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Manual de TCC - Pedagogia Uniplan
Manual de TCC - Pedagogia Uniplan
CONCLUSÃO DE CURSO
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
1
SUMÁRIO
2
“É instaurador de discursividade todo aquele cuja obra permite que outros
pensem algo diferente dele”.
Michel Foucault
3
REGULAMENTO COM DEFINIÇÃO DAS FORMAS DE
ACOMPANHAMENTO/ORIENTAÇÃO
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3. Elaboração de pequenos trechos da monografia, com o propósito de
discutir o estilo do texto de cada um, reescrever e estabelecer
características para o texto final da monografia.
Espera-se que, ao longo do desenvolvimento do TCC, os grupos
desenvolvam estratégias de aprendizagem que possam colaborar com o
resultado final.
Ao longo do período destinado à elaboração, os (as) alunos (as) deverão
cumprir as seguintes etapas/ diretrizes:
• Comunicação regular com o orientador pelos encontros previamente
agendados, além de se utilizar dos fóruns no Ambiente Virtual de
Aprendizagem - AVA para orientações;
• Entrega de partes do trabalho, de acordo com as solicitações do (a)
professor (a) orientador (a);
Em seção posterior, as normas para a confecção do trabalho serão
abordadas.
3. ORIENTAÇÕES GERAIS
As dicas a seguir podem ser úteis para a elaboração do trabalho:
1. Elaboração de relatório pelos (as) alunos (as), contendo os aspectos
apresentados nas orientações dadas pelo (a) professor (a);
2. Manutenção de um arquivo ou caderno para registro de todas as
possíveis citações consideradas relevantes para o trabalho, bem como a
referência bibliográfica correspondente;
3. Elaboração de diários de leitura de todos os textos lidos e considerados
relevantes para o embasamento teórico da monografia;
4. Trabalhar sempre com a versão corrigida do trabalho e a nova versão,
pois isso dá tanto ao orientador (a) quanto aos próprios (as) alunos (as)
a possibilidade de relembrar os comentários já feitos em etapas e
orientações anteriores.
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4. O QUE É UMA MONOGRAFIA CIENTÍFICA OU TCC?
A monografia proposta ao final de um curso de graduação é um trabalho
de caráter científico e, como tal, deve pautar-se em normas internacionais que
caracterizam as pesquisas em universidades, congressos etc. Assim, faz-se
necessário que escolhamos uma referência bibliográfica sobre questões
metodológicas e, uma vez escolhida, esta deverá ser observada rigorosamente
na elaboração do trabalho. Embora sabendo das divergências em relação às
questões metodológicas e da necessidade de, muitas vezes, estabelecermos
comparações entre os diferentes autores que tratam dessa questão, optamos
por organizar o TCC com base nas normas da ABNT – Associação Brasileira de
Normas Técnicas, utilizada por grande parte das universidades brasileiras. Os
aspectos a serem observados serão apresentados neste documento em
momento oportuno.
Em relação às orientações para o TCC, Guidin (2003) propõe, para
reflexão, alguns tópicos que poderão nortear esse trabalho acadêmico.
1. A palavra monografia corresponde, etimologicamente, a um tratado
escrito (grafia) sobre um único (mono) assunto ou tema.
2. O texto monográfico obedece à estrutura e à linguagem do texto
dissertativo. É, portanto, uma dissertação, ou seja, deverá convencer o
leitor das propostas lá sustentadas. No caso de TCC é necessário que
cada uma das análises se encaminhe para um ponto determinado e que,
ao final, os (as) alunos (as) possam encontrar pontos em comum para
atingir o objetivo analítico que será apresentado na conclusão do
trabalho.
3. Em princípio, a natureza da monografia é a mesma para trabalhos de
graduação, trabalhos de mestrado e de doutorado.
4. A diferença entre esses níveis de pesquisa estaria no grau de
originalidade, abrangência, aprofundamento teórico-metodológico e
enfoque analítico; com isso, não se quer dizer que a pesquisa para o TCC
teria apenas um caráter de compilação e/ou revisão bibliográfica, como
propõem alguns autores. É fundamental que os graduandos se
posicionem criticamente frente ao material pesquisado.
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Victoriano & Garcia (1996/1999) consideram importante, em um projeto
de pesquisa, que ele seja escrito em sua versão preliminar e que os (as)
alunos (as) autores se organizem para responder às seguintes perguntas:
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6. Onde fazer? Local, campo de pesquisa, pesquisa de campo, bibliografia.
Se a pesquisa exigir trabalho com amostragem, necessariamente, é
preciso trabalhar com dados colhidos no campo de estudo. Isso não
impede que a pesquisa bibliográfica seja executada em centros
especializados ou em bibliotecas universitárias, cujas especialidades
estão ligadas a áreas de conhecimento específicas.
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fenômenos e não absoluta, ou seja, estabelecer relações entre fenômenos e
não os conceber como fenômenos isolados de um contexto” (Hübner, 1998).
