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Apostila Introdução À Nutrição Esportiva
Apostila Introdução À Nutrição Esportiva
Pratica atividade física? (a) não (b) sim. Qual(is)? (preencher quadro abaixo)
Com Personal Trainer? (a) não (b) sim. Nome: Telefone: Email:
Duração / Há quanto
Tipo Intensidade Dias da semana Horário Local
distância tempo?
Você utiliza suplemento(s) nutricional(is)? ( ) não ( ) sim. Qual(is)? (preencher quadro abaixo)
Tipo / nome
Marca Finalidade Dose / horário / frequência Quem prescreveu? Saboroso?
comercial
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BASES DA AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL
MÉTODOS DE FRACIONAMENTO
DUPLAMENTE INDIRETOS:
IMPEDÂNCIA BIO-ELÉTRICA
ANTROPOMETRIA:
§ Peso
§ Estatura
§ Perímetros musculares
§ Diâmetros ósseos
§ Dobras Cutâneas
A Massa Corporal Magra será determinada a partir do peso e do percentual de gordura da seguinte maneira:
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BASES DA BIOQUÍMICA DO EXERCÍCIO
Taxa Metabólica Basal (TMB) – reflete a produção de calor pelo organismo, sendo determinada
indiretamente medindo-se a captação de oxigênio em condições bastante rigorosas: as mensurações são feitas
no estado pós-absortivo (não se ingere alimento algum por pelo menos 12 horas antes do teste), a atividade
física também é restrita antes do teste para TMB e o indivíduo repousa em decúbito dorsal em um meio
ambiente termoneutro (25 a 26ºC) confortável por aproximadamente 30 minutos, quando então a captação de
oxigênio é medida por 10 minutos (McArdle, Katch, Katch, 1996) . A TMB representa a demanda energética mínima
necessária à manutenção da vida (Guedes & Guedes, 2003).
Taxa Metabólica de Repouso (TMR): é aquela medida no indivíduo acordado, alerta, em repouso e em
jejum (pelo menos 8 horas). A TMR é aproximadamente 10% maior que o basal devido ao efeito térmico dos
alimentos e a atividade física, ou seja, ao contrário da TMB que é mensurada sob condições laboratoriais
controladas, a TMR é medida sob condições menos rigorosas (McArdle, Katch, Katch, 1998).
Efeito Térmico dos Alimentos (ETA) – é qualquer mudança no gasto energético induzido pela dieta. A
maior elevação na taxa metabólica é atingida após 1 hora da refeição e dura aproximadamente 4 horas.
Muitos fatores influenciam o efeito térmico do alimento: o tamanho da refeição e sua composição, a
palatabilidade do alimento, a hora da refeição, bem como a constituição genética do indivíduo, idade, forma
física e sensibilidade à insulina (Walder & Ravussin, 1998). A ETA representa de 10% do GEDT (Guedes & Guedes, 2003;
McArdle, Katch, Katch, 1996). A maioria dos autores utiliza os termos ETA e termogênese induzida pela dieta (TID)
como sinônimos (Ceddia, 2002).
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Atividade Física (AF) – produz um variável aumento na TMR, provavelmente por promover ativação do
Sistema Nervoso Simpático (SNS), com consequente liberação de catecolaminas, e/ou por induzir a uma maior
Massa Corporal Magra (MCM), no caso específico do exercício de força. O gasto energético induzido pelo
exercício dependerá do tipo, intensidade e duração do mesmo, além do nível de treinamento do indivíduo
(segundo Phillips et al. (1996) indivíduos bem condicionados liberam menos catecolaminas) (Ceddia, 2002). A
atividade física considerada suave resulta em um aumento na taxa metabólica em torno de 30% sobre o basal,
atividades consideradas moderadas resultam em um incremento variando entre 40 e 80% e atividades físicas
muito intensas aumentam a taxa metabólica em mais de 100% (Marchini et al., 1998). A atividade física
representa de 13 a 30% do GEDT (McArdle, Katch, Katch, 1996).
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CARACTERÍSTICAS DOS TIPOS DE FIBRA DO MUSCULO HUMANO
Características Tipo I Tipo IIa Tipo IIb
Lento, vermelho, Rápido, vermelho, Rápido, branco,
oxidativo, oxidativo, glicolítico,
resistente à fadiga glicolítico, vulnerável à fadiga
resistente à fadiga
Tamanho do neurônio Pequeno Grande Grande
motor
Frequência de Baixa Média Alta
recrutamento
Velocidade de contração Lenta Rápida Rápida
Velocidade de Lenta Rápida Rápida
relaxamento
Saída máxima de energia Baixa Alta Alta
Resistência Alta Média Baixa
Densidade capilar Alta Média Baixa
Densidade mitocondrial Alta Média Baixa
Caráter metabólico Oxidativo Intermediário Glicolítico
Conteúdo de mioglobina Alto Médio Baixo
Atividade da enzima Baixa Alta Alta
glicolítica
Atividade da enzima Alta Alta Baixa
oxidativa
Conteúdo de glicogênio Baixo Alto Alto
Conteúdo de Alto Médio Baixo
triglicerídeos
Conteúdo de Baixo Alto Alto
fosfocreatina
Fonte: Gleeson & Greenhaff. Bioquímica do Exercício e do Treinamento. Manole, 2010.
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HIDRATAÇÃO
ÁGUA
Nutriente mais abundante do organismo.
