Você está na página 1de 41

Unidade III

Unidade III
7 FINANCIAMENTOS PÓS-FIXADOS

Operações na modalidade pós-fixada significam que os juros podem ter conjugação com outros
fatores, como variação de indicadores nacionais ou estrangeiros. Assim, os empréstimos em moeda
nacional pós-fixados possuem os encargos financeiros (juros mais variação de indicadores) com lastro
nacional, já os feitos em moeda estrangeira têm encargos financeiros tomando-se como base a variação
de uma moeda estrangeira, por exemplo, o dólar.

De acordo como Banco Central do Brasil, os principais indicadores econômicos nacionais que medem
a variação da moeda no tempo são:

• INPC/IBGE: Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

• IGP-M/FGV: Índice Geral de Preços-Mercado, da Fundação Getúlio Vargas.

• TJLP/BNDES: Taxa de Juros de Longo Prazo, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico


e Social.

7.1 Diferenças entre os principais indicadores econômicos

7.1.1 IPC-Fipe

Calculado semanalmente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) – USP, o Índice
de Preços ao Consumidor (IPC) mede a variação dos preços de produtos e serviços consumidos pelas
famílias com rendas entre um e vinte salários mínimos na cidade de São Paulo. As variações são obtidas
comparando-se preços médios das quatro últimas semanas (referência) com os das quatro semanas
anteriores (base).

7.1.2 IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é calculado mensalmente pelo IBGE.
É o índice oficial do governo para medição das metas inflacionárias fixadas no acordo com o Fundo
Monetário Internacional (FMI). Mede a variação nos preços de bens e serviços consumidos por
famílias com rendimentos entre um e quarenta salários mínimos. A taxa é calculada nas regiões
metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Belém, Fortaleza,
Salvador e Curitiba, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.

66
CONTABILIDADE EMPRESARIAL

7.1.3 IGP

A FGV calcula três índices gerais de preço – IGP-M, IGP-10 e IGP-DI –, que diferem entre si apenas
pelo período de coleta de dados. Todos são calculados com base em outros três indicadores: Índice de
Preços no Atacado (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional do Custo da Construção
(INCC), que representam, respectivamente, 60%, 30% e 10% em cada um dos IGPs. A base é do Rio de
Janeiro e São Paulo.

• IGP-M: compreende o período entre o dia 21 do mês anterior ao de referência e o dia 20 do mês
de referência.

• IGP-10 avalia o intervalo entre o dia 11 do mês anterior ao de referência e o dia 10 do mês de referência.

• IGP-DI engloba o estágio entre o primeiro e o último dia do mês de referência.

7.1.4 INPC

Apurado pelo IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi criado com o objetivo
de orientar os reajustes dos salários dos trabalhadores. Mede a inflação para famílias com renda entre
um e oito salários mínimos. A taxa é calculada nas regiões metropolitanas de Porto Alegre, Rio de
Janeiro, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, além do Distrito Federal e do
município de Goiânia.

7.1.5 ICV

Apurado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Índice


do Custo de Vida (ICV) mede a variação dos preços de bens e serviços consumidos pelas famílias com
renda entre um e três salários mínimos na cidade de São Paulo.

Saiba mais

Para obter mais conhecimento sobre os indicadores econômicos,


consulte o site do Banco Central do Brasil:

<www.bcb.gov.br/?INDECO>.

• A variação de um indicador econômico nacional pode gerar, em uma operação de financiamento,


tanto um ganho quanto uma perda, dependendo da oscilação desse mesmo indicador no período
de contratação do empréstimo. No caso do ganho, a conta contábil será registrada como “variação
monetária ativa”; na perda, como “variação monetária passiva”. Ambas são contas de resultado, ou
seja, registradas na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).

67
Unidade III

• A variação de um indicador econômico estrangeiro pode gerar, em uma operação de financiamento,


um ganho ou uma perda, porém também depende da oscilação desse mesmo indicador no período
de contratação do empréstimo. No ganho, a conta contábil será registrada como “variação cambial
ativa”; na perda, como “variação cambial passiva”, ambas contas de resultado, ou seja, registradas
na DRE.

A seguir acentuaremos um exemplo sobre um empréstimo realizado em dólar. O registro contábil


deve ser efetuado com nossa moeda, ou seja, o valor em dólar (ou em qualquer outra moeda) deverá
sempre ser convertido em real.

7.1.6 Exemplo de cálculo

Faremos os lançamentos relativos à operação financeira a seguir e demonstraremos o efeito da


operação no balanço de 31/12/20X8.

• Empréstimo no Banco Yellow, em 1º/12/20X8, no valor de US$ 1.000.000,00 (câmbio do dia


R$  1,00), com vencimento para 31/12/20X9. Como garantia, foi assinada uma nota promissória
em moeda estrangeira.

• Despesas cobradas pelo banco: comissão de 1% sobre o valor do empréstimo; despesas de


cobrança: US$ 1.400,00.

• Juros de 3% ao mês, a ser aplicado sobre a dívida já atualizada.

• Sabe-se que em 31/12/20X8 o câmbio estava cotado em R$ 1,05.

Tabela 29 – Contabilização do empréstimo


e registro dos encargos em 1º/12/20X8

D – Bancos conta movimento 1.000.000,00


C – Nota promissória em moeda estrangeira a pagar 1.000.000,00
US$ 1.000.000,00 x R$ 1,00 = R$ 1.000.000,00
2) D – Despesas bancárias 11.400,00
C – Bancos conta movimento 11.400,00
Despesa de comissão
1% sobre R$ 1.000.000,00 R$ 10.000,00
Despesa de cobrança
US$ 1.400,00 x R$ 1,00 = R$ 1.400,00

68
CONTABILIDADE EMPRESARIAL

Bancos conta movimento NP em moeda estrang. a pagar


Sl 34.715,00 11.400,00 2) 1.000.000,00 1)
1) 1.000.000,00

1.023.315,00

Despesas bancárias
2) 11.400,00

Figura 18

Em 31/12/20X8, será necessário apropriar as despesas com a variação cambial e os juros, já incorridos
e não pagos, cujo teor será o seguinte:

Em primeiro lugar, faremos o registro da variação cambial, que se incorpora à própria conta original
da dívida, ou seja:

US$ 1.000.000,00 x R$ 1,00 = R$ 1.000.000,00 x R$ 1,05 = R$ 1.050.000,00 (BERBEL, 2000).

Vejamos como apurar a variação cambial:

Variação cambial = dívida corrigida (–) dívida original

R$ 1.050.000,00 – R$ 1.000.000,00 = R$ 50.000,00

Observação

Se o valor da dívida corrigida for superior ao valor da dívida original,


a diferença será uma perda, ou seja, a empresa passará a dever um valor
superior à dívida contratada, devido à desvalorização do câmbio, gerando
uma “variação cambial passiva”. Se for inferior, a diferença será um ganho.
Então, a empresa passará a dever um valor inferior à dívida contratada,
devido à valorização do câmbio, criando uma “variação cambial ativa”.

