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METODOLOGIA CIENTÍFICA
Marina de Andrade Marconi
Eva Maria Lakatos
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b) Correlacionar os dados coletados a partir das informações do autor com o
problema em pauta.
c) Verificar a validade das informações.
SEMINÁRIO
DEFINIÇÃO
Seminário é uma técnica de estudo que inclui pesquisa, discussão e debate. De
forma geral, pode ser definido como uma técnica de estudo em grupo que se apoia
na pesquisa e discussão de um tema para apresentação a uma plateia. Sua
organização e a execução dos trabalhos a serem realizados requerem a distribuição
de tarefas por intermédio de um líder coordenador e a participação de todos os
membros do grupo.
Desenvolve:
a) Capacidade de pesquisa e análise sistemática de fatos
b) Hábito do raciocínio, da reflexão, possibilitando ao estudante a elaboração
objetiva de trabalhos científicos.
FINALIDADE
▪ Pesquisar e ensinar a pesquisar
▪ Aprofundamento de um tema de estudo e o debate entre os componentes
do seminário e os da classe em geral
▪ Estimular a participação de todos os que dele participam, quer como
membros quer como ouvintes.
ETAPAS
a) O coordenador (professor) propõe determinado estudo, indica a bibliografia
mínima e forma os grupos de seminário.
b) Formado o grupo, este escolhe o organizador.
c) Divisão de tarefas e início do trabalho de pesquisa - procura de informações,
através de bibliografia, documentos, entrevistas com especialistas, observações etc.
d) Discussão do material coletado, confrontar pontos de vista, formular conclusões e
organizar os dados disponíveis. Sob esse aspecto, apresentam-se as seguintes
fases:
•Determinação do tema central que, como um fio condutor, estabelece a
ordenação do material.
•Divisão do tema central em tópicos.
•Análise do material coletado, procurando subsídios para os diferentes tópicos
•Síntese das ideias dos diferentes autores analisados, resumo das
contribuições, visando à exposição que deve apresentar:
Introdução: breve exposição do tema central e proposição dos objetivos
Desenvolvimento: apresentação das partes numa sequência
organizada, envolvendo explicação, discussão e demonstração.
Conclusão: síntese de toda a reflexão + contribuições do grupo para o
tema.
Referências: incluem obras e documentos utilizado.
4 MÉTODOS CIENTÍFICOS
Método = conjunto das a tividades sistemáticas e racionais que, com maior
segurança e economia, permite alcançar o objetivo -conhecimentos válidos e
verdadeiros -, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as
decisões do cientista.
Método científico = teoria da investigação
Progresso do Conhecimento:
1º conhecimento mítico = passou a explicar as forças da natureza e à morte,
ambas entidades de caráter sobre natura l. A verdade estava ligada a noções
supra-humanas e a explicação ligada a forças e potências sobrenaturais.
2º conhecimento religioso = tinha o propósito de explicar os mesmos
fenômenos do conhecimento mítico, a verdade é dogmática (qual quer dou
trina de caráter indiscutível, princípio estabelecido) com revelações divinas.
3º conhecimento filosófico = volta- se para a investigação racional na tentativa
de captar a essência imutável do real, através da compreensão da forma e
das leis da natureza.
4º senso comum = utilizou a filosofia como conhecimento religioso para
orientar as preocupações do homem com o universo.
Somente no século XVI que passou- se a direcionar o conhecimento na
procura do real, procurando compreender a relação entre as causas
absolutas e a natureza íntima das coisas, através da observação e do
raciocínio.
Indução
Processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares,
suficientemente constatados, infere -se uma verdade geral ou universal, não contida
nas partes examinadas.
Método indutivo
Responsável pela generalização, parte de algo particular para uma questão mais
ampla, mais geral. Assim como o método dedutivo, o indutivo também se
fundamenta em premissas, as quais conduzem apenas as conclusões prováveis.
Formas de Indução
a) Completa ou formal: ela não induz de alguns casos, mas de todos, sendo que
cada um dos elementos inferiores é comprovado pela experiência. Não tem
influência para o progresso da ciência.
b) Incompleta ou científica: não deriva de seus elementos inferiores, e numerados
ou provados pela experiência, mas permite induzir, de alguns casos adequadamente
observados, e às vezes de uma só observação, aquilo que se pode dizer dos
restantes da mesma categoria. Fundamenta-se na causa ou na lei que rege o
fenômeno ou fato, constatada em um número significativo de casos, mas não em
todos.
Regras de indução incompleta:
a) os casos particulares devem ser provados se experimentados na quantidade
suficiente para que possamos dizer tudo o que será legitimamente afirmado/negado
sobre a espécie, gênero, categoria, etc.;
b) é necessário analisar a possibilidade de variações provocadas por circunstâncias
acidentais com a finalidade de poder afirmar que a própria natureza da coisa é que
provoca a sua propriedade, além de grande quantidade de observações e
experiências. Se, depois disso, a propriedade, a ação, o fato ou o fenômeno
continuarem a se manifestar da mesma forma, é evidente ou, melhor dizendo, é
muito provável que a sua causa seja a própria natureza da coisa.
A força indutiva dos argumentos por enumeração tem como justificativa os seguintes
princípios:
a) quanto maior a amostra, maior a força indutiva do argumento;
b) quanto mais representativa a amostra, maior a força indutiva do argumento.
Dedução
Inferência lógica de um raciocínio; conclusão, ilação.
Método Dedutivo
Parte do geral e, a seguir, desce para o particular. Utiliza princípios, leis ou teorias
consideradas verdadeiras e indiscutíveis, prediz a ocorrência de casos particulares
com base na lógica.
Usa o silogismo para a partir de duas premissas (maior e menor, respectivamente)
retirar uma terceira logicamente decorrente das duas anteriores.
I. Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão deve ser verdadeira
II. Toda a informação ou conteúdo fatual da conclusão já estava, pelo menos
implicitamente, nas premissas.
O dedutivo tem o propósito de explicar o conteúdo das premissas; o indutivo tem o
desígnio de ampliar o alcance dos conhecimentos. Os argumentos indutivos
admitem d ferentes graus de força, dependendo da capacidade das premissas de
sustentarem a conclusão.
Os argumentos indutivos aumentam o conteúdo das premissas, com sacrifício da
precisão, ao passo que os argumentos dedutivos sacrificam a ampliação do
conteúdo para atingir a "certeza ". A relação entre a evidência observacional e a
generalização científica é de tipo indutivo. Por sua vez, os argumentos matemáticos
são dedutivos.
Assim, entendemos por ciência uma sistematização de conhecimentos, um conjunto
de preposições logicamente correlacionadas sobre o comportamento de certos
fenômenos que se deseja estudar. A ciência é todo um conjunto de atitudes e
atividades racionais, capaz de ser submetido à verificação.
Em uma visão geral desses conceitos abordados, o pesquisador a flora as
características de um pensamento racional, objetivado, lógico e confiável. A
metodologia é destacada como importante ferramenta de determinação para própria
possibilidade de experimentação.