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Módulo 2

Conceitos
Fundamentais
Equipe Técnica do Departamento de Formação e Disseminação

Equipe Técnica do Departamento de Cadastro Único

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Significado dos ícones da
apostila
Para facilitar o seu estudo e a compreensão imediata do conteúdo apresentado, ao longo de
todas as apostilas, você vai encontrar essas pequenas figuras ao lado do texto. Elas têm o objetivo de
chamar a sua atenção para determinados trechos do conteúdo, com uma função específica, como
apresentamos a seguir.

Texto-destaque: são definições, conceitos ou afirmações importantes às quais você


deve estar atento.

Glossário: Informações pertinentes ao texto, para situá-lo melhor sobre determinado


autor, entidade, fato ou época, que você pode desconhecer.

SAIBA MAIS! Se você quiser complementar ou aprofundar o conteúdo apresentado


na apostila, tem a opção de links na internet, onde pode obter vídeos, sites ou
artigos relacionados ao tema.

Quando vir este ícone, você deve refletir sobre os aspectos apontados, relacionando-
os com a sua prática profissional e cotidiana.

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Sumário
5 Apresentação
6 Conceitos Fundamentais do Cadastro Único
12 Conceitos dos Grupos Populacionais, Tradicionais e Específicos (GPTE)
17 Atualização cadastral
19 Referências Bibliográficas

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2
Módulo

Conceitos
fundamentais
Apresentação
Olá! Seja bem-vindo ao Módulo 2 do curso Cadastro Único: conhecer para incluir. Neste módulo,
abordaremos com mais detalhes os conceitos fundamentais do Cadastro Único, que incluem
os conceitos dos Grupos Populacionais, Tradicionais e Específicos (GPTE) e Atualização Cadastral.
Para o Cadastro Único, conceito diz respeito ao modo como o cadastro define certos
termos que são importantes na hora de fazer o cadastramento. Isso significa saber qual é a ideia
que determinado conceito quer expressar. Por exemplo, o conceito de família pode ser amplo; o de
domicílio, embora seja um, se desdobra em algumas variações. Por isso, é importante que o agente
público saiba o real significado de cada um desses conceitos para melhor exercer a sua função.
Para complementar os estudos, assista às aulas narradas, faça os exercícios que foram
propostos e consulte esta apostila sempre que precisar. Se, mesmo assim, ainda tiver dúvidas e
precisar de mais informações, consulte o Manual do Entrevistador, o Manual de Gestão do Cadastro
Único para Programas Sociais do Governo Federal e as leis referentes ao Cadastro Único

Bons estudos!

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1
Capítulo

Conceitos
Fundamentais do
Cadastro Único
1.1 Autodeclaração
O primeiro conceito importante que você deve saber é o de Autodeclaração. O Cadastro Único
é autodeclaratório, o que significa que o entrevistador deve respeitar as respostas fornecidas pelo
Responsável Familiar, o que ele afirma, sem que seja necessária comprovação. Entretanto, alguns
documentos precisam ser fornecidos pelo entrevistado para a conclusão do cadastro:

Responsável Familiar: é necessário o CPF ou o Título de Eleitor.

Demais pessoas da família: qualquer um dos documentos previstos no Bloco 5 do


formulário principal, que são: Certidão de nascimento ou casamento; RG; CPF, Carteira de
Trabalho ou Título de Eleitor. Mas, de todos esses documentos, a preferência é do CPF.

Antes de iniciar o preenchimento do formulário, o Responsável Familiar deve
ser alertado de que será o responsável pelos dados registrados no cadastro da
família e deverá assinar ao final. Assim, poderá ser responsabilizado e penalizado
pela omissão ou prestação de informações falsas.

1.2 Família
O conceito de família possui algumas variações que podem confundir o entrevistador na hora
de fazer o cadastro. Por isso, é bom ficar atento às diferentes situações que podem surgir. Veremos
as variações a seguir.

Família é a unidade formada por um ou mais indivíduos e pode ser ampliada por
outros que contribuam para o rendimento ou tenham suas despesas atendidas
por essa unidade familiar. Por exemplo, podemos imaginar uma família de cinco
pessoas: a mãe, a avó, duas crianças e uma tia. Se todos habitam o mesmo domicílio,
dividem a renda e as despesas, então, constituem uma família. Um casal sem filhos
também é considerado uma família. Ambos os exemplos são considerados uma
família para o Cadastro Único e devem estar em um mesmo cadastro.