Lembrete

Os empréstimos em moeda nacional pós-fixados possuem os encargos


financeiros (juros mais variação de indicadores) com lastro nacional. Já os
feitos em moeda estrangeira têm encargos financeiros tomando-se como
base a variação de uma moeda estrangeira, por exemplo, o dólar.
69
Unidade III

Agora citamos o lançamento contábil da variação cambial.

1) D – variação cambial passiva = 50.000,00

C – nota promissória em moeda estrangeira a pagar = 50.000,00

Em seguida, devemos apurar o valor dos juros sobre o montante da dívida atualizada, ou seja, 3% a.m.

R$ 1.050.000,00 x 0,03 = R$ 31.500,00

2) D – despesa de juros = 31.500,00

C – juros a pagar = 31.500,00

Variação cambial passiva NP em moeda estrang. a pagar


1) 50.000,00 1.000.000,00 Sl

50.000,00 1)
1.050.000,00

Despesas de juros Juros a pagar


2) 31.500,00 31.500,00 2)

Figura 19

Tabela 30 – Representação no balanço patrimonial em 31/12/20X8

Ativo Passivo
Circulante Circulante
... ...
... ...
... ...
Nota promissória em moeda estrangeira a pagar 1.050.000,00
Não circulante Juros a pagar 31.500,00

Não circulante

Patrimônio líquido
Total Total

A empresa deverá acompanhar o valor do câmbio mensalmente para ajustar a dívida contraída até o
respectivo vencimento, registrando as variações cambiais (passivas ou ativas) bem como os juros da operação.

70
CONTABILIDADE EMPRESARIAL

Se a organização não saldar sua dívida no vencimento, deverá registrar tanto a variação cambial
quantos os juros (e outros encargos financeiros cobrados, por exemplo, multa por atraso de pagamento)
até a data da respectiva quitação.

7.1.7 Exercício resolvido

É preciso fazer todos os lançamentos contábeis relativos à seguinte operação financeira efetuada
pela Cia. Trading:

• Empréstimo no Banco Orange, em 1º/10/20X1, no valor de US$ 100.000,00 (câmbio do dia


R$  1,00), com vencimento para 30/11/20X1. Como garantia, foi assinada uma nota promissória
em moeda estrangeira.

• Despesas cobradas pelo banco: comissão de 2% sobre o valor do empréstimo; despesas de


cobrança: US$ 100,00.

• Juros de 3% ao mês, a serem aplicados sobre a dívida já atualizada.

• Em 31/10/20X1, o câmbio estava cotado em R$ 1,10 (o real se desvalorizou em relação ao dólar


em 10%).

• A quitação do empréstimo ocorreu na data de seu vencimento, ou seja, em 30/11/20X1, ao câmbio


cotado a R$ 0,95 (o real valorizou-se em relação ao dólar em praticamente 14%).

Em 1º de outubro de 20X1, o Banco Orange enviou para a Cia. Trading os seguintes dados:
R$ 100.000,00 relativos ao empréstimo; R$ 2.000,00 com despesa de comissão e R$ 100,00 com
despesa de cobrança.

Tabela 31 – Contabilização do empréstimo e


registro dos encargos em 1º/10/20X1

D – Bancos conta movimento 100.000,00


C – Nota promissória em moeda estrangeira a pagar 100.000,00
US$ 1.000,00 x R$ 1,00 = R$ 1.000,00
2) D – Despesas bancárias 2.100,00
C – Bancos conta movimento 2.100,00
Despesa de comissão
2% sobre R$ 100.000,00 R$ 2.000,00
Despesa de cobrança
US$ 100,00 x R$ 1,00 = R$ 100,00

71
Unidade III

Bancos conta movimento NP em moeda estrang. a pagar


Sl 2.218,00 2.100,00 2) 100.000,00 1)
1) 100.000,00
100.118,00

Despesas bancárias
2) 2.100,00

Figura 20

Em 31 de outubro de 20X1, o Banco Orange enviou outra notificação com as seguintes informações:
R$ 10.000,00 relativos à atualização da dívida em 10% (variação do dólar de R$ 1,00 para R$ 1,10);
R$ 3.300,00 de juros, considerando 3% ao mês sobre a dívida já atualizada; R$ 110.000,00 relativos ao
débito do valor da dívida atualizada.

Em primeiro lugar, faremos o registro da variação cambial, que se incorpora à própria conta original
da dívida, ou seja:

US$ 100.000,00 x R$ 1,00 = R$ 100.000,00 x R$ 1,10 = R$ 110.000,00

Veja como apurar a variação cambial:

Variação cambial = dívida corrigida (–) dívida original

R$ 110.000,00 – R$ 100.000,00 = R$ 10.000,00 (–) variação cambial passiva

Agora acentuamos o lançamento contábil da variação cambial.

1) D – variação cambial passiva = 10.000,00

C – nota promissória em moeda estrangeira a pagar = 10.000,00

Em seguida, deve-se apurar o valor dos juros sobre o montante da dívida atualizada, ou seja, 3% a.m.

R$ 110.000,00 x 0,03 = R$ 3.300,00

2) D – despesa de juros = 3.300,00

C – juros a pagar = 3.300,00

72
CONTABILIDADE EMPRESARIAL

Variação cambial passiva NP em moeda estrang. a pagar


1) 10.000,00 100.000,00 Sl

10.000,00 1)
110.000,00

Despesas de juros Juros a pagar


2) 3.300,00 3.300,00 2)

Figura 21

Tabela 32 – Representação no balanço patrimonial em 31/10/20X1

Ativo Passivo
Circulante Circulante
... ...
... ...
... ...
Nota promissória em moeda estrangeira a pagar 110.000,00
Não circulante Juros a pagar 3.300,00

Não circulante

Patrimônio líquido
Total Total

Em 30 de novembro de 20X1, a empresa fará a quitação de seu empréstimo, mas precisa contabilizar
a variação cambial e os juros referentes ao mês de novembro para depois efetuar o pagamento de sua
dívida. Lembrando que a dívida atualizada em 31 de outubro de 20X1 era de R$ 110.000,00, e o câmbio
para 30 de novembro de 20X1 está em R$ 0,95.

Em primeiro lugar, faremos o registro da variação cambial. Nesse instante, precisamos de uma
atenção maior: a dívida original foi de US$ 100.000,00, que à época da contratação do empréstimo era
equivalente a R$ 100.000,00 devido ao câmbio de R$ 1,00. Contudo, na data do pagamento da dívida,
o câmbio foi reduzido a R$ 0,95, ou seja, houve uma valorização da nossa moeda (o real). Isso significa
que, em valores da moeda corrente nacional, a dívida foi reduzida. Em outras palavras, teremos um
ganho (variação monetária ativa) com a operação. Vejamos os cálculos tomando-se como base o saldo
da dívida atualizada do período anterior:

Valor da dívida original:

US$ 100.000,00 x R$ 1,00 = R$ 100.000,00

73
Unidade III

Valor da dívida na data do vencimento:

US$ 100.000,00 x R$ 0,95 = R$ 95.000,00

Observe como apurar a variação cambial.

