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Defesa de plantas: Sinalização química e espécies reativas de oxigênio

Alexandra Martins dos Santos Soares1, Olga Lima Tavares Machado2

Resumo
As plantas frequentemente estão expostas a estresses bióticos e abióticos que prejudicam o seu crescimento,
desenvolvimento e sua produtividade. Estes estresses desencadeiam várias respostas, desde alterações na
expressão gênica e metabolismo celular até variações na taxa de crescimento e produção de biomassa. O estresse
oxidativo estimula a biossíntese de componentes antioxidantes e aumenta a atividade de enzimas antioxidantes.
Contudo, no início do estresse, pode haver redução de algumas atividades antioxidantes, contribuindo para um
aumento de espécies reativas de oxigênio (ERO). Enzimas que protegem as células e compartimentos sub
celulares vegetais dos efeitos citotóxicos das ERO, influenciam diversas reações envolvidas na sinalização de
defesa vegetal. Suas concentrações e atividades relacionam-se a muitos processos fisiológicos envolvidos em
mecanismos de sinalização celular na defesa vegetal ou no estresse oxidativo.
Palavras Chave: Metil jasmonato; transdução de sinal; enzimas oxidativas; defesa vegetal; espécies reativas de
oxigênio.

Plant Defense: chemical signaling and reactive oxygen species


Abstract
Plants frequently encounter biotic and abiotic stress that adversely affects growth, development, or productivity.
These stresses trigger a wide range of plant responses, from altered gene expression and cellular metabolism to
changes in growth rates and crop yields. Oxidative stress stimulates synthesis of antioxidant metabolites and
enhances antioxidant enzyme activities that could protect plant tissues. However, in the early stages of stress a
transient reduction of some antioxidant activities were observed contributing to an increase of reactive oxygen
species (ROS). Enzymes that protect plant cells and sub cellular compartments of the cytotoxic effect of the
ROS, influence diverse reactions involved in plant defense signaling. Their concentrations and activities are
related to many physiological processes involved in cellular signaling in plant defense or in oxidative stress.
Keywords: Methyl jasmonate; Signal transduction; antioxidative enzymes; plant defense; reactive oxygen
species
vegetal que induz a expressão de diversos
I0TRODUÇÃO
genes relacionados à defesa contra estresses.
As plantas passam constantemente por Esta mesma rota induz a produção de
diversas situações de estresses e conseguem peróxido de hidrogênio (H2O2), uma espécie
modular respostas de defesa de forma a reativa de oxigênio que pode atuar
superar tais estresses e retornar ao inicialmente como molécula sinalizadora de
metabolismo normal. Saber como os vegetais defesa em plantas. Uma série de outras
se protegem é essencial para obter, através da espécies reativas, bem como diversas
bioengenharia, variedades agrícolas mais enzimas antioxidativas são constantemente
resistentes, o que pode aumentar a produção moduladas frente a determinado estresse com
e a qualidade das plantas. Por isso, diversos o objetivo de contorná-lo.
grupos de pesquisa buscam definir o papel de Possivelmente, uma interação íntima entre
cada substância participante dos processos moléculas sinalizadoras seja o cenário mais
bioquímicos relacionados a defesa das real. Existem diversas peças envolvidas na
plantas. indução de resposta de defesa vegetal contra
Sabe-se que uma rota de defesa vegetal, muitos estresses bióticos e abióticos que
talvez a mais conhecida, é denominada rota merecem ser averiguadas.
octadecanóide, a qual culmina com a Este trabalho busca concatenar idéias
produção do ácido jasmônico: um hormônio referentes aos diferentes mecanismos

Recebido e aceito
1
Centro de Ciências Agrárias e Ambientais / UFMA, BR 222, Km04, S/Nº, Boa Vista, CEP 65.500-000, Chapadinha - MA. E-mail:
alexandrasoares@yahoo.com.br
2
Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) – CBB, E-mail: olga@uenf.br