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• Família de baixa renda: a família que possui renda mensal por pessoa igual ou inferior a
meio salário-mínimo; ou cuja renda familiar, de todos os membros da família, não ultrapasse
três salários-mínimos.

• Família unipessoal: é a pessoa que mora sozinha no domicílio. A pessoa que mora sozinha
e quer se cadastrar deve possuir no mínimo 16 anos de idade, pois será a Responsável pela
Unidade Familiar (RF).

• Famílias conviventes: são famílias compostas por duas ou mais unidades básicas, mas
separadas entre si, sejam parentes ou não, que habitam um mesmo domicílio e podem
compartilhar um ou mais cômodos da casa. No entanto, não compartilham a renda e a
despesa; ou seja, cada unidade tem renda e despesas próprias. Por exemplo, uma república
de estudantes, eles podem dividir as despesas da casa como aluguel, conta de água e energia
elétrica, mas não compartilham ou dividem outros gastos e rendimentos.

1.3. Responsável pela Unidade Familiar (RF)


Consiste em qualquer membro da família que habite o domicílio, preferencialmente do sexo
feminino e com idade superior a 16 anos. Essa pessoa será responsável por fornecer as informações
referentes à sua família nas entrevistas de cadastramento e atualizações cadastrais.

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1.4. Nome social
É o nome atribuído a pessoas cuja identificação civil não reflete adequadamente sua
identidade de gênero; ou seja, é o nome pelo qual a pessoa prefere ser chamada, diferente do nome
registrado oficialmente. Normalmente, o nome social é utilizado por travestis e transexuais. Deve ser
respeitado e preenchido no formulário sempre que for solicitado pelo entrevistado.

1.5. Domicílio
Um conceito que pode causar confusão é o de domicílio, que pode ser o mesmo que
habitação, moradia, residência, lar, entre outros. Por isso, a importância de sabermos seu significado
e apresentar outras três definições utilizadas para o Cadastro Único. O termo domicílio também
possui variações, que serão apresentadas a seguir.

Domicílio é o local que serve de moradia à família, seja uma pessoa, um casal ou
mais pessoas. É uma residência, uma unidade limitada por paredes, muros, cercas e
coberto por um teto.

• Domicílio Particular Permanente: constitui moradia permanente ou duradoura e contém,


ao menos, um cômodo. Em geral, tem acesso a serviços básicos como água potável, energia
elétrica, saneamento ou coleta de lixo.

• Domicílio Particular Improvisado: é o local precário que serve de moradia no momento da


entrevista, cujo número de cômodos é de difícil identificação. Tem pouco ou nenhum acesso
aos serviços básicos de abastecimento de água, energia elétrica, saneamento ou coleta de
lixo. Caracteriza uma situação de extrema vulnerabilidade da família que ali habita.

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• Domicílio Coletivo: é o estabelecimento ou instituição que estabelece normas para seus
moradores e possui alguma forma de administração ou coordenação. São exemplos de
domicílio coletivo: abrigos, campings, hotéis, pensões, quartéis, postos militares, asilos,
conventos, alojamento de trabalhadores, etc.

1.6. Área urbana e rural


Dois conceitos importantes para o Cadastro Único são os de área urbana e área rural, pois os
domicílios podem estar situados em uma ou outra área.
• Área Urbana: aquela situada em cidades ou vilas, ou seja, dentro do perímetro urbano legal.
• Área Rural: é aquela situada fora da cidade ou vila, compreendendo fazendas, sítios,
povoados, “arraiás”, etc.

1.7. Morador
Embora seja outro, o conceito de morador está estritamente relacionado ao de domicílio.
Morador é a pessoa que mora no domicílio, mesmo que esteja ausente no momento da entrevista.
Se a pessoa ausente estiver internada ou abrigada em estabelecimentos de saúde, instituições de
longa permanência para idosos, locais que prestam Serviços de Acolhimento, instituições de privação
de liberdade, ou similares, por um período igual ou inferior a 12 meses, tendo como referência a data
da entrevista, ela poderá ser registrada como membro da família e moradora do domicílio.

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1.8. Renda
É o que a família ou o indivíduo recebe como pagamento pelo trabalho fixo ou prestação de
serviço temporário, trabalho artesanal, pensão, dentre outros proventos. Pode ser categorizada de
dois modos: renda familiar mensal e renda por pessoa.