Variação cambial = dívida corrigida (–) dívida original

R$ 95.000,00 – R$ 100.000,00 = R$ 5.000,00 (–) variação cambial ativa

Todavia, temos que analisar qual é o saldo atualizado da dívida até o momento de sua quitação e,
assim, efetuar o ajuste da variação cambial.

Dívida atualizada em 31 de outubro de 20X1 = R$ 110.000,00

(-) Valor atual da dívida em 30 de novembro de 20X1 = R$ 95.000,00

(=) Variação cambial ativa = R$ 15.000,00

Verifique como fazer o lançamento contábil da variação cambial.

1) D – nota promissória em moeda estrangeira a pagar = 15.000,00

C – variação cambial ativa = 15.000,00

Em seguida, é preciso apurar o valor dos juros sobre o montante da dívida atualizada, ou seja, 3% a.m.

R$ 95.000,00 x 0,03 = R$ 2.850,00

2) D – despesa de juros = 2.850,00

C – juros a pagar = 2.850,00

Variação cambial ativa NP em moeda estrang. a pagar


15.000,00 1) 1) 15.000,00 110.000,00 Sl
95.000,00

Despesas de juros Juros a pagar


2) 2.850,00 3.300,00 Sl
2.850,00 2)
6.150,00

Figura 22

74
CONTABILIDADE EMPRESARIAL

Fizemos os razonetes para um melhor entendimento. Agora vamos realizar a quitação dos empréstimos:

D – notas promissórias em moeda estrangeira a pagar = 95.000,00

D – juros a pagar = 6.150,00

C – bancos conta movimento = 101.150,00

Conforme demonstrado no último exemplo, um financiamento, quando contratado na modalidade


pós-fixada, poderá obter ganhos ou perdas durante o período de sua contratação, estando a dívida
sujeita à variação do indexador base (podendo ser relativo aos indicadores econômicos nacionais ou
estrangeiros). Tal variação ocorre de acordo com o momento econômico e, hoje, podemos afirmar que,
com uma economia globalizada, conhecer a ciência econômica tornou-se fator imprescindível para um
bom contador.

Quanto ao financiamento na modalidade prefixada, há uma previsão dos encargos financeiros por
parte daquele que concede o empréstimo, cabendo ao responsável pela área financeira da empresa, em
conjunto com o contador, tomar a melhor decisão – pré ou pós-fixado. Não se trata, portanto, de uma
modalidade melhor do que outra. Para uma decisão desse porte, os agentes envolvidos devem analisar
a situação mais favorável.

Observação

O CPC 12 – Ajuste a Valor Presente envolve contas do ativo e do


passivo. Contudo, é preciso ressaltar que os pronunciamentos técnicos
publicados pelo Comitê (CPC) devem ser aplicados para as sociedades
anônimas em geral (capital aberto ou fechado) ou para as empresas
classificadas como de grande porte (Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de
2007) (BRASIL, 2007).

Para as pequenas e médias empresas, o CPC publicou uma edição


especial, atendendo às necessidades dessas instituições que, na prática,
representam mais de 80% das empresas registradas no País.

Lembrete

Se a organização não saldar sua dívida no vencimento, deverá registrar


tanto a variação cambial quanto os juros (e outros encargos financeiros
cobrados, por exemplo, multa por atraso de pagamento) até a data da
respectiva quitação.

75
Unidade III

8 APLICAÇÕES FINANCEIRAS – OPERAÇÕES PREFIXADAS

Aplicação financeira é uma operação que visa a um retorno financeiro, ou seja, que com o tempo
devolva não só o capital investido como também uma componente de retorno em excesso, a título
de rendimentos (ou juros). Com o objetivo de auferir receitas financeiras, as empresas aplicam em
bancos praticamente todo dinheiro que elas têm disponível. Em geral, são aplicações de curto prazo em
fundos de investimentos, certificados de depósitos bancários etc. Essas operações financeiras podem ser
contratadas a taxas prefixadas ou pós-fixadas.

Nas operações prefixadas, no momento da aplicação, os contratantes já conhecem a taxa de juros


efetiva em que está sendo efetuada a transação e, assim, sabem o quanto de rendimento terão sobre a
aplicação que está sendo realizada.

Quanto aos rendimentos auferidos sobre aplicações financeiras, a Receita Federal determina que
uma parte seja retida pela instituição financeira em que a aplicação foi executada, que fica responsável
para enviar o valor aos cofres da Receita Federal. O imposto retido tem a seguinte denominação:
Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), e sua alíquota varia conforme o lastro ao qual a aplicação
estiver vinculada.

Por tratar-se de legislação específica, os exemplos contemplados neste livro-texto terão uma alíquota
fictícia apenas para informar e contabilizar o IRRF e seu reflexo nas demonstrações financeiras.

Saiba mais

Para mais informações em relação ao (IRRF), sobre rendimentos


auferidos em aplicações financeiras, bem como rendimentos isentos a esse
tributo e ainda sobre os tipos de aplicações financeiras, consulte o site da
Receita Federal:

<www.receita.fazenda.gov.br>.

8.1 Exemplo de operação com taxa de juros prefixada

A Empresa Reis Souza Ltda. fez uma aplicação no Banco Intercontinental S/A no valor de
R$ 500.000,00, em Certificado de Depósito Bancário (CDB), por 90 dias, a uma taxa de juros de
1,5% ao mês. O IRRF está na ordem de 4% sobre o rendimento total e será apurado somente na data do
vencimento, seguindo a legislação vigente.

• data da aplicação: 1º de junho de 20X6;

• data do vencimento: 1º de setembro de 20X6.

76
CONTABILIDADE EMPRESARIAL

É importante destacar: para os 90 dias em que ficarão aplicados os recursos, a empresa


precisará reconhecer mensalmente a receita dos rendimentos fixados pela operação, mas
proporcionalmente ao número de dias em que o dinheiro ficará aplicado. Assim, estará cumprindo
uma exigência legal – o uso do regime de competência, principalmente, em relação ao registro
das contas de resultado – despesas e receitas.

A proporcionalidade dos rendimentos sobre a aplicação financeira ficará distribuída da


seguinte maneira:

Tabela 33

Junho/20X6 = 29 dias (30 dias – 1 data da aplicação)


Julho/20X6 = 30 dias (mês comercial)
Agosto/20X6 = 30 dias (mês comercial)
Setembro/20X6 = 1 dia (vencimento da aplicação)
Total = 90 dias de aplicação ou 3 meses

Vejamos a contabilização da aplicação em 1º/6/20X6.

