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Receptores celulares da imunidade inata

Existem tipos de receptores celulares diferentes na imunidade inata e da imunidade adaptativa.


Os receptores da imunidade inata são: receptor do tipo Toll, receptor formil peptídeo, receptor do manoso e receptor scaverger.
Os receptores da imunidade adaptativa são: TCR (receptores de cél T) e BCR (receptores de cél. B).
Os receptores da imunidade inata (II) reconhecem diretamente os microrganismos por uma ligação direta, o microrganismo
como um todo se liga ao seu receptor para que haja o desencadeamento de uma resposta. Já na imunidade adaptativa é
necessário que o patógeno seja apresentado pelas APC’s aos receptores (os linfócitos B conseguem se conectam diretamente
aos patógenos no entanto é dependente da ativação indireta dos linfócitos T para desencadearem a sua resposta).
Os dois tipos não reconhecem os nossos próprios antígenos, apenas os externos. A não ser que estejam infectadas ou em um
processo de morte celular, ou seja, tenha ocorrido modulações no tipo de receptor.  Em casos tumorais ou de infecções virais
as nossas próprias células começam a apresentar receptores diferentes, sinalizando um problema que precisa ser resolvido.
Não tem a capacidade de responder aos nossos próprios antígenos, apenas aos externos. A não ser que haja modulação dos
tipos de receptores presentes, através de alterações genéticas ou defeitos no processo de montagem dos receptores e
diferenciação celular sofra algum dano (processo de seleção) produzindo anticorpos autoreativos  receptores autoreativos 
doenças autoimunes.
IMUNIDADE INATA IMUNIDADE ADAPTATIVA
 Receptores celulares são sempre idênticos em cada  Receptores celulares são diferentes por isso a
linhagem de linfócitos  não volais variedade de tipos de resposta imune
  Não tem a capacidade de responder aos nossos
antígenos próprios, apenas aos externos. A não ser
que haja modulação
Interação microrganismo receptor
desencadeando uma cascata de eventos.
Cél. Da imunidade inata: macrófagos, neutrófilos,
eosinófilos, basófilos, mastócitos, cél. Dendríticas
(barreiras epiteliais)  possuem os tipos de
receptores.
As cél com esses receptores só conseguem se
ativar devido aos PAMP’s (Padrões Moleculares
Associados a Patógenos) e DAMP’s (Padrões
Moleculares Associados a Danos celular)
conseguem se ligar ao receptor e levar uma
ativação da cascata celular para que haja uma
resolução da problemática.
Se a célula apresentar um tipo de padrões desse a resposta será de destruição tanto da cél infectada por patógenos quanto da
cél com dano que já apresenta um processo de morte, de dano.

RECEPTORES DE RECONHECIMENTO DE PADRÃO DO SISTEMA IMUNE INATO

Os TLR e a lectina que são receptores externos captam os antígenos


extracelulares (LPS, polissacarídeos) e desencadeiam uma resposta
intracelular. No entanto, também existem os receptores citosólicos como:
NLR, RLR, CDS; e os endossomais, que são um tipo modificado de TLR
(desempenharam uma resposta nuclear), que por sua vez farão a captura
de antígenos intracelulares.
Os receptores endossomais são responsáveis por processar a cascata de
eventos e estimular o núcleo celular (DNA e RNA) a gerarem uma resposta
e também a reconhecerem os ácidos nucleicos dos invasores que
conseguem penetrar a célula.

FAGOCITOSE

O principal processo de resposta do


sistema imune inato(SII) é a FAGOCITOSE
(digestão celular) do microrganismo.
Os receptores do SII ao reconhecerem os
padrões associados aos microrganismos
(PAMP’S) ou DAMP’S processam a
informação que há um patógeno que
necessita ser destruído, gerando a
resposta por fagocitose.  REAÇÃO
MIRCO-ORGANISMO-RECEPTOR.
Processo: microrganismo englobado 
ingerido  destruído por enzimas
lisossomais, através da produção de EROS
e NO que causa danos a membrana do
patógeno  morte  resolução do
processo.
Todas as células do SII conseguem realizar o processo de fagocitose, principalmente os macrófagos.
O processo de produção de ROS e de NO se dá através da ligação do micro-organismo-receptor. O receptor em sua porção
intracelular sofre processo de fosforilação que desencadeia uma cascata de eventos que leva á formação de ativadores de
transcrição nuclear  NR kapa betas )principalmente)  leva a produção de ROS e NO e liberação delas.  Pode ser através de
receptores intra e extracelulares  PIMPS, DAMPS, TIMPS.
Ligação extracelular ou até mesmo intracelular  Fosforilação  cascata de eventos intracelulares  formação ou ativação de
fatores de transcrição nuclear  NF capa betas  gera resposta a inflamações através das citocinas, fagócito oxidase e iNOS.
Esses fatores de transcrição são essenciais para gerar respostas inflamatórias, existem medicamentos mais específicos e diretos
que conseguem bloquear esses fatores, diminuindo o processo de inflamatório que fica alterado. No entanto, é mais comum
utilizar fármacos que bloqueiem os efeitos produzidos pelas respostas, do que a produção destes.

