui no sangue, sais de cálcio são mobilizados dos ossos para suprir a deficiência.
Os ossos são classificados levando-se em consideração a sua forma, classificando-os segundo a sua
predominância de uma das dimensões. Alguns ossos do corpo são longos (fêmur, úmero, tíbia),
curtos (ossos do tarso e carpo), planos (escápula).
Alguns ossos formam cavidades, como os pneumáticos. Os seios paranasais (figura abaixo) são de
volume variável, revestidos de mucosa e contêm ar. Estão localizados no crânio e são conhecidos
como seios paranasais.
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4. Articulações
5. Coluna Vertebral
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É constituída por 33 ossos (as vértebras) separados por um disco de cartilagem. A sobreposição
dos orifícios presentes nas vértebras forma um tubo interno ao longo da coluna vertebral por onde
passa a medula espinhal.
6. Costelas e Esterno
7. Sistema Nervoso
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Constituído pelas vias que conduzem ou recebem os estímulos ao sistema nervoso central ou que
levam até aos órgãos atuadores das ordens emanadas da porção central. Formado pelos Nervos
Cranianos e Espinhais, pelos Gânglios e pelas Terminações Nervosas.
O Sistema Nervoso Periférico possui duas divisões:
Sistema Nervoso Somático: Formado por estruturas centrais e periféricas, tem por função a
integração do organismo com o meio externo. Cuida das atividades voluntárias. Ex: Segurar com
a mão uma caneta.
Sistema Nervoso Parassimpático: É mais ativo nas condições comuns da vida, estimulando
atividades que restauram e conservam a energia corporal.
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7.4. Neurônio
As mensagens nervosas podem ser grosseiramente comparadas com correntes elétricas que
caminham por células especiais: os neurônios. Essas mensagens são os impulsos nervosos.
As sinapses são o ponto de encontro entre os neurônios, transmitem as informações de uma célula
para outra.
8. O Sangue
• Alimento para as células do corpo, representado por proteínas, açucares, gordura, água e
sais minerais;
• Transporte de gás carbônico e oxigênio;
• Eliminação de resíduos na respiração, suor, urina e fezes;
• Sistema de defesa do organismo contra doenças;
• Controle da temperatura do corpo.
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9. Coagulação Sanguínea
Ao contrário da crença comum, a coagulação a partir de um corte na pele não é iniciada pelo ar ou
através da secagem da área atingida, o que ocorre na verdade é que as plaquetas se aderem ao
vaso lesado, ativadas pelo colágeno do endotélio do vaso sanguíneo que fica exposto. As plaquetas
ativadas liberam então o conteúdo de seus grânulos, que contém uma grande variedade de
substâncias que estimulam uma ativação ainda maior de outras plaquetas e melhoram o processo
hemostático.
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É constituído por:
a) Coração;
b) Vasos sanguíneos: ARTÉRIAS, VEIAS eCAPILARES;
c) Sangue.
10.1. Artérias
São vasos que partem dos ventrículos e conduzem o sangue arterial para todo o organismo. São
mais grossas (calibrosas), profundas e pulsam. Por elas circula um sangue vermelho vivo.
10.2. Veias
São vasos que chegam ao átrio trazendo sangue não-oxigenado das diversas partes do organismo.
São mais superficiais e não pulsam. O sangue que passa pelas veias costuma ser vinho escuro.
10.3. Capilares
São vasos extremamente finos formados pelas ramificações das veias. Irrigam as células
fornecendo nutrientes, sais minerais, hormônios, gases e etc.
Todas as células do nosso corpo necessitam de Oxigênio para sobreviver e a função do coração é
enviar sangue rico em Oxigênio a todas as células que compõe o nosso organismo. As artérias são
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as vias por onde o sangue oxigenado é enviado par a todo o corpo. A Aorta é a maior de todas as
artérias e se origina no ventrículo esquerdo, elas vão se dividindo em ramos cada vez menores até
os capilares, que são vasos extremamente finos através dos quais o Oxigênio sai para os tecidos.
Após a retirada do oxigênio e o recebimento do gás carbônico que se encontrava nos tecidos, os
capilares levam o sangue até as veias, que transportam este sangue com baixa quantidade de
Oxigênio e alto teor de Gás Carbônico de volta ao coração e daí aos pulmões, chegando aos
capilares pulmonares, onde o sangue volta a receber Oxigênio e a ter o Gás Carbônico removido,
sendo todo o processo reiniciado. O sangue flui continuamente pelo sistema circulatório e o
coração é a BOMBA que torna isto possível.
10.4. Coração
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São duas cavidades paralelas que vão das narinas até á faringe e estão separadas uma da outra
por um septo (parede) cartilaginoso, terminando na faringe. No teto das fossas nasais existem
células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. As fossas nasais têm a função de filtrar,
umedecer e aquecer o ar que é inspirado. São revestidas internamente pela mucosa nasal.
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O epitélio respiratório é a mucosa que reveste boa parte do Sistema, estendendo-se das fossas
nasais até os brônquios. Esse epitélio é responsável pela filtração, aquecimento e umidificação do
ar inspirado. Essa filtração é possível graças à presença de muco secretado por células especiais e
dos cílios que orientam seus movimentos em direção à faringe, impedindo a entrada de partículas
estranhas nos pulmões, enquanto o aquecimento é garantido pela rica vascularização do tecido,
principalmente nas fossas nasais.
11.2. Faringe
11.3. Laringe
A epiglote é uma espécie de lâmina que se encontra atrás da língua e que serve para fechar a
ligação da faringe com a glote durante a deglutição, esta cartilagem evita a comunicação entre os
aparelhos respiratórios e digestório, funcionando como uma válvula da laringe.
As peças vocais (cordas vocais) são duas pregas músculo-membranoso presentes na parede da
cartilagem tireoide, que aumentam ou reduzem a luz da rima da glote (abertura entre as peças
vocais) produzindo sons durante a passagem de ar.
11.4. Traquéia
É formada por anéis incompletos de cartilagem em forma de C, feixes musculares lisos, uma capa
interna de epitélio respiratório, e mais externamente de um tecido conjuntivo que envolve todas
essas estruturas. Inferiormente, se subdivide e dá origem a dois brônquios que penetram no
pulmão pelo hilo pulmonar. Os brônquios, à medida que penetram no pulmão, vão sofrendo
sucessivas ramificações até virarem bronquíolos terminais.
11.5. Pulmão
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11.6. Pleura
11.7. Brônquios
Esses vão se ramificando em porções cada vez menores, chamadas bronquíolos. A partir destas
últimas estruturas citadas, a constituição de suas paredes passa a ser de músculo liso, sem
cartilagem. A nova estrutura, desta forma, confere mais rigidez e a capacidade móvel, encontrada
nos brônquios, deixa de existir. Bronquíolos terminam em estruturas denominadas ductos
alveolares, que se finalizam nos microscópicos alvéolos pulmonares. Estes, graças a uma rede de
vasos sanguíneos, efetuam as trocas gasosas (hematose).
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11.8. Diafragma
Em condições normais de respiração, o ar passa pelas fossas nasais, onde é filtrado por pelos e
muco e é aquecido pelos capilares sanguíneos do epitélio respiratório (tecido altamente
vascularizado), passando então pela faringe – laringe – traqueia – brônquios – bronquíolos e
alvéolos.
A inspiração e a expiração são processos passivos dos pulmões já que eles não se movimentam,
ficando a cargo do diafragma, dos músculos intercostais e da expansibilidade da caixa torácica
garantir estes dois processos.
O ar inspirado, rico em Oxigênio, passa pelas vias respiratórias, sendo filtrado, umedecido,
aquecido e levado aos pulmões. Já nos pulmões, o Oxigênio do ar inspirado entra na circulação
sanguínea e o Dióxido de Carbono do sangue é liberado nos alvéolos a fim de que seja eliminado
com o ar expirado.
Nos tecidos corporais, o Oxigênio passa do sangue e líquidos corporais às células e o Dióxido de
Carbono no sentido oposto, também pelo processo de difusão. As funções metabólicas das
células requerem um fornecimento constante de Oxigênio e, por sua vez, produzem Dióxido de
Carbono como resíduo, portanto a carga de Dióxido de Carbono nas células é maior e a de
Oxigênio é menor o que faz com que ocorra a difusão de uma zona de maior concentração a
outra menor. Quando o sangue torna- se mais ácido devido ao aumento do Gás Carbônico, o
centro respiratório induz a aceleração dos movimentos respiratórios, dessa forma, tanto a
frequência quanto a amplitude da respiração tornam-se aumentadas devido à excitação do
controle da respiração.
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O Sistema Digestório humano é formado por um longo tubo musculoso, ao qual estão associados
órgãos e glândulas que participam da digestão. Apresenta as seguintes regiões: boca, faringe,
esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, ânus e glândulas anexas (salivares, fígado
e pâncreas), sendo de todo este conjunto a responsabilidade da realização da digestão dos
alimentos e absorção dos nutrientes provenientes destes, logo a digestão consiste em uma série
de transformações mecânicas e químicas que sofrem os alimentos, sendo reduzidos a frações
progressivamente menores a fim de serem absorvidos.
12.1. Boca
12.2. Dentes
São estruturas duras, calcificadas, presas ao maxilar superior e à mandíbula, cuja atividade
principal é a mastigação.
12.3. Língua
A língua movimenta o alimento empurrando-o para a garganta, para que seja engolido. Na
superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células sensoriais percebem os
quatro sabores primários: amargo, azedo ou ácido, salgado e doce. De sua combinação resultam
centenas de sabores distintos.
A presença de alimento na boca, assim como sua visão e cheiro, estimula as glândulas salivares a
secretar saliva, que contem a enzima Amilase Salivar ou Ptialina, além de sais e outras substâncias.
A amilase salivar digere o amido e outros polissacarídeos (como o glicogênio), reduzindo-os em
moléculas de maltose (dissacarídeo).
12.5. Faringe
A faringe, situada no final da cavidade bucal, é um órgão comum aos sistemas Digestório e
Respiratório:
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Por ela passam o alimento, que se dirige ao esôfago, e o ar, que se dirige à laringe. A faringe tem
comunicação com as fossas nasais através de dois orifícios chamados COANAS, com a cavidade
bucal pelo istmo da garganta e, inferiormente, com o esôfago e traqueia.
12.6. Esôfago
O esôfago é um órgão tubular com cerca de 30 cm de comprimento que se estende da faringe até
o estômago, descendo perpendicularmente e penetrando no tórax pela frente da coluna vertebral.
Situa-se atrás da traqueia, caminhando por de trás do coração e entre os pulmões e, após
atravessar o tórax, atinge o abdômen e
se liga ao estômago. É um órgão de condução de alimentos, sem função de digestão ou absorção.
O bolo alimentar leva cerca de 5 a 10 segundos para percorrê-lo.
12.7. Estômago
Tubo com pouco mais de 6 metros de comprimento por 4 cm de diâmetro e que pode ser dividido
em três regiões: DUODENO (cerca de 25 cm), JEJUNO (cerca de 5 m) e ÍLIO (cerca de 1.5 cm). A
porção superior ou Duodeno tem forma de uma ferradura e compreende o Piloro, esfíncter
muscular da parte inferior do estômago pela qual este esvazia seu conteúdo no intestino. A
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As fibras vegetais, principalmente a celulose, não são digeridas nem absorvidas, contribuindo com
porcentagem significativa da massa fecal, e como contém água, sua presença torna as fezes macias
e fáceis de serem eliminadas. O intestino grosso não possui vilosidades nem secreta sucos
digestivos, normalmente só absorve água, em quantidades bastante consideráveis e como absorve
muita água, o conteúdo intestinal se condensa até formar detritos inúteis, que são evacuados.
O olho ajusta constantemente a quantidade de luz que deixa entrar, foca os objetos próximos e
distantes, gera imagens contínuas que instantaneamente são transmitidas à região no encéfalo
responsável pela visão.
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Como enxergamos?
A retina transforma a imagem em impulsos elétricos que é transmitida ao cérebro através do nervo
ótico. Na região posterior do cérebro se recepciona e interpreta-se a imagem.
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Registra sons que vão desde 20Hz (Hertz) até 20.000Hz, um exemplo desta propriedade é que uma
pessoa pode ouvir desde o som de um mosquito ou de um avião no céu, eis aí dois sons diferentes
tanto em intensidade como em características, que o sentido da audição humana pode reconhecer
e rotular.
A audição funciona da seguinte maneira: o som propaga-se produzindo ondas sonoras que se
deslocam até atingir a orelha, quando o mecanismo da audição transforma estas ondas em sinais
elétricos que são transmitidos como mensagens através do nervo auditivo para o cérebro que as
interpreta. O som é uma vibração de moléculas e é produzido quando as moléculas do ar, ou de
qualquer outro meio material, vibram de um lado para outro, isto faz vibrar o grupo de moléculas
seguintes, que por sua vez provoca a vibração de outro grupo, e assim o som de propaga, sendo o
ouvido essencialmente um mecanismo de recepção de ondas sonoras e de conversão de ondas
em impulsos nervosos.
No interior do ouvido médio há uma cadeia de ossos pequenos, o mais externo é chamado de
martelo, e está encostado no tímpano, e se articula a outro osso chamado bigorna que por sua
vez, se articula com outro osso chamado de estribo. A base do estribo repousa na janela oval do
ouvido interno. A janela oval é na realidade uma membrana fina que serve de entrada para o
ouvido interno que contém o órgão da audição, a Cóclea, um canal em forma de caracol,
preenchido por um líquido. Quando as vibrações chegam à cóclea, provenientes do ouvido médio,
são transformadas em ondas de compressão que por sua vez ativam o órgão de Corti que é
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Se, por exemplo, você subir num elevador, a pressão externa se reduz com o aumento de altitude,
fazendo com que o ar no interior do ouvido médio tenda a empurrar o tímpano para fora, no
entanto parte deste ar é conduzido para a boca pela trompa de Eustáquio, igualando assim as
pressões exercidas sobre o tímpano; ocorre o inverso quando você desce de um lugar alto, neste
caso a Trompa de Eustáquio conduz o ar da boca para o ouvido médio.
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14.4. Vestibulo
VESTÍBULO, que apresenta ainda duas excrescências chamadas Sácula e Utrículo. Ao vestíbulo
encontra-se igualmente ligada a cóclea, que é a sede do sentido da audição. O conjunto destas
estruturas chama-se LABIRINTO.
14.5. Labirinto
15.1. Rins
Situam-se na parte dorsal do abdome na região lombar sendo um de cada lado da coluna vertebral,
nesta posição estão protegidos pelas últimas costelas e também por uma camada de gordura. Cada
rim tem cerca de 12 cm de comprimento e a forma de um grão de feijão enorme e possuem uma
cápsula fibrosa, que protege o CÓRTEX mais externo, e a MEDULA parte mais interna. Cada rim é
formado por um tecido conjuntivo que o sustenta e da forma ao órgão, por milhões de unidades
filtradoras, os NÉFRONS.
15.2. Ureter
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Os néfrons desembocam em dutos coletores, que se unem para formar canais cada vez mais
grossos. A fusão dos dutos origina um canal único, denominado URETER, que deixa o rim em
direção à bexiga urinária.
É uma bolsa de parede elástica, dotada de musculatura lisa, cuja função é acumular a urina
produzida nos rins. Quando cheia, a bexiga pode conter mais até 250 ml de urina, que é eliminada
periodicamente através da uretra.
15.4. Uretra
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MEDICINA DA
AVIAÇÃO
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5. Efeitos das Baixas Pressões de Oxigênio sobre o Organismo ................ Pag. 368
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MEDICINA DA AVIAÇÃO
Agora que obteve uma base em conhecimentos do corpo humano, a segunda parte do módulo visa
compreender os efeitos da pressurização da aeronave sobre o organismo. Em especial, estudaremos os
efeitos da despressurização.
1. A Atmosfera Terrestre
Para que se entenda a medicina de aviação se faz necessário que conheçamos um pouco do
ambiente onde ocorrem os voos: A Atmosfera. A Atmosfera é a camada gasosa que envolve a Terra
e a acompanha em todos os movimentos ao redor do sol. Não se sabe precisamente onde a
Atmosfera termina, tendo em vista que sua última camada, a Exosfera não ter um limite definido.
Ela é constituída de cinco camadas: Troposfera, Estratosfera, Mesosfera, Termosfera e Exosfera.
O ar se torna mais rarefeito quanto mais subimos, motivo pelo qual os alpinistas normalmente
levam Oxigênio com eles quando escalam altas montanhas.
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rarefeito e as moléculas de gás escapam constantemente para o espaço, por isto é chamada de
Exosfera (parte externa da atmosfera).
O ar da Atmosfera, fina camada que envolve a Terra, é uma mistura de muitos tipos de gases e
vapores diferentes, sendo composto basicamente por OXIGÊNIO (21 %), NITROGÊNIO (78 %), GÁS
CARBÔNICO (0,03 %) e mais seis Gases Nobres (0,97 %): Hélio, Neônio, Argônio, Criptônio,
Xenônio e Radônio. O Oxigênio e o Nitrogênio são os principais componentes desta mistura. Esta
mistura possui peso e assim como toda a matéria nas proximidades da terra, sofre atração, do
contrário, essa substancia se dispersaria em todas as direções.
Outra unidade para se medir a pressão é a PSI (pounds per square inch), que em português vem a
ser libra por polegada quadrada (lb/pol²). Embora o ar seja extremamente leve, não é desprovido
de peso. Cada pessoa tem em média uma superfície de corpo aproximadamente igual a 1 m²
quando adulto. Sabendo-se que ao nível médio do mar (NMM) a pressão atmosférica é de 760
mmHg e corresponde a 1 atm, ou 1013.2 milibares, isso quer dizer que neste local, uma pessoa
suportaria uma força de cerca de 100.000 N (Newton, unidade de medida de força, no Sistema
Internacional N/m², 1 mmHg=133 N/m²), relativo à pressão atmosférica, porém não sente nada,
nem é esmagada por esta força, isto devido à presença do ar que está contido no corpo e ao
equilíbrio entre a pressão que atua de fora para dentro e de dentro para fora do corpo.
Qualquer variação na pressão externa se transmite integralmente a todo o corpo, atuando de dentro para
fora, de acordo com o principio de Pascal (Blaise Pascal - 1623-1662, físico, filósofo e matemático francês):
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atmosférica diminui com o aumento da altitude, pode-se dizer de forma simplificada que a pressão
diminui 1 hPa (hectoPascal) a cada 8m que se sobe. A 3000m, é cerca de 0,7 kg/cm², a 8840m, a
pressão é de apenas 0,3kg/cm².
2. Pressurização
Os aviões possuem um sistema de compressores para bombear ar dos motores para dentro da
cabine da aeronave. A pressurização é a imposição de pressão a um ambiente fechado e vedado a
fim de que se possa respirar dentro quando a altitude é muito elevada, ou seja, como se
estivéssemos na superfície terrestre. Em uma aeronave voando a 34.000 pés de altitude
(aproximadamente 10.200m), onde as condições atmosféricas são totalmente hostis e o ar é muito
rarefeito, a pressurização obedece a um programa pré-determinado e é mantida através de
dispositivos sensores de pressão e válvulas reguladoras desta pressão, que se abrem se necessário
para regular a pressão dentro da aeronave, uma vez que esta pressão é mantida mais elevada do
que a pressão externa, já a partir do solo.
Até a descoberta das cabines pressurizadas (1943), os voos comerciais não podiam ser feitos acima
de 12.000 pés. Hoje, os aviões a jato voam em até 42.000 pés e os supersônicos em até 62.000
pés, porém em qualquer um dos casos a cabine da aeronave deve estar pressurizada com uma
altitude pressão correspondente a, no máximo, 8.000 pés de altitude, todavia habitualmente essa
pressurização gira em torno de 6.000 a 7.500 pés. De forma simples e objetiva podemos afirmar
que pressurização é: A MANUTENÇÃO DA PRESSÃO DA CABINE DE UMA AERONAVE COMPATÍVEL
COM A ALTITUDE FISIOLÓGICA DO SER HUMANO.
0 0 1013,2 15
363 118 1000 14,2
4780 1457 850 5,5
9880 3013 700 -4,5
18280 5575 500 -21,1
23540 7180 400 -31,6
30064 9168 300 -44,6
Fonte: ICAO.
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3. Despressurização
Voando a grandes altitudes, a aeronave leva no interior da cabine uma amostra da atmosfera de
menor altitude (em torno de 6.000 a 7.500 pés, altitude pressão atm) e, portanto, de maior pressão
que a do ambiente externo no qual a aeronave se encontra voando. Há que se ficar atento para
uma perda desta pressão, ou seja, uma despressurização (perda da pressão atmosférica dentro da
cabine) que poderá acontecer por vários motivos, desde vazamentos (mau funcionamento de
sistemas), até as despressurizações bruscas devido à perda de partes importantes da fuselagem,
por exemplo.
A despressurização é o maior risco que poderão enfrentar os ocupantes de uma aeronave em
grandes altitudes, e quanto menor o tempo de descompressão, maior serão os danos físicos
sofridos pelos passageiros e tripulantes. A despressurização poderá ocorrer de forma:
3.1. Explosiva
3.2. Rápida
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• Os objetos leves que estiverem soltos subiram para o teto e as pessoas ouvirão um sopro
vindo do local por onde a pressão escapa;
• Resfriamento brusco da cabine provocado pela queda acentuada da temperatura,
acompanhada com umaformação de intensa neblina de rápida duração;
• Momentânea sensação de ofuscamento e confusão mental;
• Saída brusca do ar dos pulmões, respirado violentamente através do nariz e boca,
acompanhado por uma sensação de um aumento súbito dos pulmões dentro da caixa
torácica;
• Dificuldade em articular as palavras e de ouvir os sons, devido a rarefação do ar;
• Aeroembolismo severo;
• Aerobaropatias.
3.3. Lenta
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O homem sem proteção, mesmo quando suprido de Oxigênio, tem um teto de aproximadamente
13.500m, acima do qual é necessário que lhe seja fornecida proteção. Os efeitos das baixas
pressões no corpo humano resultam diretamente nos efeitos das leis gasosas, onde as alterações
da pressão barométrica podem afetar o corpo de várias maneiras.
O primeiro e talvez o maior problema encontrado pelo homem desde o início de suas incursões
em direção à fronteira vertical, que tiveram início imediatamente antes do começo e durante o
século XIX com os primeiros voos em balões, foi com a fisiologia humana na aviação. A
dependência do homem em relação a uma pressão parcial de Oxigênio bastante alta surge então
a Hipóxia (diminuição da saturação de Oxigênio no sangue arterial) que tem como efeitos os
chamados Mal da Altitude, Mal das Montanhas ou Mal dos Aviadores.
Sendo a composição da Atmosfera notavelmente constante entre o Nível Médio do Mar (NMM)
até a uma altitude de 300.000 pés, aproximadamente, e tendo o Oxigênio e o Nitrogênio como
gases mais abundantes na Atmosfera, do ponto de vista prático, no estudo dos efeitos da altitude
no corpo humano, o percentual de outros gases é considerado insignificante e é ignorado.
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O Ozônio (O3) também está presente e é produzido na parte mais alta da atmosfera pela radiação
solar. É um gás altamente tóxico que tem um impacto significativo nas funções respiratórias.
Grandes concentrações deste gás são encontradas entre 40.000 e 140.000 pés. Esta concentração
de Ozônio é importante, pois absorve a maioria dos Raios Ultravioletas, desse modo seleciona a
radiação, eliminando aquela potencialmente prejudicial, frequentemente associada ao câncer de
pele.
Baseado no campo da Medicina da Aviação e nas respostas fisiológicas do homem, a atmosfera
pode ser dividida em três zonas:
Zona Fisiológica: Na qual o corpo humano está bem adaptado, sendo o nível de Oxigênio nesta
zona suficiente para manter fisiologicamente normal e saudável um indivíduo sem a ajuda de
equipamentos especiais de proteção. Do NMM até 8.000 pés onde a pressão atmosférica é de
564,4 mmHg e a pressão parcial de Oxigênio é de 118,1mmHg, não há alterações orgânicas
significativas. Essa é a altitude média em que é pressurizada a cabine dos aviões.
Esta faixa da atmosfera, do NMM até 8.000 pés é a zona de reações normais ou zona indiferente
a partir daí até 10.000 ou 12.000 pés, sem Oxigênio e em repouso, a pessoa começa a apresentar
algumas alterações tais como: Taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos), Taquisfigmia
(aceleração do pulso), Taquipnéia (aceleração dos movimentos respiratórios), quando em
atividade estas manifestações são mais intensas, é a tentativa do organismo para impedir que as
células fiquem carentes de Oxigênio quando se está inspirando ar rarefeito; é a chamada zona de
reações orgânicas compensada. As mudanças de pressão encontradas em subidas e descidas
rápidas dentro desta zona podem ainda produzir problemas no ouvido ou cavidade nasal,
referentes à retenção de gases, entretanto, estes problemas são relativamente menores aos danos
fisiológicos ocasionados em grandes altitudes.
