Desafio

A pandemia gerada pela Covid-2019 trouxe profundas alterações para a sociedade mundial, e,
no Brasil, os efeitos sociais e econômicos são imensos, provocando um enorme rearranjo nas
organizações empresariais, notadamente, no que tangem às relações do trabalho e as novas
formas de trabalhar. Vivemos dias difíceis, nos quais o isolamento social é cada vez mais
utilizado como tentativa de conter a circulação de pessoas e frear a disseminação do vírus.

O trabalho a distância exercido de forma remota, home office, teletrabalho, até então praticado
por poucas empresas no Brasil, ganhou destaque no mundo do trabalho e se apresentou como
alternativa para muitas pessoas continuarem seu ofício. Recentemente, houve a publicação da
Lei Federal n. 14.151, de 12 de maio de 2021, que determina o afastamento da empregada
gestante das atividades de trabalho presencial durante a emergência de saúde pública de
importância nacional decorrente do novo coronavírus, devendo permanecer à disposição para
exercer as atividades em seu domicílio, por meio de teletrabalho, trabalho remoto ou outra
forma de trabalho a distância.

No entanto, diante de tantas mudanças e com essa transição repentina do escritório para o lar,
surgem vários desafios no ambiente laboral.

Na qualidade de gestor empresarial e diante do contexto descrito, você julga ser possível
implantar/estruturar um programa de compliance trabalhista em um ambiente de
trabalho virtual?
Sim, e possível implementar uma estrutura de compliance direcionada ao teletrabalho criando
políticas internas e controles adequados, tudo com o conhecimento e apoio da alta governança
e partes interessadas.

Qual a sua opinião sobre a compatibilidade dos programas de compliance com o

teletrabalho?
O compliance trabalhista integra a empresa como um todo e não vejo como não se estender
ao teletrabalho elaborando novas políticas seguindo a legislação a fim de se minimizar os
riscos trabalhista, e para que isso aconteça é de extrema importância o envolvimento de todos.
Criando um sistema de compliance forte, além de diminuir os riscos trabalhistas, a empresa
transmite confiabilidade no mercado evitando também práticas ilícitas.
No cenário atual se faz necessário a implementação de um compliance trabalhista ou um
comitê que trate apenas o compliance trabalhista, a legislação está em constante mudanças e
consequentemente elevando os riscos de não conformidade.

Quais os desafios para a gestão e os colaboradores?

A eficiência dependera da integração de pessoas e atividades com uma abordagem uniforme e
sistemática para que se crie uma maturidade que naturalmente levara a melhoria continua, tudo
com o total apoio da alta governança.

Quais ações poderiam ser adotadas pelas lideranças para viabilizar a implantação das
políticas de integridade?
O desafio da liderança e dar sustentação e estimular a política de integridade.

Tendo um papel ativo.

Dando poder de decisão a quem compete.

Reconhecendo, premiando e divulgando os setores que adotam eficazmente as políticas de

integridade.

Aprender com os erros ao invés de punir.

Estimular o debate entre os envolvidos para fomentando novas ideias e dúvidas.

Estimular a melhoria continua dos processos.

Políticas de integridade e um dever de todos.