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utilizados pelas plantas para defesa frente a Dentre as substâncias relacionadas à
diversos tipos de estresse. Sua ênfase se dá defesa química, destacam-se aminoácidos
na sinalização química gerada após estresses não protéicos, alcalóides, fenóis, saponinas,
e nas espécies reativas de oxigênio, que por lectinas, RIPs (proteínas inativadoras de
muitos anos foram vistas apenas como ribossomos) quitinases, glucanases,
moléculas danosas às plantas. flavonóides, inibidores de proteases e
Entender o mecanismo de defesa das alérgenos (Bowles, 1990; Xavier-Filho,
plantas, facilita o desenvolvimento de 1993). Proteínas protetoras podem ser
cultivares mais resistentes a diversas induzidas em resposta à infecção, dano ou
doenças, bem como a determinação de predação. Entre elas estão as proteínas
relações evolutivas e bioquímicas entre relacionadas à patogênese (PR), que por sua
diferentes espécies de plantas e seus vez são subdivididas em diversos grupos (β-
respectivos predadores. 1,3-glucanases, quitinases, peroxidases, etc)
(Shewry & Lucas, 1997; de Wit, 2007).
DEFESA VEGETAL Fatores anatômicos constitutivos e
Muitos são os tipos de estresses que os químicos, como cutículas, parede celular e
vegetais podem enfrentar, como oscilações inibidores pré-formados podem ser
drásticas de temperatura, umidade, radiação suficientes para prevenir a colonização de
solar, ataque de pestes ou patógenos, dentre tecidos vegetais. Se a penetração ocorrer, o
outros. As plantas conseguem mudar a sistema de defesa induzido é ativado. Este
constituição de compostos moleculares, inclui a rápida geração de espécies reativas
como um mecanismo de resposta e muitas de oxigênio, alterações em polímero da
dessas alterações podem estar diretamente parede celular, síntese de metabólitos de
relacionadas com defesa e proteção. Para baixo peso molecular como as fitoalexinas,
sobreviver, durante sua evolução, os vegetais produção de novas classes de proteínas
desenvolveram mecanismos de resposta relacionadas à defesa e uma resposta de
contra danos e doenças que, quando hipersensibilidade seguida por morte celular
acionados, reconhecem a agressão. (Shewry programada. Coletivamente, esses sistemas
& Lucas, 1997; de Wit, 2007). primeiro inibem e depois impedem o
Uma das principais revelações das potencial colonizador (Shewry & Lucas,
pesquisas sobre defesa vegetal é que a 1997).
resistência patógenos é usualmente complexa ROTA OCTADECA0ÓIDE COMO
e tem como base, a ação combinada de MECA0ISMO DE RESPOSTA DE
diversos fatores e não apenas um DEFESA
componente. Uma distinção fundamental é
geralmente feita entre defesas pré-existentes Por muito tempo, a questão de como
ou constitutivas das plantas e sistemas ocorre o processo de sinalização da agressão
induzidos pela agressão do patógeno. As da área lesada de uma folha até outras folhas
defesas vegetais podem ser também de uma planta permaneceu indefinida. O
classificadas como estruturais, baseadas em grupo liderado pelo Dr. Clarence Ryan,
características anatômicas, e químicas, pioneiro de tais investigações, acreditava que
quando relacionadas a compostos um fator molecular móvel era responsável
biologicamente ativos de massa molecular por esta indução, e o definiu como PIIF –
variada (Shewry & Lucas, 1997). “Proteinase Inhibitor Inducing Factor”
A defesa estrutural é encontrada nas mais (Walker Simmons & Ryan, 1977). Em 1990,
diversas partes da planta. A presença de foi descoberto que um metabólito secundário
pêlos, espinhos, tricomas e ceras recobrindo comum em plantas, o metil jasmonato
principalmente a superfície de caules e (MeJa), induzia, por via aérea, a biossíntese
frutos, são exemplos típicos dessas estruturas de inibidores de proteinases em diferentes
de defesa (Bowles, 1990). plantas (das famílias fabacea e solanacea),
mesmo estando estas fisicamente separadas