CITOCINAS
Além da resposta fagocitária (+ proeminente), também haverá uma
cascata de eventos intracelulares que causa a produção de outros
fatores as CITOCINAS, que também auxiliam na resposta imune
adaptativa, e consequentemente potencializam a resposta imune
inata.
CITOCINAS: substâncias que conseguem ativar outras células do
sistema inume adaptativo e nas próprias células do sistema imune
inato (maximiza o processo de resposta, tornando-o mais rápido e
intenso)  moléculas SINALIZADORAS E ATIVADORAS.
No processo inflamatório são liberadas tanto quimiocinas (função
indireta da ativação de resposta celular) quanto citocinas (tem função
direta na ativação de resposta celular).
Já as quimiocinas, tem a função de atrair as células até o local do
evento inflamatório para que consiga gerar resposta.  São
sinalizadoras do local. E as citocinas vão ativar essas células quando
essas conseguem chegar ao local inflamatório guiadas pelas
quimiocinas.

Citocinas  ATIVADORES Quimiocinas  ATRAENTES

Ligação citocina – receptor de outras células Quando uma


célula é infectada por vírus ocorre liberação de IFN1  esse
IFN 1 começa a se ligar a células que ainda não foram
infectadas, gerando uma cascata de fatores e produzindo
fatores de transcrição que auxiliam no processo antiviral
gerando uma resposta específica para o vírus  esses
eventos impedem que o vírus se reproduza e aumente sua
quantidade.
 Inibição da síntese de proteína viral;
 Degradação do RNA viral;
 Inibição da expressão genética viral e
montagem do vírion;
Além da resposta antiviral também ocorre respostas
antibacterianas que gera outra cascata de eventos
com liberação de outras substâncias para a
resolução do processo resolução  Cada
microrganismo vai gerar uma resposta intracelular
específica ideal para a sua resolução.
Antes desse processo, o vírus por si só desencadeou
uma cascata de eventos dentro da célula. A
produção e liberação de IFN 1 aconteceu através da ligação do vírus-receptor.
Também existem as
Interleucinas - classe de
citocinas – que vão estar mais
presentes na resposta imune
adaptativa e que tem função
anti-inflamatória, são elas: tipo
2, tipo 4, tipo 5, tipo 10. 
cascata de eventos diminuta.

TRANSMIGRAÇÃO CELULAR

As células de defesa necessitam chegar até o local onde se


localizam os microrganismos que estão gerando o processo
infeccioso, tanto na imunidade inata quanto na adaptativa. 
Ao chegarem no local, ocorre a ligação antígeno-receptor que
desencadeia os processos de fagocitose e transcrição celular
que produz as quimiocinas e citocinas.
O processo de transmigração se dá quando as células saem
dos vasos sanguíneos e chegam até o tecido afetado. As
quimiocinas e citocinas são responsáveis por ativarem novas
células de defesa presentes no sangue (leucócitos: neutrófilos,
eosinófilo, basófilos sofrem processo direto de transmigração
celular. Já os linfócitos B e T sofrem processo indireto, pois
necessitam passar pelos tecidos linfoides secundários para
serem ativados e aí sim sofrerem o processo de transmigração
celular).  Esses leucócitos saem do sangue e passam para o
endotélio, processo denominado como transmigração celular.
Para que as células possam passar do v.s. para o tecido, elas
precisam se ligar a esses dois componentes. Quem é
responsável por estabelecer essa ligação são as SELECTINAS e
INTEGRINAS que funcionam como adesivos celulares tanto do
epitélio quanto do endotélio, realizando o processo de
transmigração.
As selectinas são moléculas de adesão ligadas a carboidratos de membrana plasmática que medeiam um passo inicial de adesão
de baixa afinidade dos leucócitos circulantes nas células endoteliais que recobrem as vênulas pós capilares.
Cada classe de selectinas e integrinas tem seus ligantes específicos, que se encontram espalhados pelo corpo.
As integrinas são proteínas de superfície celular que medeiam a adesão entre as células
ou entre células e matriz extracelular, por meio de interações específicas de ligação a
vários ligantes.

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