Constitui cerca de 50 a 70% do peso corporal.
Ingestão diária:
1L a cada 1000kcal gastas
Durante a contração muscular, cerca de 70% da energia produzida pelo organismo é dissipada na forma de
calor, e apenas 30% desta energia é utilizada na contração muscular.
A evaporação do suor contribui com a dissipação do calor metabólico gerado e ambiental absorvido, sendo a
principal via de perda de calor do corpo durante o exercício realizado em ambientes quentes. A taxa de suor entre os
indivíduos varia de acordo com condições ambientais (temperatura, umidade relativa do ar, velocidade do vento),
roupas (permeabilidade) e intensidade e duração da atividade física.
A termorregulação a partir da evaporação do suor torna-se mais eficiente quando a umidade relativa do ar é
baixa. Nos ambientes úmidos, o suor na superfície da pela dificilmente é evaporado, favorecendo a elevação da
temperatura corporal e, consequentemente, aumentando a perda de água.
Quando o suor permanece na superfície da pele torna-se excelente condutor de calor. Por ser composto
basicamente de água, e em situações em que a temperatura corporal é inferior à do ambiente, existe fluxo de calor do
meio para o indivíduo, aumentando a sua temperatura corporal. Este fato intensifica os estímulos para a produção de
suor e, em última instância, aumenta a desidratação.
Alguns cuidados devem ser tomados quando o treino ocorre em locais com condições ambientais diferentes
daquelas da competição. Indivíduos não aclimatados perdem grandes quantidades de sódio, em ambientes quentes e
úmidos. (Júnior, 2002).
Taxa de sudorese: 0,5 a 2,0L/h (ACSM, 2007); 0,3 a 2,4L/h (ACSM, 2016)
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Fatores que influenciam na taxa de sudorese:
Condições ambientais;
Roupas;
Intensidade da atividade;
Duração da atividade;
Nível de treinamento;
Predisposição genética;
Aclimatação (melhora a capacidade de reabsorção de sódio e cloro, reduzindo em até 50% as concentrações
no suor);
Gênero (mulheres normalmente apresentam uma menor taxa de sudorese e menor perda de eletrólitos do que
homens, devido ao fato de apresentarem menor massa corporal e metabolismo mais lento);
Idade (crianças transpiram menos do que adultos – 0,4L/h, devido à menor massa corporal).
ü Mesmo com menos de 1h, as atividades intensas do tipo intermitente requerem a hidratação com bebidas que
forneçam carboidratos e sódio. Para um rápido esvaziamento gástrico as bebidas devem apresentar
osmolalidade entre 200 e 260mOsm/L e baixo teor energético (SBME, 2003);
ü O sódio deve ser reposto durante o exercício físico quando houver grande produção de suor (>1,2L/h), “suor
salgado” ou quando durar mais de 2h (ACSM, 2016).
De acordo com o posicionamento do American College of Sports Medicine (1996) foram realizadas
recomendações a respeito da quantidade e da composição das bebidas hidratantes a serem utilizadas antes durante e
após a atividade física:
1) – inclusão de sódio (500 a 700mg de Na / L de bebida) à solução hidratante durante exercícios com duração
superior a 1 hora, uma vez que o sódio melhora a palatabilidade, repõe os eletrólitos perdidos com o suor, favorece a
retenção hídrica e previne a hiponatremia (alguns sintomas: dores de cabeça, vômitos, mãos e pés gelados,
desorientação).
2) – as soluções deverão conter de 4 a 8% de carboidratos complexos e/ou simples. Esta composição acelera a
absorção dos carboidratos, favorecendo a reposição recomendada de 30 a 60g de carboidratos a cada hora quando a
solução é ingerida em um volume de 500 a 1000mL/h, mantendo a oxidação de carboidratos e retardando a fadiga.
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3) – as bebidas deverão apresentar boa palatabilidade a estar a uma temperatura menor que a ambiente (15 a 22ºC)
para estimular a ingestão da mesma, favorecendo uma maior reposição hídrica.
A água de coco supostamente poderia ser utilizada em substituição aos Repositores Hidroeletrolíticos, mas
conforme podemos observar na tabela abaixo sua osmolalidade, independente do estágio de maturação do coco, não
permite que a mesma seja considerada uma Bebida Isotônica.
Além disso, na prática a água de coco frequentemente ocasiona inchaço e dores no estômago. Estes efeitos
também já foram evidenciados no estudo de Kalman et al. (2012) quando comparada com repositor hidroeletrolítico.
“Os atletas não devem depender da sede para ditar a reposição hídrica durante o exercícios prolongados, pois
a sede já é um indicativo de desidratação”
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Recomendações pré-exercício
MAIS RECENTEMENTE:
De 2 a 4 horas antes: 5 a 10mL/kg, para que a urina fique clara e para que se tenha tempo suficiente para que
seja eliminado o volume excedente (ACSM, 2016).
Recomendação: 150 a 200mL a cada 15-20min (400 a 800mL/h) (ACSM, 2007; ACSM, 2016).
Objetivo: minimizar os riscos de comprometimento da termorregulação e da performance.
Recomendação pós-exercício
Recomendação: De 1,5L para cada 1kg de peso perdido (ACSM, 2007) (volumes adicionais são recomendados
para compensar o aumento da produção de urina resultante da ingestão de grandes volumes de líquidos
rapidamente).