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(Farmer & Ryan, 1990). Este grupo observou citossol. Os OPC são metabolizados nos
também que células de tomate (Lycopersicon peroxissomos, nos quais ocorre a redução e a
esculentum L.) respondem à injúria e à β- oxidação com formação do ácido
herbivoria, liberando um peptídeo jasmônico (AJ). O jasmonato produzido
octadecamérico altamente móvel deixa o peroxissomo e pode ser metilado no
denominado sistemina, que é um milhão de citossol para formação de metil jasmonato e
vezes mais poderoso que oligossacarídeos estes podem agir como moléculas
(que atuam apenas no sítio de ataque) na sinalizadoras no citossol, ativar a transcrição
indução da biossíntese de inibidores de de genes relacionados a defesa no núcleo,
proteinases serínicas em folhas de tomate agir em células vizinhas ou serem inativados
lesadas (Pearce et al., 1991). (Fig. 1) (Farmer & Ryan, 1992; Weber,
A sistemina é originalmente sintetizada 2002).
como uma proteína precursora de 200 Sistemina, ácido oligogalacturônico
aminoácidos chamada pró–sistemina. Depois (OGA), quitosana e metil jasmonato,
da ativação proteolítica e liberação, o induzem o acúmulo de peróxido de
oligopeptídeo é rapidamente translocado para hidrogênio (H2O2) em folhas de tomate. O
tecidos não injuriados, onde se liga a um padrão de resposta corresponde a um
receptor de membrana que possui 50kDa. aumento no mRNA para poligalacturonases
Subseqüente à ativação do receptor, o (PG) injúria-induzidas e a um aumento na
caminho de sinalização se dá, atividade de tal enzima. Isto sugere que os
hipoteticamente, via estimulação de uma fragmentos do OGA, produzidos por PG
fosfolipase A2 (PLA2), resultando na aumentam a produção de H2O2 (Orozco-
liberação intracelular do ácido linolênico Cardenas & Ryan, 1999).
(AL), o qual é convertido, em uma reação Orozco-Cárdenas et al. (2001) propuseram
catalisada por uma 13-lipoxigenase (LOX), a um modelo em que o ácido jasmônico,
ácido 13-hidroperoxido-octadecatrienóico produzido através da rota octadecanóide,
(13-HPOT) nos cloroplastos. O 13-HPOT é ativa genes sinalizadores (genes iniciais) nos
convertido, pela catálise da aleno óxido feixes vasculares, que são expressos 0,5 h
sintase (AOS), a uma ciclopentanona, o ácido após a injúria (Ryan, 2000), enquanto o H2O2
oxo-fitodienoico (OPDA). produzido por derivados de
A maior parte do OPDA parece estar oligogalacturonideos (OGA), liberados por
esterificada a lipídios de membrana. Estas ação da enzima poligalacturonase (PG), é um
ciclopentanonas deixam o cloroplasto e segundo mensageiro que ativa genes
funcionam como moléculas sinalizadoras no defensivos (genes tardios) que são expressos
citossol ou se convertem a oxo-pentenil- 4h após a injúria (Ryan, 2000) nas células do
ciclopentanos (OPC), que também podem mesofilo.
agir como moléculas sinalizadoras no