1) D – aplicações financeiras (AC) = 522.500,00

C – bancos conta movimento (AC) = 500.000,00

C – rendimento a apropriar (AC) = 22.500,00

Observação

A conta de rendimento a apropriar mostra o quanto a empresa ganhará


com a operação efetuada. Trata-se de uma conta redutora do ativo circulante,
em que será demonstrado o quanto a empresa terá de rendimento até ao
fim da aplicação, conforme ilustra o balanço patrimonial em 30/6/20X6.

Agora vamos acentuar a contabilização do rendimento referente ao mês de junho/20X6,


considerando sempre o regime de competência.

Cálculo e contabilização dos rendimentos proporcionais a 29 dias do mês de junho/20X6:

R$ 22.500,00/90 dias = 250 x 29 dias = R$ 7.250,00

2) D – rendimento a apropriar (AC) = 7.250,00

C – rendimentos sobre aplicação financeira (DRE) = 7.250,00

77
Unidade III

Aplicações financeiras Bancos conta movimento


1) 522.500,00 Sl 510.815,00 500.000,00 1)
10.815,00

Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras


2) 7.250,00 22.500,00 1) 7.250,00 2)
15.250,00

Figura 23

Tabela 34 – Representação no balanço patrimonial em 30/6/20X6

Ativo Passivo
Circulante Circulante
... ...
... ...
Aplicação financeira 522.500,00
(-) Rendimentos a apropriar (15.250,00) Não circulante

Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total

A seguir, é preciso fazer a contabilização do rendimento referente ao mês de julho/20X6, sempre


concebendo o regime de competência.
Cálculo e contabilização dos rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de julho/20X6:
R$ 22.500,00/90 dias = 250 x 30 dias = R$ 7.500,00
1) D – rendimento a apropriar (AC) = 7.500,00
C – rendimentos sobre aplicação financeira (DRE) = 7.500,00

Aplicações financeiras Rendimentos a apropriar


1) 7.500,00 15.250,00 Sl
Sl 522.500,00

7.750,00

Rend. sobre apl. financeiras


7.500,00 1)

Figura 24

78
CONTABILIDADE EMPRESARIAL

Tabela 35 – Representação no balanço patrimonial em 31/7/20X6

Ativo Passivo
Circulante Circulante
... ...
... ...
Aplicação financeira 522.500,00
(-) Rendimentos a apropriar (7.750,00) Não circulante

Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total

Deve-se efetuar a contabilização do rendimento referente ao mês de agosto/20X6, também levanto


em consideração o regime de competência.
Cálculo e contabilização dos rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de agosto/20X6:
R$ 22.500,00/90 dias = 250 x 30 dias = R$ 7.500,00
1) D – rendimento a apropriar (AC) = 7.500,00
C – rendimentos sobre aplicação financeira (DRE) = 7.500,00

Aplicações financeiras Rendimentos a apropriar


Sl 522.500,00 1) 7.500,00 7.750,00 Sl

250,00

Rend. sobre apl. financeiras


7.500,00 1)

Figura 25

Tabela 36 – Representação no balanço patrimonial em 31/8/20X6

Ativo Passivo
Circulante Circulante
... ...
... ...
Aplicação financeira 522.500,00
(-) Rendimentos a apropriar (250,00) Não circulante

Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total

79
Unidade III

Contabilização do resgate da aplicação em 1º de setembro de 20X6, no qual, além de considerar


o rendimento apenas sobre um dia, haverá a retenção do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF)
sobre o total dos rendimentos auferidos, referente aos 90 dias que o montante de R$ 500.000,00
ficou aplicado.

Cálculo e contabilização dos rendimentos proporcionais a um dia do mês de setembro/20X6:

R$ 22.500,00/90 dias = 250 x 1 dia = R$ 250,00

1) D – rendimento a apropriar (AC) = 250,00

C – rendimentos sobre aplicação financeira (DRE) = 250,00

Cálculo e contabilização de 4% do IRRF sobre o rendimento total da operação e resgate da aplicação


financeira executada:

R$ 22.500,00 x 0,04 = R$ 900,00

2) D – bancos conta movimento (AC) = 521.600,00

D – IRRF a recuperar (AC) = 900,00

C – aplicações financeiras (AC) = 522.500,00

Aplicações financeiras Rendimentos a apropriar


Sl 522.500,00 522.500,00 2) 1) 250,00 250,00 Sl

Rend. sobre apl. financeiras Bancos conta movimento


250,00 1) Sl 4.872,00
2) 521.600,00
526.472,00

IRRF a recuperar
1) 900,00

Figura 26

80
CONTABILIDADE EMPRESARIAL

Tabela 37 – Representação no balanço patrimonial em 30/9/20X6

Ativo Passivo
Circulante Circulante
... ...
... ...
IRRF a recuperar 900,00 Não circulante

Não circulante

Patrimônio líquido

Total Total

Observação

O IRRF a recuperar registrado no balanço patrimonial poderá ser


compensado com o Imposto de Renda Pessoa Jurídica a Pagar (imposto
calculado sobre o resultado apurado no período) ou com quaisquer outros
tributos federais, conforme determina a legislação vigente.

8.1.1 Exercício resolvido

A Cia. Gama efetuou a seguinte aplicação financeira:

• 1º/12/20X6 – data da aplicação.

• R$ 100.000,00 – valor da aplicação.

• 0,75% a.m. – taxa de juros simples.

• 31/7/20X7 – vencimento da aplicação.

• 4% de IRRF sobre rendimento total.

A proporcionalidade dos rendimentos sobre a aplicação financeira ficará assim distribuída:

Tabela 38

Dezembro/20X6 = 29 dias (30 dias – 1 data da aplicação)


Janeiro/20X7 = 30 dias (mês comercial)
Fevereiro/20X7 = 30 dias (mês comercial)
Março/20X7 = 30 dias (mês comercial)

81
Unidade III

Abril/20X7 = 30 dias (mês comercial)


Maio/20X7 = 30 dias (mês comercial)
Junho/20X7 = 30 dias (mês comercial)
Julho/20X7 = 31 dias (vencimento da aplicação)
Total = 240 dias de aplicação ou 8 meses

Pede-se: contabilizar a aplicação financeira, respeitando o regime de competência, e demonstrar os


efeitos da operação, mensalmente, no balanço patrimonial:

• Contabilização da aplicação financeira em 1º/12/20X6

1) D – aplicação financeira = 100.000,00

C – bancos conta movimento = 100.000,00

Deve-se calcular e contabilizar os juros prefixados:

R$ 100.000,00 x 6% = R$ 6.000,00

2) D – aplicação financeira = 6.000,00

C – rendimentos a apropriar = 6.000,00

Aplicações financeiras Bancos conta movimento


1) 100.000,00 Sl 105.209,00 100.000,00 1)
2) 6.000,00 5.209,00
106.000,00

Rendimentos a apropriar
6.000,00 2)

Figura 27

• Contabilização do rendimento referente ao mês de dezembro/20X6, considerando sempre o


regime de competência

É preciso calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 29 dias do mês de dezembro/20X6:

R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 29 dias = R$ 725,00

3) D – rendimento a apropriar = 725,00

C – rendimentos sobre aplicação financeira = 725,00

82
CONTABILIDADE EMPRESARIAL

Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras


2) 725,00 6.000,00 2) 725,00
5.275,00

Figura 28

Tabela 39 – Representação no balanço patrimonial em 31/12/20X6

Ativo Passivo
Circulante Circulante
... ...
... ...
Aplicação financeira 100.000,00
(-) Rendimentos a apropriar (5.275,00) Não circulante

Não circulante

Patrimônio líquido

Total Total

• Contabilização do rendimento referente ao mês de janeiro/20X7, atendendo-se sempre ao


regime de competência

Deve-se calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de janeiro/20X7:

R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 30 dias = R$ 750,00

1) D – rendimento a apropriar = 750,00

C – rendimentos sobre aplicação financeira = 750,00

Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras


1) 750,00 5.275,00 SI 750,00 1)
4.525,00

Figura 29

83
Unidade III

Tabela 40 – Representação no balanço patrimonial em 31/1/20X7

Ativo Passivo
Circulante Circulante
... ...
... ...
Aplicação financeira 100.000,00
(-) Rendimentos a apropriar (4.525,00) Não circulante

Não circulante
Patrimônio líquido

Total Total

• Contabilização do rendimento referente ao mês de fevereiro/20X7, respeitando sempre o


regime de competência

É necessário calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de fevereiro/20X7:

R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 30 dias = R$ 750,00

1) D – rendimento a apropriar = 750,00

C – rendimentos sobre aplicação financeira = 750,00

Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras


1) 750,00 4.525,00 SI 750,00 1)
3.775,00

Figura 30

Tabela 41 – Representação no balanço patrimonial em 28/2/20X7

Ativo Passivo
Circulante Circulante
... ...
... ...
Aplicação financeira 100.000,00
(-) Rendimentos a apropriar (3.775,00) Não circulante

Não circulante
Patrimônio líquido

Total Total

84
CONTABILIDADE EMPRESARIAL

• Contabilização do rendimento referente ao mês de março/20X7, considerando sempre o


regime de competência

É preciso calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de março/20X7:

R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 30 dias = R$ 750,00

1) D – rendimento a apropriar = 750,00

C – rendimentos sobre aplicação financeira = 750,00

Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras


1) 750,00 3.775,00 SI 750,00 1)
3.025,00

Figura 31

Tabela 42 – Representação no balanço patrimonial em 31/3/20X7

Ativo Passivo
Circulante Circulante
... ...
... ...
Aplicação financeira 100.000,00
(-) Rendimentos a apropriar (3.025,00) Não circulante

Não circulante
Patrimônio líquido

Total Total

• Contabilização do rendimento referente ao mês de abril/20X7, atendendo sempre o regime


de competência

É necessário calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de abril/20X7:

R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 30 dias = R$ 750,00

1) D – rendimento a apropriar = 750,00

C – rendimentos sobre aplicação financeira = 750,00

85
Unidade III

Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras


1) 750,00 3.025,00 SI 750,00 1)
2.275,00

Figura 32

Tabela 43 – Representação no balanço patrimonial em 30/4/20X7

Ativo Passivo
Circulante Circulante
... ...
... ...
Aplicação financeira 100.000,00
(-) Rendimentos a apropriar (2.275,00) Não circulante

Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total

• Contabilização do rendimento referente ao mês de maio/20X7, considerando sempre o regime


de competência

Deve-se calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de maio/20X7:

R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 30 dias = R$ 750,00

1) D – rendimento a apropriar = 750,00

C – rendimentos sobre aplicação financeira = 750,00

Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras


1) 750,00 2.275,00 SI 750,00 1)
1.525,00

Figura 33

86
CONTABILIDADE EMPRESARIAL

Tabela 44 – Representação no balanço patrimonial em 31/5/20X7

Ativo Passivo
Circulante Circulante
... ...
... ...
Aplicação financeira 100.000,00
(-) Rendimentos a apropriar (1.525,00) Não circulante

Não circulante
Patrimônio líquido

Total Total

• Contabilização do rendimento referente ao mês de junho/20X7, respeitando sempre o


regime de competência

É preciso calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de junho/20X7:

R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 30 dias = R$ 750,00

1) D – rendimento a apropriar = 750,00

C – rendimentos sobre aplicação financeira = 750,00

Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras


1) 750,00 1.525,00 SI 750,00 1)
775,00

Figura 34

Tabela 45 – Representação no balanço patrimonial em 30/6/20X7

Ativo Passivo
Circulante Circulante
... ...
... ...
Aplicação financeira 100.000,00
(-) Rendimentos a apropriar (775,00) Não circulante

Não circulante
Patrimônio líquido

Total Total

87
Unidade III

• Contabilização do rendimento referente ao mês de julho/20X7, considerando sempre o regime de


competência e também no vencimento da aplicação: 31/7/20X6

Deve-se calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 31 dias do mês de julho/20X6:

R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 31 dias = R$ 775,00

1) D – rendimento a apropriar = 775,00

C – rendimentos sobre aplicação financeira = 775,00

Então, é necessário calcular e contabilizar os 4% do IRRF sobre o rendimento total da operação, bem
como o resgate da aplicação financeira:

R$ 6.000,00 x 0,04 = R$ 240,00

2) D – bancos conta movimento = 105.760,00

D – IRRF a recuperar = 240,00

C – aplicações financeiras = 106.000,00

Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras


1) 775,00 775,00 Sl 775,00 1)

Bancos conta movimento IRRF a recuperar


Sl 2.118,00 2) 240,00
2) 105.760,00
107.878,00

Aplicação financeira
Sl 106.000,00 106.000,00 2)

Figura 35

Tabela 46 – Representação no balanço patrimonial em 31/7/20X7

Ativo Passivo
Circulante Circulante
... ...
... ...
IRRF a recuperar 240,00 Não circulante

Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total

88
CONTABILIDADE EMPRESARIAL

No Brasil, é muito forte o emprego dos agentes públicos como fonte de financiamento das
empresas. Praticamente todo o financiamento empresarial é realizado via BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social).

Saiba mais

Para verificar o que acentuamos, acesse:

<http://www.bndes.gov.br>.

8.2 Aplicações financeiras – operações pós-fixadas

Conforme estudamos, o que difere uma operação prefixada da pós-fixada nada mais é do que a maneira
como se aplica a taxa de juros. Na prefixada, conhecem-se, no ato da operação, tanto os juros a serem
pagos sobre os empréstimos contratados quanto os rendimentos sobre uma aplicação financeira efetuada.

É preciso destacar um item: para as operações prefixadas, embute-se na taxa de juros uma expectativa
inflacionária; para as pós-fixadas, tem-se somente a taxa de juros, ficando a representação da inflação
exatamente registrada pela sua efetiva variação, podendo gerar um ganho ou uma perda inflacionária,
ou seja, uma variação monetária ativa ou passiva, respectivamente.