MAIS RECENTEMENTE:
Recomendação: De 1,25 a 1,5L para cada 1kg de peso perdido (ACSM, 2016).
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ARMOSTRONG, L. E. et al. Human Hydration Indices: acute and longitudinal reference values.
International Journal of Sports Nutrition and Exercise Metabolism , v. 20, p. 145-153, 2010
CARBOIDRATO
Recomendações pré-exercício
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Exemplo de cardápio contendo cerca de 300g de carboidrato:
Macarrão (6 pegadores)
Suco de laranja (2 copos)
Goiabada (3 fatias médias)
Após uma refeição contendo carboidratos, as concentrações plasmáticas de glicose e insulina atingem seu pico
máximo, tipicamente entre 30 - 60 minutos. Caso o exercício seja iniciado neste período, a concentração plasmática de
glicose provavelmente estará abaixo dos níveis normais. Isto acontece possivelmente devido a um efeito sinergético da
insulina e da contração muscular na captação da glicose sanguínea (Jeukendrup et al. ,1999).
Durante o exercício a disponibilidade da insulina para a captação de glicose é muito pequena. Estudos indicam
que o aumento da velocidade de transporte com o aumento da atividade contrátil relaciona-se com a maior ativação
de transportadores de glicose que, no caso do músculo esquelético, é o GLUT4 (Júnior, 2002).
A magnitude da captação de glicose pelo músculo esquelético está relacionada com a intensidade e a duração
do exercício, aumentando proporcionalmente com a intensidade.
MAIS RECENTEMENTE:
De 1 a 4 hora antes: 1-4g de carboidrato/kg de peso (ACSM, 2016).
Quantidade:
30-60g de carboidrato/hora (ADA, 2009; Driskell, 2000);
0,7g de carboidrato/kg/hora (ADA, 2009).
Objetivo 1: manter o suprimento de 1g de carboidrato/minuto, retardando a fadiga em, aproximadamente, 15-30
min, por poupar os estoques de glicogênio.
Objetivo 2: manter a glicemia, prevenindo dores de cabeça, náuseas, etc.
“A Gliconeogênese pode suprir glicose numa taxa de apenas 0,2-0,4g/min, quando os músculos podem estar
consumindo glicose a uma taxa de 1-2g/min” (Powers & Howley, 2000).
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“A suplementação de carboidratos durante o exercício é muito eficiente na prevenção da fadiga, porém deve
ser ingerida durante todo o tempo em que a atividade está sendo realizada ou, pelo menos, 35 minutos antes da
fadiga devido à velocidade do esvaziamento gástrico” (El-Sayed et al.,1995).
Recomendações pós-exercício
Quantidade:
1,0 a 1,5g de carboidrato/kg de peso nos primeiros 30 minutos e novamente a cada 2 horas, durante as 6
horas que sucedem o término do exercício (ADA, 2009).
Objetivo: facilitar a ressíntese de glicogênio.
MAIS RECENTEMENTE:
1,0 a 1,2g de carboidrato/kg de peso/h, durante as 4-6 horas que sucedem o término do exercício (ACSM,
2016).
Razões para uma mais rápida recuperação das reservas de glicogênio, mediante o consumo de
carboidrato logo após o término do exercício:
maior fluxo sanguíneo para os músculos, aumentando a captação de glicose pela célula muscular;
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maior sensibilidade dos receptores celulares de insulina, promovendo maior influxo de glicose e síntese de
glicogênio;
maior atividade da enzima glicogênio sintase, favorecendo o acúmulo de glicogênio na célula.
BOCHECHOS DE CARBOIDRATO
Bochechos de carboidratos têm sido sugeridos como uma das estratégias para reposição energética durante a
atividade física. Em geral os estudos testam bochechos de soluções contendo cerca de 6% de carboidratos, durante 5
segundos (Carter, Jeukendrup, Jones, 2004; Rollo et al., 2008).
Entretanto, ainda precisa-se investigar mais: a) quais seriam as respostas frentes à soluções contendo maiores
concentrações de carboidrato?; b) quais seriam as respostas obtidas com bochechos mais longos?; c) os bochechos
são mais ou menos eficientes do que a deglutição das soluções?; d) qual a interferência da periodicidade dos
bochechos para obtenção de melhores resultados?
SINCLAIR J et al. The effect of diferente durations of carbohydrate mouth rinse on cycling performance.
European Journal of Sports Science, v. 14, n. 3, p. 259-264, 2014
Resultado: ciclistas percorreram distância maior quando uma solução contendo 6,4% de carboidratos esteve na boca
por 10 segundos versus 5 segundos.
Leitura complementar sugerida: POTTIER A et al. Mouth rinse but not ingestion of carbohydrate solution improves
1-h cycle time trial performance. Scand J Med Sci Sports, v. 20, p. 105-111, 2010.
Portaria no 222 de 24 de março de 1998 Resolução no 18 de 27 de abril de 2010
Repositores Energéticos para Atletas Suplementos Energéticos para Atletas
Definição: produtos formulados com nutrientes que Definição: produtos destinados a complementar as
permitam o alcance e ou manutenção do nível necessidades energéticas.
apropriado de energia para atletas.
Carboidratos: devem constituir, no mínimo, 90% Carboidratos: o produto pronto para consumo
dos nutrientes energéticos presentes na formulação. deve:
ü conter, no mínimo: 75% do valor energético
total proveniente dos carboidratos;
ü 15g na porção.