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Figura 1. Representação esquemática da produção de ácido jasmônico e seu metil éster, metil
jasmonato, pela via octadecanóide. PLA2: Fosfolipase A2; AL: ácido linolênico; 13-HPOT:
13-hidroperoxido-octadecatrienóico; OPDA: ácido oxo-fitodienoico; OPC: oxo-pentenil-
ciclopentano; AJ: ácido jasmônico, MeJa: metil jasmonato. Adaptado de Buchanan et al.
(2000).
VARIAÇÕES DAS EXPRESSÕES plantas de idades diferentes podem
PROTÉICAS EM PLA0TAS E apresentar diferentes níveis de expressão
PARTICIPAÇÃO HORMO0AL protéica em partes vegetais semelhantes
Várias pesquisas constataram que (Buchanan et al., 2000). Estudos de Alarcon
estresses bióticos ou abióticos levam a & Malone (1995) demonstraram que a idade
alteração no padrão de expressão de da planta influencia a indução de inibidores
proteínas das plantas, podendo ocorrer tanto de proteinase em resposta à injúria em
a inibição quanto a indução da biossíntese de tomate. Esses dados evidenciam que a
determinados constituintes protéicos. Green expressão de proteínas em plantas feridas não
& Ryan (1972) verificaram que há indução é um processo somente dependente da lesão,
de inibidores de proteinases em tomate, como mas também do estado fisiológico do vegetal.
um mecanismo possível de defesa contra Um trabalho feito com plantas mutantes
insetos. Cavalcante et al. (1999) relataram de tomate que apresentava deleções em genes
que o metil jasmonato altera os níveis da codificadores de enzimas da rota
enzima rubisco e de outras proteínas. Ghosh biossintética do MeJa, mostrou que estas
et al. (2001) correlacionaram alterações nos plantas, quando feridas, foram incapazes de
teores de rubisco com senescência em produzir proteínas relacionadas com defesa
Brassica napus. (Howe et al., 1996).
Diferentes partes da planta, que passaram O MeJa é um composto de fórmula
por injúria, podem responder de maneiras similar a das prostaglandinas, hormônios de
diferentes a uma dada lesão. Além disso, origem animal envolvidos com respostas

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inflamatórias (Farmer & Ryan, 1992; de reativo, mas tem a capacidade de originar
Rosa & Vicente, 2005; Wasternack, 2007). estados excitados reativos como radicais
Em plantas, foi descoberto pela primeira vez livres e derivados (Scandalios, 1993). Com
em jasmim, planta que deu origem ao seu dois átomos de oxigênio, o O2 é
nome. A atividade biológica do MeJa é completamente reduzido por quatro elétrons
altamente variável e dependente de sua transportados ao longo da cadeia respiratória,
concentração nos tecidos ou em meio de gerando duas moléculas de água. No entanto,
cultura de células vegetais. Em uma pequena parcela dos elétrons escapa da
concentrações maiores que 50 µM, causa cadeia respiratória, resultando em uma
senescência em culturas celulares, induzindo redução parcial do oxigênio molecular,
à morte celular. Em concentrações que levando à produção de espécies reativas de
variam de 1 a 10 µM, atua na indução da oxigênio (ERO) na forma de oxigênio
expressão de genes relacionados com defesa, singleto (1O2), peróxido de hidrogênio
dentre outros genes, sem causar senescência (H2O2), radical hidroxila (OH.) e anion
(Mason & Mullet, 1990). superóxido (O2.-) (Mittler, 2002). Essas
moléculas tóxicas são formadas durante
Além do MeJa, outros hormônios já foram
funções metabólicas normais nos
documentados como fundamentais para
peroxissomos ou induzidas por estímulos
processos relacionados com defesa em
ambientais aos quais as plantas estão
muitas espécies vegetais tais como o ácido
constantemente expostas (Mittler, 2002;
abscísico (ABA), o ácido salicílico (AS) e o
Éaux, 2007).
etileno (Ryan & Pearce, 2001; Adie et al.,
2007). Estes podem agir isoladamente ou ERO são, sobretudo, subprodutos do
associados e controlar os efeitos uns dos metabolismo celular regular, mas podem ser
outros. O etileno também é liberado após a gerados com a destruição do sistema de
agressão e, junto ao MeJa, atua na expressão transporte de elétrons durante condições de
de proteínas de defesa. O AS, contudo, inibe estresse. O principal ponto de produção de
as vias de ativação de proteínas induzidas por ERO na célula durante o estresse são as
MeJa e etileno. Porém, proteínas induzidas organelas com alta atividade de oxidação
por AS podem ser estimuladas por MeJa e metabólica ou com fluxo de elétrons
etileno. O ABA é um hormônio vegetal sustentado: cloroplastos e mitocôndrias. Nos
relacionado com a proteção de plantas a cloroplastos, a formação de ERO está
estresse hídrico, podendo atuar relacionada com eventos da fotossíntese. O
potencializando a indução de biossíntese fenômeno de fotorrespiração nos
protéica relacionada com MeJa. O tratamento peroxissomos é outra forma de produção de
de células vegetais, tanto com MeJa quanto H2O2. A produção de ERO em mitocôndrias
com AS, leva a um aumento na produção de de plantas recebeu pouca atenção no passado,
H2O2. Além disso, a combinação de AS e mas dados recentes sugerem que tais
MeJa gera uma super indução de genes organelas podem ser fontes de ERO sobre
relacionados à patogênese (PR1), resultado condições de estresse específicas (Breusegem
não observado quando se usa o MeJa et al., 2001).
isoladamente. Células de plantas agredidas Sob condições adequadas de
por injúria mecânica, por patógenos ou desenvolvimento, a produção de ERO na
tratadas com AS ou MeJa, têm produção de célula é baixa (240 mM s-1 O2.- e um nível
H2O2 e de genes PR1 aumentada em resposta ''steady-state'' de 0,5 mM s-1 H2O2 nos
a H2O2 exógeno. cloroplastos), enquanto muitos estresses que
alteram a homeostase celular acentuam a sua
ESPÉCIES REATIVAS DE OXIGÊ0IO produção (240 a 720 mM s-1 O2.- e 5 a 15
O acúmulo de oxigênio molecular (O2) na mM de H2O2) (Mittler, 2002). Em plantas, a
Terra tornou possível a evolução de produção de ERO é favorecida por vários
organismos aeróbicos que utilizam o O2 fatores ambientais de estresse como a
como aceptor final de elétrons. O O2 é pouco exposição a níveis elevados de luminosidade,

