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NORMAS CONSTITUCIONAIS
CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao conteúdo

• Normas materialmente constitucionais


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• Normas formalmente constitucionais

a) existe norma materialmente constitucional que não é formalmente constitucional;

b) existe norma formalmente constitucional que não é materialmente constitucional;

c) existe norma formal e materialmente constitucional fora da Constituição.

Quanto à eficácia e aplicabilidade


#eficácia - aptidão que a norma possui para produzir efeitos que lhe são próprios,
#aplicabilidade - a materialização da eficácia.

Classificação tripartida das normas constitucionais

• Normas constitucionais de eficácia plena – exemplos de norma de eficácia plena os


arts. 1.º; 2.º; 14, § 2.º; 28; 30; 51; 52; 201, §§ 5.º e 6.º; 226, § 1.º; e 230, § 2.º, dentre
outros.
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• Normas constitucionais de eficácia contida, redutível, prospectiva ou restringível –


Assim como esses exemplos, são normas de eficácia contida os arts. 5.º, VII, VIII, XII,
XXIV, XXV; 15, IV e V; 37, I; 93, IX e 170, parágrafo único, dentre outros.

• Norma constitucional de eficácia limitada.

- Normas constitucionais de eficácia limitada declaratórias de princípio


institutivo (organizatório ou orgânico) – São normas que esquematizam, de forma
genérica, a estrutura e atribuições de órgãos, entidades ou instituições. Ex. arts. 18,
§§ 3.º e 4.º; 37, XI; 102, § 1.º; 109, VI; 131; 146 etc.
Estas normas institutivas podem ser impositivas, quando determinam, de forma
peremptória, a atuação do legislador ordinário (e.g., arts. 20, § 2.º; 32, § 4.º; 33, 88,
91, § 2.º; 134, § 1.º etc.) ou facultativas (ou permissivas), quando somente
possibilita, sem obrigar, que norma infraconstitucional institua ou regule as situações
nelas descritas (v.g., arts. 22, parágrafo único; 25, § 3.º; 109, § 3.º; 111, § 3.º; 128, §
5.º; 125, § 3.º; 154, I etc.).

- Normas constitucionais de eficácia limitada declaratórias de princípio


programático: São normas que estipulam programas e metas a serem
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implementados e alcançados pelo Estado, como desenvolvimento nacional (art. 3.º,


II), diminuição das desigualdades (art. 3.º, III), regime de aposentadoria especial (arts.
40, § 4.º, e 201, § 7.º), dentre outras.

As normas de eficácia programática são divididas por José Afonso da Silva em três
categorias:

a) Normas programáticas vinculadas ao princípio da legalidade – São as que


preveem a elaboração de normas futuras para implementar programas idealizados
pela Constituição; v.g., arts. 7.º, XI, XX; 173, § 4.º; 216, § 3.º e 218, §
4.º.

b) Normas programáticas ligadas aos poderes públicos – Estas não requerem em seu
texto a edição de normas infraconstitucionais; por isso, nem sempre precisam de
lei para sua observância, mas sim de atuações do Poder Público; e.g., arts. 21, IX;
48, IV; 184; 211, § 1.º; 215, caput, dentre outros.
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c) Normas programáticas endereçadas à ordem econômico-social em geral –


Dispõem sobre a observância de toda ordem social e econômica, como os arts.
170, 193 e 205.

TEORIA DOS PODERES IMPLÍCITOS (Implied Powers)

Origem

Suprema Corte norte-americana em 1819.

Conceito

Competência experessa x Competência implícita


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HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Exemplos:

a) O Tribunal de Contas da União pode conceder medidas cautelares no desempenho


de suas atribuições estabelecidas expressamente no art. 71 da CR (MS 26.547
MC/DF, rel. Min. Celso de Mello, DJU, 29.05.2007).

b) O Ministério Público pode, por autoridade própria, realizar investigação de


natureza penal, desde que respeitados os direitos e garantias fundamentais, as
prerrogativas profissionais, sem prejuízo do controle judicial dos atos praticados
pelo parquet.
(HC 89.837/DF, rel. Min. Celso de Mello, DJU, 20.11.2009).
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