Vitaminas e minerais: podem ser adicionados. Vitaminas e minerais: podem ser adicionados.
Outras disposições gerais: podem conter
líquidos, proteínas intactas e/ou parcialmente
hidrolisadas; não podem ser adicionado de não
nutrientes e fibras alimentares.
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“WAXY MAIZE”: O CARBOIDRATO DA MODA
Definição: o Waxy Maize é obtido do milho ceroso, cujo amido possui características diferenciadas. O amido de milho
ceroso, ao contrário dos amidos comuns, apresentam 80 a 100% de amilopectina. A amilopectina é composta por
grânulos que apresentam espaçamento entre si na estrutura do amido, facilitando a entrada de água que, por sua vez,
carreia com grande facilidade as enzimas digestivas, amilases e amiloglicosidases, no processo de digestão.
ANDS et al. Consumption of the slow-digesting waxy maize starch leads to blunted plasma glucose and
insulin response but does not influence energy expenditure or appetite in humans. Nutrition Research,
v. 29, n. 06, p. 383-390, 2009
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PALATINOSE: A ÚLTIMA NOVIDADE
Definição: A Palatinose (ou isomaltolose) é um isômero da sacarose obtido da beterraba, após um processo
biotecnológico de rearranjo enzimático da ligação das moléculas de glicose e frutose, as quais passam a apresentar um
vínculo mais forte.
Propriedades:
ü Baixo IG: 32;
ü Auxilia no controle glicêmico e na mais significativa oxidação lipídica;
ü Gera mais energia por mais tempo: sua digestão é de 4 a 5 vezes mais lenta do que a sacarose.
HOLUB et al. Novel findings on the metabolic KONIG et al. Postprandial substrate use in
effects of the low glycaemic carbohydrate overweight subjects with the metabolic syndrome
isomaltulose (Palatinone). British Journal of after isomaltulose (Palatinose). Nutrition, v. 28, n.
Nutrition, v. 103, p. 1730-1737, 2010 06, p. 6561-656, 2012
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PROTEÍNA
Balanço Nitrogenado: É a metodologia mais comum para determinar requerimentos protéicos, principalmente na
população sedentária.
BN (g) = ingestão proteica 24h (g) - nitrogênio ureico da urina 24h (g) + 4g
6,25
OBS: Nesta equação as perdas de nitrogênio ureico são acrescidas das perdas estimadas do
trato gastrointestinal, da pele e de outras secreções corpóreas ( 4g), pois na prática estas
perdas não são determinadas.
Estudos que utilizaram esta metodologia com atletas verificaram que tanto para treinamento de força, como para
endurance, os requerimentos diários são maiores que 0,8g/kg/dia (Lemon, 1991; Tarnopolski et al., 1992; Phillips et
al., 1993; Walberg et al., 1988, Tipton & Wolfe, 2004).
Estudos demonstram que exercícios de endurance de elevada intensidade promovem um aumento da oxidação
protéica e por isso as necessidades de proteína são provavelmente maiores do que a RDA para sedentários (0,8 a 1,0
gramas de proteína / kg de peso / dia) (Manore & Thompson, 2000).
Os testes aplicados nestes estudos não reproduzem o alto volume e intensidade praticados por atletas de endurance
de alto rendimento (Lemon, 1991; Lemon & Proctor, 1991).
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REQUERIMENTOS DE PROTEÍNA PARA ATIVIDADES DE FORÇA E/OU TREINAMENTO CONTRA-
RESISTÊNCIA
“A suplementação com proteína representa uma estratégia válida para aumentar a resposta adaptativa
do musculo esquelético, juntamente com o exercício.”
POPULAÇÃO
“Existem pouquíssimos estudos com indivíduos experientes” (Schoenfeld et al., 2013)
“Algumas evidências que apontam para um significativo decréscimo das necessidades protéicas em indivíduos bem
treinados, visto que passam a apresentam uma maior eficiência na utilização do nitrogênio” (Rennie & Tipton, 2000;
Rennie et al., 2006; Moore et al., 2007).
HORÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO
“Para que o processo de hipertrofia ocorra de modo eficiente é necessária a correta associação entre treinamento e
ingestão de nutrientes no período pós-exercício” (Bacurau, 2000)
“Durante o exercício, o processo de síntese protéica encontra-se reduzido e há o aumento da oxidação de
aminoácidos” (Hargreaves, 1995; Lemon, 1995; Rennie, 1996)
2) “Os benefícios observados quanto à ingestão de proteína costumam estar muito mais relacionados ao total ingerido
do que com o horário da administração”.
Fonte: SCHOENFELD, B.J; ARAGON, A.A; KIEGER, J.W. The effect of protein timing on muscle strenght and hypertrophy: a meta-analysis. Journal
of the International Society of Sports Nutrition, 10:53, 2013.
QUANTIDADE DE PROTEÍNA
Acredita-se que atletas de força requeiram significativamente mais proteína do que sedentários ou atletas de
endurance. Isso porque atletas de força necessitariam de mais proteína com o objetivo de promover maior taxa de
síntese protéica e/ou para diminuir a taxa de catabolismo durante e após o treinamento de força.
Alguns estudos nos quais avaliou-se o Balanço Nitrogenado de atletas de força demonstraram que estes
necessitavam de uma quantidade a mais de proteína para manter o Balanço Nitrogenado (Lemon et al., 1992;
Tarnopolsky et al., 1992, Walberg et al., 1988).