Zona Fisiologicamente Deficiente: Esta zona se estende de 10.000 pés a 50.000 pés. Deficiências
fisiológicas percebíveis começam a ocorrer acima de 10.000 pés, o organismo não consegue mais
compensar a baixa pressão parcial do Oxigênio no ar rarefeito da altitude. A diminuição de pressão
nesta zona resulta em deficiência de Oxigênio, o que é suficiente para causar Hipoxia Hipobárica e
outros problemas que também podem surgir devido à expansão e retenção dos gases. É a zona de
reações orgânicas descompensadas. E quanto maior for a altitude, mais sérios os problemas se
não dispuser de Oxigênio adicional.
• De 10.000 ou 12.000 pés: A pessoa começa a bocejar, ter inquietação, cefaléia (dor de
cabeça) e vertigens leves;
• Entre 12.000 e 14.000 pés: A pessoa passa a apresentar lassidão (fadiga, cansaço) e em
menos de 15 min altera-se a capacidade de avaliar corretamente a situação;
• Entre 14.000 e 16.000 pés: Intensifica-se rapidamente a lassidão e de acordo com o
temperamento do indivíduo, pode surgir euforia, se a pessoa for extrovertida, ou
depressão, se for taciturna; dependendo do temperamento, essa lassidão poderá ser
substituída por inquietação, irritabilidade, belicosidade ou hilaridade; começam a surgir
alterações da audição, como deixar de ouvir o ruído do motor e leves desmaios; a
capacidade de julgamento torna-se limitada; surgem tremores finos das extremidades,
com incoordenação e sensação de fadiga;
• De 16.000 a 20.000 pés: Acentuam-se os problemas acima descritos e surgem alterações
da olfação e gustação; se não houver correção do suprimento de Oxigênio ao organismo,
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Zona Equivalente ao Espaço: Do ponto de vista fisiológico, o espaço começa em 50.000 pés e o
suplemento de 100% de Oxigênio já não mais protegem o homem da Hipoxia. Os meios de
proteção individual a 50.000 pés ou acima são os mesmos usados quando realmente se está no
espaço (cabines pressurizadas e hermeticamente fechadas). Os problemas fisiológicos adicionais
que ocorrem dentro desta zona, que se estende de 50.000 pés a 120 milhas, são possíveis efeitos
da radiação e ebulição (Ebulismo) em um indivíduo desprotegido.
A fadiga diminui a tolerância pessoal à Hipoxia. Uma pessoa em boas condições físicas tem uma
tolerância bem maior à altura do que outra do tipo sedentária. Durante o período de tensão
(stress), o consumo de Oxigênio das pessoas não atletas é muito grande, mas por outro lado, uma
pessoa mediana e em boas condições físicas, irá se recuperar mais rapidamente da Hipoxia. Tal
pessoa mesmo nos limiares da consciência poderá em 20 ou 30 segundos recuperar totalmente as
suas faculdades mentais.
A respiração celular na presença de Oxigênio é chamada Aeróbica enquanto que na ausência deste
não há combustão e nem respiração Aeróbica, e sem respiração o ser humano não sobrevive mais
do que 5 min ao NMM. Com a altitude, esse tempo vai se reduzindo cada vez mais.
Através de testes realizados em câmaras de descompressão, estabeleceu-se o tempo aproximado
em que, na altitude e sem Oxigênio, a pessoa conserva a lucidez (TUL), que pode ser definido como
o tempo em que alguém pode fazer alguma coisa por si mesma, tal como ajustar corretamente a
máscara de oxigênio. Também chamado de TEMPO ÚTIL de CONSCIÊNCIA (TUC).
A diminuição do tempo útil de lucidez deve-se a um problema de Hipoxia Hipobárica. Sabe-se que
em fumantes, a existência de Monóxido de Carbono nos pulmões, reduz significativamente o
Oxigênio disponível para os tecidos do corpo, o mesmo ocorre com o álcool no organismo, que
mesmo tendo sido com antecedência de 18h, atua sobre as células e interfere na assimilação do
Oxigênio pelo corpo. Com efeito, durante o voo, multiplica-se por 2 ou 3 o efeito de cada drinque
ingerido. De acordo com varias experiências realizadas, foram obtidos os seguintes resultados para
o TUL:
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Vale ressaltar que esses valores são médios, uma vez que a tolerância pessoal á Hipoxia varia
consideravelmente entre os seres humanos.
7. Tipos de Hipóxia
A Hipóxia pode ser definida como uma deficiência de Oxigênio nos tecidos corporais, suficiente
para causar impedimento da função fisiológica. O aspecto mais ameaçador da Hipoxia é a sua
instalação traiçoeira. A tripulação pode estar envolvida nas atividades de voo e não perceber a
instalação dos efeitos da Hipoxia. Com a queda da pressão atmosférica nas grandes altitudes
poderão ocorrer as seguintes formas de Hipóxia:
É uma deficiência de Oxigênio no corpo devido à circulação pobre. Isto pode acontecer quando o
débito cardíaco não satisfaz às necessidades teciduais;
8. Disbarismo
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O Aeroembolismo está relacionado com a aviação, ocorrendo quando há rápida queda de pressão
interna da cabine ocasionada pela despressurização (ruptura de uma janela ou porta). E,
juntamente com a Hipóxia, são fatores que mais impedem e tornam difícil a sobrevivência do
homem nas grandes altitudes. O Oxigênio por máscara serve para prevenir a Hipóxia, mas não
dissolve as bolhas de Nitrogênio. Existem fatores que influenciam no surgimento e no grau do
problema, sendo alguns ambientais e alguns individuais. São fatores ambientais: a temperatura,
com o frio agravando o problema; nível de ruído e de vibrações locais. Uma maior presença de
vibrações a agitar os líquidos facilitaria a formação das bolhas. São fatores individuais: a espessura
do panículo (gordura subcutânea); a idade; as condições de circulação e respiração; o nível de
ansiedade e o grau de esforço físico exercido. A forma de apresentação do quadro depende do
grau e local de acumulação do gás:
• Forma Artrálgica, ou forma BENDS (do inglês, curvatura), devido à postura que o indivíduo
assume para diminuir a dor. Há dores articulares importantes, em especial em ombros,
cotovelos e joelhos. Ocorrem pela formação de bolhas nos tendões de inserção muscular
junto às articulações, sendo esta de maior ocorrência; além da posição viciosa do corpo,
artralgias acarretam tremores hipotonias e pseudoparalisias, por interferência nas funções
motoras.
• Forma Pruriginosa, ou ITCH (do inglês, coceira), devido ao intenso prurido que provoca, de
maior ocorrência no tronco e nas coxas, sendo conseqüência de embolia nos capilares da
pele deste local. Podem ocorrer também hemorragias cutâneas e enfisema cutâneo, esta
segunda forma é a mais comum. Em voo, só se apresentam em altitudes muito elevadas,
próximas a
• 30.000 pés, e devem-se à evaporação dos humores.
• Forma Pulmonar, é a mais rara delas, porém a mais séria. O grau de prejuízo pulmonar
pelas bolhas de gás pode ser muito severo, chegando a ser fatal. Nesta forma podem
ocorrer falta de ar, dor torácica, tosse e choque circulatório.
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Fig. 1 – Quando a Trompa de Eustáquio, agindo como uma válvula está em boas condições, se abre na
descida e permite o equilíbrio das pressões;
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A profilaxia da Aerotite é feita antes de qualquer outra coisa, impedindo que indivíduos portadores
de resfriados voem. O uso de adstringentes e o emprego de manobras (deglutir em seco, mastigar
e a manobra de Valsava) são outros meios profiláticos que devem ser considerados. O tratamento
da Aerotite consiste no uso de adstringentes, nas manobras que acabamos de citar e,
principalmente, em subir para depois descer bem lentamente.
9. Leis Gasosas
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DOENÇAS
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ÍNDICE - DOENÇAS
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DOENÇAS
1. Doenças Infectocontagiosas
1.1. Conceitos
SAÚDE: segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS): “Estado de completo bem-estar físico,
mental e social” e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade.
Como: Cuidados ao asseio corporal e aos bons hábitos – banho diário, escovação dentária (03
vezes ao dia) e lavagem das mãos. Cuidados com a alimentação.
• AIDS; • VARÍOLA;
• DST’s; • SARAMPO;
• GRIPE; • FEBRE TIFÓIDE;
• DIFTERIA; • HANSENIASE;
• TÉTANO; • TUBECULOSE;
• COQUELUCHE; • HEPATITE A, B, C, D, E;
• POLIOMIELITE; • MENINGITE MENINGOCÓCICA.
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• MALARIA; • ESQUITOSSOMOSE;
• DOENÇA DE CHAGAS; • DENGUE.
• FEBRE AMARELA;
• TUBERCULOSE; • COQUELUCHE;
• TÉTANO; • POLIOMIELITE.
• SARAMPO;
• MENINGITE MENINGOCÓCICA;
• DIFTERIA;
2. Doenças de Chagas
3. Malária
A malária ou paludismo é uma doença infecciosa aguda ou crônica causada por protozoários
parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada do mosquito Anopheles.
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Sinais e sintomas: A malária causada pelo protozoário P.falciparum caracteriza-se inicialmente por
sintomas inespecíficos, como dores de cabeça, fadiga, febre e náuseas. Estes sintomas podem
durar vários dias (seis para P.falciparum, várias semanas para as outras espécies). Sintomas
crônicos incluem a anemia, cansaço, debilitação com redução da capacidade de trabalho e da
inteligência. A malária causada pelo protozoário P.falciparum caracteriza-se inicialmente por
sintomas inespecíficos, como dores de cabeça, fadiga, febre e náuseas. Estes sintomas podem
durar vários dias (seis para P.falciparum, várias semanas para as outras espécies).
4. Esquistossomose
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A fase de penetração é o nome dado a sintomas que podem ocorrer quando da penetração da
cercária na pele, mas mais freqüentemente é assintomática, exceto em indivíduos já infectados antes.
Nestes casos, é comum surgir eritema (vermelhidão), reação de sensibilidade com urticária
(dermatite cercariana) e prurido ou pápulas na pele no local penetrado, que duram alguns dias.
Sinais e sintomas: Na fase inicial ou aguda, a disseminação das larvas pelo sangue e a divisão nos
pulmões e depois no fígado ativa o sistema imunitário surgindo febre, mal estar, cefaléias (dores de
cabeça), astenia (fraqueza), dor abdominal, diarreia sanguinolenta, dispnéia (falta de ar), hemoptise
(tosse com sangue), artralgias, linfonodomegalia e esplenomegalia, um conjunto de sintomas
conhecido por síndrome de Katayama. Nas análises sanguíneas há eosinofilia (aumento dos
eosinófilos, células do sistema imunitário antiparasitas). A produção de anticorpo pode levar à
formação de complexos que causam danos nos rins. Estes sintomas podem ceder espontaneamente
ou podem nem sequer surgir, mas a doença silenciosa continua. Os sintomas crônicos são quase
todos devidos à produção de ovos imunogênicos. Estes são destrutivos por si mesmos, com o seus
espinhos e enzimas, mas é a inflamação com que o sistema imunitário lhes reage que causa os
maiores danos. As formas adultas não são atacadas porque usam moléculas self do próprio hóspede
para se camuflar. Os sintomas desta fase crônica resumem – se a hepatopatias/enteropatias com
hepatomegalia, ascite, diarreia e patologias urinárias como disúria/hematúria, nefropatias, cancro da
bexiga.
O ciclo da Esquistossomose:
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Os ovos podem ser encontrados no exame parasitológico de fezes, mas nas infecções recentes o
exame apresenta baixa sensibilidade. Saneamento básico, havendo esgotos e água tratadas.
Prevenção: Erradicação dos caramujos que são hospedeiros intermediários da doença. Proteção dos
pés e pernas com botas de borracha com solado antiderrapante. Informar à população das medidas
profiláticas da doença. Evitar entrar em contato com água que contenha caramujos.
5. Cólera
A Cólera (ou cólera asiática) é uma doença causada pelo vibrião colérico (Vibrio cholerae), uma
bactéria em forma de vírgula ou bastonete que se multiplica rapidamente no intestino humano
produzindo uma potente toxina que provoca diarréia intensa. Ela afeta apenas os seres humanos e a
sua transmissão é diretamente dos dejetos fecais de doentes por ingestão oral, principalmente em
água contaminada. O vibrião da cólera é Gram-negativo e tem forma de uma vírgula com cerca de 1-
2 micrômetros. Possui flagelo locomotor terminal. Estes víbrios, tal como todos os outros, vivem
naturalmente nas águas dos oceanos, mas aí o seu número é tão pequeno que não causam infecções.
O víbrio é ingerido com água suja e multiplica-se localmente no intestino delgado proximal. Causa
diarréia aquosa intensa devido aos efeitos da sua poderosa enterotoxina. O vibrião não é invasivo e
permanece no lúmen do intestino durante toda a progressão da doença.
Período de incubação: Cerca de cinco dias. Após esse período começa abruptamente a diarréia
aquosa e serosa, como água de arroz. As perdas de água podem atingir os 20 litros por dia, com
desidratação intensa e risco de morte, particularmente em crianças. Como são perdidos na diarréia
sais assim como água, beber água doce ajuda, mas não é tão eficaz como beber água com um pouco
de sal.
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O risco de morte é de 50% se não tratada, sendo muito mais alto em crianças pequenas. A morte é
particularmente impressionante: o doente fica por vezes completamente mirrado pela desidratação,
enquanto a pele fica cheia de coágulos verde-azulados devido à ruptura dos capilares cutâneos. O
tratamento imediato é o soro fisiológico ou soro caseiro para repor a água e os sais minerais: uma
pitada de sal, meia xícara de açúcar e meio litro de água tratada. No hospital, é administrado, em
caráter de emergência, solução salina por via intravenosa.
6. Febre Amarela
É uma doença infecciosa transmitida por mosquitos contaminados por um flavivirus e ocorre na
América Central, na América do Sul e na África.
O Aedes aegypti transmite o vírus da febre amarela de 9 a 12 dias após ter picado uma pessoa
infectada. Em áreas de fronteiras agrícolas, existe a possibilidade de adaptação do transmissor
silvestre para o novo habitat.
O Aedes aegypti e o Aedes albopictus proliferam-se nas casas, apartamentos, etc. A fêmea do
mosquito põe seus ovos em qualquer recipiente que contenha água limpa, como caixas d'água,
cisternas, latas, pneus, cacos de vidro, vasos de plantas.
Período de incubação: De três a sete dias após a picada.
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Sinais e sintomas iniciais são inespecíficos como febre, cansaço, mal-estar e dores de cabeça e
musculares (principalmente no abdômem). Náuseas, vômitos e diarreia também surgem por vezes.
Os sintomas iniciais da febre amarela, dengue, malária e leptospirose são os mesmos. Portanto, é
necessário a realização de exames laboratoriais para a diferenciação. A confirmação do diagnóstico
de febre amarela não exclui a possibilidade de malária. Da mesma forma que a febre amarela, o
dengue e a malária também podem se tornar graves quando o indivíduo aparenta melhora.
7. Dengue
A síndrome de choque hemorrágico da dengue ocorre quando pessoas imunes a um sorotipo devido
à infecção passada já resolvida são infectadas por outro sorotipo. Os anticorpos produzidos não são
específicos suficientemente para neutralizar o novo sorotipo, mas ligam -se aos virions formando
complexos que causam danos endoteliais, produzindo hemorragias mais perigosas que as da infecção
inicial. A febre é o principal sintoma.
Período de incubação: 03 a 15 dias, sendo a média 5 a 6 dias.
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8. Peste
A condição inicial para o estabelecimento da peste foi a invasão da Europa pelo rato preto indiano
Rattus rattus (hoje raro). O rato preto não trouxe a peste para a Europa, mas os seus hábitos mais
domesticados e mais próximos das pessoas criaram condições para a rápida transmissão da doença.
Assim descreve Bocaccio os sintomas: "Apareciam, no c omeço, tanto em homens como nas
mulheres, ou na virilha ou nas axilas, algumas inchações. Algumas destas cresciam como maçãs,
outras como um ovo; cresciam umas mais, outras menos; chamava-as o povo de bubões. Em seguida
o aspecto da doença começou a altera r-se; começou a colocar manchas de cor negra ou lívidas nos
enfermos. Tais manchas estavam nos braços, nas coxas e em outros lugares do corpo. Em algumas
pessoas as manchas apareciam grandes e esparsas; em outras, eram pequenas e abundantes. E, do
mesmo mo do como, a princípio, o bubão fora e ainda era indício inevitável de morte, também as
manchas passaram a ser mortais".
Transmissão: As pulgas dos roedores recolhem a bactéria do sangue dos animais infectados, e
quando estes morrem, procuram novos hóspedes. Entretanto a bactéria multiplica-se no intestino da
pulga. Cães, gatos e seres humanos podem ser infectados, quando a pulga liberta bactérias na pele
da vítima. A Y. pestis entra então na linfa através de feridas ou micro abrasões na pele, como a da
picada da pulga.
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Outra forma de infecção é por inalação de gotas de líquido de espirros ou tosse de indivíduo doente.
A bactéria entra por pequenas quebras invisíveis da integridade da pele. Daí espalha -se para os
gânglios linfáticos, onde se multiplica.
Período de Incubação: De 2 a 6 dias, para peste bubônica. De 1 a 3 dias, no caso de peste pneumônica.
Sinais e sintomas: Após no máximo sete dias, em 90% dos casos surge febre alta, mal estar e os
bubos, que são protuberâncias azuladas na pele. São na verdade apenas gânglios linfáticos
hemorrágicos e inchados devido à infecção. A cor azul-esverdeada advém da degeneração da
hemoglobina. O surgimento dos bubos corresponde a uma taxa média de sobrevivência que pode ser
tão baixa como 25% se não for tratada. As bactérias invadem então a corrente sanguínea, onde se
multiplicam causando peste septicêmica.
A peste septicêmica caracteriza-se pelas hemorragias em vários órgãos. As hemorragias para a pele
formam manchas escuras, de onde vem o nome de peste negra. Do sangue podem invadir qualquer
órgão, sendo comum a infecção do pulmão.
A peste pneumônica pode ser um desenvolvimento da peste bubônica ou uma inalação direta de
gotas infecciosas expelidas por outro doente. Há tosse com expectoração sanguinolenta e purulenta
altamente infecciosa.
Notificação Complusória internacional e deve ser comunicada imediatamente, pela via mais rápida,
às autoridades sanitárias. A investigação é obrigatória.
9. Raiva
A raiva é uma zoonose viral, que se caracteriza como uma encefalite progressiva aguda e letal. Todos
os mamíferos são suscetíveis ao vírus da raiva e, portanto, podem transmití-la. O vírus rábico
pertence à ordem Mononegavirales, família Rhabdoviridae e gênero Lyssavirus.
Período de incubação: Desde dias até anos, com uma média de 45 dias, no homem, e de 10 dias a 2
meses, no cão. Em crianças, existe tendência para um período de incubação menor que no indivíduo
adulto.
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A profilaxia pré ou pós-exposição ao vírus rábico deve ser adequadamente executada, sendo ainda a
melhor maneira de prevenir a doença.
O paciente deve ser atendido na unidade hospitalar de saúde mais próxima, sendo evitada sua
remoção. Quando imprescindível, ela tem que ser cuidadosamente planejada. Manter o enfermo em
isolamento, em quarto com pouca luminosidade, evitar ruídos e formação de correntes de ar, proibir
visitas e somente permitir a entrada de pessoal da equipe de atendimento.
10. Leptospirose
É uma doença infecciosa febril de início abrupto, cujo espectro pode variar desde um processo
inaparente até formas graves. Trata-se de uma zoonose de grande importância social e econômica,
por apresentar elevada incidência em determinadas áreas, alto custo hospitalar e perdas de dias de
trabalho, como também por sua letalidade, que pode chegar a 40%, nos casos mais graves. Sua
ocorrência está relacionada às precárias condições de infra-estrutura sanitária e alta infestação de
roedores infectados.
As inundações propiciam a disseminação e a persistência do agente causal no ambiente, facilitando
a ocorrência de surtos. Causada por uma Bactéria helicoidal (espiroqueta) aeróbica obrigatória do
gênero Leptospira.
Sinais e sintomas: A leptospirose humana apresenta manifestações clínicas muito variáveis, com
diferentes graus de severidade. As manifestações clínicas variam desde formas assintomáticas e sub-
clínicas até quadros clínicos graves associados a manifestações fulminantes. Didaticamente, as
apresentações clínicas da leptospirose foram divididas considerando as fases evolutivas da doença:
fase precoce (fase leptospirêmica) e fase tardia (fase imune). A fase precoce da doença é
caracterizada pela instalação abrupta de febre, comumente acompanhada de cefaléia e mialgia e,
frequentemente, não pode ser diferenciada de outras causas de doenças febris agudas.
Em aproximadamente 15% dos pacientes, a leptospirose progride para a fase tardia da doença, que
é associada com manifestações mais graves e potencialmente letais. A manifestação clássica da
leptospirose grave é a síndrome de Weil, caracterizada pela tríade de icterícia, insuficiência renal e
hemorragias, mais comumente pulmonar.
Tratamento: A antibioticoterapia está indicada em qualquer período da doença, mas sua eficácia
parece ser maior na 1ª semana do início dos sintomas.
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Prevenção: Controle da população de roedores, eliminação de entulhos e lixos, evitar entrar em água
de enchente, higiene com alimentos.
11. Tétano
Sinais e sintomas:
• Febre baixa ou ausente;
• Hipertonia dos músculos: Pescoço, rosto, membros superiores e inferiores, entre outros – as
contrações ocorrem por estímulos externos.
Prevenção: A prevenção é feita principalmente pela vacinação da população, pela rotina e pelos
reforços a cada 10 anos. A população também deve ser ensinada de que todos os ferimentos sujos,
fraturas expostas, mordidas de animais e queimaduras devem ser bem limpos e tratados
adequadamente para não proliferar a bactéria pelo organismo.
12. Tuberculose
Chamada antigamente de “peste cinzenta”, e conhecida também em português como tísica pulmonar
ou “doença do peito”. É causada por uma bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis. A
tuberculose se dissemina através de gotículas no ar que são expelidas quando pessoas com
tuberculose infecciosa tossem, espirram, falam ou cantam. Só 10% dos pacientes infectados pelo M.
tuberculosis evoluem para o quadro da doença.
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Sinais e sintomas:
• Tosse (por mais de 15 dias);
• Febre (mais comumente ao entardecer);
• Suores noturnos;
• Falta de apetite;
• Emagrecimento;
• Cansaço fácil;
• Dificuldade na respiração;
• Eliminação de sangue e acúmulo de pus na pleura pulmonar são característicos em casos mais
graves.
Prevenção: A imunização com vacina BCG dá entre 50% a 80% de resistência à doença. Em áreas
tropicais onde a incidência de mycobactérias atípicas é elevada (a exposição a algumas
"mycobacteria" não transmissoras de tuberculose dá alguma proteção contra a TB), a eficácia da BCG
é bem menor.
Sinais e sintomas: A meningite pode causar inúmeras complicações e sequêlas neurológicas, como
epilepsia, infartos cerebrais e retardo mental em crianças. Por esse motivo o tratamento precisa ser
rápido. Inicialmente, os sintomas resultam da infecção e a seguir do aumento na pressão
intracraniana, podendo cursar com:
• Dor de cabeça (cefaléia);
• Febre alta e vômitos;
• Fotofobia;
• Irritabilidade, delírio e convulsões;
• Rigidez da nuca, ombro ou das costas;
• Aparecimento de petéquias (geralmente nas pernas), podendo evoluir até grandes lesões
equimóticas ou purpúricas;
• Resistência à flexão do pescoço.
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Tratamento: Para uma maior eficiência, o tratamento deve ser específico para o agente etiológico
envolvido. No caso de meningites virais não há tratamento específico, mas essas tendem a ser
infecções menos graves e auto-limitadas. Para as infecções bacterianas, o tratamento deve ser o mais
rápido possível, pois a doença pode levar à morte ou a seqüelas neurológicas graves.
Prevenção: Vacinação, manter ambiente ventilado e não permitir contato com pessoas doentes.
14. Hepatite
Hepatites Virais: Considerada a maior pandemia mundial da atualidade. 60 a 80% cronificam em 15-
20 anos, evoluindo para cirrose hepática, e 1 -2% para hepatocarcinoma. Quadro clínico (primeiros 3
a 10 dias – pródromo):
• Febre,
• Mal-estar,
• Inapetência,
• Mialgia,
• Cefaléia,
• Náuseas,
• Adinamia.
Quanto mais sintomática for a fase aguda da doença, maior a chance da doença hepática se cronificar.
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Hepatite A: É uma hepatite infecciosa aguda causada pelo vírus da hepatite A. Altamente contagiosa,
sua transmissão é do tipo fecal oral, ou seja, ocorre contaminação direta de pessoa para pessoa ou
através do contacto com alimentos e água contaminados, e os sintomas iniciam em média 30 dias
após o contágio. É mais comum onde não há ou é precário o saneamento básico. A falta de higiene
ajuda na disseminação do vírus.