Assim, espera-se que os (as) alunos (as), ao elaborarem seu TCC,
primem pela qualidade acadêmico-científica de seus textos, sendo criteriosos o
bastante para que os resultados de seus trabalhos sejam validados na
comunidade científica. Espera-se que produzam textos coerentes, isentos de
julgamentos (isto é, sem o uso exagerado de adjetivos), calcados em
descrições que possibilitem inferências e a tomada de posições equilibradas e
fundamentadas.
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7. COMO SE ORGANIZA UM TCC?
O TCC organiza-se a partir das seguintes partes:
Capa;
Elementos pré-textuais ou preliminares;
Elementos textuais;
Elementos pós-textuais.
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1. Capa
ALBUQUERQUE, Sebastiana.
ANDRÉ, Luciana Souza.
ANGIULIANO, Andréa
SILVA, Adriana Aparecida
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2. Elementos pré-textuais
Esses são os elementos que antecedem a introdução do trabalho e são
constituídos por tudo aquilo que identifica o trabalho e orienta o leitor.
FOLHA DE ROSTO
Segue os mesmos procedimentos da capa em relação às margens e
distribuição do texto, com pequenas modificações.
• Alto da página: nome do(s) autor(es);
• Centro da página: título do trabalho;
• À direita, abaixo do título: explicação sobre a natureza do trabalho;
• Rodapé da página: local / ano;
• Margens: superior – 3 cm; inferior – 2 cm; esquerda – 3 cm; direita – 2
cm;
• Verso da página: ficha catalográfica (a ser elaborada pelo (a) aluno (a)
no AVA, em “Biblioteca”)
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FOLHA DE DEDICATÓRIA E FOLHA DE AGRADECIMENTOS
Nessas páginas, que são opcionais, o (a) autor (a) apresenta mensagens
pessoais. Na folha de dedicatória, o (a) autor (a) deverá elaborar um texto
curto, dedicando o trabalho a alguém. Não há uma regra para a utilização da
página, no entanto, é comum encontrarmos a dedicatória à direita, da
metade da folha para baixo. Normalmente, escolhe-se para dedicar o trabalho
alguém que tenha tido uma relação direta com o autor durante a elaboração
do trabalho: um familiar, um professor etc. Já na folha de agradecimentos, o
(a) autor (a) agradecerá àqueles que efetivamente contribuíram para a
elaboração da monografia, por exemplo, o professor orientador, professores
envolvidos com o trabalho, agências financiadoras.
Agradecimento
Quero agradecer...
FOLHA DE EPÍGRAFE
Essa também é uma folha opcional. Nela, o (a) autor (a) da monografia
apresentará um excerto de um texto de sua escolha (frase ou verso), cujo
conteúdo tenha relação com o tema desenvolvido na monografia. Poderão ser
escolhidas epígrafes para cada um dos capítulos da monografia, se for da
preferência do (a) autor (a).
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SUMÁRIO
Aqui o (a) autor (a) informa aos leitores o conteúdo que será tratado na
monografia. A palavra sumário deverá aparecer no topo da página, em letras
maiúsculas, sendo seguida, dois ou três parágrafos abaixo, de todos os
intertítulos contidos no trabalho. A estética da página do sumário deverá ser
observada de forma que os títulos e subtítulos apareçam destacados de forma
padronizada e obedecendo aos recuos da margem esquerda também
padronizados.
SUMÁRIO
Introdução................................................................ 4
Considerações finais.................................................. 54
Referências bibliográficas........................................... 59
Anexos...................................................................... 62
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abstract. Assim, caso o trabalho apresente todas as folhas indicadas (da folha
de rosto até a folha de epígrafe), a página do sumário deverá ser numerada
com o algarismo romano VI (letras minúsculas) e a página que contiver a
introdução do trabalho dará início à numeração em algarismos arábicos,
porém, sem esquecer que as páginas anteriores participaram da contagem,
portanto, não se começará pelo nº 1 e sim pela continuação do que foi contado
(5, 6, 7...).
RESUMO
Essa é uma página importante do trabalho monográfico. É ela que, em
um primeiro momento, convida o (a) leitor (a) a mergulhar no texto
apresentado. Deve ser um texto conciso, com aproximadamente 300 palavras,
no qual o (a) autor (a) apresenta uma síntese do conteúdo do trabalho,
destacando os aspectos mais relevantes, a metodologia e a fundamentação
teórica que deu sustentação às discussões apresentadas. O resumo visa
fornecer ao leitor elementos que permitam a ele decidir sobre ler ou não tal
trabalho, em função da relevância para seu próprio contexto.
O resumo deve ser escrito na língua em que está redigido o trabalho,
organizado por meio de frases e nunca em tópicos enumerados sem
parágrafos. Após o texto do resumo deverão aparecer as palavras-chaves
sugeridas pelo (a) autor (a) como referência do trabalho em meio eletrônico.
Segue um exemplo de resumo monográfico:
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RESUMO
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ABSTRACT
Nessa página, esteticamente igual à página do resumo, deverá aparecer
uma tradução para a língua inglesa do resumo do trabalho, seguida das
palavras-chave.
3. Elementos Textuais
Esses são os elementos que compõem o corpo do trabalho monográfico
propriamente dito, podendo serem chamados de elementos nucleares, pois
sem eles e sem a articulação entre eles, o texto monográfico perde a vida.