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Autor (ano da publicação) Recomendação de proteína (g/kg de peso/dia)
Lemom (1998) 1,6-1,8g/kg de peso/dia
McArdle et al. (1999) 1,2-1,8g/kg de peso/dia
Williams (1999) 1,2-1,4g/kg de peso/dia (manutenção);
1,6-1,8g/kg de peso/dia (hipertrofia muscular)
Burke & Deakin (2000) 1,7g/kg de peso/dia
Manore & Thompson (2000) 1,6-1,7g/kg de peso/dia
Kleiner (2002) 1,2-1,3g/kg de peso/dia (manutenção);
1,5-1,6g/kg de peso/dia (hipertrofia muscular);
1,8-2,0g/kg de peso/dia (hipertrofia muscular e redução do percentual de
gordura ao mesmo tempo)
Jeukendrup & Gleeson (2004) 1,6-1,7g/kg/dia
Nemet, Wolach, Eliakim (2005) 2,4g/kg/dia
ADA (2009) 1,2-1,7g/kg de peso/dia
SBME (2009) 1,6-1,7g/kg de peso/dia
Phillips & Van Lonn (2011) 1,8-2,7g/kg de peso/dia (quando a dieta estiver hipocalórica)
Helms et al. (2013) 2,3-3,1g/kg de massa corporal magra/dia
(para atletas de bodybuilding em fase de restrição energética)
Helms et al. (2014) 1,2-2,2g/kg de peso/dia (em fase de adaptação ao treinamento, estando
com as necessidades energéticas supridas), sendo 2,0-2,2g/kg de peso/dia,
se houver déficit energético.
ACSM (2016) 1,2-2,0g/kg de peso/dia (sendo que as quantidades mais altas devem ser
indicadas por períodos curtos quando os treinos estiverem muito intensos
ou quando estiver sendo feita uma restrição energética).
OBS: Kleiner (2002) destaca que as necessidades protéicas estimadas para manutenção da massa muscular só serão
suficientes caso as necessidades energéticas dos atletas esteja sendo supridas, através, principalmente, do adequado
consumo de carboidratos.
ANTONIO, J; PEACOCK C A; ELLERBROEK A et al. The effects of consuming a high protein diet (4,4
g/kg/d) on body composition in resistance-trained individuals. Journal of the International Society of
Sports Nutrition, p. 11-19, 2014
Objetivo: avaliar os efeitos de uma dieta com elevado teor de proteínas sobre a composição corporal de praticantes
de musculação
N: 30 (24,1+5,6 anos; 73,3+11,5kg)
Duração do estudo: 8 semanas
Treinamento (não detalhado): os sujeitos foram orientados a manter a mesma rotina
Dieta: O grupo Controle (n=10) recebeu orientação para manter os mesmos hábitos alimentares (consumiu 1,8+0,4g
de proteína/kg/dia); já o Grupo Dieta Hiperprotéica (n=20) recebeu 4,4+0,8 g de proteína/kg/dia.
Resultado: a ingestão de 5,5 vezes mais proteína do que a recomendação não promoveu alterações na composição
corporal.
15-30g(*)
Distribuição uniforme entre as refeições para estimular a síntese protéica em sua extensão máxima:
Jovens: 0,25-0,3g/kg/refeição (ou ~ 8,5-10,0g de aminoácidos essenciais ou 2,0-3,0g (ou 0,05g/kg) de
Leucina)(*)
Idosos: 0,38g/kg/refeição (Moore et al., 2015)
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Fontes adaptadas(*): Layman, 2009; Wackerhage and Ratkevicius, 2008; Mekata et al., 2008; Phillips et al., 2008, 2007, 2010, 2011;
Levenhagen et al., 2002 and 2001; Esmarck et al., 2001; Rasmussen et al., 2000; Devkota, S. & Layman, 2010; Coke et al., 2010; Joy et al., 2013;
Philip, 2014; ; Aragon & Schofield, 2013; ACSM, 2016
MOORE DR, ROBINSON MJ, FRY JL et al. Ingested protein dose response of muscle and albumin protein
synthesis after resistance exercise in young men. American Journal of Clinical Nutrition , v. 89, p. 161-
168, 2009
TIPO DE PROTEÍNA
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Vias de sinalização hipertróficas
Fonte: Gonçalves, LA. A suplementação de leucina com relação à Fonte: Leal, Santos, Aoki. Adaptações moleculares ao treinamento de força:
massa muscular em humanos. Revista Brasileira de Nutrição
Esportiva, 2013. recentes descobertas sobre o papel da miostatina. Revista Mackenzie de
Educação Física e Esporte, 2008.
“Olhando para trás, parece que estudos, inadvertidamente, tentam provar algo que muitos de nós temos
sido resistentes em aceitar: a ideia de que um único aminoácido essencial poderia estimular a síntese de
proteína muscular, na ausência de outros tantos aminoácidos”.
Fonte: RENNIE MJ, BOHÉ J, SMITH K et al. Branched-chain amino acids as fuel and anabolic signals in human muscle. J Nutr, v. 136, 264S-268S,
2006.