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seca, metais pesados, alta concentração de curta, pois reage muito rapidamente com
sais, extremos de temperatura, radiação UV, moléculas biológicas, seqüestrando
poluição do ar, herbicidas, estresse físico e aleatoriamente um átomo de hidrogênio
mecânico e também como resposta a (Breusegem et al., 2001; Nordberg & Arner,
estresses bióticos tais como o ataque de 2001).
patógenos (Mallick & Raí, 1999). As plantas protegem suas células e
Algumas ERO são classificadas como compartimentos sub-celulares dos efeitos
radicais livres por apresentarem elétrons citotóxicos das ERO com o auxílio de
desemparelhados na sua estrutura, fazendo enzimas antioxidantes, como superóxido
com que reajam avidamente com moléculas dismutase (SOD), ascorbato peroxidase
biológicas, como DNA, proteínas e lipídeos, (APX), glutationa redutase (GSH),
podendo alterar suas funções. O efeito final peroxiredoxina (Prx), catalase (CAT),
gerado depende não só do compartimento polifenol oxidase (PPO) e metabólitos, como
que está sendo afetado, mas do tipo de ERO a glutationa, ácido ascórbico, α-tocoferol e
que está reagindo (Dröge, 2002). carotenóides (Scandalios, 1993; Inzé &
As ERO são formadas em etapas de Montagu, 1995; Mittler, 2002) (Fig. 2).
redução univalente a partir do oxigênio As enzimas antioxidantes contribuem na
molecular. O primeiro passo na redução de resposta de plantas ao estresse. Como
O2 produz radicais de vida relativamente exemplos pode-se citar que: (1) em icotiana
curta, os superóxidos. Esses radicais de plumbaginifolia (tabaco), a expressão da
oxigênio não conseguem atravessar Cu/Zn-SOD é aumentada preferencialmente
membranas biológicas, ficando confinados pelo choque térmico e congelamento (Tsang
no compartimento onde foram gerados. Os et al. 1991); (2) nos tecidos infectados de
superóxidos formam hidroxiperóxidos com plantas, uma redução da atividade da catalase
duplas ligações (enos) ou duplas ligações levaria a um aumento de peróxido de
alternadas (dienos), além de oxidar hidrogênio, que poderia provocar a morte
aminoácidos específicos, como metionina, celular, que caracteriza a resposta de
histidina e triptofano. O superóxido também hipersensibilidade (HR), (Margis – Pinheiro
pode causar peroxidação de lipídeos no et al., 1999); (3) Jung (2004) demosntrou que
ambiente celular e nas membranas celulares a atividade peroxidase aumenta cerca de 100
(Breusegem et al., 2001). Posteriormente, a vezes, sete dias após o tratamento de folhas
redução do oxigênio gera peróxido de de Arabidopsis thaliana com metil
hidrogênio (H2O2), que, apesar de não ser um jasmonato; (4) o aumento dos níveis de PPO
radical livre, atravessa as biomembranas e se em plantas causado por lesão ou MeJa,
distribui a partir do local de sua produção representa a indução de proteínas de defesa
(Breusegem et al., 2001). A última e mais mais amplamente distribuída entre as
reativa espécie a ser formada nessa reação é espécies vegetais, como exemplos vistos em
o radical hidroxil (OH.). Esse radical é plantas de tomate, tabaco, soja, ervilha dentre
formado pela redução do H2O2 por íons outros cultivares. A intensidade de indução
metálicos (Fe2+ e Cu2+) na reação de Fenton e da PPO varia grandemente entre diferentes
tem grande afinidade por moléculas famílias e espécies de plantas (Constabel &
biológicas em seu sítio de produção. O Ryan. 1998).
hidroxil apresenta uma meia-vida muito
w