Cada um dos elementos tem características próprias, porém, se
complementam, dando ao leitor a noção exata do caminho trilhado pelos (as)
pesquisadores (as) sobre o tema desenvolvido.
INTRODUÇÃO
A introdução da monografia merece atenção especial dos (as)autores
(as). Muitas vezes, ela é considerada como de pouca importância, mas é
exatamente nessa seção que todo o conteúdo do trabalho é apresentado ao
leitor. Duas ou três páginas deverão ser reservadas para a introdução da
monografia, é na introdução que o autor delimitará o assunto sobre o qual
versará o trabalho e o justificará.
Segundo Machado (2001), é preciso compreender que apresentar
justificativas para um determinado trabalho de pesquisa não é simplesmente
dizer o que o motivou, do ponto de vista pessoal, a fazê-lo, isto é, por que fez
o trabalho (porque gostou do tema, porque viveu a experiência etc.), mas sim
dizer para que serve o trabalho, qual é a sua relevância, tendo em vista a
problemática maior em que se insere, os estudos que já foram feitos a
respeito, as lacunas que esses estudos ainda deixaram etc.
Na introdução da monografia, o autor deve apresentar:
• O tema do trabalho, em linhas gerais, oferecendo ao leitor não somente
a possibilidade de estabelecer relações entre esse estudo e outros de seu
conhecimento, mas também a opção pela leitura do trabalho em relação
aos seus interesses e contexto de atuação;
• A delimitação do assunto, isto é, a extensão e a profundidade com que o
trabalho tratará o assunto escolhido;
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• Os objetivos do trabalho: gerais (relacionados ao tema – contexto
macro) e específicos (relacionados ao assunto escolhido – contexto
micro);
• A justificativa da escolha do tema, evidenciando sua importância para o
contexto no qual se encontra inserido; vale lembrar que justificar a
escolha de um tema não significa dar a ele importância incomensurável e
enaltecer sua complexidade de forma exagerada, mas sim apontar como
esse estudo pode ser um fator contribuinte para o desenvolvimento da
área em que se encontra inserido, ainda que não se proponha a ser
conclusivo;
• Conceituação e relevância, explicitando ao leitor a fundamentação teórica
que apoiará as discussões, seguida de breves enunciados sobre os
conceitos fundamentais discutidos e sua relevância para o estudo
realizado; reserva-se a esse item, ainda, a necessidade de apresentar
um resumo de obras e/ou pesquisas cujo tema se relaciona diretamente
com o estudado, estabelecendo comparações a fim de possibilitar a
discussão das lacunas que os demais trabalhos ainda não preencheram;
• Procedimentos adotados para a realização do trabalho de pesquisa e
para a elaboração do texto monográfico, isto é, sua organização em
seções.
Uma discussão relevante para a elaboração do texto monográfico diz
respeito à escolha da pessoa do discurso. Embora haja práticas legitimadas
sobre esse aspecto, cada vez mais os textos da introdução de trabalhos
monográficos e das seções de desenvolvimento vêm sendo escritos em
primeira pessoa (eu/nós). É importante, no entanto, que tal aspecto seja
discutido com o orientador do trabalho.
Vale lembrar que, caso a opção seja pela linguagem científica, o autor
deve redigir o texto na voz passiva – foi observado, foi elaborado –, na terceira
pessoa do singular com o pronome se ou através de expressões como o
presente estudo, a presente pesquisa. Há ainda a opção de desenvolver o
texto em primeira pessoa do plural, considerando-se que o trabalho tenha sido
desenvolvido pelo (a) aluno (a), no caso de um aluno (a), apenas e por seu
orientador.
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Ao desenvolver o texto em primeira pessoa do singular, o (a) autor (a)
não necessariamente deve prescindir de fazer referência a outros estudos ou
de posicionar-se como pertencente a um grupo com determinadas convicções
e posicionamentos teóricos.
Carmo-Neto (1996) nos oferece algumas pistas para construirmos as
justificativas de nosso trabalho:
• Por que mais um trabalho sobre esse tema?
• Em que este trabalho é diferente dos outros?
• Por que tal diferença é relevante?
• O que meu trabalho muda no conjunto de textos sobre o mesmo
assunto?
• Por que ele deve ser lido? Por quem?
• O que o leitor vai encontrar de interessante, de substancial e atrativo em
meu trabalho?
Outro lembrete importante em relação ao desenvolvimento da
monografia diz respeito à apresentação do objetivo do trabalho no decorrer do
texto. Muitas vezes, o (a) autor (a) opta por retomar o objetivo em muitos
momentos do desenvolvimento do texto, correndo o risco de apresentá-lo de
diferentes maneiras e, inclusive, de cair em contradições. Para que isso não
ocorra, sugerimos que sempre que o objetivo do trabalho for explicitado no
texto, seja destacado ou indicado a partir de uma marca gráfica,
possibilitando, no momento de revisão final, comparar tais enunciados e
corrigir inadequações e/ou contradições.
DESENVOLVIMENTO
Essa é a parte mais extensa de um trabalho monográfico e também a
mais importante. Estará subdividida em capítulos (que, por sua vez, dividem-
se em subseções), sendo que cada capítulo deverá abrir uma página nova do
trabalho.