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Portaria no 222 de 24 de março de 1998 Resolução no 18 de 27 de abril de 2010
Alimentos Protéicos para Atletas Suplementos Protéicos para Atletas
Proteínas: a composição protéica deve ser constituída Proteínas: o produto pronto para consumo deve
de, no mínimo, 65% de proteínas de qualidade nutricional conter, no mínimo:
equivalente às proteínas de alto valor biológico, sendo ü 10g de proteína na porção;
estas formuladas a partir da proteína intacta e ou ü 50% do valor energético total proveniente
hidrolisada; a adição de aminoácidos específicos é das proteínas;
permitida para repor as concentrações dos mesmos níveis A composição protéica do produto deve apresentar
do alimento original, perdidos em função do PDCAAS(*) acima de 0,9.
processamento ou para corrigir limitações específicas de
produtos formulados à base de proteínas incompletas, em
quantidade suficiente para atingir alto valor biológico, no
mínimo comparável ao das proteínas do leite, carne ou
ovo.
Vitaminas e minerais: podem ser adicionados. Vitaminas e minerais: podem ser adicionados.
Outras disposições gerais: o produto pode conter Outras disposições gerais: não podem ser
ainda carboidratos e gorduras, desde que a soma dos adicionados de não nutrientes e fibras alimentares.
percentuais do valor calórico total de ambos não supere o
percentual de proteínas.
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As proteínas estão presentes nos suplementos nas seguintes apresentações:
As proteínas, como ingredientes, estão presentes nos alimentos para praticantes de atividade física nas
seguintes apresentações: proteínas concentradas, isoladas e hidrolisadas.
Whey Protein
HULMI JJ, TANNERSFEDT J, SELANNE H et al. Resistance exercise with protein ingestion affects mTOR
signalling pathway and myostatin in men. J Appl Physiol, v. 106, p. 1720-1729, 2009.
Resultado: o exercício resistido rapidamente aumenta a sinalização da mTOR e pode reduzir a expressão da
miostatina no músculo e que a suplementação com 15g Whey Protein aumenta e prolonga a resposta da sinalização
da mTOR, em comparação com placebo.
BUCKLEY JD, THOMSON RL, COATES AM et al. Supplementation with a whey protein hydrolysate
enhances recovery of muscle force-generating capcity following eccentric exercise. Journal of Science
and Medicine in Sport, v. 13, p. 178-181, 2010
n: 28 homens sedentários;
Duração do estudo: 14 semanas;
Teste: 100 contrações excêntricas máximas;
Suplementação (imediatamente após, 6h e 22h após): 250mL de água flavorizada (n=11); 25g WPI (n=11); ou
25g de WPIhd;
Resultados: A suplementação com WPIhd resultou em uma mais rápida recuperação da força. Além disso, parte
desta recuperação se deve a um mais significativo estímulo à reparação do dano muscular. Apesar de não ter havido
nenhuma modificação nas concentrações de CK e TNF-α.
RES P, GROEN B, PENNINGS B et al. Protein ingestion before sleep improves postexercise overnight
recovery. Medicine in Science in Sports and Exercise, v. 44, n. 8, p. 1560-1569, 2012.
20h - treino è 21h - Suplementação (n=15): 20g WP + 60g carb è 23h30 – Suplementação: 40g Caseína
(n=8) ou Placebo (n=7)
22
TIPTON KD, ELLIOTT TA, CREE MG, et al. Ingestion of casein and whey proteins results in muscle
anabolism after resistance exercise. Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 36, n. 12, p. 2073-
2081, 2004
Resultado: “Nosso estudo não foi capaz de demonstrar diferença significativa entre o consumo de Caseina e WP em
relação à síntese de proteína muscular”.
TANG, JE, MOORE DR, KUJBIDA GW et al. Ingestion of whey hydrolisate, casein, or soy protein isolate:
effects on mixed muscle protein synthesis at rest and following resistance exercise. J Appl Physiol, v.
107, p. 987-992, 2009.
n: 18 homens praticantes do treino de força;
Suplementação (3 grupos – n=6): WPIhd (21,4g) ou Caseína (21,9g) ou Soja (22,2g). Todas as opções forneciam
cerca de 10g de aa essenciais.
23
Coletas: Sangue (coletado 30, 60, 90, 120, e 180min) + Biopsia (realizada 180min), após a ingestão da
suplementação, tendo ou não realizado treinamento previamente.
Protocolo de exercício: 4 séries de 10 a 12-RM, com 2 min de descanso ativo, de leg press e cadeira extensora.
Resultados: maior estímulo à síntese protéica: após o exercício>repouso; WPIhd=S>C em repouso; WPIhd>S>C
após o exercício. Estas diferenças estariam relacionadas aos distintos tempos de digestão entre as proteínas.
BURD NA, YANG Y, MOORE DR et al. Greater stimulation of myofibrillar protein synthesis with ingestion
of whey protein isolate v. Micellar casein at rest and after resistance exercise in elderly men. British
Journal of Nutrition, v. 108, p. 958-962, 2012.
JOY JM, LOWERY RP, WILSON JM et al. The effects of 8 weeks of whey or rice protein supplementation
on body composition and exercise performance. Nutrition Journal, v. 12, 2013
N: 24 jovens praticantes do treino de força
Suplementação: 48g de proteína de arroz (n=12) ou whey protein isolada (n=12), imediatamente após o treino.
Estas doses forneciam 3,8g e 5,5g de Leucina, respectivamente
Treino: força 3 x/sem
Duração: 8 semanas
Resultados: Ao longo do tempo não observou-se melhora na recuperação muscular e redução da dor muscular.