Assim, nas operações pós-fixadas, é aplicada uma taxa de juros mais um índice de preços, seja
em relação a uma moeda estrangeira, seja a quaisquer outros indicadores econômicos (acordados
entre as partes), que venha identificar a variação inflacionária do período contratado para a operação,
independentemente do tipo de operação – financiamentos e/ou aplicações financeiras.

8.2.1 Exemplo: aplicação financeira com rendimento pós-fixado

A empresa Reis Souza Ltda. fez uma aplicação no Banco Intercontinental S/A, no valor de R$
200.000,00, com variação monetária com base no CDB mais juros de 1% ao mês sobre o valor atualizado
(para fins didáticos, utilizaremos o método de juros simples).

• Data da aplicação: 5 de abril de 20X6.

• Data do resgate: 2 de outubro de 20X6.

• Juros de 1% ao mês, total de 6% (abril a outubro).

• Variação do CDB no período: 9%.

• IRRF sobre o total dos rendimentos: 4%.

89
Unidade III

Agora faremos a contabilização da aplicação em 5/4/20X6.

1) D – aplicação financeira = 200.000,00

C – bancos conta movimento = 200.000,00

Aplicação financeira Bancos conta movimento


1) 200.000,00 Sl 203.122,00 200.000,00 1)

3.122,00

Figura 36

Tabela 47 – Representação no balanço patrimonial em 30/4/20X6

Ativo Passivo
Circulante Circulante
... ...
... ...
Aplicação financeira 200.000,00 Não circulante

Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total

Acentuamos a seguir o cálculo e a contabilização das receitas auferidas somente na data do resgate
da aplicação financeira:

Variação monetária ativa = variação do CDB no período de 9%.

R$ 200.000,00 x 0,09 = R$ 18.000,00 (ganho)

Rendimentos = juros de 1% a.m = 6% sobre o valor da aplicação atualizada.

R$ 218.000,00 x 0,06 = R$ 13.080,00.

1) D – aplicações financeiras = 31.080,00

C – variação monetária ativa = 18.000,00

C – rendimentos sobre aplicação financeira = 13.080,00

90
CONTABILIDADE EMPRESARIAL

Observação

Para fins didáticos, o resultado sobre a aplicação financeira, ganhos


e rendimentos foram registrados no fim da operação. Contudo, numa
situação empresarial, deve-se acompanhar a variação do índice escolhido
para a operação e registrar mensalmente os ganhos, mesmo que sejam de
forma aproximada, atendendo, assim, ao regime de competência. Ao fim da
operação, serão feitos os devidos ajustes.

Vejamos o cálculo e a contabilização do IRRF sobre o valor total dos rendimentos, bem como o
resgate da operação de aplicação financeira em 2/10/20X6.

IRRF sobre os rendimentos (R$ 31.080,00 x 0,04 = R$ 1.243,00)

2) D – bancos conta movimento = 229.837,00

D – IRRF a recuperar = 1.243,00

C – aplicações financeiras = 231.080,00

Aplicação financeira Bancos conta movimento


Sl 200.000,00 231.080,00 2) Sl 8.487,00

1) 31.080,00 2) 229.837,00

238.324,00

Variação monetária ativa Rend. sobre apl. financeiras


18.000,00 1)
13.080,00 1)

IRRF a recuperar
3) 1.243,00

Figura 37

91
Unidade III

Tabela 48 – Representação no balanço patrimonial em 31/10/20X6

Ativo Passivo
Circulante Circulante
... ...
... ...
IRRF a recuperar 1.243,00 Não circulante

Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total

Saiba mais

Há um esforço do governo brasileiro em aumentar o financiamento


privado no País. Em sua dissertação de mestrado, o pesquisador João
Roberto Borin analisa o mercado privado de financiamento brasileiro:

BORIN, J. R. O investimento empresarial privado no Brasil: um estudo


de caso. Lume, 2003. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10183/4193>.
Acesso em: 23 mar. 2018.

8.2.2 Exercício resolvido

A Cia. Beta S/A fez a seguinte aplicação financeira:

• 1º/10/20X7 – data da aplicação.

• R$ 50.000,00 – valor da aplicação.

• 2% a.m. – variação do IGPM/FGV no período.

• 1% a.m. – taxa de juros simples.

• 31/12/20X7 – data do resgate.

• IRRF sobre o total dos rendimentos: 4%.

Pede-se: contabilizar toda operação – aplicação, atualização e resgate.

92
CONTABILIDADE EMPRESARIAL

1) Contabilização da aplicação financeira em 1º/10/20X7:

D – aplicação financeira = 50.000,00

C – bancos conta movimento = 50.000,00

2) Calcular e contabilizar a atualização da aplicação financeira pela variação do IGP-M até o resgate
em 31/12/20X7:

R$ 50.000,00 x 0,06 = R$ 3.000,00

D – aplicação financeira = 3.000,00

C – variação monetária Ativa = 3.000,00

3) Calcular e contabilizar os juros até o resgate em 31/12/20X7:

R$ 53.000,00 x 0,03 = R$ 1.590,00

D – aplicação financeira = 1.590,00

C – rendimentos com aplicação financeira = 1.590,00

4) Calcular e contabilizar tanto o IRRF sobre os rendimentos quanto o resgate: IRRF equivale a:
R$  4.590,00 x 0,04 = R$ 183,00:

D – bancos conta movimento = 54.407,00

D – IRRF a recuperar = 183,00

C – aplicação financeira = 54.590,00


Aplicação financeira Bancos conta movimento
1) 50.000,00 54.590,00 4) Sl 52.321,00 50.000,00 1)

2) 3.000,00 4) 54.407,00
3) 1.590,00 56.728,00

Variação monetária ativa Rend. sobre apl. financeiras


3.000,00 2) 1.590,00 3)

IRRF a recuperar
4) 183,00

Figura 38

93
Unidade III

Razonetes

Em relação às aplicações financeiras, além dos CPC Conceitual Básico, Ajuste a Valor Presente e sobre
as Pequenas e Médias Empresas, o CPC Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores
Mobiliários deverá ser utilizado sobre as transações realizadas pelas sociedades anônimas (capital aberto
ou fechado) e empresas de grande porte, conforme determina a Lei nº 11.638 de 28 de dezembro de
2007 (BRASIL, 2007). Todos eles estão em Pronunciamentos Técnicos Contábeis (2012).

Saiba mais

Para consultar a lei na íntegra, leia:

BRASIL. Lei nº 11.638 de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos


da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro
de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas
à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. Brasília, 2007.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007
/lei/l11638.htm>. Acesso em: 25 mar. 2018.

Exemplo de aplicação

1) Defina, resumidamente, o que é cobrança.