Os capítulos deverão ser indicados por algarismos romanos, sendo o
título do capítulo escrito em letras maiúsculas; as subseções deverão ser
indicadas por algarismos arábicos, sendo os títulos escritos com maiúscula
apenas nas letras iniciais das principais palavras. Há diferentes formas de
identificação para as partes de uma monografia, apresentadas por diferentes
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autores. O que importa na verdade é que, uma vez utilizado um estilo, ele
deverá ser padronizado no desenvolvimento de todo o trabalho.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Um dos itens apresentados no desenvolvimento da monografia refere-se
ao arcabouço teórico, ou seja, toda a teoria na qual o trabalho está apoiado.
Tal capítulo deverá ser desenvolvido em linguagem própria do (a) autor (a),
porém, sustentada por citações de autores que já discutiram o mesmo assunto
e elaboraram teorias sobre ele.
Todos os autores citados no decorrer do texto monográfico estão
compondo, ao final do trabalho, o que denominamos referências bibliográficas.
Em seção posterior serão apresentadas as orientações para a elaboração das
referências bibliográficas.
É importante lembrar que nos capítulos de desenvolvimento o (a) autor
(a) deverá explicitar, sempre que possível, a relação entre o que está sendo
dito e o objetivo do trabalho. Assim, é comum retomar o tema discutido,
principalmente no desenvolvimento da seção de fundamentação teórica, pelo
simples fato de que a teoria ali apresentada só é significativa na medida em
que se relaciona diretamente com o objetivo proposto na pesquisa.
METODOLOGIA
Nesse capítulo o (a) autor (a) da monografia deverá descrever em
detalhes os procedimentos utilizados nas diversas fases da pesquisa e da
elaboração do texto. Procedendo dessa forma, dará oportunidade a outros
pesquisadores e aos leitores do trabalho de acompanhar todos os passos e
pensamentos do (a) autor (a), entender sua lógica de pensamento em relação
à análise dos dados e até mesmo iniciar uma nova pesquisa com base no
encaminhamento apresentado. Quando, na metodologia, o (a) autor (a)
explicita claramente os procedimentos escolhidos para a condução da
pesquisa, o leitor – mesmo que não conheça a teoria na qual o trabalho está
sustentado – é capaz de compreender os resultados de sua análise de dados.
Pressupõe-se também que, quando a metodologia é apresentada de maneira
clara, objetiva e detalhada, outros pesquisadores podem replicar o trabalho.
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Um procedimento interessante para os pesquisadores é a manutenção de
um diário de pesquisa, anotando tudo o que estiver sendo feito para chegar
aos resultados da pesquisa. Frequentemente, fazemos muito mais coisas do
que dizemos ter feito no capítulo de metodologia. Por isso, notas do diário
poderão ser muito úteis (MACHADO, 2001).
Aspectos essenciais no capítulo da metodologia dizem respeito a:
• Contexto da pesquisa – descrição detalhada da situação (física/social) da
pesquisa;
• Participantes – caso a pesquisa envolva pessoas e/ou gravação de dados
orais;
• Procedimentos/instrumentos de coleta de dados – meios através dos
quais os dados foram coletados, por exemplo: gravador, vídeo, coleta
em jornal, filme etc.;
• Procedimentos de seleção de dados – critérios utilizados para escolher os
dados a serem analisados (por que esses dados e não outros?);
• Método(s) de análise e as categorias utilizadas.
O capítulo da metodologia é facultativo quando pensamos em trabalhos
de cunho literário. Assim sendo, o capítulo da metodologia não precisa existir,
desde que as informações a ele destinadas já tenham sido expostas na
introdução. No entanto, nos estudos em que a metodologia constitui parte
expressiva do trabalho e há uma pesquisa quantitativa, ele deve ser um
capítulo separado da introdução, o que conotará organização e permitirá
revelar com mais detalhamento as técnicas e os processos empregados pelo
(a) autor (a) para dar prosseguimento ao estudo.
Não podemos esquecer que o nosso TCC será exclusivamente um
levantamento bibliográfico, um trabalho de aprofundamento sobre o tema.
ARGUMENTAÇÃO E DISCUSSÃO
Nesse capítulo o (a) autor (a) de um texto monográfico não só exercita
sua capacidade de argumentação como também trabalha com critérios de
coerência e coesão na elaboração do texto, aspectos muito importantes para
dar validade científica ao trabalho apresentado.
Os dados, analisados à luz da teoria apresentada na fundamentação
teórica, estarão à mercê dos argumentos do (a) autor (a). Para isso, ele (a)
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recorrerá a explicações, análises, esclarecimentos de ambiguidades, descrições
etc., que ofereçam ao leitor condições de compreender o encaminhamento do
raciocínio na busca por comprovações do aspecto pesquisado. É importante
ressaltar que discussões com base nas posições teóricas vão requerer sempre
que o (a) autor (a) examine posições contrárias, estabeleça confrontos,
compare, fazendo uso de um processo dialógico na elaboração do texto.
As análises realizadas em um trabalho monográfico deverão ser
rigorosamente orientadas pelos (as) professores (as) orientadores (as), de
acordo com sua área de saber metodológico e acadêmico.