O uso na alimentação de moluscos e ostras de águas contaminadas com esgotos e fezes humanas
contribui para a expansão da doença. Uma vez infectada, a pessoa desenvolve imunidade
permanente. Existe vacina segura para hepatite A. Os sintomas são de início súbito, com febre baixa,
fadiga, mal estar, perda do apetite, sensação de desconforto no abdome, náuseas e vômitos. Pode
ocorrer diarreia. A icterícia desaparece em torno de duas a quatro semanas. É considerada uma
hepatite branda, pois não há relatos de cronificação e a mortalidade é baixa. Não existe tratamento
específico. O paciente deve receber tratamento sintomático e tomar medidas de higiene para
prevenir a transmissão para outras pessoas. Pode ser prevenida pela higiene e melhorias das
condições sanitárias, bem como pela vacinação. É conhecida como a hepatite do viajante.
Hepatite C: Pode ser adquirida através de transfusão sanguínea, tatuagens, uso de drogas, piercings
e em manicure; é de grande preocupação para a Saúde Pública. A grande maioria dos pacientes é
assintomática no período agudo da doença, mas podem ser semelhantes aos das outras hepatites
virais. A hepatite C é perigosa porque pode cronificar e provocar a cirrose hepática e o
hepatocarcinoma, neoplasia maligna do fígado.
Prevenção: É feita evitando-se o uso de materiais cortantes ou agulhas que não estejam devidamente
esterilizadas. Recomenda-se o uso de descartáveis de uso único, bem como material próprio em
manicures. Não existe vacina para a hepatite C e é considerada pela Organização Mundial da Saúde
como o maior problema de saúde pública, é a maior causa de transplante hepático e transmite-se
pelo sangue mais facilmente do que a AIDS.
Hepatite D: Causada por RNA-vírus (tão pequeno que é incapaz de produzir seu próprio envelope
protéico e de infectar uma pessoa), só tem importância quando associada à hepatite B, pois a
potencializa. Isoladamente parece não causar infecção. Geralmente encontrado em pacientes
portadores do vírus HIV.
Hepatite E: É uma hepatite infecciosa aguda causada pelo vírus da hepatite E, que se pode curar de
forma subclínica. Sua transmissão é do tipo fecal oral, através do contato com alimentos e água
contaminados, e os sintomas iniciam em média 30 dias após o contágio. É mais comum após
enchentes. Não existe vacina para hepatite E. Os sintomas são de início súbito, com febre baixa,
fadiga, mal estar, perda do apetite, sensação de desconforto no abdome, náuseas e vômitos. Pode
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ocorrer diarréia. É considerada uma hepatite branda, apesar de risco aumentado para mulheres
grávidas, principalmente no terceiro trimestre gestacional, que podem evoluir com hepatite
fulminante. Pode ser prevenida através de medidas de higiene, devendo ser evitado comprar
alimentos e bebidas de vendedores ambulantes.
15. AIDS
A Aids é uma doença que representa um dos maiores problemas de saúde da atualidade, em função
do seu caráter pandêmico e de sua gravidade. Os infectados pelo vírus da imunodeficiência humana
(HIV) evoluem para uma grave disfunção do sistema imunológico, à medida que vão sendo destruídos
os linfócitos.
O HIV pode ser transmitido por via sexual (esperma e secreção vaginal); pelo sangue (via parenteral
e vertical); e pelo leite materno.
Sinais e sintomas: A infecção aguda apresenta viremia elevada, quanto por resposta imune intensa
e rápida queda na contagem de linfócitos CD4+ de caráter transitório. Os pacientes podem apresentar
sintomas de infecção viral como febre, adenopatia, faringite, mialgia, artralgia, rash cutâneo
maculopapular eritematoso; ulcerações mucocutâneas envolvendo mucosa oral, esôfago e genitália;
hiporexia, adinamia, cefaléia, fotofobia, hepatoesplenomegalia, perda de peso, náuseas e vômitos.
Alguns pacientes, ainda, podem apresentar candidíase oral, neuropatia periférica, meningoencefalite
asséptica e síndrome de Guillain-Barré.
3. Infecções por fungos: candidíase da boca e do esôfago (por Candida albicans, uma levedura);
pneumonia por Pneumocystis carinii; Criptococose, Histoplasmose, Coccidiomicose.
4. Infecções por parasitas: Toxoplasmose, Criptosporidiose, IsosporidioseNeoplasias: câncros
como linfoma e linfoma de Hodgkin, causado pelo vírus Epstein-Barr, sarcoma de Kaposi.
Comportamentos de risco incluem qualquer pessoa sexualmente ativa com múltiplos parceiros sem
utilização de preservativos de barreira, a utilização de agulhas na toxicodependência; filhos recém-
nascidos de soropositivas. A transmissão é por fluidos corporais de origem sanguínea. O HIV não é
transmitido por toque casual, espirros, tosse, picadas de insetos, água de piscinas, ou objetos tocados
por soropositivos. O convívio social, portanto, não está associado à transmissão do vírus. O
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sexo anal é a prática sexual de mais alta taxa de transmissão. Hoje em dia, a troca de seringas
infectadas é uma das formas de transmissão mais freqüentes.
O diagnóstico da infecção pelo HIV é naturalmenterealizado por sorologia, ou seja, detecção dos
anticorpos produzidos contra o vírus com um teste ELISA. Eles são sempre os primeiros a serem
efectuados, contudo dão resultados positivos falsos, por vezes. Por isso é efetuado nos casos
positivos um teste, muito mais específico e caro, de Western Blot, para confirmar antes de se
informar o paciente. Eles não detectam a presença do vírus nos indivíduos recentemente infectados.
Prevenção: Campanhas de informação e sensibilização, sobretudo junto aos jovens. Por exemplo,
deve-se comunicar que a prevenção é feita utilizando preservativos nas relações sexuais
concomitantemente com a redução do número de parceiros.
Calcula-se que as primeiras infecções ocorreram em África na década de 1930. Julga-se que foi
inicialmente contraído por caçadores africanos de símios que provavelmente se feriram e, ao carregar
o animal, sujaram a ferida com sangue infectado deste. O vírus teria, então, se espalhado nas regiões
rurais de modo extremamente lento, tendo migrado para as cidades com o início da grande onda de
urbanização em África nos anos 1960.
A sua designação, que começou por ser a sigla do nome completo da doença em português, passou
a ser considerada palavra no decorrer dos anos 1990. É fundamental esclarecer que no Brasil se utiliza
o termo "AIDS" porque "SIDA" tem o mesmo som que "Cida", que é reduçãodo nome "Aparecida";
assim, houve uma grande reação contrária ao uso de um nome próprio muito comum para designar
esta síndrome.
A gripe suína refere-se à gripe causada pelas estirpes de vírus da gripe, chamadas vírus da gripe suína,
que habitualmente infectam porcos.
Em seres humanos, os sintomas de gripe A (H 1N1) são semelhantes aos da gripe e síndrome gripal
em geral, nomeadamente calafrios, febre, garganta dolorida, dores musculares, dor de cabeça
forte, tosse, fraqueza, desconforto geral e, em alguns casos, náusea, vômito e diarreia.
O vírus é transmitido de pessoa para pessoa, e o papel do suíno na emergência desta nova estirpe de
vírus encontra-se sob investigação. Contudo, é certo que não há qualquer risco de contaminação
através da alimentação de carnes suínas cozidas. Cozinhar a carne de porco a 71°C mata o vírus da
influenza, assim como outros vírus e bactérias.
A gripe suína é endêmica em porcos. A transmissão entre pessoas e suínos pode ocorrer de forma
directa ou indirecta, através das secreções respiratórias, ao contactar ou inalar partículas infectadas.
O quadro clínico da infecção pelo vírus da gripe suína é em geral idêntico ao de uma gripe humana
sazonal.
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A transmissão de gripe suína de porcos a humanos não é comum e carne de porco correctamente
cozida não coloca risco de infecção. Quando transmitido, o vírus nem sempre causa gripe em
humanos, e muitas vezes o único sinal de infecção é a presença de anticorpos no sangue, detectáveis
apenas por testes laboratoriais.
Progressão, sintomas e tratamento: Assim como a gripe humana comum, a Influenza A (H1N1)
apresenta como sintomas febre repentina, fadiga, dores pelo corpo, tosse, coriza, dores de garganta
e dificuldades respiratóriasAlgumas organizações religiosas também orientaram aos fiéis evitar
abraços, apertos de mãos ou qualquer outro tipo de contato físico para impedir a dispersão do vírus
durante os cultos religiosos.
Grupos de risco: Desde que as mortes em decorrência a gripe suína foram identificadas alguns grupos
de risco foram observados. São eles:
• Gestantes;
• Idosos (maiores de 65 anos) – neste grupo existe uma situação especial pois os idosos
tem sido poupados da morte;
• Crianças (menores de 2 anos);
• Doentes crônicos;
• Problemas cardiovasculares, exceto hipertensos;
• Asmáticos;
• Portadores de doença obstrutiva crônica;
• Problemas hepáticos e renais;
• Doenças metabólicas;
• Doenças que afetam o sistema imunológico;
• Obesos.
Vibração é qualquer movimento que alterna repetidamente de direção. Na cabine de uma aeronave
em voo, as vibrações são complexas, e provenientes do deslocamento do aparelho na atmosfera
(ruído aerodinâmico) e do trabalho dos motores. Dependendo de sua frequência, as vibrações são
classificadas em: Acústicas, infrassônicas e ultra-sônicas. Ruídos são sons indesejáveis porque causam
desprazer e desconforto em quem os ouve. Sons são movimentos vibratórios que se propagam
através dos sólidos, líquidos e gasosos e são captados pelo aparelho auditivo.
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A intensidade dos sons e ruídos é medida em Decibéis(dB) e a frequência em ciclos por segundo ou
Hertz (Hz). O ouvido humano é capaz de ouvir sons que estão na faixa de percepção que vai de 20 a
20.0Hz. Abaixo de 20 Hz estão os infrassons e acima de 20.000 Hz os ultrassons. A faixa mais utilizada
pelo homem esta entre 500 a 6.000 Hz. O limiar de conforto auditivo para o ouvido humano está em
85 dB. Ainda quanto à intensidade dos sons, num domicilio sossegado alcança 40 dB; em uma cidade
com grande tráfego, 90 dB; numa conversação 70 db e no interior da cabine de um quadrimotor a
pistão, 110 dB e na cabine de jatos modernos já foram encontrados níveis de 85 dB.
O processo de transpiração do corpo humano tem por objetivo estabilizar a temperatura corporal.
Com a baixa umidade relativa do ar, o suor evapora muito mais rápido e resfria o corpo mais
facilmente, assim, sentimos que a temperatura está muito menor que a temperatura real. O
resultado pode ser sentido pelo ressecamento da pele, surgimento de doenças respiratórias,
desidratação, sangramento pelo nariz ou irritação nos olhos.
Com a umidade relativa de 100%, o suor da transpiração da pessoa não irá evaporar no ar, o que faz
com que o clima pareça estar muito mais quente do que a temperatura indicada nos termômetros.
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A chamada sensação térmica está relacionada à diferença de percepção entre a temperatura real e a
percebida. Quando a umidade relativa é de 100%, isso quer dizer que o ar está totalmente saturado
com vapor d’água, criando assim, neste caso, a possibilidade de chuva.
O que causa desconforto não é o calor, mas sim a umidade. O seu conforto depende tanto da
temperatura do ar como de sua umidade relativa. Apesar da temperatura na aeronave ser facilmente
regulada para um nível agradável, o mesmo não acontece com a umidade relativa do ar, com isto os
tripulantes estão expostos, durante o voo, a um ar bastante seco, principalmente em voos de longa
distância.
17.3. Radiações
Radiação é qualquer propagação de energia, através do espaço, a partir de uma fonte em todas as
direções. São ondas eletromagnéticas ou partículas que se propagam com uma determinada
velocidade. Contém energia, carga elétrica e magnética, podendo ser geradas por várias fontes
naturais ou por dispositivos construídos pelo homem. Possuem energia variável desde valores
pequenos até muito elevados. Dependendo da quantidade de energia, uma radiação pode ser
descrita como Ionizante e Não Ionizante.
• Radiações Não Ionizantes: Possuem relativamente baixa energia e estão sempre a nossa
volta. Ondas eletromagnéticas como a luz, calor, raios infravermelhos, raios ultravioletas e
ondas de rádio são formas comuns de radiações não ionizantes. Sem elas nós não poderíamos
apreciar um programa de TV ou cozinharmos no forno de micro-ondas.
• Radiações Ionizantes: Com alto nível de energia, são originadas do núcleo de átomos. Podem
alterar o estado físico de um átomo e causar a perda de elétrons, tornando-os eletricamente
carregados. Este processo chama-se de IONIZAÇÃO. Possui energia suficiente para ionizar
átomos e moléculas. Pode ainda danificar nossas células e afetar o material genético (DNA),
causando doenças graves, como o câncer, podendo ainda levar à morte. São exemplo de
radiações ionizantes as partículas alfa, beta (elétrons e prótons), os raios gama, raios-X e
nêutrons.
A maior parte das radiações ionizantes é retida e desintegrada pela atmosfera de modo que, em
condições normais, só chegam até nós doses de radiações compatíveis com a nossa vida. Na aviação
comercial, a absorção de radioatividade por tripulantes e passageiros é a mesma das pessoas que
estão em terra. Nos aviões supersônicos, censores de nêutrons transformam a energia radioativa em
luminosa (branca, amarela ou vermelha) alertando o piloto que imediatamente baixará o avião.
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Há uma progressiva queda da temperatura com o aumento da altitude, na razão de 2°C para cada
1000 pés. Essa queda de temperatura é causada pela diminuição do reflexo calórico da superfície
terrestre e pela queda progressiva da pressão atmosférica com o aumento da altitude.
Concomitantemente, há um aumento do grau de luminosidade, por se tornarem mais intensas as
radiações solares e a atuação dos raios cósmicos, que surgem logo abaixo de 35.000 pés, para
desaparecerem logo acima. Obs: Efeitos sobre o organismo, ver em PS.
O Jet Lag é uma fadiga de viagem, é uma condição fisiológica que é uma consequência de alterações
no Ritmo Circadiano. Essas alterações podem provocar uma mudança do trabalho do organismo. O
organismo de uma pessoa está acostumado com o tempo de rotação da Terra (período de 24h, ritmo
Circadiano) e quando se viaja em um avião mudando de meridiano, pode ocorrer que o dia passe
mais rápido e provoque o Jet Lag. Acredita-se que a condição é o resultado do rompimento do ciclo
LUZ/ESCURIDÃO, podendo ser provocado também por outros fatores.
O Jet Lag ocorre como consequência de viagens através de vários fusos horários, o que se tornou
comum com as viagens a jato e daí o nome (Jet - jato; Lag - diferença de horário). Desta maneira,
após uma viagem passando por vários fusos horários, a pessoa se sente como se o relógio interno
dela (Relógio Biológico) não estivesse no mesmo do horário local.
Causas: Quando uma pessoa viaja entre vários fusos horários, o relógio biológico não fica de acordo
com o horário do destino, pois o ritmo dia/noite em que a pessoa estava acostumada é alterado
(modificado). O padrão natural do corpo é mudado, como por exemplo, as horas das refeições, de
repouso e regulação hormonal já não correspondem ao novo ambiente. Deste o momento da
chegada ao destino e adaptação ao horário local, a pessoa está sofrendo o Jet Lag. A rapidez com o
corpo se ajusta ao novo horário varia de pessoa para pessoa. Enquanto algumas demoram muitos
dias para se adaptarem, outras demoram poucas horas.
Não é considerado Jet Lag viajar por apenas uma ou duas zonas de fuso horário. Esta condição não
esta baseada no tamanho do voo, mas sim na distância transmeridiana viajada (Leste/Oeste). Um voo
entre Frankfurt e Johanesburgo, a rota está marcada na mesma zona de fuso horário, logo, não causa
Jet Lag, enquanto um voo entre New York e Los Angeles pode causar. Uma diferença de 20h causa
apenas 4h de Jet Lag, porém paradas podem complicar esta aritmética. Outras causas para o Jet Lag
podem ser várias noitadas seguidas, pois o organismo habitua-se a dormir a uma dada hora e demora-
se a recuperar as horas de sono perdidas e o regresso à normalidade fica então comprometido.
Pilotos e comissários utilizam-se de outros recursos a fim de minimizar os efeito do Jet Lag, tais como:
nas viagens com breve estada, continuam a fazer tudo de acordo com os horários do seu ponto de
partida, regulando seus repousos e refeições como se não houvessem mudado de fuso. Caso
necessitem passar maus de uma semana fora de casa, a primeira medida é alterar o horário do relógio
biológico desde o momento da decolagem, agindo a partir daí, de acordo com o fuso do local de
destino. Deste modo o organismo começa a se habituar ás novas condições que irá encontrar.
Quando alterado, o ritmo circadiano volta à normalidade dentro de aproximadamente 48h.
Durante a execução das atividades aéreas, os tripulantes são exigidos ao máximo quanto à atenção,
coordenação, estresse e respostas. Todos estes elementos são fundamentais para a execução segura
de um bom voo. Diante deste quadro, fica claro que a condição psíquica e física de um tripulante
conta tanto quanto o seu treinamento. Os principais fatores de fadiga relacionados ao trabalho
incluem o biorritmo dos trabalhadores, rotinas, turnos e dependência de drogas. Sendo algumas das
principais causas desta fadiga:
Analisando estas causas e relacionando-as com a atividade aérea, evidenciam-se muitos fatores
contribuintes e causadores de estresse presente na tripulação de uma aeronave, onde os tripulantes
são submetidos a uma carga de trabalho.
Visando um voo seguro, todo o tripulante deve se preocupar em manter uma rotina adequada para
a manutenção do seu corpo, com uma alimentação adequada, prática de exercícios físicos a fim de
evitar o sedentarismo, controle das horas de sono (ciclo circadiano) e não utilizar nenhum tipo de
droga. Mesmo um simples analgésico ou antitérmico pode prejudicar em muito o desempenho do
tripulante nas suas atividades profissionais.
Mantendo hábitos saudáveis certamente o tripulante conseguirá obter melhores resultados nas
diversas situações e fases de um voo, contribuindo para a segurança do voo e sua qualidade de vida,
visto que encontramos na atividade aérea grande exposição ao estresse e carga de trabalho,
assim como escalas de trabalho em turnos variados, exigindo um ótimo estado de saúde física e
mental.
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Quando alcança seu maior grau se chama Estafa e é decorrente da não observação dos períodos de
repouso após cada episodio agudo de fadiga. É a repetição de quadros de fadiga aguda que leva a
fadiga crônica. Nesses casos, o tripulante apresenta: irritabilidade, insônia e muitas vezes, ptesiofobia
(medo de voar). Nos casos mais graves, chega a apresentar graus mais intensos de neuroses, o que
certamente o incapacitará para o voo.
A fadiga aérea, portanto, poderá se refletir diretamente sobre a conduta profissional do aeronauta
ocasionando:
17.8. Mal do Ar
O Mal do Ar ou Aerocinetose (enjoo a bordo) é uma síndrome causada por um conjunto de sintomas
resultantes de um desequilíbrio neurovegetativo, psíquico e sensorial. Ocasionado pelos movimentos
complexos do avião durante o voo, tais como:
Todavia, nem todas as pessoas apresentam enjoo a bordo e as que manifestam esse quadro são as
suscetíveis (vagotônicas), comum à predisposição constitucional, ou ainda, devida, por exemplo, a
uma reação emocional do tipo medo de voar (ptesiofobia). Essas pessoas, com facilidade apresentam
náuseas, palidez da pele, prisão de ventre, instabilidade cardiovascular e hipotensão arterial. Tendem
à salivação abundante, à fadiga fácil, a depressão, vertigens e sonolência.
Além das reações vagotônicas, também pode causar o Mal do Ar a hiperexcitabilidade do labirinto, a
hiperexcitabilidade oculomotora, os estímulos táteis, o deslocamento de vísceras, massas sanguíneas
e o estímulo olfativo. Inicialmente, o passageiro apresenta palidez da pele e sudorese, em seguida
ocorre hipotensão, hipotermia, náuseas e vômitos. Concomitantemente, há excitabilidade do
labirinto, o que dificulta saber qual a causa primaria do enjoo. Poderá ocorrer, ainda, cefaléia,
vertigem, sonolência, micções frequentes e alterações do ritmo circadiano.
Algumas medidas podem ser tomadas pelos tripulantes a fim de minimizar tais sintomas, tais como:
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PRIMEIROS
SOCORROS
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PRIMEIROS SOCORROS
1. Introdução
1.1. Definição
Primeiros socorros é definido como o auxílio dado a uma pessoa, de forma temporária e imediata,
até a chegada de ajuda profissional. O foco é o atendimento inicial, com o objetivo de manter os
sinais vitais e evitar ou diminuir o agravamento da situação da vítima.
É importante frisar que, no geral, as medidas de primeiros socorros serão simples e rápidas, de forma
que possam ser executadas por qualquer pessoa treinada.
Prestar primeiros socorros é parte integrante da profissão do comissário de voo. A lei no13.475, que
regula a profissão do aeronauta, prevê a responsabilidade desse profissional pela segurança a bordo.
O RBAC 121 prevê que os tripulantes sejam devidamente treinados para atender “enfermidades,
contusões, ferimentos e outras situações envolvendo passageiros e tripulantes”. A regulação também
prevê que o comissário deve estar familiarizado com o conjunto de emergências médicas, ou seja, o
material de primeiros socorros disponível na aeronave.
O RBAC 121 determina que “para tratamento de ferimentos, eventos médicos ou acidentes menores que
podem ocorrer durante o voo, cada avião deve levar a bordo”:
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O kit de primeiros socorros deve seguir um padrão mínimo de recursos, estar dentro do prazo de
validade, devidamente lacrado, em lugar de fácil acesso e pronto para o uso. Poderá ser utilizado
para prestação de primeiros socorros pela tripulação e médicos e/ou enfermeiros.
É importante que o comissário esteja familiarizado com o conteúdo do conjunto, para que possa
disponibilizá-los aos passageiros em caso de necessidade.
As medicações sugeridas a seguir podem ser incluídas quando permitido pelos regulamentos
nacionais:
• Analgésicos de ação leve a moderada
• Antieméticos
• Descongestionante nasal
• Antiácido
• Anti-histamínico
Por conter medicações que necessitam, obrigatoriamente, de prescrição médica, esse kit somente
poderá ser aberto mediante identificação de profissional que apresente carteira de registro em CRM
(Conselho Regional de Medicina).
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• Estetoscópio e esfignomanômetro
• Cânulas orofaríngeas
• Seringas e agulhas
• Catéteres endovenosos
• Lenços antissépticos
• Luvas (descartáveis)
• Recipiente (caixa) para descarte
• Catéter urinário
• Sistema para administração de fluidos
• Torniquete venoso
• Catéter traqueal de emergência
• Clamp umbilical
• Termômetros
• Cartões informativos de SBV
• Ambú
• Lanterna e baterias
• Epinefrina 1:1 000
• Anti-histamínico – injetável
• Dextrose 50% (ou equivalente) – injetável: 50 ml
• Cápsulas de Nitroglicerina, ou spray
• Analgésicos potentes
• Sedativo anticonvulsivante – injetável
• Antiemético – injetável
• Broncodilatador – inalável
• Atropina – injetável
• Adrenocorticosteróide – injetável
• Diurético – injetável
• Medicação para sangramento pós-parto
• Cloreto de Sódio (NaCl) 0.9% (mínimo 250 ml)
• Ácido acetilsalicílico (aspirina)
• Beta-bloqueador oral
Por enquanto, não há a exigência de Desfibrilador Externo Automático (DEA) a bordo de aeronaves
comerciais brasileiras. Trata-se do equipamento capaz de administrar um “choque” na vítima,
corrigindo ritmos anormais do coração. Comissários que tripulam aeronaves com esse tipo de recurso
são treinados pelas companhias.
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indicando LO), com fluxo de 2 litros por minuto e deve ser utilizada em crianças.
O sistema deve ser utilizado para atendimento de insuficiências
respiratórias, ou seja, quando passageiros ou tripulantes apresentam sinais
de necessidade de suplementação de oxigênio.
Começaremos com o conjunto de habilidades mais importante para um socorrista treinado: o suporte
básico de vida. Trata-se de um protocolo internacional da American Heart Association, que guia o
reconhecimento e atendimento a uma parada cardiorrespiratória. Essas habilidades podem ser
utilizadas por qualquer pessoa treinada, seja ela leiga ou profissional de saúde.
Ocorre quando o coração desenvolve um ritmo anormal e não consegue bombear o sangue. Isso pode
ocorrer devido a traumas (acidentes), infarto, doenças do coração, uso de drogas, grandes
hemorragias (sangramentos) e muitos outros motivos. Podemos entender esse momento como o
“início do processo de morte”.
Em espaço de segundos, a vítima para de responder e respirar, sendo que a morte ocorre em minutos
quando a vítima não recebe tratamento. Após uma parada cardiorrespiratória, a pessoa perde a
consciência em cerca de 10 a 15 segundos.
Tenha em mente que parada cardiorrespiratória é um problema de ritmo cardíaco e é diferente de
infarto. O infarto do coração é um problema de bloqueio de artérias (“problema de tubulação”), já a
parada cardíaca é um problema de batimentos ineficientes. Um infarto agudo do miocárdio (infarto
do coração) pode levar a vítima a uma parada cardíaca.