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Reação de
Mehler

Catalase
Superóxido
dismutase
Ascorbato
peroxidase

Vitamina E e
carotenoides
Reações redox
tranporte de e- espontâneo

Ascorbato Radical
monodehidro-
ascorbato
Glutationa Dehidroascorbato
redutase redutase monodehidroascorbato
redutase

espontâneo
Dehidroascorbato

Figura 2. Sistema antioxidante de defesa composto por componentes enzimáticos e não


enzimáticos. Em amarelo, o ciclo ascorbato-glutationa. Adaptado de Buchanan et al. (2000).

apenas quando os níveis celulares de ERO


RESPOSTA ÀS ESPÉCIES REATIVAS
são bem controlados tanto na produção
DE OXIGÊ0IO (ERO)
quanto no consumo, (Breusegem et al. 2001;
Respostas adequadas às mudanças Neto et al. 2005, Gadjev et al. 2006).
ambientais são cruciais para o crescimento e
O nível e o tipo das ERO são fatores
sobrevivência da planta, contudo, os
mecanismos moleculares e bioquímicos que determinantes para o tipo de resposta.
Peróxido de hidrogênio (H2O2) e superóxido
orquestram estas respostas ainda são pouco
compreendidos. Uma função atribuída às (O2*-) podem induzir genes diferentes, em
espécies reativas de oxigênio, durante conjunto ou separadamente, dando mais
respostas a estresses bióticos e abióticos, é flexibilidade à sinalização de ERO. Em
bem documentada. As ERO podem agir baixas concentrações, ERO induzem genes
causando danos ou como moléculas de defesa e resposta adaptativa. Níveis
sinailizadoras que ativam múltiplas respostas subletais, contudo, podem levar plantas a
de defesa. Essa dualidade pode ser obtida condições de estresses bióticos e abióticos e

