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MARCIO ATAGIBA LEITE

O que significam siglas como CEO, CFO, CIO e CMO


em uma empresa?
TI BIMODAL e TI VERDE

BRASÍLIA - DF

2021
SUMÁRIO

CEO, CFO, CIO e CMO: o que significam? ..................................................... 3

TI BIMODAL ...................................................................................................... 4

TI VERDE ........................................................................................................... 7
CEO, CFO, CIO e CMO: o que significam?

O primeiro da lista, CEO, é muito comum no dia a dia da maioria das


empresas. A sigla vem do inglês “Chief Executive Officer”, se refere à patente
mais alta da empresa. Entre os cargos que podem ocupar estão o de diretor
geral e de presidente-executivo. Então, quando se precisa responder um e-mail
vindo de um CEO, é necessário utilizar linguajar formal, a menos que o
ambiente de trabalho seja diferenciado e permita descontração na formalidade.
Alguns nomes consagrados ocuparam este cargo, como o Steve Jobs, hoje
substituído por Tim Cook na Apple, e Steve Ballmer na Microsoft.

O segundo da lista, CFO, é o funcionário que comanda o controle de


finanças da empresa, o “Chief Financial Officer” e é normalmente o diretor
financeiro. Administra todos os orçamentos e todas as outras questões
relacionadas dessa área. Cuidam também dos investimentos e supervisiona o
capital da empresa.

O terceiro da lista, CIO, esse é o “Chief Technology Officer”, responsável


por toda área de informática de uma empresa, pesquisa ou desenvolvimento.

O quarto da lista, CMO, este é o diretor de marketing, “Chief Marketing


Officer”, controla todas as operações relacionadas ao marketing.
TI BIMODAL

A área de TI, com suas múltiplas responsabilidades, costuma, por vez,


colocar os profissionais frente a grandes desafios, sendo um deles o de
garantir segurança e estabilidade nos sistemas de operações sem deixar de ter
a capacidade de atender eventuais demandas mais urgentes, que requeiram a
otimização de recursos e procedimentos para que se apresentem soluções a
clientes finais com maior disponibilidade e agilidade, sem comprometer o fator
qualidade em geral. É como dizer que a TI hoje em dia precisa tanto estar
preparada para oferecer solidez como para ser ágil em momentos precisos,
atendendo a velocidade dos negócios sem abrir mão da segurança que eles
requerem.

Para isso, a TI se vê cada vez mais diante de uma necessidade: unir


dois modos de se trabalhar, atingindo um formato diferenciado que lhe permita
ao mesmo tempo manter a estabilidade para conduzir os negócios de forma
segura ao passo em que está pronta a diminuir o tempo de resposta em
situações que demandam ações mais rápidas para atingir determinados
resultados, muitas vezes em oportunidades surgidas “de última hora”.

Em outras palavras, ela precisa ser Bimodal.

Desde que o conceito de TI bimodal apareceu, muito tem sido escrito e


falado sobre essa nova forma de gerenciar os recursos de tecnologia. A ideia
de um modelo híbrido de gestão, juntando os modelos tradicionais com outros
mais flexíveis, tem ganhado cada vez mais espaço nas empresas.

A evolução da TI nos últimos anos, aliada ao surgimento de tecnologias


disruptivas, fez com que as empresas encarassem uma grande questão: como
manter as lucrativas operações tradicionais, sem deixar de lado a busca de
inovações que podem gerar novas oportunidades de negócios?

Baseado nesse problema que a consultoria Gartner desenvolveu, em


2013, o conceito de TI bimodal. De maneira resumida, essa ideia consiste em
um modelo de gestão que una tanto a TI tradicional, conhecida por suas metas
bem definidas, estabilidade e eficiência, quanto uma TI mais experimental
focada na agilidade e inovação.

Nessa nova abordagem, a empresa consegue atender mais rápido às


demandas do mercado, ao mesmo tempo em que os seus tradicionais
processos de gestão mantêm os recursos internos disponíveis e livres de
equívocos.

A infraestrutura de TI sempre teve certos elementos dessa abordagem


bimodal, mas só agora esses processos começaram a ser separados em uma
nova dinâmica.

Atividades como suporte técnico e manutenção de aplicações, por


exemplo, sempre prezaram pela agilidade. Ou seja, a maioria já possui em sua
equipe o material humano para essa implantação.

O mais importante é garantir que a abordagem dupla aconteça da


melhor maneira possível, já que nem sempre essas duas frentes andam no
mesmo ritmo. Logo, bom treinamento e orientação acurada são fundamentais.

Outro ponto muito importante é que não é preciso, necessariamente,


haver duas equipes para a TI bimodal funcionar: tudo vai depender do tipo de
negócio e da estratégia da sua empresa. Muitas vezes, é mais efetivo ter um só
time trabalhando em conjunto para atingir as metas, tanto nos serviços
operacionais quanto na questão da inovação.

A implantação desse método nem sempre significa uma ruptura dentro


da empresa: se for possível alinhar toda a equipe, é quase certo que haja
grande melhoria da produtividade no núcleo de TI. Com isso, a companhia
amplia o desempenho, reduzem prazos e ainda ganham a capacidade de
ofertar novos e atrativos serviços para os seus clientes, obtendo grande
vantagem competitiva.