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3. Acionamento do socorro/ajuda
4. Verificação de respiração
5. Verificação de pulso
6. Execução das compressões cardíacas
7. Execução das ventilações artificiais
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Uma vítima pode apresentar gasping, que consiste em inspirar muito rapidamente, de maneira
espaçada, soando como um suspiro, ronco ou gemido. Isso não é considerado uma respiração normal.
Pulso Braquial
Pulso carotídeo
Mantenha os braços esticados e alinhe os ombros às mãos. Comprima a uma velocidade de 100 a 120
compressões por minuto. Em adultos, a compressão deve ter profundidade de 5 a 6 cm.
Em crianças, deve ter profundidade de, pelo menos, um terço do tórax. Espere o retorno total do
tórax após cada compressão e limite as interrupções nas compressões a menos de 10 segundos
Em aeronaves, você terá acesso ao dispositivo bolsa-máscara, conhecido por profissionais como
Ambu. Esse recurso é usado para fornecer ventilação com pressão positiva, com ou sem
suplementação do cilindro de oxigênio.
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É importante abrir as vias aéreas, posicionar corretamente o dispositivo e selar adequadamente para
evitar perda de ar.
Para todas as técnicas de ventilação: se o tórax não se elevar, tente rapidamente ajudar posição e
selamento. Após segunda tentativa, mesmo que esse seja eficaz, retome as compressões. Continue
com o ciclo de compressões e ventilações e reveze com o restante dos socorristas quando houver
fadiga. O espaço confinado das aeronaves pode ser um desafio, mas não deve comprometer a
qualidade da reanimação cardiopulmonar (RCP).
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• Fique de pé ou joelhos por trás da vítima e passe os braços em torno de sua cintura
• Cerre uma das mãos
• Coloque o polegar da mão cerrada contra o abdome, bem abaixo do apêndice xifoide (boca
do estômago)
• Segure e cubra o punho com a outra mão e pressione com compressão rápida, vigorosa e em
sentido ascendente
• Repita até que o objeto seja expelido ou a vítima pare de responder
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Posicione-o de barriga para cima em sua outra perna, administrando cinco compressões torácicas
rápidas, no meio do peito, entre os mamilos.
Prossiga com o procedimento até que o objeto seja expelido ou o lactente pare de responder
(“desmaie”, “desfaleça”). Se não houver mais resposta, inicie reanimação cardiopulmonar
imediatamente.
Não realize varredura digital às cegas (tentar tirar o objeto sem vê-lo ou com pouca visibilidade), pois
isso pode empurrar o corpo estranho para dentro da via aérea, provocando obstrução maior ou
alguma lesão.
4. Emergências Clínicas
As emergências clínicas são definidas como “estados graves de saúde que não foram causados por
nenhum fator externo e são, normalmente, consequências de doenças pré-existentes”. Essas
emergências são aquelas não relacionadas a fatores externos, como acidentes e queimaduras.
Também são conhecidas popularmente como “mal súbitos” e são problemas “de dentro para fora”.
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Ao socorrer uma pessoa já desmaiada, faça a avaliação inicial (responsividade, pulso e respiração). Se
ela respira e tem pulso, mantenha-a deitada e eleve suas pernas. Afrouxe roupas e mantenha o
ambiente arejado. Se houver vômito, lateralize sua cabeça para evitar aspiração (esgasgo). Após
recuperação de consciência, ofereça bebidas açucaradas.
Trata-se da morte (necrose) do músculo cardíaco (miocárdio) após um bloqueio em alguma artéria
que leva sangue ao coração (coronarianas). Este bloqueio acarreta deficiência do fluxo sanguíneo e a
falta de recebimento de sangue pelas células do coração resulta em falta de oxigênio e morte. Em
cerca de 95% dos casos, este bloqueio está relacionado a uma obstrução de artérias por deposição
de gordura (arteriosclerose). Esse acúmulo está relacionado, principalmente, à hábitos alimentares e
de saúde.
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Popularmente conhecido como “derrame”, é uma das principais causas de morte, incapacidade
adquirida e internações em todo o mundo. Existem dois tipos: isquêmico e hemorrágico. O primeiro
é causado por um bloqueio do fluxo sanguíneo por um “coágulo” e o segundo é relacionado a um
sangramento causado por ruptura de um vaso sanguíneo.
Em ambos os casos, o suprimento de sangue para as células que compõem o sistema nervoso
(neurônios) é comprometido, resultando em morte celular.
Os sinais e sintomas são essencialmente neurológicos e o atendimento ao AVC/AVE é totalmente
dependente do tempo. Quanto mais rápido o tratamento, melhores as chances de recuperação. A
vítima poderá apresentar fraqueza ou formigamento na face, braço ou perna, especialmente em um
lado do corpo, confusão mental, alteração da fala ou compreensão, alteração na visão (em um
Identificação de um AVC
4.5. Convulsão
O atendimento em ataques convulsivos é rodeado de mitos, por isso é importante manter o controle
do local, evitando que as pessoas ao redor comprometam a segurança da vítima com manobras ou
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comentários equivocados. Convulsão e epilepsia não são “contagiosos”, não devemos segurar a
vítima e jamais colocaremos algo em sua boca.
Mantenha a calma e siga o seguinte plano de ação:
A intoxicação por álcool pode deixar uma pessoa com comportamento anormal, violento, agressivo,
confuso, agitado e instável. Os maiores sinais são olhos brilhantes, dispersivos e vermelhos,
dificuldade de falar, fisionomia imóvel, descoordenação motora, tontura, sonolência e andar
cambaleante. Esses sinais podem se intensificar para um quadro de diminuição dos movimentos do
corpo e de ausência total de movimentos, náusea ou vômito, estupor alcoólico e coma.
Enquanto a vítima estiver responsiva, ofereça hidratação com água ou líquidos isotônicos. Mantenha-
a em ambiente seguro e livre de estímulos. Caso perca a consciência, mantenha-a na posição lateral
de segurança, especialmente em situações de vômitos. Monitore-a constantemente, pois pode haver
rebaixamento para convulsões e parada respiratória, por exemplo. Jamais provoque êmese (vômito),
pelo risco de aspiração de secreções para vias aéreas.
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para tratar diabetes. A baixa concentração de glicose no sangue faz com que as células, em especial
os neurônios (cérebro, por exemplo), não consigam produzir energia. O resultado será manifestações
como pele pálida e úmida, confusão, cafaleia, raciocínio prejudicado, taquisfigmia, desmaios,
convulsão, coma.
Neste caso, os primeiros socorros serão, inicialmente, a oferta de alimentos ricos em carboidratos de
absorção rápida, como açúcar, mel, suco de frutas e doces. Mesmo que a vítima seja diabética, ela
deve receber esse suprimento de açúcar na presença dos sinais e sintomas de hipoglicemia. É
importante que, após a primeira melhora dos sinais e sintomas, a pessoa receba carboidratos de
absorção mais lenta, como arroz, batata e alimentos integrais, que ajudam a manter a glicemia por
algumas horas.
Ao contrário da hipoglicemia, os sinais e sintomas de hiperglicemia demoram a se manifestar e,
muitas vezes, passam despercebidos. Podem se manifestar com boca seca, aumento da sede
(polidipsia), fraqueza, cefaleia, visão embaçada e vontade frequente de urinar (poliúria).
Neste caso, a pessoa deve procurar atendimento médico imediato e, caso seja diabética, fazer uso
de sua medicação de costume.
4.8. Náusea
Ou enjôo, é a sensação desagradável de ter que vomitar. Pode estar relacionado ao movimento da
aeronave (aerocinetose), ansiedade e nervosismo, má digestão (dispepsia), intoxicação alimentar e
outros. Algumas medicações do conjunto de primeiros socorros podem ser úteis, como antieméticos
(anti-enjoos) e antiespasmódicos.
É importante manter a vítima confortável e iniciar hidratação, afrouxar as vestes e evitar contato com
cheiros fortes.
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4.9. Vômito
4.10. Diarreia
A diarreia é um aumento na frequência, fluidez e volume das fezes. Suas causas são diversas, como
desordens psicogênicas (“diarreia nervosa”), infecções e intoxicação, uso de drogas etc. O maior risco
é o da desidratação, principalmente em idosos e crianças.
Deve-se acalmar a vítima, mantê-la em repouso e iniciar a hidratação oral com soro ou sais de
hidratação.
4.11. Asma
Trata-se de uma inflamação difusa das vias respiratórias, desencadeada por diversos estímulos
deflagradores (“gatilhos” ou “triggers”), como alergênicos, infecções, exercícios, agentes irritantes e
estresse. Isso resulta em constrição (“estreitamento”) dos brônquios e bronquíolos, por onde passa
o ar que respiramos para chegar aos pulmões.
Os sinais e sintomas envolvem dificuldade para respirar (dispneia), sensação de opressão torácica e
desenvolvimento de sibilos (chiado ao respirar). Os primeiros socorros nas crises serão manter a
vítima sentada, acalmá-la e questionar sobre uso de alguma medicação pessoal (“bombinha”).
A temperatura normal do corpo varia entre 36,1oC e 37,2oC, com oscilações ao longo do dia, sendo
mais baixa pela manhã e aumento durante o dia. Essa temperatura ideal é importante para a
manutenção das funções de vida organismo humano, sendo que variações extremas desse padrão
podem ocasionar diversos problemas.
Considera-se hipotermia quando a temperatura central do corpo atinge menos de 35oC. Essa
situação é mais comum em climas frios, mas podem ocorrer quando as pessoas ficam imóveis em
uma superfície fria (ex: quando estão intoxicadas) ou em imersão muito prolongada em água com
temperatura de 20 a 24oC. Roupas molhadas e vento frio aumentam o risco de hipotermia. A vítima
apresentará calafrios intensos inicialmente (após certo tempo, irão desaparecer), disfunção das
atividades do sistema nervoso central, letargia, confusão, irritabilidade, alucinações, coma e
bradipneia.
Neste caso, serão ações prioritárias de primeiros socorros o aquecimento, secagem e isolamento,
hidratação da vítima e a manutenção da temperatura com cobertores e compressas mornas em
pontos arteriais importantes como axilas, virilha, nuca e a parte de trás dos joelhos.
Em contra partida, uma elevação anormal da temperatura do corpo (mais do que 40oC), pode ocorrer
devido a infecções, traumas, lesão cerebral, AVC, presença prolongada em ambientes
excessivamente quentes e úmidos e uso de drogas. A insolação, por exemplo, é causada pela ação
direta e prolongada dos raios solares sobre o indivíduo, comum durante as férias de verão. Já a
intermação, mais grave que a insolação, pois vem acompanhada de resposta inflamatória sistêmica,
aparece frequentemente em vítimas fechadas em ambientes quentes e sem ventilação.
Nestes casos, é preciso resfriar a vítima, removendo-a da fonte de calor e utilizando compressas frias
ou banho de imersão (chuveiro). É importante promover hidratação e atentar-se para não provocar
resfriamento exagerado, causando hipotermia.
Intoxicação é o contato com uma substância que produz toxicidade, sendo que a
maioria é dependente da dose. Na realidade, quase todas as substâncias podem ser
tóxicas se ingeridas em quantidades excessivas. Essa intoxicação pode ocorrer por
diversas vias, como a oral, cutânea (pele), respiratória etc.
A maioria das intoxicações ocorre acidentalmente, como é o caso de crianças que
entram em contato com medicamentos e produtos de limpeza. Em alguns casos,
podem ocorrer intencionalmente, como em tentativas de suicídio.
para cada classe de substâncias e, muitas vezes, não é possível identificar qual substância provocou
a intoxicação. É importante, porém, frisar que não existe um “antídoto universal”. É importante
acionar o CEATOX para instruções e o serviço médico de emergência para o socorro (SAMU).
Em caso de contaminação tópica (da pele, por exemplo), qualquer região do corpo (incluindo olhos)
exposta à toxina deve ser lavada com grandes quantidades de água ou soro. É preciso remover roupas
contaminadas, incluindo meias, sapatos e adereços. O socorrista deve monitorar vias aéreas,
respiração e batimentos cardíacos e iniciar RCP, se necessário.
Não induza vômito, pois esse procedimento não é indicado para todas as substâncias, quando a
vítima está perdendo responsividade ou quando a ingestão ocorreu há mais de duas horas.
É pela vagina, um canal de aproximadamente 8cm de comprimento, que faz comunicação do útero
com o meio externo, que sairá o bebê durante o trabalho de parto.
O trabalho de parto consiste em uma série de contrações ritmadas e progressivas do útero que
gradualmente movem o feto através da parte inferior do útero (colo do útero) e do canal vaginal
(vagina) para o mundo exterior. Esse processo é dividido em três partes:
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será examinada para verificar se está completa. Fragmentos que permanecem no útero impedem
que ele se contraia, causando sangramentos e infecções.
Durante todo o processo, lembre-se de amparar e respeitar a privacidade e segurança da parturiente.
Um parto de emergência em uma aeronave será provável causa de muito medo e ansiedade. É
importante manter o ambiente limpo, seguro para mãe e bebê.
5. Emergências Traumáticas
5.1. Queimaduras
São lesões provocadas por temperatura (frio e quente), eletricidade, substâncias químicas, atrito ou
radiação. Sendo a pele o maior órgão do corpo, responsável por agir como barreira contra a perda de
água e calor, acidentados com queimaduras de grande extensão estão sujeitos a perder temperatura
(hipotermia) e líquidos (desidratação).
Umas das prioridades do atendimento será afastar a vítima da origem da queimadura, porém esteja
atento à preservação de sua segurança pessoal. Acidentes domésticos são uma grande causa de
queimaduras mais graves em crianças e, nesse caso, a prevenção é muito importante.
Muitos fatores estão envolvidos na definição da gravidade de uma queimadura, como sua causa,
profundidade, percentual de superfície corporal queimada (extensão), localização, associação com
outras lesões, comprometimento de vias aéreas e estado de saúde prévio do acidentado. A seguir,
detalharemos alguns detalhes que tornam uma queimadura mais ou menos grave.
Terceiro grau: afetam epiderme, derme e hipoderme (tecidos subcutâneos). Podem expor tecidos
mais profundos, como músculos, vasos sanguíneos e ossos e podem atingir terminações nervosas.
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São esbranquiçadas/acinzentadas, secas, indolores e deformantes. Não curam sem apoio cirúrgico,
necessitando de enxertos de pele (ou seja, a retirada de pele saudável de outra região do corpo ou
através de doação).
• Extensão: medida mais importante da gravidade de uma
queimadura. Uma pequena queimadura de segundo grau em um dedo,
por exemplo, é menos grave do que uma queimadura de primeiro grau
que afete toda extensão do corpo. Quanto maior a extensão de uma
queimadura, maior o risco do acidentado de desenvolver hipotermia,
quadros graves de desidratação (hipovolemia) e infecções. Para estimar
a extensão, é utilizada a Regra dos Nove.
A Regra dos Nove divide o corpo em divisores de nove. Para cada área
Regra dos Nove acometida, soma-se a numeração conforme a imagem ao lado. O
resultado será o percentual de superfície corporal queimada.
Em relação aos primeiros socorros em queimaduras, esteja atento para as diferenças no atendimento
de lesões causadas por calor (térmicas), produtos químicos e choques elétricos.
Em caso de queimaduras térmicas, resfrie o local com água corrente e em temperatura ambiente. Se
estiver lidando com uma lesão de grande extensão, limite o resfriamento a, no máximo, um minuto
(para evitar hipotermia). Não aplique gelo no local, pois poderá causar vasoconstrição, e não fure
flictenas (bolhas). Ofereça água à vítima se ela estiver consciente, porém lentamente. Mantenha o
local da queimadura limpo e protegido. Não aplique pomadas, cremes ou substâncias de qualquer
tipo (café, pasta de dente etc.) sem a indicação profissional.
Não retire roupas que tenham grudado no local da queimadura, pois isso possivelmente aumentará
a lesão.
Caso esteja lidando com queimadura causada por produtos
químicos, proteja-se do contato com a substância (luvas,
óculos). A área de contato deve ser lavada imediatamente com
água por, no mínimo, 15 minutos. Comece a lavagem e, então,
remova a roupa para que a substância impregnada nos tecidos
não prolongue a queimadura. A melhor lavagem é a feita em
imersão (chuveiro), com boa pressão. Cubra a queimadura e
transporte a vítima para atendimento médico.
Em caso de queimadura nos olhos, independente da cauda,
deve-se lavar o olho com água corrente. É possível utilizar uma
torneira ou chuveiro. No caso de queimadura química, efetue a
Queimadura química: lave a área afetada
por 15 minutos lavagem por, no mínimo 15 minutos e garante que as pálpebras
estejam abertas durante o procedimento. É possível que, devido
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5.2. Hemorragias
acima de 750mL, começará a desenvolver sinais de choque hipovolêmico. Os sinais e sintomas serão
ansiedade e confusão, sede, taquicardia, pulso radial fraco, pele fria, palidez, suor frio, taquipneia,
enchimento capilar lentificado (maior que 2 segundos) e hipotensão.
Além de externas e internas, as hemorragias também podem ser classificadas em arteriais e venosas.
Isto está relacionado ao tipo de vaso sanguíneo que foi lesado. Em hemorragias provenientes de
artérias, o sangue sairá em jato pulsátil e com coloração vermelho vivo. No caso das veias, o sangue
sairá mais escuto e lentamente, escorrendo pela ferida.
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5.3. Epistaxe
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5.4. Ferimentos
Definidas como lesões que surgem quando há um traumatismo, podendo ser desde um pequeno
corte ou escoriação até acidentes violentos com complicações. De modo geral, costumam causar dor
e originar possíveis sangramentos.
Os ferimentos podem ser provocados por diferentes objetos e, por isso, terão aparências diversas.
Diante de grandes ferimentos, a prioridade do socorrista deve ser o controle da hemorragia e
monitoramento da responsividade, respiração e pulsação. Esteja sempre atento à necessidade de
iniciar RCP!
Evite tocar os ferimentos diretamente com os dedos. É importante manter o local da lesão o mais
limpo possível, evitando contaminação. Tenha em mente a necessidade de cobrir o ferimento com
compressa limpa.
Contusões: lesões provocadas por pancadas, sem a presença de ferimentos abertos. Ocorre
derramamento de sangue no tecido subcutâneo, abaixo da pele, resultando em coloração roxa ou
azulada do local (equimose). Pode haver edema (inchaço) e dor no local.
Quando superficiais, não oferecem riscos. Quando resultantes de grandes traumas, o socorrista deve
estar atento para a possibilidade de lesões de órgãos internos.
Os primeiros socorros de limitam, em contusões mais simples, a aplicação de bolsa de gelo ou
compressa de água gelada nas primeiras 24 horas.
Escoriações: lesões simples da camada superficial da pele ou mucosas, com sangramento discreto,
porém dolorosas. Conhecidas popularmente como “ralados” ou “arranhões”.
Lave o ferimento e mantenha-o limpo e seco.
Ferimento na cabeça, abdômen e tórax: coloque compressa ou pano limpo sobre o ferimento e
utilize atadura para fixação. Afrouxe as vestes e mantenha a vítima calma, em posição confortável.
Não dê alimentos ou líquidos para a vítima.
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Controle a hemorragia, esteja atento à necessidade de iniciar RCP e aguarde a chegada de ajuda
profissional.
Lesões oculares: podem ser produzidas por corpos estranhos, agentes químicos,
calor etc. Em traumatismos severos, pode haver exteriorização do globo ocular
(extrusão). Prossiga com a irrigação ocular com soro fisiológico, não tente remover
corpos estranhos (estabilize com curativos adequados) e cubra os olhos com
curativo oclusivo (para evitar movimentação e agravamento da lesão).
Curativo oclusivo em lesão ocular
É um complexo grupo de síndromes cardiovasculares aguadas que não possui uma definição única.
Podemos chama-lo, grosseiramente de “processo de morte”. Didaticamente, o estado de choque se
dá quando há mal funcionamento entre coração, vasos sanguíneos e sangue, instalando-se um
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desequilíbrio no organismo. É uma grave emergência médica e o correto atendimento exige ação
rápida e imediata.
Em caso de hemorragias extensas não controladas, por
exemplo, deveremos estar atentos ao choque
hipovolêmico. Esse choque é relacionado à perda excessiva
de líquidos intravasculares e a vítima poderá apresentar
cianose, sudorese, taquicardia, taquipneia, sede, pulso
fraco, hipotensão, perfusão capilar lentificada (>2
segundos). Caso a vítima entre em choque, eleve suas pernas e mantenha-a aquecida. Monitore
respiração e pulso e, se necessário, inicie RCP. O atendimento hospitalar deverá ser feito com máxima
urgência.
Existem outros tipos de choque, como o cardiogênico, relacionado a falhas no bombeamento do
coração. O choque séptico está relacionado com infecções graves e o anafilático ocorre quando o
indivíduo é exposto a substâncias às quais é extremamente alérgico.
São lesões relacionadas, principalmente, aos ossos e articulações. São decorrentes de traumas e
acidentes. Na maioria dos casos, a conduta mais importante será a imobilização da parte afetada e o
encaminhamento para o serviço médico. Manobras desorientadas e descontroladas provocam desvio
de fraturas, lesões de músculos, perfurações da pele, laceração de vasos sanguíneos e hemorragias.
Apesar de, muitas vezes, serem visualmente chocantes e doloridas, essas lesões são secundárias em
relação às grandes hemorragias e às manobras de suporte básico de vida, por exemplo. Abaixo,
trataremos das entorses, luxações e fraturas. São assuntos bastante cobrados em provas ANAC.
rotações. Após entorse, a vítima sentirá dor local intensa e dificuldade de movimentação (impotência
funcional). É comum aparecimento de equimose, hematoma e edema.
Luxações: lesões em que a extremidade de um dos ossos que compõem uma articulação é deslocada
de seu lugar. Popularmente, é dito que “o osso saiu do lugar”. Ocorre o deslocamento e perda de
contato total ou parcial dos ossos que compõe a articulação afetada e a consequência imediata é dor
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Sem luxação
Com luxação
*O termo redução refere-se ao ato de reposicionar um osso “de volta ao local normal”. Esse
procedimento nunca deverá ser realizado em primeiros socorros.
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Lembre-se: a imobilização deve ser feita de forma que limite os momentos nas articulações acima e
abaixo da lesão.
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Vítimas com suspeitas de fratura da coluna cervical só podem ser transportadas, sem orientação
médica ou de pessoal especializado, nos casos de extrema urgência ou iminência de perigo para o
acidentado.
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FATORES
HUMANOS
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25. Fatores Individuais que Intervêm no Resultado da Equipe ............... Pag. 459
25.1. Motivação .................................................................................................. Pag. 459
25.2. Cooperação ................................................................................................ Pag. 460
25.3. Comprometimento com a Tarefa .............................................................. Pag. 460
25.4. Resignação ................................................................................................. Pag. 460
25.5. Transferência de Responsabilidade .......................................................... Pag. 460
FATORES HUMANOS
O elemento humano é a parte mais flexível, adaptável e valiosa do sistema aeronáutico, mas é
também a mais vulnerável a influências que podem afetar negativamente seu comportamento.
Partindo dessa premissa, conseguimos entender perfeitamente como o fator humano ganhou
extrema importância no dia a dia das pessoas e principalmente na aviação.
Anteriormente sendo uma parte da matéria de Segurança de Voo, Fatores Humanos tem sido
estudado, pesquisado e discutido a exaustão e por isso devido à importância que o elemento humano
ganhou em nossos dias atuais, temos agora uma matéria exclusiva a esse estudo. No entanto ainda
não se tem definido com exatidão o real significado do termo “Fator Humano”.
Segundo a IAC 060-1002A, documento emitido pela ANAC, define assim Fatores Humanos: “É o
conjunto de ciências que estudam todos os elementos que contribuem com a relação interativa do
homem, em um dado ambiente, com os diversos sistemas que o cercam e que são determinantes na
sua dinâmica, eficiência e eficácia”.
Ademais no DOC 4444, a OACI define os Princípios dos Fatores Humanos como sendo aqueles
aplicados ao design, certificação, treinamento, operação e manutenção de sistemas aeronáuticos,
buscando uma interface segura entre o Homem e os outros componentes do sistema, por meio da
consideração apropriada do desempenho humano. Sendo desempenho humano definido como as
capacidades e limitações humanas que podem ter um impacto na eficiência das operações
aeronáuticas e na Segurança Operacional.
Tendo como origem e início das pesquisas sobre comportamento humano em diversos ambientes
após o término da Segunda Guerra Mundial e início da década de 50, os estudos foram se
aprofundando e conceitos sendo criados, modificados e evoluindo ao longo do tempo. Hoje temos
vários aspectos que influenciam o comportamento humano tanto para o lado positivo quanto para o
negativo.
1. Regulamentação Internacional
Os Fatores Humanos na aviação são regidos por alguns documentos que apresentam legislações e
informações importantes sobre a rotina dos aeronautas.
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• Human Factors Guidelines for Air Traffic Management (ATM) Systems (Doc. 9758, da ICAO):
Este manual fornece orientação prática para os painéis da ICAO e grupos de estudo ao
desenvolver padrões e práticas recomendadas. Também auxilia os Estados na consideração de
questões de Fatores Humanos ao comprar e implementar tecnologia.
2. Modelo Shell
O conceito deste modelo teórico de estudo de Fatores Humanos foi desenvolvido inicialmente por
Edwards em 1972, com um diagrama modificado para ilustrar o modelo desenvolvido por Hawkins
em 1975.