Severino (2002) nos faz lembrar que o capítulo de discussão dos
resultados requer do pesquisador a habilidade de tecer uma rede de
significados que perpassem as informações, os dados, as teorias apresentadas
no decorrer da monografia. É o momento de assumir posicionamentos e buscar
a integração teoria/prática em direção ao objetivo proposto no início do
trabalho. Esse fator é o mais relevante em se tratando de aferir os resultados
da pesquisa e avaliar o seu significado para o crescimento do conhecimento
científico.
E mais: o capítulo de discussão é fundamentalmente um capítulo
pautado em debates e questionamentos. Assim, o pesquisador precisa estar
preparado para responder aos seus próprios porquês e apresentar essas
respostas com clareza, pois serão elas, quando bem fundamentadas, que farão
emergir os resultados da pesquisa.
CONSIDERAÇÃO FINAL
A conclusão de uma monografia, embora seja a parte menos extensa,
apresenta importância fundamental. Deve conter considerações e síntese a
respeito das análises, apresentando aspectos convergentes e/ou divergentes
observados ao longo do desenvolvimento do trabalho, além de comentários
sobre sua aplicabilidade didático-pedagógica e sobre a sua contribuição sob a
perspectiva discursiva.
Para Guidin (2003), a conclusão é o fechamento do trabalho que foi
anunciado na introdução e desenvolvido ou retomado no desenvolvimento: o
trabalho desembocará inevitavelmente na conclusão. Portanto, a conclusão
não é um resumo ou algo que foi acrescentado no final do trabalho, sem
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sentido. É nela que proporcionamos ao leitor a recapitulação dos passos
significativos do trabalho e, para isso, faz-se necessário retomar não somente
o objetivo, mas também a caminhada do trabalho. A conclusão situa o leitor
em relação às partes do trabalho.
É o momento culminante da monografia, em que as experiências
pessoais e novas perspectivas dos (as) autores (as) podem vir à tona, de certo
modo, resgatando os objetivos propostos inicialmente e as lacunas suscitadas
na introdução.
É interessante lembrar que, enquanto na introdução existe a
preocupação com a delimitação do tema, na conclusão o sentido maior está em
vislumbrar novas possibilidades para o tratamento desse mesmo tema. Essas
possibilidades podem ser oferecidas ao leitor como sugestões para pesquisas
posteriores, caracterizando, aliás, o movimento da ciência: avançar em mares
pouco desbravados.
Quanto às qualidades do texto da conclusão, é importante lembrar que
suas características são:
a) Brevidade – a conclusão deve ser breve e exata, concisa e convincente;
b) Objetividade – a conclusão é a síntese interpretativa dos elementos
essenciais discutidos e analisados no transcurso da monografia;
c) Personalidade – a conclusão deve apontar claramente o ponto de vista
dos (as) autores (as) por meio de marcas pessoais, não deixando de
apresentar novas rotas para a continuidade do trabalho.
4. Elementos Pós-Textuais
Os elementos pós-textuais, também denominados elementos
referenciais, compreendem as referências bibliográficas, os anexos e os
apêndices, quando necessários. Esses são elementos orientadores para os
leitores, que a eles recorrem sempre que, no decorrer da leitura do corpo do
trabalho, houver indicações que lhes suscitem a curiosidade ou que possam
auxiliar na compreensão da caminhada do pesquisador.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A exigência, não somente em relação às monografias, mas em qualquer
publicação científica, é que seja elaborada uma seção de referências
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bibliográficas. No entanto, é importante que o (a) autor (a) conheça a
diferença entre referências bibliográficas e bibliografia. As referências
bibliográficas referem-se às obras (livros, artigos impressos ou presentes em
fontes eletrônicas etc.) que foram citadas no corpo do trabalho. Isso significa
que, ao fazer uso das vozes de diferentes autores (as), quer textualmente,
quer parafraseando-os, o (a) autor (a) da monografia deve citá-los no corpo
do trabalho e referenciá-los na seção referências bibliográficas. Já a
bibliografia, usada como referencial em ementas de cursos ou em textos para
uso didático, inclui todas as obras lidas e estudadas pelo (a) autor (a) para a
elaboração do texto em questão.
Como as citações estão diretamente relacionadas às referências
bibliográficas, apresentamos, a seguir, orientações para a elaboração de
ambas.
Exemplo 1:
27
Exemplo 2:
FULLAN, Michael; HARGREAVES, Andy. 1996. A escola como organização
aprendente: buscando uma educação de qualidade. 2a ed. Trad. Regina
Garcez. Porto Alegre: Artmed editora, 2000.
BEDNY, Gregory Z. et al. Activity theory: history, research and application. In:
Theor. Issues in Ergon. SCI. V.1, 2000, nº 2, p. 168-206.
CITAÇÕES
De acordo com a Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT) na
NBR 10520, citação é uma informação retirada de uma obra tal qual ela se
apresenta.
Exemplo 1:
Começaram trabalhando no litoral, no corte do pau-brasil e,
posteriormente, no trabalho nos engenhos de cana-de-açúcar. Depois, foram
levados para o interior do território e regiões longínquas para trabalhar na
mineração, na criação de gado, no cultivo de cacau, nas charqueadas, na
exploração das “drogas do sertão”. Trabalhavam também no serviço
doméstico, nas construções públicas de todos os tipos e no comércio de
gêneros alimentícios (AMARAL, 2011, p. 12).