Mas, para que a TI bimodal continue a gerar resultados, é necessário


criar canais de comunicação contínua. Assim, reduz o tempo necessário para
que as mudanças sejam compreendidas e também diminui os riscos.
No Brasil, ainda vemos um mercado em abertura e tendencialmente em
expansão para a TI Bimodal à medida que as empresas percebem a
necessidade de atualizar seus departamentos e equipes para continuar
desenvolvendo e aplicando tecnologia de ponta nas interações que faz tanto
com clientes internos como externos, acompanhando a tecnologia que vem
sendo usada no mundo para não estagnar os setores operacionais, o que
acarretaria em progressiva perda de vantagem.
TI VERDE

A TI Verde é uma tendência mundial com o objetivo de implementar


práticas ecologicamente corretas ao setor de tecnologia. Este conceito está
relacionado aos valores éticos das empresas, contribuindo com sua reputação
no mercado e benefícios comerciais com a redução de custos envolvidos.

Vivemos um momento de despertar para a sustentabilidade.


Organizações de todos os setores econômicos têm adotado práticas para
garantir um crescimento saudável e eficiente. A tecnologia desempenha um
importante papel nessa nova visão e cada vez mais se populariza o conceito de
TI Verde.

A adoção de práticas sustentáveis vem se popularizando diante das


evidentes perdas ambientais. A escolha de tecnologias mais limpas e menos
agressivas ao planeta se tornou um posicionamento estratégico de empresas
preocupadas em se desenvolver causando o menor impacto possível.

O consumo de energia, vida útil e forma de descarte de equipamentos


tecnológicos são algumas das preocupações do setor de Tecnologia da
Informação. Esses fatores despertaram a necessidade de mudança.

O conceito é simples. Práticas ecologicamente corretas, maximizando a


eficiência energética e otimizando o uso dos materiais, desde a escolha para a
fabricação dos equipamentos até o descarte correto, minimizando o impacto
ambiental.

A adoção da TI Verde impacta em todos os setores, visto que a


tecnologia está inserida nas atividades diárias de toda a empresa. Além dos
impactos ambientais positivos, o uso de uma TI mais limpa e sustentável reflete
também na reputação e na saúde financeira da empresa.

No entanto, não basta reduzir o consumo de energia e reciclar


equipamentos obsoletos para chamar a TI da sua empresa de sustentável. O
cumprimento da legislação ambiental e o acompanhamento e análise dos
impactos ambientais das atividades da área da sua empresa também estão
incorporado na TI Verde.
A norma ISO 14001 define os requisitos para um sistema de gestão
ambiental. É ela que serve de parâmetro para o uso eficiente de recursos e a
redução de resíduos para a implementação de uma TI Verde.

Desde 2005, existe o Índice de Sustentabilidade Empresarial. Esse


indicador foi criado no Brasil para estimular um ambiente corporativo
compatível com as demandas atuais de ética e sustentabilidade apresentadas
pelo mundo.

Algumas vezes vista como “inimiga do progresso”, a TI Verde ainda não


é colocada como prioridade por algumas empresas. No entanto, esse conceito
vem se tornando tão obsoleto quanto às práticas e equipamentos altamente
poluentes e degradantes.

A TI sustentável vem sendo considerada, cada vez mais, não apenas de


forma ética e responsável, mas também rentável. Seus benefícios vão além da
preservação do ambiente, que já é uma vantagem em si.

De forma geral, a adesão à TI Verde passa pela escolha de tecnologias


mais inteligentes e eficientes. Ou seja, ao adotar soluções que reduzem o
consumo energético, a emissão de CO² e o descarte de resíduos no ambiente,
sua empresa também opta por tecnologias que melhoram seus resultados de
negócio.

Grandes empresas já aderiram a TI Verde, como:

Cemig, uma das maiores geradoras e distribuidoras de energia elétrica


do Brasil. A empresa investe em diversas ações de sustentabilidade, como a
distribuição de placas de energia solar em áreas menos favorecidas;

Banco Real, a empresa criou um projeto, o Blade PC, para substituir os


computadores. Com isso, conseguiu economizar 62% do consumo de energia
elétrica e 75% do consumo com o ar condicionado. O objetivo da empresa era
gerar uma economia de 335,7 mil dólares;
Unilever, uma das pioneiras em ações de sustentabilidade. Há mais de
dez anos que a empresa reduziu o número de impressoras em seus escritórios,
com o objetivo de diminuir o uso de papéis. A política de impressão é uma das
iniciativas que geram resultados mais rápidos para as empresas.

E, Fleury, adotou um programa de impressão, além de adotar normas


para a contratação de fornecedores para a área de TI. Com base em uma
pontuação, alcançada a partir das respostas em um questionário sobre meio
ambiente, a empresa avalia o prestador de serviços. Dessa forma, a empresa
prioriza os fornecedores que investem em programas de reciclagem e têm
condutas alinhadas com a preservação ambiental. Além disso, o Fleury tem o
compromisso de destinar seus equipamentos para iniciativas de voluntariado e
reciclagem.

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