Esse modelo deixa mais prático a visualização de todos os componentes que cercam o ser humano
dentro da atividade aérea. Através desse modelo, entendemos que o elemento humano possui
quatro principais tipos de interação no meio da atividade que executa.
O diagrama utilizado para ilustrar este modelo usa blocos com bordas irregulares para representar
os diferentes componentes de Fatores Humanos, baseados nas iniciais dos seus nomes. Que citamos
a seguir:
S = SOFTWARE: As regras, procedimentos, manuais, etc., que fazem parte dos procedimentos
operacionais padrões.
Segundo a ICAO, o Elemento Humano é “a parte mais flexível, adaptável e valiosa do sistema
aeronáutico, mas também está vulnerável às influências externas que poderão vir a afetar
negativamente o seu desempenho”.
2.1. Liveware-Liveware
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2.2. Liveware-Software
2.3. Liveware-Hardware
2.4. Liveware-Environment
A interface com o ambiente refere-se àquelas interações que podem estar fora
do controle direto dos seres humanos, ou seja, a temperatura ambiente, clima,
luminosidade, ruído, etc.; mas dentro do qual a aeronave opera.
Grande parte do desenvolvimento do fator humano nessa área tem se
preocupado em projetos nos quais as pessoas ou os equipamentos possam ser
protegidos, desenvolvendo proteção para luzes, ruídos e radiação.
A combinação apropriada das interações Liveware-Environment, envolve uma grande variedade de
disciplinas, desde estudos ambientais, fisiologia, psicologia; até física e engenharia.
3. Modelo Reason
Este modelo de estudo teórico de Fatores Humanos, foi desenvolvido por James Reason em 1990 e
também é conhecido como “Modelo de Gerenciamento do Erro”. Segundo a ICAO (1993), ele
concebeu a indústria aeronáutica como um sistema de produção complexo, interativo e organizado.
Seu modelo procura analisar o modo como os seres humanos contribuem para as falhas do sistema
a ponto de produzir um acidente aeronáutico.
Segundo o autor, um acidente é causado por uma série de fatores múltiplos contribuintes, que se
formam através de uma cadeia de eventos que rompem as barreiras defensivas. Conforme o seu
modelo, o sistema possui as chamadas falhas latentes, as quais, em interação com as falhas ativas,
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geram os acidentes. As falhas ativas são cometidas por aqueles que estão em contato direto com o
sistema (piloto, controladores, mecânicos), e assumem diferentes formas: falhas, lapsos, perdas,
enganos e violações de conduta. Elas possuem efeito imediato no acidente.
As falhas latentes são falhas ou defeitos já presentes no sistema, decorrente de decisões ou medidas
adotadas antes do acidente, por quem detém o poder de decisão. Exemplo: empresa troca o
equipamento sem fornecer o treinamento adequado para quem vai operá-lo; baixa motivação do
pessoal devido à política da empresa de salários e promoções; fadiga pela sobrecarga de trabalho,
etc. Todos esses aspectos vão interferir diretamente no desempenho do piloto, mas foram gerados
bem antes do acidente acontecer, devido a decisões do primeiro escalão da empresa.
Em um mundo ideal, cada camada defensiva estaria intacta, porém, como qualquer fatia de queijo
suíço, todas essas camadas possuem “buracos”, embora ao contrário do queijo, esses buracos estão
continuamente abrindo, fechando e deslocando sua localização. Esses furos seriam as falhas do meu
sistema (Latentes e Ativas). A presença de furos em qualquer “fatia” normalmente não causa um
resultado ruim. Geralmente isso acontece apenas quando os buracos em muitas camadas se alinham
momentaneamente para permitir uma trajetória de oportunidade de acidente.
Podemos fazer uma analogia simples para exemplificar as informações acima: as falhas ativas são
como mosquitos. Eles podem ser golpeados um a um, mas eles continuarão chegando. Os melhores
remédios são criar defesas mais eficazes é drenar os pântanos em que se reproduzem. Os pântanos,
neste caso, são as sempre presentes falhas latentes.
O treinamento de CRM é uma forma de enfrentar o desafio de otimizar todas as interfaces que estão
em interação com o ser humano. As atividades desse treinamento incluem a construção e
manutenção de equipes, tomada de decisões, manter a consciência situacional e lidar com sistemas
automatizados. O Gerenciamento de Recursos da Corporação é um sistema complexo que visa
melhorar o desempenho da tripulação oferecendo uma oportunidade para a autocrítica e exame do
próprio comportamento, com o objetivo de aprimorar a tomada de decisão e o trabalho em equipe.
Dizemos que a essência do CRM é o fator humano.
A importância do CRM pode ser traduzida em números. Segundo o CENIPA (Centro de Investigação e
Prevenção de Acidentes Aeronáuticas), as cinco maiores causas de acidentes no período 1998 – 2007
foram: julgamento, supervisão, aspecto psicológico, planejamento de cabine e indisciplina durante o
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voo, todos fatores trabalhados durante o curso de CRM, justamente com o intuito de inibir novas
ocorrências.
4.1. Objetivos
O treinamento de CRM possui como objetivos principais:
Este treinamento é destinado a todos os que estejam direta ou indiretamente ligados ao voo, como:
Tripulantes técnicos e comercial, despacho operacional, despachantes de pistas, funcionários de
rampa, técnicos em manutenção, funcionários de check-in, funcionários administrativos, gerentes,
diretores, etc.
O treinamento de CRM sofreu diversas alterações durante os anos, conforme os estudos na área
avançavam e se modernizavam. Sendo assim, hoje se divide a evolução do CRM em 6 gerações.
4.3.1. 1ª GERAÇÃO
A primeira geração de CRM se chamava Cockpit Resource Management (Gerenciamento dos recursos
da cabine de comando) e teve como foco principal o conceito de liderança, baseado no Grid
Gerencial, onde o indivíduo era classificado tanto pelo seu desempenho profissional quanto pessoal.
Este treinamento era de natureza muito modular, e inicialmente foram adaptados de cursos de
formação em gestão que eram fortemente baseados em psicologia.
4.3.2. 2ª GERAÇÃO
Nesta geração a denominação de Cockpit passa a ser Crew (Crew Resource Management –
Gerenciamento dos Recursos da Tripulação). Observa-se maior ênfase na administração dos recursos
humanos, incluindo toda a tripulação técnica. São formados módulos que fazem parte da dinâmica
operacional da aviação. Desta forma surgem os conceitos de Comunicação, gerenciamento da carga
de trabalho, tomada de decisão, dentre outros.
4.3.3. 3ª GERAÇÃO
Quase ao mesmo tempo que a segunda geração de treinamentos CRM iniciou, a terceira geração
surgiu que defendia que a cultura organizacional era um fator determinante para a segurança de voo.
A partir deste momento o treinamento adota um enfoque sistêmico, ou seja, não é apenas
recomentado para tripulantes técnicos, e sim para todos os tripulantes, despachantes, mecânicos,
controladores de tráfego e para todo o pessoal envolvido nas atividades de voo.
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A prática não é mais só realizada em sala de aula, passa-se a agregar a prática nos “mock-ups” e
simuladores.
A nomenclatura Crew é alterada para Corporate. Desta forma a sigla CRM permanece até hoje como
Corporate Resource Management (Gerenciamento dos Recursos da Corporação).
4.3.4. 4ª GERAÇÃO
Esta geração surgiu no início dos anos 1990, quando a FAA (Federal Aviation Administration) iniciou
o AQP (Advanced Qualification Program), um programa voluntário que permite que as empresas
aéreas inovem seus treinamentos atendendo especificamente às necessidades da Organização.
Acompanhando essa mudança, as empresas são orientadas a ministrar cursos de CRM e LOFT para
todos os tripulantes e, principalmente, integrar os conceitos de CRM aos treinamentos técnicos
operacionais.
4.3.5. 5ª GERAÇÃO
A quinta geração surgiu da crescente preocupação de que o foco do CRM havia sido perdido. A ICAO
afirmou que o objetivo fundamental da formação CRM é “melhorar a segurança de voo através da
efetiva utilização de estratégias de gestão de erro do indivíduo, bem como das áreas sistêmicas de
influência” e propôs a incorporação do TEM (Threat and Error Management) ao CRM. Gestão de
erros, no contexto do treinamento do CRM, são as ações tomadas tanto para reduzir a probabilidade
de ocorrências de erros quanto para lidar com os erros cometidos, quer seja através da detecção e
correção antes que eles tenham impacto operacional ou para conter e reduzir a gravidade das
consequências.
4.3.6. 6ª GERAÇÃO
É um modelo de CRM que está sendo desenvolvido após uma série de estudos nas Line Operations
Safety Audits (LOSA, Auditorias de Segurança nas Operações de Linha) na Universidade do Texas
realizados pelo grupo de pesquisa Human Factors Crew Resource Project que constatou que os
pilotos eram muitas vezes obrigados a gerir ameaças, erros e estados indesejados da aeronave.
Mantem a ideia de gerenciamento do erro e acrescenta um outro conteúdo que diz respeito ao
reconhecimento do risco ou da ameaça, pois quando uma ameaça, esperada ou não, é detectada, a
tripulação pode gerenciar o curso das ações a serem tomadas para reduzir a possibilidade de erro e
realizar um voo seguro.
Para atender as demandas do treinamento, o CRM deve ser conduzido em três fases, conforme
legislação internacional e brasileira. A saber:
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5. Cultura Organizacional
A Cultura Organizacional é uma expressão muito comum no contexto empresarial que significa o conjunto de
valores, crenças, rituais e normas adotadas por uma determinada organização. Toda empresa,
independentemente do tamanho, do segmento que atuam e dos bens ou serviços que produzem, possuem
cultura organizacional, formalmente instituída ou não.
A essência da cultura organizacional está na mentalidade e visão de mundo dos fundadores da empresa, que
determinam os valores iniciais com base em suas crenças pessoais. Assim, fundar uma empresa significa criar
uma cultura à sua imagem e perspectiva, criando um legado com capacidade de sobreviver a várias gerações.
A Cultura Organizacional representa as normas informais e não escritas que orientam o comportamento dos
membros de uma organização no dia-a-dia e que direcionam suas ações para o alcance dos objetivos
organizacionais. Essas normas podem ser inventadas, descobertas ou desenvolvidas pelos próprios membros
do grupo.
6. Comunicação
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Para que haja comunicação, a informação passada na mensagem deve ser compreendida, sem esta
compreensão, a comunicação não ocorre. Desta forma, o emissor estaria apenas passando uma
informação, que é quando se envia uma mensagem, ou conjunto de dados, com o objetivo de dar
conhecimento ao receptor. Já na comunicação, o emissor envia a mensagem para o receptor, no
entanto essa mensagem deve ser entendida, decodificada e retornada ao emissor através do
feedback.
Quando nos comunicamos com outras pessoas, fazemos uso tanto do canal verbal como do canal
não-verbal. Porém, pesquisas mostram que somente 7% da comunicação interpessoal podem ser
traduzidos em palavras. A inflexão da voz corresponde a 38% da comunicação, enquanto os restantes
55% resultam de expressões faciais e da linguagem corporal.
Desta forma, podemos dividir a comunicação em:
• Comunicação Verbal:
Oral: realizada através de ordens, pedidos, ligações telefônicas, conversas, debates, etc.
Escrita: realizada através de cartas, cartazes, memorandos, relatórios, etc.
• Emissor: Indivíduo que diz algo a alguém, pode ser uma pessoa, um grupo ou uma
organização.
• Receptor: Aquele com quem o emissor se comunica, o que recebe a mensagem.
• Mensagem: Tudo que foi transmitido do emissor ao receptor, compreendendo informações,
instruções, ordens, etc.
• Código: Conjunto de sinais convencionados socialmente que permite ao receptor
compreender a mensagem, como por exemplo linguagem verbal, gestual, mapas, gráficos,
símbolos, etc.
• Canal: Veículo ou meio físico através do qual a mensagem é transmitida, como por exemplo
o faz, correio eletrônico, telefone, etc.
• Feedback: É a resposta ou reação do receptor à mensagem enviada, mostrando que o mesmo
compreendeu a informação passada.
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7. Feedback
É uma técnica utilizada para fornecer dados a uma pessoa, ajudando-o a melhorar seu desempenho
para que atinja seus objetivos. Tem como finalidade ajudar o indivíduo a fazer algo de forma diferente
no futuro, ou seja, melhorar habilidades e comportamentos, proporcionando assim, melhorias nas
relações interpessoais.
O feedback retrata de forma construtiva o que aconteceu numa situação e que consequências
resultaram. Esse retorno pode gerar menos defesa e contra-ataque, assim como oferecer menor
possibilidade de magoar e/ou causar sentimento de rejeição.
O feedback deve formar a base para a mudança e quanto mais se relacionar com coisas que podem
ser mudadas, mais útil será.
8. Assertividade
• Solicitar assistência quando estiver sobrecarregado ou tiver dificuldades para executar uma
tarefa.
• Não Reação – Quando se tem medo de incomodar os outros, evitar conflitos, ter medo de
decidir.
• Sugestão – Busca-se um acordo, recomenda-se uma solução.
• Crítica – Mostra-se a gravidade do problema.
• Confronto – Se mantem a posição com base na segurança operacional.
• Ação – Expõe sua decisão.
9. Questionamento
É uma das técnicas que contribuem para esclarecer eventuais dúvidas em processos de comunicação.
Consiste em fazer perguntas específicas em situações ambíguas ou que envolvam opiniões
conflitantes. Ela explora a situação e facilita a aprendizagem de ambas as partes.
Desta forma desenvolve-se uma compreensão conceitual, cria-se uma cultura de questionamento na
organização e aumenta-se as interações entre as pessoas.
10.1. Crítica
A crítica é fundamental para criar ideias no futuro. Quando há troca franca de ideias entre os
membros da tripulação, mal-entendidos e erros de apreciação podem ser esclarecidos e solucionados
e os conflitos enfrentados antes que surjam problemas mais graves.
Quando utilizada adequadamente, a crítica se torna um estilo de vida que é iniciado por qualquer
membro da tripulação, a qualquer hora do voo, quando se acredita que isso possa ser útil.
10.2. AutoCrítica
11. Briefing
Palavra de origem inglesa amplamente usada na aviação que significa verbalização dos
procedimentos a serem executados durante uma missão que tenham sido planejados a priori, e o
que se espera da atuação e participação de cada um.
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Um bom briefing auxilia na segurança de voo, pois é a oportunidade do comandante avaliar o nível
de preparação para o voo de sua tripulação, podendo cobrir as áreas que apresentam falhas.
O briefing é importante, pois é uma técnica centrada na abordagem tanto operacional padronizada
como interpessoais, no início de cada jornada ou tarefa, visando enfatizar procedimentos, antecipar
contingências e estabelecer comunicações abertas e multilaterais.
Os requisitos básicos do Briefing são:
12. Debriefing
Palavra de origem inglesa utilizada na aviação para designar o ato de tecer comentários
resumidamente sobre uma missão, após a realização da mesma. Através de uma boa crítica, pode
ajudar a pessoa ou equipe a melhorar seu desempenho futuro.
Compara procedimentos apropriados e inapropriados, como forma de fixar os primeiros e
aprimorar a segurança das operações em futuras ocorrências. São utilizadas técnicas para estimular
a crítica dos méritos e deméritos de um desempenho visando o seu aperfeiçoamento futuro.
13. Conflito
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15. Estresse
1ª Fase – Alerta: Fase positiva, onde o objetivo principal está em cumprir uma determinada tarefa.
Desaparecendo os agentes estressores, todas as alterações tendem a interromper e regredir.
Sinais: Euforia, tensão, taquicardia, dilatação da pupila, ansiedade, sudorese, grande produtividade
e criatividade e muita energia.
2ª Fase – Resistência: Quando o agente estressor continua por um período mais longo, o organismo
começa a se acostumar aos estímulos que causam o estresse e entra na fase de resistência. Nessa
fase a reação de estresse pode ser canalizada para um órgão específico ou em um determinado
sistema.
Sinais: Cansaço, apatia, irritabilidade, insônia, mudança de humor, diminuição do rendimento,
desânimo, tremores musculares, aparecem medos e fobias.
3ª Fase – Exaustão: Quando a fase de resistência não é desmobilizada de forma adequada, torna-se
excessiva e a produção de adrenalina diminui ou cessa, e o organismo vai se esgotando até que se
instala a fase de exaustão.
Sinais: Não socializa, fuga dos amigos, desgaste, ocorrem doenças graves (físicas e psicológicas), não
consegue trabalhar normalmente, alta desmotivação, esgotamento físico, dores rotineiras, perda de
sono, problemas digestivos, etc.
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As causas para o surgimento do estresse são várias e variam de pessoa para pessoa. Podemos dividi-
las em duas categorias:
Causas Internas: Estado de saúde, frustrações, traços típicos de personalidade, quebra do ritmo
biológico, etc.
Causas Externas: Condições de trabalho, organização do trabalho, pressões diversas, turno e escala
de trabalho, relações interpessoais, etc.
Instaurado as fases de estresse pode-se observar alguns efeitos no desempenho do indivíduo durante
suas atividades de rotina:
Diminuição: da concentração, reação, memória, alteração na capacidade de planejamento e
organização.
Aumento: Índice de erros, pensamento mágico, distúrbio do pensamento.
O estresse cria dificuldades especiais para a tripulação, por ser dificilmente detectado. Um processo
de comunicação aberto entre tripulação e gerência ajuda a detectar o problema, assim como algumas
medidas preventivas:
• Prática regular de atividade física;
• Alimentação balanceada;
• Hidratação;
• Preservação dos momentos de lazer;
• Autoconhecimento (percepção dos sinais)
• Sono adequado;
• Conversar ou consultar especialistas antes do agravamento do problema.
Faz-se necessário ressaltar que o indivíduo é, sem dúvida, a peça mais importante na diminuição do
estresse. Tudo depende de como se encara os acontecimentos e a ação dos fatores externos e
internos.
Indivíduos com problemas familiares, de dinheiro, com a chefia, etc., que se sentem frustrados,
esgotados, irritados e depressivos, diminuem a capacidade de controlar a carga física e psicológica.
Indivíduos que tratam com humor os mesmos acontecimentos e lidam com menos ansiedade, tem
uma resposta favorável contra o estresse.
16. Fadiga
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Causas de Fadiga
• Alterações no ritmo circadiano (nosso corpo define horários em que devemos dormir, nos
alimentar, etc.);
• Acumular sono;
• Falta de alimentação;
• Elevado ruído, vibração, temperature;
• Doenças;
• Bebidas alcoólicas e drogas.
• Efeitos da Fadiga no Desempenho
• Julgamento deficiente;
• Aumento do tempo de reação;
• Problemas com a memória;
• Dores musculares;
• Dificuldade de atenção e concentração;
• Mudanças no humor;
• Alterações de hábitos de sono e alimentares;
• Alterações sensitivas, etc.
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É por esta razão que a mesma estimulação sensorial (estímulo) pode às vezes dar origem a
percepções completamente diferentes ou duas estimulações diferentes podem resultar numa
mesma percepção.
Enxergar o “cenário geral” como ele realmente é significa ter “Alerta Situacional”. Os problemas
surgem quando as percepções não correspondem à realidade, o que induz a tomada de decisões
incorretas.
Segundo a teoria de James Reason, psicólogo inglês, sociólogo e professor, o erro é inerente ao ser
humano, é universal e inevitável. O erro é uma consequência daqueles que buscam e aplicam o
conhecimento, buscam acertar e fazem acontecer. É todo tipo de falha não intencional.
Erros não devem ser considerados como a causa de acidentes e sim como consequência de condições
que os eliciam. Desta forma, hoje em dia, o erro não se apresenta como a conclusão de uma
investigação, mas o seu ponto de partida.
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Existe uma sutil diferença entre Falha e Erro. Uma definição abrangente para os dois termos é a
incapacidade de um item de desempenhar sua função dentro de parâmetros definidos. Esse item
pode ser o ser humano ou a máquina.
19.1. Violação
1 - O indivíduo viola e tem consciência dos efeitos danosos que sua ação pode produzir.
2 - O indivíduo viola, porém, não percebe a dimensão dos efeitos danosos que sua ação pode
produzir.
19.2. Erro
Já o erro é um desvio não intencional, proveniente de uma falha na execução de uma tarefa. Diz-se
que o erro é uma consequência e não a causa da falha, é um sintoma de problemas mais profundos
no sistema.
Podemos citar como fatores que contribuem para a ocorrência de erros: fadiga, estresse,
planejamento inadequado, falta de recursos, percepção incorreta, falta de atenção, falta de
assertividade, etc.
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A carga de trabalho é um fator de risco que existe em todas as atividades e em qualquer empresa.
Por carga de trabalho entende-se o conjunto de requisitos psicofísicos a que se vê submetido o
trabalhador ao longo do seu dia de trabalho. Pode-se, então, falar de carga de trabalho física e
mental.
É, então, a relação existente entre as exigências do sistema (tarefa e ambiente funcional) e a
capacidade do operador para enfrentar estas exigências.
Todo ser humano tem limites físicos e intelectuais. Toda vez que esses limites são
ultrapassados, geramos ao organismo uma sobrecarga de trabalho, podendo ocasionar
estresse e fadiga, e desta forma aumenta-se a probabilidade de ocasionar problemas,
falhas, enganos e erros.
Porém, a baixa carga de trabalho também pode ser prejudicial no desempenho das funções. Quando
um indivíduo possui baixa carga de trabalho ele se acomoda, podendo levar à complacência e
desatenção. O que favorece também ao aparecimento de erros.
Qualquer agrupamento de pessoas pode ser chamado de grupo, mas não pode ser chamado de
equipe.
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Equipe é um conjunto de pessoas com um objetivo comum, com metas específicas de desempenho,
que tem habilidades complementares e uma abordagem concordada sobre como atingirão aquele
objetivo.
Os membros se sentem mutuamente responsáveis pelo desempenho da equipe, as pessoas se
sentem interdependentes, isto é, tem consciência que cada um dos membros é igualmente
importante e que atingirão ou fracassarão juntos.
Quando as pessoas fazem parte de um grupo e tentam se sobressair como indivíduos, eles estão
formando uma pseudo equipe. Eles estão jogando não pelo resultado, mas sim por seus interesses
pessoais.
Segundo Silva (1997), é de grande importância quando se trata de modificar, por exemplo, as relações
interpessoais existentes na empresa dentro do clima de fofocas, desconfianças, falta de ânimo do
pessoal, desentendimentos, insatisfações dos funcionários para com os superiores e vice-versa. A
pergunta que se faz é: é possível a uma pessoa, que não se relaciona bem com as demais em seu
trabalho, produzir e progredir?
Toda relação interpessoal mobiliza processos psíquicos. Estes processos se situam na origem do
desenvolvimento cognitivo e afetivo do ser humano, representam a parte imersa da interação
(palavra e ação).
Ter boas relações pessoais significa sentir-se bem a respeito de si mesmo e se entender bem com os
outros. Os esforços feitos pelo indivíduo para ter boas relações, determina o ambiente psicológico
no departamento da empresa.
Sinergia
Sinergia é um trabalho ou esforço para realizar uma determinada tarefa muito
complexa, e poder atingir seu êxito no final. É o resultado de duas ou mais
pessoas produzindo, juntas, algo maior do que a soma que produziriam
separadamente (1 + 1 é maior que 2).
Um exemplo de sinergia é quando existe apenas duas alternativas entre duas
pessoas, em vez de elas discutirem sobre qual a melhor, elas procuram a
terceira, ou seja, a opção mais sinérgica e harmoniosa.
Antes de iniciarmos nossos estudos sobre liderança é preciso conceituar e diferenciar essas três
palavras.
Liderança é uma habilidade humana e gerencial alcançável por indivíduos comuns, que envolve o uso
da influência para alcançar propósitos definidos, através de uma boa argumentação e do exemplo.
Transformando grupos em equipes, motivando e influenciando de forma ética e positiva,
conseguindo assim a realização de um objetivo comum.
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Autoridade é o poder formal atribuído por uma organização a alguém, com a responsabilidade por
determinada função (cargo, nomeação, etc). Logo, a autoridade funcional está relacionada com o
conceito de hierarquia, é a relação de poder que se estabelece do superior para o subordinado. Não
se deve confundir autoridade funcional com a autoridade legal a bordo de uma aeronave, neste caso,
a autoridade será sempre do comandante do voo.
Autoritarismo denomina-se como uma atitude em que as pessoas dependentes devem cumprir com
todas as normas impostas pelo simples fato de que a pessoa que impõe estabelece alto grau de
autoridade sobre a outra. É quando uma pessoa ou instituição se excede no exercício da autoridade
que lhe foi investida.
Tendo em vista os estilos de liderança citados acima, Blake e Mouton propuseram uma grade
gerencial, conhecido como Grid Gerencial. Nada mais é que uma representação gráfica de uma visão
bidimensional na qual o estilo do líder deve se encaixar.
Com base no Grid Gerencial podemos identificar 5 principais estilos de liderança, com base nas
orientações para pessoas e produção:
• 9,1 – Gerência de Tarefas - Verifica-se forte orientação para produção e fraca orientação para
as pessoas. A preocupação do gerente com os objetivos da organização tende a ser alta,
enquanto que os objetivos dos subordinados são bastante ignorados como fator de
relevância. Pouca atenção é dada a tópicos como conflito, criatividade e motivação. A base de
controle deste estilo é o poder hierárquico em que uns exercem autoridade e os demais
obedecem.