Exemplo 2:
Esclarece Pinsky (2000, p. 61): “Distante da imagem de mansidão e
conformismo que costumavam lhe atribuir, o negro resistiu e revoltou-se
contra sua condição de escravo. O jogo de capoeira era uma demonstração de
resistência”.
A citação deve ser apresentada com o autor, ano e página utilizada,
devendo haver uma uniformidade na apresentação para melhor organização.
Precisamos agora entender as diferentes citações existentes – até três
linhas e mais de três linhas.
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Quando estamos escrevendo um texto e citamos um trecho de um livro
da mesma forma que ele está escrito e este tiver mais de três linhas, ele terá
que ficar abaixo do texto, com recuo e fonte 10.
Exemplo:
Explica Amaral (2011) que o desembarque acontecia no Brasil, mais
especificamente nos portos de Recife, Salvador, Rio de Janeiro e São Vicente.
Logo após a chegada, eles eram distribuídos para várias regiões brasileiras e
realizavam todo tipo de trabalho.
Começaram trabalhando no litoral, no corte do pau-brasil e,
posteriormente, no trabalho nos engenhos de cana-de-açúcar. Depois,
foram levados para o interior do território e regiões longínquas para
trabalhar na mineração, na criação de gado, no cultivo de cacau, nas
charqueadas, na exploração das “drogas do sertão”. Trabalhavam
também no serviço doméstico, nas construções públicas de todos os
tipos e no comércio de gêneros alimentícios (AMARAL, 2011, p. 12).
Exemplo:
Relatam Almeida et al. (2005) que o projeto de atração de imigrantes,
em razão das novas condições políticas e econômicas, começou a vigorar após
1880. Conforme Almeida et al. (2005, p. 35): “No plano internacional,
restrições à entrada de estrangeiros na Argentina e nos Estados Unidos e a
estagnação econômica na Itália favoreceram o projeto brasileiro”.
Exemplo:
“As propostas de melhorias de processo e tecnologia são coletadas e
analisadas [...] com base nos resultados de projetos-piloto” (KOSCIANSKI;
SOARES, 2007, p. 153).
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Citação indireta
Caracteriza-se pelo resumo de uma obra ou trecho lido (parafrasear).
Deve apresentar o nome do autor com o ano da obra.
Exemplo:
De acordo com Teixeira (2009), as imagens e representações que estão
nos livros didáticos são fundamentais para o desenvolvimento das crianças em
período de aprendizado.
Citação de citação
A citação de citação não é muito utilizada, pois se recomenda ler os
livros na íntegra, porém, se houver uma obra a que não se tem fácil acesso
por ser de uma edição muito antiga, pode ser apresentada conforme exemplo
a seguir:
Segundo Van Dijk (1983), citado por Fagundes (2001, p. 53), “no texto
jornalístico é convencional apresentar-se um resumo do acontecimento
abordado. Esse resumo pode ser expresso por letras grandes separadas do
resto do texto ou na introdução no ‘lead’”.
Exemplo 1:
Podemos ver claramente o que se pensava da criança na obra de Ariès
(1981), ao apontar que:
A ideia de infância está ligada à de dependência; só se sai da infância ao
sair dessa condição. A criança pequena era vista como um animalzinho,
fonte de diversão e entretenimento para os pais e habitantes do local. O
elevado número de mortes de crianças pequenas não era sentido como
perda, pois logo outra criança viria, em substituição. Não poderia haver,
portanto, preocupação quanto à educação infantil (apud FONTERRADA,
2008, p. 37).
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Exemplo 2:
Sobre este período, Bauab (1960, apud ALMEIDA, 2007) também traz
seu pensamento ao considerar que este movimento [...].
ANEXOS E APÊNDICES
Anexos são documentos complementares à monografia, que esclarecem
os conteúdos nela tratados. Aos anexos pertencem, por exemplo, as
transcrições (na íntegra) de dados coletados, documentos, leis, pareceres etc.
utilizados como suporte às discussões e que prejudicariam a estética do
trabalho caso fossem inseridos em seu corpo.
Anexos são necessários, na maioria das vezes, para que os leitores do
trabalho busquem a melhor compreensão das interpretações e conclusões do
autor. Em geral, são ordenados a partir de um critério lógico, por exemplo,
sequenciados por data de utilização no trabalho, e aparecem numerados ou
são indicados por letras (Anexo 1 ou Anexo A). Essas denominações permitem
que, ao fazer referência ao seu conteúdo no corpo do trabalho, o autor da
monografia apresente a indicação de onde se encontra o trecho na íntegra.
Exemplificando: “Conforme comentado no capítulo anterior, os dados
referentes ao participante André (Anexo 5) foram coletados em seu ambiente
de trabalho”.
Os anexos aparecem geralmente após as referências bibliográficas. No
entanto, há controvérsias a esse respeito e muitos autores preferem inserir
anexos antes das referências bibliográficas para que a numeração de suas
páginas siga a numeração do próprio trabalho.