Entretanto, houve aumento da força, massa magra e potência muscular; e redução da gordura corporal, mas sem
diferença entre os tratamentos.
BABAULT N, PAIZIS C, DELEY G et al. Pea proteins oral supplementation promotes muscle thickness gais
during resistance training: a double-blind, randomized, placebo-controlled clinical trial vs. whey protein.
Journal of the International Society of Sports Nutrition , v. 12, n. 3, p. 1-9, 2015
N: 161 homens (18-35 anos), moderadamente ativos (2-6h / semana), que não estivessem engajados em uma rotina
de treinamento para ganho de força ou de massa magra 6 meses antes do estudo;
Suplementação: 25g de placebo (n=53) ou Whey Protein (n=54) ou proteína de ervilha (n=54), 2 vezes ao dia (1
dose pela manhã + 1 dose após os treinos ou à tarde, quando não treinavam).
Treino: força MS (3x/sem, com 1 dia de intervalo entre cada sessão);
Duração: 12 semanas;
Resultados: o volume muscular aumentou significativamente mais no grupo que ingeriu a proteína da ervilha, em
comparação com o placebo, mas sem diferença entre a Whey Protein.
Perfil de aminoácidos (g) para cada 100g da Proteína da Ervilha versus Whey Protein
REIDY PT, WALKER DK, DICKINSON JM et al. Protein blend ingestion following resistance exercise
promotes human muscle protein synthesis. The Journal of Nutrition, v. 23, p. 1-7, 2013
N: 19 jovens saudáveis (17H, 2M, 18-30 anos) que não estivessem engajados em uma rotina regular de treinamento
(< 2 sessões / semana);
Suplementação: 0,3 ou 0,35 gramas de proteína / quilo de massa corporal magra ( ~18 ou 19g de proteína
contendo cerca de 2g de leucina e 8,5 gramas de aminoácidos essenciais) de Whey Protein (WP) ou Blend de
proteínas (BP) (*), respectivamente, 1h após o teste de força;
(*) – 50% de caseinato de sódio, 25% de Whey Protein isolada e 25% de proteína isolada da soja.
Teste: cadeira extensora: 8 séries com 10 repetições a 50% (série 1), 60% (série 2), 65% (série 3), e 70% (séires 4-
8) de 1-RM;
Resultados: a biopsia realizada 1h, 2h e 4h após o teste revelou que o BP foi capaz de prolongar a aminoacidemia e
a síntese protéica muscular. BP=WP: a sinalização da mTOR.
26
FIGURE 2 Changes from rest in blood phenylalanine (A), leucine
(B), valine (C), isoleucine (D), and total BCAA (E) concentrations in
young adults during the postexercise recovery period following
ingestion of the PB or WP 1 h after completion of RE. Data are
mean 6 SEM, n = 9 (WP) or 10 (PB). #Different from PB at that time,
P , 0.05; *different from resting values for WP, P , 0.05; ^different
from resting values for PB, P , 0.05. PB, protein blend; RE, resistance
exercise; WP, whey protein.
RECURSOS ERGOGÊNICOS
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CREATINA
Apenas a partir da resolução n o 18 de 27 de abril de 2010
Suplementos de Creatina para Atletas
Definição: produtos destinado a complementar os estoques endógenos de creatina.
Concentrações de Creatina: o produto pronto para consumo deve conter de 1,5 a 3,0g
na porção.
Apresentação da Creatina: deve ser utilizada na formulação do produto creatina
monoidratada com grau de pureza mínima de 99,9%.
Carboidratos: podem ser adicionados.
Outras disposições gerais: não podem ser adicionados de fibras alimentares.
Definição: é uma amina, normalmente encontrada em alimentos de origem animal, sintetisada no fígado, rins e
pâncreas a partir dos aminoácidos glicina, arginina e metionina.
Distribuição corporal:
95% do conteúdo total se encontra armazenado no músculo esquelético, estando 2/3 sob a forma fosforilada
(CP);
5% ficam distribuídos no músculo cardíaco, testículos, retina e cérebro;
maiores concentrações de Cr se encontram nas fibras do tipo IIb;
o conteúdo normal de Cr no músculo é de 125 mmol/Kg de matéria seca e o limite máximo de
armazenamento é de 150-160 mmol/Kg.
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Efeitos ergogênicos propostos:
aumento da força explosiva (potência);
aumenta a massa corporal magra; (devido à retenção hídrica?);
diminui o tempo de recuperação entre esforços repetitivos de alta intensidade e curta duração (predominância
do Sistema Energético ATP-CP) (Alves, 2014).
Doses recomendadas:
carga:
20-30g/dia, divididas em 4-6 tomadas de 5g, durante 5 a 7 dias (Harris et al., 1992; Balsom et al., 1994; Hultman
et al., 1996);
0,3g/Kg de MCT/dia, divididas em 4-6 tomadas de 5g, durante 5 a 7 dias (Hultman et al., 1996);
3g/dia, durante 28 dias (Hultman et al., 1996);
5g/dia, durante 10 semanas (Pearson et al., 1999);
0,1g/kg de MCM/dia em dose única, durante 21 dias (Burke et al., 2000).
manutenção:
2-5g/dia, durante 28 dias (?)
