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Nome: Gabrieli Sousa Gonçalves - RA: 11202022068

João Pedro de Souza Cruz - RA: 11201920219


Monique Marques dos Santos - RA: 11201811994

FICHAMENTO
História Econômica Geral

BRAUDEL, O capitalismo em casa (CMEC, vol.2, cap.4, itens 1 [No topo da sociedade
mercantil] e 3 [Sociedades e companhias])

O autor enfatiza a existência da vida mercantil no cenário de modernização, bem como


da divisão do trabalho. Porém, evidencia que o fenômeno de divisão do trabalho não é
dado por si só, mas vem como consequência da amplitude do mercado que só cresce e do
volume de troca. A vida econômica configura as desigualdades da vida mercantil. Além
disso, o autor enfatiza o nascimento dos bancos e toda a dinâmica de fornecedores de
capitais. Por fim, a diferença da relação das sociedades e companhias frente ao
capitalismo.
Tendo em vista isso, pode-se marcar as desigualdades pela hierarquia que de fato é
existente. É fato que os mercadores não se encontravam no mesmo nível. Na Europa, por
exemplo, as desigualdades eram cada vez mais visíveis após o despertar econômico. As
cidades italianas, por sua vez, onde se encontram grandes comerciantes, é também onde
se encontra uma hierarquização que se consolida com a prosperidade dos anos seguintes.
Por conseguinte, a ação dos mercadores na França é visível e na Alemanha há a separação
entre varejistas e atacadistas.
"Todas as sociedades comerciais, mais cedo ou mais tarde, engendraram hierarquias
semelhantes" (p. 331)
Ou seja, segundo o autor, as sociedades comerciais estariam fadadas a enfrentar o futo
de hierarquias, que em sua característica eram semelhantes.
Neste cenário, existem nomes diferentes em cada país para designar funções análogas.
Mas, não se tratam apenas de palavras, mas de diferenças sociais. Se pensarmos numa
pirâmide para representar a hierarquia, no vértice da pirâmide está quem entende de
câmbio. Gente que despreza os comerciantes, o lojista, o mercador de balcão. A
especialização, divisão do trabalho operam-se habitualmente de baixo para cima. O
negociante por exemplo, raramente se especializa. Se um lojista se transforma em
negociante, passa da especialização para a não especialização. O negociante possui a
obrigação de lidar com quase tudo, não há uma especialização. Após a mecanização, o
capitalismo caminhou numa vertente em que parece que a vantagem é ser não
especializado. A divisão racional do trabalho opera abaixo do negociante. As funções
intermediárias, são todos auxiliares especializados que oferecem ao mercador os seus
serviços. Esta situação é provada quando mercadores franceses reivindicam que sua
profissão seja distinguida de todos os trabalhadores manuais, fabricantes de malha,
mercadores de vinho e outros profissionais que são operários e se qualificam como
mercadores. Ou seja, para se qualificar mercador, era necessário vender a mercadoria sem
nada incluir de seu e sem nada acrescentar de si próprios e assim nasce o apogeu dos
grandes comerciantes.
Entretanto, para ser eleito esse tipo de mercador, em sua grande maioria eram pessoas
no início da carreira já estavam há uma certa altura. Triunfar a partir do zero era coisa
rara. Outro fator de sorte para um principiante é iniciar em bom tempo econômico (mas
isso não garante o sucesso), pois a conjuntura mercantil é instável. Hoje pode estar um
bom tempo e amanhã não mais. É preciso ser hábil.
Outro ponto destacado pelo autor se refere aos fornecedores de capitais. Como e
quando a atividade bancária se insinua nas posições dominantes da economia?
É enfatizado que dentro de uma economia capitalista é preciso acumular e oferecer
crédito. Na acumulação, é existente um capital intitulado de poupança entesourada e
assim configura-se como inútil e um capital que passa pelos canais da economia ativa,
outrora, sobre a economia mercantil. Sendo assim, o capitalismo só estará plenamente
instalado quando o capital acumulado for utilizado ao máximo. É claro que inserir este
capital na vida ativa gera variação na taxa de juros, que se está baixa quase que
continuamente, é por conta da acumulação que aumenta a massa do capital, além de que
o apelo ao empréstimo é suficientemente forte e frequente. Temos aqui um mercado
acessível ao dinheiro, mas que claro, em grande maioria os emprestadores estão divididos
entre o desejo de ganho e a preocupação de segurança. Não são estes os grandes
fornecedores de capitais, não são estes os capitalistas.

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