Já os apêndices caracterizam-se por serem materiais produzidos pelo
próprio autor da monografia. Fazem parte deles: questionários utilizados na
coleta de dados, fichas e materiais preparados para coletar dados em
entrevistas, tabelas elaboradas para sustentar discussões, trechos da análise
dos dados.
APÊNDICES
Pouco utilizados nas monografias (que optam por apresentar, no início,
um sumário com as indicações de assuntos e páginas), os índices, quando
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utilizados ao final da obra, têm objetivos diversos. Eles podem apresentar uma
lista de assuntos (índice denominado sistemático); lista de termos referidos
(índice denominado remissivo); lista de todos os nomes próprios presentes
(índice denominado onomástico); lista de lugares (índice denominado
toponímico); lista de citações bíblicas (índice denominado escriturário).
8. A LINGUAGEM DA MONOGRAFIA
Considerando-se as diferentes partes que compõem o texto monográfico,
é importante ressaltar que a linguagem se presentifica de diferentes e bem
marcadas formas, influenciando na qualidade e validade do texto construído. É
possível perceber que a linguagem caminha entre diferentes tipos de discurso,
com marcas ora expositivas, ora narrativas, percorrendo a descrição, a análise
e a crítica (BRANDÃO, 2001), caracterizando essas tais partes da monografia.
Considerando-se as diferentes partes que compõem o texto monográfico,
é importante ressaltar que a linguagem se presentifica de diferentes e bem
marcadas formas, influenciando na qualidade e validade do texto construído. É
possível perceber que a linguagem caminha entre diferentes tipos de discurso,
com marcas ora expositivas, ora narrativas, percorrendo a descrição, a análise
e a crítica (BRANDÃO, 2001), caracterizando essas tais partes da monografia.
Linguagem expositiva
A linguagem expositiva caracteriza-se, nas monografias, pelo discurso
teórico presente tanto na introdução quanto na fundamentação teórica. A
exposição exige que o autor seja objetivo, que apresente os conceitos teóricos
relevantes ao trabalho, atribuindo a ele próprio ou a outros autores a
responsabilidade enunciativa. Segundo Brandão (2001, p. 30):
Essa função “objetiva” não impede, entretanto, que seja permeada de
elementos analíticos, argumentativos ou críticos. Em verdade, a
participação do pesquisador se concretiza – o que não é pouco – desde a
seleção do material, isto é, quando faz os recortes teóricos, criativos ou
críticos incorporados em seu texto e no modo como distingue esses
dados “objetivos” das suas próprias interpretações sobre eles. Embora,
rigorosamente falando, não exista em estado “puro”, podemos chamar
de “objetiva” aquela linguagem que procura apreender os fatos ou outra
linguagem em seus próprios elementos constitutivos, independentes de
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interpretação do pesquisador e, “subjetiva”, aquela linguagem que
expressa reflexões pessoais, opiniões ou propostas do pesquisador,
devidamente fundamentadas, e não confundidas com afirmações que
apenas denunciam reações afetivas de agrado ou desagrado.
Linguagem descritiva
A linguagem descritiva caracteriza-se, nas monografias, pelos relatos
fortemente presentes na metodologia. Nesse capítulo, o autor é convidado a
detalhar os fatos relacionados ao contexto de pesquisa e a todos os
procedimentos que vão desde a escolha do corpus para estudo e/ou coleta de
dados aos critérios escolhidos para análise. A linguagem descritiva pressupõe a
ausência de julgamentos e juízos de valor por parte do autor.
Linguagem analítica
A linguagem analítica caracteriza-se, nas monografias, pelo uso da
explicação e da argumentação. Nesse sentido, faz uso de relações lógicas entre
os elementos que se encontram explícitos no texto e aqueles implícitos, mas
provocadores de sentido em relação ao objetivo da monografia.
É possível dizer que a linguagem analítica se presentifica com maior
intensidade no capítulo de discussão e argumentação, no qual são discutidos e
sustentados os pontos de vista do autor do trabalho à luz dos fundamentos
teóricos selecionados.
Linguagem crítica
A linguagem crítica caracteriza-se, nas monografias, pela emissão de
opiniões e conclusões do autor após o exaustivo questionamento a que
submeteram os dados coletados ou o corpus de análise. Segundo Brandão
(2001, p. 31):
É pela linguagem crítica que o estudioso pode efetivamente contribuir
para o avanço das ideias em relação a determinado campo do saber,
apresentando reflexões originais, nascidas seja de novos
enquadramentos a partir dos elementos já conhecidos, seja
aprofundando ou ampliando os referenciais de pesquisa para aspectos
ou setores ainda não considerados.