• 1,9 – Gerência Country Club – É caracterizado por fraca orientação para a produção e forte
orientação para as pessoas. As atitudes e os sentimentos das pessoas são essenciais. O
gerente oferece compreensão, aceitação e entendimento; sua principal característica é
auxiliar. O conflito é encoberto, pois o chefe está preocupado com sua própria aceitação, e
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tenta, por todos os meios manter a concordância entre todos. Grande ênfase é dada ao
crescimento individual.
• 1,1 – Gerência Empobrecida – Há uma fraca orientação tanto para as pessoas como para a
produção. O gerente assume responsabilidade de maneira superficial, atribuindo tarefas a
seus subordinados sem a preocupação de auxiliá-los ou orientá-los. Caracteriza-se por não
tomar a iniciativa de passar ou transmitir informações; atua sem envolvimento, de modo
mecânico, formal e rotineiro. Exerce uma influência mínima em seus contatos. Onde só se
limita a transmitir ordens e recados de seus superiores. Muitas vezes transfere culpas e
responsabilidades aos outros, embora poucas vezes tome as iniciativas de crítica, visando
evitar, ao máximo, o surgimento de problemas.
• 5,5 – Gerência de Meio Termo – Representa uma orientação intermediária para a produção,
conjugada a uma orientação moderada para as pessoas. Pressupõe conflito entre os objetivos
organizacionais de produção e as necessidades individuais, mas parte do pressuposto de que
as pessoas são práticas e têm consciência de que algum esforço precisa ser feito no trabalho.
Tanto o sistema formal como o informal são utilizados com o objetivo de manter as pessoas
cientes da situação. O gerente comunica-se livremente com seus subordinados. A moral é
considerada importante.
• 9,9 – Gerência em Equipes – É caracterizado por uma forte orientação tanto para a produção
como para as pessoas. A diferença, em relação aos outros estilos gerenciais, é a não aceitação
do conflito permanente entre os objetivos de produção da organização e as necessidades das
pessoas. O objetivo básico deste estilo de gerência é favorecer as condições que integrem
criatividade, alta produtividade e moral mediante a ação conjunta, em equipe. Este dirigente
tem como suas responsabilidades as providências para que planejamento, direção e controle
sejam realizados perfeitamente. A comunicação é aberta. Quanto aos conflitos, são encarados
tanto como impedimentos à realização das metas organizacionais, quanto como
estimuladores da inovação, da criatividade e da elaboração de novas ideias que podem
contribuir para o crescimento da organização.
24. Líder
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Uma das teorias mais comuns sobre liderança é a Teoria dos Estilos de Decisão dos Líderes. De acordo
com ela, existem apenas três tipos de líderes: o autocrático, o liberal e o democrático. E cada um
deles atua de maneira bem distinta em uma empresa.
Diante da realidade do mercado, no entanto, essa teoria se mostra limitada. Hoje, existem diversos
tipos de líderes e uma influência de maneira diferente o comportamento dos colaboradores, o clima
do ambiente de trabalho os resultados que a empresa terá.
Líder Autocrático: Neste tipo de líder o gestor é o centro de tudo. Com uma figura dominadora,
ele não confia ou valoriza as competências dos seus colaboradores,
centraliza o poder e faz cobranças excessivas, o faz ser visto mais como
um chefe e não como um verdadeiro líder, capaz de inspirar quem está ou
seu redor. Está sempre em busca de resultados, mesmo que para isso
tenha que comprometer a motivação e saúde da equipe, que trabalha por
medo de uma punição ou demissão, e não por prazer. Esse modelo ainda
é comum nas empresas, mas diante das mudanças do perfil profissional, fica difícil reter talentos em
um emprego no qual não há delegação de tarefas ou a opinião dos colaboradores não é válida.
Líder Liberal: Ele permite que os colaboradores tenham total controle sobre as
decisões no ambiente de trabalho e, dificilmente, aplica punições. Sua capacidade
de demonstrar confiança na autonomia da equipe é um importante combustível
para o aumento da motivação, mas pode se transformar em um problema pela
sua falta de firmeza e rejeição em assumir responsabilidades. Não oferecer
qualquer comando ou supervisão pode prejudicar resultados e o próprio desempenho dos
profissionais, que se sentem perdidos ao executar suas atividades e perdem o senso de autoridade
na empresa, o que gera a falta de respeito e desavenças.
Líder Democrático: A palavra de ordem que rege o trabalho desse tipo de líder é o equilíbrio. Sua
postura permite que todos os liderados participem da tomada de
decisão, fornece feedback, aceita sugestões e até críticas. No
entanto, diferente do líder liberal, ele assume responsabilidades
e orienta os membros da equipe. Este líder é encorajador,
interage bem com todos e consegue inspirar pelo exemplo, e não
pelo poder. Mas ele precisa encontrar um meio-termo entre o que é bom para o crescimento da
empresa e o que é bom para os liderados, ou pode perder o controle. Ao encontrar o equilíbrio
necessário, a consequência será uma equipe produtiva, motivada, confiante, mas, acima de tudo,
comprometida com seu papel profissional.
Líder Paternalista: Como seu nome mesmo diz, este líder assume um papel
de pai. Sua relação interpessoal com os colaboradores é muito forte, mas ele
pode estabelecer um comportamento ambíguo perigoso, com um forte senso
de controle e domínio ou extremamente permissivo, sem qualquer limite ou
regra aplicada. O perigo dessa liderança é a falta de equilíbrio, principalmente,
se a equipe não é madura. Uma postura paternalista faz com que esses
colaboradores não enxerguem o líder como um líder, e sim como um familiar, o que pode
comprometer o profissionalismo necessário para que os resultados sejam satisfatórios.
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Líder Visionário: É um dos mais fáceis de reconhecer no ambiente de trabalho. Esse é um dos tipos
de líderes que está sempre em busca de oportunidades inexploradas. Seu otimismo
latente é capaz de trazer leveza e motivar liderados, que são peças fundamentais
para fazer que as suas ideias deem certo. Ser um líder visionário trará muitos
benefícios para o seu trabalho, principalmente, em um mercado em constante
evolução.
Ter uma equipe motivada, comprometida, que de fato saiba trabalhar em equipe e que,
consequentemente, gere resultados, sempre será um dos principais desafios dos gestores. Isto
porque existem vários fatores que interferem nesse processo. Só por estarmos lidando com pessoas,
temos que entender que cada uma tem suas características, personalidade, seu perfil
comportamental, sua forma de agir, seu humor. Além disso, fatores externos e relacionais também
contribuem para o engajamento da equipe. A forma com que as pessoas se relacionam, o clima e
cultura da empresa e da equipe, a postura do líder, o ambiente econômico e social do país também
afetam o desempenho de uma equipe.
Dito isso, a seguir relacionaremos os fatores mais comuns que podem intervir no resultado da equipe.
25.1. Motivação
É difícil definir com precisão o que é motivação, porém, sabe-se que as pessoas executam alguma
ação, porque tem um motivo para tal, o motivo para a ação. Motivo, cada um tem o seu, pois todos
são diferentes. CHIAVENATO (1989) diz que a motivação é um aspecto cognitivo, ou seja, aquilo que
as pessoas sabem sobre si mesmas e sobre o ambiente em que vivem, bem como seus valores
pessoais e necessidades.
Motivação pode ser entendida como um estado interior que induz uma pessoa a assumir
determinados tipos de comportamentos e refere-se ao desejo de se alcançar algum objetivo. Resulta
dos desejos, necessidades e vontades de cada indivíduo.
Incentivação e motivação são conceitos correlatos, mas com sentidos diferentes. Enquanto a
incentivação é de ordem externa, isto é, parte de alguém, a motivação é de ordem interna, pertence
a alguém.
25.2. Cooperação
25.4. Resignação
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Este termo é utilizado no conceito CRM para identificar um comportamento cultural em relação ao
uso do verbo transferir, em vez de delegar, isto é, sabemos que a responsabilidade não pode ser
transferida e sim delegada.
São sistemas automáticos pelo qual os mecanismos controlam seu próprio funcionamento, quase
sem a interferência do homem. É usado para a execução de algumas funções, ou uma parte das
funções humanas, porém devidamente autorizada pelo operador.
Com o aumento do número e passageiros e consequentemente do número de aeronaves, a eficiência
do voo e sua segurança tornaram-se preocupações fundamentais.
Desta forma, durante a Segunda Grande Guerra Mundial, o progresso da automação alavancou,
surgiram sistemas elétricos e eletrônicos, que eram usados para fornecer informações sobre diversos
sistemas na aeronave.
Já na década de 50 informações mais precisas passaram a ser necessárias devido ao aumento da
velocidade, altitude e capacidade das aeronaves. Desta forma surgiram equipamentos que integram
informações.
Em seguida se introduziu equipamentos de aviso de proximidade com o solo, sistemas anti-colisão e
equipamentos de navegação cada vez mais complexos.
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Gestão da Automação:
Toda empresa no que se refere ao programa de treinamento, tem um programa de reciclagem do
sistema de automação de cada aeronave.
Com o advento da automação, o piloto passou a ser o gerenciador de sistemas e, segundo a OACI
(Organização da Aviação Civil Internacional), a tripulação deve utilizar o máximo da automação
possível, disponível nas aeronaves.
Mas para tanto, é necessário o cuidado, visto que a aeronave atende a tudo o que for inserido nos
diversos sistemas de automação.
Para que isso ocorra, é necessário o conhecimento geral e complexo dos tripulantes em relação à
área e aeroportos operados, evitando o risco de complacência, enfatizando a importância do fator
humano.
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BLOCO IV
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CONHECIMENTOS GERAIS
DE AERONAVES
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10. Centro de Gravidade, Limites, C.M.A., Distribuição de Pesos .... Pag. 491
10.1. Distribuição de Pesos ............................................................................. Pag. 491
10.2. Centro de Gravidade (CG.) ..................................................................... Pag. 492
10.3. Deslocamento do CG. ............................................................................. Pag. 492
10.4. Limites do CG. ........................................................................................ Pag. 492
10.5. Corda Média Aerodinâmica (CMA) ........................................................ Pag. 492
10.6. Linha Datum (DATUM LINE) ................................................................... Pag. 492
10.7. Estação (STA) .......................................................................................... Pag. 492
10.8. Efeitos de um Mau Balanceamento ...................................................... Pag. 493
10.9. Pesos Máximos – Definições ................................................................. Pag. 493
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1.1.1. AERODINÂMICA
Atualmente, diante de nossos olhos, decolam enormes aeronaves pesando centenas de toneladas. A
ciência que explica como isto é possível é chamada AERODINÂMICA.
AERODINÂMICA é, portanto, a ciência que estuda o movimento do ar ao redor dos corpos e vice-
versa: ou seja, estuda as forças produzidas pelo movimento relativo entre o ar e os corpos.
2.1. Aeróstatos
AERÓSTATOS: são chamados "mais leves que o ar". Elevam-se segundo o Princípio de Arquimedes,
que diz, basicamente, “que todo corpo mergulhado num fluido sofre um esforço de baixo para
cima”. Os principais aeróstatos são os BALÕES E DIRIGÍVEIS.
2.2. Aeródinos
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São chamados "mais pesados que o ar". Seu voo baseía-se no TEOREMA DE BERNOULLI e na 3ª LEI
DE NEWTON (princípio de Ação e Reação).
O teorema de Bernoulli diz: "num fluido em movimento, quando a velocidade aumenta, a pressão
diminui e vice-versa".
2.3. Asas
As asas dão a sustentação necessária ao voo do avião. Podem, também, ser usadas para alojamento
do trem de pouso, tanques de combustível e berço dos motores.
Considerando-se o conjunto de asas como um PLANO, pode-se classificar os aviões quanto ao número
de planos de asa.
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Atualmente, vemos apenas aviões monoplanos ou biplanos (utilizados, para voos acrobáticos)
Há mais uma classificação, que é sobre o tipo de fixação da asa na fuselagem. Pode-se ter:
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Deve-se conhecer os elementos externos e internos de uma asa, para estudos posteriores. Os
elementos são:
NERVURAS: dão o formato à asa. Podem ser VERDADEIRAS (do bordo de ataque ao bordo de fuga),
FALSAS (apenas no bordo de ataque) ou DE COMPRESSÃO (localizadas próximas ao trem de pouso).
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TIRANTES: (cordas de piano): são cabos de aço esticados em diagonal para suportar esforços de
tração.
.
CHAPAS DE ALUMÍNIO: é o revestimento mais utilizado atualmente, por ser o
mais resistente. É colocado através de rebites.
Quando o revestimento contribui para aumentar a resistência da asa, ele é
chamado de TRABALHANTE.
Quando não, é chamado NÃO TRABALHANTE.
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2.4. Empenagem
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Os aviões possuem um sistema que permite o recolhimento do trem de pouso para redução do atrito
com o ar. Devido a isto, podem ser chamados:
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A parte do trem de pouso que, normalmente, está localizado sob as asas, é chamada TREM PRINCIPAL
e a outra parte é a RODA DIRECIONAL.
Quando esta RODA DIRECIONAL está localizada à FRENTE do TREM PRINCIPAL, este avião é
classificado como TRICICLO.
2.6. Fuselagem
FUSELAGEM: é a parte destinada à acomodação dos passageiros, tripulação e carga. Tem formato
cilíndrico e serve, também, para fixação de asas, empenagem e motores (se for o caso).
Sendo a fuselagem destinada à acomodação de pessoas, esta é classificada de acordo com o número
de lugares. Como segue:
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As superfícies de comando do avião são partes móveis destinadas a dar ao piloto o controle de voo.
Permitem que o avião suba, incline, faça curvas, etc. As superfícies de comando dividem-se em dois
grupos:
3.1. Primárias
3.2. Secundárias
SECUNDÁRIAS: COMPENSADORES.
4. Definições
Serão vistas, a seguir, algumas definições que devem ser estudadas para que se possa entender o
porquê do voo dos aviões.
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4.2. Aerofólio
PERFIL ASSIMÉTRICO: a curvatura do extradorso é maior que a do intradorso. É utilizado nas asas,
porque, na posição horizontal, produz força de sustentação.
4.3. Envergadura
A distância medida de uma ponta de asa até a outra é chamada ENVERGADURA. A determinação da
ENVERGADURA é necessária para o cálculo do alongamento, que é um fator diretamente ligado à
SUSTENTAÇÃO do avião.
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4.4. Diedro
Em alguns aviões, quando observados de frente, percebe-se que as asas estão "para cima". Este
posicionamento das asas é chamado DIEDRO.
Por definição, DIEDRO É O ÂNGULO FORMADO ENTRE O PLANO DE ASAS E O EIXO TRANSVERSAL DO
AVIÃO (linha imaginária que corta o avião transversalmente).
Quando o plano de asas está "para cima", o avião tem DIEDRO POSITIVO, e quando está "para baixo"
tem DIEDRO NEGATIVO" (é o caso de aviões de asa alta, em geral).
4.5. Enflechamento
Ser for possível observar-se os aviões de cima, vê-- se que alguns possuem o bordo de ataque das
asas perpendicular à fuselagem e outros possuem o bordo de ataque "para trás". Este efeito é
denominado ENFLECHAMENTO.
Quando o bordo de ataque está a 90º com a fuselagem, tem-se ENFLECHAMENTO NEUTRO, e quando
está "para trás", tem se ENFLECHA-MENTO POSITIVO.
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O estudo das forças que surgem nos aviões, em voo, está relacionado com o movimento do ar. Este
movimento é chamado ESCOAMENTO, que é o termo utilizado para os fluidos (no caso, o ar). Fluido
é um corpo que não possui forma fixa; são os líquidos e os gases. O escoamento pode ocorrer de duas
maneiras:
Ainda em relação ao ar, pode-se dizer que ele apresenta dois tipos de pressão:
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Por volta de 1750, um suíço chamado DANIEL BERNOULLI, estudando os fluidos, estabeleceu que:
Esta lei, que constituía base do voo dos aviões (aeródinos), foi provada, anos mais tarde, por GIOVANI
VENTURI, que criou um equipamento denominado TUBO DE VENTURI. A característica essencial deste
tubo é que ele possui um estreitamento no centro, onde Venturi pôde constatar que, neste
estreitamento, o ar sofre AUMENTO DE VELOCIDADE e DIMINUIÇÃO DE PRESSÃO.
Os aerofólios foram criados tendo por base o Tubo de Venturi. Normalmente, os aerofólios (no caso,
as asas) têm a curvatura do extradorso maior que a do intradorso, formando um perfil assimétrico.
Com isto, o ar no extradorso sofre um estreitamento como no tubo de Venturi, onde as paredes são
formadas pela asa e pelo ar que não se altera, como mostra a figura a seguir.
Como se vê, o ar ao passar no extradorso, tem sua Pressão diminuída e sua Velocidade aumentada.
No intradorso, a Pressão praticamente não se altera. Portanto, como a Pressão no extradorso ficou
menor que a do intradorso, haverá o aparecimento de uma força de baixo para cima que fará com
que o avião levante o voo. Esta força é chamada de RESULTANTE AERODINÂMICA. Ela tende a puxar
a asa para trás e para cima, porque a resistência do ar força a asa para trás e a diferença de pressão
entre o extradorso e o intradorso, força a asa para cima.
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5.5. Winglets
Atualmente, quase 100% das aeronaves de grande porte que saem de fábrica vem
com winglets.
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Para sentirmos o VENTO RELATIVO, basta por a mão para fora num
carro em movimento. Sentir-se-á a resistência do ar tentando puxar a
mão para trás.
MESMA DIREÇÃO: se o avião está com ângulo de 10º, o VR. está com 10°.
MESMA VELOCIDADE: se o avião está com 500 Km/h, o VR., está com 500 Km/h.
SENTIDO CONTRÁRIO: se o avião está subindo, o VR. está descendo.
Após o estudo sobre o aparecimento da Sustentação e do Arrasto, deve-se conhecer os fatores que
possam alterar ambas as forças. Os fatores mais estudados são:
O ÂNGULO DE ATAQUE é o ÂNGULO FORMADO ENTRE A CORDA DA ASA E A TRAJETÓRIA (OU VENTO
RELATIVO) DO AVIÃO.
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Quando o avião atinge este ângulo, os filetes de ar começam a ficar turbilhonados no extradorso,
porque não conseguem acompanhar a excessiva curvatura da asa. Se o avião ultrapassar este ângulo,
a Sustentação diminuirá bruscamente e o Arrasto estará muito elevado, devido ao turbilhonamento
no extradorso da asa. Este fenômeno é denominado ESTOL.
Como o Ângulo de Ataque é muito importante para o voo, alguns aviões, normalmente os jatos,
possuem em indicador de Ângulo de Ataque (AOA).
Nos que não os tiverem, o piloto usará do Velocímetro para controlar o Ângulo de Ataque.
Um outro ângulo importante é o ÂNGULO DE INCIDÊNCIA. ESTE ÂNGULO É FORMADO PELA CORDA
DA ASA E O EIXO LONGITUDINAL do avião (eixo imaginário que vai do nariz à cauda). É um ângulo
invariável, porque a asa já vem com ou sem este ângulo.
• SUSTENTAÇÃO
• ARRASTO
• TRAÇÃO
• PESO
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A Força que se equilibra com a Sustentação é o PESO. O PESO é APLICADO no CG, e representa a força
de atração da Terra sobre o avião. Varia diretamente com a massa e a aceleração da Gravidade.
Quando a SUSTENTAÇÃO e o PESO estiverem iguais, o avião estará mantendo voo reto e horizontal.
A força que se equilibra com o ARRASTO é a TRAÇÃO, que é a força produzida pelos motores do avião.
Quando o ARRASTO e a TRAÇÃO, estiverem iguais, o avião estará mantendo Velocidade Constante.
Fazendo-se um estudo relacionado ao pouso dos aviões, tem-se o fato de que, geralmente, no pouso
o piloto provoca um ESTOL. Para auxiliar nessa operação, foram criados dispositivos que aumentam
a Sustentação ou retardam o Estol do avião, permitindo, assim, uma menor velocidade de
Aproximação que irá diminuir a distância de pouso. Estes dispositivos são chamados DISPOSITIVOS
HIPERSUSTENTADORES.
Todos os tipos de Flape servem ainda como freio aerodinâmico, porque aumentam o arrasto.
Os Flapes podem ser usados também para diminuir a distância de pista necessária para a decolagem.
SLAT é uma porção do próprio bordo de ataque (parte frontal) da asa que se
desloca à frente para permitir a passagem de ar da parte inferior (intradorso)
para a parte superior (extradorso) pela fenda ali formada (SLOT), melhorando
assim o escoamento do ar em elevados ângulos de ataque.
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Na figura abaixo podermos verificar que o fluxo de ar é redirecionado pelo SLOT quando acionamos
o SLAT, deste modo a Sustentação é mantida na asa.
Um avião, quando afastado da condição de equilíbrio (por ex.: numa turbulência), pode se comportar
de três diferentes maneiras:
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EIXO LATERAL: linha imaginária que atravessa o avião lateralmente, de uma ponta da
asa à outra. Também chamado de eixo transversal.
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O PONTO DE CRUZAMENTO DESTES TRÊS EIXOS É ONDE ESTÁ LOCALIZADO O CG. DO AVIÃO.
No item 1.1.III (Superfícies de Comando) Viu-se que os movimentos de subir, descer, inclinar, etc.,
são obtidos através das Superfícies de Comando Primárias - Aileron, Profundor e Leme de Direção.
8.1. Aileron
LEME DE DIREÇÃO: Produz o movimento para a esquerda ou direita, chamado GUINADA. O avião gira
em torno do Eixo Vertical. Para acionar o Leme de Direção, o piloto utiliza os PEDAIS. Quando o Leme
de Direção está para a esquerda, o avião vai para esquerda, e vice-versa.
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Quando comandamos os
pedais o nariz do avião se
move no sentido do pedal
comandado.
São utilizados para deslocamento do avião no solo, decolagem e, também, para vencer o ARRASTO.
De acordo com o número de motores, os aviões podem ser:
Os motores são classificados pelo processo que utilizam para produzirem a TRAÇÃO.
A TRAÇÃO é conseguida pelos gases que saem no (gases de escapamento). Também chamado de
motor à REAÇÃO. O ar é admitido, passa pelo COMPRESSOR, vai para a CÂMARA DE COMBUSTÃO e
depois para a TURBINA. Após, é enviado para o BOCAL DE DESCARGA.
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O sistema de EMBANDEIRAMENTO é
utilizado quando houver pane em um
motor. As pás da hélice do motor
inoperante são colocadas numa
posição em que produzam o mínimo
de Arrasto possível. Diz-se que a hélice
está em posição de "BANDEIRA",
porque as pás ficam alinhadas com o Vento Relativo, como uma bandeira tremulando ao vento.
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Definição: como já foi visto, CG é o ponto onde se dá o cruzamento dos 3 eixos em tomo dos quais a
aeronave se movimenta. É ainda o ponto de aplicação da resultante Peso Total da aeronave, sendo
que, caso esta seja suspensa pelo CG, apresentará equilíbrio.
Toda aeronave possui um "Envelope Aerodinâmico", ou seja, limites dianteiro e traseiro para a
localização (centragem) do Centro de Gravidade.
O CG, poderá se deslocar dentro destes limites do Envelope Aerodinâmico, porém nunca ultrapassá-
lo.
Linha reta que une o Bordo de Ataque ao Bordo de Fuga, e onde se localiza o Centro de Pressão (CP);
ponto de aplicação das forças aerodinâmicas (RA). Existe uma relação entre a posição do CG e do
Centro de Pressão, para estudo do Balanceamento. Deverá então ser estudada a variação do CG.
(dentro do Envelope Aerodinâmico) em relação a CMA.; para isto, deve-se conhecer:
CMA
• aumento do consumo;
• dificuldade em manter a cauda baixa no pouso;
• sobrecarga na roda de nariz;
• comandos pesados na decolagem.
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É o peso máximo com o qual uma aeronave poderá iniciar o Táxi, ou seja, sair dos calços e manobrar
até a cabeceira da pista, sem perigos de danos à sua estrutura. Este peso é estrutural e determinado
pelo fabricante.
O PMT é normalmente maior que o PMD; portanto, a diferença entre esses pesos é o combustível
que deverá ser queimado durante o Táxi, de forma que no momento da decolagem o peso do avião
não ultrapasse o PMD.
É o peso máximo de uma aeronave totalmente carregada, porém, sem combustível. É também um
peso estrutural, determinado pelo fabricante, motivado pela estrutura da seção central da asa e
devido aos fatores carga suportados durante o voo.
A principal base de sustentação do avião durante o voo são as asas; estas recebem um impulso de
baixo para cima que contraria o peso da fuselagem com toda a sua carga paga (passageiros, bagagem,
carga, etc). O desequilíbrio entre essas duas forças provoca um esforço na junção das asas, junto à
fuselagem.
Este esforço, aumentado pela flexão das asas, pode chegar até à quebra das mesmas. Por esta razão
o fabricante de uma aeronave determina o chamado Peso Máximo Zero Combustível (PMZC),
limitando assim a carga a embarcar.