Importante! Não devem ser incluídos no cálculo os rendimentos dos seguintes


programas:
• Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI;
• Programa Agente Jovem de Desenvolvimento Social e Humano;
• Programa Bolsa Família dele remanescentes e unificados, além de
programas complementares, como Brasil Carinhoso, Bolsa Verde, entre
outros;
• Programa Nacional de Inclusão do Jovem – PROJOVEM;
• Auxílio Emergencial Financeiro e outros programas de transferência
de renda destinados à população atingida por desastres, residente em
Municípios em estado de calamidade pública ou situação de emergência; e
• Outros programas de transferência condicionada de renda,
implementados por estados, Distrito Federal ou municípios.

• Renda familiar mensal: é a soma dos rendimentos de todos os componentes da família,


ou seja, o que todos que moram na residência recebem. No cálculo da renda familiar
são considerados os seguintes rendimentos: trabalho; aposentadoria; pensão; seguro-
desemprego; auxílio-doença; Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC),
e outros rendimentos recebidos regularmente pelos membros da família.

• Renda mensal por pessoa: ou renda per capita, é a soma de todos os rendimentos da família
dividido pelo número de pessoas da família.

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O Sistema do Cadastro Único calcula a renda automaticamente; o
entrevistador ou qualquer outro agente público não interfere nesse cálculo.

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2
Capítulo

Conceitos dos Grupos


Populacionais, Tradicionais e
Específicos (GPTE)
As famílias ou indivíduos que fazem parte dos GPTE pertencem a grupos com características
específicas ou em situações críticas de vulnerabilidade social. Alguns destes grupos estão previstos
na Portaria nº 177, de 16 de junho de 2011. As famílias pertencentes a esses grupos devem ter
atendimento diferenciado para inclusão no Cadastro Único. São 16 grupos populacionais tradicionais
ou específicos (GPTE) identificados pelo Cadastro Único. Os grupos estão organizados em quatro
agregados e são eles: os de origem étnica, os que têm estreita relação com o meio ambiente, os que
têm relação com o meio rural e os que são acometidos por situações conjunturais.

2.1. Origem étnica


O agregado de origem étnica é formado por famílias que possuem costumes, tradições e modo
de vida comunitários, transmitidos de geração para geração, fruto de sua origem e de diferentes
processos civilizatórios. Pertencem a estes grupos as famílias:

• Indígenas: são descendentes de populações que habitavam o Brasil na época da colonização


e conservam, em total ou em parte, as suas características sociais, econômicas, culturais e
políticas. Estão presentes em todas as regiões do Brasil. A pessoa ou família tem a noção clara
de pertencimento étnico a algum povo indígena. Assim, ela saberá informar a origem da
família. Mais uma vez, a marcação deste quesito é autodeclaratória e considera apenas povos
indígenas brasileiros. O Cadastro Único permite que as famílias indígenas identifiquem o
povo indígena a que pertence e se residem em terra indígena.

• Quilombolas: são grupos étnicos de origem negra, com histórico relacionado a processos
de resistência e opressão que foram submetidos pela escravidão no Brasil. O território
é central na identidade desses grupos e a terra pode ter sido obtida por origens diversas,
como doações, compra, troca por prestação de serviços ou áreas ocupadas no processo de
resistência ao sistema escravista. As famílias desse grupo podem informar no Cadastro Único
em que comunidade quilombola residem.

• Ciganas: os povos ciganos formam um grupo heterogêneo e subdividem-se em algumas


etnias, sendo as principais: rom, calon e sinti. Têm padrão próprio de fixação e deslocamento;
podem ser nômades (não se fixam), seminômades (se deslocam e se fixam temporariamente)
ou sedentários (fixos). Algumas características do povo cigano são: o sentimento de não

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pertencer a um único lugar; noção particular de propriedade; possuem leis e regras próprias;
a comunidade é estruturada em torno da unidade familiar e geralmente possuem como
liderança comunitária uma figura masculina.

• Pertencentes às comunidades e povos de terreiro: são comunidades tradicionais


que utilizam espaços nos quais se perpetuam valores e símbolos, elementos culturais de
tradição de matriz africana. O terreiro se constitui em patrimônio imaterial, em que práticas,
conhecimentos e técnicas, expressões, instrumentos, objetos e artefatos são reconhecidos
pela comunidade como parte integrante do patrimônio cultural transmitido de geração a
geração, com sentimento de identidade e continuidade.