2) Imagine a seguinte situação: você é procurado(a) pelo departamento de relações públicas da


empresa em que trabalha para participar de uma matéria jornalística. No dia seguinte, uma conhecida
jornalista faz-lhe a seguinte pergunta:

– Quais as principais opções de financiamento que as empresas dispõem no momento atual e quais
as vantagens de cada um deles?

Como você responderia a essa pergunta?

Resumo

Nesta unidade, examinamos os financiamentos pós-fixados.

Vimos que os empréstimos em moeda nacional pós-fixados possuem os


encargos financeiros (juros mais variação de indicadores) com lastro nacional,
já os executados em moeda estrangeira têm encargos financeiros tomando‑se
como base a variação de uma moeda estrangeira, por exemplo, o dólar.

94
CONTABILIDADE EMPRESARIAL

Continuando nossa análise, acentuamos as diferenças entre os


principais indicadores econômicos, como IPCA, IGP, INPC etc. Destacamos
que se a organização não saldar sua dívida no vencimento, deverá registrar
tanto a variação cambial quantos os juros (e outros encargos financeiros
cobrados, por exemplo, multa por atraso de pagamento) até a data da
respectiva quitação.

Por fim, discutimos as aplicações financeiras pré e pós-fixadas. O que


difere uma operação prefixada da pós-fixada nada mais é do que a maneira
como se aplica a taxa de juros. Na prefixada, conhecem-se, no ato da
operação, tanto os juros a serem pagos sobre os empréstimos contratados
quanto os rendimentos sobre uma aplicação financeira efetuada. Para
esclarecer o conteúdo abordado, indicamos a contabilização do rendimento
e sua representação no balanço patrimonial.

Exercícios

Questão 1. (Enade 2006) A empresa comercial Aurora Ltda. negociou, em 31.12.2005, uma operação
de desconto de duplicatas no valor total de R$ 1.500.000, distribuídos conforme o fluxo de vencimento
das duplicatas a seguir:

0
30 dias 60 dias 90 dias
R$ 400.000 R$ 600.000 R$ 500.000

Figura

Nessa operação, a instituição financeira cobrou e recebeu juros antecipados no valor de R$ 155.000,
calculados à taxa de 5% ao mês (juros simples), e taxas de serviços de R$ 500.

Se a empresa encerrou o seu exercício contábil ao fim de dezembro, qual foi o efeito do registro
dessa operação em suas demonstrações contábeis?

A) Diminuição no resultado do exercício no valor de R$ 155.500.

B) Diminuição no ativo no valor de R$ 155.500.

C) Diminuição no ativo circulante no valor de R$ 500.

D) Aumento de despesas financeiras no valor de R$ 155.000.

E) Aumento do passivo circulante no valor de R$ 500.

Resposta correta: alternativa C.


95
Unidade III

Resolução da questão

Uma operação de descontos permite que a empresa antecipe o recebimento de duplicatas vencíveis
em épocas futuras, com a dedução dos juros e da comissão de serviços.

A operação, porém, não deve ser baixada do ativo da empresa, considerando que ela é responsável pelo
reembolso ao banco caso uma ou mais duplicatas não sejam pagas pelo cliente devedor (denominado
“sacado” na operação).

Cria-se uma conta retificadora, denominada “duplicatas descontadas”, deduzida do saldo integral da
conta de “clientes ou duplicatas a receber”.

O total de juros pagos pela empresa não afeta o seu resultado no exercício de 2005, considerando
que a competência de suas apurações é posterior àquele ano.

O que altera o resultado de 2005 é apenas a taxa de serviços cobrada pelo banco para a realização
da operação (R$ 500), que foi paga com recursos do ativo circulante, existentes em 31/12 daquele ano.

Questão 2. (Enade 2009, adaptada) Constantemente, empresários encontram problemas na gestão


de suas empresas. Todavia, aqueles relacionados à área financeira merecem atenção cuidadosa,
uma vez que a empresa depende de recursos financeiros para continuar suas atividades. Caso os
negócios da empresa não estejam bem e for necessário recorrer a empréstimos para a manutenção
de sua atividade, o mercado financeiro será uma opção para captação de recursos. Alternativamente,
caso os recursos financeiros da empresa sejam excedentes e não haja interesse no aumento de
investimentos em sua atividade principal, será possível efetuar investimentos em diversas opções
do mercado financeiro.

Sobre o assunto operações financeiras, leia as afirmativas a seguir:

I – Diretores financeiros são responsáveis por decisões acerca de como investir os recursos
de uma empresa para expandir seus negócios e sobre como obter tais recursos. Investidores são
instituições financeiras ou indivíduos que financiam os investimentos feitos pelas empresas e
governos. Assim, decisões de investimento tomadas por diretores financeiros e investidores são,
normalmente, semelhantes.

PORQUE

II – As decisões de investimento dos diretores financeiros focalizam os ativos financeiros (ações


e títulos de dívidas), enquanto as decisões de investimento dos investidores focalizam ativos reais
(edificações, máquinas, computadores etc.).

Com base nas asserções, é correto afirmar que:

A) A primeira é falsa, e a segunda é verdadeira.


96
CONTABILIDADE EMPRESARIAL

B) A primeira é verdadeira, e a segunda é falsa.

C) As duas são falsas.

D) As duas são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.

E) As duas são verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.

Resolução desta questão na plataforma.

97
REFERÊNCIAS

Textuais

BERBEL, J. D. S. Contabilidade comercial. Apostila do curso de Contabilidade. São Paulo: Faculdades


Integradas Tibiriçá, 2000.

BORIN, J. R. O investimento empresarial privado no Brasil: um estudo de caso. Lume, 2003. Disponível
em: <http://hdl.handle.net/10183/4193>. Acesso em: 23 mar. 2018.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. Disponível
em: <https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf>.
Acesso em: 31 mar. 2018.

___. Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999. Regulamenta a tributação, a fiscalização, a


arrecadação e a administração do Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza. Brasília,
1999. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3000.htm>. Acesso em: 22 mar.
2018.

___. Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Rio de
Janeiro, 1943. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm>. Acesso
em: 29 mar. 2018.

___. Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998. Modifica o sistema de previdência


social, estabelece normas de transição e dá outras providências. Brasília, 1998. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc20.htm>. Acesso em: 9 abr. 2018.

___. IRPF (Imposto sobre a renda das pessoas físicas). Brasília: Receita Federal, 6 dez. 2017a. Disponível
em: <http://idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/tributos/irpf-imposto-de-renda-pessoa-fisica>.
Acesso em: 5 abr. 2018.

___. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Código Tributário Nacional. Dispõe sobre o Sistema
Tributário Nacional e Institui Normas Gerais de Direito Tributário Aplicáveis à União, Estados e
Municípios. Brasília, 1966. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/leis/L5172.htm>.
Acesso em: 23 mar. 2018.

___. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Brasília, 1976.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htm>. Acesso em: 21 mar. 2018.