0,03g/Kg de MCT/dia, durante 28 dias (?) (Hultman et al., 1996)
OBS: Especula-se que os estoques se mantenham aumentados, pelo menos, durante 1 mês após a parada do
período de carga (Maganaris & Maughan, 1998)
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Antes ou após os treinos?
ANTONIO, J. & VICTORIA C. The effects of pre versus post workout supplementation of creatine
monohydrate on body composition and strength. Journal of the International Society of Sports Nutrition,
v. 10. N. 36, p. 1-8, 2013.
Influência do carboidrato: através de biopsia muscular realizada, pré e pós-suplementação, Green et al. (1996)
observaram que a suplementação de Cr levou a um aumento das reservas musculares de Creatina e que este aumento
foi 60% maior no grupo que ingeriu carboidrato associadamente, através de um mecanismo, possivelmente, mediado
pela insulina.
Influência da cafeína: segundo Vandenberghe, et al. (1996) a Cafeína elimina completamente o efeito ergogênico
da Cr (os autores não souberam explicar o mecanismo).
Apresentações:
pó (pura ou com carboidratos);
comprimido (pura);
líquida (com carboidratos);
jujuba.
Efeitos Adversos: aparentemente a suplementação de Cr não leva a efeitos colaterais, mas existem algumas
especulações:
distensões musculares;
câimbras;
diminuição da produção endógena;
possível sobrecarga renal;
para alguns, o aumento do volume muscular (ganho de peso) pode representar um efeito indesejado.
A Creatina é segura?
Poortmans & Francaux (1999) avaliaram o efeito de diferentes concentrações de Cr (2 a 30 g/dia), associada
ou não a carboidrato, sobre a função renal de atletas de voleibol, durante o período de dez meses a cinco anos, e
concluíram que a suplementação de Cr, uma vez administrada em indivíduos saudáveis, não induz a efeitos
prejudiciais sobre a função renal. Mais recentemente Lugaresi et al. (2013) consideraram que 20g de Cr por dia,
durante 5 dias, seguidos de 5g de Cr, até completar 12 semanas, não afetou a função renal de indivíduos praticantes
de musculação, sob dieta rica em proteína (de 1,2 a 3,0g/kg/dia).
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CAFEÍNA
Apenas a partir da resolução n o 18 de 27 de abril de 2010
Suplementos de Cafeína para Atletas
Definição: produto destinado a aumentar a resistência aeróbica em exercícios.
Concentrações de Cafeína: o produto deve fornecer entre 210 a 420mg na porção.
Apresentação da Cafeína: deve ser utilizada na formulação do produto cafeína com
teor mínimo de 98,5% de 1,3,7-trimetilxantina, calculada sobre a base anidra.
Outras disposições gerais: não podem ser adicionados de nutrientes e de outros não
nutrientes.
Definição: Substância que faz parte do grupo das trimetilxantinas, portanto classificada como um recurso ergogênico
farmacológico, sendo um dos mais utilizados atualmente como estimulante do SNC. Entretanto, também é considerada
como um recurso ergogênico nutricional por estar presente em diversas bebidas que são consumidas diariamente,
como principalmente o café.
De acordo com a revisão publicada por Glade (2010), o consumo de quantidades moderadas de Cafeína:
Melhora a disponibilidade de energia;
Diminui a fadiga (física e mental) e a percepção de esforço durante o exercício físico;
Melhora a performance;
Aumenta o estado de alerta;
Melhora a concentração e a memória;
Pode ser considerada segura para indivíduos saudáveis.
Não há alterações na temperatura corporal interna, no volume de suor ou diminuição do volume de sangue
durante a atividade com o uso da cafeína.
O volume urinário e o estado de hidratação geral de atletas não se alteram após o consumo de cafeína associado ao
uso de repositores hidroeletrolíticos (Van Der Merwe et al., 1998).
31
Qual seria o melhor momento para a administração da cafeína para se obter o melhor de seu efeito
ergogênico para a performance?
Os efeitos ergogênicos da cafeína foram observados através da administração da substância tanto 1 hora
antes do evento, como também em doses distribuídas durante a atividade. (Cox, et al, 2002; Doherty & Smith, 2004).
Geralmente o efeito da Cafeína é acentuado com a sua abstinência por 2 a 3 dias (Burke & Deakin, 1994; Driskell,
2000; Doherty & Smith, 2004).
McLELLAN, T. M. & BELL, D. G. The Impact of Prior Coffee Consumption on the Subsequent Ergogenic
Effect of Anhydrous Caffeine. International Journal of Sport Nutrition and Exercise Metabolism . v.14,
p.698-708, 2004.
n: 30 indivíduos saudáveis;
Procedimento: 6 etapas de ciclismo a 80% VO2 máx até a exaustão, 1,5h antes eles haviam ingerido...
Suplementação: 1 - café descafeinado + placebo; 2 – café descafeinado + cafeína (5m/kg); 3 - café (1,1 mg de
cafeína/kg) + cafeína (5mg/kg); 4 - café (1,1mg de cafeína/kg) + cafeína (3mg/kg); 5 - café (1,1mg de cafeína/kg) +
cafeína (7mg/kg); 6 - água + cafeína (5mg/kg);
Intervalo entre as etapas: 3 semanas;
Resultado: todas as doses de cafeína promoveram melhora do desempenho em comparação com a ingestão de
placebo; a ingestão prévia de café não alterou o efeito ergogênico da ingestão subsequente de Cafeína.
32