2.2. Grupos com estreita relação com o meio ambiente


São comunidades tradicionais que têm como fonte principal de subsistência o extrativismo
de recursos oferecidos pela natureza, que pode ser das florestas, rios, manguezais, mar e outros
ambientes similares. Pertencem a esse grupo:
• Extrativistas: são comunidades tradicionais que têm como base de sua subsistência a
extração dos recursos naturais renováveis; ou seja, retiram da natureza a maior parte do
seu sustento, realizam uma agricultura de subsistência e criação de pequenos animais. 
Fazem parte dessa categoria os grupos familiares de seringueiros, que extraem o látex para
a fabricação da borracha; as quebradeiras de coco babaçu, muito utilizado na indústria de
cosméticos; as exploradoras de andirobeiras, árvore da floresta que oferece insumos, como
óleo; catadoras de mangaba, fruta da caatinga usada para fazer doces e sucos; e castanheiros,
açaizeiros, piaçabeiros, que comercializam produtos comuns no mercado, como  a castanha
do pará, o açaí e a vassoura. 

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• Pescadores artesanais: utilizam recursos pesqueiros extraídos, coletados, apreendidos
ou capturados em água doce ou salgada para fins comerciais ou de subsistência (consumo
doméstico). A atividade pode ser realizada com uso de embarcação de pequeno porte,
motorizada ou não, ou sem embarcação (quando há coleta manual nas praias ou mangues).

• Ribeirinhos: residem em pequenas comunidades ou isolados, às margens ou nas


proximidades dos rios. Caracterizam-se por ter como principal atividade de subsistência
a pesca e por praticar agricultura também de subsistência, com a criação de animais de
pequeno porte e extrativismo vegetal.

2.3. Grupos que têm relação com o meio rural


São grupos que buscam o acesso, a permanência e o uso sustentável da terra. Em geral são
os agricultores familiares que possuem pouca ou nenhuma terra e exploram o imóvel rural para
a criação de animais, produção e processamento de artigos agrícolas para consumo da unidade
familiar e comercialização. Alguns já possuem regularização fundiária por meio do processo de
reforma agrária. Podem estar organizados em movimentos sociais ou não.

• Assentados da reforma agrária: são famílias contempladas em Projetos da Reforma


Agrária. Tem contrato de concessão de uso da terra com o Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária, conhecido como Incra, e receberam o Título de Domínio inegociável pelo
prazo de dez anos.

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• Acampados rurais: são famílias ou indivíduos, organizados em movimentos sociais que
lutam por acesso à terra e à moradia, tanto na cidade quanto no campo. Estão acampados
até que tenham a sua situação regularizada.

• Agricultores familiares: sua fonte de sobrevivência vincula-se à atividade agropecuária com


força de trabalho predominantemente familiar, em âmbito doméstico, na produção para
autoconsumo e comercialização do excedente. A propriedade familiar não pode ser maior do
que quatro módulos fiscais, em termos de hectares, essa medida pode variar em cada município.

• Beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário: são beneficiários de um


programa que oferece condições para que os trabalhadores rurais sem terra ou com pouca
terra adquiram um imóvel rural por meio de financiamento e permite o acesso a investimentos
básicos e produtivos para o desenvolvimento da propriedade.

2.4. Grupos de pessoas que são acometidos por situações conjunturais


Os grupos de pessoas que são acometidos por situações conjunturais, ou seja, são formados
por famílias que estão momentaneamente em vulnerabilidade, mas podem mudar de situação.
Pertencem a esse grupo:

• Atingidos por empreendimentos de infraestrutura: são pessoas removidas de sua


residência devido à construção de barragens, estradas, portos, aeroportos e outros
empreendimentos de infraestrutura. Não se incluem nessa categoria: deslocados para
construção de empreendimentos privados, como shopping centers e supermercados;  e
atingidos por catástrofes naturais, como deslizamentos e enchentes.

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• Presos do sistema carcerário: são famílias que possuem componente recolhido a
estabelecimento penal, preso provisoriamente, condenado ou submetido alguma medida
de segurança. Não fazem parte desse grupo, famílias com jovens submetidos a regime
socioeducativo.

• Catadores de material reciclável: são famílias que possuem ao menos um membro cuja
atividade econômica consiste na coleta de material reciclável e reaproveitável como papel,
papelão e vidro, materiais ferrosos e não ferrosos.