___. Lei nº 8.860, de 24 de março de 1994. Acrescenta dispositivos à Consolidação das Leis do
Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Brasília, 1994. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8860.htm>. Acesso em: 6 abr. 2018.

98
___. Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995. Altera a legislação tributária federal e dá outras
providências. Brasília, 1995a. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8981.htm>.
Acesso em: 30 mar. 2018.

___. Lei nº 9.065, de 20 de junho de 1995. Dá nova redação a dispositivos da Lei nº 8.981, de 20 de
janeiro de 1995, que altera a legislação tributária federal, e dá outras providências. Brasília, 1995b.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9065.htm>. Acesso em: 23 abr. 2012.

___. Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996. Dispõe sobre a legislação tributária federal, as
contribuições para a seguridade social, o processo administrativo de consulta e dá outras providências.
Brasília, 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/leis/L9430.htm>. Acesso em: 23
mar. 2018.

___. Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005. Regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência
do empresário e da sociedade empresária. Brasília, 2005. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11101.htm>. Acesso em: 28 mar. 2018.

___. Lei nº 11.638 de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei nº 6.404, de 15 de
dezembro de 1976, e da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande
porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. Brasília, 2007.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>. Acesso
em: 25 mar. 2018.

___. Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009. Altera a legislação tributária federal relativa ao
parcelamento ordinário de débitos tributários... Brasília, 2009. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11941.htm>. Acesso em: 30 mar. 2018.

___. Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017. Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada
pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e as Leis nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974, 8.036,
de 11 de maio de 1990, e 8.212, de 24 de julho de 1991, a fim de adequar a legislação às novas
relações de trabalho. Brasília, 2017b. Disponível em: <http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/LEGIS/
Leis/13467_17.html>. Acesso em: 30 mar. 2018.

___. Resolução CNE/CES nº 10, de 16 de dezembro de 2004. Conselho Nacional de Educação. Câmara
de Educação Superior. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em
Ciências Contábeis, bacharelado, e dá outras providências. Brasília, 2004. Disponível em: <http://portal.
mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rces10_04.pdf>. Acesso em: 22 mar. 2018.

CARNEIRO, J. D. (Coord.). Proposta nacional de conteúdo para o curso de graduação em Ciências


Contábeis. 2. ed. Brasília: Fundação Brasileira de Contabilidade, 2009.

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). Pronunciamentos Técnicos Contábeis 2012.


Brasília: CFC, 2013. Disponível em: <http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2013/06/
cpc_pronunciamentos_2012_web.pdf>. Acesso em: 29 mar. 2018.
99
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (CFC). Resolução CFC nº 1151/09, de 23 de janeiro de
2009. Aprova a NBC TG 12 – Ajuste a Valor Presente. Brasília, 2009. Disponível em: <http://www.
normaslegais.com.br/legislacao/resolucaocfc1151_2009.htm>. Acesso em: 22 mar. 2018.

DESCONTO de duplicatas: contabilização. Portal de Contabilidade, [s.d.]. Disponível em: <http://www.


portaldecontabilidade.com.br/guia/descontoduplicatas.htm>. Acesso em: 29 mar. 2018.

FEA/USP. Contabilidade introdutória. Equipe de Professores. Coordenação Sérgio de Iudícibus. 11. ed.
São Paulo: Atlas, 2010.

FRANCO, H. Contabilidade comercial. São Paulo: Atlas, 1996.

INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS). Índice de reajuste para segurados que recebem
acima do mínimo é de 2,07% em 2018. Brasília: INSS, 31 jan. 2018. Disponível em: <https://www.inss.
gov.br/indice-de-reajuste-para-segurados-que-recebem-acima-do-minimo-e-de-207-em-2018/>.
Acesso em: 8 abr. 2018.

___. Instrução Normativa nº 87. Dispõe sobre a contribuição para o financiamento da aposentadoria
especial... Brasília: INSS, 27 mar. 2003. Disponível em: <http://www.usp.br/drh/novo/legislacao/
dou2003/mpsin87.html>. Acesso em: 9 abr. 2018.

IUDÍCIBUS, S.; MARION, J. C. Contabilidade comercial. São Paulo: Atlas, 2004.

___. Contabilidade comercial. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MARION, J. C. Contabilidade empresarial. São Paulo: Atlas, 2007.

MARTINS, E. et al. Manual de contabilidade das sociedades por ações. São Paulo: Atlas, 2013.

NAGATSUKA, D. A. S.; TELES, E. L. Manual de contabilidade introdutória. São Paulo: Pioneira Thomson
Learning, 2002.

OLIVEIRA, E. B. de. A contabilidade a valor justo e a crise financeira mundial. 2009. Dissertação
(Mestrado em Controladoria e Contabilidade). Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade
(USP), São Paulo, 2009. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-
07102009-143816/pt-br.php>. Acesso em: 29 mar. 2018.

RIBEIRO, O. M. Contabilidade básica fácil. São Paulo: Saraiva, 2003.

___. Contabilidade comercial fácil. São Paulo: Saraiva, 1999.

SÁ, A. L. de. Fidelidade da informação contábil e as provisões. Portal da Classe Contábil, 2006.
Disponível em: <http://www.classecontabil.com.br/fidelidade-da-informacao-contabil-e-as-
provisoes>. Acesso em: 22 mar. 2018.
100
Sites

<http://www.bcb.gov.br/?INDECO>.

<http://www.bndes.gov.br>.

<http://www.cpc.org.br>.

<http://www.itamaraty.gov.br>.

<http://www.joelmirbeting.com.br>.

<http://www.portaldecontabilidade.com.br>.

<http://www.receita.fazenda.gov.br>.

Exercícios

Unidade II – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO


TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2009: Ciências Contábeis.
Formação Específica. Questão 32. Disponível em: < http://public.inep.gov.br/enade2009/CIENCIAS_
CONTABEIS.pdf>. Acesso em: 28 maio 2019.

Unidade III – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO


TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2006: Ciências Contábeis.
Componente Específico. Questão 24. Disponível em: http://download.inep.gov.br/download/
enade/2006/Provas/PROVA_DE_CIENCIAS_CONTABEIS.pdf>. Acesso em: 28 maio 2019.

Unidade III – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO


TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2009: Ciências Contábeis.
Formação Específica. Questão 30. Disponível em: < http://public.inep.gov.br/enade2009/CIENCIAS_
CONTABEIS.pdf>. Acesso em: 28 maio 2019.

101
APÊNDICE

Balancete do exercício nº 2, capítulo 5.1.4 da Unidade II

Duplicatas a receber Vendas de mercadorias

1 34.500 34.500 1
18.000 4

Saldo 16.500

Custo das mercadorias Estoques


vendidas

1a 14.750 14.750 1a

Títulos em cobrança Endossos para cobrança

2 34.500 34.500 5 5 34.500 34.500 2

Despesas de cobrança Bancos conta movimento

3 2.000 2.000 3
4 18.000 110 7

Despesas de protesto

6 110

102
103
104
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

Você também pode gostar