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FACULDADES INTEGRADAS - UPIS

COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO


PROFESSOR: Eduardo Antônio Dória de Carvalho

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DA ª VARA DO


TRABALHO DE BRASÍLIA - DF

Autos nº XXXXXXX-XX.20XX.5.10.0XXX

ELMA FALCÃO, pessoa física, brasileira, solteira, portadora do RG nº


0000000 DF, CPF: 00000000, CTPS: 0000000, PIS: 0000000, residente e domiciliada
na SPSW 32, bloco “1”, apt. 123, Asa Norte – Bsb- DF, CEP: 88888-888,
inconformado(a) com a v. sentença de fls., que julgou total improcedente os pedidos de
realizados em desfavor de EMPRESA AMERICANAS LTDA, com endereço no Setor de Hotéis
Noroeste, quadra 21, lote K, Brasília – DF, CEP: 33.333-333, da presente reclamação
trabalhista, vem, por seus advogados, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no
artigo 895, I, da Consolidação das Leis do Trabalho, interpor o presente

RECURSO ORDINÁRIO

para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, pela inclusas razões anexas,
requerendo a sua juntada aos autos e o regular processamento na forma da lei.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Brasília – DF, 08 de abril de 2019.

NOME DO(A) ADVOGADO(A)


OAB/UF
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COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO
PROFESSOR: Eduardo Antônio Dória de Carvalho

EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA


10ª REGIÃO

Recorrente: ELMA FALCÃO

Recorrido: AMERICANAS LTDA

Autos nº XXXXXXX-XX.20XX.5.10.0XXX

RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO

COLENDA TURMA, NOBRES JULGADORES!

Não obstante o respeito ao MM. Juízo “a quo”, a r. sentença merece ser reformada,
conforme se verifica na exposição das razões recursais.

I – DOS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS -

I.I – INTRÍNSECOS
a) Legitimidade
A recorrente é parte legítima deste processo, apta para interpor o presente recurso.
b) Capacidade
A recorrente é totalmente capaz de adentrar com o presente recurso.
c) Interesse
A recorrente possui interesse na reforma da decisão, uma vez que estava grávida no ato da
demissão de justa causa, mesmo que não soubesse, afinal não tem como realizar testes de gravidez
todos os dias e em algumas pessoas a gravidez só se mostra presente após alguns meses. Logo, tem
direito a estabilidade.

I.II – EXTRÍNSECOS

a) Tempestividade
O presente recurso é tempestivo, visto que a publicação foi feita no dia 26 de março de 2019 e o
presente recurso está sendo interposto em seu ultimo dia de prazo, 08 de abril de 2019.
b) Cabimento
A presente interposição encontra supedâneo no artigo 105, inciso II, alínea “a” da Constituição
Federal, e art. 1.027 e seguintes do Código de Processo Civil.
d) Preparo
As custas de depósito recursal foram devidamente recolhidas conforme comprovante em anexo
nos autos.
e) Representação processual
O advogado subscritor do presente Recurso de Revista está corretamente constituído com
procuração em anexo.
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PROFESSOR: Eduardo Antônio Dória de Carvalho

III- DO MÉRITO

A estabilidade da empregada gestante independe de conhecimento prévio, ou seja, se após o


desligamento da empresa for comprovado que ela estava grávida no momento da dispensa, haverá o direito
à reintegração.
A estabilidade da empregada gestante vai desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto,
salvo condições mais benéficas previstas em acordo ou convenção coletiva. Sendo assim, a empregada
demitida nessas condições terá direito à reintegração ou, caso isso não seja possível, a uma indenização pelo
período estabilitário.
Ao tomar conhecimento que foi demitida grávida, a empregada deve comunicar/comprovar o fato à
empresa, para que possa ser feita a sua reintegração às atividades normais, e mesmo assim a empresa se
recusa a reintegrar a recorrente em seu quadro.
Súmula nº 244 do TST
GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA
(redação do item III alterada na sessão do Tribunal Pleno
realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT
divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo
empregador não afasta o direito ao pagamento da
indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, b do
ADCT).
II - A garantia de emprego à gestante só
autoriza a reintegração se esta se der durante o período
de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos
salários e demais direitos correspondentes ao período
de estabilidade.
III - A empregada gestante tem direito à
estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II,
alínea b, do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante
contrato por tempo determinado.

Súmula nº 396do TST


ESTABILIDADE PROVISÓRIA. PEDIDO DE
REINTEGRAÇÃO. CONCESSÃO DO SALÁRIO RELATIVO AO
PERÍODO DE ESTABILIDADE JÁ EXAURIDO. INEXISTÊNCIA
DE JULGAMENTO "EXTRA PETITA" (conversão das
Orientações Jurisprudenciais nºs 106 e 116 da SBDI-1) -
Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - Exaurido o período de estabilidade, são
devidos ao empregado apenas os salários do período
compreendido entre a data da despedida e o final do
período de estabilidade, não lhe sendo assegurada a
reintegração no emprego. (ex-OJ nº 116 da SBDI-1 -
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inserida em 01.10.1997)
II - Não há nulidade por julgamento “extra
petita” da decisão que deferir salário quando o pedido
for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT.
(ex-OJ nº 106 da SBDI-1 - inserida em 20.11.1997)
IV – CONCLUSÃO

Ante o exposto, espera que seja CONHECIDO E PROVIDO o presente recurso ordinário, a
fim de que seja reformada a r. sentença recorrida, no sentido da procedência/improcedência dos pedidos da
inicial, como medida de aplicação da verdadeira JUSTIÇA!

Nestes Termos, Pede


Deferimento.
Brasília – DF, 08 de abril de 2018.
NOME DO(A) ADVOGADO(A)
OAB/UF

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