• População em situação de rua: é um grupo heterogêneo e tem em comum a pobreza


extrema. Possui vínculos familiares fragilizados ou interrompidos, não tem moradia
convencional regular e utiliza espaços públicos - ruas, praças, jardins, canteiros, marquises e
viadutos - e áreas degradadas (construções e carros abandonados, ruínas e cemitérios) como
espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente. Também utiliza as
unidades de acolhimento (abrigos, casas de acolhida temporária ou moradias provisórias,
sejam ou não pertencentes ao SUAS) para pernoite temporário ou como moradia provisória.

• Trabalho em condição análoga à de escravo: Em nossa sociedade atual, ainda existem


formas de escravidão. O trabalho em condição análoga à de escravo acontece quando
o trabalhador é sujeitado a situações de trabalho forçado, servidão por dívida, jornada
exaustiva e trabalho degradante. Os trabalhadores podem ser encontrados em uma ou em
todas essas condições. Quando pessoas nessas situações são identificadas e libertadas por
órgão do governo, como a Secretaria de Inspeção do Trabalho ou a Polícia Federal, seus
direitos são regularizados e elas passam a receber o seguro-desemprego. Como possuem
alto grau de vulnerabilidade, as famílias com algum componente resgatado podem ser
incluídas e identificadas no Cadastro Único, se assim o desejarem.

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3
Capítulo

Atualização cadastral
A atualização cadastral da família ocorre quando informações específicas foram alteradas ou
revalidadas nos últimos 24 meses, contados a partir da data de inclusão ou da última atualização.
Algumas informações específicas são utilizadas para identificar a atualização cadastral:
• endereço domiciliar;
• renda familiar;
• composição familiar, com inclusão ou exclusão de membros na família;
• número do CPF ou do Título de Eleitor para o Responsável Familiar;
• em relação às famílias quilombolas e indígenas, qualquer outro documento de identificação
previsto no Formulário Principal, inclusive o Registro Administrativo de Nascimento de
Indígena (Rani);
• substituição do Responsável Familiar;
• código Inep - mas o que é o código Inep? Para cada instituição de ensino brasileira, o Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao
Ministério da Educação (MEC), atribui um código de identificação, denominado “código
Inep”. Ou seja, é o código de identificação do estabelecimento de ensino onde a pessoa está
matriculada; e,
• ano ou série escolar.

Os cadastros que não se enquadram nessa situação são considerados


desatualizados.

A revalidação cadastral ocorre quando se faz uma nova entrevista e não há alteração nas
informações cadastradas. O entrevistador deve revalidar as informações no Sistema do Cadastro
Único, utilizando uma funcionalidade chamada de Confirmar Cadastro Familiar, e só assim o cadastro
será considerado atualizado. Nessa funcionalidade, o operador deverá registrar a nova data de
entrevista com a família.

Resumindo: a atualização cadastral ocorre quando são alteradas ou revalidadas


informações específicas dos cadastros das famílias.

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Chegamos ao final deste módulo do curso Cadastro Único: conhecer para incluir. No módulo
5, iremos ver, com mais detalhes, todo o processo de atualização cadastral. Agora, assistia às aulas
narradas e faça os exercícios de fixação.
Bons estudos e até o próximo módulo!

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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. DECRETO Nº 6.135, DE 26 DE JUNHO DE 2007. Dispõe sobre o Cadastro Único para
Programas Sociais do Governo Federal e dá outras providências. Brasília, DF, jun 2007. Disponível
em:  <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6135.htm> Acesso em: 19
fev. 2020.

BRASIL. PORTARIA Nº 177, DE 16 DE JUNHO DE 2011. Define procedimentos para a gestão do


Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, revoga a Portaria nº 376, de 16 de
outubro de 2008, e dá outras providências. Brasília, DF, jun 2011. Disponível em: <http://www.mds.
gov.br/cnas/legislacao/portarias/portarias/2011-06-16-06-2011-mds-177.pdf/view> Acesso em: 19 fev.
2020.

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL, Manual de Gestão do Cadastro Único para


Programas Sociais do Governo Federal. 3a edição, Brasília, 2017.

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E AGRÁRIO. Secretaria Nacional de Renda e


Cidadania. Manual do Entrevistador. 4ª edição. Brasília, 2017.

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