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reduzir seu crescimento, provavelmente (SOD, CAT, APX) em Arabidopsis thaliana
como parte de uma resposta adaptacional. exposta ao Cádmio. O H2O2 gerado em
Porém, respostas genômicas substanciais e resposta ao tratamento com ABA foi
atividades enzimáticas são afetatadas por detectado com 0,5h nas nervuras principais
ERO e os mecanismos moleculares de das folhas de milho (Zea mays L.) e
adaptação ainda são pouco conhecidos. Em maximizado em torno de 2-4h. O H2O2 foi
altas concentrações, as ERO levam a um detectado em células do mesofilo e em feixes
programa de morte celular controlado vasculares. O tratamento com ABA levou a
geneticamente. Também comunicam-se com aumentos significativos nas atividades de
outras moléculas sinalizadoras e vias enzimas antioxidantes presentes em diversos
formando uma grande rede de resposta compartimentos sub-celulares: SOD, APX e
vegetal, (Breusegem et al., 2001). GR. Além disso, o estresse oxidativo
O acúmulo de H2O2 em tecidos induzido por paraquate, que gera O2.- e então
H2O2 nos cloroplastos, também induziu um
específicos e em quantidades apropriadas
aumento na atividade das enzimas. Esse dado
beneficia as plantas mediando aclimatação e
tolerância cruzada a estresses bióticos e sugere que o H2O2 produzido em um local
celular específico pode coordenar a atividade
abióticos (Bowler & Fluhr, 2000). Tem-se
de enzimas antioxidantes em diferentes
evidenciado que a adição de H2O2 em tecidos
compartimentos subcelulares.
foliares ou sua indução endógena age como
um sinal de indução para a expressão de CO0SIDERAÇÕES FI0AIS
genes referentes à catalase, ascorbato
peroxidase, guaiacol peroxidase e glutationa Apesar de sésseis, as plantas
peroxidase. desenvolveram, no decorrer da evolução,
inúmeros mecanismos de respostas
Existem na literatura algumas especificas a estresses variados. Estes
evidências da participação de H2O2 em organismos conseguem alterar o seu plano de
resposta ao estresse. Como exemplo, desenvolvimento para contornar situações
podemos citar os experimentos de Orozco– desfavoráveis, como ataques de pestes ou
Cardenas & Ryan (1999). Estes autores patógenos, fatores abióticos impróprios,
demonstraram que sistemina, OGA dentre outros. Além disso, podem contar com
(oligogalacturonídeos), quitosan e metil um arsenal de defesas constitutivas que já
jasmonato induzem o acúmulo de peróxido fazem parte do seu metabolismo normal.
de hidrogênio em plantas de tomate, como
A rota octadecanóide é uma via de
citado anteriormente. Rao et al. (1997)
sinalização em plantas que culmina com a
investigaram como o AS aumenta o conteúdo
formação do ácido jasmônico, um hormônio
de H2O2 em Arabidopsis thaliana. O
vegetal que ativa genes de defesa. Descobriu-
tratamento com AS, aumenta a produção de
se recentemente que o peróxido de
H2O2, a peroxidação lipídica e o dano
hidrogênio também é gerado como
oxidativo a proteínas. O aumento dos níveis
consequência desta rota. O peróxido de
de H2O2 foi relacionado a um aumento na
hidrogênio foi visto por muito tempo como
atividade da isoforma Cu/Zn-SOD e foi
uma molécula danosa. Contudo, foi
independente de alterações nas atividades
verificado que em determinadas
catalase e ascorbato peroxidase. Contudo não
concentrações o H2O2 está relacionado com a
é claro se o AS ou os sinais derivados do
defesa vegetal. Assim o estudo das enzimas
H2O2 são percebidos e propagados. Ambos
que regulam o status antioxidante dentro das
(AS e H2O2) parecem ter um papel
células vegetais ganhou ainda mais
regulatório no desenvolvimento de
notoriedade.
resistência a patógenos.
Espécies reativas de oxigênio agem
Cho & Seo (2005) observaram um isoladamente ou em conjunto desencadeando
aumento no conteúdo de H2O2, bem como diversas reações dentro das células e seus
em todas as atividades antioxidantes testadas tipos e níveis são fatores determinantes para
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o tipo de resposta. DE ROSA, J.; VICENTE, E. Identification of
Diversos tipos de respostas a estresses já methyl jasmonate-responsive genes in
foram documentados e co-relacionados. No sugarcane genes using cDNA arrays.
entanto, a cada descoberta criam-se novos Brazilian Journal of Plant Physiology, v.
questionamentos que precisam ser 17, p. 173-180, 2005.
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