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Esta pressão diferencial poderá ser positiva (quando a pressão interna for maior do que a pressão
externa) e negativa (quando a pressão externa for maior que a pressão interna).
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Na maioria dos casos, quando a ALTITUDE DA CABINE, atinge 10.000 pés soa um alarme na cabine
de comando avisando que a aeronave entrou em processo de despressurização; se a cabine atingir
14.000 pés, automaticamente máscaras de oxigênio cairão.
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METEOROLOGIA
M
E
T
E
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R
O
L
O
G
I
A
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ÍNDICE – METEOROLOGIA
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METEOROLOGIA
1. Caracterização da Meteorologia
1.1. Meteorologia
1.1.1. DEFINIÇÃO
Meteorologia é a ciência que estuda a atmosfera com foco nos diversos fenômenos e previsão
meteorológica.
Fenômenos meteorológicos são eventos observáveis e que são estudados por esta ciência.
Esses eventos ocorrem devido à interação de variáveis existentes na Atmosfera terrestre (e.g.
temperatura, pressão, vapor de água).
Em sua maioria, esses fenômenos ocorrem na troposfera/biosfera.
O clima é algo perpétuo da atmosfera. Todos os objetos que voam nela sofrerão influência por ela,
portanto, aviação e meteorologia são inseparáveis. Não podemos tratar a aviação somente como um
objeto de estudo acadêmico, afinal dependeremos da análise meteorológicas em todos os voos que
formos realizar.
Ao longo desta disciplina, discutiremos todos os aspectos meteorológicos e como eles se relacionam
com a operação e a segurança do voo.
Na aviação, características da atmosfera (e.g. direção e velocidade dos ventos, temperatura, presença
de precipitação, etc) são usadas para determinar como o clima influenciará na operação e segurança
do voo. Para comissários as informações meteorológicas também são importantes, pois
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podem anunciar a presença de turbulência, algo muito perigoso para esses profissionais. Ao longo de
uma turbulência, comissários precisarão afivelar os cintos de segurança por motivos de segurança de
voo e do trabalho.
Divulgação: É a transmissão, para fins de difusão no meio aeronáutico, das observações realizadas.
QUIZZ
1. O que é Meteorologia?
2. Onde ocorrem os principais fenômenos meteorológicos?
3. O que é Meteorologia Pura?
4. O que é Meteorologia Aplicada?
5. Qual segmento é responsável pelos estudos do vento?
6. Quais são as 5 fases da Informação Meteorológica?
7. Em qual fase ocorre a interpretação das observações que foram coletadas?
8. O que ocorre na fase de exposição dos dados analisados?
9. Qual é a importância do conhecimento sobre Meteorologia, para os Comissários de Voo?
10. Quais são as variáveis que terão relação com os eventos meteorológicos?
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O eixo terrestre do planeta terra (eixo de rotação) possui uma inclinação de aproximadamente 23o e
27’ em relação ao plano de translação (elíptica) que ele descreve ao redor do sol.
O seu movimento de rotação, que descreve um movimento de 365o em seu eixo de rotação, dura
aproximadamente 24 horas; o movimento de translação, revolução ou período orbital dura
aproximadamente 365 dias.
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1
Os solstícios e os equinócios, fenômenos astronômicos relacionados ao movimento
aparente do Sol, dão início às estações do ano. A incidência dos raios solares de maneira
desigual nos hemisférios marca o solstício de verão em um hemisfério e o solstício de
inverno em outro. A incidência dos raios solares
perpendicularmente sobre a linha do Equador faz com que os dois hemisférios recebem
igualmente a radiação solar. Dessa forma, marca-se o início da primavera em um dos
hemisférios e o início do outono no outro.
(1Mundo Educação. Geografia. Disponível em:
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/solsticios-equinocios.html. Acessado
em junho de 2019).
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QUIZZ
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3.1.1. DEFINIÇÃO
A Atmosfera é comparável a um cobertor que envolve a superfície terrestre. Ela atinge cerca de 600
quilômetros em sua última camada.
A vida na Terra é suportada pela atmosfera, energia solar e o campo magnético. A atmosfera absorve
a energia vinda do Sol, recicla a água e outros elementos químicos e é nela que os eventos
climatológicos ocorrem. Ela ainda protege os seres vivos e vegetação da radiação cósmica e das
condições frígidas do vácuo no espaço sideral.
3.1.2. COMPOSIÇÃO
Sua composição envolve uma grande mistura de gases. A grosso modo, do volume total da atmosfera,
sob condições de ar seco, o gás nitrogênio compõe 78%, enquanto que 21% é de oxigênio e 1% de
outros gases. Precisamos considerar que a atmosfera é ocupada por vapores d’água, sendo que ela
pode preencher até 4% do seu volume total.
3.1.3.1. Definição
O envelope de gases que recobre a superfície da Terra muda as suas características conforme
subimos. Cinco camadas da atmosfera foram identificadas por conta de variações térmicas,
composição química, movimento do fluido, densidade e pressão.
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Troposfera
É a primeira camada, em contato com a superfície
da Terra. A altura atinge:
07 a 09 KM nos Polos;
13 a 15 KM nas latitudes temperadas;
17 a 19 KM no equador.
É mais alta no verão do que no inverno e também sobre centros de alta pressão do que sobre centros
de baixa pressão, devido ao processo expansivo da atmosfera nessas condições. Sua principal
característica é a variação vertical da temperatura, também chamada “gradiente térmico”.
A temperatura na troposfera, também chamada de Biosfera (pois é a única que permite a vida como
estamos acostumados), decresce com a altitude, na vertical, cerca de 0,65oC/100M (perde-se 0,65
graus célsius para cada 100 metros subidos) ou 2oC/1000ft ou 3,6oF/1000ft, chamado gradiente
térmico normal ou positivo. Nos limites superiores da troposfera está localizada a
“corrente de jato” (Jet Stream) com fluxo de ventos fortíssimos, às vezes superiores a 200 nós,
predominando de oeste para leste, nas latitudes temperadas.
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Tropopausa
A camada de transição que separa
o topo da troposfera da camada
seguinte, que é a estratosfera.
Possui 3 a 5 KM de espessura. É
mais alta no equador e mais baixa
nos polos.
Nela, cessam todos os fenômenos
de tempo comuns à troposfera,
embora possa ser observado
grandes trovoadas (nuvem de
enorme desenvolvimento vertical).
A temperatura sobe por conta da absorção de energia (radiação cósmica) pelo ozônio O 3.
Dentro da estratosfera existe uma camada composta por ozônio e que chamamos de ozonosfera,
que apresenta 25 a 50KM de espessura, funcionando como filtro de radiações ultravioletas. A
dispersão da luz solar (que origina o céu azul) ocorre nesta camada atmosférica.
Mesosfera
Na mesosfera a temperatura diminui com a altitude. Esta é a camada atmosférica onde há uma
substancial queda de temperatura, chegando até a -90 °C em seu topo. É na mesosfera que ocorre o
fenômeno da aeroluminescência das emissões da hidroxila (auroras boreal e austral); é nela que se
dá a combustão dos meteoritos ou qualquer outro objeto que passe por lá.
Termosfera
Camada eletrizada, ótima condutora de eletricidade devido à presença de íons eletrificados. A
ionização da camada é consequência da absorção dos raios gama, X (ambos ionizantes) e
ultravioleta penetrantes do Sol. Atinge de 400 a 500 KM. Podemos chamar essa parte da Termosfera
de Ionosfera. Sua ionização é maior durante o dia devido ao efeito da radiação solar.
Apresenta carga positiva em contraste com a carga negativa da superfície terrestre. É nesta camada
que temos a reflexão de ondas de rádio, importantes para a aviação.
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A Termosfera possui gradiente negativo (aumento de temperatura com altitude) devido a radiação
cósmica e solar, que é abundantemente absorvida por ela. Sua temperatura pode chegar a milhares
de graus, se considerarmos picos da atividade solar.
A temperatura também é alta devido a pressão extremamente baixa nessa região. A baixa pressão
permite que as moléculas tenham mais espaço para se movimentar, sem contar o fato de que em
ambientes de baixa pressão os gases precisam de menos energia para se aquecerem.
Exosfera
Ocorre a mudança gradativa da atmosfera terrestre em espaço interplanetário, sem limite definido.
É tão ionizada quanto a ionosfera: supõe-se que sua altura atinja 1000 KM. Não exerce a filtragem da
radiação cósmica e solar devido a pouca densidade de suas partículas. Ar muito rarefeito.
(2Sonnemaker, Baptista João - Meteorologia PP – PC – IFR – PLA, editora ASA 2009 30ª edição. p.15, 16 e 17)
Absorção: A absorção mais significativa é a que se passa nas camadas superiores da atmosfera onde
são absorvidas as energias mais penetrantes, tais como: Raios X, Raios Gama, Raios Ultravioletas. Os
raios que conseguem atingir a superfície, chamamos de insolação.
Difusão: Quando a luz passa por um meio cujas partículas sejam menores que o comprimento de
onda da própria luz, uma parte dela é difundida (espalhada) em todas as direções.
É o processo responsável pela restrição à visibilidade. A luz que melhor se difunde na atmosfera é
a de cor “azul”. A difusão é responsável pela coloração característica do céu ao nascer e por do Sol,
pelo brilho (luminosidade) do dia, pela coloração avermelhada do Sol em dias de fumaça ou névoa
seca. A difusão ou dispersão da luz começa na Estratosfera.
Reflexão: A energia de natureza luminosa é refletida de volta para o espaço, em sua maioria pelo
topo das nuvens e pela superfície terrestre.
Albedo: É a relação entre o total da energia refletida e o total da energia que incide sobre uma
superfície. Vários são os fatores que determinam o valor do albedo, dentre os quais: tipos de solo,
floresta, campo, neve, água, gelo, nuvens, grau de urbanização. A posição dos raios solares também
influencia no albedo.
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Ex.: No nascer e no pôr-do-sol o albedo é elevado (raios solares oblíquos ou inclinados). Ao meio dia
o albedo é baixo (raios solares verticais).
(3Sonnemaker, Baptista João – Meteorologia PP – PC – IFR – PLA, editora ASA 2009 30ª edição. p.12 e 13)
1 e 2
Pressão atmosférica é a pressão exercida pela atmosfera sobre a superfície. A pressão é
a força exercida por unidade de área, neste caso a força exercida pelo ar em um determinado ponto
da superfície. Se a força exercida pelo ar aumenta em um determinado ponto, consequentemente a
pressão também aumentará. A pressão atmosférica é medida por meio de um equipamento
conhecido como barômetro. O equipamento utilizado para registrar as pressões obtidas ao longo das
leituras é conhecido como barógrafo.
3
A pressão atmosférica varia com a temperatura, densidade, altitude, umidade, período do dia,
latitude e condições meteorológicas.
Para fins de cálculo, 1 hpa = 30 pés = 9 metros; 1 Pol = 1000 pés = 300 metros (valores aproximados).
Com a umidade – quanto maior a umidade do ar, menor será a pressão. Isso se deve ao peso
molecular da água (18kg/mol) que é menor do que o ar atmosférico (29kg/mol).
511
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Com a latitude – quanto maior a latitude, maior a pressão (aceleração da gravidade diminui no
sentido do equador).
Altitude é a distância vertical medida entre um ponto e um datum (uma superfície de referência) que
geralmente é o nível médio do mar (MSL).
(1Libardi, P. L. (2010). Água no solo. esalq.usp.br. Física do solo. Viçosa, MG: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo: 103-
52)
(2Çengel, Yunus A.; Cimbala, John M. (2015). Mecânica dos Fluidos 3ª ed. Porto Alegre, RS: AMGH Editora. p.81)
(3Sonnemaker, Baptista João – Meteorologia PP – PC – IFR – PLA, editora ASA 2009 30ª edição. p.27 e 28)
QUIZZ
1- A atmosfera é um filtro que protege seres orgânicos dos efeitos nocivos do quê?
2- A grosso modo, com ar seco, qual é a composição dos gases atmosféricos?
3- Por que a maioria dos eventos meteorológicos ocorrem na troposfera?
4- Qual é a principal característica da troposfera, conforme subimos nesta camada?
5- Cite os nomes das principais camadas estudadas.
6- Qual é a principal característica da tropopausa?
7- A ozonosfera está localizada em qual camada atmosférica?
8- A atmosfera tende a ser mais extensa próximo das latitudes:
9- O que é absorção, difusão, reflexão e albedo?
10- Conforme subimos na troposfera, a pressão atmosférica, temperatura e densidade irão:
4. Calor
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Segundo Sonnermaker (2009), calor é a energia cinética das moléculas de um corpo. Quanto maior a
agitação das moléculas maior é o calor do corpo. A concentração dessa energia determinará a
temperatura do corpo, sendo que quanto maior for a energia, maior a temperatura.
Note que, ao apertar a mão de uma pessoa que está com a mão mais fria, você sentirá que a sua mão
esfriará e a outra pessoa terá a sua mão aquecida. Isso se deve ao equilíbrio térmico entre corpos.
Esse equilíbrio poderá ser explicado através dos processos de propagação de calor.
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QUIZZ
5. Água
• Evaporação: O elemento irá evaporar. Ou seja, deixará o estado líquido e irá produzir vapores;
• Condensação: Os vapores irão condensar. Ou seja, ao tocar uma superfície mais fria, os
vapores vão se liquefazer.
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Em condições atmosféricas normais, o teor de água (em estado de vapor) na atmosfera varia de
praticamente 0 a 4%, em função dos elementos constituintes da atmosfera. O conteúdo de vapor
d’água é maior no equador do que nos polos (devido a variáveis atmosféricas, como pressão e
temperatura) e diminui com a altitude, tornando-se quase desprezível acima de 10.000 metros
(aproximadamente 33.000 pés). Esse teor de vapor de água presente na atmosfera, chamaremos de
Umidade Absoluta do Ar.
Consideraremos que a atmosfera, para fins de estudo, é composta apenas de elementos no estado
gasoso, exceto vapores d’água, e aerossóis e outros litometeoros (materiais suspensos na atmosfera).
Isso significa que a presença desses elementos diminuirá a densidade atmosférica.
Caso tenhamos uma umidade absoluta de 4%, a nossa atmosfera inicialmente composta por 78% de
oxigênio, 21% de oxigênio e 1% de outros gases, agora será composta por 74,88% de N 2 , 20,16% de
O 2 , e 0,96% de outros gases. Esse valor é obtido se considerarmos 96% (=0,96) de atmosfera, uma
vez que 4% foi ocupada por vapor d’água. Nitrogênio 78 X 0,96 = 74,88%; Oxigênio: 21 X 0,96 =
20,16%; Outros Gases 1 X 0,96 = 0,96%.
Ponto de orvalho designa a temperatura a qual o vapor de água presente no ar ambiente passa ao
estado líquido na forma de pequenas gotas por via da condensação, o chamado orvalho. Em outras
palavras, é a temperatura a qual o vapor de água que está em suspensão no ar começa a se condensar
(viraria "orvalho").
O ponto de orvalho é em definição técnica a temperatura para a qual a umidade relativa da massa de
ar em consideração atinge 100%.
Introdução
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O ciclo da água, conhecido cientificamente como o ciclo hidrológico, refere-se à troca contínua
de água na hidrosfera, entre a atmosfera, a água do solo, águas superficiais, subterrâneas e das
plantas. A ciência que estuda o ciclo hidrológico é a hidrologia.
A água se move perpetuamente através de cada uma destas regiões no ciclo da água constituindo os
seguintes processos principais de transferência:
Processos Hidrológicos
• Precipitação: consiste no vapor de água condensado que cai sobre a superfície terrestre
(chuva).
• Infiltração: consiste no fluxo de água da superfície que se infiltra no solo.
• Escoamento superficial: é o movimento das águas na superfície terrestre, nomeadamente do
solo para os mares.
• Evaporação: é a transformação da água no seu estado líquido para o estado gasoso à medida
que se desloca da superfície para a atmosfera.
• Transpiração: é a forma como a água existente nos organismos passa para a atmosfera.
• Evapotranspiração: é o processo conjunto pelo qual a água que cai é absorvida pelas plantas,
voltando à atmosfera através da transpiração ou evaporação direta (quando não absorvida).
• Condensação: é a transformação do vapor de água em água líquida, com a criação de nuvens
e nevoeiro.
Composição Química
A água pura (H 2 O) é um líquido cujas moléculas são formadas por dois átomos de hidrogênio e um
de oxigênio. Quando na atmosfera, pode reagir com determinados gases - como dióxido de enxofre
(SO 2 ), óxidos de nitrogênio (NO, NO 2 , N 2 O 5 ) e dióxido de carbono (CO 2 ) - ocasionando chuvas ácidas.
(3 National Weather Service. Dew Point vs. Humidity. Disponível em: https://www.weather.gov/arx/.
Acessado em 24 jul. 2019).
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6. Ventos
Segundo Sonnemaker (2009), vento é o deslocamento do ar num sentido horizontal tentando manter
um equilíbrio de pressão entre regiões atmosféricas. Sopra de uma região de alta pressão para de
baixa pressão.
O vento poderá acontecer próximo da superfície da terra, onde encontrará obstáculos (e.g.
edificações, relevo acidentado [montanhas, cânions], vegetação, etc). Devemos considerar, então, o
atrito produzido pelo contato do vento nesses obstáculos. Isso alterará a velocidade do vento.
Ventos de altitude conhecidos como Contra Alíseos, Jatos de Este, corrente de Berson, Ventos
Krakatoa, Vórtices Polares, Correntes de Jato (Jet Stream) apresentam velocidades de até 200KT e
são característicos em diferentes regiões, dos quais destacamos as Correntes de Jato que ocorrem
em regiões temperadas (equatoriais) e Polares que ocorrem, naturalmente, na regiões Polares.
Os ventos terão grande influência para os estudos de meteorologia e principalmente para a realização
dos voos.
Citamos a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) que é um dos mais importantes sistemas
meteorológicos tropicais e caracteriza-se por ser uma banda de baixa pressão e convergência
(encontro) dos ventos alísios (ventos gerados pela rotação da terra e que chegam a ocupar 1/3 da
superfície do planeta, soprando de NE no hemisfério norte e de SE no hemisfério sul) em baixos níveis,
ou seja, próximo a superfície, ao longo da faixa equatorial. Aeronaves poderão experimentar fortes
turbulências ao cruzar regiões equatoriais. Recomenda-se muita cautela e atenção por parte dos
aeronautas, para que metidas de proteção sejam tomadas (e.g. evitar manter serviço de bordo ao
longo dessa região, manter o aviso de atar cintos ligados e reforçar aos clientes da necessidade de
mantê-los afivelados).
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Força de Gradiente de Pressão, força de Coriolis, Força Centrífuga e Força de Atrito – Definições
Segundo Sonnemaker (2009), se relacionam com o vento 5 forças elementais que nos ajudarão a
entender como ele se comportará na atmosfera.
2- Força da Gravidade – G
A força da gravidade atua sobre o ar,
arrastando-o para baixo. O Ar mais denso e
pesado fica por baixo do ar mais leve.
3- Força Centrífuga – C
Força o ar para fora do centro de curvatura opondo-se à força centrípeta, em toda trajetória
curvilínea.
4- Força de Coriolis – F
Força desviadora, aparente, devido à rotação da Terra, como resultante das forças centrífuga e de
gravidade. É mais evidente nos polos, devido a interação da velocidade angular da Terra em relação
com a Latitude. Tende a ser desprezível em latitudes tropicais e equatoriais.
5- Força de Atrito – A
Força que oferece resistência ao deslocamento do ar (fricção); provoca desvio geral no sentido das
baixas pressões: no Hemisfério Sul para a direita; no Hemisfério Norte para a esquerda.
Diminui a velocidade do vento nas camadas mais baixas da atmosfera.
Camada de atrito (nível de atrito):
600 M sobre a água;
900 M sobre terra plana;
1800 M sobre área montanhosa.
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1- O que é o vento?
2- O que é uma corrente de jato?
3- O vento influenciará a operação de aeronaves? Como?
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7. Nuvens
Formação de Nuvens:
Há vários processos de formação das nuvens e consequentes formas e dimensões.
As nuvens são formadas pelo resfriamento do ar até a condensação da água, devido a subida e
expansão do ar. É o que sucede quando uma parcela de ar sobe para níveis onde a pressão
atmosférica é cada vez menor e o volume de ar se expande. Esta expansão requer energia que é
absorvida do calor da parcela, e, por isso, a temperatura desce. Este fenômeno é conhecido por
resfriamento adiabático. A condensação e congelamento ocorrem em torno de núcleos apropriados,
processos que resultam ao resfriamento adiabático, o qual, em troca, resulta de ar ascendente. Uma
vez formada a nuvem poderá evoluir, crescendo cada vez mais, ou se dissipar. A dissipação da nuvem
resulta da evaporação, das gotículas de água que a compõem motivada por um aumento de
temperatura decorrente da mistura do ar com outra massa de ar mais aquecida, pelo aquecimento
adiabático ou, ainda, pela mistura com uma massa de ar seco. Uma nuvem pode surgir quando a
massa de ar é forçada a deslocar-se para cima acompanhado o relevo do terreno. Essas nuvens, ditas
de "origem orográfica" também decorrem da condensação do vapor de água devido ao resfriamento
adiabático do ar.
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Após formadas, as nuvens podem ser transportadas pelo vento no sentido ascendente ou
descendente. No primeiro caso a nuvem é forçada a se elevar e, devido ao resfriamento, as gotículas
de água podem ser total ou parcialmente congeladas. No segundo caso, a nuvem pode se dissipar
pela evaporação das gotículas de água. Assim, a constituição da nuvem vai depender da temperatura
que apresenta e da altura onde ela é observada.
Podem ser líquidas (constituídas por gotículas de água), sólidas (constituídas por cristais de gelo) e
mistas (constituídas por gotículas de água e cristais de gelo).
Definições;
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Stratuscumulus (SC), Stratus (ST), Nimbostratus (NS), Altocumulus (AC), Altostratus (AS), Cirrus
(CI), Cirrocumulus (CC), Cirrostratus (CS), Cumulus (CU), Cumulusnimbus (CB)
Características principais de cada tipo. Efeitos de cada tipo sobre o voo
Médias:
Altostratus (AS): camadas cinzentas ou azuladas, muitas vezes associadas a altocumulus; compostas
de gotículas superesfriadas e cristais de gelo; não formam halo, encobrem o sol; precipitação leve e
contínua.
Altocumulus (AC): banco, lençol ou camada de nuvens brancas ou cinzentas, tendo geralmente
sombras próprias. Constituem o chamado "céu encarneirado".
Baixas:
Stratus (St): muito baixas, em camadas uniformes e suaves, cor cinza; coladas à superfície
(nevoeiro); apresenta topo uniforme (ar estável) e produz chuvisco (garoa). Quando se apresentam
fracionadas são chamadas fractostratus (FS).
Stratocumulus (SC): lençol contínuo ou descontínuo, de cor cinza ou esbranquiçada, tendo sempre
partes escuras. Quando em voo, há turbulência dentro da nuvem.
Nimbostratus (NS): aspecto amorfo, base difusa e baixa, muito espessa, escura ou cinzenta; produz
precipitação intermitente e mais ou menos intensa.
Cumulonimbus (CB):
Nuvem de trovoada; base entre 700 e 1.500 m, com topo podendo chegar em torno de 20 km de
altura, sendo a média entre 9 e 12 km; são formadas por gotas de água, cristais de gelo, gotas
superesfriadas, flocos de neve e granizo. Caracterizadas pela "bigorna": o topo apresenta expansão
horizontal devido aos ventos superiores, lembrando a forma de uma bigorna de ferreiro, e é
formado por cristais de gelo, sendo nuvens do tipo Cirrostratos (CS).
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8. Nevoeiros
Nevoeiro é uma suspensão de minúsculas gotículas de água ou cristais de gelo numa camada de ar
próxima à superfície da Terra. Por convenção internacional, usa-se o termo nevoeiro quando a
visibilidade horizontal no solo é inferior a 1 km; quando a visibilidade horizontal no solo é superior a
1 km, a suspensão é denominada neblina. O nevoeiro é uma nuvem com base em contato com o solo.
O nevoeiro pode formar-se quando o ar se torna saturado através de resfriamento radiativo,
resfriamento advectivo, resfriamento por expansão (adiabático) ou por adição de vapor d’água.
O nevoeiro de advecção ocorre quando ar quente e úmido passa sobre uma superfície fria,
resfriando-se por contato e também por mistura com o ar frio que estava sobre a superfície fria, até
atingir a saturação. Uma certa quantidade de turbulência é necessária para um maior
desenvolvimento do nevoeiro. Assim, ventos entre 10 e 30 km/h são usualmente associados com
nevoeiro de advecção. A turbulência não só facilita o resfriamento de uma camada mais profunda de
ar, mas também leva o nevoeiro para alturas maiores. Diferentemente dos nevoeiros de radiação,
nevoeiros de advecção são frequentemente profundos (300-600 m) e persistentes.
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O nevoeiro orográfico é criado quando ar úmido sobe um terreno inclinado, como encostas de
colinas ou montanhas. Devido ao movimento ascendente, o ar se expande e resfria adiabaticamente.
Se o ponto de orvalho é atingido, pode-se formar uma extensa camada de nevoeiro.