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9. DICAS IMPORTANTES PARA ANTES DE COMEÇAR: PASSOS DA
PESQUISA
Dependendo do tema e/ou texto escolhido pelos (as) alunos (as) do
grupo, o trabalho poderá caracterizar-se como pesquisa analítico-bibliográfica
somente ou pesquisa de campo (contendo entrevistas e coleta de dados). É
importante, nesse sentido, atuar eticamente, em especial quando a atividade
envolver seres humanos, levando em consideração o seguinte:
• Participantes da pesquisa têm o direito de receber informação prévia
sobre o fato de estarem fazendo parte de um trabalho acadêmico; qual a
temática envolvida; a duração e a frequência dos encontros etc.;
• O relacionamento entre pesquisador e participantes da pesquisa deve ter
caráter formal;
• Com frequência, escolas, empresas e outras instituições queixam-se de
que os (as) alunos (as) vão até elas, recolhem material e depois
desaparecem sem retornar para apresentar as conclusões da pesquisa. O
(a) participante da pesquisa, quer seja um indivíduo quer seja uma
instituição, não só merece, como também tem o direito de receber um
retorno após o término do trabalho. Por exemplo, pode-se enviar os
resultados da atividade desenvolvida, um agradecimento especial, um
exemplar da monografia, convites para assistir à apresentação da
pesquisa etc.
ESPECIFICAÇÃO DO CORPUS
Entende-se por corpus a delimitação do universo a ser estudado, isto é, o
objeto sobre o qual o (a) pesquisador (a) irá deter-se: textos, fragmentos etc.
Observe os itens a seguir:
Corpora
• A escolha do corpus depende do assunto que se pretende estudar.
• Um corpus precisa ser representativo em relação ao fato escolhido, ou
seja, não posso desejar estudar a fala dos habitantes de uma
determinada comunidade de poloneses no sul do país tendo como corpus
apenas a gravação da conversa de duas ou três pessoas de uma mesma
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família, pois isso não me permitiria perceber como eles são influenciados
pela fala de outros habitantes da comunidade.
• Um corpus pode ser muito extenso e então é possível encontrar nele
uma diversidade de situações para estudar; ou pode ser muito limitado,
por exemplo, compor-se da fala de um único indivíduo, então seria
impossível estudar seu idioleto.
• Todo corpus contém fatos marginais, ou seja, aqueles que contêm erros,
incoerências, jogos de palavras etc., que deverão ser criticados pelo
linguista em sua análise.
• Um corpus se torna mais significativo quando os dados são gravados,
pois dessa forma é possível transcrever os dados e os ruídos que
eventualmente aparecem na oralidade e que podem ser descartados no
momento da análise.
Materiais construídos
• São aqueles elaborados por informantes. Os materiais construídos
ultrapassam os limites do corpus, pois dependem dos informantes. No
entanto, podem apresentar armadilhas para o linguista, ou seja, o
informante pode descartar enunciados significativos ou apresentar
enunciados complexos demais (que fogem ao que se propôs o linguista);
ou ainda entender as normas ou regras do trabalho de diferentes formas,
interferindo nas informações ou enunciados que produz.
• Materiais construídos independem da situação real e focalizam apenas o
fato linguístico que está sendo analisado.
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Avaliação
O (a) professor (a) de TCC dará uma nota levando em conta:
1. Apresentação - (2,5 pontos)
• Aspectos formais;
• Redação do trabalho.
2. Pesquisa bibliográfica - (2,5 pontos)
• Pertinência dos textos escolhidos;
• Leitura crítica dos textos.
3. Elaboração do trabalho
• Coesão e coerência (2.5);
• Argumentação (2.5).
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1989.
36
HÜBNER, M. M. Guia para elaboração de monografias e projetos de dissertação
de mestrado e doutorado. São Paulo: Mackenzie, 1998.
MACHADO, Anna Rachel. (Notas de aula.) Gênero Tese. LAEL – PUC-SP, 2001.
SALOMON, Décio Vieira. Como fazer uma monografia. 3a ed. São Paulo:
Martins Fontes, 1995.
SPINA, Segismund. Normas gerais para trabalho de grau. São Paulo: Fernando
Pessoa, 1974.
1. Alfabetização e letramento;
2. Artes e educação (artes plásticas, música, dança e teatro);
3. Aspectos sociais da educação inclusiva (bullying, diversidade de gênero,
diversidade étnico-racial, diferenças culturais ou religiosas, inclusão
digital etc.);
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4. Aspectos patológicos na educação inclusiva (autismo, síndrome de Down,
paralisia cerebral, deficiência visual, deficiência auditiva, TDAH etc.);
5. Avaliação educacional;
6. Currículo e cultura;
7. Dificuldades de aprendizagem;
8. Direitos humanos;
9. Educação ambiental;
10. Educação de jovens e adultos;
11. Educação e tecnologias (informática, internet, diferentes mídias etc.);
12. Educação infantil (história da infância, estruturas institucionais etc.);
13. Educação profissional no ensino médio;
14. Filosofia e educação;
15. Gestão da educação em ambientes escolares e não escolares (empresas,
comunidades quilombolas, comunidades indígenas, comunidades
ribeirinhas, hospitais etc.);
16. História da educação;
17. Jogos, brinquedos e brincadeiras na infância;
18. Legislação e políticas públicas para a educação;
19. Literatura infantil;
20. Metodologia no ensino fundamental (língua portuguesa, história,
geografia, matemática, ciências etc.);
21. Projetos educacionais;
22. Psicologia na educação;
23. Sociologia e educação;
24. Supervisão de ensino ou orientação educacional
25. Temas transversais (orientação sexual, saúde, ética etc.)
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