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Benedicto Monteiro
Parte I
O autor
Nasceu em Alenquer
em 1 de março de 1924 —
faleceu em Belém, 15 de junho
de 2008. Foi um escritor,
jornalista, advogado e político
brasileiro. Filho de Ludgero
Burlamaqui Monteiro e
Heribertina Batista Monteiro,
cursou o primário no grupo
escolar de Alenquer e o curso
de humanidades no Colégio
Marista Nossa Senhora de
Nazaré, em Belém.
O autor
Cursou o científico no
Colégio Rabelo, iniciando
também os seus estudos de
Direito na Universidade do Brasil.
Diplomou-se bacharel em
Ciências Jurídicas e Sociais pela
Faculdade de Direito do Pará.
Exerceu a magistratura e o
Ministério Público. Foi eleito
deputado estadual por duas
legislaturas. Foi também
secretário de Estado de Obras,
Terras e Águas. Foi cassado
durante o Golpe Militar de 1964.
A obra
O Livro O Carro dos
Milagres, de Benedicto
Wilfred Monteiro (1924-
2008) é uma coletânea
de narrativas publicada
em 1975, durante os
Anos de chumbo
(Ditadura Militar), de
censura à cultura escrita.
O conto
Premiada pela
Academia Paraense de
Letras, a presente coletânea
contêm relatos de um
caboclo que vem “das
brenhas da mata amazônica”
contar suas histórias,
memórias, culturas e
saberes. Das sete narrativas,
é importante enfocar aquela
que contém o mesmo título
do livro: O Carro dos
Milagres.
O enredo
O Carro dos Milagres apresenta a
experiência de um caboclo (acredita-se ser
este Miguel dos Santos Prazeres, embora
esse nome não apareça no texto em
questão, pode-se dizer que ele é
subentendido de acordo com o conjunto da
coletânea) no Círio de Nazaré em Belém do
Pará.
Primeiramente, nota-se o “diálogo” entre
dois caboclos (Personagem-narrador e o
Compadre) que vieram acompanhar o Círio,
sendo que o primeiro tem o interesse de pagar
uma promessa que sua mãe fez à Nossa
Senhora de Nazaré do Retiro (ou do Desterro)
quando o rapaz encontrava-se em situação de
perigo com sua canoa nas águas do Marajó. A
mãe velha prometera à Santa que se seu filho
fosse resguardo do temporal ele haveria de
levar um barco a vela, de miriti, durante a
procissão.
Foco-narrativo
• Narrador em primeira pessoa.
• A narrativa flui a partir de um
diálogo entre compadres, em que
o narrador é um romeiro que veio
ao Círio pagar uma promessa feita
à Virgem em favor de seu barco
que sofrera um naufrágio.
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