Quando ar frio se move sobre água mais quente, a água evapora, aumentando a razão de mistura do
ar (ou pressão de vapor) que, com suficiente evaporação, pode atingir a umidade relativa de 100%.
A saturação ocorre ainda que o ar seja aquecido um pouco em contato com a água mais quente. O
aumento na umidade relativa, causada pela rápida evaporação, compensa a diminuição da umidade
relativa causada pelo aquecimento do ar pela água. Como o ar é aquecido por baixo, ele é
instabilizado, sobe, e o vapor d’água encontra o ar mais frio, condensando-se e subindo com o ar que
está sendo aquecido por baixo. O nevoeiro então aparece como correntes ascendentes que lembram
fumaça ou "vapor". Por esta razão, o nevoeiro produzido quando ar frio entra em contato com água
mais quente é denominado nevoeiro de vapor. Ocorre frequentemente sobre lagos e rios no outono
e início do inverno, quando a água pode ainda estar relativamente quente. O mesmo fenômeno
também ocorre em dias frios sobre uma piscina externa aquecida. A saturação por adição de vapor
pode ocorrer também por evaporação de chuva em ar frio próximo ao ponto de orvalho (nevoeiro
frontal ou de precipitação). O nevoeiro de vapor é frequentemente muito raso, pois quando sobe,
reevapora no ar não saturado acima.
Por serem próximos à superfície, nevoeiros e névoas restringirão a visibilidade dos pilotos. Isso
implicará na necessidade de operações por instrumentos. Por vezes é comum que o piloto
descontinue a aproximação por falta de condições visuais e até mesmo não inicia o voo por falta de
contato visual com pátios, pistas e demais estruturas do complexo aeroportuário.
Nevoeiros tendem a ocorrer quando a UR é maior do que 97%. Névoas, entretanto, ocorrem quando
a UR é maior que 80% e menor que 97% (névoa úmida) e menor que 80% (névoa seca); essa associada
ao processo de condensação da água que é misturada com litometeoros (e.g. poeira, cinzas, areia,
partículas poluentes, etc).
QUIZZ
1- O que é um nevoeiro?
2- O que difere nevoeiro da névoa?
3- Nevoeiros tendem a se formar próximos da:
4- Nevoeiros e névoas tendem a prejudicar qual função sensorial do piloto?
5- Explique a importância dos processos advectivos para formação de nevoeiros e névoas.
6- O que é o nevoeiro de radiação?
7- O que é o nevoeiro orográfico?
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9. Turbulência
Turbulências são flutuações casuais do fluxo do vento, as quais são instantâneas e irregulares.
(Sonnemaker, 2009).
Elas podem apresentar graus de intensidade, sendo leve, moderada, forte (ou severa) e severa (ou
extrema). Os pilotos precisam agir de forma a garantir a segurança dos passageiros e tripulantes,
analisando de forma assertiva as condições meteorológicas antes e durante o voo. Em situações onde
se encontre no caminho turbulências moderadas e mais fortes, o uso dos cintos é mandatório. Os
pilotos devem informar através dos avisos luminosos de atar cintos e os comissários precisam
reforçar o aviso.
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A turbulência mecânica é causada pelo fluxo do vento através de uma estrutura sólida (montanha,
prédios, hangares dos aeroportos, morros etc).
(ANAC, disponível em: https://www.anac.gov.br/assuntos/setor-regulado/profissionais-da-aviacao-civil/meteorologia-
aeronautica/condicoes-meteorologicas-adversas-para-o-voo/turbulencia.
Acessado em: 31 jul. 2019.)
Turbulência de Céu Claro (CAT) é definida como turbulência súbita e severa que ocorre em regiões
sem nuvens que causam grande estresse a estrutura da aeronave. Este termo é comumente aplicado
a turbulência de maior altitude associada ao cisalhamento do vento.
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Trata-se de uma turbulência de alta altitude encontrada fora das nuvens convectivas.
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ou seja, estão "in trail", voando próximas umas das outras. Esta situação é encontrada principalmente
perto do solo, na vizinhança de aeroportos, onde as aeronaves estão em aproximação ou partida.
Para fins de relato e previsão, a turbulência é graduada em uma escala relativa, de acordo com seu
efeito percebido ou potencial em uma aeronave, sendo classificada como Leve, Moderada, Severa e
Extrema.
A turbulência leve é a menos severa, com mudanças leves de atitude e / ou altitude.
A turbulência moderada ocasiona variações na velocidade, altitude e atitude da aeronave, mas a
aeronave permanece sempre em controle.
A turbulência severa é caracterizada por grandes e abruptas mudanças de atitude e altitude, com
grandes variações na velocidade do ar. Pode haver breves períodos em que o controle efetivo da
aeronave é perdido. Objetos soltos podem se mover pela cabine e podem ocorrer danos as estruturas
da aeronave.
A turbulência extrema é capaz de causar danos estruturais e resultar diretamente na perda do
controle da aeronave.
A avaliação de turbulência em voo é essencialmente subjetiva. Os casos mais comumente relatados
envolvem turbulência leve ou moderada, embora para pilotos inexperientes, especialmente em
aeronaves pequenas, essas condições possam parecer graves.
A percepção da severidade da turbulência experimentada por uma aeronave depende não apenas da
força do distúrbio do ar, mas também do tamanho da aeronave - uma turbulência moderada em uma
aeronave grande pode parecer severa em uma aeronave pequena. Por esse motivo, os relatos de
eventos de turbulência devem mencionar o tipo de aeronave, para auxiliar na avaliação da relevância
para outros pilotos que estão voando na mesma área ou que se aproximem dela.
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QUIZZ
1- O que é turbulência?
2- Quais são os seus níveis de severidade?
3- O que é uma tesoura de vento?
4- O que é a turbulência térmica?
5- O que é CAT?
6- O que o comissário deve fazer em situações de turbulência?
7- Turbulências orográficas ocorrem em qual tipo de relevo?
8- O que é turbulência mecânica?
9- Em pousos e decolagens, os pilotos devem tomar quais tipos de cuidados?
10- O que é uma esteira de turbulência?
10. Frentes
Frente é uma zona de transição entre duas massas de diferentes densidades e temperaturas,
causando uma grande mudança nas variáveis meteorológicas. Agem no sentido de diminuir o
gradiente horizontal de temperatura (levando o ar polar para a região tropical e ar tropical para a
região polar).
Causam variações na distribuição de precipitação e temperatura ao longo de grandes extensões
territoriais.
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10.2. Tipos: frente fria, frente quente, frente oclusa e frente estacionária.
Frente Fria
A extremidade principal de uma
massa de ar fria que avança
deslocando o ar quente de seu
caminho. Geralmente, com a
passagem de uma frente fria, a
temperatura e a umidade
diminuem, a pressão sobe e o
vento muda de direção
(normalmente do sudoeste para
o noroeste no Hemisfério
Norte). Precipitação geralmente
antecede ou sucede a frente fria
e, de forma muito rápida, uma
linha de tormenta pode
antecipar a frente.
Frente Quente
Extremidade principal de uma
massa de ar quente que, ao
avançar, substitui uma massa
de ar relativamente fria que
está indo embora. Geralmente,
com a passagem de uma frente
quente, a temperatura e a
umidade aumentam, a pressão
atmosférica sobe e, embora os
ventos troquem de direção
(em geral, do sudoeste para o
noroeste no Hemisfério Norte), a passagem de uma frente quente não é tão pronunciada quanto a
passagem de uma frente fria. Precipitação em forma de chuva, neve, ou garoa, geralmente
antecedem a frente na superfície, assim como chuvas convectivas e temporais. Sob temperaturas
mais frias, nevoeiros também podem anteceder a entrada da frente quente. Em geral, o ar fica claro
depois da passagem da frente, mas algumas condições para nevoeiro também podem ser produzidas
pelo ar quente.
Frente Oclusa
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Também conhecida como "oclusão", é uma frente complexa que se forma quando uma frente fria se
encontra com uma frente quente. Desenvolve-se quando três massas de ar de temperaturas
diferentes colidem. O tipo de fronteira criado por elas depende da maneira como elas se encontram.
Frente estacionária
Frente que é quase estacionária, ou que se move muito pouco desde sua última posição sinóptica.
Também é conhecida como frente semi-estacionária.
QUIZZ
11. Trovoada
Ocorrem cerca de 40.000 trovoadas diariamente no globo terrestre. São definidas como sendo a
manifestação final do desenvolvimento de uma nuvem cumulonimbus (CB). (Sonnemaker, 2009.
p.97) Sua formação depende de ar instável, umidade e correntes convectivas de ar.
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Estágio de cumulus: caracteriza-se pelas correntes ascendentes com velocidade de até 60km/h e por
poucas correntes descendentes. Precipitação nula em superfície, chuva e neve acima do nível de 00C.
Podem atingir 25.000 pés. Nessa fase, são chamados TCU (Torre de Cumulus).
Estágio de maturidade (madureza): caracteriza-se por correntes ascendentes que são equilibradas
por correntes descentes adjacentes, as quais atingindo o solo produzem ventos fortes, em forma de
rajadas, que sopram para fora da área de trovoada. Nessa etapa ocorre o relâmpago. Ocorrência de
muita turbulência.
As correntes apresentam velocidade vertical que pode atingir valores superiores a 100km/h. No nível
inferior da nuvem, temos chuva; no nível médio, chuva e gelo e no superior, gelo.
Ocorrem rajadas de vento e precipitação intensas.
QUIZZ
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12. Gelo
O gelo na estrutura externa da aeronave diminui a sua sustentação, aumenta o peso, o arrasto e a velocidade
de perda de sustentação. Além disso, afeta o próprio controle da aeronave, aumenta o consumo
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Existem, por conta dos fatores mencionados acima, alguns pontos críticos de congelamento:
Usualmente a aviação adota algumas medidas para evitar o congelamento das aeronaves em voo e também
em solo.
Antes das decolagens, equipes de solo utilizam um líquido quente que descongela a aeronave. Esse líquido
possui um agente anticongelante que altera o ponto de congelamento da água, evitando que ela congele
novamente enquanto em solo. Em voo, as altas velocidades e outros sistemas impedem o congelamento.
Os pilotos podem também usar o movimento das superfícies de controle da aeronave para, mecanicamente,
quebrar o gelo que aderiu nessa superfície.
QUIZZ
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NAVEGAÇÃO
N
A
V
E
G
A
Ç
Ã
O
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ÍNDICE – NAVEGAÇÃO
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NAVEGAÇÃO AÉREA
1. Introdução
2. Navegação Aérea
A palavra NAVEGAÇÃO é de origem latina, "navis" que significa embarcação, e "agere" que significa
locomover-se. Poderíamos definir navegação aérea como sendo a ciência que possibilita a um
navegador conduzir uma aeronave no espaço sobre a superfície da Terra, levando-a de um ponto a
outro. Implicitamente verificamos que, pela definição, navegar implica em determinar
constantemente dois elementos fundamentais, quais sejam:
LOCALIZAR e ORIENTAR.
3. Processos de Navegação
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Para a determinação dos dois elementos básicos: posição em relação a superfície terrestre e direção
a seguir, o navegador poderá se valer de diversos meios ou processos, a saber:
É aquele em que se utiliza referências visíveis na superfície terrestre, tais como: estradas de
Este método é o básico de todos os outros mais sofisticados e objeto principal do nosso curso.
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4.1.1. PÓLOS
São as extremidades de um eixo imaginário, em
torno do qual a Terra gira de oeste para este. A
Extremidade superior é chamada POLO NORTE e a
inferior, POLO SUL.
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4.2.3. EQUADOR
É um CIRCULO MÁXIMO que divide a Terra em duas
partes iguais, chamadas HEMISFÉRIO NORTE E SUL, e
cujo plano é perpendicular ao eixo imaginário. É o único
círculo máximo no sentido dos paralelos.
4.2.4. PARALELOS
São círculos paralelos ao Equador, cujos planos também
são perpendiculares ao eixo imaginário da Terra. Assim,
todos os paralelos são círculos menores.
4.3. Meridianos
São semi-círculos máximos limitados pelos pólos. Os meridianos são perpendiculares ao equador.
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Meridiano Zero, cujo valor em graus é de 000º . O meridiano de Greenwich divide a Terra em lado
Oriental (Leste) e Ocidental (Oeste).
4.3.2. ANTIMERIDIANO
É o meridiano diretamente oposto ao meridiano considerado pelo observador.
Assim o antimeridiano de Greenwich, é o meridiano 180º, também chamado de LINHA
INTERNACIONAL DE MUDANÇA DE DATA.
Qualquer meridiano poderá ser considerado como sendo do observador. Quando os meridianos
estiverem 180° separados entre si, um será o antimeridiano do outro. Observa-se, assim, que, se o
meridiano do observador é do lado W (Oeste), o antimeridiano terá de ser do lado E (Leste), e vice-
versa. EXEMPLO: Calcule o antimeridiano do meridiano 015°E.
RESPOSTA: Como o antimeridiano está com uma diferença de longitude de 180°, teremos:
1800 - 015° E = 165° W
4.3.3. LATITUDE
É um PARALELO, medido por um Arco de MERIDIANO contado a partir do Equador até o paralelo
considerado. As latitudes são expressas em GRAUS, MINUTOS e SEGUNDOS, sendo de 00° até 90°N
(Norte) ou 90°S (Sul).
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4.3.4. CO-LATITUDE
Complemento de latitude: Valor que somado ao valor da latitude dada
completa 90.º
4.3.5. LONGITUDE
É um MERIDIANO, medido por um Arco de PARALELO
contado a partir do Meridiano de Greenwich até o
meridiano considerado. As longitudes são expressas em
GRAUS, MINUTOS e SEGUNDOS, sendo de 000° até 180° E
(Leste) ou 180º W (Oeste).
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A identificação de um ponto geográfico sobre a superfície terrestre, é feita pela intersecção de dois
componentes: LATITUDE e LONGITUDE.
A primeira preocupação seria então verificar quais são os hemisférios ali apresentados. Para isto uma
observação importante: "toda parte superior de uma carta está voltada para o Polo Norte
Geográfico ou Verdadeiro". Assim sendo, ficará fácil determinar os hemisférios, observando-se o
sentido de crescimentos das latitudes e longitudes.
30ºS Uma
coordenada
30 ºS 51
ºW
geográfica é
composta
pela
intersecção
31ºS
7.1. Orientação
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ORIENTAÇÃO é a maneira pela qual um observador determina o sentido de posição de um lugar. São
vários os meios pelos quais uma pessoa pode se orientar. É necessário, entretanto, que tenha
conhecimento dos pontos cardeais, colaterais e sub-colaterais.
PONTOS CARDEAIS:
NORTE (N) - 360°
SUL (S) - 180°
LESTE (E) - 090°
OESTE (W) - 270°
PONTOS COLATERAIS:
NORDESTE (NE) - 045°
SUDESTE (SE) - 135°
SUDOESTE (SW) - 225°
NOROESTE (NW) - 315°
PONTOS SUB-COLATERAIS:
NORNORDESTE (NNE)
ESTENORDESTE (ENE)
ESTESUDESTE (ESE)
SUSUDESTE (SSE)
SUSUDOESTE (SSW)
OESTESUDOESTE (WSW)
OESTENOROESTE (WNW)
NORNOROESTE (NNW)
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7.3. Quadrante
É a superfície de uma rosa dos ventos dividida em quatro partes com o mesmo valor
angular direcional.
7.4. Direção
7.5. Rota
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7.6. Rumo
É a direção da Rota. Pode ser definido como o ângulo formado entre o meridiano e a linha de Rota.
Quando nos referimos ao meridiano Verdadeiro, temos Rumo Verdadeiro; quando a referência for o
meridiano Magnético, Rumo Magnético.
7.7. Proa
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São chamados de polos magnéticos da Terra e não coincidem com os polos verdadeiros ou
geográficos.
Sabendo-se que os polos geográficos e magnéticos não coincidem, a separação entre eles e o
posicionamento dos lugares, formam ângulos entre si denominados DECLINAÇÃO MAGNÉTICA.
Portanto, DECLINAÇÁO MAGNÉTICA (DMG), é o ângulo formado entre o Norte Verdadeiro e o Norte
Magnético de acordo com o posicionamento de um lugar. A declinação magnética é representada
em uma carta por linhas tracejadas chamadas:
9. Bússola
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Uma bússola pode ser definida como um instrumento que indica direção sobre a superfície da
Terra. Dois tipos básicos de bússolas estão em uso na atualidade: bússola magnética e bússola
giroscópica. A bússola magnética utiliza as linhas de força do campo magnético terrestre como
referência. Mesmo que o campo magnético da Terra seja distorcido pela presença de outros
campos magnéticos locais, ele é a referência direcional mais usada.
Agulha
magnética
Cartão
graduado
A medida da direção é feita por uma observação direta da posição de uma agulha magnética que
gira livremente em torno de um eixo sobre um cartão graduado.
As bússolas utilizadas na aviação, possuem um visor, com uma "linha de fé", que corresponde a
posição do eixo longitudinal do avião.
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As bússolas giroscópicas são largamente usadas na aviação e são hoje as substitutas das bússolas
magnéticas. Pela sua complexidade e por não serem objetivo deste curso, não serão abordadas.
10.1. Linear
10.2. Velocidade
A Milha Náutica é mais utilizada, porque para medir distância nas cartas, usa-se a relação:
1° = 60 NM onde:
1 NM = 1 852 metros ou 1,852 Km
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Outra unidade de distância (mais utilizada na América do Norte) é a Milha Terrestre (STATUTE MILE),
sigla ST.
Para altitude (nível de voo), a unidade utilizada é o PÉ (ft), cuja equivalência com Metro (m) é:
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O Knot equivale a 1 NM/h, ou seja, se um avião voa a uma velocidade de 300 Kt, significa que percorre
300 Milhas Nauticas em uma hora.
RESUMINDO:
Uma circunferência tem 360º. A Terra para efeito de navegação é considerada uma esfera perfeita =
360º
Cada grau (º) tem 60 minutos (‘) Cada minuto tem 60 segundos (‘’)
1’ (minuto) de arco (da cirdunferência) tem 1 852 metros (1,852 Km) = 1 NM
Para se converter qualquer valor de medida por outro deve-se colocar a mesma unidade abaixo da
mesma unidade efetuando-se uma regra de 3:
Ex. Converter 600Km para Milhas Nauticas (NM) e Milhas Terrestres (ST)
Se 1 NM 1, 852 Km
X 600 Km
1 NM 1, 852 Km
X 600 Km
Então:
X . 1,852 = 1 . 600
X = 600
1,852
X = 323,97 NM
Se 1 NM 1, 609 Km
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X 600 Km
1 NM 1, 609 Km
X 600 Km
Então:
X. 1,609 = 1.600
X = 600_ X = 372,9 ST
1,609
A carta aeronáutica representa uma parte da superfície terrestre. Para isto, tivemos que reduzir as
dimensões de uma área para colocá-la numa folha de papel de dimensão reduzida. Esta redução será
representada pelo que chamamos de escala.
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Por exemplo, numa carta onde a escala é 1:500.000 (lê-se, um por quinhentos mil), significa que uma
unidade de medida qualquer na carta, representa quinhentos mil dessas unidades de medida na
superfície terrestre. Arbitrando, no exemplo dado, que 1, é em cm, teremos:
HORÁRIOS
HORA UTC
HORA LOCAL (HLO) HORA LEGAL (HLE) CONVERÇÁO DE HORAS
LINHA INTERNACIONAL DE MUDANÇA DE DATA.
Toda vez que nos referimos a tempo, imediatamente nos vem o ato imediato de olhar o relógio, pois
é um instrumento destinado a medir tempo. O navegador necessitará constantemente deste
instrumento, portanto, deverá conhecer suas particularidades. Para isto, estudaremos os
movimentos relativos que a Terra executa, pois o tempo está relacionado a eles.
12.1. Rotação
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É a hora civil computada no Meridiano de Greenwich, e válida para qualquer ponto da superfície
terrestre, intemacionalmente usada na aviação. Também conhecida como Hora Z (Zulu, em fonia),
expressando- se sempre em Horas e Minutos acompanhadas da letra Z.
Sabemos que, quando é dia num dos hemisférios terrestres, é noite no outro. Concluímos, portanto,
que a medida do tempo difere em cada ponto da superfície terrestre. Seria um grande incoveniente,
se em cada lugar da terra houvesse uma hora diferente. Numa viagem dentro de um País como o
Brasil, teríamos que alterar o relógio constantemente, caso se deslocasse no sentido Leste-Oeste ou
vice-versa. Para evitar a confusão de horários, a terra foi dividida em 24 fusos horários ou zonas de
hora, cada um com 15° de longitude, diferindo uma da outra em 1 hora. Todos os lugares situados
num mesmo fuso, terão o mesmo horário.
Naturalmente, se o limite de um fuso corta uma cidade em duas partes, é necessário desviar esse
limite de forma a cidade ficar contida num só fuso, para se evitar transtornos.
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Por convenção internacional, denominamos os fusos horários com letras do alfabeto, tomando como
• FUSO O (-2)
• FUSO P (-3)
• FUSO Q (-4)
• FUSO R (-5)
É a hora oficial, adotada em toda uma faixa de 15° de longitude. Esta hora é determinada pelas Leis
de um Estado. Para determinarmos a Hora Legal (HLE) de um lugar, devemos proceder como segue:
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Cada 15º de longitude equivalem a 1 fuso = 1 hora. Soma-se de 15º em 15º até o valor de 180º para
Leste (E) e Oeste (W), o que totaliza 12h para cada lado. Entretanto, Greenwich necessita dividir o
valor de 15º pela metade (7,5º), pois 7,5º irão para Leste (E) e 7,5º irão para Oeste (W). Portanto, os
valores inteiros ficarão na faixa central de cada fuso e cada fuso se inicia 7,5º a menos do valor do
fuso e termina 7,5º a mais do valor do fuso. Para sabermos em que Fuso se encontra determinado
valor de longitude, devemos saber os valores de início e término de cada Fuso.
Ex. Determine quantas horas de diferença de Greewich tem uma localidade de longitude 66º 45’ W
Então, a longitude 66º 45’ está dentro do fuso 60º que em horas equivale a 4h.
Para W é sempre mais cedo do que Greenwich, portanto a longitude 66º 45’ W que está no Fuso 60º
W tem 4h de diferença de Greenwich (+ cedo).
A hora local (HLO), não tem aplicação prática em nosso cotidiano. É utilizada, por exemplo, na
determinação do Nascer e Por do Sol de uma determinada localidade. É, portanto a diferença de
HORAS e MINUTOS entre o meridiano considerado e a Hora de Greenwich (UTC).
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Exemplo:
Consideramos o Sol sobre o meridiano 090° E (12:00h), e os horários especificados em cada zona
horária.
Observa-se que haverá mudança de data no antimeridiano (oposto do observador), 090° W, neste
exemplo.
EXERCÍCIOS NAVEGAÇÃO
• 010°S 130°E
• 135°E 60° N
• 15° S 115°W
• 055°N 145°E
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2. Desenhar e nomear o círculo máximo que divide a Terra em hemisfério Norte e Sul:
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CO- LATITUDE
(Complemento de Latitude = Quanto falta para 90º) 90º = 89º 60’
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MEDIDAS DE DISTÂNCIA
MEDIDAS DE TEMPO
TABELA COMPARATIVA
DISTÂNCIA TEMPO
360º 24h
15º 1H
1º 4’ (minutos)
360º de Arco Dividido por 24h = 15º de Arco para cada hora, ou seja:
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Então o fuso 45º compreende todos os valores de longitude de 37,5º até 52,5º
EXERCÍCIOS DE FUSO
1. Em Greenwich são 11:25 AM, que horas seriam na longitude 63º E (Hora Legal)?
2. Estou pernoitando em Los Angeles, Fuso U (-8), o horário da minha apresentação será às 18:00h
hora local. Qual seria o horário da apresentação no Fuso do Brasil (horário de Brasília)?
3. São 18:15h em Fernando de Noronha, Fuso O (-2), estou curtindo o pôr do Sol. O meu
namorado(a) está pernoitando em Manaus, Fuso Q (-4). Ele(a) me pediu para que eu ligasse às
19:00h de Manaus. Quanto tempo eu ainda posso ficar na praia antes de ter de retornar ao Hotel
para ligar para ele(a)?
4. Fui acionada para Roma, Fuso A (+1), sabendo-se que vou decolar as 20:00h (horário de Brasília),
que o tempo de voo será de 10:00h, a que horas chegarei em Roma (horário Local)?
5. Estou pernoitando em Santiago (Chile), Fuso Q (-4). O meu relógio está marcando 13:00h. Qual
seria a hora UTC?
6. Uma cidade fica no meridiano 75º W (Oeste). Se a Hora no meridiano Z é 18:00h, que horas
seriam nesta cidade?
7. Em Greenwich são 08:00h. Qual seria a hora Z(zulu) no meridiano 150º E (Leste)?
8. Se em São Paulo, Fuso P (-3) o relógio marca 12:00h (meio-dia), em Tókio, Fuso I (+9) serão:
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9. Estou pernoitando em Cancun (México), Fuso S (-6), são 17:30h. Combinei de sair para jantar
com a tripulação às 22:00h (horário de Brasília), quanto tempo ainda posso ficar na piscina?
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