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VARA
CÍVEL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DA COMARCA DE SANTOS - SP
I - DOS FATOS
DO DIREITO
Nos termos do art. 150, VI, ‘d’, da CF, os entes não poderão instituir impostos
sobre os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão. Dessa
forma, por tratar de mercadoria imune, a cobrança de imposto de importação é
inconstitucional e, consequentemente, sua apreensão pela falta de pagamento
do mesmo é indevida.
Além disso, conforme a Súmula 323 do STF, é vedado a apreensão de
mercadoria como forma de coagir o contribuinte ao pagamento de tributo.
Portanto, esse comportamento não é apenas ilegal no assunto, mas também
na forma e na base, o que enfatiza ainda mais a necessidade de a presente
impetração
V – DA TUTELA ANTECIPADA DE URGÊNCIA
O artigo 7º e III da Lei nº 12.016 / 09 estipula que, havendo fundamento
relevante e risco de dano, a parte poderá requerer liminar, ou seja, o ato
coercitivo pode resultar em garantia inválida.
Portanto, esses dois requisitos existem porque há uma base relacionada,
porque se trata de uma alegação de violação da constituição, nos termos do
art. 150, VI, 'd', CF e a apreensão de mercadorias ilegais na forma da súmula
323 do STF podem invalidar a medida, pois as empresas jornalísticas
precisam de papel para continuar imprimindo seus jornais, correndo o risco de
interrupção da produção.
Portanto, as partes solicitaram a concessão de liminar para que a
exigibilidade do crédito tributário fosse suspensa, nos termos do art. 151, IV
do CTN bem como a liberação da mercadoria apreendida para garantir a
continuidade dos negócios.
VI – DOS PEDIDOS
Ante o exposto requer: